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2011

[ DIAGNÓSTICO
PASTORAL ]

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 1


SUMÁRIO
1. Análise dos públicos estratégicos 37
1.1. Cenário dos públicos estratégicos 37
1.1.1. Cenário dos ministros ordenados – Presbíteros 37
1.1.2. Cenário dos ministros ordenados – Diáconos 43
1.1.3. Cenário dos agentes de pastoral – Paroquiais 48
1.1.4. Cenário dos fiéis em geral – Assíduos 51
1.1.5 Cenário dos fiéis em geral – Não assíduos 55
1.1.6. Rede de Ex-católicos 57
2. Análise das instituições pastorais 59
2.1. Comissão das Forças Vivas 59
2.2. Conselhos Comarcais de Pastoral 62
2.3. Cenário pastoral das paróquias 62

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INTRODUÇÃO

O Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis, elaborado pela


Coordenação Arquidiocesana de Pastoral com a assessoria da agência Dominus
Comunicação Integrada apresenta as realidades pastorais mais importantes de sua
ação pastoral e evangelizadora a se ter em conta no Plano de Pastoral da
Arquidiocese de Florianópolis. Através deste diagnóstico, pode-se analisar pontos
importantes que contribuirão para a determinação das futuras ações
evangelizadoras arquidiocesanas. Entre estes pontos estão: o organograma da ação
pastoral, os cenários dos públicos estratégicos e a relação das maiores incidências
das forças, oportunidades, fraquezas e ameaças (FOFA).
Os cenários existentes e as incidências das FOFA foram organizados através de
informações obtidas em diversas fontes: a pesquisa feita pelo Instituto Mapa e os
questionários realizados junto a paróquias, párocos, diáconos e coordenadores
arquidiocesanos de forças vivas. Criou-se, assim, um banco de dados que ajudará a
trilhar a realidade arquidiocesana, através do confronto de determinados
percentuais, como o do número de ordenações sacerdotais com o número de
falecimento de presbíteros, o do número de presbíteros por população de municípios
etc.
Através da pesquisa desenvolvida pelo Instituto Mapa foi possível também
reconhecer fatores relevantes sobre católicos assíduos, não-assíduos e ex-católicos.
O conhecimento desses fatores leva à tomada de decisões que afetarão a ação
evangelizadora.
Enfim, foram organizados os pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades,
apresentados pelas paróquias, presbíteros, diáconos e forças vivas que compõem a
Arquidiocese.
O diagnóstico pastoral, junto com o diagnóstico social, formará parte da primeira
parte de nosso Plano Arquidiocesano de Pastoral: o “ver”. O conhecimento de
terreno onde lançamos as sementes do Evangelho é importante para a tomada de
consciência a respeito de nossa inserção na realidade, a fim de que possamos
interferir sobre ela com o intuito de nela fazer acontecer o Reino de Deus, que Jesus
Cristo anunciou e que todos nós buscamos.

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1. ANÁLISE DOS PÚBLICOS ESTRATÉGICOS

1.1. CENÁRIO DOS PÚBLICOS ESTRATÉGICOS


Para realizar a análise dos públicos estratégicos da Arquidiocese foram utilizadas,
entre outras fontes, duas pesquisas quantitativas. Uma, aplicada pela Coordenação
Arquidiocesana de Pastoral junto aos párocos, diáconos, coordenadores diocesanos
de forças vivas e paróquias. Outra, aplicada pelo Instituto Mapa, junto a católicos
assíduos, não-assíduos e pessoas que se declaram não ser mais católicos.
Objetivo deste capítulo do diagnóstico é lançar um olhar sobre o cenário dos
públicos estratégicos da Arquidiocese e a realidade por eles vivenciada. Esses
públicos serão abordados na seguinte ordem:
a) Cenário dos ministros ordenados (presbíteros e diáconos).
b) Cenário dos agentes de pastoral.
c) Cenário dos fiéis em geral.

1.1.1. CENÁRIO DOS MINISTROS ORDENADOS – PRESBÍTEROS


Este cenário é produzido a partir de informações do banco de dados da
Arquidiocese e das respostas dadas ao questionário junto aos presbíteros e
diáconos da Arquidiocese, aplicado numa reunião geral do clero em 2010. A esse
questionário responderam 51% dos presbíteros e diáconos atuantes na
Arquidiocese.
Atualmente – em junho de 2011 – a Arquidiocese de Florianópolis conta com um
total de 192 presbíteros, entre os diocesanos e os religiosos.
O perfil da faixa etária de idade e tempo de ordenação é a seguinte:
TABELA 1 - Faixa etária de idade dos presbíteros da Arquidiocese
Faixa etária dos presbíteros na Arquidiocese Quant. %
41 e 49 anos 47 24,5
50 e 60 anos 41 21,4
36 a 39 anos 27 14,1
61 e 70 anos 24 12,5
71 a 80 anos 22 11,5
81 a 90 anos 17 8,9
26 a 35 anos 14 7,3

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Síntese sobre a faixa etária dos presbíteros Quant. %
Na faixa etária de 26 a 39 anos (Jovens e Adultos jovens) 41 21,4
Na faixa etária de 41 a 60 anos (Adultos médios) 88 45,9
Na faixa etária de 50 a 60 anos (entrando na Terceira Idade) 41 21,4
Na faixa etária dos 61 a 90 anos (Terceira Idade e anciãos) 63 32,9

A tabela da idade mostra que há uma boa percentagem de presbíteros na idade


média de 41 a 60 anos (45,9), enquanto é baixa a percentagem de presbíteros
jovens até os 39 anos (21,4%), bem menor que a percentagem dos presbíteros
acima de 61 anos (32,9%). O gráfico do tempo de ordenação mostra que o clero que
atua na Arquidiocese aumentou 37,1% nos últimos dez anos. Em contrapartida,
quando feito o comparativo de crescimento a cada cinco anos, o número de
presbíteros na Arquidiocese diminuiu 50,6% em comparação ao período de 2000 a
2005. Sendo assim, a década de noventa apresentou maior índice vocacional
comparada à primeira década deste século.
Para os próximos cinco anos o crescimento do número de presbíteros está previsto
em 5,7%, uma diminuição de 49,13% em comparação ao período de 2006 a 2011. A
mortalidade dos presbíteros nos últimos dez anos foi de 22,08%.
Assim, houve diminuição do crescimento do número de presbíteros na última década
e há previsão de baixo crescimento para os próximos anos.
No gráfico a seguir é possível ter uma visão geral da percentagem dos presbíteros
incardinados (ou diocesanos), residentes e não incardinados (diocesanos de outras
dioceses) e membros de congregações religiosas (religiosos).

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Dentre os ofícios praticados pelos presbíteros, cinco deles apresentam os maiores
índices: párocos ou administradores paroquiais (34,9%), vigários paroquiais (20,3%),
diretores de instituições ligadas à Igreja (6,3%), professores e reitores (5,7%) e
auxiliares na paróquia (4,7%).
Vale destacar que 39,6% dos presbíteros exercem funções que não estão ligadas
diretamente à vida pastoral paroquial. Destes 18,8% se dedicam a atividades de
ensino.
Nas tabelas a seguir, vê-se primeiramente a razão populacional para cada
presbítero atuante na Arquidiocese, para cada pároco ou vigário paroquial (juntos)
ou para cada pároco (só) e, depois, os municípios com índice populacional superior
a 10 mil habitantes para cada presbítero e municípios com índice inferior a 5 mil
pessoas para cada presbítero.

TABELA 2 – Razão populacional por presbítero


Razão populacional x presbíteros Quant.
Razão populacional para cada padre pároco 22.626
Razão populacional para cada padre pároco ou
vigário 13.695
Razão populacional para cada padre que atua na
Arquidiocese 8.439

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TABELA 3 – Razão populacional para cada presbítero por municípios
Municípios com índice superior a 10 mil
habitantes por presbítero Quant.
Balneário Camboriú 21.618
Porto Belo 16.083
Camboriú 15.590
Tijucas 15.480
Palhoça 15.259
Bombinhas 14.293
São José 13.113
Governador Celso Ramos 12.999
Itajaí 12.225
Itapema 11.449
Canelinha 10.603
Municípios com índice inferior a 5 mil habitantes
por presbítero Quant.
Santo Amaro da Imperatriz 4.956
São Pedro de Alcântara 4.704
Brusque 4.396
Leoberto Leal 3.365
Major Gercino 3.279
Anitápolis 3.214
São Bonifácio 3.008
Botuverá 2.234
Nova Trento 2.032
Angelina 1.750

A tabela mostra que, a exceção de Florianópolis, os municípios mais populosos


da Arquidiocese estão entre os que têm mais de 10 mil habitantes por presbítero.
É importante destacar que a cidade de Balneário Camboriú, que tem a maior
razão populacional para cada presbítero, quando comparada com a cidade de
Porto Belo, que ficou em segundo lugar, chega a ter 5.535 habitantes a mais

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para cada presbítero, número superior ao equivalente de qualquer um dos
municípios mais bem atendidos por presbítero na Arquidiocese.
Por outro lado, a tabela também mostra que, a exceção de Brusque, os
municípios mais bem atendidos por presbíteros se situam no interior, na área
serrana, com muita população na zona rural. A cidade de Brusque, que é o 6º
município mais populoso da Arquidiocese, pertence ao grupo de cidades com
menos de cinco mil habitantes por presbítero, o que se torna claro pela presença
de muitos presbíteros que atuam como reitores e professores junto aos
seminários existentes na cidade.
Considerações importantes sobre a pesquisa aplicada com os presbíteros
da Arquidiocese:
 Quanto à atuação em movimentos eclesiais:
Os movimentos em que mais os presbíteros participam é o Movimento
de Irmãos, as Equipes de Nossa Senhora e a Renovação Carismática
Católica.
Mas é grande o número que não respondeu, chegando a mais de 20%
das citações.
 Quanto à formação:
78% dos entrevistados dizem que costumam participar com certa
frequência dos encontros de formação propostos pela Arquidiocese.
Em relação aos espaços que buscam formação, 48% dizem que
costumam atualizar-se através de leituras, de cursos em faculdades,
no ITESC e em outras instituições (não especificadas na questão).
65% dos entrevistados dedicam de duas a cinco horas por semana ao
estudo.
 Quanto à atuação em celebrações de missas:
Quase 40% dos entrevistados celebram missas todos os dias.
Entre quem não celebra todos os dias, a exceção fica por conta,
principalmente, do dia de segunda-feira.
Quase 70% dos entrevistados celebram duas missas aos sábados.
Em torno de 12% dos entrevistados chegam a celebrar mais de três
missas aos sábados.
É nos domingos em que os presbíteros celebram mais missas.

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74% chegam a celebrar mais de três missas no domingo, contra 12%
aos sábados.
 Quanto à atuação em celebrações de casamentos, batismos e exéquias:
Metade dos entrevistados afirma celebrar apenas um casamento por
semana.
Em relação ao batismo (a pergunta foi feita em relação ao mês e não à
semana) 18% não realizam nenhuma, o que pode indicar que esta
atividade está sendo realizada mais pelos diáconos.
44% dos entrevistados realizam três ou mais celebrações de exéquias
por mês.
 Quanto ao tempo despendido para confissões e atendimento pessoal:
75% dos presbíteros dedicam um tempo específico para as confissões.
Dos presbíteros que dizem dedicar tempo específico para confissão,
quando questionados sobre quantas horas por semana são
destinadas, 12% disseram não ter hora determinada.
Quase metade dos entrevistados afirma que atende mais de 5 pessoas
durante a semana.
A maior parte dos presbíteros disponibiliza mais de 5 horas por semana
para atendimento de fiéis.
 Quanto à atuação em trabalhos sociais:
As principais formas em que os presbíteros se envolvem no trabalho
social são: encaminhamento para as ações sociais paroquiais (66%),
trabalho na articulação dos trabalhos sociais (35%), esmolas (27%),
visitas domiciliares (23%).
 Quanto à satisfação com os relacionamentos institucionais:
Os presbíteros avaliam positivamente o relacionamento ativo que têm
com a Arquidiocese. Contudo, consideram o seu relacionamento
melhor do que aquele que a Arquidiocese lhes oferece (94% contra
73%, no índice ótimo + bom).
Prevalecem as considerações positivas no relacionamento com a
Comarca. Mas é grande o número de citações que consideram este
relacionamento regular, principalmente considerando o relacionamento
da Comarca para com o padre.

