Sei sulla pagina 1di 12

1

MODELOS HIDROLÓGICOS

Marco Antonio Leite Medrado1

RESUMO

Este artigo tem o objetivo de levantar os modelos hidrológicos existentes na bibliografia e


verificar qual o melhor e mais utilizado modelo para analisar a bacia hidrográfica. A
metodologia utilizada foi uma revisão na literatura, através de artigos, livros, revistas sobre a
temática na visão de diversos autores. A modelagem hidrológica dos processos de escoamento
superficial e da produção de sedimentos em bacias hidrográficas tem sido cada vez mais
utilizada, dada à possibilidade de poder caracterizar, os impactos que as mudanças climáticas
e as ações antrópicas têm exercido sobre o meio ambiente. Todo o escoamento e sedimento
produzido são carreados para os rios e reservatórios, produzindo o assoreamento e perda da
capacidade de acumulação de água, prejudicando o abastecimento das comunidades. A
utilização dos modelos hidrológicos em pequenas bacias são imprescindíveis para a
quantificação desses fenômenos físicos, podendo os seus resultados serem extrapolados para
áreas não monitoradas e hidrologicamente semelhantes, permitindo a estimação de toda a
produção, tanto do escoamento como da erosão do solo.

Palavras-Chave: Modelos hidrológicos, parametrização, erosão, escoamento superficial.

1
Acadêmico .... email: marcolucena2@hotmail.com
2

1 INTRODUÇÃO

Os modelos hidrológicos representam uma classe de ferramentas criadas na


hidrologia que se desenvolveram muito nos últimos 50 anos e a evolução desses modelos
seguiu uma rota estreita com o desenvolvimento da tecnologia dos computadores e
microcomputadores onde seu uso foi aumentado e redirecionado.
O assunto foi abordado do ponto de vista da evolução dos modelos onde alguns
aplicativos podem exigir análises de engenharia hidrológica complexa com variações
temporais na precipitação e escoamento hidrológico. Nesse sentido, estas análises podem
conter um grande número de cálculos e, portanto pode ser realizada em um computador
digital. Segundo Wagnerer, Wheater e Gupta (2004) “o uso de computadores em todos os
aspectos de modelo hidrológico levou ao aumento da ênfase em modelagem de bacias
hidrográficas”.
Autores como Kokkonen, Jakeman, Yong e Koivusalo (2003); Lopes, Braga,
Conejo (2010) e Diniz e Clarke (2011) relatam que o avanço dos modelos com a entrada da
fase do geoprocessamento e do sensoriamento remoto na evolução dos modelos já existentes
representa a diversidade física da bacia hidrográfica.
Nesse sentido a pesquisa é relevante levando-se em consideração a evolução dos
modelos e procurando atender a demanda da sociedade e dos próprios pesquisadores.
Inicialmente o interesse da pesquisa veio da necessidade de verificar o desenvolvimento de
infraestrutura como abastecimento, drenagem, hidrelétricas, irrigação e navegação e
principalmente, a evolução do controle do impacto ambiental como banhado, desmatamento
sobre bacias hidrográficas, erosão de áreas agrícolas, transporte de pesticidas, qualidade
pluvial de áreas urbanas.
A natureza dentro de sua complexidade mostra que todos os processos que
ocorrem na bacia hidrográfica produzem alterações ou impactos na água que escoa nos rios e
lagos, portanto, compreender os processos na bacia hidrográfica é essencial para dar respostas
as diferentes utilidades e sustentatibilidade da população.
A modelagem de bacias inclui a integração de processos hidrológicos como
design, escoamento de longo prazo, previsão de volume ou predição prognóstico de fluxo em
tempo real. Nesse caso, pergunta-se: Qual o melhor modelo hidrológico a ser utilizado nas
bacias hidrográficas?
3

O modelo hidrográfico é um conjunto de abstrações matemáticas que descrevem


as fases relevantes do ciclo hidrológico a fim de simular a conversão de precipitação em
escoamento e podem ser aplicáveis em qualquer rio, de qualquer tamanho, porém são
aplicáveis em analise de bacias para a descrição de variações temporais espaciais.
Os modelos nasceram dentro da necessidade de responder as diferentes questões
prática e cientificas acerca da bacia hidrográfica. O objetivo do artigo é levantar os modelos
hidrológicos existentes na bibliografia e verificar qual o melhor e mais utilizado modelo para
analisar a bacia hidrográfica. A metodologia utilizada foi uma revisão na literatura, através de
artigos, livros, revistas sobre a temática na visão de diversos autores.

