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Auditoria p/ICMS-SP

Teoria e exercícios comentados – Aula 01


Prof Claudenir Brito e Prof Rodrigo Fontenelle
– Aula 00

Aula 01: Normas Brasileiras de Contabilidade e de


Auditoria emanadas do Conselho Federal de
Contabilidade (CFC). Princípios de contabilidade e
estrutura conceitual para a elaboração e apresentação
das demonstrações contábeis: Resoluções 750/93 e
1.374/11 do CFC, e Deliberação 539/08 da Comissão
de Valores Mobiliários (CVM).

SUMÁRIO PÁGINA
1. Normas Brasileiras de Contabilidade e de Auditoria 2
2. NBC TA 200 10
3. Princípios de Contabilidade (Resolução CFC nº 750/93) 18
4. Resolução CFC nº 1.374/11 32
5. Deliberação CVM nº 539/08 42
Lista das questões comentadas durante a aula 49
Referências bibliográficas 59

Olá, pessoal.

Na aula demonstrativa, vimos algumas noções gerais de auditoria,


incluindo seus conceitos e objetivos, e aprendemos a distinguir a auditoria
interna da auditoria independente e da perícia contábil. Podemos dizer
que se trata de um dos itens mais importantes de qualquer prova de
Auditoria.

Esperamos que tenham gostado, ainda mais que o entendimento daquele


tema é fundamental para que possamos resolver as questões mais
complexas, que necessitam de uma boa base na matéria.

Em geral, nossa disciplina não apresenta grandes dificuldades para o


candidato que estudou o conteúdo do edital, sendo essencial, entretanto,
que tenhamos tranquilidade para nos lembrarmos – ou raciocinarmos –
sobre o pedido das questões.

Na aula de hoje, vamos falar das Normas do CFC sobre Contabilidade e


Auditoria, além de conhecer os princípios de contabilidade e a estrutura
conceitual para a elaboração e apresentação das demonstrações
contábeis.

É claro que não vamos estudar todas as normas do CFC, e nem é esse o
objetivo da banca. O que vamos tratar é dos conceitos relacionados às

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normas em geral, para que vocês tenham uma visão geral – Aula 00
da
regulamentação do Conselho Federal de Contabilidade, que é a base para
o entendimento e a prática da profissão contábil no Brasil.

No edital anterior, constava a Resolução 774/94, que foi revogada pela


Resolução 1.282/10, que, por sua vez, alterou dispositivos da Resolução
750/93. Assim, não vamos estudar a Resolução 774/94, entendendo que
a base para uma boa prova do assunto é o conhecimento detalhado da
Resolução 750/93.

Sobre a Resolução 1.121/08, essa norma foi revogada pela Resolução CFC
nº 1.374/11. Ou seja, nosso curso já está completamente atualizado em
relação às normas mais recentes.

Além disso, decidimos incluir a Deliberação nº 539/08, da Comissão de


Valores Mobiliários – CVM –, que aprovou o Pronunciamento do
Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC – sobre a estrutura
conceitual para a elaboração e apresentação das demonstrações
contábeis, por ser um normativo que costuma ser cobrado nas provas.

Ressaltamos que, acerca do tema da aula de hoje, não há muitas


questões da FCC disponíveis. Entretanto, a partir da mudança de postura
daquela banca observada na última prova do ISS-SP, quando foi cobrada,
na parte de Auditoria, um conhecimento avançado de contabilidade,
entendemos que é fundamental a consolidação do tema apresentado aqui,
e por isso trouxemos questões de outras instituições examinadoras.

Qualquer dúvida ou comentário, estamos à disposição por meio dos


endereços de email: claudenir@estrategiaconcursos.com.br e
rodrigofontenelle@estrategiaconcursos.com.br.

Feitos os devidos esclarecimentos, vamos à matéria. Uma boa aula para


todos nós.

1. Normas Brasileiras de Contabilidade e de Auditoria

O objetivo deste tópico é apresentar a estrutura normativa atual sobre as


normas do CFC, tendo em vista recentes alterações ocorridas no âmbito
da matéria. Na verdade, não tão recentes assim, mas as bancas de
concursos, infelizmente, não estão se atualizando na mesma velocidade
que nós, professores e alunos, e eventualmente tem cobrado alguns
temas com nomenclatura antiga.

Normas de contabilidade e de auditoria são as regras estabelecidas pelos


órgãos reguladores da profissão contábil, em todos os países, com o
objetivo de regulação e apresentação de diretrizes a serem seguidas

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por esses profissionais no exercício de suas funções. Elas estabelecem – Aula 00
os
conceitos básicos sobre as exigências em relação à pessoa do
auditor, à execução de seu trabalho e ao parecer que deverá por ele
ser emitido (Franco e Marra, 2011).

Embora, na maioria das vezes, tenham um caráter de guia profissional,


acabam fixando limites nítidos de responsabilidade, além de orientar
o comportamento do auditor em relação a sua capacitação e controle de
qualidade dos trabalhos realizados.

No Brasil, desde 1972 temos normas de auditoria relacionadas a esses


objetivos, sendo que, atualmente, estão em vigor normas elaboradas pelo
Conselho Federal de Contabilidade – CFC – em conjunto com o Instituto
de Auditores Independentes do Brasil – IBRACON –, além da Comissão
de Valores Mobiliários – CVM –, do Banco Central do Brasil – BACEN – e
da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP.

Vamos apresentar algumas características das normas do CFC, por serem


as mais exigidas nos concursos e por constarem especificamente no
nosso edital do ICMS-SP.

Até o ano de 2009, não havia dúvida sobre quais normas estudar, em
relação à auditoria independente, pois estava em vigor a NBC T-11
(Resolução 820/97, Normas de Auditoria Independente das
Demonstrações Contábeis) e suas derivadas.

No final daquele ano,houve a convergência dessas normas aos padrões


internacionais de auditoria definidos pela IFAC – International Federation
of Accounting (Federação Internacional de Contadores).

O IFAC é uma organização global da profissão contábil, que possui a


missão, segundo consta em sua página na internet, de contribuir para o
desenvolvimento, adoção e aplicação de normas internacionais de alta
qualidade e orientação; além de contribuir para o desenvolvimento de
organizações e profissionais de contabilidade e para a utilização de
práticas de alta qualidade por contadores profissionais, dentre outras
(www.ifac.org – tradução livre).

As Normas Brasileiras de Contabilidade – NBC – editadas pelo CFC devem


seguir os padrões internacionais, e compreendem:
- as normas propriamente ditas;
- as Interpretações Técnicas; e
- os Comunicados Técnicos.

As normas de auditoria independente são aprovadas pelo CFC por


meio de Resoluções, e classificadas em normas profissionais (NBC
PA) e normas técnicas (NBC TA). Enquanto as NBC PA estabelecem
regras e procedimentos de conduta a serem observados como
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requisitos para o exercício profissional contábil, as NBC TA descrevem – Aula 00
conceitos doutrinários, princípios e procedimentos a serem aplicados
quando da realização dos trabalhos.

A Resolução CFC nº 1.328/11, de 18/03/11, que dispõe sobre a


Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade, estabelece que as
NBC se estruturam conforme se segue:

Normas Profissionais:

I – Geral – NBC PG – aplicadas indistintamente a todos os profissionais


de Contabilidade;

II – do Auditor Independente – NBC PA – aplicadas, especificamente,


aos contadores que atuam como auditores independentes;

III – do Auditor Interno – NBC PI – aplicadas especificamente aos


contadores que atuam como auditores internos;

IV – do Perito – NBC PP – aplicadas especificamente aos contadores


que atuam como peritos contábeis.

Normas Técnicas:

I – Geral – NBC TG – são as Normas Brasileiras de Contabilidade


convergentes com as normas internacionais emitidas pelo International
Accounting Standards Board (IASB); e as Normas Brasileiras de
Contabilidade editadas por necessidades locais, sem equivalentes
internacionais;

II – do Setor Público – NBC TSP – são as Normas Brasileiras de


Contabilidade aplicadas ao Setor Público, convergentes com as Normas
Internacionais de Contabilidade para o Setor Público, emitidas pela
International Federation of Accountants (IFAC); e as Normas Brasileiras
de Contabilidade aplicadas ao Setor Público editadas por necessidade
local, sem equivalentes internacionais;

III – de Auditoria Independente de Informação Contábil Histórica


– NBC TA – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à
Auditoria convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria
Independente emitidas pelo IFAC;

IV – de Revisão de Informação Contábil Histórica – NBC TR – são as


Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Revisão convergentes
com as Normas Internacionais de Revisão emitidas pela IFAC;

V – de Asseguração de Informação Não Histórica – NBC TO – são as


Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Asseguração
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convergentes com as Normas Internacionais de Asseguração –emitidas Aula 00
pela IFAC;

VI – de Serviço Correlato – NBC TSC – são as Normas Brasileiras de


Contabilidade aplicadas aos Serviços Correlatos convergentes com as
Normas Internacionais para Serviços Correlatos emitidas pela IFAC;

VII – de Auditoria Interna – NBC TI – são as Normas Brasileiras de


Contabilidade aplicáveis aos trabalhos de Auditoria Interna;

VIII – de Perícia – NBC TP – são as Normas Brasileiras de Contabilidade


aplicáveis aos trabalhos de Perícia;

IX – de Auditoria Governamental – NBC TAG – são as Normas


Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria Governamental
convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria Governamental
emitidas pela Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras
Superiores (INTOSAI).

Aí vocês perguntam: preciso saber essas siglas todas? Como dizia um


professor nosso... A vida de concurseiro não é fácil.

É claro que o ideal seria que as bancas não cobrassem apenas um


conhecimento específico como esse, mas vejam só a questão abaixo, da
FCC.

EXERCÍCIO COMENTADO

1 - (FCC / SEFAZ/SP - APOFP / 2010) - As normas brasileiras que


estabelecem os preceitos de conduta para o exercício profissional,
especificamente para aqueles que atuam como auditores
independentes, são estruturadas como:
(A) NBC TI.
(B) NBC PI.
(C) NBC TA.
(D) NBC PA.
(E) NBC TP.

Comentários:
Como vimos, as normas profissionais dos auditores independentes
são as NBC PA e as técnicas NBC TA.
Resposta: D

Portanto, pessoal, como dissemos na aula demonstrativa (e


principalmente após a prova do ISS-SP), temos que estar preparados pra
tudo. Então, é bom que tenham pelo menos uma noção do que se refere
cada norma.

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Pra tentar ilustrar melhor, apresentamos um quadro-resumo das –normas. Aula 00
As principais para a nossa disciplina são as NBC TA, NBC PA, NBC TI e
NBC PI.

Fonte: IBRACON

Mas surge a seguinte dúvida: a adoção dessas normas é obrigatória?


Sim. De acordo com a própria Resolução CFC nº 1.328/11, a
inobservância às NBC constitui infração disciplinar sujeita às
penalidades previstas no Decreto-Lei n.º 9.295/46, alterado pela Lei n.º
12.249/10, e ao Código de Ética Profissional do Contador.

De forma simplificada, podemos dizer que as Normas Brasileiras de


Contabilidade compreendem:
- Código de Ética Profissional do Contabilista;
- Normas de Contabilidade;
- Normas de Auditoria Independente e de Asseguração;
- Normas de Auditoria Interna; e
- Normas de Perícia.

As Normas Brasileiras de Contabilidade compreendem:


- Código de Ética Profissional do Contabilista;
- Normas de Contabilidade, de Auditoria Independente e de
Asseguração, de Auditoria Interna e de Perícia.

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Conforme verificado, que essas normas são classificadas em –Normas Aula 00
Técnicas e Profissionais.

A partir de agora, vamos apresentar as normas de auditoria


independente, por serem as principais para o nosso concurso.

Em 27 de novembro de 2009, o CFC publicou a Resolução nº. 1.203/09,


que aprovou a NBC TA 200 – Objetivos Gerais do Auditor Independente
e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria –,
revogando NBC T-11 e suas derivadas.

