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U N I V E R S I DA D E

CANDIDO MENDES

CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA


PORTARIA Nº 1.282 DO DIA 26/10/2010

MATERIAL DIDÁTICO

BIOSFERA E BIODIVERSIDADE

Impressão
e
Editoração

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SUMÁRIO

UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ................................................................................. 03

UNIDADE 2 – BIO E FITOGEOGRAFIA................................................................. 04


2.1 Fitogeografia ..................................................................................................... 11
2.2 Formações arbustivas e herbácea .................................................................... 12
2.3 Formações complexas ...................................................................................... 12
2.4 Florestas............................................................................................................ 13
2.5 Biogeografia ...................................................................................................... 14

UNIDADE 3 – BIOMAS TERRESTRES .................................................................. 22


3.1 Classificação climática ...................................................................................... 23
3.2 Os biomas mundiais .......................................................................................... 27
3.3 Os biomas brasileiros ........................................................................................ 33

UNIDADE 4 – BIOSFERA E ECOSSISTEMAS ...................................................... 44

UNIDADE 5 – EVOLUÇÃO DA DIVERSIDADE ..................................................... 57


5.1 Conceito e definição de biodiversidade ............................................................. 57
5.2 O valor econômico da biodiversidade ............................................................... 58
5.3 Conservação, preservação e proteção .............................................................. 62

REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 64

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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO

A abundância de diferentes tipos de organismos, de características físicas,


químicas e, especialmente, biológicas, bem como as interações que determinam
essas distribuição e abundância são dependentes de vários fatores (biótico e
abióticos), mas principalmente das condições climáticas, daí teremos a formação de
vários tipos de biomas na Terra.

Para estudar a diversidade, a biosfera, os ecossistemas, as interações entre


plantas, animais e também o homem, algumas ciências vão se especializando,
tendo como objetivo maior, conhecer, utilizar de maneira racional e sustentável,
preservar e conservar tão importantes seres vivos não só para seu uso como para
as futuras gerações.

Pois bem, neste momento, veremos justamente a bio e a fitogeografia que


incluem os biomas terrestres e os ecossistemas.

Ressaltamos em primeiro lugar que embora a escrita acadêmica tenha como


premissa ser científica, baseada em normas e padrões da academia, fugiremos um
pouco às regras para nos aproximarmos de vocês e para que os temas abordados
cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos científicos. Em segundo lugar,
deixamos claro que este módulo é uma compilação das ideias de vários autores,
incluindo aqueles que consideramos clássicos, não se tratando, portanto, de uma
redação original e tendo em vista o caráter didático da obra, não serão expressas
opiniões pessoais.

Ao final do módulo, além da lista de referências básicas, encontram-se


outras que foram ora utilizadas, ora somente consultadas, mas que, de todo modo,
podem servir para sanar lacunas que por ventura venham a surgir ao longo dos
estudos.

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UNIDADE 2 – BIO E FITOGEOGRAFIA

Por definição, Geografia é uma ciência que estuda as características da


superfície do planeta Terra, os fenômenos climáticos e a ação do ser humano no
meio ambiente e vice-versa.

Sua importância reside na possibilidade de permitir ao homem compreender


melhor o planeta em que vive. Para isso, esta ciência dispõe de diversos recursos
matemáticos e tecnológicos. A estatística, por exemplo, é muito usada na área da
pesquisa populacional e na composição dos diversos índices aplicados para
conhecimento das características da população. Os satélites são fundamentais na
elaboração de mapas, além de fornecerem dados importantes para a verificação de
mudança na vegetação do planeta (MONBEIG, 2006).

A Geografia vem sendo dividida em várias áreas como a geografia física que
estuda o relevo, os rios, a vegetação e o clima e a Geografia humana que estuda a
população (crescimento demográfico, alfabetização, migração, etc.). Mas existem
muitas outras áreas, a saber:

 geografia política – relações políticas, conflitos entre nações;

 cartografia – elaboração e interpretação de mapas;

 geografia turística – desenvolvimento do turismo mundial e regional;

 geografia urbana – desenvolvimento das cidades, planejamento urbano;

 geografia social – problemas sociais (violência, desemprego, falta de


habitação);

 geografia agrária – questões ligadas ao campo (meio rural).

A Geografia Física, também conhecida como ciência da terra, é a área de


Geografia que estuda o meio físico do nosso planeta.

Os principais elementos que estruturam o meio físico correspondem ao


relevo, às águas (rios, mares, oceanos, lagos), ao clima, a fauna, a vegetação e ao
solo.

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Os ramos da Geografia Física por sua vez são:

 geomorfologia – estuda o relevo da Terra. Disciplina estudada dentro da


Geologia, Arqueologia, Engenharia Civil e Ambiental;

 climatologia – ciência que estuda climas, temperatura e fenômenos climáticos


(seca, furacões, tempestades);

 hidrologia – ramo da Geografia Física que estuda a distribuição e


propriedades da água na atmosfera e na crosta terrestre;

 glaciologia – ciência voltada para os múltiplos fenômenos atuais e passados,


relacionados com a extensão, distribuição, características, causas, processos
e dinâmicas da água em estado sólido, em todas as manifestações que se
apresenta na natureza (neve, granizo, gelo, glaciares, etc.);

 biogeografia – estuda a distribuição dos seres vivos sobre o planeta Terra;

 paleogeografia – estudo da geografia antiga da superfície do planeta Terra;

 edafologia – ciência voltada para o estudo da composição da natureza do solo


e sua relação com as plantas e o entorno.

A Geografia se propõe a algo mais que descrever paisagens, pois a simples


descrição não nos fornece elementos suficientes para uma compreensão global
daquilo que pretendemos conhecer geograficamente.

Ir além das aparências significa considerar que por trás de toda paisagem
temos, necessariamente, uma dinâmica particular que a determina, que a constrói,
que a mantém com determinada aparência.

Estudar geograficamente o mundo, no todo ou em parte, é buscar entender


como e por que as paisagens apresentam as características que observamos. Tanto
por isso, a geografia deve propor-se a investigar, principalmente, o modo pelo qual a
sociedade produz o espaço geográfico, uma vez que o espaço geográfico não se
revela apenas na aparência das coisas, mas, sobretudo na investigação das razões
que determinam essa aparência e assim podemos compreender que o espaço
geográfico inclui a natureza e o homem.

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Nesse contexto, o positivismo foi de fundamental importância para a


Geografia, pois sua sistematização ocorreu de acordo com os princípios positivistas,
como o empirismo que deixou fortes influências na Geografia.

Impulsionada por um período de acúmulo de arquivos e dados geográficos


referentes a novas terras, a sistematização se torna necessária, potencializando a
síntese de informações e formando-se quadros e teorias geográficas. Tal período
ainda não foi totalmente racionalizado, ou seja, seu conteúdo possui alguns traços e
marcas da irracionalidade característica de um processo em iniciação. O processo
geográfico não se encontra parado, pelo contrário ele flui pelas correntes sucessivas
a esse período buscando sua firmação e aprimoramento (SANTOS, 1979).

Se pensarmos no Reino Plantae, o Brasil é um país privilegiado com relação


a presença de florestas. Em nosso território, podemos encontrar diversos tipos de
formações florestais, porém as florestas tropicais se destacam.

Quanto ao clima, igualmente à distribuição dos tipos de vegetações, em


cada região, dependente dos mesmos e de outros fatores, temos vários tipos
climáticos.

O território brasileiro está dividido em faixas climáticas: 92% do território


localiza-se entre a linha do Equador e o Trópico de Capricórnio. Portanto, pode-se
dizer que o clima brasileiro é predominantemente tropical, ainda apresentando faixas
equatoriais e subtropicais (zonas temperadas) distribuídos entre os 8% restantes do
território. A predominância de altitudes mais baixas ao longo do território nacional
acarreta em temperaturas mais elevadas. As temperaturas médias predominantes
são superiores a 20º C.

Quando nos referimos à vegetação, ou flora, ou mesmo à fauna de uma


região, quase sempre levamos em conta apenas as plantas e os animais originais ou
nativos, e não os que são criados ou plantados pelo ser humano.

Neste último caso, falamos em pecuária (criação) ou em agricultura (cultivo).


A vegetação natural de uma área depende essencialmente do clima e, em menor
grau, também do solo, da hidrografia e do relevo. E a fauna original dessa área em
geral é intimamente ligada à vegetação e, portanto, também ao clima.

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Assim, por via de regra, cada tipo principal de clima possui uma vegetação
nativa correspondente, embora possa haver algumas variações em decorrência da
menor ou maior presença de água (rios, lagos, pântanos), da altitude, de solos
extremamente pobres, etc. A tundra, por exemplo, é um tipo de vegetação natural
que corresponde ao clima frio polar. Nessa paisagem, existe toda uma fauna nativa:
ursos-polares, caribus, focas, renas, etc.

As florestas tropicais, em geral, correspondem a climas quentes e úmidos. A


fauna original dessas exuberantes florestas equatoriais e matas tropicais densas é
composta de inúmeros tipos de insetos, aves, répteis (jacarés, tartarugas), onças,
inúmeros tipos de peixes nos rios e lagos, etc.

E, nas regiões de clima tropical típico ou semiúmido, existem uma flora e


uma fauna características. Em determinadas áreas da África meridional, por
exemplo, a vegetação típica é a savana; e a fauna da região inclui leões, macacos,
rinocerontes, hienas, zebras e outros animais. Já no Brasil central predominam os
cerrados, e fazem parte da fauna antas, capivaras e inúmeros tipos de macacos.

Infelizmente, porém, esse quadro bem definido de paisagens naturais com


flora e fauna nativas é cada vez mais uma realidade do passado. Em grande parte,
essas paisagens já não existem mais, a não ser em poucas regiões do globo e em
reservas florestais dentro de alguns países. Antes da Revolução Industrial, a
vegetação nativa tinha uma importância bem maior que hoje, pois era do
extrativismo vegetal que o ser humano obtinha muitos produtos necessários à sua
vida.

Nos dias de hoje, essa vegetação natural já se encontra muito destruída e


tem dado lugar a plantações, que fornecem ao ser humano os produtos que mais lhe
interessam. Em vez de extrair a borracha natural de seringueiras espalhadas no
meio de uma floresta equatorial, é mais interessante fazer um enorme seringal, com
plantas enfileiradas e próximas umas das outras. E mais interessante ainda é plantar
essas árvores em regiões onde não existem seus parasitas ou inimigos naturais. No
caso das seringueiras, elas são originárias da Amazônia, mas são largamente
cultivadas na Ásia. Ocorre o mesmo com outros tipos de planta (SENE; MOREIRA,
2006; ADAS, 2004).

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Além disso, o ser humano levou plantas e animais de uma região para outra,
modificando bastante a distribuição geográfica original das espécies. Vejamos estes
exemplos:

 a batata e o tomate, originários da América, tornaram-se extremamente


populares na Europa nos últimos séculos;

 o trigo, originário da Europa e de clima temperado, é agora encontrado em


praticamente todas as regiões do planeta, até mesmo em climas tropicais;

 a soja, originária da China, é atualmente comum no continente americano e


ocupa grandes áreas do centro-oeste brasileiro já se estendendo para o
norte;

 o café, originário do norte da África, é produzido hoje em várias regiões


distantes desse continente, principalmente na América. Minas Gerais, São
Paulo, Paraná, dentre outros estados brasileiros são produtores invejáveis de
café tipo exportação.

Isso também ocorreu na atividade da criação, em que algumas espécies de


peixes e animais (búfalo, raças de vacas e cavalos, etc.) foram levadas de um
continente para outro.

Foram feitos também cruzamentos seletivos de plantas, criando-se assim


outras variedades, as chamadas plantas híbridas. O milho híbrido, por exemplo,
cresce mais rapidamente e possui maior quantidade de proteínas que o milho
original ou primitivo.

Depois dos híbridos vieram os produtos transgênicos, oriundos da


manipulação genética, que são imunes a muitas pragas e dão mais colheitas que as
espécies originais.

Os animais também passaram por esse processo, em muitos casos foram


aprimorados em laboratório e hoje crescem mais rapidamente, dão mais leite ou
carne e existem em todas as partes do mundo, independentemente do tipo de clima.

