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Aprendendo
e Desenvolvendo
Qualidade Padrão
Seis Sigma
Entendendo,
Aprendendo
e Desenvolvendo
Qualidade Padrão
Seis Sigma
Marcus Vinicius Rodrigues
© 2014, Elsevier Editora Ltda.
ISBN: 978-85-352-6118-9
ISBN (versão eletrônica): 978-85-352-6339-8
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SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
R611e
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-352-6118-9
Evento
É qualquer fenômeno aleatório devidamente delimitado.
Fenômeno aleatório
É qualquer fenômeno que apresente resultado imprevisível.
Dado
É o resultado da medida ou contagem de um evento.
Variáveis
São dados originados em uma medição. Uma característica de
interesse em um estudo (exemplo — medição de tempo).
5
6 Seis Sigma
Atributos
São dados originados em uma contagem ou classificação. Uma
característica de interesse em um estudo (exemplo - número de
peças defeituosas).
Amostra
É o subconjunto de dados obtidos a partir de uma população
(todos os resultados possíveis de um fenômeno).
Frequência
É a quantidade de dados de um evento ou grupo.
Distribuição de frequência
É o agrupamento de dados em classes, grupos, intervalos ou
categorias.
Probabilidade
É a medida que apresenta a chance de ocorrência de um evento
em um sistema de resultados aleatórios, e é representada pela razão
entre o número de ocorrência desse evento pelo número total de
casos possíveis.
n( A )
P( A ) =
n(T )
Curva normal
É a curva construída a partir da distribuição contínua de pro-
babilidade, cuja função densidade apresenta a forma de sino e é
Capítulo 2 • Aprendendo a Metodologia Seis Sigma 7
Amplitude
A amplitude de um conjunto de dados é a diferença entre o
maior e o menor dado. Veja a equação a seguir:
Média
A média de um conjunto de dados é definida pela média arit-
mética dos dados, como mostrado na equação a seguir:
A média ponderada
A média ponderada de um conjunto de dados é a média arit-
mética com pesos ou ponderações para cada elemento de acordo
com a importância atribuída ao mesmo.
Moda
A moda é o valor que apresenta maior frequência em um con-
junto de dados.
Mediana
A mediana de um conjunto de dados é o valor do termo médio
identificado no agrupamento em ordem crescente ou decrescente
de todos os dados. A mediana é o quantil que divide os dados em
duas partes iguais.
Variância
A variância é uma unidade de medida que representa a dis-
persão em torno da média de um conjunto de dados.
[∑( X − X m )2 ]
V =σ 2 =
(n − 1)
Desvio padrão
O desvio padrão (σ — sigma) é uma unidade de medida que re-
presenta a dispersão em torno da média de um conjunto de dados,
que é representada pela raiz quadrada da variância.
Capítulo 2 • Aprendendo a Metodologia Seis Sigma 9
[∑( X − X m )2 ]
Desviopadrão = (Raiz quadrada da variância) → σ =
(n − 1)
Variabilidade
A variabilidade é a oscilação em torno da média ou ponto ideal
dos dados de um evento: quanto maior a concentração dos dados
em torno da média, menor a variabilidade; quanto menor a concen-
tração dos dados em torno da média, maior será a variabilidade. A
variabilidade de um processo é atribuída a dois tipos de causas, as
causas comuns e as causas especiais. A variabilidade é representada
através do desvio padrão ou do coeficiente de variação (Veja a
Figura 2.2).
Coeficiente de variação
O coeficiente de variação representa a variabilidade de amostra,
levando em consideração as médias.
10 Seis Sigma
σ
Coeficientede variação = (desviopadrão)/(média) → CV =
Xm
Causas comuns
As causas comuns são aspectos naturais ou normais pertinentes
ao processo e estão associadas ao desenho, estrutura e atores do
processo. Para eliminar ou minimizar essas causas, é preciso rever
o processo ou o projeto do processo.
Causas especiais
As causas especiais são imprevisíveis e esporádicas, causam
pontualmente ou momentaneamente grandes variações e são
difíceis de serem previstas já que estão associadas a parâmetros
não controláveis do processo.
Processo estável
Um processo é dito estável quando a ocorrência de causas es-
peciais são eventuais e raras; apresenta uma distribuição balancea-
da em torno do valor médio; e aproximadamente 2/3 dos eventos
estão próximos ao valor médio. Um processo estável geralmente é
resultante de ações de melhoria e otimização.
Processo centrado
São processos tratados em condições ideais, em que são descon-
siderados os efeitos e consequências das variáveis intervenientes
ou de agentes externos.