Vamos relacionar as principais normas, mas não vamos transcrever cada


uma delas, para não aumentar artificialmente a aula. A íntegra pode ser
pesquisada no site do CFC, no seguinte link:
<http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/Default.aspx>

NBC TA
Seção 200 Princípios Gerais e Responsabilidades
NBC TA Assunto
Objetivos gerais do auditor independente e a condução de
200
uma auditoria de acordo com as normas de auditoria
210 Concordando com os termos de um trabalho de auditoria
Controle de qualidade de uma auditoria de demonstrações
220
contábeis
230 Documentação de auditoria
Responsabilidades do auditor relacionadas com fraude em
240
uma auditoria de demonstrações contábeis
Consideração de leis e regulamentos em uma auditoria de
250
demonstrações contábeis
260 Comunicação com os responsáveis pela governança
Comunicação de deficiências nos controles internos aos
265
responsáveis pela governança e administração

Seções 300 Avaliação dos Riscos e Respostas aos riscos


e 400 avaliados
NBC TA Assunto
Planejamento de uma auditoria de demonstrações
300
contábeis
Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante
315
por meio do entendimento da entidade e de seu ambiente
Materialidade no planejamento e na execução de uma
320
auditoria
330 Respostas do auditor aos riscos avaliados
Considerações de auditoria referentes ao uso por uma
402
entidade de uma outra organização de serviços
450 Avaliação das distorções identificadas durante a auditoria

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Seção 500 Evidência de auditoria – Aula 00
NBC TA Assunto
Evidências de auditoria - Considerações específicas para
501
itens selecionados
505 Confirmações externas
510 Trabalhos iniciais - Saldos iniciais
520 Procedimentos analíticos
530 Amostragem em auditoria
Auditoria de estimativas contábeis, incluindo estimativas
540
contábeis de valor justo, e divulgações relacionadas
550 Partes relacionadas
560 Eventos subsequentes
570 Continuidade
580 Representações formais da administração

Seção 600 Utilização do trabalho de outros


NBC TA Assunto
Considerações especiais - Auditorias de demonstrações
600 contábeis de grupos (incluindo o trabalho dos auditores de
componentes)
610 Utilização do trabalho de auditoria interna
620 Utilização do trabalho de especialistas

Seção 700 Conclusão dos trabalhos e Relatórios


NBC TA Assunto
Formação da opinião e emissão do relatório do auditor
700
independente sobre as demonstrações contábeis
705 Modificações na opinião do auditor independente
Parágrafos de ênfase e parágrafos de outros assuntos no
706
parecer do auditor independente
Informações comparativas -- Valores correspondentes e
710
demonstrações contábeis comparativas
Responsabilidade do auditor em relação a outras
720 informações incluídas em documentos que contenham
demonstrações contábeis auditadas

Seção 800 Áreas Específicas


NBC TA Assunto
Considerações especiais - Auditorias de demonstrações
800 contábeis preparadas de acordo com estruturas conceituais
de contabilidade para propósitos especiais
Considerações especiais - Auditoria de quadros isolados
805 das demonstrações contábeis e de elementos, contas ou
itens específicos das demonstrações contábeis
Trabalhos para reportar sobre demonstrações contábeis
810
Condensadas

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Outras NBCs
NBC PA 11 Revisão Externa de Qualidade pelos Pares.
NBC PA 290 Independência – Trabalhos de Auditoria e Revisão.
NBC P 1.8 Utilização Trabalhos de Especialistas
NBC P 1.6 Sigilo
Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e
NBC PA 01
Físicas) de Auditores Independentes.

No decorrer das aulas, conforme nos aprofundamos nos assuntos


constantes do edital, vamos tratando das normas relacionadas.

EXERCÍCIO COMENTADO

2 - (FCC/TRT-4-Analista Contábil/2011) - Em conformidade com


as normas de auditoria vigentes a partir de 2010, em relação aos
documentos apresentados pela empresa, o auditor deverá:
A) considerá-los sempre genuínos, não sendo sua a responsabilidade de
questionar a veracidade dos documentos, mesmo que tenha razão para
crer no contrário.
B) confirmar sempre, quando os documentos forem emitidos
eletronicamente, a veracidade do documento eletrônico, nos meios
disponibilizados pela empresa emissora.
C) considerar exclusivamente os contratos registrados em cartório e os
documentos com firmas reconhecidas.
D) suspender os trabalhos ao identificar uma fraude e considerar a
auditoria limitada.
E) fazer obrigatoriamente investigações adicionais na dúvida a respeito da
confiabilidade das informações.

Comentários:
Essa questão poderia ter sido resolvida com uma leitura atenta e
bom senso. Vamos comentar cada alternativa.
A alternativa A está incorreta, pois considerar os documentos
sempre genuínos contraria uma das características mais marcantes do
profissional de auditoria, que é o ceticismo profissional. O auditor tem o
dever de questionar, sempre que houver dúvida.
A letra B está incorreta, pois a confirmação irrestrita de documentos
emitidos eletronicamente seria inviável, pois a maioria dos documentos é
emitida eletronicamente.
Da mesma forma, considerar apenas os documentos com firma
reconhecida contraria a economia processual e geraria um gasto
relevante para a empresa, além de ser desnecessário. Isso torna a
alternativa C incorreta.
A letra D está incorreta, pois, de acordo com a NBC TA 240 -
Responsabilidade do Auditor em Relação à Fraude - se, como resultado de

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uma distorção decorrente de fraude ou suspeita de fraude, o– Aula 00
auditor
encontrar circunstâncias excepcionais que coloquem em dúvida sua
capacidade de continuar a realizar a auditoria, este deve determinar as
responsabilidades profissionais e legais aplicáveis à situação, e considerar
se seria apropriado o auditor retirar-se do trabalho, quando essa saída for
possível conforme a lei ou regulamentação aplicável. Ou seja, não se trata
de suspender o trabalho.
Por fim, a alternativa E está correta, pois, em caso de dúvida a
respeito de alguma informação, o auditor deve realizar investigações
adicionais.
Resposta: alternativa E.

2. NBC TA 200 - Objetivos Gerais do Auditor


Independente

A Resolução CFC nº 1.203/09 aprovou a NBC TA 200, que trata das


responsabilidades gerais do auditor independente na condução da
auditoria de demonstrações contábeis em conformidade com as normas
brasileiras e internacionais de auditoria.

Especificamente, ela expõe os objetivos gerais do auditor independente e


explica a natureza e o alcance da auditoria para possibilitar ao auditor
independente o cumprimento desses objetivos.

Na norma, o “auditor independente” é denominado o “auditor”. Esse


aspecto já nos foi questionado por alguns alunos, em outras
oportunidades. O que ocorre é que as bancas de concurso – e a ESAF se
inclui – normalmente se refere ao auditor independente como
simplesmente “Auditor”. Quando trata do auditor interno, deixa claro a
denominação “Auditor Interno”. É só prestar atenção à questão, para não
confundir.

Segundo a NBC TA 200, conforme vimos, o objetivo da auditoria é


aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por
parte dos usuários.

Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor


sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de
relatório financeiro aplicável.

Mas atenção: a opinião do auditor, portanto, não assegura, por


exemplo, a viabilidade futura da entidade nem a eficiência ou
eficácia com a qual a administração conduziu os negócios da entidade.

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E quem elabora essas demonstrações contábeis? – Aula 00

As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são elaboradas pela sua


administração, com supervisão geral dos responsáveis pela
governança. A auditoria das demonstrações contábeis não os exime
dessa responsabilidade.

Como base para a opinião do auditor, se exige que ele obtenha


segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um
todo estão livres de distorção relevante, independentemente se
causadas por fraude ou erro.

Asseguração razoável é um nível elevado de segurança, embora não


seja absoluto. Isso porque há limitações inerentes em uma auditoria,
como a qualidade das evidências, a impossibilidade de verificação da
totalidade dos eventos, dentre outros. Trataremos de evidências na
próxima aula.

A forma da opinião expressa pelo auditor depende da estrutura de


relatório financeiro aplicável e de leis ou regulamentos aplicáveis. Essa
opinião é definida a partir da verificação se as demonstrações contábeis
foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade
com a estrutura de relatório financeiro aplicável.

A forma da opinião do auditor, porém, depende da estrutura de relatório


financeiro aplicável e de lei ou regulamento, que sejam aplicáveis. Grande
parte das estruturas de relatório financeiro inclui exigências relativas à
apresentação das demonstrações. Para tais estruturas, a elaboração das
demonstrações contábeis em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro aplicável inclui a apresentação.

Quando a estrutura de relatório financeira é uma estrutura de


conformidade (compliance), a opinião exigida é se as demonstrações
contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com a estrutura. A opinião do auditor abrangem ambas
as formas de opinião (apresentação e estrutura).

2.1 Objetivos gerais do auditor

Segundo a NBC TA 200, ao conduzir a auditoria de demonstrações


contábeis, os objetivos gerais do auditor são:

a) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis


como um todo estão livres de distorção relevante,
independentemente se causadas por fraude ou erro, e se foram

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elaboradas em conformidade com a estrutura de –relatório Aula 00
financeiro aplicável; e

b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e


comunicar-se como exigido pelas normas, em conformidade com as
constatações do auditor.

2.2 Definições mais importantes

Vamos apresentar em seguida algumas definições constantes da NBC TA


200, que podem ser ampliadas para as demais normas de auditoria do
CFC:

- Estrutura de relatório financeiro aplicável é a estrutura de relatório


financeiro que é aceitável em vista da natureza da entidade e do objetivo
das demonstrações (ou exigida por lei ou regulamento).

- Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor


para fundamentar as conclusões em que se baseia a sua opinião. Seu
estudo será aprofundado na aula 1.

- Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião


de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis
contiverem distorção relevante. Nesse ponto, cabe analisarmos a
seguinte questão da última prova do TCU, apenas para consolidação do
conhecimento, já que se trata de prova do CESPE (aquela mesmo, de
certo ou errado).

QUESTÃO COMENTADA

3 - (CESPE / TCU / 2011) - A hipótese de o auditor se equivocar


ao manifestar opinião de que as demonstrações contábeis contêm
distorção relevante constitui, na acepção das normas brasileiras
de contabilidade um tipo de risco considerado insignificante.

Comentários:

Pessoal, a definição da NBC TA 200 é clara. Considera-se risco de


auditoria o risco das demonstrações contábeis conterem distorções
relevantes e o auditor opinar de forma inadequada, ou seja, considerar
que não haja essas distorções. O risco de o auditor considerar que há
distorções relevantes nas demonstrações contábeis quando na verdade
elas não existem é, segundo a norma, insignificante. Portanto, a questão
está correta.
Resposta: Certo

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Prosseguindo nas definições da norma, temos que: – Aula 00

-Informação contábil histórica é a informação expressa em termos


financeiros em relação a uma entidade específica, derivada principalmente
do sistema contábil da entidade, a respeito de eventos econômicos
ocorridos em períodos passados ou de condições ou circunstâncias
econômicas em determinada data no passado.

- Distorção é a diferença entre o que consta de uma demonstração


contábil relatada e o que é exigida para que o item esteja de acordo com
a estrutura de relatório financeiro aplicável. Ou seja, é a diferença entre o
“que é” e o “que deveria ser”.

- Risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações


contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria. Consiste
em dois componentes:

(i) risco inerente é o risco existente antes da consideração de


quaisquer controles relacionados;

(ii) risco de controle é o risco de que uma distorção não seja


prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno
da entidade.

- Risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados


pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente
baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante,
individualmente ou em conjunto com outras distorções. Esse risco é
bastante cobrado em prova, pessoal, e a partir de agora não podemos
errar.

Risco de Detecção: É o risco do


auditor!
Riscos de controle e inerente: existem
independente do auditor.

- Responsável pela governança é a pessoa ou organização com a


responsabilidade de supervisionar de forma geral a direção estratégica da
entidade e obrigações relacionadas com a responsabilidade da entidade.

2.3 Requisitos

Apresentamos alguns requisitos citados na norma, que devem ser


observados por todo auditor independente na realização de seus
trabalhos:

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- Requisitos éticos, particularmente em relação à independência
de opinião.
- Ceticismo profissional.
- Julgamento profissional, ao planejar e executar a auditoria.

Pra finalizar esse tópico, achamos relevante trazer pra vocês os princípios
fundamentais de ética profissional do contador (Lembrem-se! Todo
auditor é antes de tudo um contador!).

Embora o Código de Ética Profissional do Contador (Resolução nº


803/1996) não tenha sido cobrado de forma explícita no edital, o item
A14 da NBC TA 200 replica tais princípios. Portanto, a partir de agora,
sabemos que são eles (I-O-C-C-C):
 Integridade
 Objetividade
 Competência profissional e devido zelo
 Confidencialidade
 Comportamento (conduta) profissional

Nas resoluções das questões vamos ver que diversas delas são resolvidas
apenas com esse conhecimento.

Bom, essas foram as considerações mais importantes referentes ao


estudo da NBC TA 200. A norma é um pouco extensa, e entendemos que
não vale a pena ao aluno entrar no estudo da “lei seca” nesse caso, pois o
que consta da aula vai possibilitar que vocês resolvam as questões de
prova. Vamos aos exercícios.

EXERCÍCIOS COMENTADOS

4 - (ESAF / SEFAZ/SP - APOFP / 2009) - Sobre a auditoria


independente, é correto afirmar que tem por objetivo:
a) auxiliar a administração da entidade no cumprimento de seus
objetivos.
b) apresentar subsídios para o aperfeiçoamento da gestão e dos controles
internos.
c) emitir parecer sobre a adequação das demonstrações contábeis.
d) levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar
a justa solução do litígio.
e) recomendar soluções para as não-conformidades apontadas nos
relatórios.

Comentários:
Questão bastante comum em provas de auditoria. Para respondê-la,
basta saber o objetivo de uma auditoria independente, que é, segundo a

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NBC TA 200, “aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis – Aula 00
por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma
opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma
estrutura de relatório financeiro aplicável”. (grifos nossos)
Deve-se ressaltar que a questão ainda traz a opinião do auditor
independente com a nomenclatura antiga (“Parecer”), pois foi elaborada
antes da nova normatização. A partir da edição da NBC TA 700, o produto
do auditor independente, por meio do qual ele manifesta sua opinião,
passou a chamar Relatório do Auditor Independente.
As letras “a”, “b”, “d” e “e” são características e/ou objetivos da
Auditoria Interna.
Resposta: Letra C

5 - (ESAF / ANA / 2009) - No processo de auditoria independente,


deve-se:
a) garantir a viabilidade futura da entidade.
b) dividir a responsabilidade entre a equipe técnica e o auditor.
c) abolir o uso de práticas consagradas pela Profissão Contábil.
d) certificar a continuidade da empresa pelos próximos 5 anos.
e) emitir o parecer com assinatura de contador devidamente registrado.