2 MODELOS HIDROLÓGICOS

Collinschonn e Tucci (2011) define modelo hidrológico como sendo uma


ferramenta utilizada para representar os processos que ocorrem na bacia hidrográfica
prevendo as consequências das diferentes ocorrências em relação aos valores nela observados.
Segundo Cardier et al (2007), o modelo hidrológico é a representação de sistema
em uma forma ou linguagem de fácil acesso e uso em busca de respostas pra diferentes
entradas, nesse sentido, requer uma análise mais aprofundada sobre o tema hidrológico e
todos os processos físicos que ocorrem durante uma chuva, ou interceptação,
evapotranspiração, infiltração e o escoamento superficial, todos esses processos representados
matematicamente.
A aplicação dos modelos de bacias hidrográficas consiste em selecionar o tipo de
modelo, desenvolver o modelo de construção, testar o modelo e aplicar. De acordo com
Collinschonn e Tucci (2011), “modelos de bacias hidrográficas incluem todas as fases
relevantes do ciclo hídrico, para isso o engenheiro hidrológico deve selecionar o modelo
disponível de acordo com o conhecimento de estrutura, operação, capacidade e limitação”.
Segundo Mendes (2006) após selecionar o modelo disponível, deve-se
desenvolver um ou modificar o já existente com base nas necessidades percebidas,
disponibilidade dos dados e restrições orçamentárias.
Todini (2007) relata que os modelos são testados manuais descrevendo a interação
entre o usuário e o modelo e podem fornecer informações adicionais sobre a estrutura do
modelo interno.
Santos (2009) determina que um modelo para que seja utilizado adequadamente é
necessário compreender a estrutura do modelo e suas limitações, visto que muitos modelos
4

necessitam de calibração para que seja reproduzido fielmente, ou o mais próximo possível o
fenômeno a ser modelado, devido aos métodos matemáticos utilizados em cada modelo de
acordo com os parâmetros utilizados que representam as características e os processos físicos
da bacia.
Lacerda Júnior (2010) destaca que os parâmetros são obtidos através de ensaios
em uma área experimental, em laboratórios ou conforme as características geométricas dos
elementos podem também serem obtidas através da literatura, baseados em trabalhos
efetuados na bacia e que precisam de calibração.
Segundo o autor, os parâmetros obtidos através de ensaios representam
características do solo, como densidade, porosidade, capacidade de infiltração, granulometria,
pode-se ainda, determinar a cobertura vegetal, a declividade, à presença de reservatórios e de
rochas.
Santos (2009) destaca que quando não se pode determinar através de
experimentos, utiliza-se valores advindos da literatura, de trabalhos já realizados e com bacias
hidrologicamente semelhantes, porem nem sempre podem ser tomados como os mais
indicados pois depende de cada região. Dessa forma, procura-se calibrar esses parâmetros
para obter valores mais consistentes para a bacia analisada.