Processo deslocado
São processos tratados em condições reais, em que são conside-
rados os efeitos e as consequências das variáveis intervenientes e de
agentes externos. Um processo padrão Seis Sigma obrigatoriamente
tem de ser tratado como deslocado, já que, devido a precisão, o
efeito de qualquer variável interveniente poderá afetar o resultado.
12 Seis Sigma
O que é um processo
Processo é um conjunto de atividades ou funções estrutura-
das em uma sequência lógico-temporal, com objetivo definido,
realizadas por pessoas e/ou máquinas, que visam transformar
1
CAMPOS, Marcos Siqueira. Desvendando o Minitab. Rio de Janeiro: Qualitymark,
2003.
16 Seis Sigma
O que é um Produto
Um “produto”, resultado de um processo, é um conjunto de
atributos tangíveis e intangíveis que proporciona benefícios reais,
percebidos ou simbólicos, com a finalidade de satisfazer as neces-
sidades e expectativas do cliente ou usuário. O produto em que
predominam os atributos tangíveis deve ser chamado de bem. O
produto em que predominam os atributos intangíveis deve ser cha-
mado de serviço. O senso comum legitimou o binômio produtos e
serviços, mas, tecnicamente, o mais adequado seria bens e serviços,
18 Seis Sigma
FIGURA 2.10 DMAIC: norteador para a eficácia das fases de um Projeto Seis Sigma.
2
RODRIGUES, Marcus Vinicius. Ações para qualidade, 4. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2012.
22 Seis Sigma
• Fluxograma
• Mapa do processo
• Lista de verificação
• Indicadores de desempenho
• Fator crítico do processo (Critical to Quality — CTQ)
• Desdobramento da função qualidade (QFD)
• Análise de valor (AV)
Fluxograma
O que é um Fluxograma?
Fluxograma é um diagrama formado por símbolos padronizados
que representam as diversas etapas de um processo.
Mapa de Processo
O que é um mapa de processo?
Mapa do processo é uma representação gráfica, sequencial,
detalhada e que apresenta informações operacionais e adminis-
trativas de atividades importantes de um processo.
CONCLUSÃO
Foram identificados os seguintes fatores críticos não controlá-
veis: na entrada, a data da entrega dos originais da apostila pelo
professor; no processamento, a energia elétrica; na saída, a per-
cepção e satisfação dos alunos com relação à apostila.
32 Seis Sigma
Lista de Verificação
O que é uma Lista de Verificação?
É um formulário físico ou virtual que apresenta os dados de um
processo ou projeto a ser controlado.
Alunos
Critério 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Aplicabilidade 8 9 7 3 7 7 7 7 7 6 7 7 7 9 7 7 8 7 8 4
do curso
Conteúdo 8 9 7 3 1 7 7 7 7 7 1 8 9 9 7 8 8 7 8 7
do curso
Metodologia 8 10 7 3 7 7 7 7 7 1 1 7 10 7 7 7 8 7 10 8
do curso
Relação custo/ 5 8 2 1 1 2 2 5 6 1 1 5 6 6 2 2 6 1 5 1
benefício
do curso
Didática 9 10 7 7 7 10 7 7 9 7 7 7 10 7 7 8 9 7 9 7
do professor
Administração 9 9 7 5 7 9 7 7 7 7 7 7 9 7 7 8 8 7 8 7
do tempo
Conteúdo 9 9 7 2 7 9 7 7 7 7 7 7 9 7 7 7 8 7 8 7
da apostila
Material 9 10 7 7 7 9 7 7 7 7 1 7 10 7 7 7 8 7 8 7
utilizado na
apresentação
Interação 9 9 7 2 7 9 7 7 7 7 1 7 9 7 7 7 8 7 9 7
professor /
aluno
Presteza 9 10 7 2 7 9 7 7 7 7 1 7 10 7 7 7 8 7 8 7
ao esclarecer
dúvidas
Sistema 6 8 7 1 1 5 2 5 7 1 1 6 8 5 2 4 5 6 5 5
de avaliação