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O relacionamento com a Paróquia em que atua é avaliado
positivamente, tanto no proporcionado quanto no recebido.
 Quanto à promoção de relacionamentos com as comunidades:
O relacionamento com as comunidades obteve um índice de 94% em
avaliações positivas (ótimo + bom).
Boa parte dos entrevistados utiliza as reuniões de CPC e a própria
celebração nas comunidades para promover o relacionamento. A
utilização de meios que não a presença física, como o telefone e a
internet, são também bastante utilizados;
Em relação à melhora do relacionamento com as comunidades, 43%
consideram necessário dar maior atendimento às coordenações e
aumentar o número de visitas às comunidades, 40% acreditam ser
importante a iniciativa das próprias comunidades em pedir ajuda ao
padre, 35% acha importante o padre ajudar a promover os encontros e
reuniões, 33% considera fundamental receber mais informações sobre
o andamento das comunidades, e 24% acredita ser importante a
presença do pároco nas reuniões do CPC.
 Quanto à promoção de relacionamentos com as comunidades:
79% dos entrevistados consideram positivo (ótimo + bom) o
relacionamento estabelecido com as forças vivas.
Entre as formas de promover o relacionamento com as forças vivas, os
párocos, administradores paroquiais, vigários paroquiais e auxiliares
sugeriram: atendimento pessoal as lideranças (84%), reuniões de CPP
e CPC (74%), conversas informais (71%).
Também foi sugerido: dar maior atendimento às coordenações (54%),
receber mais informações sobre o andamento das forças vivas (43%),
aumentar o número de visitas às forças vivas durante o ano (38%),
ajudar a promover as reuniões e encontros (37%).
 Quanto à satisfação com as lideranças:
67% afirmaram que o número de lideranças é razoável, porém não
supre as necessidades.
64% afirmaram que é um pouco difícil a adesão de novas lideranças,
pois são quase sempre as mesmas.

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68% afirmaram que a participação das lideranças da paróquia é boa.
 Quanto à satisfação com as condições para o ministério:
90% dos presbíteros consideram que as condições da estrutura física
atendem as necessidades para o exercício do ministério pastoral;
76% consideram que as condições financeiras atendem as
necessidades para o exercício do ministério pastoral.

FORÇAS E FRAQUEZAS DO MINISTÉRIO ORDENADO – PRESBÍTEROS:


FORÇAS:
1. Há um grande número de padres que atendem as paróquias;
2. A faixa etária que prevalece é a faixa dos 41 a 49 anos (24,5%);
3. Em síntese entre a maior e a menor faixa etária numa percentagem de 45,9%
(quase a metade de nosso clero) corresponde a força pastoral;
4. Metade dos padres são não incardinados e membros de institutos de Vida
Consagrada, portanto, eles são uma grande força de Evangelização;
5. A Arquidiocese tem um clero interessado na formação e na atualização de
diversas maneiras como: leituras, faculdades, especializações, cursos, somando um
total de 48% de citações, segundo a pesquisa;
6. Percebe-se uma grande responsabilidade e empenho dos Padres no que diz
respeito à Celebração Eucarística;
9. Há um percentual de 75% de sacerdotes que dedicam um tempo especial ao
Sacramento da Reconciliação;
10. Existe por parte dos párocos um envolvimento razoável com as ações sociais;
11. Há um percentual de 94% dos Padres que avaliam positivamente (ótimo + bom)
no relacionamento com as Comunidades da Paróquia;
12. 90% dos entrevistados afirmam que as condições das estruturas físicas
atendem às necessidades para o exercício do Ministério Pastoral; e 76% consideram
que as condições financeiras também atendem.

FRAQUEZAS:
1. Envelhecimento do Clero em correspondência as poucas vocações. O
crescimento do Clero para os próximos cinco anos está previsto em apenas 5,7%.
2. Depois de um período áureo de Ordenações, nos últimos dez anos foi de apenas
8,3%.
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3. Em termos de Ordenações estamos na mesma situação que na década de 50,
anterior ao Concílio Vaticano II;
4. Apenas 50% são incardinados, e, portanto, esta metade significativa é a nossa
situação real, não suscetível à mudança;
6. Grande número de Padres dedicados a outros ofícios que não sejam da Pastoral
direta nas Paróquias;
7. Contatamos que na Arquidiocese há uma grande população: 1.561.645
habitantes, quase 25% da população do Estado de Santa Catarina. Além disso, esta
população está em vertiginoso crescimento (29%). Há uma grande defasagem entre
o número populacional e o atendimento dos párocos e padres (Ver Tabela 20:
Razão populacional para cada Pároco: 22.626 e Tabela 21: Síntese de razão
populacional para cada Padre por Cidades);
8. Apenas 51% dos Padres existentes na Arquidiocese responderam esta pesquisa;
9. Não aparece na pesquisa o percentual de Padres que se dedicam as Pastorais
Específicas como: Pastoral da Juventude, Pastoral Vocacional, Pastoral Familiar,
Pastoral Missionária... Porém, há uma constatação de elevado número de Padres
que participam de movimentos.
10. Pela pesquisa constatamos que os Padres realizam poucos Casamentos e
poucos Batizados;
11. Pouco atendimento aos fiéis: a grande maioria dos Padres, segundo a pesquisa,
afirma que disponibiliza apenas cinco horas por semana;
12. Necessidade de um relacionamento mais efetivo e afetivo com Arquidiocese e as
Comarcas; e no que diz respeito às Comunidades é preciso uma maior presença
física dos Padres dando atenção aos fiéis e às lideranças e, sobretudo, na
participação do CPC (apenas 24% dos Padres afirmaram ser importante sua
presença nestas reuniões);
13. A grande maioria do Clero afirma que o número de lideranças não supre as
necessidades reais da Paróquia;

SUGESTÕES:
1. Fortalecimento da Pastoral Vocacional com um membro liberado para a promoção
desta Pastoral.
2. Participação dos Seminaristas nas Pastorais para um maior fortalecimento e
contato com as lideranças de nossa Arquidiocese;

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3. Cada Pároco sentir-se um motivador vocacional;
4. Devido a um futuro previsto de poucas vocações sacerdotais, se faz necessário
que se promova uma formação sistemática dos Leigos e, que, a partir do
Planejamento Arquidiocesano se faça uma previsão de orçamento para sustentar
essa formação;
5. Tendo em vista cidades com índice populacional superior a dez mil habitantes por
Padre, e todas elas na área litorânea, é preciso fazer um Planejamento Pastoral que
atenda melhor estas cidades;

1.1.2. CENÁRIO DOS MINISTROS ORDENADOS – DIÁCONOS


Chega-se a este cenário dos diáconos de nossa Arquidiocese a partir das
informações do banco de dados da Arquidiocese e das respostas dadas ao
questionário junto aos presbíteros e diáconos da Arquidiocese, aplicado numa
reunião geral do clero em 2010. A pesquisa aplicada aos diáconos obteve um índice
muito baixo de participação, apenas 19,6% responderam. Seria importante, em outro
momento, aplicar um novo questionário, além de servir-se dos dados da CADIP –
Comissão Arquidiocesana do Diaconato Permanente.
A Arquidiocese de Florianópolis conta atualmente – em junho de 2011 – com 117
diáconos permanentes, sendo que destes 112 são incardinados.

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TABELA 4 – Percentual de diáconos por comarca
Comarcas Quant. %
Biguaçu, São José, Estreito e Ilha 54 46,2
Brusque 5 4,3
Itajaí 19 16,2
Santo Amaro 30 25,6
Tijucas 9 7,7
Total de Paróquias 117 100,0

TABELA 5 – Municípios com maior índice percentual de diáconos


As cinco cidades com maior índice percentual de diáconos
Cidade Quant. %
Florianópolis 19 16,2
Itajaí 15 12,8
São José 13 11,1
Palhoça 10 8,5
Santo Amaro da Imperatriz 11 9,4
Total 68 58,1
TABELA 5 – Faixa etária dos diáconos da Arquidiocese
Faixa etária dos diáconos da Arquidiocese Quant. %
Até 39 anos 2 1,7
40 a 49 anos 20 17,2
50 a 59 anos 27 23,3
60 a 69 anos 40 34,5
70 a 79 anos 22 19
80 a 89 anos 5 4,3
Total 116 100
Síntese sobre a faixa etária dos diáconos Quant. %
Diáconos na faixa etária de 39 a 49 anos (adultos) 22 18,9
Diáconos na faixa etária de 50 a 59 anos (entrando na
terceira idade) 27 23,3
Diáconos na faixa etária dos 60 a 89 anos (terceira idade
e ancião) 67 57,8

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TABELA 6 – Crescimento vocacional do diaconato na Arquidiocese

Síntese do crescimento diaconal

Descrição Quant. %
Ordenações de 2000 a 2011 44 61,1
Ordenações de 2000 a 2005 20 27,7
Ordenações de 2006 a 2011 24 26,1

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TABELA 7 - Candidatos ao diaconato por comarca
São Santo
TOTAL Estreito Brusque José Biguaçu Itajaí Tijucas Ilha Amaro
Nº total 28 1 2 7 0 9 2 5 2
Percentual
por
comarca 100 3,6 7,1 25 0 32,1 7,1 17,9 7,1

TABELA 8 – Movimento/Pastoral/ Ministério em que atuam os diáconos


Movimento/Pastoral/ Ministério %
Ministro Extraordinário da Comunhão 50
Movimento de Irmãos 35
Renovação Carismática 31
Pastoral Litúrgica 25
Pastoral Batismo 19
Pastoral Catequética 19
Ação Social 19

SATISFAÇÃO NOS RELACIONAMENTOS INSTITUCIONAIS


Em relação aos relacionamentos institucionais, nas mais diversas instancias
(Arquidiocese, comarcas, paróquias e lideranças), a pesquisa com os diáconos
apontou que mais de 90% deles consideraram serem esses relacionamentos ótimos
ou bons.
Nos próximos gráficos pode-se verificar como os diáconos costumam promover o
seu relacionamento com as forças vivas da paróquia e o que eles consideram que
precisa melhorar.

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PRESIDÊNCIA OU FREQUÊNCIA ÀS CELEBRAÇÕES
Quando questionados sobre a participação nas Missas durante a semana apenas
9% afirmou frequentá-las diariamente. O índice de participação esporádica em dias
da semana, com exceção do sábado e domingo, não ultrapassa os 30%.
No tocante ao número de celebrações que presidem, o maior índice apresentado foi
de uma Celebração da Palavra no sábado e outra no domingo.

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Quanto à presidência de casamentos a pesquisa teve um empate de 48% entre os
que afirmaram não celebrar nenhum e os que celebram um casamento por semana.
Quanto a batizados, 57% responderam que presidem uma celebração de batizados
por mês; 22% que fazem duas celebrações; e 9% que celebram três.
As exéquias são bastante requisitadas aos diáconos: 52% celebram em torno de
duas ou mais por mês.
FORMAÇÃO
Em relação à formação dos diáconos, a pesquisa apontou que 56% dedicam em
média de uma a três horas de estudo por semana.
No seguinte gráfico pode-se verificar o índice de participação dos diáconos nos
encontros de formação promovidos pela Arquidiocese:

CONDIÇÕES PARA O EXERCÍCIO DO MINISTÉRIO


78% dos diáconos recebem ajuda financeira através de espórtulas e salário
(côngrua).
91% consideram que as condições físicas do local em que atuam atendem as
necessidades para o exercício do seu ministério.
22% dizem que as condições financeiras atendem muito pouco as suas
necessidades.

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OUTROS RESULTADOS IMPORTANTES:
91% dizem que a família ajuda muito no exercício do ministério diaconal.
87% dos diáconos concentram seu exercício pastoral nos múnus da Palavra e
da Liturgia.
39% dos entrevistados exercem algum tipo de atividade na comarca; e 22%
na Arquidiocese.
35% dos diáconos estão envolvidos com o Movimento de Irmãos.

CONSIDERAÇÕES:

 Boa quantidade numérica de diáconos na Arquidiocese, são 117, sendo 112


incardinados.
 81,1% dos diáconos têm mais de 50 anos, e destes 57,8% com mais de 60
anos. Há uma grande necessidade de incentivar a vocação diaconal entre os
mais jovens. As últimas ordenações tidas em nossa Arquidiocese,
basicamente foram de pessoas de meia idade para mais. Possuem
disponibilidade e tempo, porém para daqui há 10 anos, essa disponibilidade
física poderá comprometer o serviço à comunidade. E somente 12% são de
30 a 49 anos, que daqui há dez estarão na meia idade.
 Poucos diáconos responderam o questionário, prejudicando o resultado final,
apenas 19,6% do total.
 Dos que responderam percebeu-se que possuem boa participação na vida
pastoral da comunidade, estão nos CPPs e CPCs; porém resumem-se
basicamente no serviço a Palavra e Liturgia; há muito poucos no serviço
específico do diaconato, na dimensão social, que é a essência do diaconato.
 Nos sacramentos e sacramentais, as maiores participações se dão nos
batizados e exéquias. Um destaque para o Batismo, que sendo o principal
sacramento da iniciação cristã, não há muita presença dos padres, que deve
animar incentivar a família para a participação na vida da comunidade. Essa
função vem sendo assumida basicamente pelos diáconos, pelo menos 57%
celebram um batizado por mês, e 22% dois batizados.
 Há uma grande necessidade de rever o papel dos diáconos, perceber onde
devem estar mais presentes, as suas reais funções e missão na Igreja. Evitar

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que sejam meros substitutos dos padres nas celebrações nas comunidades.
São vocacionados ordenados, com potencialidades que acabam sendo pouco
aproveitadas para o trabalho pastoral e social.

