Sei sulla pagina 1di 89

PROFESSOR HENRIQUE NERY

EMAIL: hjnery@gmail.com
 Serão considerados os concretos de massa específica normal (ρc), compreendida
entre 2000 kg/m³e 2800 kg/m³.

 Para efeito de cálculo, pode-se adotar para o concreto simples o valor 2400 kg/m³
e para o concreto armado 2500 kg/m³.

 Quando se conhecer a massa específica do concreto utilizado, pode-se considerar,


para valor da massa específica do concreto armado, aquela do concreto simples
crescida de 100 kg/m³ a 150 kg/m³.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 2


 As principais propriedades mecânicas do concreto são: resistência à
compressão, resistência à tração e módulo de elasticidade. Essas
propriedades são determinadas a partir de ensaios, executados em condições
específicas.

 Geralmente, os ensaios são realizados para controle da qualidade e atendimento


às especificações.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 3


 Estudo do Material Concreto

 O concreto é um material composto por aglomerantes hidráulicos, materiais inertes e água,


apresentando uma boa resistência à compressão e baixa resistência à tração.

 Classes de Concreto

 A NBR-6118/2003 se aplica aos concretos cujas resistências à compressão estão situadas no grupo
I da NBR-8953, ou seja, aqueles cuja resistência à compressão axial esteja dentro do seguinte
limite:

 20MPa ≤ fck ≤ 50 MPa

 A classe de concreto C15 (15MPa) pode ser usada apenas em fundações, conforme a NBR-6122,
em obras provisórias.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 4


 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO

 Segundo MEHTA & MONTEIRO (1994), “A resistência de um material é definida como a


capacidade de este resistir à tensões sem haver ruptura”.

 A resistência do concreto à compressão, sua característica mais importante, é medida através de


ensaios de compressão axial em corpos-de-prova, sendo esses ensaios utilizados para o controle
de qualidade e a aceitação do concreto utilizado na estrutura. No Brasil a resistência à
compressão do concreto deve ser obtida em ensaios com corpos-de-prova cilíndricos moldados
segundo a NBR-5738 e realizados de acordo com a NBR-5739.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 5


 RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICA DO CONCRETO À COMPRESSÃO (fck )

 A determinação da resistência do concreto é feita através de tratamento estatístico. Os resultados


dos ensaios obedecem aproximadamente a uma curva normal de distribuição de freqüências ou
Curva de Gauss.

 Para a NBR-6118/2003, a resistência característica inferior é admitida como sendo o valor que tem
apenas 5% de probabilidade de não ser atingido pelos elementos de um dado lote de material.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 6


 RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICA DO CONCRETO À COMPRESSÃO (fck )

 Através desta curva, encontramos a resistência característica do concreto (fck),

considerada como sendo o valor que tem 95% de probabilidade de ser igualado
ou superado.

 Matematicamente, através da curva de Gauss temos que:

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 7


 Fatores que interferem na resistência à compressão do concreto:

 a) Fator água/cimento - porosidade: Principal responsável pela resistência do


concreto à compressão, o fator água/cimento mede a relação entre o peso da água e o
do cimento utilizado no traço do concreto. Ele determina a porosidade do concreto
endurecido, que por sua vez afeta na resistência do mesmo, visto que uma menor
porosidade, ocasionada por uma menor relação água/cimento, proporcionará uma
maior área de contato entre os elementos, proporcionando assim uma maior
resistência.

 b) Tipo de Cimento: O tipo de cimento utilizado no concreto em geral influi pouco na


resistência à compressão definitiva do concreto, sendo mais utilizado para ajustar
outras características do mesmo. Segundo MEHTA & MONTEIRO (1994), “..., a influência
da composição do cimento sobre a porosidade da matriz e a resistência do concreto
fica limitada às baixas idades”.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 8


 c) Cura: A cura inadequada ou a alta temperatura pode ocasionar uma perda de água prematura
do concreto, deixando espaços vazios, reduzindo assim a sua resistência.

 d) Adensamento: O adensamento, feito imediatamente após o lançamento do concreto, tem a


função de eliminar os vazios existentes no mesmo. O adensamento do concreto no corpo-de-
prova é feito de forma manual, por procedimentos definidos em norma. O adensamento feito fora
destes padrões pode conduzir a resultados errôneos da resistência do concreto à compressão.