Presteza no 8 8 7 7 7 8 7 7 7 7 1 7 8 7 7 8 7 7 8 7
atendimento
ao aluno
Apresentação 5 7 1 1 1 2 1 5 4 1 1 4 5 5 2 2 5 1 5 1
da apostila
Conforto 8 8 7 7 7 8 7 7 7 7 1 7 8 7 7 7 7 7 7 7
e adequação
das instalações
Apoio 5 8 2 2 1 8 7 7 4 7 1 6 8 7 2 6 6 2 6 7
operacional
ao professor
Média 7,7 8,8 5,9 3,5 5,0 7,3 5,9 6,6 6,7 5,3 2,6 6,6 8,4 6,9 5,7 6,3 7,3 5,8 7,5 5,9
por aluno
36 Seis Sigma
Alunos
Critério 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
Aplicabilidade 7 7 8 7 7 7 7 8 7 7 7 7 9 7 9 9 10 7 7 7
do curso
Conteúdo do 7 7 8 7 7 7 7 8 7 7 7 7 9 5 9 9 10 7 7 2
curso
Metodologia 7 7 7 7 7 7 1 8 7 7 7 7 10 7 8 10 10 7 8 5
do curso
Relação custo/ 1 1 5 2 1 6 1 5 1 1 1 2 8 5 6 6 8 6 4 1
benefício do
curso
Didática do 7 7 8 7 7 8 7 10 7 7 7 8 10 7 8 8 10 8 8 7
professor
Administração 2 7 7 7 7 7 7 10 7 7 7 8 9 7 8 8 10 7 8 7
do tempo
Conteúdo da 7 2 7 7 7 7 1 10 7 7 7 8 9 7 8 8 10 7 8 7
apostila
Material 7 7 7 7 7 7 1 10 7 7 7 8 10 7 7 8 10 7 7 7
utilizado na
apresentação
Interação 7 7 7 7 1 7 7 10 7 7 7 8 9 7 7 8 10 7 7 7
professor/aluno
Presteza ao 7 7 8 7 7 7 7 10 7 7 7 8 10 7 7 8 10 8 7 7
esclarecer
dúvidas
Sistema de 2 1 6 1 1 5 1 5 6 2 4 2 8 2 6 6 8 7 6 7
avaliação
Presteza no 7 7 7 7 7 7 7 9 1 7 7 7 7 7 7 8 10 7 7 1
atendimento
ao aluno
Apresentação 1 1 4 1 1 5 1 5 1 1 2 2 6 3 5 6 8 4 5 1
da apostila
Conforto e 7 2 7 7 7 8 7 10 1 7 7 7 8 7 7 7 9 7 7 3
adequação
das instalações
Apoio 2 2 5 2 1 6 1 6 1 1 2 6 8 4 6 6 9 5 4 1
operacional
ao professor
Média 5,2 4,8 6,7 5,5 5,0 6,7 4,2 8,3 4,9 5,5 5,7 6,3 8,7 5,9 7,2 7,7 9,5 6,7 6,7 4,7
por aluno
Capítulo 3 • Desenvolvendo as fases do Projeto Seis Sigma 37
CONCLUSÃO
Concluímos, portanto, que a média global da satisfação do alu-
nos registrada foi de 6,29; diante da meta definida para todos os
critérios de 7,0, foi constatado um total de 169 não conformidades.
Indicadores de Desempenho
O que é um Indicador de Desempenho?
É uma medida utilizada pela organização para definir e mo-
nitorar as ações gerenciais em um processo. Os indicadores são
38 Seis Sigma
FIGURA 3.9 Identificação dos referenciais externos (R1 e R2) e do potencial da escola
em relação aos Requisitos do Projeto.
Capítulo 3 • Desenvolvendo as fases do Projeto Seis Sigma 45
CONCLUSÃO
Para o curso ser competitivo diante dos requisitos do aluno, de
como atender a esses requisitos, do que está sendo oferecido pelo
concorrente e das possibilidades da Escola de Negócios, é preciso
que as metas definidas pela organização A, B, C,D, E, F, G, H, I e J
sejam atendidas.
Análise de Valor
O que é Análise de Valor?
É uma técnica para identificar e definir o valor de um produto
diante das necessidades e das expectativas dos clientes a partir da
análise de suas funções e custos.
• Histograma
• Gráfico de controle
• Capacidade do processo — Cp e Cpk
• Diagrama de pareto
• Gráfico box-plot
Histograma
O que é um Histograma?
É um diagrama de barras verticais de distribuição de frequência
de um conjunto de dados numéricos.
Modelo de um Histograma
A Figura 3.11, a seguir, apresenta um modelo de Histograma.
6. Inserir Dados.
7. Clicar em Nova Planilha ou em Nova Pasta de Trabalho.
8. Clicar em Resultado Gráfico.
9. Clicar em OK.
FIGURA 3.12 (a) Planilha obtida no Excel; (b) Gráfico obtido no Excel.