Dessa forma, é muito raro hoje em dia encontrar vegetação exclusivamente


natural (sem interferência humana) em qualquer parte da superfície terrestre. Com

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isso, a fauna nativa também desaparece. As maiores reservas florestais do globo


ainda existentes são:

 a floresta Amazônica, no norte da América do Sul;

 a taiga, na parte oriental da Rússia e no norte do Canadá;

 a floresta do Congo, no centro da África;

 alguns trechos importantes de matas tropicais densas no Sudeste Asiático


(Filipinas e Indonésia).

Comparadas com a vegetação natural do nosso planeta, essas florestas são


insignificantes. Elas não representam nem 20% da vegetação existente há 150 anos
e se encontram em processo de desmatamento para extração de madeira ou
estabelecimento da agropecuária.

Quando há reflorestamento, a vegetação reposta não equivale à nativa, pois


as áreas reflorestadas, além de perderem a riqueza de sua fauna primitiva, são
homogêneas, ou seja, apresentam um só ou apenas alguns tipos de vegetal, com
uma visível perda da biodiversidade.

O mapa da página seguinte apresenta a cobertura original e a cobertura


remanescente de florestas no mundo. Um elemento importantíssimo no estudo dos
ecossistemas e da biosfera é a biodiversidade, ou diversidade biológica.

Ela se refere à variedade de seres vivos que cada ecossistema – ou uma


imensa paisagem natural (ou bioma) como a Amazônia ou o Pantanal Mato-
Grossense – possui. Quanto maior a variedade, seja de plantas, seja de animais e
de microrganismos, maior a biodiversidade.

Não devemos, portanto, confundir biodiversidade com biomassa; esta última


refere-se à quantidade de massa biológica (especialmente vegetal) de um
ecossistema, ao passo que a biodiversidade diz respeito à diversidade de seres
vivos. E, como sabemos, nem sempre quantidade e diversidade andam juntas.

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Fonte: Vesentini (2005, p. 343)

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Quanto maior a biodiversidade, ou seja, quanto mais formas de vida


existirem, mais rico ou complexo será o ecossistema ou a paisagem natural. E
também mais estável: os ecossistemas ricos ou complexos – com maior
biodiversidade – duram mais que os pobres, possuem uma maior capacidade
homeostática1.

Dessa forma, a biodiversidade é uma garantia para a continuidade da vida


em cada ecossistema e em todo o planeta. Por exemplo, uma plantação de
macieiras ou de trigo (portanto, um ecossistema pobre, com pouca diversidade) não
vai sobreviver muitos anos se não tiver a constante proteção do homem, adubando o
solo, aplicando inseticidas ou pesticidas nas folhas para combater as pragas, entre
outras práticas. Já uma floresta diversificada, mesmo contendo pés de macieira e
até de trigo, espalhados no meio da mata, vão certamente sobreviver sozinha
durante milhares de anos (VESENTINI, 2005).

2.1 Fitogeografia

A Fitogeografia é um ramo da geografia que estuda a distribuição dos tipos


de vegetação da Terra.

A fitogeografia atualmente adquiriu novos métodos de investigação


utilizando-se de técnicas de geoprocessamento e cartografia para mostrar a
dinâmica dos vegetais e da cobertura vegetal no espaço geográfico. Seus estudos
são realizados principalmente por ecólogos, botânicos e geógrafos.

A distribuição das plantas e de suas comunidades depende de vários fatores


como: luz, água, temperatura, solo, ventos e interações biológicas. A ação do
homem tem modificado as paisagens naturais do planeta desde tempos imemoriais,
influenciando a distribuição de organismos em toda parte da Terra.

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Homeostase é o mesmo que autorregulação ou capacidade de manter um certo equilíbrio mesmo
com as alterações no meio ambiente.

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2.2 Formações arbustivas e herbáceas

São características da formação arbustiva: vegetação constituída por


arbustos, árvores pequenas, ou seja, plantas de pouca altura, ramificadas desde a
base.

No Brasil temos a caatinga, o cerrado, a restinga e os campos.

Caatinga, também conhecida como mata branca é a área coberta por


vegetação típica do clima semiárido, que ocorre no Nordeste. É formada por plantas
típicas do clima seco, com períodos prolongados de falta de água, as xerófitas,
especialmente as cactáceas e as plantas de pequeno porte, como xique-xique,
juazeiro, mandacaru, etc.

O Cerrado corresponde à vegetação do Brasil Central e do clima tipicamente


tropical. A vegetação é constituída de pequenas árvores retorcidas, de casca grossa
e folhas coriáceas (semelhantes ao couro), e de gramíneas, como o capim-flecha e
o barba-de-bode.

Nas últimas décadas, o Cerrado tem sido ocupado de forma sistemática e


contínua pela agricultura comercial (grandes fazendas mecanizadas voltadas para a
produção de grãos), ameaçando gravemente esse domínio.

Os Campos localizam-se principalmente ao sul do Rio Grande do Sul, típicos


do clima subtropical. São constituídos essencialmente de gramíneas, formando
imensas pastagens ocupadas com a criação de gado.

Adiante veremos cada um desses biomas brasileiros em maiores detalhes.

2.3 Formações complexas

São aquelas formações que não se encaixam nas divisões clássicas, como
arbóreas, arbustivas e herbáceas, portanto apresentam características próprias
como o Pantanal do Mato Grosso e as formações litorâneas. Sua vegetação é
complexa porque apresenta vegetais tropófilos (que se adaptam as secas e as
chuvas), ou seja, adaptadas à vida aquática, já que a região permanece inundada

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grande parte do ano. Caracterizam pela presença das palmeiras carandá, buriti,
quebracho e angico, esses dois últimos representam uma grande importância
comercial.

Na classe das formações litorâneas temos os manguezais, formações


lodosas, típicas de regiões onde há o encontro das águas dos rios com as águas do
mar, formando solos pantanosos.

Apresentam plantas aquáticas (ou higrófilas) e restingas, as quais se


encontram ao longo de toda a costa; além de uma vegetação de plantas herbáceas,
na área de dunas, moitas e arbustos, até árvores, à medida que se segue para o
interior.

Ainda como formação complexa, temos as Palmáceas que ocorrem nas


praias do Nordeste. O Jundu, formação localizada nas proximidades do mar,
correspondente à degradação da Mata Atlântica em razão da presença elevada de
propriedade alcalina e a vegetação rasteira, característica das praias e dunas, tendo
como vegetal predominante a salsa-da-praia.

2.4 Florestas

Quase metade do território brasileiro está coberto pelas formações florestais.


Os vegetais de grande porte são predominantes nessas áreas, e em geral são um
reflexo do clima úmido.

A Floresta Equatorial ou Amazônica é a maior floresta tropical do mundo.


Possui uma grande variedade de espécies permanentemente verdes e grande
densidade vegetal. Essa floresta é subdividida em mata de igapó, mata de várzea e
mata de terra firme.

A Mata Atlântica composta de vegetação típica do litoral, estende-se do Rio


Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. É a floresta de maior biodiversidade do
mundo. Foi a mais destruída dentre todas as formações vegetais, devido à sua
ocupação e à devastação desde o início da colonização. Atualmente, restam apenas
5% de sua área original.

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A Mata das Araucárias ou Mata de Pinhais ocupava a região subtropical do


Brasil e, atualmente, está praticamente extinta. A espécie dominante, o pinheiro-do-
paraná, foi sistematicamente usada pela indústria de móveis e de papel e celulose.

A Mata de Cocais concentra-se no Meio Norte ou Nordeste Ocidental (região


formada pelos estados do Maranhão e Piauí), e apresenta uma formação de
transição entre os limites orientais da Floresta Amazônica e as formações arbustivas
do Nordeste.

As Matas-Galerias ou Matas Ciliares são encontradas nas regiões do


Planalto Brasileiro, constituídas pela vegetação presente ao redor das margens dos
rios e riachos, essa vegetação é sustentada pela umidade dos solos.

2.5 Biogeografia

Biogeografia é a ciência que tenta explicar os padrões e a variação entre os


indivíduos, as populações, as espécies e as comunidades por toda a Terra.

Embora a explicação da distribuição das espécies possa parecer uma tarefa


simples, porque o questionamento do porquê uma espécie é ou não encontrada em
um determinado local, tem apenas umas poucas respostas possíveis:

 se uma espécie ocupa uma determinada área, ou ela evoluiu nesse local ou
evoluiu em outro e dispersou para essa área;

 se uma espécie não é encontrada em uma determinada área, ou ela evoluiu


em outro local e nunca se dispersou para essa área, ou já esteve presente
nela mais já não vive mais nesta área.

Segundo Purves et al. (2005), infelizmente, a determinação de qual dessas


respostas está correto não é nem um pouco simples.

Para explicar a distribuição dos organismos, os biogeógrafos devem basear-


se e interpretar uma vasta gama de conhecimentos. A resposta às perguntas requer
informações sobre as histórias evolutivas das espécies, as quais baseiam-se em
fósseis e no conhecimento de suas relações filogenéticas. Ela também precisa de
informação sobre as mudanças da própria Terra como – a deriva continental,

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avanços e retrações das geleiras glaciais, alterações no nível do mar e


soerguimento de montanhas – durante o período em que os organismos estavam
evoluindo.

Tais informações geológicas podem nos indicar se os organismos evoluíram


onde são encontrados hoje ou se eles se dispersaram para colonizar novas áreas a
partir de uma área de origem distante.

Os eventos do passado influenciam as atuais distribuições

Os antigos biogeógrafos acreditavam em uma Terra imutável que era muito


jovem para explicar a diversidade e a distribuição da vida por qualquer meio que não
fosse a criação divina. Lineu, por exemplo, acreditava que todos os organismos
tinham sido criados em um local o qual ele chamou de Paraíso – de onde haviam
posteriormente se dispersado (PURVES et al., 2005).

Na verdade, devido ao fato de a maioria das pessoas acreditarem que os


continentes estavam fixos em suas posições, a única maneira de se explicar as
atuais distribuições era a invocação de dispersões em massa.

A noção de que os continentes poderiam ter se movido não foi seriamente


considerada até 1912. Alfred Wegener, o meteorologista alemão que propôs a ideia
da deriva continental, baseou sua teoria em várias observações:

 as formas dos continentes (os contornos da África e da América do Sul


pareciam combinar-se como peças em um quebra-cabeças);

 o alinhamento de cadeias de montanhas, estratos de rochas, leitos de carvão


e depósitos glaciais em diferentes continentes;

 a distribuição de organismos (a distribuição de espécies na África e na


América do Sul era difícil de explicar se assumíssemos que os continentes
nunca tivessem se movido).

Quando Wegener propôs suas ideias, poucos cientistas levaram-nas a sério,


principalmente porque não se conhecia nenhum mecanismo capaz de mover os

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continentes e porque não existiam evidências geológicas convincentes de que tais


movimentos haviam ocorrido.

Há cerca de 280 milhões de anos, os continentes estavam unidos formando


uma única massa de terra, a Pangea.

Pangea formada no Período Permiano

No início da era Mesozoica (aproximadamente 245 milhões de anos atrás),


quando os continentes ainda estavam muito próximos uns dos outros, muitos grupos
de organismos não marinhos, incluindo insetos, peixes de água doce, sapos e
plantas vasculares, já tinham evoluído. Os ancestrais de alguns organismos que
hoje vivem em continentes muito distantes estavam provavelmente presentes
nessas massas de terra quando elas faziam parte da Pangea.

Há 100 milhões de anos, a Pangea tinha se separado nas massas de terra


do norte (Laurásia) e do sul (Gondwana) e os continentes meridionais estavam se
separando.

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Os continentes durante o Período Cetáceo

A deriva continental, a qual continua ainda hoje, levou a Índia da África até o
sul da Ásia, a Austrália para próximo do sudeste asiático, e a América do Sul, que
tinha flutuado como uma ilha por 60 milhões de anos, ficou em contato com a
América do Norte. Assim, a deriva continental tem influenciado a evolução e a
mistura de espécies ao longo de toda a história da vida na Terra.