1.1.3. CENÁRIO DOS AGENTES DE PASTORAL – NAS PARÓQUIAS

A partir do questionário feito junto às paróquias, verifica-se que o número de


lideranças das paróquias da Arquidiocese ultrapassa as 9 mil pessoas, sendo que
38,3% se encontram na comarca de São José. Do total de líderes mais de 4 mil são
catequistas, um índice de 44,7%. Veja na tabela abaixo o percentual de agentes
pastorais em todas as comarcas e a razão de lideranças por comunidades.
TABELA 9 - Número de lideranças nas paróquias
São Santo
TOTAL Estreito Brusque José Biguaçu Itajaí Tijucas Ilha Amaro
Nº total 9836 472 734 3765 435 1029 1529 1010 862
% 100 4,8 7,5 38,3 4,4 10,5 15,5 10,3 8,8

TABELA 10 – Razão de lideranças por comarcas


Razão de lideranças nas comunidades Quant.
Razão de lideranças nas comunidades - Comarca de São José 40,1
Razão de lideranças nas comunidades - Comarca do Estreito 31,5
Razão de lideranças nas comunidades - Comarca de Tijucas 24,7
Razão de lideranças nas comunidades - Comarca de Brusque 17,9
Razão de lideranças nas comunidades - Comarca de Santo Amaro 16,6
Razão de lideranças nas comunidades - Comarca da Ilha 14,2
Razão de lideranças nas comunidades - Comarca de Itajaí 12,7

CATEQUISTAS NAS PARÓQUIAS


Do total de catequistas existentes 76,35% são mulheres. No gráfico a seguir vê-se o
índice percentual de catequistas por comarca:

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 20


FAIXA ETÁRIA DOS CATEQUISTAS:
A maioria dos catequistas tem idade entre 36 a 55 anos.
A catequese de adolescência tem o maior índice de catequistas com idade
até 25 anos.
A catequese de adolescência tem também a faixa etária de idade mais
equilibrada entre os catequistas.
A catequese de crisma tem 50% de seus catequistas com idade entre 36 a
55 anos.
A catequese com adultos apresentou o maior índice de catequistas com
idade acima dos 56 anos (48,6%).
Os homens representam o maior número de catequistas para encontros
de preparação para noivos, e para pais e padrinhos.
A catequese de primeira comunhão eucarística tem índice de 90% de
catequistas mulheres.
A Comarca da Ilha apresenta o maior índice de catequistas e o menor
índice de catequizandos.

MINISTROS NAS PARÓQUIAS

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 21


Os ministros representam 33,3% do total de agentes pastorais nas paróquias da
Arquidiocese, sendo que as mulheres representam 77,4% deste público. Os
homens são a maioria no Ministério da Palavra, com 51,6%.
Na tabela e no gráfico que seguem, vê-se respectivamente o percentual de ministros
por comarca e o percentual de ministros por ministério.

TABELA 11 - Número de ministros por comarca


São Santo
TOTAL Estreito Brusque José Biguaçu Itajaí Tijucas Ilha Amaro
Nº total 3276 316 225 684 134 831 195 544 347
% 100 9,6 6,9 20,9 4,1 25,4 6,0 16,6 10,6

FAIXA ETÁRIA DOS MINISTROS:


A maioria dos ministros da Acolhida, do Aconselhamento Conjugal, da
Caridade Social, das Missões Populares e da Palavra tem idade entre 36
a 55 anos.
Os ministérios do Consolo e da Esperança, da Sagrada Comunhão, da
Visitação e Benção têm na sua maioria ministros com idade acima dos 56
anos.
O ministério da Acolhida tem o maior índice (17%) de pessoas com idade
até 25 anos.
Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 22
FORÇAS – FRAQUEZAS – SUGESTÕES DOS AGENTES DE PASTORAL PAROQUIAIS

Em relação à faixa etária dos/das catequistas e dos demais ministérios:

A maioria de catequistas, aí incluídos nominalmente os/as de crisma, tem


idade entre 36 e 55 anos. É uma força, pois são, portanto, pessoas já com
experiência de vida. A sugestão é: Investir na formação continuada desse
contingente, especialmente também no sentido, agora, da iniciação à vida
cristã, ou seja, catequese para (ou com) adultos.
Catequistas da adolescência com idade até 25 anos. Se muito jovens (15-18
anos), fica a pergunta: Terão suficiente formação? É uma verdadeira
“catequese”? Será uma força, se for investido nesse grupo jovem, na sua
disponibilidade e dedicação – eis a sugestão.
Catequistas de adultos com idade acima dos 65 anos. Quem são esses
adultos – serão os pais e padrinhos, os noivos? Então a maior parte desses
catequistas, conforme a pesquisa, são homens, provavelmente aposentados.
Uma força, por eles se envolverem no trabalho de evangelização. Mas, e a
ausência de mulheres nesse espaço - será por não se sentirem preparadas?
Uma fraqueza, então. Sugestão: Investir na catequese de adultos: pais de
catequizandos de primeira Eucaristia e crisma, de coroinhas e outros grupos.
Além do grande percentual de catequistas evangelizadores há o expressivo
número de ministros e ministras, sendo a maioria mulheres. É a força da
presença da EMAR, que preparou esses ministros/as. Mas é também uma
fraqueza, pela pequena porcentagem da maior parte dos ministérios
demonstrada no Gráfico 11.
O grande percentual de ministros/as da Sagrada Comunhão, na maioria
mulheres e com idade acima de 56 anos, é uma força, mas também sugere
que é bom renovar e diversificar esse quadro.
O ministério da Acolhida, com membros de até 25 anos e razoável percentual
de presença, pode significar uma força, se esses e essas jovens se
empenharem de fato por acolher, p. ex., famílias novas na comunidade,
pessoas não integradas num grupo, etc. Será antes uma fraqueza, se esse
ministério se limitar sobretudo a acolher as pessoas na porta da igreja, com
algum folheto... Sugestão: Fortalecer mais os diversos ministérios segundo o
seu objetivo específico.
Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 23
1.1.4. CENÁRIO DOS FIÉIS EM GERAL – ASSÍDUOS
Os dados a seguir dos fiéis em geral – assíduos, não assíduos e não católicos – são
alcançados da pesquisa realizada pelo Instituto MAPA, nos meses de maio e junho
de 2010, que teve como objetivos avaliar motivadores e inibidores de freqüência à
Igreja católica na Arquidiocese de Florianópolis e conhecer motivações, avaliações,
conceitos e comportamentos junto a freqüentadores assíduos de missas dominicais,
não freqüentadores de missas dominicais e pessoas que eram e não são mais
católicas.
O método usado foi o da pesquisa por amostragem, num total de 960 entrevistas,
assim distribuídas: 480 com católicos freqüentadores ou assíduos de missas
dominicais, com margem de erro de 4,5 percentuais; 240 com não freqüentadores
ou não assíduos de missas dominicais, com margem de erro de 6,3 pontos
percentuais; 240 com pessoas que deixaram de ser católicas, com margem de erro
igualmente de 6,3 pontos percentuais. O universo de público objetivado foi o de
moradores das cidades da Arquidiocese, acima de 15 anos, de todas as classes
socioeconômicas. Os freqüentadores ou assíduos às missas dominicais foram
contatados através de entrevistas pessoais, à frente de igrejas; os não
freqüentadores e os não mais católicos foram contatados via telefone.

O critério de seleção das igrejas para a pesquisa, para a representatividade da


arquidiocese de Florianópolis, foi o seguinte: em cada comarca foram sorteadas
duas paróquias (ou três, no caso das comarcas mais populosas); nas paróquias
sorteadas, pesquisou-se junto à igreja matriz e uma de suas comunidades, também
escolhida por sorteio. Para o cálculo dos resultados totais da Arquidiocese, os
índices de cada comarca foram ponderados segundo sua representação
populacional em relação ao total da Arquidiocese.

CARACTERÍSTICAS DOS ASSÍDUOS:


 Mais da metade são mulheres. Um equilíbrio entre homens e mulheres
acontece somente na faixa etária de 21 a 35 anos e na escolaridade superior.
 Metade são adultos, de 36 a 60 anos; um terço são jovens de 15 a 35 anos.
 A quantidade de filhos tem relação com a escolaridade: quanto menor, mais
filhos.

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 24


 Metade é casada é casada no civil e no religioso. Quanto maior a
escolaridade, menor a proporção de uniões informais (morar junto). Quanto
maior a idade, maior a presença de casamentos no civil e no religioso.
 Pessoas com menos de 35 anos têm escolaridade mais elevada. Pessoas
mais engajadas tendem a ter escolaridade mais elevada. Só 20% os de
escolaridade superior. Considere-se que nossa Arquidiocese é praticamente
um grande pólo de formação universitária e que esse público é que forma a
opinião pública e são construtores da sociedade pluralista.
 Mais da metade constitui-se de população economicamente ativa. Da
população economicamente ativa (PEA), 83% têm idade entre 21 a 45 anos;
67% têm ensino médio ou superior; 68% são homens, 52% mulheres; 51%
estão entre os mais engajados na ação pastoral da Igreja.
 Nove em cada dez dizem praticar a oração pessoal.
 Praticamente todos são católicos desde que nasceram. Mais da metade
segue mais a religião tradicional (procissões e novenas); mais de um terço
participa dos GBFs; quase a metade é voluntário em eventos.

FREQUÊNCIA À IGREJA:
 Além da missa dominical, um quarto desse público participa de missas feriais,
com preferência para quarta e terça-feira. Pessoas com mais de 45 anos e
menor escolaridade frequentam mais missas. É na Comarca de Itajaí que
mais se frequenta outras missas além da dominical.
 As missas mais frequentadas, além das dominicais, são nos dias de terça e
quarta-feira;
 Pessoas acima de 60 anos frequentam mais que os outros, nos dias de terça
e sábado pela manhã. Já as pessoas de 21 a 35 anos frequentam mais as
missas de quarta-feira;
 Mais de um terço vai à missa de carro. Quem mais utiliza o carro para ir à
missa são aqueles entre 36 e 45 anos de idade; a partir dessa faixa etária,
quanto mais jovens ou mais idosos, menos se utiliza o carro. Pergunta: será
que nossas igrejas estão muito distantes do povo? Será que não falta
construir novas igrejas? Igrejas cheias não seria uma ilusão e uma
insensibilidade pastoral, diante da grande que não participa e do massivo
crescimento da população?

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 25


IMPORTÂNCIA DA MISSA:
 A maior parte dos assíduos conhece o termo missa dominical. Entre os que
não conhecem, os jovens de 15 a 20 anos estão na frente. A Comarca de
Brusque, seguida de Biguaçu, é a que mais desconhece o termo.
 A maior parte não soube afirmar se a missa dominical é obrigação do católico.
 Os mais jovens são mais propensos a afirmar que ir à missa não é uma
obrigação.
 Para maior parte dos assíduos, a missa dominical é muito importante na sua
vida espiritual e também caracteriza a importância que a família possui para
que esta prática se perpetue.
 Ser “fonte de graças e bênçãos” e “o centro da fé” são os dois principais
motivos para que os assíduos frequentem as missas dominicais.
 Para os mais jovens, o motivo principal que o faz participar da missa é o
costume que trazem da infância.

FREQUÊNCIA A OUTRAS CRENÇAS:


 87% dizem não freqüentar outras crenças; mas 13% dizem fazê-lo.
 78% dizem não freqüentar o espiritismo; mas 22% dizem fazê-lo. Quase ¼
dos assíduos já frequentaram atividades espíritas, porém, a maior parte, há
mais de dois anos. Entre os que foram há menos de um ano, os jovens de 15
a 20 anos frequentaram mais.
 Entre os assíduos que frequentam outras religiões a Comarca da Ilha é a que
mais frequenta. Brusque, entre aqueles que dizem participar, vão mais à
Igreja Universal.
 É na faixa de 36 a 45 anos que estão os mais participantes de outras religiões
(18%).

ENGAJAMENTO NAS AÇÕES DA IGREJA:


 As mulheres participam um pouco mais do que os homens nas ações
evangelizadoras. Pessoas acima de 60 anos são as que mais participam. As
de 21 a 36 anos são as que menos participam. De maneira geral quem tem
menos escolaridade participa mais.
 O engajamento nas ações da Igreja tem relação com a disponibilidade de
tempo. Jovens que não estão no mundo do trabalho têm maior participação.

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 26


COLABORAÇÃO COM O DÍZIMO:
 Mais da metade diz ofertar o dízimo em nome da família. Mais de um terço diz
ofertá-lo em nome próprio. A oferta em nome próprio cresce nas faixas etárias
mais elevadas. Casados tendem mais a ofertar o dízimo.

USO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA:


 Nesse público, a grande maioria assiste a TVs e rádios católicas.
 Um terço costuma assistir a missa pela TV toda semana ou quase sempre.
Acompanhar a missa pela TV é bem mais comum do que pelo rádio. Assistir
missa pela TV ou pelo rádio é mais comum entre pessoas de mais idade e
menos escolaridade.
 Mais de um terço costuma ouvir emissoras de rádio religiosas; seis em cada
dez costume assistir a canais de TV religiosos. Mas, 25% não sabem dizer
qual o nome da emissora religiosa que ouvem.
 As emissoras de TV mais assistidas são, nessa ordem: Rede Vida, Canção
Nova e Aparecida; a emissora de rádio mais ouvida é a Rádio Cultura (49%).

AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS DA IGREJA:


 A grande maioria avalia positivamente os serviços prestados pelas igrejas que
freqüentadas. Pessoas com ensino superior e da Comarca de Brusque são
os que tendem a avaliar de forma regular os serviços. Brusque está mais
insatisfeita em relação à qualidade do som na igreja. As Comarcas da Ilha e
São José avaliam mais negativamente o estacionamento.
 A avaliação do estacionamento é positiva, somando mais de 80% ótimo e
bom.
 O tamanho da igreja e os horários de missa são os itens que melhor atendem
os assíduos de missa dominical.
 Espaços para jovens e crianças são os que mais precisariam melhorar.

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 27


1.1.5. CENÁRIO DOS FIÉIS EM GERAL – NÃO ASSÍDUOS

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS NÃO ASSÍDUOS:

 Os católicos não assíduos são metade de adultos (50% de 36 a 60 anos) e um


grande número de jovens de 21 a 35 anos (24%) e de adolescentes de 15 a 20
anos (17%). Considerando a alta percentagem de adolescentes e jovens não
freqüentadores, pode-se pensar que no futuro aumente a faixa dos católicos
não freqüentadores.
 A quase totalidade dos não assíduos recebeu os sacramentos da iniciação da
Igreja Católica e metade foi casada na Igreja Católica. E, ainda: quanto mais se
avança na idade, menos se recebe os sacramentos da iniciação; isto é, muitos
são batizados, mas não fazem a primeira comunhão; muitos dos que fazem a
primeira comunhão não são crismados. Isso revela que o catolicismo, mesmo
sendo ainda religião de herança, com forte marca sócio-cultural, já começou,
há algum tempo, a sofrer ruptura no elo da transmissão da fé. Pergunta: até
quando essa herança resistirá à pressão do êxodo rural e de uma sociedade
pluralista? Conseguirá o catolicismo tornar-se uma religião de adesão?
 Os católicos não assíduos são menos propensos a: - participar de missas em
dias de semana, - orar diariamente, - fazer a oferta do dízimo, - assistir missas
e programas religiosos pela TV e rádio, - engajar-se em pastorais, movimentos
e associações da Igreja, - colaborar em serviços voluntários da Igreja.
 Além disso, os não assíduos são mais propensos a: - relativizar as razões mais
consistentes para participar da missa dominical, - encontrar motivações menos
consistentes para participar da missa dominical, - encontrar mais razões para
justificar a não freqüência à missa dominical, - entender o preceito da missa
dominical de modo subjetivo (quando têm vontade), - participar de outras
religiões, crenças, rituais, especialmente o espiritismo, - entender o preceito do
dízimo de modo subjetivo, - assistir emissoras de TV e rádio evangélicas, -
avaliar menos positivamente os serviços pastorais da Igreja (por ex.: missas e
celebrações, homilias, administração do patrimônio), - ser mais exigentes na
identificação de melhorias de serviços pastorais da Igreja (por ex.: visita às
casas, evangelização de crianças e jovens, prestação de contas, atendimento

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 28


aos pobres), - discordar de alguns ensinamentos e práticas da Igreja, - ter
dificuldades de entendimento com o padre ou agente de pastoral da Igreja
(secretária ou liderança).
 Como não são fiéis à missa dominical e são pouco acessáveis pelos meios de
comunicação social, é preciso encontrar outros meios para contatá-los: -
promover concentrações de massa: congressos específicos de evangelização
de homens e de mulheres, encontros de namorados, - melhorar os encontros
de preparação de pais e padrinhos, e de noivos, - incentivar a visita às casas, -
dinamizar e ampliar o leque de presença dos GBFs, - promover missões
populares, - favorecer a visita das pessoas em situação de maior carência:
doentes, enlutados, prisioneiros e seus familiares, necessitados.
 Se não forem acolhidos, ouvidos em seus reclamos religiosos e pastorais,
correm o risco de deixar a Igreja, pois vivem numa situação religioso-pastoral
de vulnerabilidade em relação a outras denominações cristãs ou religiosas.

FREQUÊNCIA À MISSA:
 64% dos católicos não assíduos declaram ir à missa. Contudo, 8% vão
semanalmente, mas não a missas dominicais; 3% vão duas ou três vezes por
mês; 35% vão uma vez por mês; e 18% menos de uma vez por mês.
 36% declaram não ir à missa. Foram pela última vez: 8% há menos de 6
meses; 12% entre 6 e 12 meses; e 16% há mais de 1 ano.
 A maioria não abandonou totalmente as missas.
 Mulheres, pessoas de mais idade e pessoas com menor escolaridade, e
dizimistas são os que frequentam mais missas.
 Assim como os mais assíduos, esse público, em sua maioria absoluta, nasceu
católico.

FREQUÊNCIA A OUTRAS CRENÇAS:


 Praticamente um quarto frequenta outras religiões. Este índice é um pouco
maior entre mulheres.
 O espiritismo é a crença mais frequentada (11% do total); índice bem superior
a qualquer outra religião.

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 29


 Adicionalmente aos 11% que frequentam o espiritismo regularmente, outros
28% já foram a pelo menos um evento do espiritismo. Portanto, praticamente
dois em cada cinco pessoas desse público já tiveram alguma experiência com
essa crença. Os índices são mais elevados entre pessoas de escolaridade
mais elevada e das comarcas da cidade de Florianópolis (Ilha e Continente).

COLABORAÇÃO COM O DÍZIMO:


 Cerca de metade do público diz-se dizimista. A região das comarcas de Itajaí
e Brusque apresentam maior índice de ofertas (70%), índice semelhante ao
encontrado entre os mais participantes.
 Para a maior parte o dízimo é um ato voluntário. Os que consideram que o
dízimo é uma obrigação de todo católico estão entre os mais velhos, as pessoas
com nível de escolaridade menor e nas comarcas de Biguaçu e Tijucas;.

PRÁTICA DA ORAÇÃO:
 ¾ praticam oração pessoal diariamente; índice que se eleva entre mulheres,
em faixas etárias mais elevadas e entre quem tem apenas escolaridade
fundamental.

USO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA:


 A missa pela TV é assistida por quatro em cada dez pessoas, semanalmente
por uma em cada seis. Este hábito tem relação direta com idade e
escolaridade: quanto maior a idade e mais baixo o nível de instrução, mais
frequentemente se acompanha missa pela TV.
 A missa pelo rádio tem público inferior à da TV, mas acompanha a mesma
relação com idade e escolaridade. Adicionalmente, esse meio tem maior
audiência nas comarcas de Biguaçu e Tijucas que nas demais regiões.
 Uma em cada nove pessoas ouve emissoras de rádio religiosas - índice que
aumenta consideravelmente entre quem tem mais idade e menor
escolaridade.
 Emissoras de TV religiosas possuem público maior que o do rádio, com maior
aumento no público com idade mais elevada e menor nível de instrução.
 As emissoras de rádio ouvidas são a Cultura, Novo Tempo, Aparecida e 106
FM.

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 30


RELIGIOSIDADE POPULAR:
 Procissões e novenas são as atividades que mais atraem pessoas desse público.
 As novenas têm maior entre as mulheres, as pessoas de menor escolaridade
e nas regiões das comarcas de São José, Santo Amaro, Biguaçu e Tijucas.
 As procissões: mais frequentadas por pessoas da comarcas da Ilha e Estreito.

IMPORTÂNCIA DA MISSA:
 Quanto mais velhos e com maior escolaridade, mais já ouviram falar do termo
“missa dominical”. As Comarcas de Itajaí e Brusque, entre todas as comarcas,
são as que mais já ouviram falar do termo.
 A maior parte diz que a missa dominical são as missas realizadas no dia de
domingo. Nas comarcas de São José e Santo Amaro aumenta o número dos
que dizem ser também as de sábados à noite.
 Ser “fonte de graças e benção” e “centro da fé” são os motivos principais que
faz com que os não assíduos vão à missa.
 Entre as razões que as pessoas têm para não frequentar a missa o maior
motivo é: ter um jeito próprio de viver a fé.

RELAÇÃO COM A IGREJA:


 Os aspectos de relacionamento pessoal não são motivos fortes para não
haver uma maior participação na Igreja; mas sim os aspectos relacionados às
ações e conceitos da Igreja.
 Os mais jovens, de 15 a 35 anos, tendem mais a „discordar de algumas
coisas da religião católica‟ e „ter desavenças com lideranças da Igreja‟.
 As comarcas de Itajaí e Brusque são as que apresentam maior percentual de
quem „se sente mal na igreja‟ e de que „discorda de algumas coisas da
religião católica‟.

AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS PRESTADOS PELA IGREJA:


 De maneira geral pessoas que têm menor escolaridade são os que melhor
avaliam os serviços da Igreja; o oposto acontece entre quem tem ensino
superior.
 As comarcas de Biguaçu e Tijucas tendem a avaliar melhor a administração
feita do patrimônio; enquanto as de São José e Santo Amaro avaliam melhor
as missas e celebrações.
 Pessoas na faixa etária de 15 a 35 anos tendem a querer mais melhorias no
„espaço para crianças‟ e „visitas às famílias‟.

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 31


1.1.6. REDE DE EX-CATÓLICOS
A pesquisa com os ex-católicos seguiu a mesma metodologia aplicada com os não-
assíduos.
Resultados da pesquisa:
69% dos entrevistados têm idade acima dos 35 anos;
Os ex-católicos apresentaram maior índice de pessoas casadas somente no
civil, divorciadas, separadas e viúvas;
O índice de pessoas casadas no civil é maior entre os ex-católicos;
Entre os ex-católicos é menor o número de solteiros;
57% dos ex-católicos têm mais de dois filhos, destes 23% tem mais de três;
Os ex-católicos apresentaram maior índice de escolaridade em relação aos
assíduos e não-assíduos;
Os ex-católicos apresentam maior índice de aposentados em relação aos
assíduos e não-assíduos;
Entre os ex-católicos é maior o número de espíritas (21%), sendo que
Florianópolis e São José apresentaram o maior índice;
As comarcas de Biguaçu e Tijucas apresentaram o maior número de pessoas
na Assembleia de Deus, Testemunha de Jeová e Igreja Universal;
A Comarca de São José e Santo Amaro tiveram maior índice de pessoas na
Igreja Luterana e Adventista;
19% disseram não ter religião, sendo que deste índice a maioria são homens
e pessoas com ensino superior;
Praticamente todos os espíritas foram batizados na Igreja Católica;
O batismo em outras religiões é maior nas comarcas de Biguaçu; Tijucas. Dos
que não foram batizados e não receberam o crisma o maior índice se
encontra na Comarca da Ilha, importante destacar que esta comarca também
apresentou um dos menores índices de catequizandos;
Receberam o Sacramento do Matrimônio católico pessoas de 46 anos ou
mais e os de menor escolaridade; os que não casaram no religioso destaque
para os homens, os que possuem ensino médio, menor engajamento e os
espíritas;

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 32


Os que mais frequentam as celebrações na sua Igreja são as pessoas na
faixa etária de 36 a 45 anos, os que possuem até o ensino fundamental, na
comarca de Biguaçu/ Tijucas;
Os que raramente frequentam as celebrações em sua Igreja são os que
possuem ensino superior;
A maior parte não frequenta outras religiões ou práticas espirituais, os ex-
católicos apresentaram o mesmo índice obtido pelos não-assíduos;
Quem mais diz frequentar a Igreja Católica são os espíritas;
28% diz já ter participado de alguma atividade espírita, contudo, boa parte há
mais de dois anos;
78% dizem colaborar financeiramente de alguma forma com a igreja em que
frequenta. Entre os que mais colaboram mensalmente estão os evangélicos e
os residentes nas comarcas de Itajaí e Brusque. Os católicos assíduos
apresentam maior índice de colaboração financeira;
A maior parte afirma realizar oração pessoal com certa frequência. Os que
mais a fazem são os mais engajados, as comarcas de Biguaçu e Tijucas e os
evangélicos;
A proporção dos que assistem celebrações pela TV ou rádio é praticamente a
mesma;
Mulheres, quem possui menor escolaridade e evangélicos são os que mais
assistem/ouvem;
O índice de pessoas que afirmam estar engajadas nas atividades da sua
Igreja é menor que o percentual apresentado na pesquisa com os católicos
assíduos;
Os motivos mais citados para deixar a Igreja Católica são: discorda do que se
fala ou se faz tanto a Igreja quanto o padre em si; o apoio recebido e as
visitas por membros de sua igreja atual;
Problemas de relacionamento com lideranças, presbíteros e mau atendimento
da secretaria, aparecem entre os motivos mais citados por deixar a Igreja;
O menor índice de motivação para não participar da Igreja se encontra nos
casos de pedofilia e por não concordarem com que o celibato sacerdotal;
Metade das pessoas entrevistadas diz que ninguém as influenciou para
mudar de religião; para os homens e pessoas menos engajadas esta taxa

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 33


soube um pouco. A outra parcela, boa parte, diz ter sido influenciada por
parentes;
32% não descartam a possibilidade de voltar a frequentar a Igreja Católica.
Quanto maior a escolaridade maior a chance de voltarem, também é maior a
possibilidade de voltar entre os menos engajados, nas Comarcas da Ilha e
São José e entre os espíritas;
Quando questionados sobre o motivo para frequentar a sua Igreja, a maioria
afirma ser: „fonte de graças e bênçãos‟ e „centro da fé‟, estes somam 85% dos
principais motivos para frequentar celebrações;
Os ex-católicos têm maior índice de satisfação se comparado aos católicos
não-assíduos e assíduos, em relação aos serviços prestados pela sua Igreja.