Comentários:
A alternativa “a” está incorreta, pois, de acordo com a NBC T-11
(vigente à época da prova), o parecer do auditor independente tem por
limite os próprios objetivos da auditoria das demonstrações contábeis e
não representa, pois, garantia de viabilidade futura da entidade ou algum
tipo de atestado de eficácia da administração na gestão dos negócios. A
NBC TA 200, vigente atualmente, não modificou esse entendimento.
Segundo essa norma, o auditor não pode prever esses eventos ou
condições futuras. Consequentemente, a ausência de qualquer referência
à incerteza de continuidade operacional, no relatório do auditor
independente, não pode ser considerada uma garantia da capacidade de
continuidade operacional.
A letra “b” está incorreta, pois a responsabilidade pelo trabalho de
auditoria é exclusiva do auditor.
A norma especifica que, na ausência de disposições específicas,
prevalecem as práticas já consagradas pela Profissão Contábil,
formalizadas ou não pelos seus organismos próprios. Portanto, a letra “c”
está incorreta.
A alternativa “d” também está errada, pelos mesmos motivos
apresentados na análise da letra “a”, não sendo possível, para o auditor,
“garantir” a continuidade da empresa, pois estaria atestando certa
eficácia da administração.
Por fim, a letra “e” é o gabarito da questão. De acordo com a NBC
T-11, o parecer é de exclusiva responsabilidade de contador registrado no
Conselho Regional de Contabilidade. Atenção! CRC e não CFC. Embora a

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NBC T-11 tenha sido revogada, essa exclusividade continua, uma–vez Aulaque
00
a Resolução CFC nº 560/83 continua vigente.
Resposta: E

6 - (ESAF / CVM / 2010) - Assinale a opção que indica uma


exceção aos princípios fundamentais de ética profissional
relevantes para o auditor na condução de trabalhos de auditoria
das demonstrações contábeis.
a) Independência técnica.
b) Confidencialidade.
c) Competência e zelo profissional.
d) Comportamento e conduta profissional.
e) Objetividade.

Comentários:
O Código de Ética Profissional do Contador (Resolução nº
803/1996), assim como a NBC PA 01, que trata do controle de qualidade
para firmas de auditoria, estabelece como princípios fundamentais de
ética profissional: integridade; objetividade; competência profissional e
devido zelo; confidencialidade e comportamento (conduta) profissional.
Esses princípios são replicados no item A14 da NBC TA 200, que consta
no nosso edital.
Portanto, para responder esta questão, bastava ficar atento para a
letra “a”, que não corresponde a um desses princípios fundamentais da
ética profissional. A ESAF tentou confundir o candidato, trocando
“integridade” por “independência técnica”.
Resposta: A

7 - (ESAF / CVM / 2010) - Segundo as normas de auditoria


vigentes, risco de auditoria pode ser caracterizado como:
a) o risco de haver insuficiência de informações sobre determinada
transação nas demonstrações contábeis sem que o auditor possa
perceber.
b) possibilidade de ser o trabalho do auditor inviabilizado pela inexistência
de informações confiáveis para o trabalho.
c) o risco de o Controle Interno não ter detectado a tempo uma falha que
leva a entidade a elaborar demonstrações contábeis distorcidas.
d) o risco de o auditor expressar uma opinião de auditoria inadequada,
quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante.
e) possibilidade de o auditor emitir parecer sem ressalvas, quando
distorções relevantes nas demonstrações contábeis forem
intencionalmente encobertas.

Comentários:

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Questão retirada de forma literal da NBC TA 200. Segundo – Aula 00
essa
norma, Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião
de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem
distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos de
distorção relevante e do risco de detecção. Veremos em questões adiante
a definição desses dois riscos.
Resposta: D

8 - (ESAF / CGU / 2008) - De acordo com a NBC-T-11, Risco de


Auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião
tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis
significativamente incorretas. Nesse contexto, há risco de
auditoria nos seguintes casos, exceto:
a) na possibilidade de o auditor considerar os controles internos eficientes
quando na realidade não são.
b) na possibilidade de o auditor considerar incorreto o saldo de uma conta
quando na realidade este saldo esteja correto.
c) na possibilidade de o auditor considerar os controles internos
ineficientes quando na realidade são.
d) na possibilidade de o auditor considerar correto o saldo de uma conta
quando na realidade este saldo esteja incorreto.
e) na possibilidade de o auditor considerar os controles internos
ineficientes quando na realidade não são.

Comentários:
A NBC T 11, legislação aplicável à época desta prova, definia Risco
de Auditoria como sendo a possibilidade de o auditor vir a emitir uma
opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis
significativamente incorretas. A NBC TA 200, apesar de definir com outras
palavras, como vimos em questões anteriores, não modifica o conceito de
risco de auditoria.
Dessa forma, na letra “a”, os controles internos da empresa não são
eficientes, mas há a possibilidade de o auditor entender esses controles
são eficientes. Já a alternativa “e” apresenta uma situação inversa. O
controle interno é eficiente e o auditor tem a possibilidade de considerá-lo
ineficiente. Portanto, há risco de auditoria (emissão de opinião
inadequada) nesses dois casos.
Na opção “b” o saldo de uma conta estava correto, mas o auditor
tem a possibilidade de considerá-los incorretos. Dessa forma, sua opinião
estaria inadequada e há risco de auditoria. A opção “d” traz o caso
inverso. O saldo de uma conta está incorreto e o auditor tem a
possibilidade de considerá-lo correto. Também há risco de auditoria.
Por fim, a letra “c” é a resposta da questão, pois não há risco de
auditoria na situação em tela. Segundo essa opção, os controles internos
são ineficientes e o auditor os considera dessa forma. Logo, não há
emissão de uma opinião inadequada.

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Antes de passarmos para a próxima questão, cabe uma observação. – Aula 00
A NBC TA 200 estabelece, no seu item A33, que o risco de auditoria não
inclui o risco de que o auditor possa expressar uma opinião de que as
demonstrações contábeis contêm distorção relevante quando esse não é o
caso. Esse risco, segundo a norma, geralmente é insignificante.
Resposta: C

9 - (ESAF / PMRJ / 2010) - Assinale a opção falsa a respeito dos


assuntos que, se bem equacionados, ajudam o auditor a reduzir o
risco de detecção em uma auditoria.
a) Formação de equipes de trabalho com pessoal preparado.
b) Revisão e supervisão dos trabalhos de auditoria realizados.
c) Aplicação do ceticismo profissional.
d) Planejamento adequado dos trabalhos de auditoria.
e) Diminuição do escopo de exame e redução do número de transações.

Comentários:
Segundo a NBC TA 200, Risco de detecção é o risco de que os
procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a
um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que
possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras
distorções. Em outras palavras, é o risco do auditor!
Nesse sentido, todas as alternativas, com exceção da letra “e”
(gabarito da questão) apresentam assuntos que devem ser observados
pelo auditor para redução do seu risco de detecção. A alternativa “e” é
falsa, pois de o auditor diminui seu escopo e aplica menos testes, ele
estará aumentando a possibilidade de não detectar alguma distorção
relevante e, dessa forma, aumentando o risco de detecção.
Resposta: E

3. Princípios de Contabilidade (Resolução CFC nº


750/93)

Em cada uma das ciências são definidos princípios que servem de base
para a orientação e condução de determinadas ações. Com a
Contabilidade, como ciência, não poderia ser diferente.

Segundo Attie (2010), Princípios de Contabilidade são “os preceitos


resultantes do desenvolvimento da aplicação prática dos princípios
técnicos emanados da Contabilidade, de uso predominante no meio em
que se aplicam, proporcionando interpretação uniforme das
demonstrações financeiras”.

Ou seja, os princípios contábeis permitem aos usuários fixar padrões de


comparação e de credibilidade, em função do reconhecimento dos
critérios adotados na elaboração das demonstrações contábeis.

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– Aula 00
A Resolução CFC n.º 750/93, alterada pela Resolução CFC nº.
1.282/10 (que, dentre outras mudanças, alterou a denominação de
Princípios Fundamentais de Contabilidade – PFC – para a nomenclatura
atual), relacionou os Princípios de Contabilidade (PC), estabelecendo
que sua observância é obrigatória no exercício da profissão e
constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de
Contabilidade (NBC).

Segundo a norma, na aplicação dos Princípios de Contabilidade devem ser


consideradas as situações concretas, sendo que a essência das
transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais.

3.1 Conceito e enumeração

Segundo o CFC, os Princípios de Contabilidade representam a essência


das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante
o entendimento predominante nos universos científico e profissional de
nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo
de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades.

O Art. 3º da Resolução nº 750/93 estabelece os seguintes Princípios de


Contabilidade:

- o da ENTIDADE
- o da CONTINUIDADE;
- o da OPORTUNIDADE;
- o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
- o da COMPETÊNCIA; e
- o da PRUDÊNCIA.

Antes de falarmos de cada um deles, cabe lembrar que não há mais o


Princípio da Atualização Monetária, que foi revogado pela Resolução nº
1.282/10.

3.2 Princípio da Entidade

O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da


Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a pessoa, conjunto de
pessoas, sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com
ou sem fins lucrativos.

Assim, segundo este princípio, o Patrimônio não se confunde com


aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou
instituição.

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O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca– Aula não00é
verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não
resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-
contábil.

Assim, podemos concluir que o cerne do princípio da Entidade está na


autonomia do patrimônio a ela pertencente, afirmando que o
patrimônio deve revestir-se do atributo de autonomia em relação a todos
os outros Patrimônios existentes, pertencendo a uma Entidade, no
sentido de sujeito suscetível à aquisição de direitos e obrigações.

Por fim, cabe esclarecer que o Patrimônio pode ser decomposto em


partes, segundo os mais variados critérios, mas nenhuma classificação
resultará em novas Entidades.

3.3 Princípio da Continuidade

O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em


operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos
componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.

A situação limite na aplicação do princípio da Continuidade é aquela em


que há a completa cessação das atividades da Entidade. Nessa situação,
determinados ativos, como, por exemplo, os valores diferidos, deixarão
de serem assim considerados, passando à condição de despesas (não há
possibilidade de recuperação).

3.4 Princípio da Oportunidade

O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e


apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações
íntegras e tempestivas.

A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da


informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por
isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a
confiabilidade da informação.

A falta de integridade e
tempestividade pode ocasionar
perda de sua relevância, por isso
é necessário ponderar a relação
entre oportunidade e
confiabilidade da informação.

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O princípio da Oportunidade abarca dois aspectos distintos, –embora Aula 00
complementares: a integridade e a tempestividade, razão pela qual
alguns doutrinadores preferem chamá-lo de princípio da Universalidade.
Como essa denominação não está presente na Resolução 750/93, para
nossa prova, ficaremos com Oportunidade mesmo.

3.5 Princípio do Registro pelo Valor Original

O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os


componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados
pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.

As seguintes bases de mensuração desses componentes devem ser


utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de
diferentes formas:

I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou


a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo
dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição.
Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram
recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos
valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários
para liquidar o passivo no curso normal das operações; e

II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio,


os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer
variações decorrentes dos seguintes fatores:

a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores


em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se
esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no
período das demonstrações contábeis. Os passivos são
reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não
descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na
data ou no período das demonstrações contábeis;
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em
caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela
venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores
em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera
seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso
normal das operações da Entidade;
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente,
descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera
seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os
passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo
futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para
liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade;

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d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, – Aula 00
ou
um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em
uma transação sem favorecimentos; e
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder
aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros
contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos
componentes patrimoniais.

São resultantes da adoção da atualização monetária:

I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor,


não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das
transações originais, é necessário atualizar em moeda nacional, a fim
de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos
componentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido;
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão
somente o ajustamento dos valores originais para determinada data,
mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir
a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período.

3.6 Princípio da Competência

O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e


outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,
independentemente do recebimento ou pagamento, e pressupõe a
simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.

A Competência é o princípio que estabelece quando determinado


componente deixa de integrar o patrimônio para transformar-se em
elemento modificador do Patrimônio Líquido.

Entretanto, observem que não está relacionado com recebimentos e


pagamentos, mas com o reconhecimento das receitas geradas e das
despesas incorridas no período.

3.7 Princípio da Prudência

O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os


componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que
se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

Este princípio pressupõe o emprego de certo grau de precaução no


exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas
condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam
superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados,

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atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração – Aula 00e
apresentação dos componentes patrimoniais.

Mas atenção: segundo o CFC, a aplicação do princípio da Prudência não


deve levar a excessos, a situações classificáveis como manipulações do
resultado, com consequente criação de reservas ocultas. Pelo contrário,
deve constituir garantia da inexistência de valores artificiais e impedir a
prevalência de juízos puramente pessoais.

Ao finalizar o estudo dos Princípios de Contabilidade, faz-se necessário


esclarecer que um eventual comentário, no Relatório do auditor
independente, sobre a observância desses princípios nas demonstrações
contábeis, requer o exercício do julgamento profissional do auditor, no
sentido de que estes encontrem aceitação geral no meio em que se
aplicam.

EXERCÍCIOS COMENTADOS

10 - (FCC / SEFAZ/SP - APOFP / 2010) - A integridade do registro do


patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de
imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que
as originaram, está relacionada ao Princípio Fundamental de
Contabilidade da:
a) Entidade.
b) Oportunidade.
c) Continuidade.
d) Prudência.
e) Competência.

