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Teoria do Empuxo de
Terra de Coulomb
Profª Desireé Alves
Engenharia Civil – UFERSA
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Empuxo de Terra
• Empuxo de terra é a ação produzida pelo maciço terroso sobre
as obras com ele em contato.
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Pressões Laterais
a) Em Repouso
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Figura 3 - Definição de pressão passiva,
(DAS, 2014)
Teoria de Coulomb - Hipóteses
➢Solo isotrópico, homogêneo e não coesivo. O efeito
da coesão pode ser considerado isoladamente;
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Teoria de Coulomb
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Empuxo: Reação do muro sobre a Empuxo: Força do muro sobre a
cunha cunha
Empuxo ativo de Coulomb
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Empuxo ativo de Coulomb
• Para o valor máximo do empuxo:
Onde:
14
Empuxo ativo de Coulomb
Note que:
• Se α, Φ’, θ, e δ’ variam
➢ Ka é determinado por tabelas(13.7 e 13.8)*
15
* (DAS, 2014)
Empuxo passivo de Coulomb
Onde,
17
Empuxo passivo de Coulomb
Note que:
* (DAS, 2014)
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Exemplo 13.7
Dados α=10°; θ= 5°; H=4m; peso específico do solo
γ=15KN/m3; ângulo de atrito do solo, Φ’=30°; e δ’=15°. Estime
o empuxo ativo, Pa, por unidade de comprimento do muro. Além
disso, determine a direção e localização do empuxo resultante,
Pa.
Para Φ’=30° e δ’=15°, δ’/ Φ’= 30/15 = ½
α=10° e θ= 5°, pela Tabela (13.8)*, Ka = 0,3872.
* (DAS, 2014)
SOLUÇÃO GRÁFICA DE
CULMANN
•Um método derivado da teoria do empuxo de terra de
Coulomb;
•Aterro homogêneo, podendo ser irregular;
•Talude inclinado;
•Aterro granular (c’=0);
•Altura do aterro, H;
•Peso específico do solo, ƴ;
•Inclinação da face posterior do muro de arrimo com a
vertical, θ;
•Ângulo de atrito do muro, δ’;; 20
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Figura 09
SOLUÇÃO GRÁFICA DE
CULMANN
Passo 02: Determinar o valor de ψ.
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Figura 10
SOLUÇÃO GRÁFICA DE
CULMANN
Passo 03: Desenhar uma linha BD que forme um ângulo ϕ.
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Figura 11
SOLUÇÃO GRÁFICA DE
CULMANN
Passo 04: Desenhar uma linha BE formando um ângulo
ψ com a linha BD.
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Figura 12
SOLUÇÃO GRÁFICA DE
CULMANN
Passo 05: Considerar cunhas de ruptura de teste.
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Figura 13
SOLUÇÃO GRÁFICA DE
CULMANN
Passo 06: Encontrar as áreas das cunhas de ruptura de
teste.
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Figura 14
SOLUÇÃO GRÁFICA DE
CULMANN
Passo 06: Encontrar as áreas das cunhas de ruptura de
teste.
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Figura 15
SOLUÇÃO GRÁFICA DE
CULMANN
Passo 06: Encontrar as áreas das cunhas de ruptura de
teste.
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Figura 16
SOLUÇÃO GRÁFICA DE
CULMANN
Passo 06: Encontrar as áreas das cunhas de ruptura de
teste.
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Figura 17
SOLUÇÃO GRÁFICA DE
CULMANN
Passo 06: Encontrar as áreas das cunhas de ruptura de
teste.
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Figura 18
SOLUÇÃO GRÁFICA DE
CULMANN
Passo 07: Determinar o peso, W, por unidade de
comprimento de cada cunha.
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SOLUÇÃO GRÁFICA DE
CULMANN
Passo 08: Adotar uma escala de carga adequada (Ex:
xxcm – yyKN).
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SOLUÇÃO GRÁFICA DE
CULMANN
Passo 08: Calcular através da escala escolhida a
distância entre os pontos.
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SOLUÇÃO GRÁFICA DE
CULMANN
Passo 08: Calcular através da escala escolhida a
distância entre os pontos.
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Figura 19
SOLUÇÃO GRÁFICA DE
CULMANN
Passo 09: Após encontrar os pontos, projetá-los na
respectiva reta paralelamente à BE.
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Figura 20
SOLUÇÃO GRÁFICA DE
CULMANN
Passo 10: Desenhar uma curva suave ligando as
projeções dos pontos da reta BD (Curva de Culmann).
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Figura 21
SOLUÇÃO GRÁFICA DE
CULMANN
Passo 11: Desenhar uma linha tangente B’D’ à curva e
paralela à linha BD.
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Figura 22
SOLUÇÃO GRÁFICA DE
CULMANN
Passo 12: Desenhar uma linha CaCa’ paralela à linha
BE.(Ca’- ponto de tangência)
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Figura 23
SOLUÇÃO GRÁFICA DE
CULMANN
Passo 13: Determinar o empuxo ativo por unidade de
comprimento do muro por Pa = (comprimento de caca’) x
(escala de carga).
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Figura 24
SOLUÇÃO GRÁFICA DE
CULMANN
Passo 14: Desenhar uma linha Bca’Ca. ABCa é a
cunha de ruptura desejada.