Métodos biogeográficos modernos

À medida que a grande idade da Terra e a evolução começaram a ser


entendidos, dois grupos de pesquisadores desenvolveram novos métodos para
gerar hipóteses testáveis sobre as distribuições geográficas.

Os biogeógrafos ecólogos estudam como as atuais distribuições são


influenciadas pelas interações entre espécies e pelas interações entre as espécies e
seus ambientes físicos. Eles examinam as interações interespecíficas para explicar
os padrões locais e regionais de diversidade de espécies.

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Outro grupo de pesquisadores consiste dos biogeógrafos históricos, os quais


se concentram em escalas mais longas de tempo e maiores no espaço. Eles fazem
perguntas tais como:

 Onde e quando as linhagens evolutivas se originaram?

 Como elas se espalharam?

 O que as atuais distribuições de espécies nos ensinam sobre suas histórias


passadas?

Uma importante técnica desenvolvida pelos biogeógrafos históricos foi a


transformação de filogenias taxonômicas em “filogenias de área”, por meio da
substituição das distribuições geográficas das espécies por seus nomes. Os padrões
de distribuição identificados dessa maneira podem sugerir rotas de dispersão ou
pontos de divisão de biotas devido ao surgimento de barreiras à dispersão. Por
exemplo, combinando as relações filogenéticas e o padrão atual de distribuição da
família do cavalo, podemos entender melhor por que seus membros são
encontrados em suas atuais distribuições e onde barreiras do passado
provavelmente influenciaram os eventos de especiação entre eles.

Se compararmos os padrões de distribuição de muitas linhagens evolutivas,


podemos detectar similaridades e diferenças. As similaridades sugerem respostas
comuns aos eventos físicos, tais como deriva continental, soerguimento de
montanhas e alterações no nível do mar.

As diferenças sugerem que organismos de diferentes linhagens


responderam de diferentes maneiras ou em diferentes tempos aos eventos do
passado ou que eles se dispersaram de diferentes maneiras e em diferentes tempos
(PURVES et al., 2005).

Ecologia e Biogeografia

Os biogeógrafos ecólogos usam a riqueza de informação disponível sobre as


atuais distribuições das espécies para testar teorias que expliquem o número de
espécies existentes em diferentes comunidades, a maneira como as espécies se

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dispersam e os efeitos de diferentes tipos de barreiras à dispersão. Eles também


podem usar experimentos para testar algumas hipóteses. Vamos tentar descrever
um modelo biogeográfico influente que tenta explicar o número de espécies que
vivem em uma área, ou seja, sua riqueza de espécies.

Sabemos que a riqueza de espécies de uma área é determinada pelas taxas


de colonização e extinção. Ao longo de períodos de poucos séculos (um período de
tempo durante o qual é improvável que ocorra especiação), a riqueza de espécies
de uma área depende da imigração de novas espécies e da extinção daquelas já
existentes. É mais fácil de visualizar os efeitos desses dois processos se
considerarmos, como feito por Robert MacArthur e Edward Wilson, uma ilha
oceânica que inicialmente não tenha nenhuma espécie.

Imaginemos uma ilha oceânica recentemente formada que recebe


colonizadores de uma área no continente. A lista de espécies do continente que
poderiam possivelmente colonizar a ilha é chamada de conjunto de espécies. Os
primeiros colonizadores a chegarem na ilha são todos espécies “novas” porque
inicialmente não havia nenhuma espécie lá. À medida que o número de espécies na
ilha aumenta, uma maior fração dos colonizadores pertencerá a espécies já
presentes. Por conseguinte, mesmo que um número igual de espécies continue
chegando, a taxa de chegada de novas espécies diminuirá, até que atingirá zero
quando a ilha contiver todas as espécies do conjunto de espécies.

Agora, consideremos as taxas de extinção. Primeiro, existirá apenas um


pequeno número de espécies na ilha e suas populações poderão aumentar. À
medida que chegarem mais espécies e que suas populações aumentarem, os
recursos da ilha serão divididos entre mais espécies. Daí, esperamos que o tamanho
médio da população de cada espécie se torne menor à medida que o número de
espécies aumenta. Quanto menor for uma população, maior será sua probabilidade
de se tornar extinta.

Além disso, o número de espécies que podem se extinguir aumenta à


medida que as espécies se acumulam na ilha. Novas chegadas de espécies na ilha
podem incluir patógenos e predadores que aumentam a probabilidade de extinção

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de outras espécies, aumentando ainda mais o número de espécies que se tornam


extintas por unidade de tempo.

Devido ao fato de a taxa de chegada de novas espécies (isto é, a


colonização) diminuir e a taxa de extinção aumentar à medida que o número de
espécies aumenta, o número de espécies deveria, eventualmente, atingir um
equilíbrio no qual as taxas de chegada e extinção são iguais, conforme mostra a
ilustração abaixo (a).

Se existirem mais espécies do que o número de equilíbrio, as extinções


deveriam exceder as chegadas, e a riqueza de espécies deveria declinar. Se
existirem menos espécies do que o número de equilíbrio, as chegadas deveriam
exceder as extinções, e a riqueza de espécies deveria aumentar. O equilíbrio é
dinâmico porque se qualquer táxon flutuar – como geralmente ocorre –, o número
esperado de espécies varia para cima e para baixo.

Mesmo que assumamos que as taxas de extinção e colonização apresentam


uma certa flutuação, o modelo pode ser utilizado para prever como a riqueza de
espécies diferiria entre ilhas de diferentes tamanhos e a diferentes distâncias do
conjunto de espécies do continente.

Esperamos taxas de extinção maiores em ilhas pequenas do que em ilhas


grandes, porque as populações das espécies serão, em média, menores nas ilhas
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pequenas. De maneira semelhante, esperamos que menos colonizadores


alcançarão as ilhas mais distantes do continente.

A ilustração (b) acima, mostra riquezas relativas de espécies hipotéticas


para ilhas de diferentes tamanhos e distâncias do continente. Como podemos ver, o
número de espécies deveria ser maior em ilhas que são relativamente grandes e
relativamente próximas do continente (PURVES et al., 2005).

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UNIDADE 3 – BIOMAS TERRESTRES

Bioma é uma comunidade de plantas e animais, com formas de vidas e


condições ambientais semelhantes, cada bioma é representado por um tipo de
vegetação principal que lhe confere uma característica visual. Comunidade
biológica, ou seja, fauna e flora e suas interações entre si e com o ambiente físico:
solo, água e ar. Área biótica é a área geográfica ocupada por um bioma. Assim,
podemos definir bioma como um conjunto de ecossistemas que funciona de forma
estável.

O bioma da Terra compreende a biosfera. Um bioma pode ter uma ou mais


vegetações predominantes. É influenciado pelo macroclima, tipo de solo, condição
do substrato e outros fatores físicos, não havendo barreiras geográficas; ou seja,
independente do continente, há semelhanças das paisagens, apesar de poderem ter
diferentes animais e plantas, devido à convergência evolutiva.

Vale lembrar:

 os Biomas são grandes ecossistemas constituídos por comunidades que


atingiram o estágio-clímax;

 são influenciados por vários fatores, tais como a latitude, as temperaturas


médias e extremas da região, o relevo, o regime de chuvas e o tipo de solo;

 um bioma é composto da comunidade clímax e todas as subclímax


associadas ou degradadas. É geralmente identificado pela flora clímax, pela
estratificação vertical ou pela adaptação da vegetação;

 um bioma é caracterizado por um tipo principal de vegetação (num mesmo


bioma podem existir diversos tipos de vegetação). Os seres vivos de um
bioma vivem de forma adaptada as condições da natureza (vegetação, chuva,
umidade, calor, etc.) existentes.

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3.1 Classificação climática

Antes de falarmos dos diversos biomas, torna-se necessário conhecer,


mesmo que superficialmente, a classificação climática de Wilhelm Köppen, o qual
criou a classificação climática mais aceita atualmente, baseando-se em elementos
climatológicos.

Chamada de Classificação climática de Köppen-Geiger, mais conhecida por


classificação climática de Köppen, é o sistema de classificação global dos tipos
climáticos mais utilizada em geografia, climatologia e ecologia.

A classificação foi proposta em 1900 pelo climatologista alemão Wladimir


Köppen, tendo sido por ele aperfeiçoada em 1918, 1927 e 1936 com a publicação de
novas versões, preparadas em colaboração com Rudolf Geiger (daí o nome Köppen-
Geiger).

A classificação é baseada no pressuposto, com origem na fitossociologia e


na ecologia, de que a vegetação natural de cada grande região da Terra é
essencialmente uma expressão do clima nela prevalecente. Assim, as fronteiras
entre regiões climáticas foram selecionadas para corresponder, tanto quanto
possível, às áreas de predominância de cada tipo de vegetação, razão pela qual a
distribuição global dos tipos climáticos e a distribuição dos biomas apresenta
elevada correlação.

Na determinação dos tipos climáticos de Köppen-Geiger são considerados a


sazonalidade e os valores médios anuais e mensais da temperatura do ar e da
precipitação. Cada grande tipo climático é denotado por um código, constituído por
letras maiúsculas e minúsculas, cuja combinação denota os tipos e subtipos
considerados. Contudo, a classificação de Köppen-Geiger, em certos casos, não
distingue entre regiões com biomas muito distintos, pelo que têm surgido
classificações dela derivadas, a mais conhecida das quais é a classificação climática
de Trewartha. Nessa classificação, Köppen adotou letras maiúsculas para
representar os cinco principais climas do planeta, ao lado de letras minúsculas que
representam as variedades climáticas.

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No quadro abaixo, temos o significado das letras da classificação de


Köppen, adaptadas ao Brasil.

Primeira Letra (maiúscula) Segunda Letra (minúscula) Terceira Letra (minúscula)

A – quente e úmido f – chuvas o ano todo h – sempre quente


B – quente e seco (semi-árido) m – chuvas o ano todo, com a – verões rigorosos e
C – mesotérmico seca na primavera invernos brandos
s – chuvas no inverno b – verões brandos e invernos
w – chuvas de verão rigorosos
w’ – chuvas no verão/outono

Tipos e subtipos climáticos resultantes da combinação de Köppen

Da combinação da primeira e segunda letras dos códigos acima descritos


obtém-se os seguintes tipos climáticos:

A: Clima tropical — climas megatérmicos das regiões tropicais e subtropicais

Af: clima tropical úmido ou clima equatorial

Am: clima de monção

Aw: clima tropical com estação seca de Inverno

As: clima tropical com estação seca de Verão

B: Clima árido — climas das regiões áridas e dos desertos das regiões subtropicais
e de média latitude.

BS: clima das estepes

BSh: clima das estepes quentes de baixa latitude e altitude

BSk: clima das estepes frias de média latitude e grande altitude

BW: clima desértico

BWh: clima das regiões desérticas quentes de baixa latitude e altitude

BWk: clima das regiões desérticas frias das latitudes médias ou de grande
altitude

C: Clima temperado — climas das regiões oceânicas e marítimas e das regiões


costeiras ocidentais dos continentes

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Cf: clima oceânico sem estação seca

Cfa: clima temperado úmido com Verão quente

Cfb: clima temperado úmido com Verão temperado

Cfc: clima temperado úmido com Verão curto e fresco

Cw: clima temperado úmido com Inverno seco

Cwa: clima temperado úmido com Inverno seco e Verão quente

Cwb: clima temperado úmido com Inverno seco e Verão temperado

Cwc: clima temperado úmido com Inverno seco e Verão curto e fresco

Cs: clima temperado úmido com Verão seco (clima mediterrânico)

Csa: clima temperado úmido com Verão seco e quente

Csb: clima temperado úmido com Verão seco e temperado

Csc: clima temperado úmido com Verão seco, curto e fresco

D: Clima continental ou climas temperados frios — clima das grandes regiões


continentais de média e alta latitude

Df: clima temperado frio sem estação seca

Dfa: clima temperado frio sem estação seca e com Verão quente

Dfb: clima temperado frio sem estação seca e com Verão temperado

Dfc: clima temperado frio sem estação seca e com Verão curto e fresco

Dfd: clima temperado frio sem estação seca e com Inverno muito frio

Dw: clima temperado frio com Inverno seco

Dwa: clima temperado frio com Inverno seco e com Verão quente

Dwb: clima temperado frio com Inverno seco e com Verão temperado

Dwc: clima temperado frio com Inverno seco e com Verão curto e fresco

Dwd: clima temperado frio com Inverno seco e muito frio

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E: Clima glacial — clima das regiões circumpolares e das altas montanhas

ET: clima de tundra

EF: clima das calotes polares

EM: clima das altas montanhas

Tipos climáticos

Existem vários tipos de clima. A nível mundial eles são:

 POLARES – ocorrem em latitudes extremas, próximo aos círculos polares


Ártico e Antártico, grande variação da duração do dia e da noite. Baixas
temperaturas o ano todo, máxima de 10°C no verão, e por esse motivo, as
regiões polares ficam constantemente cobertas por gelo e neve;

 TEMPERADOS – apresentam as quatro estações bem definidas. Há


diferenças entre os locais próximos e os que estão longe do mar. Este tipo de
clima se divide em:

* marítimo – onde as temperaturas são constantes;

* continental – verões quentes e invernos frios e secos.

