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>>> Distribuição

Discounts a subir
A palavra “aumento” não parece fazer sentido junto de
discount, mas é exactamente isso que tem acontecido.
Segundo dados da consultora AC Nielsen, o número de
famílias que visita este tipo de superfície tem vindo a
aumentar nos últimos dois anos.

P
reços baixos o ano inteiro cativaram os con­ Se considerarmos o total das compras dos portu­ tagens: para existirem aumentos, também tive­
sumidores e tomaram­lhes de assalto os gueses e formos ver qual a quota que corresponde ram que existir algumas quedas. Neste caso os
hábitos, como revela a consultora AC Niel­ a cada um dos tipos de estabelecimento, verifica­ deslizes foram para as superfícies apelidadas de
sen num dos seus mais recentes estudos. mos que os discounts têm, neste ano móvel de “Outro Local de Compra”, um critério, diga­se,
Apoiando­se no seu Painel de Consumidores, Junho de 2008, um peso de 17,5%. Ou seja, es­ bastante lato, que revelou uma diminuição de
que, por sua vez, se baseia numa amostra de 3 mil sas superfícies comerciais foram a origem de 22,9% em 2006 para 19,2% neste ano. Também
lares portugueses, conseguem­se extrapolar estas 17,5% das compras feitas pelos lares portugueses. os hipermercados perderam peso na quota de va­
e outras conclusões. Isto revela um aumento de 2,5 pontos percen­ lor de compras realizado pelos lares, mas neste
Uma vez que o ano ainda não terminou, foram tuais desde 2006, onde a percentagem era de caso a diminuição foi de um ponto percentual
tidos em conta os anos móveis terminados em 15%. Mas não foram só os discounts a aumentar. desde 2006 a 2008, sendo que agora se situa nos
Junho de 2006, 2007 e 2008. É de referir, tam­ Quem também incrementou a sua quota foram 23,3%.
bém, que como lojas discounts foram considera­ os estabelecimentos que se encaixam na categoria
das as das cadeias Lidl, Minipreço, Aldi e Plus. “Supermercados e Livres Serviços”, que passou de Será que se consome mais?
Como é do conhecimento geral, esta última ca­ 37,4% em 2006, para 40,1% em 2008. Será que, afinal, a anunciada crise não existe? Não
deia foi adquirida pelo Grupo Jerónimo Martins, Se num bolo alguém come mais do que as fatias podemos chegar a essa conclusão, nem temos da­
passando a ser Pingo Doce durante o 2º trimestre que lhe são destinadas, então haverá alguém que dos suficientes para sequer o supor, mas o certo é
de 2008. No entanto, os dados fornecidos até es­ comerá menos do que estava previsto. A mesma que a taxa de crescimento do consumo nos lares
sa data são ainda tidos em conta. lógica se aplica quando se lida com estas percen­ cresceu, em média, 5%. E aí os discounts tiveram
2 Dh Novembro 2008
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sua “culpa”, uma vez que aumen­ aí encontramos duas cadeias de discount – Lidl e
taram 11%, isto comparando o Minipreço – cujo crescimento é evidente em di­
ano móvel de Junho de 2008 versos factores. Um desses factores é o de volume
com o período homólogo termi­ de vendas, que coloca as duas cadeias no Top 5 da
nado em Junho de 2007. No en­ APED, com o Lidl a apresentar um crescimento
tanto, esse aumento não foi isola­ de 7% de 2006 para 2007, e o Minipreço a reve­
do, e teve também a companhia lar um acréscimo de 13% tendo em conta o mes­
dos supermercados e livres servi­ mo período.
ços, com um aumento de 10%. Revelador é também o número de lojas que abri­
Já os estabelecimentos que se in­ ram recentemente. O maior crescimento foi da
serem na categoria de “Outro cadeia Minipreço, que em 2007 abriu mais 56
Local de Compra” apresentaram espaços (o que dá uma média de mais de uma
menos 4% de consumo. Curiosa abertura por semana), chegando a um total de
é a situação dos hipermercados, 440 lojas em território nacional. Este valor é pra­
que se manteve inalterável. Cres­ ticamente o dobro do número de lojas que tem o
cimento zero, o que também po­ segundo classificado – Pingo Doce – com 223
de ser apelidado de estabilidade, lojas. Em terceiro lugar nesse ranking de número
depende da interpretação que se total de lojas encontra­se o Lidl que, em 2007,