2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS MODELOS

Collinschonn e Tucci (2011) relatam que os modelos podem ser classificados em


concentrado ou distribuído, estocástico ou determinístico, conceitual ou empírico.
Os modelos concentrado ou distribuído, não leva em consideração a variabilidade
espacial da bacia analisada, já o considerado distribuído quando suas variáveis e parâmetros
dependem do espaço ou do tempo;
O estocástico ou determinístico é quando ocorre variáveis elevadas e introduzidas
a probabilidade para formulação do modelo. Na prática, no entanto, a aplicação de modelos
determinísticos é freqüentemente associado modelo de incapacidade ou modelagem para
resolver a variabilidade temporal e espacial fenômeno natural em pequenos incrementos
suficientes;
Os modelos conceituais são representações simplificadas de processos físicos,
normalmente descritos matematicamente, que simulam processos complexos com base em
parâmetros conceituais. Já os modelos empíricos são aqueles que utilizam funções que não
5

tenham relação com os processos físicos envolvidos e são baseados em análises estatísticas,
como métodos de correlação e análise de regressão (COLLINSCHONN, TUCCI, 2011).
Santos (2009) destaca que o exemplo de tipos de modelos matemáticos de bacias
e componentes do modelo pode ser encontrados numa variedade de aplicações hídricas. Por
exemplo, a técnica de roteamento de comprimento de onda cinemática é determinística,
fundada em princípios básicos de conservação da massa. O autor destaca que as soluções
numéricas, no entanto, estão sujeitos à difusão e dispersão causada pela natureza, portanto, as
avaliações aprofundadas são necessárias para garantir que todos os processos são relevantes e
devem ser devidamente quantificados.

2.1.1 MODELOS DE BASE FÍSICA

Todini (2007) define um processo de erosão como um fenômeno complexo de ser


modelado e depende de fatores básicos como a topografia, natureza do fluxo e características
do solo e sedimentos que o compõe. Somente com a combinação desses três fatores torna-se a
modelagem da erosão complexa em relação com o processo físico de escoamento. Além
disso, o modelo do processo de erosão depende do modelo hidrológico.
Figueiredo (2008) destaca que a técnica de modelagem de erosão de base física é
baseada na física dos processos, a bacia é considerada um sistema espacialmente variável com
entradas variáveis e parâmetros que podem ser medidos e possibilidades de serem
extrapolados para áreas hidrologicamente homogêneas não observadas, de acordo com a
variação da topografia, uso do solo, cobertura vegetal e clima.
Singh (2005) descreve que os modelos de base física dependem de maiores
informações sobre a bacia, porém essa prática demanda tempo, pois seria necessária colher
todos os dados dos processos envolvidos em vários locais da bacia, de acordo com trabalhos
disponíveis na literatura, costuma-se coletar os dados imprescindíveis ao uso do modelo e
estimar algumas outras variáveis de acordo com parâmetros.
Segundo Foster (1982), Abbott et al (1986) e Galvão (1990) os modelos de base
física possuem algumas desvantagens que foram observados em seus estudos como a restrição
na aplicação do modelo relacionada com o problema de escala, calibração, validação e
incertezas inerentes aos valores dos parâmetros e da saída fornecidas suposições utilizadas
para resolver o sistema de equações para eliminar os erros difíceis de serem detectados.
6

Mesmo com essas desvantagens, o modelo de base física é bastante utilizado.