 e) Forma e dimensões do corpo-de-prova: Uma das dificuldades encontradas é o


dimensionamento do corpo-de-prova, que deve ser tal que o diâmetro permita uma concretagem
fácil, e a altura não pode ser excessivamente baixa para evitar um impedimento da deformação
transversal, devido ao atrito das faces extremas com os pratos da prensa de ensaio. Baseado neste
princípio, a norma brasileira e a maioria das normas internacionais recomendam a adoção de
corpos-de-prova cilíndricos de 15 cm de diâmetro de base por 30 cm de altura. Existem ainda
alguns países, como a Alemanha, que adotam corpos-de-prova cúbicos, encontrando resultados
superiores aos dos cilíndricos, devido, sobretudo, ao atrito mencionado anteriormente.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 9


 f) Idade do Concreto: A resistência do concreto à compressão cresce em função do tempo
decorrido da concretagem, mais rapidamente nas primeiras idades e mais lentamente a partir do
nonagésimo dia, vindo a se estabilizar, aproximadamente, após o primeiro ano de vida da
estrutura. Os ensaios feitos no concreto levam em consideração a idade de 28 dias. A Tabela
abaixo fornece uma relação entre as resistências para várias idades e tipos de cimento.

Variação da resistência do concreto à compressão (temperatura ambiente entre 15 e 20 oC) - SÜSSEKIND, (1981).

Segundo a NBR 6118 (2003), para idades inferiores a 28 dias, pode-se utilizar a seguinte expressão:

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 10


 Correção da resistência à compressão

fck,projeto = 0,95 * 1,2 * 0,75 * fck = 0,85 fck,ensaio

 Existem diferenças entre o valor encontrado nos ensaios de compressão axial do corpo-de-prova
e o valor de resistência real que estará atuando nas estruturas. Essas diferenças são decorrentes
de três fatores: o tamanho do corpo-de-prova; a idade do concreto; e a velocidade de
carregamento.

 a) O Tamanho do corpo de prova - Para levar em conta a diferença de tamanho entre o corpo-
de-prova cilíndrico de 15x30cm e as estruturas, admite-se um coeficiente de correção de 0,95, ou
seja, a resistência da estrutura é 0,95 da resistência do corpo-de-prova. Para outras dimensões e
formas de corpos-de-prova tem-se outros coeficientes.

 b) Idade do concreto - Para levar em conta a idade do concreto, admite-se que a resistência à
compressão aumenta 20%, em um ano, em relação à resistência aos 28 dias, ou seja, fc,1ano=1,2 fck.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 11


 c) Efeito Rüsch – Velocidade de carregamento

 RÜSCH apud MEHTA & MONTEIRO (1994), “ A resistência final do concreto é também afetada pela
velocidade de carregamento. Devido à progressiva micro fissuração sob cargas mantidas
constantes, o concreto sofrerá ruptura a uma tensão menor do que a induzida por carregamento
instantâneo ou rápido, normalmente utilizado em laboratório”.

NOTA: Para levar em conta a velocidade de


carregamento, admite-se que, a favor da
segurança, a resistência obtida com um
carregamento lento é 75% da resistência obtida em
ensaios com carregamento rápido.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 12


 Resistência à tração

 A resistência à tração do concreto é relativamente baixa, girando em torno de 8 a 15% da


sua resistência à compressão. Os ensaios para a determinação da resistência à tração do
concreto são:

 Ensaio de tração direta:

 Neste ensaio, considerado o de referência, a resistência à tração direta, fct, é determinada


aplicando-se tração axial, até a ruptura, em corpos de prova de concreto simples (Figura
2.2). A seção central é retangular, com 9 cm por 15 cm, e as extremidades são quadradas,
com 15 cm de lado.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 13


Ensaio de tração indireta ou tração na flexão:

Esse ensaio é feito com a utilização de um corpo-de-prova prismático, com seção transversal de 15 cm x
15 cm e comprimento de 75 cm, que é submetido à aplicação de carga transversal nos terços médios
entre os apoios, conforme a Figura abaixo.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 14


Ensaio de tração na compressão diametral:

É o ensaio mais utilizado, por ser mais simples de ser executado e utilizar o mesmo corpo de
prova cilíndrico do ensaio de compressão (15 cm por 30 cm). Também é conhecido
internacionalmente como Ensaio Brasileiro, pois foi desenvolvido por Lobo Carneiro, em
1943.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 15


Esse ensaio surgiu durante a abertura da Avenida Presidente Vargas, na cidade do Rio de
Janeiro, em 1943. A igreja de São Pedro, uma igreja muito antiga, construída em 1732,
situava-se bem no centro da futura avenida. A solução imaginada, na época, foi deslocá-la
para o lado, usando rolos de concreto com 60cm de diâmetro.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 16


De Acordo com o item 8.2.5 da NBR6118:2003, a resistência à tração por compressão
diametral (fct,sp ) e a resistência à tração na flexão (fct,f) devem ser obtidas em ensaios
realizados segundo a NBR-7222 e a NBR-12142, respectivamente. Se forem realizados os
ensaios indiretos, a resistência à tração direta fct pode ser adotada igual a:

fct,m = 0,9.fct,sp = 0,7.fct,f

Na falta de ensaios para obtenção de fct,sp e fct,f, pode-se avaliar o valor médio ou característico
por meio das seguintes equações:

fct,m = 0,3. fck2/3


fctk,inf = 0,7.fct,m
fctk,sup = 1,3.fct,m
onde : fct,m e fck são expressos em MPa.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 17


Módulo de Deformação ou Módulo de Eslasticidade
O Módulo de elasticidade (E) é a relação entre a tensão atuante e a deformação resultante
desta tensão.

