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ZODIACAIS10. Os doze sentidos
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Era uma vez uma princesa cujo castelo possuia, no alto de
uma torre, uma sala com doze janelas, das quais se Podia olhar a
todaa volta. Quando a princesa subiaa torre e olhava pelas janelas,
podia observar todo o seu reino. Jana primeira janela era capaz de
enxergar mais do que as outras pessoas, e 4 medida que avancava
de uma janela para outra sua acuidade visual ia aumentando, até
que na duodécima janela ela enxergava tudo 0 que estava em cima
eembaixo da terra; nada Ihe permanecia oculto. Ela era orgulhosa,
disposta a nao se submeter a individuo algum e a manter seu rei-
nado solitario; por isso, anunciara que homem algum poderia ser
seu cOnjuge Caso nao conseguisse esconder-se de modo a nao ser
descoberto por ela. Quem, porém, o tentasse e fosse descoberto
seria decapitado, e seu cranio exposto numa estaca. Ja havianoventa
esete estacas com cabecas diante do castelo, e fazia muito tempo
que nao aparecia candidato algum. A princesa alegrava-se muito
com a ideia de ser livre por toda a vida.
Um dia, apresentaram-se trés irmaos anunciando que que-
riam desafiar a sorte. O mais velho pensava estar a salvo caso se
escondesse numa fossa de cal; porém ela o descobriu, j4 da primeira
janela-e ele foi tirado da fossae decapitado. O segundo escondeu-
“seno subsolo do castelo, mas também foi descoberto da primeira
Janela, e estava perdido — sua cabeca foi colocada na nonagésima
Nona estaca. Entao o mais jovem se apresentou & princesa e pediu
um dia de prazo; pediu também o favor especial de perdodto por
duas vezes, caso fosse descoberto. Se, porém, ele tampouco tivesse
Sucesso na terceira tentativa, daria por perdida sua vida. Como era
Tuito formoso e suplicava de todo 0 cora¢ao, ela disse:
— Sim, concordo, mas nao seras bem-sucedido!
. No dia seguinte ele refletiu muito para inventar um esconde-
Tio seguro, mas nada Ihe ocorreu. Pegou entao na espingarda eo\
itou: i!
ocorvo Bes tires, eeu te recompensarel ;
= bo" paixou a espingarda e prosseguiu caminho. Chegoy
iS nie um lago, onde surpreendeu um pelxe grande na tona,
a marge! 7
i ritou:
‘ou-o, mas 0 peixe 8} ;
me — Nao atires, € eu te recompensarei!
Ele deixou 0 peixe mergulhar e, prosseguindo seu caminho,
defrontou-se com uma raposa que mancava. Atirou nela, mas errou
oalvo. A raposa exclamou: |
— Vem cae tira-me 0 espinh
O rapaz fez o que a raposa pe
para tirar-Ihe a pele. Disse a raposa: ;
—Deixa disso, e eu te recompensarei.
Ojovem deixou-a livre e, com o cair da noite, voltou ao castelo,
No dia seguinte, devia esconder-se; porém, por mais que quebrasse
a cabega, nao lhe ocorria um lugar. Foi ao bosque onde estava 0
corvo e disse:
— Eu te deixei viver; agora dize-me conde devo me esconder
para que a princesa nao me veja.
0 corvo baixou a cabeca e pensou por muito tempo. Final-
mente, gralhou:
—Descobri! — e foi buscar um ovo do ninho.
Partiu o ovo ao meio e encerrou nele o mancebo. A seguir refez
0 ovo e sentou-se sobre ele.
A princesa, ao olhar pela primeira janela, ndo pode descobrir
O rapaz;, tampouco das seguintes, e j4 comegava a ficar com medo
oe a alma primeira janela, 0 avistou. Mandou mater °
RE ei e, ao quebrdé-lo, ordenou ao rapaz sair dali,
— Uma vez te perdoo; a
joo; se “
perdido. nao te ocorrer algo melhor, est
No i i
ae scrtS, ele foi ao lago, chamou o peixe e dissehe:
para € deixei viver; dize-me agora onde posso me esconder,
ae a princesa nao me veja.
os weetiu ¢, finalmente, exclamou:
m, mer, cael Vou encerrar-te em minha barriga. — E engollt
‘gulhando até o fundo do lago.
0 do pé!
dira, mas depois quis matéa
jover