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE OS NÃO MAIS CATÓLICOS:

1. Quem são?
 Na proporção de 2/3, são mais mulheres do que homens.
 54% são adultos entre 36 e 50 anos, mas chama a atenção o número de 33%
de jovens entre os 21 e 35 anos e de 8% de adolescentes entre 15 e 20 anos.
 Ao contrário do que normalmente se pensa a maioria não tem baixa
escolaridade. Verifica-se empate entre os níveis fundamental, médio e
superior.
 A grande maioria recebeu os sacramentos da iniciação cristã na Igreja
Católica.

2. Para onde vão?

 Nota-se que o destino dos ex-católicos varia muito de acordo com a comarca
(Ex.: na grande Florianópolis mais pessoas migram para o espiritismo,
enquanto na região de Itajaí mais pessoas vão para as Igrejas Evangélicas.
 Um terço passa a freqüentar outra religião (32%); mas a pesquisa não captou
qual a nova religião dos ex-católicos.

3. Com que assiduidade os ex católicos freqüentam a sua nova Igreja?


 O número de freqüência semanal na nova Igreja é alto (63%).
 Chama a atenção o número de 23% que freqüentam raramente a nova igreja.
Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 34
4. Como o entendem o dízimo?
 Para 80% trata-se de um ato voluntário, o que pode revelar que recebem uma
catequese clara sobre este tema, enquanto a maioria dos católicos
consideram o dízimo como um ato obrigatório. Falta de profundidade na
evangelização?

5. Com que freqüência prestigiam os meios de comunicação de massa?


 30% ouvem rádio religiosas.
 35% assistem emissoras de TV religiosas.
 Chama a atenção que os 13% que escutam ou assistem emissoras católicas.

6. Por que motivo deixaram a Igreja Católica?


 Chama a atenção o altíssimo número (92%) dos deixaram a Igreja por terem
dificuldades com a figura com o padre e/ou se sentiram bem acolhidos e
visitados por membros de sua nova Igreja. Será a cara e a coroa de uma
mesma moeda? Isto mostra que o grande rosto da Igreja Católica é a figura
do padre e que a relação que as pessoas estabelecem com ele é
determinante para a sua permanência ou não na Igreja Católica.
 Provavelmente muito do êxito das novas Igrejas se deve ao seu intenso
trabalho de acolhida e de visitação as pessoas que se encontram em
situações de maior vulnerabilidade existencial (doentes, enlutados, novos
moradores das periferias urbanas...).
 O número de satisfação não seria justamente naquelas questões que estão
fracas na Igreja Católica?

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 35


2. ANÁLISE DAS INSTITUIÇÕES PASTORAIS

2.1. COMISSÃO DAS FORÇAS VIVAS


A Comissão das Forças Vivas foi criada no ano de 1998, com o objetivo de
promover um espaço de reflexão, partilha e tomada de decisões em unidade com a
Coordenação Arquidiocesana de Pastoral. Esta comissão reúne todas as
coordenações arquidiocesanas das pastorais, movimentos, organismos,
associações, ministérios, meios de comunicação, colégios e outros.
Ela se reúne, quatro vezes ao ano nos meses de março, junho, setembro e
novembro, não há ainda um regimento para esta comissão. Em relação à
participação nestes encontros, o índice é muito baixo.

TABELA 12 – Pastorais com participação nas três últimas reuniões


Pastorais com maior índice de
participação
Pastoral Catequética
Pastoral do Dízimo
Pastoral Familiar
Pastoral Militar
Pastoral da Pessoa Idosa

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 36


TABELA 13 – Movimentos com participação nas três últimas reuniões
Movimentos com maior índice de
frequência
Movimento Cursilhos de Cristandade
Movimento de Emaús
Movimento Familiar Cristão
Apostolado da Oração
Oficina de Oração e Vida - TOV

TABELA 14 – Organismo com participação nas três últimas reuniões


Organismo com maior índice de
frequência
Coordenações de Campanhas

TABELA 15 – Colégio com participação nas três últimas reuniões


Colégio com maior índice de frequência
Colégio Santa Catarina

Durante a reunião do mês de novembro de 2010, foi aplicada uma pesquisa junto
aos participantes da Comissão das Forças Vivas. Estavam presentes 27
coordenações, o que corresponde a apenas 33,33% das coordenações
arquidiocesanas das pastorais, movimentos, organismos, associações, ministérios,
meios de comunicação e colégios que deveriam participar.
Nos gráficos abaixo é possível identificar alguns resultados obtidos com a pesquisa
e que podem contribuir para um diagnóstico específico desta comissão
arquidiocesana. As demais perguntas contemplam aspectos específicos da força
viva entrevistada. Mais adiante serão apresentados os resultados.

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 37


GRÁFICO 12 - Comparação de relacionamento entre as diversas instâncias

GRÁFICO 13 - O que você sugere para a formação e articulação dos coordenadores


das Forças Vivas da Arquidiocese?

GRÁFICO 14 - Em qual desses múnus sua Força Viva concentra mais o exercício de
sua atuação pastoral?

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 38


GRÁFICO 15 - Em qual destas áreas sociais sua Força Viva exerce alguma
atividade?

Nas questões descritivas da pesquisa não foi possível identificar os desafios, pontos
fortes, fracos, ameaças e oportunidades referente às atividades da comissão. Os
entrevistados mantiveram sua análise na realidade da sua força viva e não
apresentaram uma avaliação da comissão.

Em relação às forças vivas conclui-se que:


 O índice de participação nas reuniões é muito baixo;
 A pesquisa aplicada junto aos participantes contemplou mais aspectos
relativos à instância onde participa, e não especificamente em relação à
vivência da Comissão Arquidiocesana das Forças Vivas;
 As questões descritivas também não apresentaram resultados a serem
utilizados na avaliação sobre os trabalhos da comissão;
 Considerando que nas pesquisas aplicadas no Brasil, há uma tendência para
que a resposta BOM represente REGULAR, o índice de relacionamento entre
as diversas instâncias foi considerado baixo pelos participantes da pesquisa;
 Observando o material até aqui analisado, conclui-se que é necessária a
aplicação de outro tipo de pesquisa (sugestão: entrevista em profundidade),
para obter um maior resultado na avaliação da Comissão Arquidiocesana das
Forças Vivas.

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 39


FORÇAS E FRAQUEZAS DO CENÁRIO DAS FORÇAS VIVAS:
FORÇAS:
1. A riqueza desta organização como espaço de conhecimento, troca de
experiências, de percepção do conjunto da caminhada de evangelização da
Arquidiocese.
2. A correspondência enviada por parte da Coordenação Arquidiocesana de Pastoral
reflete o esforço e a preocupação em motivar os responsáveis das Forças Vivas
para sua presença nestas reuniões.
3. No gráfico 12 mostra que o relacionamento entre as várias instâncias predomina o
bom sobre o ótimo, o regular e o ruim.
4. Na pesquisa se constatou que as Forças Vivas pedem mais formação (69%).

FRAQUEZAS:
1. Pouca participação das Coordenações Arquidiocesanas das Pastorais,
Movimentos, Organismos, Associações, Ministérios, Meios de Comunicação e outros
nas reuniões oferecidas (março, junho, setembro e novembro). Este baixo índice de
participação será pela rotatividade de lideranças? Ou porque não agendaram estas
reuniões? Ou desconhecem sua responsabilidade perante o objetivo proposto:
promover um espaço de reflexão, partilha, estudo e tomada de decisão em unidade
com a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral?
2. Apesar deste esforço de unidade por parte da Coordenação Arquidiocesana
existe uma grande fragmentação da nossa pastoral.
3. Conforme o gráfico 11 constata-se a pouca participação: 53% de ausência
sistemática das Coordenações nas três últimas reuniões.
4. A tabela 12 mostra as Pastorais que mais participam destas reuniões: Pastoral
Catequética, do Dízimo, Familiar, Militar e da Pessoa Idosa. Uma porcentagem
baixíssima em relação ao universo de Pastorais existentes dentro da nossa
Arquidiocese.
5. A tabela 13 mostra a participação dos movimentos nas três últimas reuniões.
Pelo grande número de Movimentos existentes em nossa Arquidiocese
consideramos sua presença muito fraca. Citamos os de maior participação: Cursilho
de Cristandade, Emaús, Movimento Familiar Cristão, Apostolado da Oração e
Oficina de Oração e Vida.
6. Quanto a participação dos Organismos e Colégios sua ausência é visível.

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 40


7. O gráfico 12 mostra ainda que existe um decréscimo de relacionamento, e,
portanto, de participação, quando se trata sobretudo nos Conselhos Comarcais e
Conselhos Paroquiais.
8. O gráfico 16 mostra que na atuação das Forças Vivas nos Múnus da Palavra, da
Caridade e Liturgia há um desequilíbrio no exercício dos três: Palavra – 58%;
Caridade – 35% e Liturgia – 8%.
9. Percebe-se um baixo envolvimento das Forças Vivas nas Áreas Sociais.
10. Apenas 27 Coordenações das Forças Vivas responderam a pesquisa
correspondendo a uma porcentagem de apenas 33,33% (pesquisa aplicada na
reunião do mês de novembro de 2010).

SUGESTÃO:
1. Proporcionar algumas linhas comuns que favoreçam maior unidade para que
possamos fazer uma avaliação anual em torno destas linhas. Temos os Grupos
Bíblicos em Família, que em grande parte não atingem nem as Pastorais, nem os
Movimentos, nem as Associações e nem os Organismos.
2. Saber por parte da Coordenação de Pastoral da Arquidiocese os motivos de tanta
ausência e motivar as Forças Vivas para uma maior contribuição na Pastoral de
Conjunto.
3. Fazer um levantamento nas Comarcas e Paróquias para constatar quais Forças
Vivas não se fazem presentes e que, portanto, não contribuem para uma maior
unidade na evangelização.
4. Aproveitar um fim de semana para um encontro de formação e espiritualidade,
tendo por base a Palavra de Deus.
5. Aproveitar uma reunião em 2012 das Forças Vivas para assumir em conjunto
algumas linhas práticas, favorecendo maior unidade pastoral.
6. Sugerir um encontro sobre a Liturgia e quanto ela é vivida na prática da vida das
Forças Vivas.
7. Possibilitar um maior conhecimento por parte das Forças Vivas do que existe de
Ação Social na Arquidiocese.

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 41


2.2. CONSELHOS COMARCAIS DE PASTORAL
O Conselho Comarcal de Pastoral – CCP – “é o organismo responsável pela
coordenação e animação da vida e das atividades pastorais na sua comarca,
procura integrar as paróquias, capelanias e as coordenações comarcais das
diferentes pastorais, movimentos e atividades eclesiais, numa caminhada de
unidade e de co-participação, procurando criar uma consciência de mútua co-
responsabilidade na missão de evangelizar”.
A Arquidiocese de Florianópolis tem como divisão pastoral as comarcas, atualmente
existem oito: Biguaçu, Brusque, Estreito, Ilha, Itajaí, Santo Amaro, São José e
Tijucas.
A Comarca é uma “região territorial de pastoral, constituída de um
grupo de paróquias vizinhas, que se caracterizam por realidades
humanas, sociais, culturais e religiosas semelhantes”. (Livro
Estatutos, Diretórios e Subsídios, pág. 43).
Para melhor organizar a dinâmica pastoral existem os Conselhos Comarcais que se
reúnem bimestralmente, sendo que devem estar nestas reuniões: párocos, vigários
paroquiais, demais presbíteros e diáconos domiciliados na comarca. Além desses,
devem também comparecer o coordenador e o representante de cada Conselho de
Pastoral das Paróquias (CPP), um representante de cada instituto de vida
consagrada e coordenadores comarcais de ministérios, pastorais, movimentos e
organismos constituídos na comarca, devem estar presentes.
Segundo a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral (CAP) a participação nestas
reuniões é desafiante, das oito comarcas existentes, apenas Santo Amaro, São José
e Brusque apresentam o melhor índice de participação dos envolvidos. A de Itajaí e
a comarca da Ilha são as que têm menor participação. Durante o processo de
construção do diagnóstico foi solicitado à lista de presença e a ata das reuniões,
porém não se obteve o retorno de todas.
Importante destacar que o regimento sobre o Conselho Comarcal de Pastoral (CCP)
contempla a participação das diversas instituições da Igreja, mas este Conselho
ainda limita-se a uma maior participação das paróquias e suas frentes de trabalhos
pastorais. Há uma infinidade de congregações, colégios, obras sociais, institutos de
vida consagrada, irmandades, entre outros, que se apresentam de forma tímida no
CCP.