Construção da curva
Para a construção da curva no Microsoft Excel 2010, utilizando
o histograma já construído, deve-se executar as seguintes ações:
1. Clicar em uma das “barras” do histograma com o botão direito
do mouse.
2. Clicar em Alterar Tipo de Gráfico de Série.
3. Procurar nos modelos de gráficos apresentados o que tenha
uma linha boleada.
4. Clicar em Ok (Figura 3.13).
CONCLUSÃO
O gráfico da amostra analisada apresenta uma distribuição
com tendência a uma distribuição normal: curva em “forma de
sino”.
52 Seis Sigma
FIGURA 3.13 Gráfico obtido no Excel referente a distribuição dos dados — médias das
satisfações dos alunos.
Gráfico de Controle
O que é um Gráfico de Controle?
É um gráfico que apresenta o registro gráfico dos dados de
eventos de um processo ao longo do tempo, diante dos limites de
controle. É um gráfico dinâmico que pode ser complementado à
medida que os eventos venham a ocorrer. Quando os dados são
históricos, evento já concluído, o histograma pode servir de base
para a construção da curva.
LCX m = X mm ± A 2 .R m
ou seja
LSCX m = X mm + A 2 .R m eLICX m = X mm − A 2 .R m
54 Seis Sigma
Número de dados A2 D3 D4
de cada grupo ou lote
2 1,880 0 3,267
3 1,023 0 2,574
4 0,729 0 2,282
5 0,577 0 2,114
6 0,483 0 2,004
7 0,419 0,076 1,924
8 0,373 0,136 1,864
9 0,337 0,184 1,816
10 0,308 0,223 1,777
N ° de defeitos no grupooulote
p=
N ° de eventos do grupooulote
LC p = pm ± 3. pm .(1 − pm )/ n
LC np = pm .n ± 3. pm .n.(1 − pm )
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
7,7 8,8 5,9 3,5 5,5 7,3 5,9 6,6 6,7 5,3
Dados 2,6 6,6 8,4 6,9 5,7 6,3 7,3 5,8 7,5 5,9 Média Média das
das amplitudes
médias – Rm
– xmm
5,2 4,8 6,7 5,5 5,0 6,7 4,2 8,3 4,9 5,5
5,7 6,3 8,7 5,9 7,2 7,7 9,5 6,7 6,7 4,7
Média – xm 5,3 6,6 7,4 5,5 5,7 7,0 6,7 6,9 6,5 5,4 6,29
Amplitude – R 5,1 4,0 2,8 3,5 2,2 1,4 5,3 2,5 2,6 1,2 3,06
57
58 Seis Sigma
logo
LSC xm = 6,29 + 0,729.3,06 = 8,52 eLIC xm = 6,29 − 0,729.3,06 = 4,06
logo
LSC R = 2,282.3,06 = 6,98eLIC R = 0.3,06 = 0.
As Figuras 3.17 e 3.18 ilustram esses gráficos.
CONCLUSÃO
Todos os dados estão dentro dos limites de controle, assim,
só temos causas comuns, nenhuma causa especial; o processo
apresenta-se estável.
CONCLUSÃO
Não há nenhuma causa especial no processo, somente causas
comuns.
Capacidade do Processo
O que é Capacidade do Processo?
Capacidade do Processo (Cp) é uma relação entre a tolerância
fixada do produto e a variabilidade do processo após a sua otimi-
zação e estabilização. Um processo é considerado estável quando
está sob controle e apresenta ocorrências principalmente de causas
comuns. É comum alguns autores se referirem a Capacidade do
Processo como capabilidade (capability) do processo.
Atenção:
• Cp < 1 → Capacidade do processo inadequada
• 1 ≤ Cp ≤ 1,33 → Capacidade do processo na diferença entre
as especificações
• Cp > 1,33 → Capacidade do processo adequada
FIGURA 3.20 (a) Interpretação Gráfica do Processo; (b) Interpretação Gráfica do Índice
da Capacidade do Processo.
Diagrama de Pareto
O que é um Diagrama de Pareto?
O diagrama de Pareto é um gráfico de barras verticais que per-
mite determinar a priorização das ações sobre os aspectos princi-
pais que afetam o processo e deve ser construído tomando como
base uma lista de verificação. Seu principal objetivo é explicitar os
problemas prioritários de um processo por intermédio da relação
20/80 (20% das causas explicam 80% dos problemas). Essa “regra”
Capítulo 3 • Desenvolvendo as fases do Projeto Seis Sigma 65
CONCLUSÃO
Temos que 81,07% das não conformidades têm origem em apenas
quatro causas, ou seja em 26,67% das causas. A análise apresentou
quatro causas prioritárias: apresentação da apostila, relação custo/be-
nefício do curso, sistema de avaliação e apoio operacional ao professor.