 MEDITERRÂNEOS – verões quentes e secos e invernos amenos e chuvosos.


Chuvas de outono e no inverno;

 TROPICAIS – quentes o ano inteiro; duas estações. Verão chuvoso e inverno


seco. Apresentam variações em função da altitude, da maritimidade e da
continentalidade. Ele é mais comum nos territórios brasileiros, apresentando
assim uma temperatura mais elevada o ano todo;

 EQUATORIAIS – ocorre na faixa equatorial. Temperaturas elevadas e chuvas


abundantes o ano todo, com pequena amplitude térmica anual. Sua
temperatura anual é maior do que 24°C;

 SUBTROPICAIS – das médias latitudes onde começam a se delinear as


quatro estações. Chuvas bem distribuídas, verões quentes e invernos frios,
com significativa amplitude térmica anual;
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 DESÉRTICO – baixo índice pluviométrico apresenta temperaturas maiores


que 40°C, porém à noite pode chegar até 0°C, predominando o inverno.

 ÁRIDOS – extrema falta de umidade, elevadas amplitudes térmicas diárias e


sazonais. Chuvas inferiores a 250 mm anuais;

 SEMIÁRIDOS – são climas de transição. Chuvas escassas e irregulares.


Encontrados tanto nas regiões tropicais quanto nas zonas temperadas (onde
apresentam invernos frios) (SENE e MOREIRA, 2006).

A figura abaixo mostra as principais regiões Biogeográficas da Terra.

3.2 Os biomas mundiais

Formada há cerca de 10 mil anos, a tundra é o bioma mais jovem da Terra.


Suas áreas de ocorrência são as regiões próximas ao oceano Glacial Ártico: Alasca,
norte do Canadá, Groelândia, norte da Rússia e da Escandinávia.

A tundra possui ecossistemas cuja composição botânica é influenciada pelas


condições de solo e clima. O solo fica congelado a maior parte do ano, a estação

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mais quente dura mais ou menos 60 dias e a temperatura mais alta não ultrapassa
10º C. A tundra, portanto, só cresce nos períodos de degelo.

Suas principais espécies são os musgos e os liquens, plantas rasteiras, pois


as árvores não sobrevivem nesse tipo de clima. A palavra tundra vem do finlandês
tununa, que significa planícies de árvores.

Esse é o bioma mais frio do mundo e é basicamente um deserto gelado, pois


apresenta poucas precipitações (neve) durante o ano. Podemos classificá-lo na
categoria E dos climas de Köppen.

Abaixo temos um resumo do bioma da TUNDRA

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A Taiga é também chamada de Floresta Boreal porque ocorre apenas no


hemisfério norte, entre as latitudes de 50ºN e 60ºN. Os invernos são muitos
rigorosos, com queda de neve, e os verões são quentes (clima temperado
continental ou Dfc e Dfb, na classificação de Köppen). Podemos dizer que a Taiga é
uma floresta homogênea, pois é formada quase só por coníferas (abertos e
pinheiros), que possuem folhas aciculares, resistentes e perenes.

Cobre grandes extensões da Rússia, do Alasca, da Noruega, da Suécia, da


Finlândia e do Canadá. Na Escandinávia e no Canadá alimenta importantes
indústrias madeireiras, de papel e celulose, dos quais a madeira que fornece é a
principal matéria-prima.

Resumo do bioma TAIGA

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Floresta temperada – vegetação típica de clima temperado, com estações do


ano bem definidas, do tipo Cf na classificação de Köppen. Recobria as áreas que
hoje são as mais povoadas na superfície terrestre – Europa, China, Japão, leste da
América do Norte. No hemisfério sul, pode ser encontrada na Austrália, Nova
Zelândia e Chile.

É uma floresta decícula, pois perde suas folhas no inverno. No outono, as


folhas mudam de cor, assumindo um tom avermelhado. É o bioma mais devastado
do mundo, pois seu solo fértil foi muito aproveitado para a agricultura. Dentre suas
áreas de ocorrência, o maior número de espécies está na América do Norte.

As florestas temperadas não são todas iguais. Podem ser encontradas


espécies perenes entre as decíduas, bem como flores e tapetes de musgos e
cogumelos.

Suas principais espécies são o abeto, a faia e o carvalho. Nas regiões onde
o clima é mais chuvoso, aparecem árvores de grande porte, como o eucalipto
gigante, na Austrália, e a sequoia, na costa ocidental da América do Norte.

Resumo do bioma FLORESTA TEMPERADA

Savanas são os biomas, considerados semidesertos. Em muitos continentes


são classificadas como estepes.
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No Brasil, a caatinga – classificada por alguns especialistas como savana; e


pelo IBGE, como estepe (conforme Atlas do Meio Ambiente do Brasil, Embrapa) – é
um ecossistema de clima semiárido ou semidesértico (Bsh, na classificação de
Köppen adaptada para o Brasil), apesar de não estar localizada nas margens dos
grandes desertos. A caatinga é um ecossistema com plantas rasteiras e árvores,
como as savanas, mas, por apresentar características diferentes dessa formação
vegetal, é classificada como semideserto: além da vegetação xerófita, a caatinga
possui um tipo de clima ligado aos climas secos de Köppen (B), e não aos climas
tropicais (Aw) das savanas.

São formações típicas de regiões de clima tropical, com estação chuvosa e


outra seca (tipo Aw, de Köppen). Localizam-se entre o bioma da floresta tropical e o
dos desertos.

Existem vários tipos diferentes de savanas; as mais conhecidas são


africanas, onde vivem muitos leões, zebras, girafas, elefantes, gazelas, entre outros
animais. Elas apresentam dois “andares” de vegetação tropófila: um mais alto,
formado por árvores; e outro mais baixo, composto de gramíneas.

Na América do Sul, as savanas ocupam áreas da Venezuela e da Colômbia


(llanos), na bacia do rio Orenoco; o cerrado, vegetação correspondente no Brasil,
cobre grande parte da região Centro-Oeste. Também encontramos savana no norte
da Austrália, onde se destacam os eucaliptos, e na Índia, onde é denominada jungle.

As florestas tropicais.

A área de ocorrência desse bioma é delimitada pelos dois trópicos (zona


tropical) e atravessada pelo Equador. Portanto, é o domínio de elevadas
temperaturas e grande quantidade de chuva.

Apesar de podermos distinguir subtipos de florestas tropicais, elas têm


algumas características comuns: heterogêneas, perenes, higrófilas, latifoliadas.

No bioma das florestas tropicais encontramos a maior biodiversidade, ou


seja, a variedade de espécies de plantas, animais e microrganismos encontrados em
todos os biomas da Terra. Nas áreas próximas ao Equador, as florestas são mais
fechadas, apresentam-se estratificadas em acamadas, com árvores de várias alturas

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e tipos, com muitos cipós em seus troncos e galhos. Os principais exemplos são a
floresta Amazônica, a floresta do Congo (África) e a da Indonésia (Ásia).

Mais afastadas do Equador, as florestas tropicais recebem menor


quantidade de calor e chuva, por isso são menos exuberantes que as equatoriais e
já foram quase destruídas pelo homem. Ocupavam grande parte da faixa tropical da
América do Sul (Brasil), da América Central, do norte da Austrália e do Sudeste
Asiático, onde aparecem hoje em pequenas manchas que foram conservadas.

Glossário

- Aciculifoliadas: possuem folhas em forma de agulhas, como os pinheiros.

Quanto menor a superfície das folhas, menos intensa é a transpiração e


maior a retenção de água pela planta.

- Arbustiva: formação vegetal de porte médio.

- Caducifólias: plantas que perdem as folhas em épocas muito frias ou secas


do ano.

- Coníferas: árvores com aparelho reprodutor em forma de cone (pinheiros).

- Decídua: ou de folhas caducas; diz-se de planta que perde as folhas em


certas épocas do ano (sobretudo no inverno).

- Higrófilas: plantas adaptadas a muita umidade (climas úmidos), sendo


necessariamente perenes (apresentam folhas durante o ano todo).

- Latifoliadas: plantas de folhas largas, de regiões muito úmidas, o que


permite intensa transpiração.

- Orófilas: planta adaptada às grandes altitudes.

- Perene: floresta sempre verde, que não perde as folhas em nenhuma


estação.

- Tropófilas: plantas adaptadas a alternância de uma estação seca e outra


chuvosa.

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- Vegetação heterogênea: vegetação constituída de grande variedade de


espécies.

- Vegetação homogênea: vegetação constituída de poucas ou de uma única


espécie.

- Xerófilas: plantas adaptadas à aridez (climas secos) (MARINA; TÉRCIO,


2004; SENE; MOREIRA, 1998).

3.3 Os biomas brasileiros

Os biomas brasileiros caracterizam-se, no geral, por uma grande diversidade


de animais e vegetais (biodiversidade). Podemos dividir os biomas brasileiros em
litorâneos e terrestres (Amazônia, cerrado, mata atlântica, caatinga, pampa e
pantanal).

O bioma marinho do Brasil situa-se sobre a “Zona Marinha do Brasil” e


apresenta diversos ecossistemas.

A “Zona Marinha do Brasil” é o biótopo da Plataforma continental que


apresenta largura variável, com cerca de 80 milhas náuticas, no Amapá, e 160
milhas náuticas, na foz do rio Amazonas, reduzindo-se para 20 a 30 milhas náuticas,
na região Nordeste, onde é constituída, basicamente, por fundos irregulares, com
formações de algas calcárias. A partir do Rio de Janeiro, na direção sul, a plataforma
volta a se alargar, formando extensos fundos cobertos de areia e lama.

A Zona Costeira Brasileira é uma unidade territorial, definida em legislação


para efeitos de gestão ambiental, que se estende por 17 estados e acomoda mais
de 400 municípios distribuídos do norte equatorial ao sul temperado do País. É um
conceito geopolítico que não tem nenhuma relação com a classificação feita pela
ecologia. A Zona Costeira Brasileira tem como aspectos distintivos em sua longa
extensão através de diferentes biomas que chegam até o litoral, o bioma da
Amazônia, o bioma da Caatinga e bioma da Mata Atlântica. Esses biomas com
grande variedade de espécies e de ecossistemas, abrangem mais de 8.500 km de
costa litorânea.

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Abaixo temos os grandes domínios morfoclimáticos do Brasil

Floresta equatorial amazônica


Situada na região norte da América do Sul, a floresta amazônica possui uma
extensão de aproximadamente 7 mil quilômetros quadrados, espalhada por
territórios do Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana
e Guiana Francesa. Porém, a maior parte da floresta está presente em território
brasileiro (estados do Amazonas, Amapá, Rondônia, Acre, Pará e Roraima). Em
função de sua biodiversidade e importância, foi apelidada de o “pulmão do mundo”.
É uma floresta tropical fechada, formada em boa parte por árvores de grande porte,
situando-se próximas uma das outras (floresta fechada).