Módulo de Eslasticidade Longitudinal


Sabe-se da Resistência dos Materiais que a relação entre tensão e deformação, para
determinados intervalos, pode ser considerada linear (Lei de Hooke), ou seja, σ = E.ε ,
sendo σ a tensão, ε a deformação específica e E o Módulo de Elasticidade ou Módulo de
Deformação Longitudinal.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 18


Módulo Tangente – seu valor é variável em cada ponto e é dado pela inclinação da reta
tangente à curva nesse ponto;

Ec = tgφ

Módulo Tangente na Origem – é dado pela inclinação da reta tangente à curva na origem;
Segundo a NBR 6118 (2003), item 8.2.8,“quando não forem realizados ensaios e não existirem
dados mais precisos sobre o concreto usado na idade de 28 dias, pode-se estimar o valor do
módulo de elasticidade tangente inicial usando a expressão:

Eci = 5600 fck½ (MPa)

Módulo Secante – seu valor é variável em cada ponto e é obtido pela inclinação da reta que
une a origem com esse ponto. Segundo a NBR 6118 (2003), “O módulo de elasticidade secante
a ser utilizado nas análises elásticas de projeto, especialmente para determinação de esforços
solicitantes e verificação de estados limites de serviço, deve ser calculado pela expressão”:

Ecs = 0,85 Eci = 0,85. 5600 fck½ (MPa)

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 19


Aula 1 - Professor: Henrique Nery 20
Coeficiente de Poisson

O coeficiente de deformação transversal, ou coeficiente de Poisson (ν) representa a relação

entre as deformações transversais e longitudinais na peça .Varia entre 0,15 e 0,25, sendo
sugerido pela NBR 6118 (2003) o valor constante de 0,20, devido a pequena variação que
estes valores representam nos cálculos. Esse valor, entretanto, válido para tensões de
compressão menores que 0,5.fc e tensões de tração menores que fct.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 21


Diagrama Tensão versus Deformação simplificado
De forma a estabelecer um critério de dimensionamento comum aos concretos com diferentes
resistências à compressão com que se trabalha na prática, havia a necessidade de um diagrama ideal,
mesmo que simplificado, para possibilitar a sua aplicação numérica. A partir dos ensaios realizados
por E. Grasser, comprovou-se que a tensão máxima ocorre com uma deformação específica da ordem
de 0,2%, atingindo a ruptura com uma deformação média em torno de 0,35%.

Com esses dados, a maioria das normas, inclusive a NBR 6118 (2003), recomenda a utilização do
diagrama simplificado parábola-retângulo dimensionamento do concreto normal para carregamentos
de curta duração.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 22


Segundo a NBR 6118:2003, quando toda a seção estiver submetida a compressão simples, a
deformação máxima do concreto é igual a 2‰.
(MPa) (MPa)
c c
60 60

50 f = 50 MPa 50 f = 50 MPa
c c

40 f = 40 MPa 40 fc= 40 MPa


c
30 30
f = 25 MPa fc= 25 MPa
c
20 f = 20 MPa 20 fc= 20 MPa
c
10 10

1 2 3 4 5 6 ( 0 /0 0 ) 1 2 3 4 5 6 ( 0 /00 )
c c

Segundo a NBR 6118:2003, quando a seção


for solicitada por flexão a deformação
máxima de compressão no concreto tem
valor adotado igual a 3,5 ‰.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 23


Retração / Expansão do Concreto

A retração e a expansão são deformações volumétricas do concreto, independentes de


carregamento e direção. Estas variações ocorrem devido à perda (retração) ou a absorção
(expansão) de água por parte do concreto. A intensidade do fenômeno varia de acordo
com a umidade do ambiente, a espessura da peça, e o fator água/cimento da mesma.

No processo de retração, a água é inicialmente expulsa das fibras externas do concreto,


criando deformações diferenciais que, por sua vez, geram tensões capazes de provocar
fissuração em peças de concreto armado, e perda de tensão em cabos de peças em
concreto protendido.