Comentários:
Segundo a Resolução CFC nº 1.282/2010, o Princípio da
Oportunidade “refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos
componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e
tempestivas”. Isso significa que os registros contábeis devem ser feitos de
imediato e da extensão correta, para que não seja perdida a relevância
dessa informação. As outras alternativas trazem outros PC, já abordados
na nossa aula.
As palavras-chave para identificar que a questão trata do Princípio
da Oportunidade são: integridade do registro, imediato e extensão
correta.
Resposta: Letra B

11 - (ESAF / RECEITA FEDERAL / 2009) - A empresa Eletronics S.A.


fabrica televisores de LCD de última geração. A garantia convencional é
dada para três anos e a garantia oferecida é estendida para mais um ano
mediante pagamento complementar. Como o custo é baixo, em 90% dos

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casos o cliente adquire. A empresa registra o valor da venda do –televisorAula 00
como receita de vendas e a garantia estendida como receita de serviços,
no resultado. Pode-se afirmar que, nesse caso, não está sendo atendido o
princípio:
a) da continuidade.
b) do custo como base do valor.
c) da competência.
d) da neutralidade.
e) da entidade.

Comentários:
Esta questão da ESAF cobra um conhecimento de contabilidade. O
valor da venda do televisor deve, realmente, ser registrado como receita
de vendas. Entretanto, o valor obtido pela garantia estendida não pode
ser levado ao resultado, pois é uma Receita Antecipada, e deve ser levada
ao Passivo. Dessa forma, ao longo dos três anos é que a receita deve ser
efetivada, e não de uma só vez, quando do momento da venda.
Isso ocorre para obedecer ao Princípio da Competência que,
segundo a Resolução CFC nº 1.282/2010, “determina que os efeitos das
transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se
referem, independentemente do recebimento ou pagamento”, ou seja, o
registro da receita deve ocorrer somente na ocorrência do fato gerador.
O Princípio da Continuidade (letra “a”) pressupõe que a Entidade
continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a
apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta
circunstância. Já o Princípio da Entidade (letra “e”) “reconhece o
Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia
patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular
no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer
a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de
qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por
conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles
dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição”.
(Resolução CFC nº 750/1993).
As letras “b” e “d” não apresentam Princípios de Contabilidade, de
acordo com as normas vigentes.
Resposta: Letra C

12 - (ESAF / SEFAZ/SP - APOFP / 2009) - Sempre que se


apresentarem alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido, deve-se adotar o
menor valor para os componentes do Ativo e o maior valor para os
componentes do Passivo. É como determina o princípio do (a):
a) Registro pelo Valor Original.
b) Prudência.
c) Atualização Monetária.
d) Competência.
e) Oportunidade.
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Comentários:
A Resolução CFC nº 1.282/2010, que alterou a Resolução CFC nº
750/93, define, em seu art. 10º, que o Princípio da Prudência “pressupõe
o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos
necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido
de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos
e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade
ao processo de mensuração e apresentação dos componentes
patrimoniais.” (Grifos nossos).
Dessa forma, a adoção do menor valor para componentes do Ativo
e o maior valor para componentes do Passivo obedece ao Princípio da
Prudência. Cabe ressaltar que a Resolução CFC nº 1.282/2010 trouxe
ainda duas importantes mudanças. A primeira é que os Princípios
Fundamentais de Contabilidade (PFC) passaram a ser denominados de
Princípios de Contabilidade (PC). A outra grande mudança, como vimos,
foi a revogação do Princípio da Atualização Monetária, que deixou de ser
um Princípio de Contabilidade. Dessa maneira, atualmente são 6 (seis) e
não mais 7 (sete) os PC, relembrando: Entidade, Competência, Registro
pelo Valor Original, Prudência, Oportunidade e Continuidade.
As palavras-chave para identificar que a questão trata do princípio
da prudência são: menor valor do ativo e maior valor do passivo.
Resposta: Letra B

13 - (ESAF/SUSEP-Analista/2010) - A legislação vigente sobre as


sociedades anônimas estabelece o que deve ser computado na
determinação do resultado do exercício. Diz a lei que devem ser
incluídas as receitas e os rendimentos ganhos no período,
independentemente de sua realização em moeda, bem como os
custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos,
correspondentes a essas receitas e rendimentos.
Ao analisar essa determinação, pode-se dizer que, com ela, a lei
está consagrando o princípio contábil:
A) da Oportunidade.
B) da Realização da Receita.
C) da Prudência.
D) da Igualdade Contábil.
E) da Competência.

Comentários:
O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações
e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,
independentemente do recebimento ou pagamento.
Resposta: E

14 - (FCC / TCE-PR / 2011) - Na análise dos demonstrativos contábeis,


um auditor deparou-se com valores inconsistentes. Diante desse fato,
após a verificação da validade das alternativas, para a execução da
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auditoria ele adotou o menor valor para os componentes do ativo – Aulae00o
maior para os do passivo. A medida tomada pelo auditor atendeu ao
princípio da:
(A) entidade.
(B) prudência.
(C) razoabilidade.
(D) oportunidade.
(E) competência.

Comentários:
Conforme verificado, a adoção de menor valor para os componentes
do ativo e maior para os do passivo obedece ao Princípio da Prudência.
Ressalta-se, como visto na teoria, que segundo o CFC, a aplicação desse
princípio não deve levar a excessos, a situações classificáveis como
manipulações do resultado, com consequente criação de reservas ocultas.
Resposta: B

15 - (ESAF/MPOG-APO/2010/adaptada) - De acordo com a


Resolução 750/93, do Conselho Federal de Contabilidade, foram
aprovados os seguintes Princípios de Contabilidade: da
Competência; da Prudência; do Denominador Comum Monetário;
do Custo como Base de Valor; da Realização da Receita; da
Entidade; e da Continuidade.
A afirmativa "a todo débito corresponde um crédito de igual valor"
se refere ao princípio contábil:
A) da Prudência.
B) da Competência.
C) do Custo como Base de Valor.
D) do Denominador Comum Monetário.
E) não se refere a nenhum princípio.

Comentários:
A afirmativa "a todo débito corresponde um crédito de igual valor"
não se refere a nenhum dos Princípios de Contabilidade, mas sim ao
Método de Partidas Dobradas (MPD).
Resposta: E

16 - (ESAF/SRF/AFRF/2009/adaptada) - O Conselho Federal de


Contabilidade, considerando que a evolução ocorrida na área da
Ciência Contábil reclamava a atualização substantiva e adjetiva de
seus princípios, editou, em 29 de dezembro de 1993, a Resolução
750, dispondo sobre eles. Sobre o assunto, abaixo estão escritas
cinco frases. Assinale a opção que indica uma afirmativa falsa.
A) A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício
da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras
de Contabilidade (NBC).
B) Os Princípios de Contabilidade, por representarem a essência das
doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, a ela dizem
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respeito no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto – Aulaé00o
patrimônio das Entidades.
C) O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial e a desnecessidade da
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes.
D) O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A
soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em
nova entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.
E) São Princípios de Contabilidade: o da entidade; o da continuidade; o da
oportunidade; o do registro pelo valor original; o da atualização
monetária; o da competência e o da prudência.

Comentários:
Ao contrário da afirmação constante da alternativa C, o Princípio da
ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e
afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de
um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes,
independentemente de pertencer a pessoa, conjunto de pessoas,
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem
fins lucrativos.
As demais alternativas estão corretas e não merecem reparos.
Resposta: C

17 - (ESAF/SEFAZ-SP/APOFP/2009) - Assinale abaixo a opção que


contém uma afirmativa falsa.
A) A Contabilidade é mantida para as Entidades; os sócios ou quotistas
destas não se confundem, para efeito contábil, com aquelas.
B) Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá operar
por período indeterminado de tempo até que surjam fortes evidências em
contrário.
C) O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para
fabricá-lo e colocá-lo em condições de gerar benefícios para a Entidade
representa a base de valor para a Contabilidade.
D) Os princípios fundamentais da Resolução CFC 750/93, apesar de
servirem como orientação precisa para os procedimentos contábeis, não
constituem condição de legitimidade das Normas Brasileiras de
Contabilidade.
E) Entre conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio,
igualmente válidos, segundo os princípios fundamentais, a Contabilidade
escolherá o que apresentar o menor valor atual para o ativo e o maior
para as obrigações.

Comentários:
Ao contrário do descrito na alternativa D, os princípios da Resolução
CFC 750/93, além de servirem como orientação precisa para os
procedimentos contábeis, constituem condição de legitimidade das
Normas Brasileiras de Contabilidade.
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As demais alternativas não apresentam erro. – Aula 00
Resposta: D

18 - (ESAF/SEFAZ-CE-Analista Contábil/2007) - Assinale abaixo a


opção que contém a assertiva verdadeira.
A) Pelo princípio contábil da competência, são consideradas do exercício
social as despesas que nele forem pagas, independentemente de seu
vencimento, enquanto que para receitas o que importa é o momento em
que forem efetivamente realizadas.
B) Pelo princípio contábil da prudência, quando houver dois valores
igualmente válidos e confiáveis, a contabilidade deverá considerar o
menor dos dois, se for do passivo, ou o maior dos dois, se for do ativo.
C) O princípio contábil do custo como base de valor disciplina que um
bem adquirido deve ser incorporado ao ativo pelo seu preço de aquisição,
a menos que o valor tenha sido alterado já na época da compra.
D) O princípio contábil da entidade está claramente definido no conceito
de patrimônio, quando se afirma que o objeto da contabilidade é o
conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa.
E) O critério de avaliação de bens pelo preço de custo ou de mercado, dos
dois o menor, está inteiramente de acordo com o princípio contábil da
Consistência.

Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois contraria o princípio da
competência, que determina que os efeitos das transações e outros
eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,
independentemente do recebimento ou pagamento.
A letra B está também está errada, pois o Princípio da PRUDÊNCIA
determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do
maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas
igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que
alterem o patrimônio líquido.
A alternativa C está incorreta, pois apresenta a definição do
princípio do Registro pelo Valor Original como sendo do custo como base
de valor, que não é um dos Princípios de Contabilidade.
A letra D está correta, como vimos na aula, pois o Princípio da
ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma
a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um
Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.
A alternativa E está incorreta, pois o princípio da consistência não
está relacionado como Princípio de Contabilidade.
Resposta: D

19 - (ESAF/ANEEL/Analista Administrativo/2006) - João Aniceto


comprou um caminhão e, com muito esforço pessoal, pagou as
prestações até a quitação final. Ao adquirir quotas de capital do
Mercadinho da Praça Limitada, Aniceto aceitou entregar o
caminhão para integralizá-las, mas combinou com os outros
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sócios que queria usar o caminhão sempre que dele precisasse, – Aula 00

que foi ele, João, quem o adquiriu da Chevrolet, comprando-o e
pagando-o até a quitação. O desejo de João Aniceto não pode ser
atendido, porque o Mercadinho é uma sociedade empresária e tem
que observar os princípios fundamentais de contabilidade. A regra
que determina que o caminhão não é mais do João, mesmo que
ele seja dono da empresa, é o princípio contábil da:
A) continuidade.
B) competência.
C) oportunidade.
D) prudência.
E) entidade.

Comentários:
Segundo o princípio da entidade, o patrimônio não se confunde
com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou
instituição.
Resposta: E

20 - (ESAF/SEFAZ-MG/AFRE/2005) - Assinale a opção que contém


afirmativa correta sobre princípios de contabilidade.
A) Quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis, o princípio da
competência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor
patrimônio líquido.
B) Diante de alternativas igualmente válidas, o princípio da competência
impõe a adoção do menor valor para o ativo e do maior valor para o
passivo.
C) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do
resultado do período em que ocorrerem, segundo afirma o princípio da
prudência.
D) O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas correlatas é
consequência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração,
mas não atende ao princípio da continuidade.
E) O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da
contabilidade e afirma a autonomia patrimonial diferenciando o
patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.

Comentários:
As alternativas A e B apresentam a definição de princípio da
prudência como se fosse da competência.
A letra C apresenta a definição de princípio da competência como se
fosse da prudência.
A alternativa D misturou os conceitos de competência e
continuidade.
A letra E está correta, conforme a Resolução 750/93.
Resposta: E

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21 - (ESAF/SEFAZ-MG/Gestor Fazendário/2005) - Cumprir – Aula 00
ou
observar o Princípio de Contabilidade da Prudência significa,
dentro de alternativas possíveis e válidas,
A) demonstrar o menor ativo e o maior passivo.
B) demonstrar o maior ativo e o menor passivo.
C) demonstrar sempre o patrimônio líquido real.
D) obter o menor lucro possível.
E) obter o maior lucro possível.

Comentários:
Como vocês estão notando, as questões se repetem. O Princípio da
PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes
do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Resposta: A

22 - (ESAF/STN/AFC/2005/adaptada) - Assinale a opção que


contém a afirmativa incorreta sobre princípios de contabilidade.
A) O princípio da competência estabelece diretrizes para classificação das
mutações patrimoniais resultantes da observância do princípio da
oportunidade.
B) Observando-se o princípio do registro pelo valor original, o princípio da
prudência somente se aplica às mutações posteriores, constituindo-se
ordenamento indispensável à correta aplicação do princípio da
competência.
C) A observância do princípio da continuidade é indispensável à correta
aplicação do princípio da competência, pois se relaciona à quantificação
dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, sendo
importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado.
D) Segundo o princípio da entidade o patrimônio a ela pertence, mas a
recíproca não é verdadeira. A agregação contábil de patrimônios resulta
em nova entidade.
E) A observância do princípio da continuidade influencia o valor
econômico dos ativos e, às vezes, o valor ou o vencimento dos passivos.