Dentre os mais utilizados, que calculam a erosão e o transporte de sedimentos, pode-se citar:
CSU, KINEROS, KINEROS2, WESP, WEPP, SHE.
O modelo CSU utiliza um sistema de canais para discretizar a bacia. Representa
grandes e pequenas áreas e calcula a erosão e o transporte de sedimentos separadamente para
o fluxo superficial e nos canais (SINGH, 2005).
De acordo com Bennett (2004) o modelo Kineros (Kinematic Runoff Erosion
Model) é um modelo de eventos, distribuído, não linear, onde a bacia é representada por
planos retangulares, canais e elementos de armazenamento. O modelo é calculado por uma
equação da continuidade de sedimentos e desprendimento as partículas pelo impacto das gotas
de chuva através de equação de Meyer e Wischmeir (1969). O modelo KINEROS2 é uma
versão melhorada do modelo KINEROS, e traz como diferencial a redistribuição da umidade
do solo durante a chuva e a capacidade de comportar mais de um pluviógrafo (SMITH et al.,
2003).
Segundo Kinsel (2010), o Modelo WESP (Watershed Erosion Simulation
Program) utiliza o componente hidráulico do modelo KINEROS e as técnicas do modelo
WEPP. O autor relata que esse modelo também utiliza da discretização da bacia através de
planos de escoamento que descarregam em canais de drenagem. O modelo simula eventos de
chuva, e foi elaborado para ser aplicado a pequenas bacias de regiões semiáridas. O modelo
só considera perda de água por infiltração não sendo considerada a evaporação e considera
erosão por impacto das gotas de chuva e pelo fluxo superficial. Estes processos são
considerados não permanentes e variados e são descritos dinamicamente utilizando taxas de
erosão e deposição, simultaneamente, ao invés da abordagem convencional onde são
utilizadas funções de transporte de sedimentos para fluxo permanente (KINSEL, 2010).
Flanagan, Nearing (2005) descrevem o Modelo WEPP (Water Erosion Prediction
Projetct) como um modelo para ser aplicado em grandes bacias. E um modelo conceitual e
considera a física do solo, a ciência das plantas e a mecânica da erosão. A bacia, também é
representada por planos e canais.
O Modelo SHE (Système Hydrologique Européen) consiste num modelo
distribuído, de base física e cujas equações físicas são resolvidas através de um esquema de
diferenças finitas. A bacia discretizada através de uma grade horizontal e vertical. A sua
versão melhorada, SHETRAN, considera os processos de erosão, transporte e deposição de
sedimento e poluentes. Devido à sua concepção, o modelo requer grande número de
7

informações e uma estrutura computacional onerosa, o que inviabiliza a sua utilização em


nível pessoal (KINSEL, 2010).
Segundo Nóbrega (2008) a utilização de modelos hidrológicos proporciona custos
menores e, além disso, economia de tempo para analisar mudanças físicas e antrópicas na
bacia hidrográfica, como por exemplo, a mudança da cobertura do solo e vazão/erosão/etc,
que em geral, em uma bacia experimental, levaria muito tempo e pessoal capacitado para
analisar os fenômenos hidrológicos.

2.1.2 EFEITO DA ESCALA NOS MODELOS HIDROLÓGICOS

Lopes (2003) destaca que existe uma necessidade de investigar os efeitos dos
impactos antrópicos sobre a produção de água e de sedimento, os processos hidrológicos e a
dificuldade de obter recursos para coletar os dados para os modelos distribuídos de base
física. Um fato a ser considerado, é que as pesquisas citadas na literatura dizem respeito a
áreas experimentais de pequena à média dimensão, onde se pode assumir uma certa
homogeneidade. Entretanto, o aumento da escala leva a uma maior heterogeneidade, e
processos antes desconsiderados, passam a ser predominante.
De acordo com Figueiredo (2008), a deficiência de dados é maior nas grandes
bacias, se faz necessária uma metodologia de transferência de informações das pequenas
bacias para as grandes. Entretanto, um entrave para este processo é o efeito que a variação de
escala oferece sobre os valores dos parâmetros. Há uma evidência que mesmo em pequenas
escalas pode haver significativa variabilidade espacial nas propriedades do solo.
Collinschonn e Tucci (2011) destacam que o problema de escala consiste no fato
de se escolher os parâmetros que representam os fenômenos físicos que ocorrem na região.
Em pequenas escalas, a heterogeneidade é pequena. Para pequenas condições de
homogeneidade, os valores dos parâmetros podem ser facilmente encontrados, por exemplo: a
condutividade hidráulica, dados de vegetação e dados sobre o solo, representando processos
de certeza.
Pimentel e Ewen (2010) relatam que varias abordagens podem ser consideradas
para aplicação das escalas no uso de modelo e a melhor delas é a apropriação do espaço e do
tempo adequadamente considerando as escalas: (a) a escala de experimentos em pequenas
áreas (10 m2), (b) a escala para micro-bacias (100 m2), (c) a escala de sub-bacias (103 m2), (d)
e escala da bacia hidrográfica (104m2).
8

