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ADULTO
Introdução
Conforme Knowles, Holton III & Swanson (2011), na Europa, no século VII,
haviam as escolas catedrais e monásticas, organizadas para o ensino de crianças,
mais especificamente, preparar meninos para o sacerdócio. Nesse contexto, foi
desenvolvida a pedagogia, um conjunto de pressupostos sobre aprendizagem e
estratégias de ensino. Pedagogia significa "a arte e ciência de ensinar crianças"
(derivada da palavra grega paid, que significa "criança", e agogus, "líder de"). Um
modelo adotado até o século XX, que foi base para organizar o sistema educacional
dos Estados Unidos. Pouco tempo depois do término da Primeira Guerra Mundial,
começou a surgir, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, um conjunto
crescente de ideias sobre as características distintas dos aprendizes adultos. Mas
somente nas últimas décadas, essas ideias evoluíram e formaram um modelo
integrado de aprendizagem de adultos.
Nesse sentido, faz-se necessário considerar um modelo de ensino voltado
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para a aprendizagem de adultos, que leve em consideração todos esses aspectos, e
tal proposta é conhecida por andragogia: a arte e a ciência de ajudar os adultos a
aprender. Sendo assim, qual a importância da andragogia para educação de
adultos?
A andragogia se mostra de extrema importância para intermediar o processo
de ensino-aprendizagem do adulto, com características definidas que levam em
consideração todo o conhecimento que o adulto já possui.
Em virtude disso, o presente trabalho objetiva-se em compreender a
importância da andragogia para o processo de ensino-aprendizagem do adulto.
Especificamente, busca explicar o conceito de andragogia; caracterizar os princípios
da andragogia; analisar a importância da andragogia para Educação de Jovens e
Adultos; e, refletir sobre a importância da andragogia no Ensino Superior no Brasil.
Material e Métodos
Resultados e Discussão
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Malcolm Knowles, a principal referência nos estudos sobre andragogia,
considerado por muitos “o pai da andragogia”, afirma que "não podemos ensinar um
adulto, mas sim, ajudá-lo a aprender". Conforme o autor, a andragogia é um
processo de aprendizado concentrado no participante, e não mais no conteúdo. Isso
significa considerar as necessidades e experiências individuais na construção dos
objetivos de cada programa, envolvendo todos e visando a consolidação dos temas
apreendidos. Sempre que há espaço para a discussão conceitual, a partir da
necessidade específica de aprendizado, as definições são feitas em conjunto com o
participante. O repertório de cada um é considerado uma ferramenta tão importante
quanto os conceitos teóricos e casos externos. Sendo assim, a andragogia é mais
uma via da educação. (KNOWLES, HOLTON III & SWANSON, 2011)
A educação de adultos é citada por Paulo Freire em sua obra “Educação
como prática da Liberdade”. O desconsidera uma prática puramente mecânica, e
adota um método ativo, dialogal, crítico e criticizador, além da modificação do
conteúdo programático da educação e no uso de técnicas como a da Redução e da
Codificação. A intenção de alterar a prática é colocar o aluno como sujeito da sua
própria educação. Mesmo que Paulo Freire não aborde a andragogia de forma
direta, suas reflexões e métodos adotados para uma mudança na prática trazem
aspectos de uma pedagogia voltado para o adulto. (FREIRE, 1967)
Conforme Rocha (2012) os pressupostos andragógicos se apresentam como
elementos facilitadores, articuladores e orientadores na relação de aprendizagem
entre adultos. De acordo com Knowles, os princípios fundamentais da aprendizagem
de adultos são: a necessidade do aprendiz de saber, o autoconceito do aprendiz, a
experiência anterior do aprendiz, a prontidão para aprender, a orientação para a
aprendizagem e a motivação para aprender.
A educação de jovens e adultos hoje são atendidos de forma mais objetiva
pela Lei de Diretrizes e Bases 9.394/1996, conforme artigo 4o e 37o têm suas
peculiaridades e requer um olhar específico em termos de políticas educacionais
públicas e formação de professores, o que muitas vezes não acontece.
Como observa Mendes et. al. (2012) a literatura e os cursos de formação de
professores têm seu foco na Pedagogia, que é a ciência de conduzir crianças e
adolescentes. Dessa forma, a educação de adultos é posta em segundo plano.
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Sendo assim, é necessário rever os métodos que orientam o processo de ensino-
aprendizagem nas universidades, levando em consideração todo o contexto que o
aluno se insere, tais como: possuir uma profissão, anseios, experiências já
adquiridas e uma personalidade já formada.
A andragogia questiona o modelo da pedagogia aplicado à educação de
adultos, porque entende que o adulto é o sujeito da educação e não o objeto desta.
Compreender os conceitos da Andragogia e suas contribuições no que se refere a
Educação de Jovens e Adultos, pode contribuir consideravelmente para uma
formação íntegra e completa. (RIBEIRO, R. & RIBEIRO, M., 2015)
Não podendo deixar de mencionar um dos grandes autores brasileiros que
contribuíram para uma visão inovadora que influenciou de maneira significante sobre
esta nova metodologia de ensino na EJA no Brasil, fazendo diferenciação com a
pedagogia foi Paulo Freire. Para Paulo Freire, a alfabetização de adultos consiste
em um processo de “conscientização e transformação e consiste em um ato político”
(FREIRE, 2003).
No Ensino Superior orienta-se que ao buscar inserir os pressupostos
andragógicos no contexto educacional, é necessário ensinar o educador a ser
orientador, facilitador do conhecimento, ter flexibilidade, ter diálogo, criticidade e
autonomia no ato de ensinar. Para chegar neste conceito é necessário que o aluno
seja estimulado a trocar, compartilhar experiências, informações e tomadas de
decisões em conjunto, onde serão orientados para formarem alunos conscientes e
críticos, ensinando também neste conceito a serem agentes transformadores.
(OLIVEIRA, 2012)
Considerações Finais
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Agradecimentos
Referências
FREIRE, P.. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1967.