Para minimizarem-se os efeitos da retração, deve ser efetuado um processo de cura no


concreto, por pelo menos sete dias, de forma que a umidade existente ao seu redor impeça
a perda de água do interior do mesmo.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 24


Variação de temperatura
Uma peça submetida a uma variação uniforme de temperatura t ºC terá uma deformação axial

dada pela expressão: εct = α.t , onde α é o coeficiente de dilatação térmica do material. Para o
caso do concreto, a NBR 6118 (2003) recomenda a adoção do valor de 10-5/ºC para o

coeficiente α de dilatação térmica. A variação de temperatura pode ser ocasionada por dois
fatores:
• Meio ambiente;
• Calor de hidratação, em estruturas com grande volume de concreto, como o caso das
barragens.

Para minimizarem-se os efeitos da temperatura, deve-se:

• Prever juntas de dilatação na estrutura, de tal forma que as dimensões da estrutura entre as
juntas seja sempre inferior a 30 m;
• Considerar os efeitos de temperatura nos cálculos da estrutura.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 25


Fluência (deformação lenta)

Deformações lentas: são aquelas que surgem


quando o concreto se encontra submetido a um
carregamento constante ao longo do tempo.
Ocorrem de maneira gradual e não-linear, dando-
se o nome de viscoelasticidade a esse fenômeno.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 26


Fluência (deformação lenta)

Alguns dos motivos pelos quais o fenômeno de fluência pode sofrer variação são:
• A idade do concreto no instante (to) em que se aplica o carregamento. Ela se reduz com o
aumento dessa idade;
• Umidade do Ambiente - Quanto mais seco o ambiente, maior a fluência do concreto;
• Espessura da peça - Maior fluência em peças menos espessas;
• Composição do concreto - A fluência aumenta com o aumento do fator água/cimento e do
consumo de cimento na peça.

Como efeitos favoráveis da fluência no concreto, temos o alívio das concentrações de


tensões e dos esforços de deformações impostas à estrutura, como a retração. São efeitos
desfavoráveis o aumento da flecha e da curvatura dos pilares com cargas excêntricas,
provocando um acréscimo na excentricidade inicial; a perda de tensão em cabos de peças
em concreto protendido.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 27


28

Este capítulo tem por finalidade destacar as principais características e


propriedades do material açoo, incluindo aspectos relacionados à sua
utilização.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery


Estudo do Material Aço

Nas estruturas de concreto armado, as barras e os fios de aço da armadura são


convenientemente posicionados nos elementos estruturais de tal modo a absorver
as forças resultantes das tensões de tração, que são forças resistentes necessárias
para atender ao equilíbrio dos esforços solicitantes.

Os tipos de barras e fios de aços encontrados no comércio apresentam formas da


superfície, dimensões dos diâmetros e processo de fabricações diferentes. A escolha
do tipo a adotar em estruturas depende da forma do elemento estrutural, das
intensidades das solicitações e da disponibilidade de fornecimento no local da
construção.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 29


Estudo do Material Aço
O aço é um produto siderúrgico obtido por via líquida, com teor de carbono inferior a 2%. Os
aços utilizados nas estruturas de concreto armado, apresentam um teor de carbono ≤ 0,5%.
Esses aços são encontrados comercialmente na forma de barras ou fios, devendo satisfazer as
prescrições da NBR-7480.

Segundo a NBR 6118 (2007), a massa específica dos aços para concreto

armado pode ser tomada como γ=7850kg/m3. O valor do coeficiente de


dilatação térmica do aço, para intervalos de temperatura entre –20oC e

150oC, pode ser considerado de α=10-5/oC.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 30


Processo de Fabricação

Os aços são obtidos por meio da mistura de minério de ferro, coque e fundentes, como
calcário, que são sinterizados em altos fornos, com 20m a 30m de altura, e temperaturas
próximas de 1500oC. São adicionados, posteriormente, silício, manganês, fósforo e
principalmente carbono, gerando o ferro gusa, que é submetido a uma oxidação em fornos
especiais, transformando a mistura em aço líquido que é moldado em lingotes.

Aço é definido como produto siderúrgico com porcentagem de carbono entre 0,008% e 2%. O
limite inferior corresponde à mínima solubilidade do carbono no ferro à temperatura ambiente
e o limite superior à máxima quantidade de carbono que se dissolve no ferro o que ocorre a
1147oC. Os aços destinados para as barras e fios a serem usados em estruturas de concreto
armado têm, em geral, 0,5% de teor de carbono ou menos .