Comentários:
Conforme vimos na aula, o PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE,
mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de
patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa
unidade de natureza econômico-contábil.
As demais alternativas não contem erros.
Resposta: D

23 - (ESAF/IRB/Analista/2004) - Assinale a opção incorreta. Do


Princípio do Registro pelo Valor Original resulta:

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A) a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base – Aulanos
00
valores de entrada, considerando- se como tais os resultantes do
consenso com os agentes externos ou da imposição destes.
B) uma vez integrados no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não
poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-
somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou
integral, a outros elementos patrimoniais.
C) o valor original será mantido enquanto o componente permanecer
como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste.
D) a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não
representa unidade constante em termos do poder aquisitivo.
E) o uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes
patrimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos
mesmos.

Comentários:
São resultantes da adoção da atualização monetária, incluído
no princípio do Registro pelo Valor Original:
I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de
valor, não representa unidade constante em termos do poder
aquisitivo;
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores
das transações originais, é necessário atualizar sua expressão
formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam
substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais
e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas
tão somente o ajustamento dos valores originais para determinada
data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos
aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional
em um dado período.
Resposta: D

24 - (ESAF/SRF/AFRF/2003) - Quando o Contador registra, no fim


do exercício, uma variação cambial para atualizar a dívida em
moeda estrangeira; quando faz provisão para crédito de
liquidação duvidosa; ou quando faz um lançamento de ajuste do
estoque ao preço de mercado está apenas:
A) cumprindo a sua obrigação profissional.
B) executando o regime contábil de competência.
C) cumprindo o princípio fundamental da prudência.
D) satisfazendo o princípio fundamental da entidade.
E) seguindo a convenção do conservadorismo.

Comentários:
O princípio da prudência pressupõe o emprego de certo grau de
precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em
certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não
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sejam superestimados e que passivos e despesas não– Aula 00
sejam
subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração
e apresentação dos componentes patrimoniais.
Assim, quando o contador toma as medidas apresentadas na
questão, está tendo precaução no exercício dos julgamentos necessários
às estimativas em condições de incerteza.
Resposta: C

Gostaríamos de concluir este tópico com uma informação: a


inobservância dos Princípios de Contabilidade constitui infração ao
Decreto-Lei n.º 9.295, de 27 de maio de 1946, que criou o CFC, e sujeita
os infratores a penalidades ético-disciplinares aplicáveis por infração
ao exercício legal da profissão e, quando aplicável, ao Código de Ética
Profissional do Contabilista.

4. Resolução CFC nº 1.374/11

O edital do último concurso citava a Resolução 1.121/08, mas essa norma


foi revogada pela Resolução CFC nº 1.374/11, que deu nova redação à
NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para
Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. Ou seja,
com a publicação do novo edital, esperamos que a matéria seja
atualizada.

Sobre a Resolução 1.374/11, lembrem-se que as demonstrações


contábeis são elaboradas e apresentadas para usuários externos em
geral, tendo em vista suas finalidades distintas e necessidades diversas.

Governos, órgãos reguladores ou autoridades tributárias, por exemplo,


podem determinar especificamente exigências para atender a seus
próprios interesses. Essas exigências, no entanto, não devem afetar as
demonstrações contábeis elaboradas segundo esta Estrutura Conceitual.

Demonstrações contábeis elaboradas dentro do que prescreve esta


Estrutura Conceitual objetivam fornecer informações que sejam úteis
na tomada de decisões econômicas e avaliações por parte dos
usuários em geral, não tendo o propósito de atender finalidade ou
necessidade específica de determinados grupos de usuários. Objetivam a
maioria dos usuários.

A Estrutura Conceitual definida foi desenvolvida de forma a ser aplicável


a uma gama de modelos contábeis e conceitos de capital e sua finalidade
é, dentre outras:

(a) dar suporte ao desenvolvimento de novas normas;


(b) dar suporte aos órgãos reguladores nacionais;

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(c) auxiliar os responsáveis pela elaboração das demonstrações – Aula 00
contábeis na aplicação das normas;
(d) auxiliar os auditores independentes a formar sua opinião sobre a
conformidade das demonstrações contábeis com as normas;
(e) auxiliar os usuários das demonstrações contábeis na interpretação
de informações nelas contidas.

Esta Estrutura aborda o objetivo da elaboração e divulgação de relatório


contábil-financeiro, as características qualitativas da informação contábil-
financeira útil, a definição, o reconhecimento e a mensuração dos
elementos a partir dos quais as demonstrações contábeis são elaboradas;
e os conceitos de capital e de manutenção de capital.

4.1 Objetivo do Relatório Contábil-Financeiro

O objetivo da elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro de


propósito geral constitui o pilar da Estrutura Conceitual.

Outros aspectos da Estrutura Conceitual – como o conceito de entidade


que reporta a informação, as características qualitativas da informação
contábil-financeira útil e suas restrições, os elementos das
demonstrações contábeis, o reconhecimento, a mensuração, a
apresentação e a evidenciação – fluem logicamente desse objetivo.

Esse objetivo é fornecer informações contábil-financeiras acerca da


entidade que reporta essa informação (reporting entity) que sejam úteis
a investidores quando da tomada decisão ligada ao fornecimento de
recursos para a entidade.

Essas decisões envolvem comprar, vender ou manter participações


em instrumentos patrimoniais e em instrumentos de dívida, e a oferecer
ou disponibilizar empréstimos ou outras formas de crédito.

Entretanto, relatórios contábil-financeiros de propósito geral não atendem


e não podem atender a todas as informações de que investidores,
credores por empréstimo e outros credores necessitam. Esses usuários
precisam considerar informação pertinente de outras fontes, como, por
exemplo, condições econômicas gerais e expectativas, eventos políticos e
clima político, e perspectivas e panorama para a indústria e para a
entidade.

Relatórios contábil-financeiros também fornecem informação sobre os


efeitos de transações e outros eventos que alteram os recursos
econômicos da entidade que reporta a informação e reivindicações contra
ela. Ambos os tipos de informação fornecem dados de entrada úteis para
decisões ligadas ao fornecimento de recursos para a entidade.

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4.2 Performance financeira refletida pelo regime de competência – Aula 00
(accruals)

O regime de competência retrata com propriedade os efeitos de


transações e outros eventos e circunstâncias sobre os recursos
econômicos e reivindicações da entidade (reporta a informação nos
períodos em que ditos efeitos são produzidos, ainda que os
recebimentos e pagamentos em caixa derivados ocorram em períodos
distintos).

Isso é importante em função de a informação sobre os recursos fornecer


melhor base de avaliação da performance passada e futura da entidade
do que a informação puramente baseada em recebimentos e pagamentos
em caixa ao longo desse mesmo período.

4.3 Performance financeira refletida pelos fluxos de caixa


passados

Informações sobre os fluxos de caixa da entidade também ajudam os


usuários a avaliar a capacidade de a entidade gerar fluxos de caixa
futuros líquidos, pois indicam como a entidade que reporta a informação
obtém e despende caixa, incluindo informações sobre seus empréstimos
e resgate de títulos de dívida, dividendos em caixa e outras distribuições
em caixa para seus investidores, e outros fatores que podem afetar a
liquidez e a solvência da entidade.

4.4 Características Qualitativas da Informação Contábil-Financeira

As características qualitativas da informação contábil-financeira útil


identificam os tipos de informação que muito provavelmente são
reputadas como as mais úteis para investidores e demais interessados,
para tomada de decisões com base na informação contida nos seus
relatórios contábil-financeiros (informação contábil-financeira). A
utilidade da informação contábil-financeira é melhorada se ela for
comparável, verificável, tempestiva e compreensível.

As características qualitativas fundamentais são relevância e


representação fidedigna.

A utilidade da informação
contábil-financeira é melhorada
se ela for comparável,
verificável, tempestiva e
compreensível.
As características qualitativas
fundamentais são relevância e
representação fidedigna.

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4.4.1 Relevância – Aula 00

Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer


diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários. A
informação pode ser capaz de fazer diferença em uma decisão mesmo no
caso de alguns usuários decidirem não a levar em consideração, ou já
tiver tomado ciência de sua existência por outras fontes.

4.4.2 Representação fidedigna

Os relatórios contábil-financeiros representam um fenômeno econômico


em palavras e números. Para ser útil, a informação contábil-financeira
não tem só que representar um fenômeno relevante, mas tem também
que representar com fidedignidade o fenômeno que se propõe
representar.

Para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada


precisa ter três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de
erro.

Existem ainda algumas características qualitativas consideradas como


sendo “de melhoria”, pois melhoram a utilidade da informação que é
relevante e que é representada com fidedignidade. São elas:
comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e
compreensibilidade são características qualitativas que As
características qualitativas de melhoria podem também auxiliar a
determinar qual de duas alternativas que sejam consideradas
equivalentes em termos de relevância e fidedignidade de representação
deve ser usada para retratar um fenômeno.

Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os


usuários identifiquem e compreendam similaridades dos itens e
diferenças entre eles. Diferentemente de outras características
qualitativas, a comparação requer no mínimo dois itens.

A verificabilidade ajuda a assegurar aos usuários que a informação


representa fidedignamente o fenômeno econômico que se propõe
representar, e significa que diferentes observadores independentes
podem chegar a um relativo consenso quanto ao retrato de uma
realidade econômica em particular ser uma representação fidedigna.

Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de


decisão a tempo de poder influenciá-los em suas decisões. Em geral, a
informação mais antiga é a que tem menos utilidade.

Compreensibilidade é repreentada por classificar, caracterizar e


apresentar a informação com clareza e concisão torna-a
compreensível.
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– Aula 00
Além do que já foi tratado, devemos citar ainda uma premissa
subjacente, na elaboração das demonstrações, que é a continuidade.

As demonstrações contábeis normalmente são elaboradas tendo como


premissa que a entidade está em atividade (going concern assumption) e
irá manter-se em operação por um futuro previsível.

Desse modo, parte-se do pressuposto de que a entidade não tem a


intenção, nem tampouco a necessidade, de entrar em processo de
liquidação ou de reduzir materialmente a escala de suas operações.

Por outro lado, se essa intenção ou necessidade existir, as


demonstrações contábeis podem ter que ser elaboradas em bases
diferentes e, nesse caso, a base de elaboração utilizada deve ser
divulgada.

4.5 Elementos das demonstrações contábeis

Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição


patrimonial e financeira são os ativos, os passivos e o patrimônio
líquido. Estes são definidos como segue:
(a) ativo é um recurso controlado pela entidade como
resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam
futuros benefícios econômicos para a entidade;
(b) passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de
eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída
de recursos da entidade capazes de gerar benefícios
econômicos;
(c) patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da
entidade depois de deduzidos todos os seus passivos.

Não vamos nos aprofundar no assunto, por não ser objetivo do curso,
tema mais específico da disciplina Contabilidade Geral.

4.6 Performance

O resultado é frequentemente utilizado como medida de performance ou


como base para outras medidas, tais como o retorno do investimento ou
o resultado por ação. Os elementos diretamente relacionados com a
mensuração do resultado são as receitas e as despesas, definidos como
segue:
(a) receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o
período contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do
aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em
aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados

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com a contribuição dos detentores dos instrumentos – Aula 00
patrimoniais;
(b) despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante
o período contábil, sob a forma da saída de recursos ou da
redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam em
decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam
relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos
patrimoniais.

4.7 Mensuração dos elementos das demonstrações contábeis

Mensuração é o processo que consiste em determinar os montantes


monetários por meio dos quais os elementos das demonstrações
contábeis devem ser reconhecidos e apresentados no balanço patrimonial
e na demonstração do resultado. Esse processo envolve a seleção da
base específica de mensuração.

Um número variado de bases de mensuração é empregado em diferentes


graus e em variadas combinações nas demonstrações contábeis. Essas
bases incluem o que segue:
(a) Custo histórico. Os ativos são registrados pelos montantes
pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos
recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os
passivos são registrados pelos montantes dos recursos recebidos
em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias (como,
por exemplo, imposto de renda), pelos montantes em caixa ou
equivalentes de caixa se espera serão necessários para liquidar
o passivo no curso normal das operações.
(b) Custo corrente. Os ativos são mantidos pelos montantes em
caixa ou equivalentes de caixa que teriam de ser pagos se esses
mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na
data do balanço. Os passivos são reconhecidos pelos
montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados,
que se espera seriam necessários para liquidar a obrigação na
data do balanço.
(c) Valor realizável (valor de realização ou de liquidação). Os
ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes
de caixa que poderiam ser obtidos pela sua venda em forma
ordenada. Os passivos são mantidos pelos seus montantes de
liquidação, isto é, pelos montantes em caixa ou equivalentes de
caixa, não descontados, que se espera serão pagos para
liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das
operações.
(d) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente,
descontado, dos fluxos futuros de entradas líquidas de caixa

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que se espera seja gerado pelo item no curso normal – Auladas
00
operações. Os passivos são mantidos pelo valor presente,
descontado, dos fluxos futuros de saídas líquidas de caixa que
se espera serão necessários para liquidar o passivo no curso
normal das operações.

Atenção: a base de mensuração mais comumente adotada pelas


entidades na elaboração de suas demonstrações contábeis é o custo
histórico, mas é normalmente combinado com outras bases de
mensuração.

4.8 Conceitos de capital e de manutenção de capital

4.8.1 Conceitos de capital

O conceito de capital financeiro (ou monetário) é adotado pela maioria


das entidades na elaboração de suas demonstrações contábeis. Segundo
esse conceito, o capital é sinônimo de ativos líquidos ou patrimônio
líquido da entidade.