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Figura 25
SOLUÇÃO GRÁFICA DE
CULMANN
Exemplo: Um muro de arrimo de 4,57m de altura com um aterro de
solo granular é mostrado na Figura 13.25. Dados ƴ=15,72 kN/m³,
ϕ=35°, θ=5°, δ’=10°, determine o empuxo ativo por unidade de
comprimento do muro.
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Figura 26
Empuxo ativo em muros de
arrimo com Forças Sísmicas
•Abalos Sísmicos:
Ocorre principalmente ao longo das linhas de colisão entre as
placas tectônicas.
Nos países onde ocorre abalos sísmicos, o comportamento de
estruturas de contenção é considerado um problema geotécnico. A
ruptura de estruturas de contenção pode causar grandes danos em
estradas, barragens, indústrias, etc., com riscos a vidas humanas
bem como com graves consequências econômicas, sociais e
ambientais.
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Figura 28: Empuxo ativo no murro de arrimo com forças sísmicas. DAS, 2014. 45
Caso Ativo (aterro granular)
Estendendo as análises já encontradas por Coulomb para
empuxo ativo em muros de arrimo para incluir forças
sísmicas, temos:
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Caso Ativo (aterro granular)
•Observa-se que sem as forças sísmicas (khW e kvW), β é igual a
zero. Portanto k”a = ka. As equações mostradas anteriormente
são chamadas de equações Mononobe-Okabe. As variações de
k”a com θ=0° e kv = 0 é dada na Tabela 13.8.
•Considerando as relações do empuxo ativo mostrada pelas eqs.,
tem –se que o termo sen (∅′ - α - β) na eq. tem duas implicações,
se (∅′ - α - β)<0 ( isto é negativo), nenhuma solução real de k”a é
possível. Isso implica que não existirá condição de equilíbrio.
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Caso Ativo (aterro granular)
•Portanto, para estabilidade, o talude limitante do aterro pode ser
dado por: (α ≤ ∅′ - β).
•Para β = 0°, (α ≤ ∅′).
•Segundo, para o aterro horizontal, α = 0° para estabilidade: β ≤ ∅′.
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Empuxo ativo sobre muro de arrimo com
forças sismicas:
➢ Caso ativo ( Aterro c’-ϕ′)
Quando o solo que compõe o maciço retido pelo muro de arrimo é coesivo,
ou seja, c>0, tem-se a ocorrência de tensões de tração na parte superior do
maciço no seu estado ativo. A equação de Mononobe-Okabe para estimar o
empuxo ativo por unidade de comprimento do muro (Pae) para um aterro
não coesivo também pode ser estendida para solos coesivos. (Prakash e
Saran, 1966; Saran e Prakash,1968 apud Das, 2014)
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➢ Caso ativo ( Aterro c’-ϕ′)
Onde,
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➢ Caso ativo ( Aterro c’-ϕ′)
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➢ Caso ativo ( Aterro c’-ϕ′)
As variações de Nac, Nay e λ com ϕ′ e θ podem ser encontrados
nas figuras seguintes:
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Figura 34- variações de Nay com ϕ′ e θ (n=0). Figura 35- variações de λ com kh, ϕ′ e θ.
(DAS,2014) (DAS,2014)
Exemplo 13.10
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Considerações Gerais
• Podemos afirmar que os muros de arrimos são muito
importantes para a construção civil, e que seu objetivo
principal é conter um grande volume de terra. Para isso
vimos as teorias de Rankine e Coulomb, cada uma sendo
calculada de acordo com a situação do movimento de
empuxo lateral da terra, sendo este crucial para a segurança
e planejamento adequado. Para o projeto de muro de
arrimo, adotaremos o φ’ de acordo com a tabela abaixo:
Atrito do solo
Tipo de solo
ângulo φ’ (graus)
Argila mole 0-15
Argila compactada 20-30
Pedregulho e areia seca 30-40 62
Areia siltosa 20-30
Tabela 1 – Tabela com interval geral do φ’ usado em projetos. (BRAJA, 2011)
Considerações Gerais
Vimos também que a pressão lateral da terra
em um muro de arrimo aumenta em presença de
lençol freático acima da base do muro.
Considerando que na maioria das vezes isso
não é previsto na fase de planejamento, ocorre que
acaba por não suportar a pressão hidrostática por
falta de drenagem no aterro, fazendo com que
aconteça vários desastres.
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Referências Bibliográficas
• DAS, Braja M.. Principles of Geotechnical Engineering. 7.
ed. Canada: Cengage Learning, 2010.
• DAS, Braja M.. Fundamentos de engenharia geotécnica. 6.
ed. São Paulo: Thomson Learning, 2007.
• GERSCOVICH, Profa Denise M S. Estruturas de Contenção
Muros de Arrimo. Disponível em:
<http://www.eng.uerj.br/~denise/pdf/muros.pdf>. Acesso em:
15 out. 2016.
• MARANGON, Prof. M.. Unidade 6 - EMPUXOS DE
TERRA. Disponível em:
<http://www.ufjf.br/nugeo/files/2009/11/ms2_unid06.pdf>.
Acesso em: 14 out. 2016.
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• MOLITERNO, Antonio. Caderno de Muros de Arrimo. São
Paulo: Editora Edgard Blucher Ltda, 1982.
Referências Bibliográficas
• VILAR, Orencio Monje; BUENO, Benedito de Souza.
Mecânica dos Solos Volume II. Viçosa: Escola de Engenharia
São Carlos, 1979. Disponível em:
<http://www.dcc.ufpr.br/mediawiki/images/5/50/Empuxo.pdf>
. Acesso em: 14 out. 2016.