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 31


Tratamento industrial dos aços
O produto siderúrgico apresenta granulação grosseira, quebradiço e com pouca resistência.
Portanto, para aplicações nas estruturas de concreto, ele precisa passar por processo
industrial que melhore as propriedades mecânicas, que é feito de dois modos: tratamento a
quente e/ou a frio.
A - Tratamento a quente
É chamado tratamento a quente o processo industrial de laminação, forjamento ou
estiramento das barras e fios de aço, realizados em temperatura acima de 720oC. Por
qualquer desses processos, o aço recristaliza na forma de pequenos grãos, melhorando suas
propriedades mecânicas por exemplo a resistência.

B - Tratamento a frio ou encruamento


A recristalização é conseguida com tratamento mecânico (tração, compressão ou torção das
barras e fios) a frio, assim os grãos permanecem deformados e diz-se que o material fica
encruado.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 32


Nomenclatura
A denominação dos aços utilizados nas estruturas de concreto armado é feita pelas letras CA
(Concreto Armado), pela sua resistência característica ao escoamento (em kgf/mm2).
Exemplo:
CA-50
CA → aço para o concreto armado;
50 → fyk = 50 kgf/mm2

Segundo a nova NBR 7480 (1996), a classificação se reduz às três categorias abaixo, sendo,
porém, permitido que se utilize categorias diferentes.
CA – 25 A
CA – 50 A e B
CA – 60 B

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 33


Tipos de Aço Para o Concreto Armado
Os tipos de aços normalizados pela NBR-7480 são definidos em função da sua resistência
característica ao escoamento (fyk) e de sua classe (A ou B), como segue:

Observações:
- Comercialmente hoje só existem os aços CA-25, CA-50 e CA-60;
- Diâmetro das barras (mm): 5 - 6,3 - 8 - 10 - 12,5 - 16 - 20 - 25 - 32 - 40;
- Diâmetro dos fios (mm): 3,2 - 4,2 - 5 - 6,3 - 8 - 10 - 12,5;
- Os diâmetros 32 e 40mm são encontrados comercialmente, mas somente sobre pedido
específico.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 34


Dimensões
O aço é vendido em forma de barras (para aços com φ ≥ 5mm) e fios (φ ≤10mm).
Os fios são vendidos em rolos e as barras possuem comprimento variando entre 10
e 12 m, sendo limitado por norma o valor de 11,00 m ± 9%. A Tabela 2.3 apresenta
as características dos fios e barras mais utilizados no mercado brasileiro.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 35


Tabela - Propriedades mecânicas de fios e barras de aço [ABNT NBR 7480:2007]

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 36


Simbologia e especificações

fyk , resistência característica do aço ao escoamento;

fyd , resistência de cálculo do aço ao escoamento, fyk /1,15;

fyck , resistência característica do aço à compressão, se não houver determinação


experimental, fyck = fyk;

fycd , resistência de cálculo do aço á compressão, fyck /1,15;

y , deformação específica ao escoamento do aço;

yd , deformação específica de cálculo ao escoamento do aço.

Es , módulo de deformação longitudinal.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 37


Diagramas Tensão versus Deformação:
Aço tipo A
Os aços desta categoria apresentam um patamar de escoamento bem
caracterizado, tendo seu diagrama Tensão versus Deformação real representado na
Figura (a). Na Figura (b) é representado o diagrama simplificado ou padronizado, a
ser considerado no dimensionamento, tendo como limite uma deformação de
εs=10‰ para o alongamento, a fim de se evitar a deformação excessiva da peça.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 38


Aço tipo B
Os aços desta categoria são, após a laminação à quente, encruados por deformação a frio. Estes
aços não têm patamar de escoamento bem definido, sendo adotado um “limite convencional de
escoamento”, fyk, como a tensão sob a qual, sendo descarregada a peça, reste uma deformação
de 2‰. Os ensaios mostram ainda que até o valor de 0,7.fyk, o diagrama se mantém retilíneo,
sendo caracterizado um regime elástico nesta fase.

0,7.fyk - Limite de proporcionalidade; ponto até onde é válida a lei de Hooke (comportamento
perfeitamente elástico).

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 39


Para cálculo no estado limite de serviço e último, pode-se utilizar o diagrama simplificado
mostrado na Figura, para os aços com ou sem patamar de escoamento. Esse diagrama é
válido para intervalo de temperatura entre -20ºC e 150ºC:

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 40


Os alongamentos (s) são limitados a 10 ‰;
O encurtamento na flexão simples ou composta é limitado a 3,5 ‰;
O encurtamento na compressão simples é limitado a 2 ‰

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 41


Módulo de Elasticidade
Para todos os aços utilizados em concreto armado, seja ele classe A ou B, o ângulo α sempre
constante, e na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, o módulo de elasticidade
do aço pode ser admitido igual a 210GPa.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 42


A aderência entre aço e concreto

A aderência pode ser dividida em:


-Aderência por adesão;
-Aderência por atrito;
-Aderência mecânica.

