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Miguel Angel Zapata: Tus poemas nos están diciendo una historia:
personajes ficticios o reales se mueven como si tuvieran una máscara
negra sobre el rostro: metáfora que baja el telón al lector: astucia de
poeta, razón de ser de la escritura. El hablante, quien fuere, narra, pero no
como una crónica histórica, sino como una crónica poética, donde, al
parecer, no importa la existencia del personaje, es decir si existió como
San Martín, el general, sino los impulsos poéticos que recibimos leídos
atentamente los poemas. Con esto me refiero a Alambres, ya que no he
leído Austria-Hungría; nos cabe hacer la misma pregunta que tú mismo
te haces: ¿la historia es un lenguaje?
N é s t o r P e r l o n g h e r : Si la p o e s í a e s un e c o d e luces, un licor
rumoroso, un perfume de sones, sueltos en la molecularidad flotante de su
flujo, una de las astucias a la que s e puede echar mano, para fijar el poema
en su desesperación, e s dejar deslizar la mirada o la memoria sobre los
textos de la historia, que, en e s e sentido, y respondiéndote, e s , sí, un
lenguaje (y más precisamente un lenguaje mítico). De e s a mezcla tensional
entre el vago foulard de la poesía, s u s flecos empapados, y la picardía de la
alusión montada sobre e s a s p r o s a s q u e nos escriben d e s d e un p a s a d o
siempre reescrito, los textos que yo llamo épicos de Alambres (y Austria-
Hungría, la "arquía bicéfala", es, aún más, una épica), p a s a n por una
simulación, o parodia diluyente, de cierto género de "crónica poética", del
que s e reconocen otros maestros. Creo que Enrique Molina e s uno de los que
van más lejos en e s a poetización de la historia, en Una sombra donde sueña
Camila O'Gorman, delira, alucina la historia. Por e s e lado alucinante, s e lo
puede cruzar con el Reinaldo Arenas de La historia alucinante. La historia,
d e s d e la serpentina poética, s e alucina. Y la historia oficial, crónica de las
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MAZ: Los viajes que has realizado, ¿han influído en tu poesía?, ¿tu
actual residencia en el Brasil?
restauran, como quería Benjamin, una "lengua pura". Ahora, hay que estar
muy alto para alucinar e s a fluxión/fusión. Si, como dice Artaud, el espíritu
reside en el hígado, s e comprenderá que, la mayoría d e las v e c e s , los
efectos d e e s a interferencia s e a n catastróficos: el español... s e pierde... Lo
exasperante d e e s a perdición ayuda a entender, quizás, la avidez con que
ciertas e x p r e s i o n e s son " c a z a d a s " y e n g a r z a d a s , en el fulgor d e la
distancia, como una piedra en el anillo.
Ethel
Daisy
Miché
El travestí, d r a p e a d o e n t r e f a n t o c h e s d e irisable m o n d u r a :
m o n d a , m o n d a : ronda, c e r c e n a y r a s p a : la m o n d u r a
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P e r o e s a c a s o la curvación lo q u e c r i s p a ? : lo c u r v a d o ?
el m a r q u é s d e Courvel, en la corbeta, a t á n d o s e el jabot
a u n a teta d e almíbar:
palillo y siliconas
P e r o no, no e s a s í ? : la curvatura, el g l a c e a d o pecíolo
el irisado almíbar d e la t e t a q u e rancia s e d e s p l o m a
s o b r e el hombro del m a r q u é s q u e m a r c a d o
en e s a t e t a rancio s e d e s p l o m a , cual s o b r e un pastillero:
e s el m a r q u é s , la b l a n c a jeta (recta) del m a r q u é s , la p u l s e a d a :
e s o s c u e r o s p e l u d o s q u e tan prolijamente depilados d e j a n ver la c a b e z a
n u d o s a d e un e n a n o , d e un e n a n o g a s i e n t o y lujurioso:
prolijas, t e r s a s g r a s a s
— o grasosas
superficies d e un crol, d e una piscina: en ella,
s e zambulle el miché, z a m p á n d o s e la almeja:
en e s a c o s a
q u e p u d o r o s a a c e c h a : en e s a rosa d e un
pecíolo lila: en e s a t e r s a c o s t r a del p e s c u e z o :
gillette y a f e i t a d o r a : en e s a b a r b a
q u e d e s p r e n d i d a c a e : c o m o b a b e a n d o : y raya
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Anade, caracoles
A r p e a d o r , el a r q u e r o
avista — catalejo d e lana — el avinagrado banlon, o marmoleo,
la sirena d e cola d e p a j a q u e al zambullirse
en e s a s a g u a s a z u l a d a s o a c a s o b a b a s d e la ristra
imita un z a p a t e o a m e r i n a d o , o farfulla d i a m a n t e s , al c a e r ;
p o r q u e e n e s a s elipsis, o b l a s o n e s del q u e almidonado s e recata,
c o m o e n un zalameo, lame el a n c a
o el grito del quién vive, u s u r p a d o por una patrulla s o r p r e s i v a
en una noche
cálida, c u y a s colas, d e sirena d e s p e l l e j a d a , y r e n g a , avistan al
que arquéase.