O solo desta floresta não é muito rico, pois possui apenas uma fina camada
de nutrientes. Esta é formada pela decomposição de folhas, frutos e animais mortos.
Este rico húmus é matéria essencial para as milhares de espécies de plantas e
árvores que se desenvolvem nesta região. Outra característica importante da

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floresta amazônica é o perfeito equilíbrio do ecossistema. Tudo que ela produz é


aproveitado de forma eficiente. A grande quantidade de chuvas na região também
colabora para o seu perfeito desenvolvimento.

Apesar de sua aparente uniformidade, a Floresta Amazônica abriga três


tipos de associações, assim divididas:

 mata de igapó – seu solo apresenta-se constantemente inundado, é formada


principalmente por palmeiras e árvores não muito altas (não ultrapassam os
20 metros de altura), emaranhadas por cipós e lianas. É bastante rica em
espécies vegetais, tendo a presença da vitória-régia, arapari, bromélias, entre
outras;

 mata de várzea – ocupa a porção de média altitude do relevo, mais


compacta, sofre inundações periódicas (cheias). Apresenta árvores maiores,
sobressaindo as seringueiras, por seu valor econômico. As espécies mais
comuns são: seringueira e o pau-mulato, com alturas entre 30 e 40 m;

 mata de terra firme – pouco inundada, pois está situada na parte mais
elevada da Amazônia, sendo a que apresenta árvores mais altas. Nela são
comuns o castanheiro, o guaraná e o caucho.

O extrativismo vegetal regional é desenvolvido frequentemente nesta área,


representando esse extrativismo temos: castanha do Pará, seringueira (Hevea
brasiliensis).

Como as árvores crescem muito juntas uma das outras, as espécies de


vegetação rasteira estão presentes em pouca quantidade na floresta. Isto ocorre
devido a chegada de poucos raios solares ao solo, este tipo de vegetação não
consegue se desenvolver. O mesmo vale para os animais. A grande maioria das
espécies desta floresta vive nas árvores e são de pequeno e médio porte. Podemos
citar como exemplos de animais típicos da floresta amazônica: macacos, cobras,
marsupiais, tucanos, pica-paus, roedores, morcegos, entre outros. Os rios que
cortam a floresta amazônica (rio amazonas e seus afluentes) são repletos de
diversas espécies de peixes.

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O clima que encontramos na região desta floresta é o equatorial, pois ela


está situada próxima à linha do equador. Neste tipo de clima, as temperaturas são
elevadas e o índice pluviométrico (quantidade de chuvas) também. Num dia típico na
floresta amazônica, podemos encontrar muito calor durante o dia com chuvas fortes
no final da tarde.

Problemas atuais enfrentados pela floresta amazônica

Um dos principais problemas enfrentados pela Amazônia é o desmatamento


ilegal e predatório. Madeireiras instalam-se na região para cortar e vender troncos
de árvores nobres. Há também fazendeiros que provocam queimadas na floresta
para ampliação de áreas de cultivo (principalmente de soja). Estes dois problemas
preocupam cientistas e ambientalistas do mundo, pois em pouco tempo, podem
provocar um desequilíbrio no ecossistema da região, colocando em risco a floresta.

Outro problema é a biopirataria na floresta amazônica. Cientistas


estrangeiros entram na floresta, sem autorização de autoridades brasileiras, para
obter amostras de plantas ou espécies animais. Levam estas para seus países,
pesquisam e desenvolvem substâncias, registrando patente e depois lucrando com
isso. O grande problema é que o Brasil teria que pagar, futuramente, para utilizar
substâncias cujas matérias-primas são originárias do nosso território.

Com a descoberta de ouro na região (principalmente no estado do Pará),


muitos rios foram sendo contaminados. Os garimpeiros usam o mercúrio no garimpo,
substância que está contaminando os rios e peixes da região. Índios que habitam a
floresta amazônica também sofrem com a extração de ouro na região, pois a água
dos rios e os peixes são importantes para a sobrevivência das tribos (VESENTINI,
2005).

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Caatinga

Presente na região do sertão nordestino (clima semiárido), caracteriza-se


por uma vegetação de arbustos de porte médio, secos e com galhos retorcidos. Há
também a presença de ervas e cactos.

A massa equatorial atlântica, formada no arquipélago dos Açores, ao chegar


ao Nordeste, é barrada no barlavento do Planalto Nordestino (notadamente
Borborema, Apodi e Araripe), onde ganha altitude e precipita (chuvas orográficas),
chegando praticamente seca à Caatinga.

Apesar de sua aparência, a vegetação da Caatinga é muito rica, variando a


maioria delas conforme a época de chuvas e conforme a localização. Muitas
espécies ainda não foram catalogadas. As bromélias e os cactos são as duas
principais famílias da região, destacando-se os mandacarus, os caroás, os xique-
xiques, as macambiras e outras mais.

Atualmente, a Caatinga vem sendo agredida ao sofrer o impacto da


irrigação, drenagem, criação de pastos, latifúndios e da desertificação.

Levantamentos sobre a fauna do domínio da Caatinga revelam a existência


de 40 espécies de lagartos, sete espécies de anfibenídeos (espécies de lagartos
sem pés), 45 espécies de serpentes, quatro de quelônios, uma de Crocodylia, 44
anfíbios anuros e uma de Gymnophiona.

A Caatinga tem sido ocupada desde os tempos do Brasil-Colônia com o


regime de sesmarias e sistema de capitanias hereditárias, por meio de doações de
terras, criando-se condições para a concentração fundiária.

De acordo com o IBGE, 27 milhões de pessoas vivem atualmente no


polígono das secas. A extração de madeira, a monocultura da cana-de-açúcar e a
pecuária nas grandes propriedades (latifúndios) deram origem à exploração
econômica. Na região da Caatinga, ainda é praticada a agricultura de sequeiro.

Os ecossistemas do bioma Caatinga encontram-se bastante alterados com a


substituição de espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens. O desmatamento
e as queimadas são ainda práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária

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que, além de destruir a cobertura vegetal, prejudica a manutenção de populações da


fauna silvestre, a qualidade da água, e o equilíbrio do clima e do solo.
Aproximadamente 80% dos ecossistemas originais já foram antropizados (IBAMA,
2010).

Cerrado
Este bioma é encontrado nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Goiás e Tocantins. Com uma rica biodiversidade, caracteriza-se pela presença de
gramíneas, arbustos e árvores retorcidas. As plantas possuem longas raízes para
retirar água e nutrientes em profundidades maiores. O cerrado foi declarado “Sítio do
Patrimônio Mundial” pela UNESCO em 13 de dezembro de 2001.

Depois da Floresta Amazônica, é a formação vegetal brasileira que mais se


espalhou, predominando no planalto Central, mas aparecendo também como
manchas esparsas em outros pontos do país (Amazônia, região da caatinga do
Nordeste, São Paulo e Paraná), recobrindo mais de 20% do território nacional.
Predomina em áreas de clima tropical, com duas estações: verão chuvoso e inverno
seco.

Não é uma formação uniforme, o que permite identificar duas áreas: o


cerradão e o cerrado propriamente dito. No cerradão existem mais árvores que
arbustos. No cerrado, bastante ralo, aparecem poucos arbustos e árvores baixas, de
troncos sinuosos e casca espessa, que apresentam galhos retorcidos, com folhas
muito duras; entre as árvores e os arbustos, espalha-se uma formação contínua de
gramíneas altas. O cerrado espalha-se pelos chapadões e por algumas escarpas
acentuadas.

Dentre os fatores que explicam a fisionomia do cerrado, além da escassez


de água, destacam-se a profundidade do lençol freático e a natureza dos solos,
ácidos e com deficiências minerais.

O Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo em


biodiversidade com a presença de diversos ecossistemas, riquíssima flora com mais
de 10.000 espécies de plantas, com 4.400 endêmicas (exclusivas) dessa área. A

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fauna apresenta 837 espécies de aves; 67 gêneros de mamíferos, abrangendo 161


espécies e dezenove endêmicas; 150 espécies de anfíbios, das quais 45 endêmicas;
120 espécies de répteis, das quais 45 endêmicas; apenas no Distrito Federal, há 90
espécies de cupins, mil espécies de borboletas e 500 espécies de abelhas e vespas
(IBAMA, 2010).

Até a década de 1950, os Cerrados mantiveram-se quase inalterados. A


partir da década de 1960, com a interiorização da capital e a abertura de uma nova
rede rodoviária, largos ecossistemas deram lugar à pecuária e à agricultura
extensiva, como a soja, arroz e ao trigo. Tais mudanças se apoiaram, sobretudo, na
implantação de novas infraestruturas viárias e energéticas, bem como na descoberta
de novas vocações desses solos regionais, permitindo novas atividades agrárias
rentáveis, em detrimento de uma biodiversidade até então pouco alterada.

Durante as décadas de 1970 e 1980 houve um rápido deslocamento da


fronteira agrícola, com base em desmatamentos, queimadas, uso de fertilizantes
químicos e agrotóxicos, que resultou em 67% de áreas do Cerrado “altamente
modificadas”, com voçorocas, assoreamento e envenenamento dos ecossistemas.
Resta apenas 20% de área em estado conservado.

A expansão agropecuária, os garimpos, a construção de rodovias e cidades


como Brasília e Goiânia, são os principais aspectos provocados pela ação humana,
que reduziram esse ecossistema a pequenas manchas distribuídas por alguns
estados brasileiros.

A partir da década de 1990, governos e diversos setores organizados da


sociedade debatem como conservar o que restou do Cerrado, com a finalidade de
buscar tecnologias embasadas no uso adequado dos recursos hídricos, na extração
de produtos vegetais nativos, nos criadouros de animais silvestres, no ecoturismo e
outras iniciativas que possibilitem um modelo de desenvolvimento sustentável e
justo.

As unidades de conservação federais no Cerrado compreendem: dez


Parques Nacionais, três Estações Ecológicas e seis Áreas de Proteção Ambiental
(IBAMA, 2010).

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Mata dos Pinhais

Presente na região sul do Brasil, apresenta grande quantidade de pinheiros


(araucárias), por isso também é conhecida como Mata de Araucárias, em função da
grande presença da Araucária angustifolia neste bioma. O clima característico é o
subtropical.

O nome aciculifoliada vem do latim (aciculi = “pequena agulha”) e indica o


predomínio de espécies que apresentam folhas pontiagudas. Além do pinheiro-do-
paraná, aparecem ainda outras espécies, como a imbuia, o cedro, o ipê e a erva-
mate.

Os solos em que se desenvolve, em geral de origem vulcânica, são mais


férteis que os das áreas tropicais, o que explica a grande devastação sofrida por
essa vegetação para o aproveitamento agrícola.

Pradaria

Localizado no extremo sul do Brasil, também apresenta clima subtropical,


sendo, portanto, marcado pela atuação da massa polar atlântica.

Abrange os pampas, Campanha Gaúcha ou Campos Limpos, marcados pela


presença do solo de brunizens, oriundo da decomposição de rochas sedimentares e
ígneas, o que possibilita o desenvolvimento da agricultura e principalmente da
pecuária bovina semiextensiva.

É notável também a presença de coxilhas (colinas arredondadas e ricas em


herbáceas e gramíneas) e das matas-galerias nas margens dos rios.

Mata dos Cocais

Formação florestal presente, principalmente, nos estados do Piauí e


Maranhão. Por se tratar de um bioma de transição, apresenta características da

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Floresta Amazônica, Cerrado e da Caatinga. Presença de palmeiras com folhas


grandes e finas. As árvores mais comuns são: carnaúba, babaçu e buriti.

Da amêndoa do Babaçu se extrai o óleo; as folhas são usadas para a


cobertura de casas e o palmito como alimento para o gado. Um rico artesanato
emprega suas fibras para confeccionar esteiras, cestos e bolsas. Da casca do coco,
podem ser retirados o alcatrão e o acetato.

Da Carnaúba, o produto mais conhecido é a cera. Como tudo dessa


palmeira pode ser aproveitado (folhas, caule, fibras), o nordestino denominou-a
“árvore da providência”.