Adesão  ligações físico-químicas na interface dos materiais, durante a pega do


cimento;
Atrito  verifica-se ao se processar o arrancamento da barra de aço do bloco de
concreto que a envolve;
Mecânica  é decorrente da existência de nervuras ou entalhes na superfície da
barra.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 43


Normatização
1. NBR 7480 – Barras e fios de aço destinados a armaduras de concreto armado.
2. NBR 6118 – Projeto e execução de obras de concreto armado – Procedimento.
3. NBR 6152 – Materiais metálicos – Determinação das propriedades mecânicas à tração –
Método de ensaio.

4. NBR 6153 – Produtos metálicos – ensaio de dobramento semiguiado – Método de ensaio.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 44


45

Aula 1 - Professor: Henrique Nery


DIRETRIZES PARA DURABILIDADE

“As estruturas de concreto devem ser projetadas construídas e utilizadas de maneira


que sejam seguras e que apresentem condições de serviço e aparência aceitável.”

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 46


Aula 1 - Professor: Henrique Nery 47
AGRESSIVIDADE DO AMBIENTE - DURABILIDADE

Agressividade do meio ambiente  ações físicas e químicas.


Não depende das ações mecânicas (N, M, V) e das variações volumétricas (térmicas, retração
hidráulica).

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 48


DIRETRIZES PARA DURABILIDADE

Vida útil de projeto

Período de tempo durante o qual se mantêm as características das estruturas de


concreto, desde que atendidos os requisitos de uso e manutenção prescritos pelo
projetista e construtor.

O conceito de vida útil aplica-se à


estrutura como um todo ou às suas
partes.

Corrosão da armadura

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 49


Vida útil de projeto

Durabilidade do concreto de cimento portland, é definida como sendo a capacidade


de resistir a intempéries, ataques químicos, abrasão ou outros processos de
deterioração.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 50


DETERIORAÇÃO E ENVELHECIMENTOS - DURABILIDADE
Relativos ao concreto
- Lixiviação: por ação de águas puras, carbônicas agressivas ou ácidas. Ataca a pasta de
cimento.
- Expansão por ação de águas e solos que contenham sulfatos. Reações químicas expansivas
e deletérias com a pasta de cimento hidratado.
- Expansão entre álcalis e agregados. Reações entre álcalis presente no cimento com
determinados agregados reativos.
- Reações deletérias superficiais de certos agregados decorrentes de transformações de
produtos ferruginosos presentes na sua constituição mineralógica.

Formação de carbonato de Cálcio e Lixiviação .

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 51


Aula 1 - Professor: Henrique Nery 52
Aula 1 - Professor: Henrique Nery 53
DETERIORAÇÃO E ENVELHECIMENTOS - DURABILIDADE

Relativos a armadura

- Despassivação por carbonatação, ou seja, por ação do gás carbônico na atmosfera.

- Despassivação por elevado teor de íon cloro (cloreto).

Corrosão da armadura

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 54


O2 O2 Cl
-
SO4- -

H2O
Fe++ OH -
e- Cl -
SO4- -

Corroída Não corroída


Zona anódica Zona Catódica

Esquema de formação
da célula de corrosão

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 55


Aula 1 - Professor: Henrique Nery 56
ITEM 6.4

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 57


CRITÉRIOS DE PROJETO - DURABILIDADE

ITEM 7.4 - Qualidade do concreto de cobrimento

Não é permitido o uso de aditivos contendo cloreto na sua composição em estruturas de


concreto armado ou protendido.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 58


CRITÉRIOS DE PROJETO - DURABILIDADE

Cobrimento mínimo e cobrimento nominal


cnom: cobrimento nominal;
cmín: cobrimento mínimo;
c: tolerância de execução;
dmáx: diâmetro máximo do agregado.

cnom  øbarra;
cnom  øfeixe = øn = ø (n)1/2;
cnom  0,5 øbainha;
dmáx  1,2cnom.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 59


CRITÉRIOS DE PROJETO - DURABILIDADE

Para garantir o cobrimento mínimo (cmin) o projeto e a execução devem considerar o


cobrimento nominal (cnom), que é o cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução
(Δc). Assim, as dimensões das armaduras e os espaçadores devem respeitar os cobrimentos
nominais, estabelecidos na tabela 7.2, para Δc = 10 mm.

Nas obras correntes o valor de Δc deve ser maior ou igual a 10 mm.