Acollarado e n e s a s m e d i a n e r a s .
Címbrase.
En el medio d e un círculo d e plata, billetes vaquitas d e S a n Antonio,
e s e gratuito cisne.
El adivinador no m e r e s p o n d e , mira
las p e l a d a s s i r e n a s
y d e j a c a e r s o b r e el pellejo del pato su graznido.
P a r a q u e arroje las c o n c h a s glúteas e n la p e c e r a
y d é nombre d e pájaro a las f u e n t e s ?
P o r q u e en el p a r p a d e a r d e la q u e teje, c o m o una piel inmóvil,
los o b e l i s c o s r e s t a l l a n t e s , torvos,
hijo del rengo y la mendiga, un colibrí, o un pólipo,
p a l p e a n , a d h e r i d o s a las v i s c o s a s , v e n t o s i d a d e s , brisas q u e r e m e d a n
el g e s t o del q u e e c h a p a t o s a las c h a t a s .
E s e muchacho, el tufo d e s u s glúteos
y la m a n o del ganglio, el bozo
depilado. El carrousel d o n d e prendido a una
sortija s e degüella.
P e r o la m a n o q u e ávida lame m u e s t r a el j u e g o
d e una fabulación:
en el m u c h a c h o q u e s e tira, ardido
aires d e d e n s o s abanicos, plumas q u e g r a z n a n o
"claveles en el pelo", el halo d e u n a olla, d o n d e hierve,
cisnes de entrañas escarbadas y heces
d i s p e r s a s e n un mazo.
Perlas d e p a ñ o y una colcha
d o n d e s e calza el círculo y él d a n z a
a b r o c h a d o d e e s p e j o s q u e dan d e sí lo s u y o
aspas pastosos ademanes
roba el sello d e un g o z n e , o el chillido
d e un pájaro d e plata, el a c r e d e s u s v a h o s
y el b a ñ o d e su pie pringado el cerco, el celo
d e los p r e n d e d o r e s . . .
Una mitología d e entendidos,
o de sobreentendidos, se desata.
La c a c a
q u e d e su p e c h o c a e e n g r a n d e s orlas,
p u n z a el a n o del pato.
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Anade
Jade
El p a l a c i o del cine
Los e s c o z o r e s d e la franela
s o b r e el z a p a t o d e p á j a r o pinto
dan p a s o al anelar o p e g a n t o q u e s
d e luna creciente o d e frialdad
en el torcido r e s p a l d a r
q u e disimula el brinco
tras un aro d e fumo
y baban carreteles de goma
q u e d e j a n r e s b a l o s o el rayo
del mirador entretenido e n otra c o s a .
P e r o a p e n a s los p r e n d e d e plata
s e a j a el rayon y los s o n á m b u l o s
e n c a d e n a n a v e r j a s d e fierro
p a r a r e c u p e r a r la s o m b r a o el r e m a n s o
del c u e r p o d e r r a m a d o c o m o y e d r a
las p a l a n g a n a s d e esmerilo, el c a u c h o
q u e flota en la r e d o m a
d o n d e s e peinan, tallarinesco o anguiloso, el pubis
con un c e d a z o d e h u m e d a d .
Y el s e x o d e las p e r r a s
arroja t a r a s c o n e s lascivos
a las tibias d e los q u e a c e z a n
hurtarse del lamé q u e lame el brin
d e marinero q u e f u m a n d o
v e mirar la pantalla
d o n d e los ojos p a s a n otra cinta
y entretendido en otro lado
m e z c l a las p a t a s a la ojera
c a r n o s a , q u e a c u r r u c a d a en el follaje
folla o d e s p o j a al p á j a r o d e n o m b r e s
Convidada...