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 42


Outro ponto identificado é que grande parte dos ministérios, pastorais, movimentos e
organismos não tem constituído coordenações comarcais.
Não foi possível uma avaliação detalhada a cerca dos trabalhos realizados nestes
conselhos, devido à falta de avaliação junto às atas das reuniões e também por não
ter sido aplicado nenhum tipo de pesquisa junto a esta instância, assim, ficou
inviável um diagnóstico mais preciso.
Considerações importantes sobre os dados estatísticos:

 As cidades com maior índice de paróquias e comunidades estão na comarca


de São José;
 As cidades com maior razão populacional por paróquia estão na comarca de
Tijucas;
 As cidades com mais de dois mil habitantes por comunidades pertencem
também a comarca de Tijucas;
 Na comarca da Ilha está localizada sete das 19 paróquias administradas pelo
clero regular, isso corresponde a 31,58% de todas as comunidades
paroquiais administradas pelo clero religioso.
 35,29% das Paróquias da comarca da ilha estão sob a administração do clero
regular;
 As cidades de Itapema e Bombinhas pertencentes à Comarca de Tijucas têm
50% dos domicílios existentes no município, para uso ocasional ou vago.
 A comarca de Itajaí apresentou a maior razão populacional para cada pároco,
este índice foi superior as comarcas de Biguaçu, São José e Ilha, juntas.

Considerações importantes sobre o resultado da pesquisa realizada pelo


Instituto Mapa:
 Na pesquisa junto aos católicos assíduos, a Comarca de Itajaí é, entre todas
as comarcas, a que mais frequenta outras missas além da dominical;
 87% dos assíduos de missas dominicais pagam o dízimo, sendo que
nenhuma comarca apresenta menos de 80% de dizimistas;
 A comarca de Santo Amaro é a que apresenta o público assíduo com maior
participação em iniciativas pastorais;
 A Comarca do Estreito é a que apresenta menores índices de participação
dos assíduos para novena, voluntários e grupo bíblico;

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 43


 Tijucas também apresenta baixos índices de participantes assíduos em
grupos bíblicos e voluntários;
 Santo Amaro, seguida de Biguaçu, são as comarcas com maior engajamento
pastoral. Tijucas, a de menor;
 A maior parte dos assíduos de missas dominicais não frequentam outras
religiões. Porém, dos que frequentam a Comarca da Ilha são mais
frequentadores de outras denominações. Na comarca de Brusque, entre
aqueles que dizem participar de outras igrejas, vão mais à Igreja Universal;
 Quase ¼ dos assíduos já frequentaram atividades espíritas, mas, a maior
parte, há mais de dois anos. As comarcas de Santo Amaro, seguida por São
José, estão entre as que mais têm integrantes que participaram do
espiritismo.
 As comarcas de Itajaí e Santo Amaro, respectivamente, são as que mais
consideram o dízimo como um ato voluntário;
 A Comarca de Brusque são os que tendem a avaliar de forma regular os
serviços prestados pela Igreja Católica;
 A comarca de Brusque está mais insatisfeita em relação à qualidade do som
na igreja.
 A Comarca da Ilha e São José avaliam mais negativamente o
estacionamento.
 Os não-assíduos das comarcas da cidade de Florianópolis (ilha/ continente)
apresentaram o maior índice de participação no espiritismo;
 Cerca de metade do público não – assíduo diz-se ser dizimista nas comarcas,
sendo de Itajaí e Brusque as que apresentam maior índice de ofertas (70%),
índice semelhante ao encontrado entre os mais participantes.
 Entre os não-assíduos as novenas atraem maior participação nas regiões das
comarcas de São José, Santo Amaro, Biguaçu e Tijucas;
 As procissões são preferência para os não-assíduos nas comarcas da Ilha e
Estreito;
 As Comarcas de Itajaí e de Brusque apresentaram entre os não-assíduos o
maior percentual de quem „se sente mal na igreja‟ e de que „discorda de
algumas coisas da religião católica‟;

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 44


 Os não-assíduos das Comarcas de Biguaçu e Tijucas tendem a avaliar
melhor a administração feita do patrimônio; enquanto São José e Santo
Amaro avaliam melhor missas e celebrações;
 Em relação aos ex-católicos, as comarcas de Florianópolis e Estreito
apresentaram o maior índice de espíritas, a de São José e Santo Amaro
apresentaram o maior índice de Luteranos e Adventistas, por fim, Tijucas e
Biguaçu prevaleceram a Assembleia de Deus, Testemunha de Jeová e a
Igreja Universal;
 A Comarca da Ilha apresentou o maior número de ex-católicos que não foram
batizados e não receberam o sacramento da Crisma;
 As Comarcas da Ilha e de São José apresentaram o maior índice de retorno
para a Igreja Católica. Entre os que se declaram espíritas também é maior a
possibilidade de retornarem para a Igreja.

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 45


2.3. CENÁRIO PASTORAL DAS PARÓQUIAS
A Arquidiocese de Florianópolis atualmente tem 69 paróquias distribuídas por 28
municípios. A cidade de Águas Mornas e Rancho Queimado não têm
comunidade paroquial, elas pertencem a Paróquia Santo Amaro na cidade de
Santo Amaro da Imperatriz. Juntas estas duas cidades atingem uma população
de 28.119 habitantes. Na tabela a seguir é possível ter uma visão clara do
cenário populacional paroquial.

TABELA 16 – Síntese das cidades com maior razão populacional por paróquia
Cidades com mais de 20 mil habitantes por
paróquia
Razão da
Cidade população Comarca
paroquial
Biguaçu 58.206 Biguaçu
Itapema 45.797 Tijucas
Balneário Camboriú 36.030 Itajaí
Palhoça 34.334 São José
Camboriú 31.181 Itajaí
Tijucas 30.960 Tijucas
Santo
Água Mornas 28.119 Amaro
Santo
Rancho Queimado 28.119 Amaro
Santo Amaro da Santo
Imperatriz 28.081 Amaro
São João Batista 26.260 Tijucas
Florianópolis 24.779 Ilha
São José 23.312 São José
Itajaí 22.922 Itajaí
Brusque 21.101 Brusque

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 46


Obs. As cidades em destaque na cor cinza têm sua razão populacional
integrada, visto que os três municípios são atendidos pela mesma Paróquia.

TABELA 17 – Síntese das cidades com maior razão populacional por


comunidade
Cidades com mais de 2 mil habitantes por
comunidade
Razão da
população
Cidade Comarca
por
comunidades
Camboriú 5.197 Itajaí
São José 4.662 São José
Itapema 4.580 Tijucas
Santo
Água Mornas 3.541 Amaro
Balneário Camboriú 2.772 Itajaí
Porto Belo 2.681 Tijucas
Guabiruba 2.633 Brusque
Bombinhas 2.382 Tijucas
São João Batista 2.188 Tijucas
Biguaçu 2.007 Biguaçu

TABELA 18 – Síntese das cidades com maior índice de paróquias e


comunidades
As cinco cidades com maior índice
de paróquias Quant. % Comarca
Florianópolis 17 24,6 Ilha
São José 9 13 São José
Itajaí 8 10,1 Itajaí
Brusque 5 7,2 Brusque
Palhoça 4 5,8 São José
Total 43 60,7

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 47


As cinco cidades com maior índice
de comunidades Quant. % Comarca
Florianópolis 121 20,2 Ilha
Palhoça 49 8,2 São José
Itajaí 48 8 Itajaí
São José 45 7,5 São José
Brusque 35 5,8 Brusque
Total 298 49,7
Para o desenvolvimento do diagnóstico pastoral, foi entregue um questionário de
aplicação para as paróquias, o objetivo principal desta ação foi conhecer um pouco
melhor as realidades vivenciadas pelas comunidades paroquiais da Arquidiocese de
Florianópolis. Além disso, a leitura e análise de documentos foram realizadas.
TABELA 19 - Índice de participação na pesquisa:
PARTICIPAÇÃO DAS PÁROQUIAS NA
PESQUISA
Descrição Quant. %
Participaram 56 80
Não participaram 14 20
TOTAL 70 100

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 48


Ainda que os resultados obtidos pela pesquisa contenham falhas significativas
para um diagnóstico detalhado da vivência pastoral. Porém, com o material
coletado através desta investigação pastoral, será possível identificar fatores
importantíssimos para o diagnóstico pastoral da Arquidiocese de Florianópolis.

TABELA 19 - Síntese do perfil administrativo das paróquias


Síntese do perfil administrativo das
paróquias Quant. %
Administradas pelo clero regular 19 27,5
Administradas pelo clero diocesano 50 72,5
Total 69 100,0

Em relação ao índice de funcionários nas paróquias da Arquidiocese a pesquisa


apresentou um quadro de 353 (trezentos e cinquenta e três) colaboradores, estes
exercem as mais diversas funções, desde auxiliares de administração até
manobristas de estacionamento. Na tabela a seguir é possível identificar os cinco
maiores índices percentuais das funções exercidas pelos funcionários das
paróquias na Arquidiocese.

TABELA 20 - Índices percentuais das funções exercidas pelos funcionários das


paróquias da Arquidiocese
Cinco maiores índices percentuais das funções
exercidas pelos colaboradores
Função dos funcionários nas Paróquias %
Auxiliar administrativo/ escritório 34
Zelador/ guarda/ vigia 34
Cozinheiro(a) 18
Sacristão 9
Servente 9
Assistente social 5
Contador 5

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 49


Uma estrutura importante para a organização paroquial é o Conselho Paroquial
de Pastoral (CPP) e os Conselhos de Pastoral das Comunidades (CPC), os quais
foram contemplados na pesquisa com quatro perguntas. Segue os resultados:

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 50


Em relação ao CPC, 94,64% das comunidades existentes nas Paróquias
pesquisadas afirmam ter o Conselho. O número de participantes dos CPP é de
1.588 pessoas, 96% das paróquias afirmam viver o regimento proposto.

Um olhar importante sobre os resultados


A média de participantes nos CPP das paróquias da Arquidiocese de
Florianópolis é de 32 pessoas;
Há paróquias que não têm CPP, mas na pesquisa responderam que SIM;

No que tange as Forças Vivas existentes nas Paróquias da Arquidiocese de


Florianópolis, encontramos o seguinte quadro:

Foi possível identificar em relação aos Grupos Bíblicos em Família (GBF) que
entre as pesquisadas existem cerca de 1.746 GBF, não foi possível saber na
pesquisa se estes funcionam durante todo o ano, ou se, ocorrem apenas em
tempos especiais como: advento e quaresma.

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 51


O público de maior participação são as mulheres com 60%, na sequência vêm os
homens, crianças e com 8,9% os jovens com a menor participação. As comarcas
de São José, Itajaí, Brusque e Santo Amaro apresentaram maior índice
percentual de grupos. Confira no gráfico:

Existem aproximadamente 21 movimentos, sendo que seis deles são específicos


para casais, os demais trabalham com públicos variados. A pesquisa aponta que
mais de 21 mil pessoas participam ativamente nos movimentos, sendo a comarca
de Itajaí a que apresentou o maior índice 31,6%. Abaixo segue duas tabelas, uma
apresenta os movimentos com maior percentual existente na Arquidiocese e os
outros os que têm maior participação do público.
TABELA 21 – Cinco movimentos com maior índice percentual existente nas
paróquias da Arquidiocese
Movimentos %
Apostolado da Oração 17
Renovação Carismática Católica 16
Movimento de Irmãos 11
Legião de Maria 11
Movimento Apostólico de Schoenstatt (Mãe
Peregrina) 10

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 52


TABELA 22 – Movimentos com maior participação de públicos ativos
Quantidade total de participantes ativos por
Movimentos da Paróquia? TOTAL
Apostolado da Oração 5.822
Movimento Ap. de Schoenstatt (Mãe Peregrina) 5.600
Renovação Carismática Católica - RCC 3.439
Movimento de Irmãos 2.342
Cursilhos de Cristandade 945

Na pesquisa aplicada pelo Instituo Mapa junto aos assíduos, o segundo maior
índice de engajamento foi os movimentos com 12%, entre os mais frequentados
por eles foi, a Renovação Carismática Católica (6%) e o Movimento de Irmãos
(5%). Já a pesquisa com os não-assíduos pastorais e movimentos obtiveram o
pior índice de participação apenas 6%.
No âmbito das pastorais a pesquisa junto às paróquias apontou a existência de 31
pastorais, sendo que oito delas atuam no âmbito social, cinco no catequético, as
demais se dividem em outras atividades de atuação. A Pastoral da Comunicação
se faz presente em apenas 16% das paróquias pesquisadas. As Comarcas de
Brusque, Biguaçu, Itajaí, Santo Amaro, não possui PASCOM formada. Na tabela
a seguir é possível identificar as seis pastorais com maior percentual de presença
nas paróquias entrevistadas.
TABELA 23 – Pastorais que apresentaram índice de presença superior a 50%
nas paróquias.
Pastorais da Paróquia TOTAL %
Catequética 100
Litúrgica 95
Coroinhas 91
Dízimo 84
Juventude 71
Social 66
Idosos 52

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 53


Em relação à participação o resultado apontou a presença de quase 23 mil
pessoas envolvidas. Também nas pastorais a Comarca de Itajaí apontou maior
percentual de participação com 31,6%. O menor índice foi da comarca de Tijucas
e Biguaçu. Os membros das pastorais de liturgia, catequese, idosos, coroinhas e
juventude correspondem a 74,5% do total.
TABELA 24 - Quantidade de participantes ativos por Pastoral
Pastoral TOTAL
Litúrgica 5.131
Catequética 4.678
Idosos 2.622
Coroinhas 2.567
Juventude 2.103

Pastorais importantes como a do batismo, acolhida, migrantes, universitária,


turismo, lazer e peregrinações apresentou o menor número de participantes nas
paróquias. Na pesquisa realizada pelo Instituto Mapa junto aos assíduos, 20%
dos entrevistados, afirmou participar de alguma pastoral, percentual superior ao
dos movimentos, a Catequese, liturgia, música, jovens e dizimo, obtiveram maior
indicador de engajamento. Entre os não assíduos o engajamento obteve o mesmo
índice de participação dos movimentos 6%, a liturgia, jovens e liturgia foram as
mais citadas.
Em relação aos trabalhos sociais a pesquisa indicou um resultado surpreendente,
veja no gráfico.