Já segundo o conceito de capital físico, tal como capacidade


operacional, o capital é considerado como a capacidade produtiva da
entidade baseada, por exemplo, nas unidades de produção diária.

A seleção do conceito de capital apropriado para a entidade deve estar


baseada nas necessidades dos usuários das demonstrações contábeis.

4.8.2 Conceitos de manutenção de capital e determinação do


lucro

Os conceitos de capital mencionados no item 2.8.1 dão origem aos


seguintes conceitos de manutenção de capital:
- Manutenção do capital financeiro. De acordo com esse conceito, o
lucro é considedrado auferido somente se o montante financeiro (ou
dinheiro) dos ativos líquidos no fim do período exceder o seu montante
financeiro (ou dinheiro) no começo do período, depois de excluídas
quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital
durante o período.
- Manutenção do capital físico. De acordo com esse conceito, o lucro é
considerado auferido somente se a capacidade física produtiva (ou
capacidade operacional) da entidade (ou os recursos ou fundos
necessários para atingir essa capacidade) no fim do período exceder a
capacidade física produtiva no início do período, depois de excluídas
quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital
durante o período.

Atenção: o conceito de manutenção do capital físico requer a

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adoção do custo corrente como base de mensuração. O conceito – Aula 00
de
manutenção do capital financeiro, entretanto, não requer o uso de
uma base específica de mensuração.

4.9 Reconhecimento dos elementos das demonstrações contábeis

Reconhecimento é o processo que consiste na incorporação ao


balanço patrimonial ou à demonstração do resultado de item que se
enquadre na definição de elemento das demonstrações contábeis.

4.9.1 Reconhecimento de ativos

Um ativo deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando for


provável que benefícios econômicos futuros dele provenientes
fluirão para a entidade e seu custo ou valor puder ser mensurado
com confiabilidade.

4.9.2 Reconhecimento de passivos

Um passivo deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando for


provável que uma saída de recursos detentores de benefícios
econômicos seja exigida em liquidação de obrigação presente e o valor
pelo qual essa liquidação se dará puder ser mensurado com
confiabilidade.

4.9.3 Reconhecimento de receitas

A receita deve ser reconhecida na demonstração do resultado quando


resultar em aumento nos benefícios econômicos futuros relacionado
com aumento de ativo ou com diminuição de passivo, e puder ser
mensurado com confiabilidade.

Isso significa, na prática, que o reconhecimento da receita ocorre


simultaneamente com o reconhecimento do aumento nos ativos ou da
diminuição nos passivos (por exemplo, o aumento líquido nos ativos
originado da venda de bens e serviços ou o decréscimo do passivo
originado do perdão de dívida a ser paga).

4.9.4 Reconhecimento de despesas

As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado


quando resultarem em decréscimo nos benefícios econômicos
futuros, relacionado com o decréscimo de um ativo ou o aumento de
um passivo, e puder ser mensurado com confiabilidade.

Isso significa, na prática, que o reconhecimento da despesa ocorre


simultaneamente com o reconhecimento de aumento nos passivos ou de
diminuição nos ativos (por exemplo, a alocação por competência de
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obrigações trabalhistas ou da depreciação de equipamento). – Aula 00

EXERCÍCIOS COMENTADOS

25 - (Nossa Caixa/Contador/2011/FCC) - Recurso controlado pela


entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera
que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade.

Segundo pronunciamento do Comitê de Pronunciamentos


Contábeis (CPC), cujo teor foi aprovado pela Resolução nº
1.121/2008 do Conselho Federal de Contabilidade, e que versa
sobre Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das
Demonstrações Contábeis, esta é a definição de:
A) Passivo.
B) Receitas.
C) Despesas.
D) Ativo.
E) Patrimônio Líquido.

Comentários:
A Resolução 1.121/08 foi revogada pela Resolução nº 1.374/11, que
estudamos na aula de hoje. No item 3.9.1 da presente aula, vimos que
um ativo deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando for
provável que benefícios econômicos futuros dele provenientes fluirão para
a entidade e seu custo ou valor puder ser mensurado com confiabilidade.
Resposta: D.

26 - (Cesgranrio/Petrobrás-Contador/2011) - O pronunciamento
conceitual básico intitulado Estrutura Conceitual para a
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, emitido
pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, estabelece as
diretrizes para a preparação e apresentação das demonstrações
contábeis destinadas aos:
A) administradores corporativos.
B) bancos e investidores.
C) contadores e executivos da empresa.
D) sócios/acionistas da empresa.
E) usuários externos.

Comentários:
A Resolução CFC nº 1.374/11 estabelece que as demonstrações
contábeis são elaboradas e apresentadas para usuários externos em
geral, tendo em vista suas finalidades distintas e necessidades diversas.
Resposta: E

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27 - (Cesgranrio/Petrobrás-Contador/2011) - O pronunciamento – Aula 00
conceitual básico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que
trata da Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação
das Demonstrações Contábeis, no item 89, estabelece que um
ativo é reconhecido no balanço patrimonial quando:
A) gerar benefícios futuros de modo a poder identificar de forma aceitável
o reconhecimento do custo efetivo do ativo.
B) puder ser assim classificada a obrigação, desde que sejam atendidos
os critérios de reconhecimento nas circunstâncias específicas.
C) for provável a saída de recursos envolvendo benefícios econômicos
futuros na liquidação da obrigação, a valor presente determinado em
bases confiáveis.
D) for provável que os benefícios econômicos futuros dele provenientes
fluirão para a entidade e seu custo ou valor puder ser determinado em
bases confiáveis.
E) houver um valor futuro estimado para o ativo, de acordo com as
normas ditadas dos pronunciamentos em vigor que lhe atribuam o maior
valor possível.

Comentários:
Como visto, ativo é um recurso controlado pela entidade como
resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros
benefícios econômicos para a entidade.
No item 3.9.1, vimos que um ativo deve ser reconhecido no balanço
patrimonial quando for provável que benefícios econômicos futuros dele
provenientes fluirão para a entidade e seu custo ou valor puder ser
mensurado com confiabilidade.
Resposta: D

28 - (FCC/TCE-SE/ACE/2011) - De acordo com a Estrutura


Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações
Contábeis aprovada pela Resolução CFC nº 1.121/2008,
A) Passivo é uma obrigação presente da entidade, resultante de eventos
passados, cuja liquidação implique desembolso de recursos da entidade e
cujo valor possa ser medido com precisão, evitando-se o uso de
estimativas.
B) Ativo é um recurso de propriedade da entidade como resultado de
eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios
econômicos.
C) Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período
contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou
diminuição de passivos, que resultem em aumento do patrimônio líquido e
que sejam provenientes de transações com terceiros.
D) Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o
período contábil sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou
incremento em passivos, que resultem em decréscimo do patrimônio
líquido e que sejam provenientes de distribuição aos proprietários da
entidade.
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E) O valor atribuído aos estoques é mensurado adotando-se o maior – Aula 00
valor
entre o custo de aquisição e o custo corrente de reposição.

Comentários:
Como vimos na questão anterior, a Resolução 1.121/08 foi
revogada pela Resolução nº 1.374/11, que define receitas como sendo
aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a
forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de
passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido, e que não
estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos
patrimoniais, ou seja, que sejam provenientes de transações com
terceiros.
Resposta: C

29 - (Cesgranrio/Petrobrás/Administrador/2011-adaptada) - O
Comitê de Pronunciamentos Contábeis no CPC 00 -
Pronunciamento Conceitual Básico - estabelece as características
qualitativas desejáveis para a informação contábil. Segundo o
pronunciamento, as principais características que tornam as
demonstrações contábeis úteis para os usuários são:
A) essência sobre a forma, neutralidade, prudência e continuidade.
B) compreensibilidade, verificabilidade, tempestividade e
comparabilidade.
C) materialidade, continuidade, neutralidade e integridade.
D) tempestividade, integridade, materialidade e comparabilidade.
E tempestividade, uniformidade, consistência e compreensibilidade.

Comentários:
As características qualitativas da informação contábil-financeira
útil identificam os tipos de informação que muito provavelmente são
reputadas como as mais úteis para investidores e demais interessados,
para tomada de decisões com base na informação contida nos seus
relatórios contábil-financeiros (informação contábil-financeira). A utilidade
da informação contábil-financeira é melhorada se ela for
comparável, verificável, tempestiva e compreensível.
Resposta: B

5. Deliberação CVM nº 539/08

A Comissão de Valores Mobiliários – CVM – editou, no ano de 2008, a


Deliberação nº 539, que aprovou o Pronunciamento do Comitê de
Pronunciamentos Contábeis – CPC – sobre a estrutura conceitual para a
elaboração e apresentação das demonstrações contábeis.

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A CVM 539 revogou a CVM 29/86, e estabeleceu as bases – para Aula 00a
apresentação das informações contábeis necessárias aos investidores no
processo de tomada de decisão.

De acordo com a norma, demonstrações contábeis preparadas sob a


égide da Estrutura Conceitual apresentada objetivam fornecer
informações que sejam úteis na tomada de decisões e avaliações por
parte dos usuários em geral, não tendo o propósito de atender finalidade
ou necessidade específica de determinados grupos de usuários.

Entretanto, esse pronunciamento do CPC é mais utilizado no estudo da


evolução da contabilidade, pois a Estrutura Conceitual Básica da
Contabilidade, atualmente, é dada pelo Conselho Federal de Contabilidade
– CFC –, por meio das Resoluções nº 750/93 e nº 1.374/11, já vistas no
decorrer da aula.

A Resolução nº 1.374/11, inclusive, traz as mesmas informações da CVM


nº 539/08, motivo pelo qual vamos citar neste tópico apenas alguns
pontos mais relevantes, como seus pressupostos básicos.

Pressupostos Básicos

5.1 Regime de Competência

A fim de atingir seus objetivos, demonstrações contábeis são preparadas


conforme o regime contábil de competência.

Segundo esse regime, os efeitos das transações e outros eventos são


reconhecidos quando ocorrem (e não quando caixa ou outros recursos
financeiros são recebidos ou pagos) e são lançados nos registros
contábeis e reportados nas demonstrações contábeis dos períodos a que
se referem.

As demonstrações contábeis preparadas pelo regime de competência


informam aos usuários não somente sobre transações passadas
envolvendo o pagamento e recebimento de caixa ou outros recursos
financeiros, mas também sobre obrigações de pagamento no futuro e
sobre recursos que serão recebidos no futuro.

Dessa forma, apresentam informações sobre transações passadas e


outros eventos que sejam as mais úteis aos usuários na tomada de
decisões econômicas.

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5.2 Continuidade – Aula 00

As demonstrações contábeis são normalmente preparadas no


pressuposto de que a entidade continuará em operação no futuro
previsível. Dessa forma, presume-se que a entidade não tem a intenção
nem a necessidade de entrar em liquidação, nem reduzir materialmente
a escala das suas operações; se tal intenção ou necessidade existir, as
demonstrações contábeis terão que ser preparadas numa base diferente
e, nesse caso, tal base deverá ser divulgada.

5.3 Primazia da Essência sobre a Forma

Para que a informação represente adequadamente as transações e


outros eventos que ela se propõe a representar, é necessário que essas
transações e eventos sejam contabilizados e apresentados de acordo
com a sua substância e realidade econômica, e não meramente sua
forma legal.

A essência das transações ou outros eventos nem sempre é consistente


com o que aparenta ser com base na sua forma legal ou artificialmente
produzida.

Por exemplo, uma entidade pode vender um ativo a um terceiro de tal


maneira que a documentação indique a transferência legal da
propriedade a esse terceiro; entretanto, poderão existir acordos que
assegurem que a entidade continuará a usufruir os futuros benefícios
econômicos gerados pelo ativo e o recomprará depois de um certo tempo
por um montante que se aproxima do valor original de venda acrescido
de juros de mercado durante esse período. Em tais circunstâncias,
reportar a venda não representaria adequadamente a transação
formalizada.

5.4 Neutralidade

Para ser confiável, a informação contida nas demonstrações contábeis


deve ser neutra, isto é, imparcial. As demonstrações contábeis não são
neutras se, pela escolha ou apresentação da informação, elas induzirem
a tomada de decisão ou um julgamento, visando atingir um resultado ou
desfecho predeterminado.

5.5 Prudência

Os preparadores de demonstrações contábeis se deparam com


incertezas que inevitavelmente envolvem certos eventos e

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circunstâncias, tais como a possibilidade de recebimento de contas – Aula 00a
receber de liquidação duvidosa, a vida útil provável das máquinas e
equipamentos e o número de reclamações cobertas por garantias que
possam ocorrer.

Tais incertezas são reconhecidas pela divulgação da sua natureza e


extensão e pelo exercício de prudência na preparação das
demonstrações contábeis.

Prudência consiste no emprego de um certo grau de precaução no


exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas
condições de incerteza, no sentido de que ativos ou receitas não
sejam superestimados e que passivos ou despesas não sejam
subestimados.

5.6 Integridade

Para ser confiável, a informação constante das demonstrações


contábeis deve ser completa, dentro dos limites de materialidade e
custo. Uma omissão pode tornar a informação falsa ou distorcida e,
portanto, não-confiável e deficiente em termos de sua relevância.

5.7 Comparabilidade

Os usuários devem poder comparar as demonstrações contábeis de uma


entidade ao longo do tempo, a fim de identificar tendências na sua
posição patrimonial e financeira e no seu desempenho, ou comparar as
demonstrações contábeis de diferentes entidades.