quer dar aos dados. abriu mais 15 lojas, fixando o seu total em 197
Segundo dados do Instituto Na­ Existem em Portugal
espaços. Também a nível de colaboradores estas
cional de Estatística, existem em qualquer coisa como lojas aumentaram, com um crescimento de mais
Portugal qualquer coisa como 3,7 milhões de lares. 9% para o Lidl e mais 11% para o Minipreço.
3,7 milhões de lares. Segundo es­ Segundo a AC Nielsen, Este aumento não é de agora, ele está a acontecer
te estudo da AC Nielsen, cerca de cerca de 90% desses lares desde há alguns anos a esta parte. E quando assim
visita os discounts.
90% desses lares visita os dis- é, deixa de ser um acontecimento isolado, passan­
counts. E se não é este tipo de su­ do a ser tendência. E as tendências levam sempre
perfície o local preferido – são os supermercados 130 vezes. Neste campo, e apesar da diminuição à criação de novos conceitos e novos posiciona­
e livre serviços, com 98,85% – foram os únicos de números geral, os discounts mantiveram o mentos no mercado. As superfícies que praticam
que revelaram um aumento significativo, com mesmo número de visitas anuais (28). Ou seja, a preços mais baixos estão a conquistar o seu espa­
mais 200 mil lares em dois anos. Todos os outros diminuição de idas aconteceu nos outros espa­ ço. Irão tornar­se reis? Não sabemos, mas assu­
apresentaram alterações pouco significativas, se­ ços. mem já um lugar de príncipe. Baratos, mas não
jam elas aumentos ou decréscimos. Apesar de menos visitas, o gasto em euros, em deixam de ser realeza.
média por cada visita, tem aumentado. As ra­
Gastos aumentam zões não se sabem, mas pode­se especular que
A taxa de crescimento do consumo nos lares cresceu, em média, 5%.
nos discounts indo menos vezes se tem que gastar mais para E aí os discounts aumentaram 11%, isto comparando o ano móvel de
Outro dos indicadores de que os discounts têm fazer o mesmo número de compras, ou então Junho de 2008 com o período homólogo de 2007.
vindo a crescer é o facto do dinheiro gasto nesses que o aumento dos preços leva a que mais di­
espaços ter aumentado. No ano móvel de Junho nheiro seja gasto. Mas isto são só especulações,
2008 o valor, em euros, é de 653. Isto representa uma vez que os dados apresentados não per­
um aumento de 9% em relação ao período ho­ mitem descortinar essa informação.
mólogo passado – 602 euros – que, por sua vez, Assim, em média, cada lar gasta 26,35 euros
já representava também um aumento de 8% em por ida às compras, o que representa um au­
relação ao ano móvel de Junho 2006. mento de 8% em relação ao período homólo­
Um lar nacional gasta, em média por ano, qual­ go anterior, em que esse valor se fixava nos
quer coisa como 3.335 euros em produtos de 24,29 euros. No que diz respeito aos discounts,
grande consumo, o que dividido dá cerca de 278 esse valor situa­se actualmente em 23,73 eu­
euros por mês. Verificadas as despesas consoante ros, o que representou um aumento de 10%
o local de compra, constata­se que é nos discounts face ao período antecedente. Ainda assim, esta
que se gasta menos dinheiro. O que, quer pare­ não foi a maior subida, até porque à frente
cer­nos, é revelador dos preços mais baixos e não encontra­se o valor médio gasto nos apelida­
de menor consumo. Resta acrescentar que o local dos de “Outro Local de Compra”, com 13%,
onde mais se gasta é nos supermercados e livre logo seguida pelos hipermercados com 12%.
serviços.
A preferência pelos discounts também é evidente Discounts apostam em
no número de visitas feitas a essas superfícies. No novas aberturas
que diz respeito ao total nacional, verificou­se O que permite verificar, também, o peso cada
que cada lar vai 127 vezes por ano às compras, o vez mais significativo dos discounts são os da­
que, por si só, revela uma pequena diminuição de dos do ranking de 2007 da Associação Portu­
idas comparativamente ao ano móvel passado, guesa de Empresas de Distribuição (APED),
em que os lares visitaram os espaços de compras que tem em conta apenas os seus associados. E
Novembro 2008 Dh 

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