Importante destacar que os 5% que disseram não ter trabalhos sociais, são
paróquias da Comarca de Tijucas e Santo Amaro. No tocante a estrutura as
paróquias dispõem de ambientes variados, veja na tabela.

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 54


TABELA 25 - Tipo de ambiente a Paróquia possui para realização destes
trabalhos?
Ambiente TOTAL %
Salão Paroquial 74
Sala Exclusiva 58
Sala de Catequese 45
Centro Social 15
Casa de Apoio 11
Outros 4

As atividades sociais oferecidas somam mais de 30 trabalhos, estes variam desde


entrega de cestas básicas a cursos profissionalizantes e assistência jurídica. São
atendidos através destes trabalhos os mais diversos públicos, sejam crianças,
jovens, adultos, idosos ou famílias inteiras. Abaixo segue uma lista dos dez
trabalhos sociais mais oferecidos pelas paróquias da Arquidiocese, um gráfico
apresentando o percentual de paróquias que atende cada público e as principais
formas de captar recursos para os trabalhos sociais.

TABELA 26 – Dez maiores índices percentuais dos trabalhos sociais realizados


nas Paróquias da Arquidiocese
Trabalho Realizado %
Distribuição de roupas 96
Distribuição de Cestas Básicas 92
Grupos de Idosos 58
Artesanato 42
Distribuição de Remédios 34
Curso para gestantes 26
Cursos de informática 21
Atendimento psicológico 19
Encaminhamento para mercado de
trabalho 19
Distribuição de refeições 15
Cursos profissionalizantes 13

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 55


Vale destacar o baixo indicativo de paróquias que oferece atividades sociais junto
aos jovens. Público este que apresenta pouca participação na vida pastoral da
Arquidiocese.

Na pesquisa aplicada pelo Instituto Mapa para o público assíduos nas paróquias da
Arquidiocese, 25% respondeu ser necessário melhorar os serviço de atendimento ao
pobre. Já os não-assíduos apresentam um índice de 52%, considerando necessário
melhorar este mesmo serviço. Já dos ex-católicos o indicativo ficou em 21%.

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 56


Com base na pesquisa aplicada nas paróquias é possível ter uma visão do público
atingido pelos serviços de preparação para receber os sacramentos. Primeiramente
será feita uma análise dos catequizandos de Eucaristia e Crisma, depois da
catequese de adulto e por fim dos encontros de preparação para o matrimônio.
Em relação ao percentual de catequizandos por comarca temos o seguinte
indicativo: as comarcas de Itajaí (24,7%), São José (23,1%) e Brusque (13,7%)
apresentaram o maior número de catequizandos, a do Estreito obteve o menor
índice. Veja na tabela abaixo o resultado de todas as comarcas.

TABELA 27 - Qual a previsão do número total de catequizandos nas paróquias


para o ano 2010?
São Santo
TOTAL Estreito Brusque José Biguaçu Itajaí Tijucas Ilha Amaro
Nº total 30.834 1.974 4.209 7.121 2.347 7.621 2.538 2.832 2.192
% para
2010 100,0 6,4 13,7 23,1 7,6 24,7 8,2 9,2 7,1
TABELA 28 – Síntese da previsão de catequizandos nas paróquias por período
Período TOTAL %
Primeiro ano da Primeira Comunhão
Eucarística 8.914 28,7
Segundo ano da Primeira Comunhão
Eucarística 8.939 28,7
Pastoral da Adolescência (ou: perseverança) 1.480 4,8
Primeiro ano da Crisma 5.964 19,2
Segundo ano da Crisma 5.799 18,6
TOTAL 31.096 100%

Sem pretensão de ter uma análise estatística precisa, utilizaram-se os dados do


Censo 2010 para ter um indicador do percentual da população em que
possivelmente a catequese atinge.
Como o Censo apresenta a população por faixa etária a cada cinco anos. Optou-
se por fazer uma base indicativa apenas com os participantes de segundo ano da

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 57


primeira Eucaristia e primeiro ano de Crisma, assim é possível ter um percentual
de adolescentes atingidos nestas turmas.
As faixas etárias destas etapas correspondem à idade de 10 a 14 anos de idade,
são 121.686 adolescentes em toda a região da Arquidiocese, com base nos
dados apresentados pelas paróquias, o percentual que a catequese atinge é de
12,11% da população com idade de 10 a 14 anos.
Na catequese de adultos, a pesquisa apontou a comarca de Itajaí, São José e da
Ilha com o maior número de catecúmenos, segue no gráfico o resultado de todos.

Participaram dos encontros de preparação para o batismo na Arquidiocese no ano


de 2009, mais de 33 mil pessoas. As comarcas de Itajaí e São José detêm 51%
destes participantes, a de Santo Amaro apresentou o menor índice 3,5%.
Os de preparação para o matrimônio alcançaram mais de 3 mil pessoas, com
60% do total de participantes nas comarcas de Itajaí, São José e Brusque que
atingiram o maior número de pessoas, o menor índice foi no Estreito com 5%.
Considerações importantes:
A comarca de Biguaçu teve a menor participação na pesquisa aplicada as
paróquias;
A falta de um banco de dados pastorais foi uma grande barreira para o
preenchimento dos questionários das paróquias;
No quadro de funcionários das paróquias, o índice de colaboradores
dedicados exclusivamente a ação pastoral é baixo, grande parte deles
desenvolve atividades administrativas e de serviços gerais;

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 58


O questionário aplicado não contemplou perguntas específicas sobre a
Assembleia Paroquial de Pastoral;
É preciso realizar uma investigação mais detalhada sobre a existência e como
funciona o CPP nas paróquias. Um caminho seria a análise das atas destes
conselhos;
Torna-se necessário uma pesquisa mais detalhada sobre os grupos bíblicos
visto que eles são prioridade para a Arquidiocese;
Os movimentos com maior número de mulheres têm mais participação na
Arquidiocese;
As pastorais apresentaram o maior índice de participação de agentes em
relação aos movimentos;
A comarca de Itajaí apresentou o maior número de participantes nos
movimentos e pastorais;
A catequese tem maior número de participantes;
Considerando que 60% dos municípios da Arquidiocese tem no turismo
uma das maiores fontes da econômica, o índice da presença da Pastoral
do Turismo é muito baixa;
Levando em conta o resultado da pesquisa do Instituto Mapa que
identificou que quanto maior o grau de escolaridade dos jovens de 15 a 20
anos, maior o engajamento destes na vida pastoral, é possível afirmar que
a presença da Pastoral Universitária é muito baixa;
A oferta de atividades sociais para o público jovem é menor entre as
paróquias;
As comarcas de Itajaí e São José foram destaques no número de
catequizandos e de participantes dos encontros de preparação;
O público atingido hoje pela catequese de primeira Eucaristia e Crisma é
muito baixo em relação à população existente na Arquidiocese;
Fazendo referência aos eventos formativos na paróquia, a pesquisa apontou que
95% delas oferecem às lideranças a oportunidade de formação. Os tipos de
eventos mais comuns são:

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TABELA 29 - Os tipos de evento a Paróquia promove
Tipo de evento %
Retiro de Liderança 72
Escola Bíblica 47
Semana/ tarde de formação 28
Formação Litúrgica e
Catequética 25
Maratona Bíblica 13
Escola Paulo Apostolo 13

Todas as paróquias afirmaram motivar suas lideranças a participarem dos


eventos formativos oferecidos, as formas mais utilizadas estão no gráfico a
seguir:

Os principais veículos de comunicação utilizados pelas paróquias são:

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 Destaque para os murais;
 Divulgação via internet (41% possuem site e 20% utiliza e-mails para
divulgar suas atividades);
 27% das paróquias possuem programas de rádio;
Abaixo o gráfico com as principais fontes de arrecadação das paróquias:

 O dízimo é a segunda maior fonte de arrecadação das paróquias da


Arquidiocese;

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 O maior índice de arrecadação do dízimo é das comarcas do Estreito
(27%), São José/Itajaí (22%) e Brusque (21%);
 A menor arrecadação do dízimo é a comarca de Tijucas e Santo Amaro (14%);
 A maior arrecadação através de eventos e promoções é da Comarca de
Santo Amaro (40%) e Brusque (31%), ambas lideram a arrecadação
através desta fonte na Arquidiocese;
 A arrecadação através de aluguel é maior nas Comarcas de Biguaçu (47%)
e Tijucas (31);
 31% da arrecadação da Comarca de Itajaí são provindos de coletas
litúrgicas, esta fonte lidera o índice da região.

Cenário Vocacional nas paróquias


Na pesquisa aplicada junto às paróquias, o cenário vocacional encontrado é o
seguinte:

TABELA 30 - Pastoral e movimentos que o candidato atua


Movimento Pastoral em que atua %
Ministro extraordinário da Comunhão 50
Renovação Carismática 31
Movimento de Irmãos 25
Pastoral Litúrgica 25
Pastoral Batismo 19
Pastoral Catequética 19
Ação Social 19

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Em relação aos vocacionados do sacerdócio, 68% das paróquias afirmaram ter
surgido candidatos. As comarcas de Itajaí, Ilha, Brusque e São José apresentaram o
maior índice de promoção vocacional. Destes 61% foram para o seminário
arquidiocesano, 26% para os seminários religiosos e os demais não responderam.
Na tabela a seguir, as fases que estes se encontram:

TABELA 31 – índice percentual em que os candidatos ao sacerdócio estão:

Fase de formação %
Filosofia 18
2º grau 16
Teologia 16
Desistiu 14
Estágio especial 10
Propedêutico 9
Noviciado 2

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Em relação às vocações femininas:

TABELA 32 – Congregações para onde as vocacionados foram


Congregações elas estão TOTAL
Franciscana de São José 29
Carmelitas do Divino Coração de
Jesus 29
Carmelitas do Espírito Santo 18
Irmãs Catequistas 12
Não soube dizer 12
CMT 6
Divina Providência 6
Irmãzinhas da Imaculada Conceição 6

Em relação às vocações leigas:

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TABELA 33 – Institutos e Associações onde os leigos estão
Institutos/ Associações %
Divino Oleiro 30
Shalom 20
Bethânia 20
Arca da Aliança 20
Maristas 10
Abbá Pai 10
Toca de Assis 10
Leigos Consagrados 10
Ordem Franciscana Secular 10
Canção Nova 10
Lumeu 10

Considerações Importantes:

As informações sobre os candidatos ao diaconato podem ser melhor


analisadas através de informações oferecidas pela Escola Diaconal;
O maior número de candidatos ao diaconato participa do Ministério da
Sagrada Comunhão, Movimento da Renovação Carismática, Pastoral
Litúrgica e Movimento de Irmãos;
As comarcas de Itajaí e da Ilha apresentaram os maiores índices de vocação
leiga;
Em toda a arquidiocese surgiram 28 vocações femininas, sendo que destas,
12 foram na comarca de Itajaí;
As comarcas de Itajaí e Brusque têm o maior índice percentual de candidatos
ao sacerdócio religioso;
As comarcas de São José e Ilha tiveram o maior número de desistências dos
candidatos ao sacerdócio.

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Estrutura e funcionamento das paróquias
Em relação à estrutura e funcionamento das paróquias da Arquidiocese 84%
oferecem estacionamento próprio, 70% das comunidades – matriz possui Centro
pastoral, sendo que 87% consideram atender as necessidades pastorais. Dos
30% de comunidades – matriz que respondeu não ter, 5% delas está com o
centro pastoral em construção. Abaixo gráfico com o percentual de paróquias
que criaram espaços para realização de celebrações:

TABELA 34 - Tipos de espaços criados nos últimos dez anos nas paróquias da
Arquidiocese
Tipo de local %
Terreno adquirido 50%
Igreja já construída 50%
Igreja em construção 41%
Espaços cedidos (particulares) 32%
Escola 18%
Centro comunitário 18%
Outros 3%

A maior parte das paróquias da Arquidiocese oferece estacionamento próprio, as


Comarcas da Ilha, Estreito e Santo Amaro, foi as que apresentaram o menor
índice, vale destacar que na pesquisa junto aos católicos assíduos as comarcas
da Ilha e São José avaliam mais negativamente o estacionamento.