Quando houver um adequado controle de qualidade e rígidos limites de tolerância da


variabilidade das medidas durante a execução pode ser adotado o valor Δc = 5 mm, mas a
exigência de controle rigoroso deve ser explicitada nos desenhos de projeto. Permite-se,
então, a redução dos cobrimentos nominais prescritos na tabela 7.2 em 5 mm.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 60


CRITÉRIOS DE PROJETO

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 61


62

Este capítulo tem por finalidade destacar as principais características e


propriedades do material concreto, incluindo aspectos relacionados à sua
utilização.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery


 A concepção estrutural, ou simplesmente estruturação, também chamada de
lançamento da estrutura, consiste em escolher um sistema estrutural que
constitua a parte resistente do edifício.
 Essa etapa, uma das mais importantes no projeto estrutural, implica em escolher
os elementos a serem utilizados e definir suas posições, de modo a formar um
sistema estrutural eficiente, capaz de absorver os esforços oriundos das ações
atuantes e transmiti-los ao solo de fundação.
 A solução estrutural adotada no projeto deve atender aos requisitos de qualidade
estabelecidos nas normas técnicas, relativos à capacidade resistente, ao
desempenho em serviço e à durabilidade da estrutura.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 63


Forma Estrutural e
Pré-dimensionamento

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 64


Escolha da Forma da Estrutura

A escolha da forma da estrutura de um edifício depende do projeto arquitetônico proposto.


Usualmente os edifícios, exclusivamente residências, são constituídos pelos seguintes
pavimentos:

Subsolo - destinado à área de garagem;


Pavimento Térreo - destinado à recepção, salas de estar, de jogos, de festas, piscinas e área
para recreação;
Pavimento-Tipo - destinado aos apartamentos, com os vários cômodos previstos no projeto.

Em alguns projetos os ambientes sociais se localizam na cobertura do edifício, requerendo um


projeto estrutural compatível para o pavimento de cobertura.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 65


Escolha da Forma da Estrutura
Nos casos de edifícios comerciais constituídos por pavimentos-tipo, o projeto
arquitetônico feito para esta finalidade é pouco alterado, ou seja, deve ser
destinado o subsolo para área de garagem, térreo para recepção e acesso a
elevadores e escada, pavimentos-tipo com distribuição arquitetônica compatível
com a finalidade do edifício.

Existem casos de edifícios com utilização mista, isto é, parte dele é de utilização
comercial, por exemplo, do primeiro ao quarto andar e, os andares seguintes são de
utilização residencial. Usualmente, nesse caso, as distribuições arquitetônicas dos
andares-tipo não são compatíveis, exigindo posições diferentes para os pilares em
cada andar-tipo.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 66


Anteprojeto da forma da estrutura de um edifício

Para realizar o anteprojeto da forma da estrutura de um edifício é necessário, como


já enfatizado, posicionar os pilares de tal modo que não ocorra interferência com o
projeto arquitetônico e de instalações.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 67


Aula 1 - Professor: Henrique Nery 68
NOMENCLATURA E SIMBOLOGIA

P: pilar (da esquerda para a direita, de cima


para baixo);

V: vigas (da esquerda para a direita, de cima


para baixo);

L: lajes (da esquerda para a direita, de cima


para baixo);

VT: viga do andar tipo (da esquerda para a


direita, de cima para baixo);

VB: viga baldrame (da esquerda para a direita,


de cima para baixo);

S: sapata (da esquerda para a direita, de cima


para baixo);

B: blocos sobre estacas (da esquerda para a


direita, de cima para baixo);

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 69


Aula 1 - Professor: Henrique Nery 70
Aula 1 - Professor: Henrique Nery 71
Representação Gráfica
Lajes

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 72


Representação Gráfica
Vigas

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 73


Representação Gráfica
Pilares

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 74


Representação Gráfica
Aberturas em Lajes

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 75


 3.2 Dimensões-limites (NBR 6118:2014)
13.2.1 Introdução
 A prescrição de valores-limites mínimos para as dimensões de elementos
estruturais de concreto tem como objetivo evitar um desempenho inaceitável
para os elementos estruturais e propiciar condições de execução adequadas.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 76


Dimensões limites dos elementos estruturais – item 13.2
VIGAS e VIGAS-PAREDE – item 13.2.2
A seção transversal das vigas não deve apresentar largura menor que 12 cm e das vigas-
parede, menor que 15 cm.
Estes limites podem ser reduzidos, respeitando-se um mínimo absoluto de 10 cm em casos
excepcionais, sendo obrigatoriamente respeitadas as seguintes condições:

a) alojamento das armaduras e suas interferências


com as armaduras de outros elementos estruturais,
respeitando os espaçamentos e coberturas
estabelecidos nesta Norma;

b) lançamento e vibração do concreto de acordo com


a NBR 14931.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 77


Brunswick Building – Chicago - USA Kings Place - Londres

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 78


Dimensões limites dos elementos estruturais
PILARES e PILARES-PAREDE – item 13.2.3
A seção transversal de pilares e pilares-parede maciços, qualquer que seja a sua forma, não
pode apresentar dimensão menor que 19 cm.
Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 14 cm, desde que
se multipliquem os esforços solicitantes de cálculo a serem considerados no dimensionamento
por um coeficiente adicional γn, de acordo com o indicado na Tabela 13.1 e na Seção 11.
Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal de área inferior a 360 cm².