Uma importante implicação da característica qualitativa da


comparabilidade é que os usuários devem ser informados das práticas
contábeis seguidas na elaboração das demonstrações contábeis, de
quaisquer mudanças nessas práticas e também o efeito de tais
mudanças.

De qualquer modo, as informações contábeis apresentam certas


limitações em sua relevãncia e confiabilidade, como em relação à
tempestividade, à necessidade de equilíbrio entre custo e benefício, e ao
equilíbrio entre características qualitativas.

5.8 Tempestividade

Quando há demora indevida na divulgação de uma informação, é


possível que ela perca a relevância. A Administração da entidade
necessita ponderar os méritos relativos entre a tempestividade da
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divulgação e a confiabilidade da informação fornecida. – Aula 00

Para fornecer uma informação na época oportuna pode ser necessário


divulgá-la antes que todos os aspectos de uma transação ou evento
sejam conhecidos, prejudicando assim a sua confiabilidade.

Por outro lado, se para divulgar a informação a entidade aguardar até


que todos os aspectos se tornem conhecidos, a informação pode ser
altamente confiável, porém de pouca utilidade para os usuários que
tenham tido necessidade de tomar decisões nesse ínterim.

Para atingir o adequado equilíbrio entre a relevância e a confiabilidade,


o princípio básico consiste em identificar qual a melhor forma para
satisfazer as necessidades do processo de decisão econômica dos
usuários.

5.9 Equilíbrio entre Custo e Benefício

O equilíbrio entre o custo e o benefício é uma limitação de ordem


prática, ao invés de uma característica qualitativa. Os benefícios
decorrentes da informação devem exceder o custo de produzi-la. A
avaliação dos custos e benefícios é, entretanto, em essência, um
exercício de julgamento.

Além disso, os custos não recaem, necessariamente, sobre aqueles


usuários que usufruem os benefícios. Os benefícios podem também ser
aproveitados por outros usuários, além daqueles para os quais as
informações foram preparadas; por exemplo, o fornecimento de maiores
informações aos credores por empréstimos pode reduzir os custos
financeiros da entidade.

Por essas razões, é difícil aplicar o teste de custo-benefício em qualquer


caso específico.

5.10 Equilíbrio entre Características Qualitativas

Na prática, é frequentemente necessário um balanceamento entre as


características qualitativas, a fim de satisfazer aos objetivos das
demonstrações contábeis. A importância relativa das características em
diferentes casos é uma questão de julgamento profissional.

Para finalizar a parte teórica deste tópico, vamos apresentar um quadro


constante da obra do Prof. Luciano Oliveira (2008), representando a base
de mensuração de ativos e passivos nas demonstrações contábeis, como
visto no item 2.8.2 (Art. 100 da CVM 539).

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Base Ativo Passivo – Aula 00
Custo Histórico Valor necessário para Valor recebido em troca da
adquirir o ativo na data obrigação ou, em alguns
da aquisição, atualizado casos (ex.:IR), valor
monetariamente ou não necessário para liquidar o
passivo no curso normal
das operações, atualizado
monetariamente ou não
Custo Corrente Valor necessário para Valor necessário, não
adquirir o ativo na data descontado, para liquidar a
do Balanço obrigação na data do
Balanço
Valor Realizável Valor que seria obtido Valor de liquidação, isto é,
pela venda do ativo de valor esperado, não
forma ordenada descontado, para liquidar a
obrigação no curso normal
das operações
Valor Presente Valor presente, Valor presente,
descontado, do fluxo descontado, do fluxo futuro
futuro de entrada líquida de saída líquida de caixa
de caixa a ser gerado necessário para liquidar o
pelo ativo no curso passivo no curso normal
normal das operações das operações
Fonte: Oliveira (2008)

EXERCÍCIOS COMENTADOS

30 - (Cesgranrio/Transpetro/Contador/2011) - O Pronunciamento
Conceitual Básico do CPC, que dispõe sobre a Estrutura Conceitual
para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis,
aprovado pela Deliberação CVM no 539, de 14 mar. 2008, afirma
que as demonstrações contábeis preparadas sob a orientação
desse pronunciamento objetivam fornecer informações que sejam
úteis. Tais demonstrações contábeis são úteis porque:
A) permitem avaliar as variações patrimoniais, econômicas e financeiras
ocorridas no exercício social.
B) fornecem informações para a tomada de decisão e a avaliação por
parte dos usuários em geral.
C) facilitam a determinação de políticas públicas.
D) ajudam a desregulamentar as atividades das entidades.
E) determinam a contenção de investimentos para a aplicação em
mercado futuro.

Comentários:
Como vimos no decorrer da aula, de acordo com a norma,
demonstrações contábeis preparadas sob a égide da Estrutura Conceitual

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apresentada objetivam fornecer informações que sejam úteis – Aula 00
na
tomada de decisões e avaliações por parte dos usuários em geral, não
tendo o propósito de atender finalidade ou necessidade específica de
determinados grupos de usuários.
Resposta: B

31 - (Cesgranrio/Petrobrás/Contador/2011) - De acordo com o


pronunciamento da Estrutura Conceitual para a Elaboração e
Apresentação das Demonstrações Contábeis, a contabilização das
transações que prioriza a substância e a realidade econômica dos
fatos e não sua forma legal, indica que os registros contábeis
devem contemplar, prioritariamente,
A) integridade.
B) prudência.
C) essência sobre a forma.
D) representação adequada.
E) relação entre custo e benefício.

Comentários:
Questão bastante simples. Como vimos, para que a informação
represente adequadamente as transações e outros eventos que ela se
propõe a representar, é necessário que essas transações e eventos sejam
contabilizados e apresentados de acordo com a sua substância e realidade
econômica, e não meramente sua forma legal. A esse princípio a norma
denomina primazia da essência sobre a forma.
Resposta: C

Pessoal, chegamos ao final de nossa aula 01 para o concurso de ICMS/SP.


Espero que estejam aproveitando o curso. Como falamos no começo da
aula, o tema de hoje tem sido mais cobrado pela ESAF do que pela FCC,
mas temos que estar preparados para uma eventual mudança. Estamos à
disposição para quaisquer dúvidas.

Aproveitem seus estudos, um abraço, e até a próxima.

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– Aula 00
QUESTÕES COMENTADAS DURANTE A AULA

1 - (FCC / SEFAZ/SP - APOFP / 2010) - As normas brasileiras que


estabelecem os preceitos de conduta para o exercício profissional,
especificamente para aqueles que atuam como auditores
independentes, são estruturadas como:
(A) NBC TI.
(B) NBC PI.
(C) NBC TA.
(D) NBC PA.
(E) NBC TP.

2 - (FCC/TRT-4-Analista Contábil/2011) - Em conformidade com


as normas de auditoria vigentes a partir de 2010, em relação aos
documentos apresentados pela empresa, o auditor deverá:
A) considerá-los sempre genuínos, não sendo sua a responsabilidade de
questionar a veracidade dos documentos, mesmo que tenha razão para
crer no contrário.
B) confirmar sempre, quando os documentos forem emitidos
eletronicamente, a veracidade do documento eletrônico, nos meios
disponibilizados pela empresa emissora.
C) considerar exclusivamente os contratos registrados em cartório e os
documentos com firmas reconhecidas.
D) suspender os trabalhos ao identificar uma fraude e considerar a
auditoria limitada.
E) fazer obrigatoriamente investigações adicionais na dúvida a respeito da
confiabilidade das informações.

3 - (CESPE / TCU / 2011) - A hipótese de o auditor se equivocar


ao manifestar opinião de que as demonstrações contábeis contêm
distorção relevante constitui, na acepção das normas brasileiras
de contabilidade um tipo de risco considerado insignificante.

4 - (ESAF / SEFAZ/SP - APOFP / 2009) - Sobre a auditoria


independente, é correto afirmar que tem por objetivo:
a) auxiliar a administração da entidade no cumprimento de seus
objetivos.
b) apresentar subsídios para o aperfeiçoamento da gestão e dos controles
internos.
c) emitir parecer sobre a adequação das demonstrações contábeis.
d) levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar
a justa solução do litígio.
e) recomendar soluções para as não-conformidades apontadas nos
relatórios.

5 - (ESAF / ANA / 2009) - No processo de auditoria independente,


deve-se:

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a) garantir a viabilidade futura da entidade. – Aula 00
b) dividir a responsabilidade entre a equipe técnica e o auditor.
c) abolir o uso de práticas consagradas pela Profissão Contábil.
d) certificar a continuidade da empresa pelos próximos 5 anos.
e) emitir o parecer com assinatura de contador devidamente registrado.

6 - (ESAF / CVM / 2010) - Assinale a opção que indica uma


exceção aos princípios fundamentais de ética profissional
relevantes para o auditor na condução de trabalhos de auditoria
das demonstrações contábeis.
a) Independência técnica.
b) Confidencialidade.
c) Competência e zelo profissional.
d) Comportamento e conduta profissional.
e) Objetividade.

7 - (ESAF / CVM / 2010) - Segundo as normas de auditoria


vigentes, risco de auditoria pode ser caracterizado como:
a) o risco de haver insuficiência de informações sobre determinada
transação nas demonstrações contábeis sem que o auditor possa
perceber.
b) possibilidade de ser o trabalho do auditor inviabilizado pela inexistência
de informações confiáveis para o trabalho.
c) o risco de o Controle Interno não ter detectado a tempo uma falha que
leva a entidade a elaborar demonstrações contábeis distorcidas.
d) o risco de o auditor expressar uma opinião de auditoria inadequada,
quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante.
e) possibilidade de o auditor emitir parecer sem ressalvas, quando
distorções relevantes nas demonstrações contábeis forem
intencionalmente encobertas.

8 - (ESAF / CGU / 2008) - De acordo com a NBC-T-11, Risco de


Auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião
tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis
significativamente incorretas. Nesse contexto, há risco de
auditoria nos seguintes casos, exceto:
a) na possibilidade de o auditor considerar os controles internos eficientes
quando na realidade não são.
b) na possibilidade de o auditor considerar incorreto o saldo de uma conta
quando na realidade este saldo esteja correto.
c) na possibilidade de o auditor considerar os controles internos
ineficientes quando na realidade são.
d) na possibilidade de o auditor considerar correto o saldo de uma conta
quando na realidade este saldo esteja incorreto.

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e) na possibilidade de o auditor considerar os controles –internos Aula 00
ineficientes quando na realidade não são.

9 - (ESAF / PMRJ / 2010) - Assinale a opção falsa a respeito dos


assuntos que, se bem equacionados, ajudam o auditor a reduzir o
risco de detecção em uma auditoria.
a) Formação de equipes de trabalho com pessoal preparado.
b) Revisão e supervisão dos trabalhos de auditoria realizados.
c) Aplicação do ceticismo profissional.
d) Planejamento adequado dos trabalhos de auditoria.
e) Diminuição do escopo de exame e redução do número de transações.

10 - (FCC / SEFAZ/SP - APOFP / 2010) - A integridade do registro do


patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de
imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que
as originaram, está relacionada ao Princípio Fundamental de
Contabilidade da:
a) Entidade.
b) Oportunidade.
c) Continuidade.
d) Prudência.
e) Competência.

11 - (ESAF / RECEITA FEDERAL / 2009) - A empresa Eletronics S.A.


fabrica televisores de LCD de última geração. A garantia convencional é
dada para três anos e a garantia oferecida é estendida para mais um ano
mediante pagamento complementar. Como o custo é baixo, em 90% dos
casos o cliente adquire. A empresa registra o valor da venda do televisor
como receita de vendas e a garantia estendida como receita de serviços,
no resultado. Pode-se afirmar que, nesse caso, não está sendo atendido o
princípio:
a) da continuidade.
b) do custo como base do valor.
c) da competência.
d) da neutralidade.
e) da entidade.

12 - (ESAF / SEFAZ/SP - APOFP / 2009) - Sempre que se


apresentarem alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido, deve-se adotar o
menor valor para os componentes do Ativo e o maior valor para os
componentes do Passivo. É como determina o princípio do (a):
a) Registro pelo Valor Original.
b) Prudência.
c) Atualização Monetária.
d) Competência.
e) Oportunidade.

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13 - (ESAF/SUSEP-Analista/2010) - A legislação vigente sobre as
sociedades anônimas estabelece o que deve ser computado na
determinação do resultado do exercício. Diz a lei que devem ser
incluídas as receitas e os rendimentos ganhos no período,
independentemente de sua realização em moeda, bem como os
custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos,
correspondentes a essas receitas e rendimentos.
Ao analisar essa determinação, pode-se dizer que, com ela, a lei
está consagrando o princípio contábil:
A) da Oportunidade.
B) da Realização da Receita.
C) da Prudência.
D) da Igualdade Contábil.
E) da Competência.

14 - (FCC / TCE-PR / 2011) - Na análise dos demonstrativos contábeis,


um auditor deparou-se com valores inconsistentes. Diante desse fato,
após a verificação da validade das alternativas, para a execução da
auditoria ele adotou o menor valor para os componentes do ativo e o
maior para os do passivo. A medida tomada pelo auditor atendeu ao
princípio da:
(A) entidade.
(B) prudência.
(C) razoabilidade.
(D) oportunidade.
(E) competência.