Segundo os autores acima citados, o ideal seria que os processos físicos pudessem
ser observados na mesma escala que ocorrem e daí derivar diretamente a melhor relação que
descreveria o fenômeno físico. Porém, isso nem sempre é possível para qualquer escala da
bacia hidrográfica.
Simanthon et al (2006) relatam que, aumentando-se a área em estudo para uma
micro-bacia, os valores médios obtidos na calibração podem ser o mesmo ou um valor
diferente do anterior. Se for igual ou próximo podemos dizer que não houve efeito de escala
no parâmetro analisado, o que seria ideal, uma vez que, não havendo o efeito escalonar sobre
os parâmetros, o valor médio obtido poderá ser estendido para regiões maiores. Caso o valor
obtido tenha uma diferença significativa, podemos dizer que o parâmetro analisado sofreu
efeito de escala. Esse efeito pode ser devido às características físico-climáticas da área em
análise. Logo, deve-se analisar a magnitude da variação do valor do parâmetro para verificar a
tendência de aumento para uma área maior.
Lopes (2003) analisou os valores do parâmetro relacionado à erosão por impacto
das gotas de chuva do modelo KINEROS2 e percebeu que este parâmetro aumenta com o
crescimento da área da bacia. O estudo de Lopes é baseado nos dados obtidos em nove
parcelas e quatro micro-bacias da Bacia Experimental de Sumé (BES) e Bacia Representativa
de Sumé (BRS).
Cruz (2004), analisando a variação do valor do parâmetro relacionado ao
escoamento superficial e à erosão, através do modelo WEPP, em relação à área da bacia ou
área simulada, verificou que o parâmetro da condutividade efetiva do solo (Ke), parâmetro de
erosão em vertentes ou planos (Ki) e o parâmetro de erosão em canais (Kr) sofrem o efeito de
escala.
Santos (2009) aplicou também o modelo WEPP, dessa vez em duas sub-bacias
com áreas variando entre 0,39 a 0,59 ha. Os resultados obtidos nesse trabalho mostra que o
modelo WEPP não permite alterar livremente os parâmetros, pois os mesmos estão associados
ou, muitas vezes, está vinculada com as características do solo, da região e da própria estação
climatológica, apesar de possuir um grande banco de dados internos, para a escala objeto do
estudo, a erosão por impacto de gotas de chuva.

3 CONCLUSÃO

Os modelos hidrológicos são desenvolvidos a partir da necessidade de se entender


o comportamento dos fenômenos hidrológicos que ocorrem na bacia hidrográfica, analisando
9

de forma confiável, quantitativamente e qualitativamente os processos do ciclo hidrológico,


tais como precipitação, evaporação, intercepção, infiltração, produção de sedimentos,
escoamento superficial e subterrâneo.
Esses modelos são utilizados para avaliar o comportamento de uma bacia
hidrográfica e prever as consequências de modificações extremas no uso do solo, as vazões
decorrentes das chuvas fortes e intensas, o impacto da urbanização de uma bacia.
A melhor forma de escolher o modelo certo para uma bacia hidrográfica é
verificar qual dentro das técnicas aplicáveis a problemas específicos da região, qual tem maior
sensibilidade sobre o seu uso, ou seja, maior sensibilidade sobre a variação dos parâmetros e
seu efeito nos processos simulados, verificando especificamente, se sobre efeitos de acordo
com a escala da bacia.
Nos estudos analisados, verificou-se que o modelo ideal de base física,
principalmente aquele que leva em consideração o tipo de chuva, vazão e erosão para
determinar a previsão de escoamento superficial e a produção de sedimentos. Os parâmetros
destes modelos variam com o tempo, com a escala da bacia e, consequentemente, com a
forma da representação da bacia para o modelo.
A utilização dos modelos hidrológicos em pequenas bacias, são imprescindíveis
para a quantificação desses fenômenos físicos, podendo os seus resultados serem extrapolados
para áreas não monitoradas e hidrologicamente semelhantes, permitindo a estimação de toda a
produção, tanto do escoamento como da erosão do solo.
Vale salientar que os modelos hidrológicos são ferramentas cientificas
desenvolvidas com o intuito de compreender e representar o funcionamento das bacias
hidrográficas e simular diferentes cenários nestas. Contudo, para sua utilização, é necessário
definir os objetivos do estudo abordado, e detalhar os fatos, visto que dessa forma que o
modelo adotado poderá ser definido.
Outros fatores que devem ser levantados na seleção de um modelo hidrológico
estão relacionados com a variabilidade temporal e espacial, as características físicas e
climáticas da bacia em estudo. Além disso, a disponibilidade de informações é um fator
essencial na seleção do modelo a ser utilizado, pois, em geral, quanto mais detalhado o
modelo maior exigência de dados este irá requerer.
De um modo geral, os modelos hidrológicos é um importante recurso para o
auxilio à tomada de decisão em projetos que envolvam recursos hídricos, possibilitando a
adoção de técnicas mais eficientes na implantação de projetos. Porém, faz-se necessária a
ampliação da rede de informações física e climatológica das bacias hidrográficas,
10