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 79


Pilares-parede são elementos de superfície plana, usualmente dispostos na vertical e
submetidos preponderantemente à compressão. Podem ser compostos por uma ou mais
superfícies associadas. Para que se tenha um pilar-parede, em alguma dessas superfícies, a
menor dimensão deve ser menor que 1/5 da maior, ambas consideradas na seção transversal
do elemento estrutural.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 80


Aula 1 - Professor: Henrique Nery 81
Nos casos dos pilares em que o índice de esbeltez (λ = le / i) for menor do que λ1 = 35 não há
necessidade de se considerar o efeito das deformações, oriundas dos efeitos de segunda
ordem.

Quando o índice de esbeltez for maior do que λ1 = 35, obrigatoriamente deve-se levar em
conta o efeito das deformações, sendo que o cálculo abrange tanto o caso de ruptura a
compressão do concreto ou deformação plástica da armadura como a ruína por instabilidade,
pelos processos indicados a seguir.

Os pilares devem ter índice de esbeltez menor ou igual a 200 (λ ≤ 200). Apenas no caso de
postes com força normal menor que 0,10.fcd.Ac, o índice de esbeltez pode ser maior que 200.

• pilares robustos ou pouco esbeltos → λ ≤ λ1


• pilares de esbeltez média → λ1 < λ ≤ 90
• pilares esbeltos ou muito esbeltos → 90 < λ ≤ 140
• pilares excessivamente esbeltos → 140 < λ ≤ 200

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 82


Dimensões limites dos elementos estruturais
LAJES – item 13.2.4
Lajes Maciças – item 13.2.4.1
A NBR 6118:2014 prescreve para espessuras mínimas de lajes maciças de
edifícios, em função da utilização, os seguintes valores:

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 83


Aula 1 - Professor: Henrique Nery 84
Sistema com Vigas e Lajes Maciças Sistema de Lajes Lisas com Capitel

Sistema de Lajes Lisas Sistema de Lajes Lisas Nervuradas

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 85


Sistema com Vigas e Lajes Maciças

Pilar interno Pilar de borda Pilar de canto

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 86


Dimensões limites dos elementos estruturais
Lajes Nervuradas – item 13.2.4.2
A espessura da mesa, quando não houver tubulações horizontais embutidas, deve ser maior ou
igual a 1/15 da distância entre nervuras e não menor que 3 cm.
O valor mínimo absoluto deve ser 4 cm quando existirem tubulações embutidas de diâmetro
máximo 12,5 mm.
A espessura das nervuras não deve ser inferior a 5 cm.
Nervuras com espessura menor que 8 cm não devem conter armadura de compressão.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 87


Para o projeto das lajes nervuradas devem ser obedecidas as seguintes condições:
a) para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras menor ou igual a 60 cm, pode ser dispensada a
verificação da flexão da mesa, e para a verificação do cisalhamento da região das nervuras, permite-se a
consideração dos critérios de laje;
b) para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras entre 60 cm e 110 cm, exige-se a verificação da
flexão da mesa e as nervuras devem ser verificadas ao cisalhamento como vigas; permitem-se essa
verificação como lajes se o espaçamento entre eixos de nervuras for menor que 90 cm e a espessura
média das nervuras forem maior que 12 cm;
c) para lajes nervuradas com espaçamento entre eixos de nervuras maiores que 110 cm, a mesa deve ser
projetada como laje maciça, apoiada na grelha de vigas, respeitando-se os seus limites mínimos de
espessura.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 88


Fundações
Para as fundações rasas constituídas por sapatas diretas, as dimensões em planta das sapatas
são determinadas em função de critérios de resistência do terreno sobre o qual se apóia o
edifício. A altura da sapata deve ser determinada em função do tipo de consideração que se
faça de sapata rígida ou flexível.
Nos casos de ser necessário adotar fundação profunda (estacas ou tubulões), as dimensões
dos blocos de coroamento dependem das quantidades e dos diâmetros das estacas que se
adotar para cada pilar. As alturas dos blocos também dependem da consideração de
flexibilidade.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 89

Potrebbero piacerti anche