15 - (ESAF/MPOG-APO/2010/adaptada) - De acordo com a


Resolução 750/93, do Conselho Federal de Contabilidade, foram
aprovados os seguintes Princípios de Contabilidade: da
Competência; da Prudência; do Denominador Comum Monetário;
do Custo como Base de Valor; da Realização da Receita; da
Entidade; e da Continuidade.
A afirmativa "a todo débito corresponde um crédito de igual valor"
se refere ao princípio contábil:
A) da Prudência.
B) da Competência.
C) do Custo como Base de Valor.
D) do Denominador Comum Monetário.
E) não se refere a nenhum princípio.

16 - (ESAF/SRF/AFRF/2009/adaptada) - O Conselho Federal de


Contabilidade, considerando que a evolução ocorrida na área da
Ciência Contábil reclamava a atualização substantiva e adjetiva de
seus princípios, editou, em 29 de dezembro de 1993, a Resolução
750, dispondo sobre eles. Sobre o assunto, abaixo estão escritas
cinco frases. Assinale a opção que indica uma afirmativa falsa.
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– Aula 00
A) A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício
da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras
de Contabilidade (NBC).
B) Os Princípios de Contabilidade, por representarem a essência das
doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, a ela dizem
respeito no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o
patrimônio das Entidades.
C) O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial e a desnecessidade da
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes.
D) O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A
soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em
nova entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.
E) São Princípios de Contabilidade: o da entidade; o da continuidade; o da
oportunidade; o do registro pelo valor original; o da atualização
monetária; o da competência e o da prudência.

17 - (ESAF/SEFAZ-SP/APOFP/2009) - Assinale abaixo a opção que


contém uma afirmativa falsa.
A) A Contabilidade é mantida para as Entidades; os sócios ou quotistas
destas não se confundem, para efeito contábil, com aquelas.
B) Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá operar
por período indeterminado de tempo até que surjam fortes evidências em
contrário.
C) O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para
fabricá-lo e colocá-lo em condições de gerar benefícios para a Entidade
representa a base de valor para a Contabilidade.
D) Os princípios fundamentais da Resolução CFC 750/93, apesar de
servirem como orientação precisa para os procedimentos contábeis, não
constituem condição de legitimidade das Normas Brasileiras de
Contabilidade.
E) Entre conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio,
igualmente válidos, segundo os princípios fundamentais, a Contabilidade
escolherá o que apresentar o menor valor atual para o ativo e o maior
para as obrigações.

18 - (ESAF/SEFAZ-CE-Analista Contábil/2007) - Assinale abaixo a


opção que contém a assertiva verdadeira.
A) Pelo princípio contábil da competência, são consideradas do exercício
social as despesas que nele forem pagas, independentemente de seu
vencimento, enquanto que para receitas o que importa é o momento em
que forem efetivamente realizadas.
B) Pelo princípio contábil da prudência, quando houver dois valores
igualmente válidos e confiáveis, a contabilidade deverá considerar o
menor dos dois, se for do passivo, ou o maior dos dois, se for do ativo.

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C) O princípio contábil do custo como base de valor disciplina –que Aula um
00
bem adquirido deve ser incorporado ao ativo pelo seu preço de aquisição,
a menos que o valor tenha sido alterado já na época da compra.
D) O princípio contábil da entidade está claramente definido no conceito
de patrimônio, quando se afirma que o objeto da contabilidade é o
conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa.
E) O critério de avaliação de bens pelo preço de custo ou de mercado, dos
dois o menor, está inteiramente de acordo com o princípio contábil da
Consistência.

19 - (ESAF/ANEEL/Analista Administrativo/2006) - João Aniceto


comprou um caminhão e, com muito esforço pessoal, pagou as
prestações até a quitação final. Ao adquirir quotas de capital do
Mercadinho da Praça Limitada, Aniceto aceitou entregar o
caminhão para integralizá-las, mas combinou com os outros
sócios que queria usar o caminhão sempre que dele precisasse, já
que foi ele, João, quem o adquiriu da Chevrolet, comprando-o e
pagando-o até a quitação. O desejo de João Aniceto não pode ser
atendido, porque o Mercadinho é uma sociedade empresária e tem
que observar os princípios fundamentais de contabilidade. A regra
que determina que o caminhão não é mais do João, mesmo que
ele seja dono da empresa, é o princípio contábil da:
A) continuidade.
B) competência.
C) oportunidade.
D) prudência.
E) entidade.

20 - (ESAF/SEFAZ-MG/AFRE/2005) - Assinale a opção que contém


afirmativa correta sobre princípios de contabilidade.
A) Quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis, o princípio da
competência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor
patrimônio líquido.
B) Diante de alternativas igualmente válidas, o princípio da competência
impõe a adoção do menor valor para o ativo e do maior valor para o
passivo.
C) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do
resultado do período em que ocorrerem, segundo afirma o princípio da
prudência.
D) O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas correlatas é
consequência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração,
mas não atende ao princípio da continuidade.
E) O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da
contabilidade e afirma a autonomia patrimonial diferenciando o
patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.

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21 - (ESAF/SEFAZ-MG/Gestor Fazendário/2005) - Cumprir – Aula 00
ou
observar o Princípio de Contabilidade da Prudência significa,
dentro de alternativas possíveis e válidas,
A) demonstrar o menor ativo e o maior passivo.
B) demonstrar o maior ativo e o menor passivo.
C) demonstrar sempre o patrimônio líquido real.
D) obter o menor lucro possível.
E) obter o maior lucro possível.

22 - (ESAF/STN/AFC/2005/adaptada) - Assinale a opção que


contém a afirmativa incorreta sobre princípios de contabilidade.
A) O princípio da competência estabelece diretrizes para classificação das
mutações patrimoniais resultantes da observância do princípio da
oportunidade.
B) Observando-se o princípio do registro pelo valor original, o princípio da
prudência somente se aplica às mutações posteriores, constituindo-se
ordenamento indispensável à correta aplicação do princípio da
competência.
C) A observância do princípio da continuidade é indispensável à correta
aplicação do princípio da competência, pois se relaciona à quantificação
dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, sendo
importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado.
D) Segundo o princípio da entidade o patrimônio a ela pertence, mas a
recíproca não é verdadeira. A agregação contábil de patrimônios resulta
em nova entidade.
E) A observância do princípio da continuidade influencia o valor
econômico dos ativos e, às vezes, o valor ou o vencimento dos passivos.

23 - (ESAF/IRB/Analista/2004) - Assinale a opção incorreta. Do


Princípio do Registro pelo Valor Original resulta:
A) a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos
valores de entrada, considerando- se como tais os resultantes do
consenso com os agentes externos ou da imposição destes.
B) uma vez integrados no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não
poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-
somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou
integral, a outros elementos patrimoniais.
C) o valor original será mantido enquanto o componente permanecer
como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste.
D) a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não
representa unidade constante em termos do poder aquisitivo.
E) o uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes
patrimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos
mesmos.

24 - (ESAF/SRF/AFRF/2003) - Quando o Contador registra, no fim


do exercício, uma variação cambial para atualizar a dívida em
moeda estrangeira; quando faz provisão para crédito de
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liquidação duvidosa; ou quando faz um lançamento de ajuste – Aula 00
do
estoque ao preço de mercado está apenas:
A) cumprindo a sua obrigação profissional.
B) executando o regime contábil de competência.
C) cumprindo o princípio fundamental da prudência.
D) satisfazendo o princípio fundamental da entidade.
E) seguindo a convenção do conservadorismo.

25 - (Nossa Caixa/Contador/2011/FCC) - Recurso controlado pela


entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera
que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade.
Segundo pronunciamento do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (CPC), cujo teor foi aprovado pela Resolução nº
1.121/2008 do Conselho Federal de Contabilidade, e que versa
sobre Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das
Demonstrações Contábeis, esta é a definição de:
A) Passivo.
B) Receitas.
C) Despesas.
D) Ativo.
E) Patrimônio Líquido.

26 - (Cesgranrio/Petrobrás-Contador/2011) - O pronunciamento
conceitual básico intitulado Estrutura Conceitual para a
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, emitido
pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, estabelece as
diretrizes para a preparação e apresentação das demonstrações
contábeis destinadas aos:
A) administradores corporativos.
B) bancos e investidores.
C) contadores e executivos da empresa.
D) sócios/acionistas da empresa.
E) usuários externos.

27 - (Cesgranrio/Petrobrás-Contador/2011) - O pronunciamento
conceitual básico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que
trata da Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação
das Demonstrações Contábeis, no item 89, estabelece que um
ativo é reconhecido no balanço patrimonial quando:
A) gerar benefícios futuros de modo a poder identificar de forma aceitável
o reconhecimento do custo efetivo do ativo.
B) puder ser assim classificada a obrigação, desde que sejam atendidos
os critérios de reconhecimento nas circunstâncias específicas.
C) for provável a saída de recursos envolvendo benefícios econômicos
futuros na liquidação da obrigação, a valor presente determinado em
bases confiáveis.

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D) for provável que os benefícios econômicos futuros dele provenientes – Aula 00
fluirão para a entidade e seu custo ou valor puder ser determinado em
bases confiáveis.
E) houver um valor futuro estimado para o ativo, de acordo com as
normas ditadas dos pronunciamentos em vigor que lhe atribuam o maior
valor possível.

28 - (FCC/TCE-SE/ACE/2011) - De acordo com a Estrutura


Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações
Contábeis aprovada pela Resolução CFC nº 1.121/2008,
A) Passivo é uma obrigação presente da entidade, resultante de eventos
passados, cuja liquidação implique desembolso de recursos da entidade e
cujo valor possa ser medido com precisão, evitando-se o uso de
estimativas.
B) Ativo é um recurso de propriedade da entidade como resultado de
eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios
econômicos.
C) Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período
contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou
diminuição de passivos, que resultem em aumento do patrimônio líquido e
que sejam provenientes de transações com terceiros.
D) Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o
período contábil sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou
incremento em passivos, que resultem em decréscimo do patrimônio
líquido e que sejam provenientes de distribuição aos proprietários da
entidade.
E) O valor atribuído aos estoques é mensurado adotando-se o maior valor
entre o custo de aquisição e o custo corrente de reposição.

29 - (Cesgranrio/Petrobrás/Administrador/2011-adaptada) - O
Comitê de Pronunciamentos Contábeis no CPC 00 -
Pronunciamento Conceitual Básico - estabelece as características
qualitativas desejáveis para a informação contábil. Segundo o
pronunciamento, as principais características que tornam as
demonstrações contábeis úteis para os usuários são:
A) essência sobre a forma, neutralidade, prudência e continuidade.
B) compreensibilidade, verificabilidade, tempestividade e
comparabilidade.
C) materialidade, continuidade, neutralidade e integridade.
D) tempestividade, integridade, materialidade e comparabilidade.
E tempestividade, uniformidade, consistência e compreensibilidade.

30 - (Cesgranrio/Transpetro/Contador/2011) - O Pronunciamento
Conceitual Básico do CPC, que dispõe sobre a Estrutura Conceitual
para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis,
aprovado pela Deliberação CVM no 539, de 14 mar. 2008, afirma
que as demonstrações contábeis preparadas sob a orientação

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desse pronunciamento objetivam fornecer informações que – Aula
sejam00
úteis. Tais demonstrações contábeis são úteis porque:
A) permitem avaliar as variações patrimoniais, econômicas e financeiras
ocorridas no exercício social.
B) fornecem informações para a tomada de decisão e a avaliação por
parte dos usuários em geral.
C) facilitam a determinação de políticas públicas.
D) ajudam a desregulamentar as atividades das entidades.
E) determinam a contenção de investimentos para a aplicação em
mercado futuro.

31 - (Cesgranrio/Petrobrás/Contador/2011) - De acordo com o


pronunciamento da Estrutura Conceitual para a Elaboração e
Apresentação das Demonstrações Contábeis, a contabilização das
transações que prioriza a substância e a realidade econômica dos
fatos e não sua forma legal, indica que os registros contábeis
devem contemplar, prioritariamente,
A) integridade.
B) prudência.
C) essência sobre a forma.
D) representação adequada.
E) relação entre custo e benefício.

GABARITO

1-D 2-E 3-C 4-C


5-E 6–A 7-D 8-C
9-E 10 - B 11 - C 12 - B
13 - E 14 - B 15 - E 16 - C
17 - D 18 - D 19 - E 20 - E
21 - A 22 - D 23 - D 24 - C
25 - D 26 - E 27 - D 28 - C
29 - B 30 - B 31 - C

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Referências utilizadas na elaboração das aulas
(Atualizado até a presente aula)

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo.


7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo: Atlas,


2010.

________. Auditoria Interna. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

CASTRO, Domingos Poubel de. Auditoria e controle interno na


administração pública. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Normas Brasileiras de


Contabilidade.

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed.


São Paulo: Atlas, 2010.

FONTENELLE, Rodrigo. Auditoria: mais de 219 questões de concursos com


gabarito comentado. Rio de Janeiro: Elsevier. 1. ed. 2012.

FRANCO, Hilário e MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 4. ed. São Paulo:


Atlas, 2011.

JUND, Sérgio. Auditoria: conceitos, normas, técnicas e procedimentos. 9.


ed. Rio de janeiro: Elsevier, 2007.

OLIVEIRA, Luciano Henrique. Análise das demonstrações contábeis de


empresas. 1. ed. Rio de Janeiro: Ferreira, 2008.

RIBEIRO, Juliana Moura e RIBEIRO, Osni Moura. Auditoria fácil. 1. ed. São
Paulo: Saraiva, 2012.

WANDERLEY, Carlos Alexandre Nascimento. Auditoria: teoria e questões.


1. ed. Rio de Janeiro: Ferreira, 2011.

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