Mata Atlântica

Esta formação florestal encontra-se em poucos trechos da região litorânea


brasileira. Sofreu muita devastação nos últimos séculos em função, principalmente,
da ocupação do solo. Caracterizada pela presença de árvores de porte médio e alto.
Apresenta grande variedade de ecossistemas.

Ocupa, atualmente, uma extensão de aproximadamente 100 mil quilômetros


quadrados. É uma das mais importantes florestas tropicais do mundo, apresentando
uma rica biodiversidade.

A Mata Atlântica encontra-se, infelizmente, em processo de extinção. Isto


ocorre desde a chegada dos portugueses ao Brasil (1500), quando iniciou-se a
extração do pau-brasil, importante árvore da Mata Atlântica. Atualmente, a
especulação imobiliária, o corte ilegal de árvores e a poluição ambiental são os
principais fatores responsáveis pela extinção desta mata.

As principais características da Mata Atlântica são:

 presença de árvores de médio e grande porte, formando uma floresta fechada


e densa;

 rica biodiversidade, com presença de diversas espécies animais e vegetais;

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 as árvores de grande porte formam um microclima na mata, gerando sombra


e umidade;

 fauna rica com presença de diversas espécies de mamíferos, anfíbios, aves,


insetos, peixes e répteis;

 na região da Serra do Mar, forma-se na Mata Atlântica uma constante neblina.

Pantanal

Este bioma está presente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do
Sul. Algumas regiões do pantanal sofrem alagamentos durante os períodos de
chuvas. Presença de gramíneas, arbustos e palmeiras. Nas regiões que sofrem
inundação, há presença de árvores de floresta tropical.

Bioma litorâneo

Com um litoral muito extenso, o Brasil possui diversos tipos de biomas


nestas áreas. Na região Norte destacam-se as matas de várzea e os mangues no
litoral Amazônico. No Nordeste, há a presença de restingas, falésias e mangues. No
Sudeste destacam-se a vegetação de mata Atlântica e também os mangues,
embora em pouca quantidade. Já no sul do país, temos os costões rochosos e
manguezais.

Mangue

Ocupam porções mais restritas do litoral, em reentrâncias da costa, onde as


águas são pouco movimentadas, como os pântanos litorâneos, os alagadiços e as
regiões inundadas pela maré alta. Neles predominam vegetações halófitas (que se
adaptam a ambientes salinos), com raízes aéreas e respiratórias, dotadas de
pneumatóforos que lhes permitem absorver o oxigênio mesmo em áreas alagadas.

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Conforme a topografia e a umidade do solo, é possível distinguir o mangue-


vermelho, nas partes mais baixas, o mangue-siriúba, onde as inundações são
menos frequentes; e o mangue-branco, em solos firmes.

Formações dos litorais arenosos

As praias e as dunas aparecem em vastas extensões de nosso litoral e nelas


surgem formações herbáceas e arbustivas. Nas praias, essas formações são pouco
densas, mas, nas dunas, são relativamente compactas. Geralmente, entre o litoral
arenoso e a serra aparece também o jundu, formação de transição da floresta ao
solo salino, ao alcançar o litoral (ADAS, 2004).

Abaixo um mapa com a distribuição vegetativa brasileira

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UNIDADE 4 – BIOSFERA E ECOSSISTEMAS

A camada da terra ocupada por seres vivos é chamada biosfera,


abrangendo desde as fossas submarinas (11 mil metros de profundidade) até o topo
das montanhas mais altas (8 mil metros de altitude). Inclui, logicamente, o conjunto
de todos os ecossistemas naturais do nosso planeta.

A biosfera refere-se a região do planeta ocupada pelos seres vivos. É


possível encontrar vida em todas as regiões do planeta, por mais quente ou fria que
elas sejam.

O conceito de biosfera foi criado por analogia a outros conceitos


empregados para designar parte de nosso planeta

Comparada com o diâmetro da Terra (14.000 km), a biosfera é uma simples


e delgada casquinha, mas com excepcional propriedade de reunir as condições
necessárias para o surgimento e manutenção da vida.

Ilustração da biosfera

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Essas condições são determinadas por três componentes básicos: o calor,


que promove as reações químicas das células, características do metabolismo dos
seres vivos; a água, principal constituinte das células; a luz, fonte de energia para os
produtores e para o movimento dos ciclos biogeoquímicos.

Alguns cientistas encaram a biosfera como um único e enorme ecossistema


onde não só o biótopo (fatores abióticos) influencia e atua sobre a biocenose
(comunidade dos seres vivos), como também, a biocenose exerce uma manipulação
biológica, em escala planetária e global, sobre o biótopo. Isto é, a biosfera é vista
como uma rede complexa de interações onde os materiais inertes da biosfera estão
sempre sendo mudados pelos organismos; para melhorarem as suas condições de
existência.

Esta visão sobre a biosfera forma o eixo da chamada Hipótese Gaia (nome
grego da deusa da Terra) formulada na década de 1960 pelo físico, engenheiro e
inventor James Lovelock.

Segundo ele, os organismos, principalmente os unicelulares, evoluíram junto


com o ambiente físico, alterando-o numa sucessão ecológica em grande escala – de
modo a permitir o surgimento, na Terra, de formas mais complexas de vida. Assim,
as primeiras cianofíceas, surgidas há mais de um bilhão de anos, modificaram a
atmosfera, fabricando oxigênio e, deste modo, puderam surgir os animais.

Um exemplo da ação dos seres vivos, moldando o ambiente, é encontrado


nos recifes de coral onde, a partir de sais dissolvidos na água do mar, os corais e
algas constroem ilhas inteiras.

Outro exemplo, mais gritante e trágico, que reforça a hipótese é fornecida


pelo próprio homem, cuja a ação chega a colocar em risco a existência da vida na
Terra.

Numa abordagem mais radical desta hipótese, alguns postulam que Gaia (a
Terra) atua com um superorganismo que reage às agressões ao meio ambiente, por
meio de vários mecanismos, procurando manter as condições de existência da vida,
mesmo que seja em prejuízo de uma espécie mais incômoda, como a humana.

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Deste modo, animais e plantas agiriam em uníssono sobre o clima terrestre,


tornando-a mais confortável para si próprios.

Assim, por exemplo, a um calor excessivo no planeta – produzido pelo efeito


estufa –, Gaia reagiria aumentando a quantidade de algas que produzem sulfídio
dimetil (SDM). Este, ao difundir-se na atmosfera, agiria como um núcleo de
condensação das nuvens, iniciando o resfriamento da atmosfera e da Terra, graças
às chuvas (MOREIRA, 2010).

Desse modo, partindo dessa breve introdução, podemos inferir que os


organismos que vivem em uma determinada área, juntamente com o ambiente físico
com o qual interagem, constituem um ecossistema. Os ecossistemas podem ser
reconhecidos e estudados em diferentes escalas espaciais, variando das unidades
locais – tais como um lago – até todo o globo terrestre. Numa escala global, a Terra
é um ecossistema.

Ecossistema seria o conjunto formado por uma biocenose ou comunidade


biótica e fatores abióticos que interagem, originando uma troca de matéria entre as
partes vivas e não vivas. Em termos funcionais, é a unidade básica da Ecologia,
incluindo comunidades bióticas e meio abiótico, influenciando-se mutuamente, de
modo a atingir um equilíbrio.

A Dimensão de um ecossistema

É muito variável a dimensão de um ecossistema. Tanto é um ecossistema


uma floresta de coníferas, como um tronco de árvore apodrecido em que sobrevivem
diversas populações de seres minúsculos. Assim como é possível associar todos os
ecossistemas existentes num só, muito maior, que é a ecosfera, é igualmente
possível delimitar em cada um, outros mais pequenos, por vezes ocupando áreas
tão reduzidas que recebem o nome de microecossistemas.

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Constituintes e Funcionamento dos Ecossistemas

De acordo com a sua situação geográfica, os principais ecossistemas podem


ser classificados em: terrestres ou aquáticos, e possuem constituintes básicos:

 fatores abióticos – compostos não vivos do meio ambiente;

 fatores bióticos – formados pelos organismos vivos. Estes podem ser


classificados em:

produtores - seres autotróficos, na maior parte dos casos plantas verdes,


capazes de fabricar a seu próprio alimento a partir de substâncias inorgânicas
simples;

consumidos - organismos heterotróficos, quase sempre animais, que se


alimentam de outros seres ou de partículas de matéria orgânica;

decompositores - seres heterotróficos, na sua maioria bactérias e fungos que


decompõe as complexas substâncias dos organismos, libertando substâncias
simples que, lançadas no ambiente podem ser assimiladas pelos produtores.

Os fatores limitantes do ecossistema

Fatores Abióticos – o conjunto de todos os fatores físicos que podem incidir sobre
as comunidades de uma certa região.

Estes influenciam o crescimento, atividade e as características que os seres


apresentam, assim como a sua distribuição por diferentes locais. Estes fatores
variam de valor de local para local, determinando uma grande diversidade de
ambientes.

Os diferentes fatores abióticos podem agrupar-se em dois tipos principais –


os fatores climáticos, como a luz, a temperatura e a umidade, que caracterizam o
clima de uma região – e os fatores edáficos, dos quais se destacam a composição
química e a estrutura do solo.

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Luz

A luz é uma manifestação de energia, cuja principal fonte é o Sol. É


indispensável ao desenvolvimento das plantas. De fato, os vegetais produzem a
matéria de que o seu organismo é formado através de um processo – a fotossíntese
– realizado a partir da captação da energia luminosa. Praticamente, todos os
animais necessitam de luz para sobreviver. São exceção algumas espécies que
vivem em cavernas – espécies cavernícolos – e as espécies que vivem no meio
aquático a grande profundidade – espécies abissais.

A luz influencia o comportamento e a distribuição dos seres vivos e, também,


as suas características morfológicas.

A Luz e os Comportamentos dos Seres Vivos

Os animais apresentam fototatismo, ou seja, sensibilidade em relação à luz,


pelo que se orientam para ela ou se afastam dela. Tal como os animais, as plantas
também se orientam em relação à luz, ou seja, apresentam fototropismo. Os animais
e as plantas apresentam fotoperiodismo, isto é, capacidade de reagir à duração da
luminosidade diária a que estão submetidos – fotoperíodo. Muitas plantas com flor
reagem de diferentes modos ao fotoperíodo, tendo, por isso, diferentes épocas de
floração. Também os animais reagem de diversos modos ao fotoperíodo, pelo que
apresentam o seu período de atividade em diferentes momentos do dia.

Temperatura

Cada espécie só consegue sobreviver entre certos limites de temperatura, o


que confere a este fator uma grande importância. Cada ser sobrevive entre certos
limites de temperatura – amplitude térmica – não existindo nem acima nem abaixo
de um determinado valor. Cada espécie possui uma temperatura ótima para a
realização das suas atividades vitais. Alguns seres têm grande amplitude térmica de
existência – seres euritérmicos – enquanto outros só sobrevivem entre limites
estreitos de temperatura – seres estenotérmicos.

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A Temperatura e o Comportamento dos Animais

Alguns animais, nas épocas do ano em que as temperaturas se afastam do


valor ótimo para o desenvolvimento das suas atividades, adquirem comportamentos
que lhes permitem sobreviver durante esse período:

 animais que não têm facilidade em realizar grandes deslocações como, por
exemplo, lagartixas, reduzem as suas atividades vitais para valores mínimos,
ficando num estado de vida latente;

 animais que podem deslocar com facilidade como, por exemplo, as


andorinhas, migram, ou seja, partem em determinada época do ano para
outras regiões com temperaturas favoráveis;

 ao longo do ano, certas plantas sofrem alterações no seu aspecto,


provocados pelas variações de temperatura. Os animais também apresentam
características próprias de adaptação aos diferentes valores de temperatura.
Por exemplo, os que vivem em regiões muito frias apresentam, geralmente,
pelagem longa e uma camada de gordura sob a pele.

Água

É fator limitante de extrema importância para a sobrevivência de uma


comunidade. Além de seu envolvimento nas atividades celulares, não podemos nos
esquecer da sua importância na fisiologia vegetal (transpiração e condução das
seivas). É dos solos que as raízes retiram a água necessária para a sobrevivência
dos vegetais.