possibilitando que a escolha do modelo adotado seja baseada na necessidade da problemática


em estudo e não na disponibilidade de dados, o que é bastante comum no Brasil.

REFERÊNCIAS

ABBOTT, M.B., BATHURST, J.C., CUNGE, J.A., O’CONNELL, P.E. e RASMUSSEN, J.


An introduction to the European Hydrological System - Système Hydrologique Européen,
"SHE", 1: History and Philosophy of a Physically-Based, Distributed Modeling System. J.
Hydrol., 87: 45-59, 1986.

BENNETT, J. P. Concepts of mathematical modeling of sediment yield. Water Resources


Research, 10(3): 485-492, 2004

CADIER, E., LANNA, A. E, MENEZES, M. e CATNPELLO, M. S.. Avaliação dos estudos


referentes aos recursos hídricos das pequenas bacias do Nordeste Brasileiro. Anais do VII
Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, Salvador, ABRH. Vol. 2, p. 225-239, 2007.

COLLISCHONN, W.; TUCCI, C. E. M. Simulação hidrológica de grandes bacias. Revista


Brasileira de Recursos Hídricos. Vol. 6 No. 1., 2011

CRUZ, E. S. Estudo dos Impactos do Uso do Solo Através da Modelagem da Geração do


Escoamento Superficial e Erosão do Solo na Região do Cariri Paraibano. Dissertação de
mestrado. Universidade Federal de Campina Grande – UFCG. Área de Recursos Hídricos.
2004

DINIZ, L.S. e CLARKE, R.T. “Regionalização de parâmetros de modelo chuva-vazão


usando redes neurais” In: Anais do XIV Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos e V
Simpósio de Hidráulica e Recursos Hídricos dos Países de Língua Portuguesa, Aracajú:
Associação Brasileira de Recursos Hídricos. CD-ROM, 2011

FIGUEIREDO, E. E. Estimativa de Parâmetros Físicos do Solo da Bacia Representativa de


Sumé com Base na Textura. Anais em CDROM do IV Simpósio de Recursos Hídricos do
Nordeste, Campina Grande, Paraíba, ABRH, 2008.

FLANAGAN, D.C. e NEARING, M.AUSDA-Water Erosion Prediction Project: Hillslope


Profile and Watershed Model Documentation. NSERL Report No. 10. USDA-ARS National
Soil Erosion Research Laboratory. West Lafayette, Indiana,2005

FOSTER, G. R. Modelling the erosion process. ln: Haan, C. T.; Johnson, H. P. e Brakensiek,
D. L., Ed. Hydrologic modeling of small watersheds, St. Joseph, American Society
Agricultural Engineers, p. 297-380, 1982.

GALVÃO, C. de O. Modelagem do escoamento superficial e da erosão do solo em


microbacias. Dissertação de mestrado. Universidade Federal de Campina Grande – UFCG.
Área de Recursos Hídricos, 1990.

