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Paulo Coelho

Imitando o mestre

Um discípulo que amava e admirava seu mestre,


resolveu observa-lo em todos os detalhes, acreditando que –
ao fazer o que ele fazia, iria também adquirir sua sabedoria.
O mestre só usava roupas brancas, e o discípulo
passou a vestir-se da mesma maneira.
O mestre era vegetariano, e o discípulo deixou de
comer qualquer tipo de carne, substituindo sua alimentação
por ervas.
O mestre era um homem austero, e o discípulo
resolveu dedicar-se ao sacrifício, passando a dormir numa
cama de palha.
Passado algum tempo, o mestre notou a mudança de
comportamento do seu discípulo, e foi ver o que estava
acontecendo.
- Estou subindo os degraus de iniciação – foi a
resposta. – O branco de minha roupa mostra a simplicidade da
busca, a alimentação vegetariana purifica o meu corpo, e a
falta de conforto faz com que eu pense apenas nas coisas
espirituais.
Sorrindo, o mestre o levou até um campo onde um
cavalo pastava.
- Voce passou este tempo olhando apenas para fora,
quando isso é o que menos importa – disse. – Está vendo
aquele animal ali? Ele tem a pele branca, come apenas ervas,
e dorme num celeiro com palha do chão. Voce acha que ele tem
cara de santo, ou chegará algum dia a ser um verdadeiro
mestre?
Porque deixar o homem para o sexto dia

Um grupo de sábios reuniu-se num castelo em Akbar,


para discutir a obra de Deus; queriam saber por que havia
deixado para criar o homem no sexto dia.
- Ele pensava em organizar bem o Universo, de modo
que pudessemos ter todas as maravilhas a nossa disposição -
disse um.
- Ele quis primeiro fazer alguns testes com
animais, de modo a não cometer os mesmos erros conosco -
argumentou outro.
Um sábio judeu apareceu para o encontro. O tema da
discussão lhe foi comunicado: “na sua opinião, por que Deus
deixou para criar o homem no último dia? “
- Muito simples - comentou o sábio. - Para que,
quando fossemos tocados pelo orgulho, pudessemos refletir:
Paulo Coelho

até mesmo um simples mosquito teve prioridade no trabalho


Divino.

O exorcismo

Um homem chamou um padre para fazer um exorcismo em


sua casa. Foi morar num hotel, e deixou-o entregue ao
trabalho.
O sacerdote passou alguns dias dormindo no lugar
mal-asssombrado, colocouc água-benta em todos os quartos, fez
orações, e - quando deu sua tarefa por encerrada - chamou de
volta o proprietário, dizendo que o resultado fora
fantástico.
- Quantos demonios voce exorcizou? – quis saber
ele.
- Nenhum.
- E quantos viu na minha casa?
- Nenhum.
- Então com o resultado pode ter sido fantástico?
- Quando se está lidando com as forças do mal,
nenhum é mais do que suficiente.

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