Disponibilidade de nutrientes

É outro fator limitante que merece ser considerado, notadamente em


ambientes marinhos.

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Fatores bióticos – são todos os efeitos causados pelos organismos em um


ecossistema que condicionam as populações que o formam.

Conjunto de todos seres vivos e que interagem uma certa região e que
poderão ser chamados de biocenose, comunidade ou de biota.

Relembrando, de acordo com o modo de obtenção de alimento, a


comunidade de um ecossistema, de maneira geral, é constituída por três tipos de
seres que fazem parte da cadeia alimentar:

 produtores – os seres autótrofos quimiossintetizantes (bactérias) e


fotossintetizantes (bactérias, algas e vegetais). Esses últimos transformam a energia
solar em energia química nos alimentos produzidos;

 consumidores primários – os seres herbívoros, isto é, que se alimentam dos


produtores (algas, plantas etc.) os carnívoros que se alimentam de consumidores
primários (os herbívoros);

Poderá ainda haver consumidores terciários ou quaternários, que se


alimentam, respectivamente, de consumidores secundários e terciários.

 decompositores – as bactérias e os fungos que se alimentam dos restos


alimentares dos demais seres vivos. Esses organismos (muitos microscópicos) têm
o importante papel de devolver ao ambiente, nutrientes minerais que existiam
nesses restos alimentares e que poderão, assim, ser reutilizados pelos produtores.

Nos ecossistemas, existe um fluxo de energia e de nutrientes como elos


interligados de uma cadeia, uma cadeia alimentar. Nela, os “elos” são chamados de
níveis tróficos e incluem os produtores, os consumidores (primários, secundários,
terciários etc.) e os decompositores.

Nos ecossistemas, a especialização de alguns seres é tão grande, que a


tendência atual entre os ecologistas é criar uma nova categoria de consumidores: os
comedores de detritos, também conhecido como detritívoros. Nesse caso, são
formadas cadeias alimentares separadas daquelas cadeias das quais participam os
consumidores habituais.

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A minhoca, por exemplo, pode alimentar-se de detritos vegetais. Nesse


caso, ela atua como detritívora consumidora primária. Uma galinha, ao se alimentar
de minhocas, será consumidora secundária. Uma pessoa que se alimenta da carne
da galinha ocupará o nível trófico dos consumidores terciários.

Os restos liberados pelo tubo digestório da minhoca, assim como os restos


dos demais consumidores, servirão de alimento para decompositores, bactérias e
fungos.

Fluxo de energia nos ecossistemas

A luz solar representa a fonte de energia externa sem a qual os


ecossistemas não conseguem manter-se. A transformação (conversão) da energia
luminosa para energia química, que é a única modalidade de energia utilizável pelas
células de todos os componentes de um ecossistema, sejam eles produtores,
consumidores ou decompositores, é feita através de um processo denominado
fotossíntese. Portanto, a fotossíntese – seja realizada por vegetais ou por
microrganismos – é o único processo de entrada de energia em um ecossistema.

Muitas vezes temos a impressão que a Terra recebe uma quantidade diária
de luz, maior do que a que realmente precisa. De certa forma isto é verdade, uma
vez que por maior que seja a eficiência nos ecossistemas, os mesmos conseguem
aproveitar apenas uma pequena parte da energia radiante. Existem estimativas de
que cerca de 34% da luz solar seja refletida por nuvens e poeiras; 19% seria
absorvida por nuvens, ozônio e vapor de água. Do restante, ou seja, 47%, que
chega a superfície da terra boa parte ainda é refletida ou absorvida e transformada
em calor, que pode ser responsável pela evaporação da água, no aquecimento do
solo, condicionando desta forma os processos atmosféricos.

A fotossíntese utiliza apenas uma pequena parcela (1 a 2%) da energia total


que alcança a superfície da Terra. É importante salientar, que os valores citados
acima são valores médios e não específicos de alguma localidade. Assim, as
proporções podem – embora não muito – variar de acordo com as diferentes regiões
do País ou mesmo do Planeta.

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Um aspecto importante para entendermos a transferência de energia dentro


de um ecossistema é a compreensão da primeira lei fundamental da termodinâmica
que diz: “A energia não pode ser criada nem destruída e sim transformada”. Como
exemplo ilustrativo desta condição, pode-se citar a luz solar, a qual como fonte de
energia, pode ser transformada em trabalho, calor ou alimento em função da
atividade fotossintética; porém de forma alguma pode ser destruída ou criada.

Outro aspecto importante é o fato de que a quantidade de energia disponível


diminui à medida que é transferida de um nível trófico para outro. Assim, como
exemplos de cadeias alimentares, o gafanhoto obtém, ao comer as folhas da árvore,
energia química; porém, esta energia é muito menor que a energia solar recebida
pela planta. Essas perdas nas transferências ocorrem sucessivamente até se chegar
aos decompositores.

A explicação para este decréscimo energético de um nível trófico para outro,


é o fato de cada organismo necessitar grande parte da energia absorvida para a
manutenção das suas atividades vitais, tais como divisão celular, movimento,
reprodução, etc.

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O texto sobre pirâmides, a seguir, mostrará as proporções em biomassa, de


um nível trófico para outro. Podemos notar que a medida que se passa de um nível
trófico para o seguinte, diminuem o número de organismos e aumenta-se o tamanho
de cada um (biomassa)

Pirâmides ecológicas: Quantificando os Ecossistemas

Pirâmides ecológicas representam, graficamente, o fluxo de energia e


matéria entre os níveis tróficos no decorrer da cadeia alimentar. Para tal, cada
retângulo representa, de forma proporcional, o parâmetro a ser analisado.

Esta representação gráfica por ser:

 pirâmide de números – representa a quantidade de indivíduos em cada nível


trófico da cadeia alimentar proporcionalmente à quantidade necessária para a
dieta de cada um desses.

Em alguns casos, quando o produtor é uma planta de grande porte, o gráfico


de números passa a ter uma conformação diferente da usual, sendo denominado
“pirâmide invertida”.

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Outro exemplo de pirâmide invertida é dada quando a pirâmide envolve


parasitas, sendo assim os últimos níveis tróficos mais numerosos;

 pirâmide de biomassa – pode-se também pensar em pirâmide de biomassa,


em que é computada a massa corpórea (biomassa) e não o número de cada
nível trófico da cadeia alimentar. O resultado será similar ao encontrado na
pirâmide de números: os produtores terão a maior biomassa e constituem a
base da pirâmide, decrescendo a biomassa nos níveis superiores.

Tal como no exemplo anterior, em alguns casos pode ser caracterizada


como uma pirâmide invertida, já que há a possibilidade de haver, por exemplo, a
redução da biomassa de algum nível trófico, alterando tais proporções;

 pirâmide de energia – a energia solar captada pelos produtores vai se


dissipando ao longo das cadeias alimentares sob a forma de calor, uma
energia que não é utilizável pelos seres vivos. À medida que esta energia é
dissipada pelo ecossistema, ocorre uma permanente compensação com a
utilização de energia solar fixada pelos produtores, passando depois através
de todos os outros elementos vivos do ecossistema.

O nível energético mais elevado, nos ecossistemas terrestres, é constituído


pelas plantas clorofiladas (produtores). O resto do ecossistema fica inteiramente
dependente da energia captada por eles, depois de transferido e armazenada em
compostos orgânicos. O nível imediato é constituído pelos herbívoros. Um herbívoro
obterá, portanto, menos energia das plantas clorofiladas do que estas recebem do

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Sol. O nível seguinte corresponde ao dos carnívoros. Apenas parte da energia


contida nos herbívoros transitará para os carnívoros e assim sucessivamente.

Foi adaptado um processo de representação gráfica desta transferência de


energia nos ecossistemas, denominado pirâmide de energia, em que a área
representativa de cada nível trófico é proporcional à quantidade de energia
disponível. Assim, o retângulo que representa a quantidade de energia que transita
dos produtores para os consumidores de primeira ordem é maior do que aquele que
representa a energia que transita destes para os consumidores de segunda ordem e
assim sucessivamente.

As cadeias alimentares estão geralmente limitadas a 4 ou 5 níveis tróficos,


porque há perdas de energia muito significativas nas transferências entre os
diferentes níveis. Consequentemente, a quantidade de energia que chega aos níveis
mais elevados já não é suficiente para suportar ainda outro nível trófico.

Calculou-se que uma superfície de 40000m2 pode produzir, em condições


adequadas, arroz em quantidade suficiente para alimentar 24 pessoas durante um
ano. Se esse arroz, em vez de servir de alimento ao homem, fosse utilizado para a
criação de gado, a carne produzida alimentaria apenas uma pessoa nesse mesmo
período.

Quanto mais curta for uma cadeia alimentar, maior será, portanto, o
aproveitamento da energia. Em países com falta de alimentos, o homem deve optar
por obtê-los através de cadeias curtas.

Para cálculo da eficiência nas transferências de energia de um nível para o


outro, há necessidade de avaliar a quantidade de matéria orgânica ou de energia

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existente em cada nível trófico, ou seja, é necessário conhecer a produtividade ao


longo de todo o ecossistema.

A dinâmica dos ecossistemas é o resultado das atividades de uma grande


quantidade de organismos, os quais são influenciados por processos no ambiente
físico. Alguns desses processos são, por sua vez, alterados pelos organismos,
enquanto outros não o são. Indivíduos de muitas espécies diferentes que interagem
o fazem pela captura de energia e materiais, transformando-os e retendo-os, e por
fim transferindo-os para outros organismos.

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UNIDADE 5 – EVOLUÇÃO DA DIVERSIDADE

Esta unidade, embora pareça não ter muitas relações com a Biologia
Vegetal, reserva um momento especial para reflexão do biólogo e professor, uma
vez que, ao longo de sua trajetória profissional, ele pode se deparar com situações
que envolvem a utilização da diversidade animal e vegetal do nosso planeta em prol
de práticas comerciais, as quais, se não forem sustentáveis, podem deixar lacunas
negativas para as futuras gerações.

5.1 Conceito e definição de biodiversidade

Biodiversidade pode ser entendida como a variabilidade de organismos de


todas as origens e os complexos ecológicos de que fazem parte, compreendendo
ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas (SMA,
1996).

Os estudos sobre a diversidade biológica podem ser remetidos à Aristóteles.


Porém, somente no final dos anos 1970, foram realizadas as primeiras estimativas
confiáveis sobre as taxas de desmatamento nos trópicos, e de extinção de espécies,
portanto de perda de biodiversidade (HEYWOOD; WATSON, 1995 apud AMARAL et
al., 2000). Atualmente, verifica-se que as taxas de desmatamento correlacionam-se
muito bem com a perda da diversidade biológica terrestre.

A biodiversidade possui três grandes níveis:

1) diversidade genética – os indivíduos de uma mesma espécie não são


geneticamente idênticos entre si. Cada indivíduo possui uma combinação única de
genes que fazem com que alguns sejam mais altos e outros mais baixos, alguns
possuam os olhos azuis enquanto outros os tenham castanhos, tenham o nariz
chato ou pontiagudo. As diferenças genéticas fazem com que a Terra possua uma
grande variedade de vida;

2) diversidade orgânica – os cientistas agrupam os indivíduos que possuem


uma história evolutiva comum em espécies. Possuir a mesma história evolutiva faz

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com que cada espécie possua características únicas que não são compartilhadas
com outros seres vivos. Os cientistas já identificaram cerca de 1,75 milhões de
espécies. Contudo, eles estão somente no começo. Algumas estimativas apontam
que podem existir entre 10 a 30 milhões de espécies na Terra;

3) diversidade ecológica – as populações da mesma espécie e de espécies


diferentes interagem entre si formando comunidades; essas comunidades interagem
com o ambiente formando ecossistemas, que interagem entre si formando
paisagens, que formam os biomas. Desertos, florestas, oceanos, são tipos de
biomas. Cada um deles possui vários tipos de ecossistemas, os quais possuem
espécies únicas. Quando um ecossistema é ameaçado todas as suas espécies
também são ameaçadas.