KOKKONEN, T. S.; JAKEMAN, A. J.; YOUNG, P. C. e KOIVUSALO, H. J. “Prediction


11

daily flows in ungauged catchments: model regionalization from catchment descriptors at the
coweeta hydrologic laboratory, North Carolina”. Hydrological Processes, 17, 2219-2238,
2003.

LACERDA JUNIOR, H. B. Um estudo dos efeitos de escala e uso do solo na parametrização


do modelo NAVMO com dados de bacias do Cariri paraibano. Dissertação de mestrado.
Universidade Federal de Campina Grande – UFCG. Área de Recursos Hídricos, 2010.

LOPES, J.E.G.; BRAGA JR., B.P.F.; CONEJO, J.G.L. “Simulação hidrológica: Aplicações
de um modelo simplificado”. In: Anais do III Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, v.2,
42-62, Fortaleza, 2010

LOPES, V. L. A numerical model of watershed erosion and sediment yield. RBGF- Revista
Brasileira de Geografia Física Recife-PE, Vol.2, n.03, set-dez, 2009, 01-19.2003

MENDES, C. A. B. Modelling of pollutant distribution in surface runoff in ungauged


catchments using geographical information systems. Thesis. Department of Geography,
University of Bristol. Bristol, 2006.

MEYER L. D. e WISCHMEYER. Mathematical simulation of the process of soil erosion


by water, 1969.

NOBREGA, R. S. Modelagem de Impactos do Desmatamento nos Recursos Hídricos da


Bacia Hidrográfica do Rio Jamari (Ro) Utilizando Dados de Superfície e do Trmm. Tese
de Doutorado. Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, Unidade Acadêmica de
Ciências Atmosféricas – UACA.2008

PIMENTEL L. e EWEN, J. Modelagem Hidrológica para Grandes Bacias Hidrográficas: a


Necessidade de Novas Metodologias. Revista Brasileira de Recursos Hídricos. Vol. 5. no 5,
pp.81-92.2010.

SANTOS, L. L. Modelagem Hidrossedimentológica e Avaliação Comparativa de Três


modelos em Pequenas Sub-bacias na Região Semi-Árida Paraibana. Dissertação de
mestrado. Universidade Federal de Campina Grande – UFCG. Área de Recursos Hídricos,
2009.

SIMANTON, J. R., HAWKINS, R. H., SARAVI, M. M. e RENARD, K. G. Runoff Curve


Number Variation with Drainage Area, Walnut Gulch, Arizona. Transactions of the ASAE,
Vol. 39(4): 1391-1394, 2006

SMITH, R. E., CORRADINI, C. e MELONE, F. Modeling Infiltration for Multistorm Runoff


Events. Water Resources Research, 29(1): 133-144.2003

SINGH, V.P. Watershed Modelling. In: V.P. Singh (editor). Computer Models of Watershed
Hydrology, Water Resources Publication, Highlands Ranch, Colorado, United States, 2005

TODINI, E. Hydrological catchment modelling: past, present and future. Hydrologyand


Earth System Sciences, 11(1):468-482.2007
12

WAGENER, T.; WHEATER, H.S. e GUPTA, H.V. “Rainfall-runoff modelling in gauged e


ungauged catchments”. Imperial College Press, London, 2004.

ABSTRACT

This article aims to lift the existing hydrological models in the literature and find what the
best and most widely used model to analyze the watershed. The methodology used was a
review of the literature, through articles, books, magazines on the subject in the view of
several authors. Hydrological modeling of runoff processes and sediment yield in watersheds
has been increasingly used, given the possibility to characterize the impacts that climate
change and human activities have had on the environment. All runoff and sediment produced
are carried into rivers and reservoirs, producing siltation and loss of water storage capacity,
affecting the supply of communities. The use of hydrological models in small watersheds are
essential for quantification of these physical phenomena, the results can be extrapolated to
areas not monitored and hydrologically similar, allowing the estimation of all production,
both runoff and soil erosion.

Keywords: hydrological models, parameterization, erosion, surface runoff.

Potrebbero piacerti anche