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52% das paróquias está passando por algum tipo de reforma. Entre os principais
ambientes alterados, está o templo (69%), salão paroquial (59%), centro pastoral
(34%) e secretaria paroquial (17%). 14% dos entrevistados afirma que estão em
construção, sendo que deste total 75% são voltados para o templo. Os projetos
de construção e reformas para os próximos cinco anos são previstos por 73%
das comunidades paroquiais entrevistadas, os principais ambientes são os
mesmos citados no inicio deste parágrafo. A seguir uma tabela sobre o interesse
de colocar ar-condicionado nas comunidades – matriz:
Tabela 35 - Interesse em colocar ar-condicionado na Igreja Matriz
Resposta TOTAL
Sim 54%
Não 46%
TOTAL 100

Importante: apenas 4% das comunidades – matriz tem ar-condicionado.


Na Arquidiocese de Florianópolis a maior parte das comunidades – matriz, esta
aberta no horário comercial, as que abrem somente no sábado também
apresentaram índice superior. Confira o gráfico:

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Em relação ao atendimento para confissões, aconselhamento e direção espiritual
87,5% dizem ter dias específicos, sendo que 67% das paróquias afirmam que
estes ocorrem em horário comercial, os horários antes e após a Missa tiveram o
pior índice. Nos gráficos a seguir é possível identificar o percentual dos dias em
que eles ocorrem e os horários.

Quanto aos horários de Missas oferecidos nos sábados nas Igrejas Matriz, as
principais horas das celebrações se encontram entre 18h e 19h30, sendo que

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 68


30% das Paróquias têm missas exatamente em algum destes dois horários: 18h
e 19h30.
Já no domingo o horário com maior índice de celebrações é às 8h com 48%. O
segundo horário de Missa é o das 19h com seus 30% e em terceiro o horário das
9h30 e 19h30 com 23%. Esses horários referem-se a Igrejas Matriz, sendo que
apenas 2% não possuem celebrações. As comunidades que não tem Celebração
Eucarística na matriz o índice foi de 9%.
Veja no gráfico a seguir os índices de missas durante a semana:

Os horários mais frequentes nas paróquias para as missas durante a semana


(segunda a sexta-feira) é o das 9h e das 19h. As 15h e 16h também são tem
altos índices de celebrações na semana. Abaixo tabela com o índice de
periodicidade das celebrações da Missa nas comunidades.
TABELA 36 - Periodicidade de celebrações da Missa nas Comunidades
Periodicidade %
Semanal 52
Duas vezes por mês 27
Mensal 13
Três vezes por mês 5
Não responderam 4

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 69


As comarcas de Tijucas, Santo Amaro, Ilha e Itajaí tiveram índice
superior a 12% de comunidades que não possuem Missa Dominical;
25% das comunidades existentes nas paróquias da Arquidiocese não
possuem missa dominical;
Apenas 13% das paróquias têm Celebrações Dominicais da Palavra nas
comunidades – matriz, sendo que as comarcas de Tijucas, Estreito e São José
apresentaram índice superior a 20%. Os horários de Celebrações da Palavra na
matriz prevalecem às 19h30 no sábado e no domingo às 8h.
Quanto à participação nas Missas e Celebrações da Palavra, foi feita a contagem
de públicos nas comunidades durante os dias 24 (sábado) e 25 (domingo) de
abril do ano de 2010, a pesquisa apontou os seguintes resultados:

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Considerando o número de pessoas existente na Arquidiocese, no final de
semana dos dias 24 e 25 de abril as paróquias pesquisadas atingiram 5,47% da
população. As comarcas de Itajaí, São José e Tijucas tiveram maior participação
nas celebrações. Segue os gráficos que apresentam os horários de maior
participação.

Nos domingos a um equilíbrio no número de participantes nos horários da


noite;
No sábado o horário das 19h tem tendência há ter maior participação;
No domingo o horário das 8h tem maior participação de público,
percentual chega a 33,44% a mais em relação ao horário das 19h (este
apresentou maior público nos horários noturnos);

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 71


Nos cinco horários de maior participação, somados todos os noturnos
houve maior número de pessoas em relação a soma dos horários
matutinos.

O número de participação nas Celebrações da Palavra apresenta índice


percentual comparativo aos da Missa no sábado;
As Celebrações da Palavra apresentam maior participação nos horários
matutinos.

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FORÇAS E FRAQUEZAS DO CENÁRIO DAS PARÓQUIAS:
1 – FORÇAS

 Os CPPs estão organizados em 88% das paróquias e os CPCs em 94,6%


das comunidades;
 Trabalhos de pastoral social acontecem em 95% das paróquias;
 O numeroso, intenso e diversificado apostolado dos leigos e leigas está
articulado em 31 pastorais e 21 movimentos;
 Os 1746 Grupos Bíblicos em Família da Arquidiocese estão presentes em
95% das paróquias;
 Os encontros de preparação para o batismo acolhem e oferecem
formação para uma média de 33.000 pessoas por ano;
 Encontros de formação para lideranças acontecem em 93% das
paróquias;
 As vocações diaconais são numerosas;
 Reformas e ampliações de espaços litúrgicos e pastorais estão
acontecendo em 52% das paróquias;
 A pastoral catequética atua em 100% das paróquias;
 O surgimento das comunidades de vida oportuniza novas formas de
apostolado laical.

2 - FRAQUEZAS
 Ausência de bancos de dados atualizados com perfil dos fiéis e lideranças
das paróquias;
 Baixo número de colaboradores dedicados exclusivamente a ação
pastoral;
 Considerando a população da Arquidiocese e os anos em que nossa
prioridade pastoral é a formação de Grupos Bíblicos em Família, o número
de GBFs é pequeno;
 Poucas atividades de ação social e promoção humana voltadas para o
público jovem;
 O público atingido pela catequese de primeira Eucaristia e Crisma é baixo
em relação a população dessas faixas etárias residentes na Arquidiocese
(apenas 12,11%);

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 73


 Pouca participação de homens nos GBFs, pastorais e movimentos;
 Baixíssimo número de vocações para a vida consagrada e para o
ministério presbiteral;
 O dízimo ainda não é a primeira fonte de arrecadação para a manutenção
das paróquias;
 Pouca participação nas missas e cultos dominicais (na data da pesquisa,
5,47% da população da Arquidiocese);
 Pouca presença nos meios de comunicação social.

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3. ANÁLISE DE SWOT APRESENTADAS PELAS PARÓQUIAS, PRESBÍTEROS, VIGÁRIOS,
DIÁCONOS E FORÇAS VIVAS
APRESENTADO PELAS PAROQUIAS, PRESBÍTEROS, DIÁCONOS E FORÇAS VIVAS
Pontos fracos Pontos fortes
 Articulação e unidade das lideranças na  Acolhida
vivencia comunitária  A participação nas missas e celebrações
 Formação das lideranças  As festas religiosas
 Lideranças sobrecarregadas  Celebrações litúrgicas sempre
 Falta de interação entre os presbíteros e preparadas
as lideranças  Convívio entre as coordenações
 Pouca frequência e perseverança dos  Pontualidade nas celebrações, bom
fiéis preparo nas homilias, música e canto
 Comunicação entre o padre e a equipe  Cronograma de missas
litúrgica  Presença das crianças e dos jovens nas
 Formação Litúrgica atividades pastorais
 Grupos de Orações  Apoio de boas lideranças
 Catequese  A participação nos Conselhos Municipais
 Pós Eucaristia e Pós Crisma de Segurança, de Saúde e da Criança e
 Fortalecimento das pastorais e criação de Adolescente
novas  Atendimento diário e individualizado
 Estrutura física e Recursos Financeiros  Cursos e Movimentos
 Dízimo como fonte mantenedora, maior  Participação da comunidade nas
conscientização campanhas de solidariedade
 Consciência de Igreja, política e  Participação ativa e atuante do Pároco
ambiental  Participação nos movimentos e pastorais
 Compreensão e aplicação do CPP  Bom número de lideranças e leigos
 Melhor caminho no trabalho com jovens inseridos nas atividades paroquiais
 Valorização da família  Ação Social
 Interação com escolas  Ajuda financeira entre as comunidades
 Partilha  Diálogo
 Seitas
 Falta de solidariedade
 Sacramento como ato social
 Interesse pelos sacramentos

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Pontos fracos Pontos fortes
Distância, estradas e acesso aos edifícios  Busca dos Sacramentos
 Catequese
 Bênçãos nas casas
 Espiritualidade
 Missões
 Voluntariado
 Retiros e encontros
 Apostolado da Oração
 Grupos Bíblicos
 Reorganização das pastorais
 Meios de comunicação (Rádio, TV,
Jornal, Sites)
 CPP
 Organização comarcal e arquidiocesana

APRESENTADO PELAS PAROQUIAS, PRESBÍTEROS, DIÁCONOS E FORÇAS VIVAS


Ameaças Oportunidades

 Drogas, corrupção, violência  Escolas e universidades


 Outras religiões e seitas  Migrantes
 Materialismo  Empresas (Pastoral Operária)
 Comodidade  Pastorais
 Crise da família  Hospitais
 Trânsito  Educação Religiosa nas escolas
 Perda do valor da oração em família  Parceria entre associações
 A descristianização da sociedade  Igrejas abertas todo o dia, acolhem
 Ateísmo  Festas e shows católicos
 Políticas partidárias  Construção de condomínios residenciais
 Fatores geográficos que pedem acolhida e integração na
 Apego exagerado ao trabalho e as paróquia
coisas  Cursos de batismo, noivos e familiares
 Ensino religioso defasado  Jovens em busca de “grupos”
 Falta de recursos materiais e humanos  Sala para cursos (especifica para isso)
 Homilias fracas  Encontros de formação
 Globalização  Turismo
 A pouca adesão aos sacramentos  Favela – trabalho comunitário de

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 Falta de estacionamento privativo reciclagem
 Baixo poder aquisitivo  Universidade federal: pastoral universitária
 A falta de visão ecumênica e diálogo  Universidade estadual
religioso  Edifícios e condomínios
 Êxodo rural, principalmente dos jovens  Penitenciária
 Ativismo dos párocos, auxiliares e  Instituto São Lucas
líderes das comunidades  Miséria, oportunidade de desenvolver
 Falta de vocações projetos na área social
 A cultura da moda, do poder  Boa infra-estrutura (capelas, salões,
A falta de lideranças ameaça a escolas)
formação dos próximos
Ameaças Oportunidades
 seguirmos o regimento a risca CPCs,  Pavimentação asfáltica da rodovia SC 108
 Internet mal utilizada que facilitará o deslocamento das
 Desemprego, Miséria lideranças para os encontros de formação
 Falta de ligação entre fé e vida cristã  Formação de novos Diáconos (realidade
 Mentalidade contraria a proposta do atual)
dízimo  EMAR que oferece espaço para formação
 Distância das comunidades de Ministros/ Palavra/Eucaristia/Acolhida
 Rádio local em breve
 Colônia penal, atuação mais frequente e
sistemática da pastoral carcerária
 Cursos Técnicos
 Crescimento populacional – novos e
grandes loteamentos
 Violência familiar
 Degradação do meio ambiente
 Casais de 2ª união, os separados
 Famílias afastadas
 Parque de Coqueiros – oportunidade de
celebração de missa campal
 Conselho Comunitário do bairro – trabalho
em conjunto na área social
 Pastoral Portuária
 Assessoria pastoral da Arquidiocese
 Zona de prostituição na Rua Conselheiro
Mafra – oportunidade para a Pastoral dos
Adictos
 Conselhos de segurança

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4. ASSINATURA DOS RESPONSAVEIS

__________________________________
Administrador Diocesano

________________________________
Coordenador Pastoral

__________________________________________
Dominus Agência de Comunicação Integrada

Florianópolis, 06 de junho de 2011

5. BIBLIOGRAFIA

- FRANÇA, Fábio. Conceituação lógica de públicos em relações públicas. Revista


semestral do curso de jornalismo e relações públicas da Universidade Metodista de São
Paulo.
- KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Planejamento de Relações Públicas na
Comunicação Integrada. São Paulo: Editora Summus, 2002.

Diagnóstico Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis Página 78


- Duarte, Jorge e Barros, Antonio (organizadores). Métodos e Técnicas de Pesquisa
em Comunicação. São Paulo: Editora Atlas, 2010.
- IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística http://www.ibge.gov.br, 03 de
maio de 2011.

- Governo do Estado de Santa Catarina, www.sc.gov.br/portalturismo, 19 de maio 2011.

- Instituo Mapa, pesquisas de opinião aplicada com exclusividade para a Arquidiocese de


Florianópolis, maio e junho de 2010.

- Arquidiocese de Florianópolis, pesquisas de opinião e de investigação aplicada


internamente junto às paróquias, presbíteros, diáconos e forças vivas;

- Arquidiocese de Florianópolis, Estatutos, Diretórios e Subsídios, 2009.

- Arquidiocese de Florianópolis, Anuário 2011.

- Arquidiocese de Florianópolis, atas e lista de presenças de reuniões.

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