O Brasil como um país detentor da megadiversidade e ao mesmo com


elevada taxa de desmatamento, possui um papel relevante na elaboração de
políticas públicas ligadas a biodiversidade. Estas podem ser apropriadas aos países
com características semelhantes, especialmente do Terceiro Mundo, onde a maior
parte da biodiversidade está concentrada (AMARAL et al., 2000).

5.2 O valor econômico da biodiversidade

Segundo o IBAMA, a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB)


reconhece que a biodiversidade possui valores econômicos sociais e ambientais.
Logo no primeiro parágrafo do texto, esse reconhecimento é explicitado: “consciente
do valor intrínseco da diversidade biológica e dos valores ecológico, social,
econômico, científico, educacional, cultural, recreativo e estético da diversidade
biológica e de seus componentes”.

O artigo 1º define os objetivos da Convenção como sendo “a conservação


da biodiversidade biológica, a utilização sustentável de seus componentes e a
repartição justa e equitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos
genéticos”. Complementando, o artigo 11º destaca a necessidade de utilizar
instrumentos econômicos na gestão da conservação da biodiversidade, afirmando

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que: “cada parte contratante deve, na medida do possível e conforme o caso, adotar
medidas econômica e socialmente racionais que sirvam de incentivo à conservação
e utilização sustentável de componentes da diversidade biológica”.

Assim, a CDB busca demonstrar, como estratégia de proteção à


biodiversidade, que a conservação e o uso sustentável da biodiversidade têm valor
econômico e que a utilização de critérios econômicos é relevante na sua
implementação, ou seja, apregoa ser imprescindível o reconhecimento do valor
econômico da biodiversidade por aqueles que participam de sua gestão.

Hoje, a maioria das decisões de políticas públicas se baseia em


considerações econômicas. Assim, o conhecimento dos montantes dos valores
econômicos associados à conservação, à preservação e ao uso sustentável da
biodiversidade é a forma contemporânea de garantir que a variável ambiental tenha
peso efetivo nas tomadas de decisões em políticas públicas (IBAMA, 2010).

Neste contexto, a Economia Ambiental, fundamentada na Teoria Econômica


Neoclássica, incorpora hoje métodos e técnicas de valoração que buscam integrar
as dimensões ecológicas, econômicas e sociais, de forma que capture os valores
econômicos associados à conservação e à preservação da diversidade biológica. O
objetivo é tirar as formulações neoclássicas do nível teórico de abstração e enfrentar
o desafio de medir as variáveis indispensáveis à implementação e à
instrumentalização de políticas públicas.

Podemos então definir valoração econômica como o processo de atribuir


valores monetários aos bens e serviços derivados dos recursos ambientais
(biodiversidade), independentemente de existirem ou não preços de mercado
relacionados a eles.

Os métodos de valoração econômica podem ser agrupados em três


categorias:

i) métodos baseados em preços de mercados reais;

ii) métodos baseados em preços de mercados substitutos; e,

iii) métodos baseados em preços de mercados simulados.

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i) Os métodos baseados em preços de mercados reais empregam a


informação existente sobre os preços de mercado como um indicador do valor
monetário dos bens e serviços derivados da diversidade biológica. As técnicas
incluem os métodos de: preço de mercado do produto; de custo real; e o de
mudança produtividade.

ii) Os métodos baseados em preços de mercados substitutos diferem do


anterior na medida em que a informação sobre os preços de mercado é utilizada
indiretamente como valor substituto para calcular os benefícios dos bens e serviços
derivados da diversidade biológica. Nestes incluem-se os seguintes métodos: de
custo de oportunidade; de custo viagem; de custos de reposição; métodos baseados
em custos preventivos/defensivos e hedônicos.

iii) Os métodos baseados em preços de mercados simulados são


empregados quando não existe informação de mercado ou ela é insuficiente para
ser usada como uma aproximação da informação verdadeira. Neste caso, é feita
uma pesquisa de campo em amostra(s) representativa(s) das populações humanas
para levantar dados sobre a disposição a pagar (DAP) ou disposição a receber
(DAR) pelos benefícios dos bens e serviços derivados da diversidade biológica. O
método da Valoração Contingente é o mais conhecido destes métodos (IBAMA,
2010).

Ecólogos e ambientalistas são os primeiros a insistir no aspecto econômico


da proteção da diversidade biológica. Deste modo, Edward O. Wilson escreveu, em
1992, que a Biodiversidade é uma das maiores riquezas do planeta, e, entretanto, é
a menos reconhecida como tal (la biodiversité est l'une des plus grandes richesses
de la planète, et pourtant la moins reconnue comme telle).

A maioria das pessoas vê a biodiversidade como um reservatório de


recursos que devem ser utilizados para a produção de produtos alimentícios,
farmacêuticos e cosméticos. Este conceito do gerenciamento de recursos biológicos
provavelmente explica a maior parte do medo de se perderem estes recursos devido
à redução da Biodiversidade. Entretanto, isso é também a origem de novos conflitos
envolvendo a negociação da divisão e apropriação dos recursos naturais.

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Uma estimativa do valor da biodiversidade é uma pré-condição necessária


para qualquer discussão sobre a distribuição da riqueza da Biodiversidade. Estes
valores podem ser divididos entre:

 valor intrínseco – todas as espécies são importantes intrinsecamente, por


uma questão de ética;

 valor funcional – cada espécie tem um papel funcional no ecossistema. Por


exemplo, predadores regulam a população de presas, plantas
fotossintetizantes participam do balanço de gás carbônico na atmosfera, etc.;

 valor de uso direto – muitas espécies são utilizadas diretamente pela


sociedade humana, como alimentos ou como matérias-primas para produção
de bens;

 valor de uso indireto – outras espécies são indiretamente utilizadas pela


sociedade. Por exemplo, criar abelhas em laranjais favorece a polinização
das flores de laranja, resultando numa melhor produção de frutos;

 valor potencial – muitas espécies podem futuramente ter um uso direto como,
por exemplo, espécies de plantas que possuem princípios ativos a partir dos
quais podem ser desenvolvidos medicamentos.

Em um trabalho publicado na Nature, em 1997, Constanza e colaboradores


estimaram o valor dos serviços ecológicos prestados pela natureza. A ideia geral do
trabalho era contabilizar quanto custaria por ano para uma pessoa ou mais, por
exemplo, polinizar as plantas ou quanto custaria para construir um aparato que
serviria como mata ciliar no antiaçoriamento dos rios. O trabalho envolveu vários
“serviços” ecológicos e chegou a uma cifra média de US$ 33.000.000.000.000,00
(trinta e três trilhões de dólares) por ano, duas vezes o produto interno bruto
mundial.

Um exemplo prático e real relaciona-se com o mercado mundial de


fitoterápicos que movimenta US$ 20 bilhões anuais. A informação está na página da
revista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em matéria assinada
por Mônica Teixeira (2007), relativo ao Simpósio sobre Plantas Medicinais
organizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, em Manaus. Na

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Floresta Amazônica existem 33 mil plantas com potencial para abastecer esse
mercado, e ainda muito poucas empresas capacitadas a explorá-las.

Do ponto de vista previamente definido, nenhuma medida objetiva isolada de


biodiversidade é possível, apenas medidas relacionadas com propósitos particulares
ou aplicações.

Para os conservacionistas práticos, essa medida deveria quantificar um valor


que é, ao mesmo tempo, altamente compartilhado entre as pessoas localmente
afetadas.

Para outros, uma definição mais abrangente e mais defensável


economicamente, é aquela cujas medidas deveriam permitir a assegurar
possibilidades continuadas tanto para a adaptação quanto para o uso futuro pelas
pessoas, assegurando uma sustentabilidade ambiental. Como consequência, os
biólogos argumentaram que essa medida é possivelmente associada à variedade de
genes. Uma vez que não se pode dizer sempre quais genes são mais prováveis de
serem mais benéficos, a melhor escolha para a conservação é assegurar a
persistência do maior número possível de genes. Para os ecólogos, essa
abordagem às vezes é considerada inadequada e muito restrita (O valor econômico
da biodiversidade; 2010. Disponível em: http://www.ncpam.com.br/2010/01/o-valor-
economico-da-biodiversidade.html).

5.3 Conservação, preservação e proteção

A conservação da diversidade biológica tornou-se uma preocupação global.


Apesar de não haver consenso quanto ao tamanho e ao significado da extinção
atual, muitos consideram a Biodiversidade essencial. Há basicamente dois tipos
principais de opções de conservação, (conservação in-situ) e (conservação ex-situ).

A conservação in-situ é geralmente vista como uma estratégia de


conservação elementar. Entretanto, sua implementação é às vezes impossível. Por
exemplo, a destruição de hábitats de espécies raras ou ameaçadas de extinção às
vezes requer um esforço de conservação ex-situ. Além disso, a conservação ex-situ
pode dar uma solução reserva para projetos de conservação in-situ. Alguns acham

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que ambos os tipos de conservação são necessários para assegurar uma


preservação apropriada.

Um exemplo de um esforço de conservação in-situ é a construção de áreas


de proteção. Um exemplo de um esforço de conservação ex-situ, ao contrário, seria
a plantação de germoplasma em bancos de sementes. Tais esforços permitem a
preservação de grandes populações de plantas com o mínimo de erosão genética.

Fatores que ameaçam a conservação da biodiversidade

A perda da biodiversidade envolve aspectos sociais, econômicos, culturais e


científicos. A situação é particularmente grave na região tropical. Populações
humanas crescentes e pressões econômicas estão levando a uma ampla conversão
das florestas tropicais em um mosaico de hábitats alterados por ação humana.
Como resultado da pressão de ocupação humana, a Mata Atlântica ficou reduzida a
menos de 10% da vegetação original. Os principais processos responsáveis pela
perda da biodiversidade são:

 perda e fragmentação dos hábitats;

 introdução de espécies e doenças exóticas;

 exploração excessiva de espécies de plantas e de animais;

 uso de híbridos e monoculturas na agroindústria e nos programas de


reflorestamento;

 contaminação do solo, água e atmosfera por poluentes;

 mudanças climáticas.

A ameaça da diversidade biológica estava entre os tópicos mais importantes


discutidos na Conferência Mundial da ONU para o desenvolvimento sustentável, na
esperança de ver a fundação da Global Conservation Trust para ajudar a manter as
coleções de plantas.

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REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS BÁSICAS

BEGON, Michael; TOWNSEND, Colin R.; HARPER, John L. De indivíduos a


ecossistemas. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. Trad. Adriana Sanches Melo et al.

PURVES, William K et al. Vida. A ciência da Biologia. Vol. 2: evolução, diversidade e


ecologia. 6 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.

REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
ADAS, Melhem. Panorama geográfico brasileiro: contradições, impasses e desafios
socioespaciais. 4 ed. São Paulo: Moderna, 2004.

AMARAL, Weber A. N. do et al. Políticas Públicas em Biodiversidade: Conservação


e uso Sustentado no País da Megadiversidade (2009). Disponível em:
http://www.hottopos.com/harvard1/politicas_publicas_em_biodiversi.htm

HEYWOOD, V.H.; WATSON, R.T. Global Biodiversity Assessment. Cambridge.


UNEP - United Nations Environment Programe, 1995.

IBAMA. Caatinga (2010). Disponível em:


http://www.ibama.gov.br/ecossistemas/caatinga.htm

IBAMA. Cerrado (2010). Disponível em:


http://www.ibama.gov.br/ecossistemas/cerrado.htm

IBAMA. Valor econômico (2010). Disponível em:


http://www.ibama.gov.br/ecossistemas/valor.htm

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Atlas Geográfico


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MARINA, Lúcia; TÉRCIO. Geografia - Série Novo Ensino Médio. Edição compacta.
Vol. Único, São Paulo: Editora Ática, 2004.

MONBEIG, Pierre. Papel e valor do ensino da geografia e de sua pesquisa. Revista


Tamoios, julho/dezembro - Ano II, nº 2, 2006 http://www.e-
publicacoes.uerj.br/index.php/tamoios/article/view/609

MOREIRA, Maurício. Ecologia: dinâmica das populações (2010). Disponível em:


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SANTOS, Milton. O espaço dividido. Os dois circuitos da economia urbana dos


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