Capítulo 3 • Desenvolvendo as fases do Projeto Seis Sigma 67
Gráfico Box-plot
O que é um Gráfico Box-Plot?
É um gráfico em formato de retângulo que busca medir e apre-
sentar graficamente a dispersão dos dados de um evento por meio
da identificação do máximo e mínimo, da mediana e do primeiro
e terceiro quartis.
Mas, atenção, o quantil divide os dados em partes aproximada-
mente iguais. Entre os quantis, destacam-se a mediana, que dividem
os dados em duas partes aproximadamente iguais; os quartis, que
dividem os dados em quadro partes aproximadamente iguais; os
decis, que dividem os dados em dez partes aproximadamente iguais;
e os percentis, que dividem os dados em cem partes aproximada-
mente iguais.
68 Seis Sigma
Outliers em um Box-Plot
Outliers são os desvios apresentados por dados desgarrados
da distribuição, apresentando uma grande diferença em relação à
maioria dos outros dados, fato este que pode levar o analista a in-
terpretações incorretas. Para identificar os outliers, deve-se utilizar
a escala interquartile (IQ), em que, IQ = 3ª Q – 1ª Q.
Capítulo 3 • Desenvolvendo as fases do Projeto Seis Sigma 69
7,7 8,8 5,9 3,5 5,0 7,3 5,9 6,6 6,7 5,3
2,6 6,6 8,4 6,9 5,7 6,3 7,3 5,8 7,5 5,9
5,2 4,8 6,7 5,5 5,0 6,7 4,2 8,3 4,9 5,5
5,7 6,3 8,7 5,9 7,2 7,7 9,5 6,7 6,7 4,7
70 Seis Sigma
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
6,3 6,6 6,6 6,7 6,7 6,7 6,7 6,7 6,9 7,2 7,3 7,3 7,5 7,7 7,7 8,3 8,4 8,7 8,8 9,5
• Calcular o 1° quartil:
• Calcular o 3° quartil:
Mínimo − 2,6
• Calcular o IQ:
• Calcular os limites:
CONCLUSÃO
Este diagrama facilita a visualização de todas as causas pos-
síveis segmentadas por categorias e, em um segundo momento,
analisando a árvore já preenchida, é possível identificar as causas
mais prováveis. Por exemplo, com relação ao caso apresentado,
podemos sugerir que a causa mais provável é a impressora des-
regulada. Assim, ela terá de ser enviada para o setor de manu-
tenção.
Etapas do FMEA
As etapas do FMEA são:
• Etapa 1: definir o processo a ser analisado.
• Etapa 2: definir a equipe, de preferência com visão
multidisciplinar ou multidepartamental.
• Etapa 3: definir o modo de falha (a não conformidade).
• Etapa 4: identificar os efeitos (consequências para o cliente).
• Etapa 5: identificar a causa básica e outras causas (razão da
falha).
• Etapa 6: hierarquizar as falhas por intermédio do índice
de criticidade (nível de risco). O nível de risco (Risk Priority
Number — RPN) é calculado pela fórmula: RPN = G × O × D,
onde:
• Gravidade do efeito (G) é a probabilidade em que o cliente
identifica o efeito da causa.
• Ocorrência da causa (O) é a probabilidade de a causa existir
e que possa provocar uma falha.
• Detecção da falha (D) é a probabilidade de a falha ser detec-
tada antes do produto chegar ao cliente.
• Etapa 7: definir escala para G, O e D. Para o cálculo
de G e O, deve-se usar uma escala previamente definida.
A mais utilizada é a de 1 (baixa probabilidade) a 10 (alta
probabilidade). Já para o D, a escala deve ser inversa 1
(alta probabilidade) a 10 (baixa probabilidade).
Capítulo 3 • Desenvolvendo as fases do Projeto Seis Sigma 77
CONCLUSÃO
O RPN apresenta o grau de importância da falha, e os itens que
apresentarem o RPN mais alto são prioritários para as ações de
melhoria a serem adotadas. Assim, no primeiro momento deve-se
“verificar se todo o conteúdo do curso foi apresentado” e “verificar
o grau de dificuldade de cada questão”, procurando, de maneira
preventiva, eliminar as causas das falhas prioritárias e, consequen-
temente, os efeitos destas para o aluno.
Diagrama de Dispersão
O que é Diagrama de Dispersão?
É uma técnica estatística que permite identificar e analisar a exis-
tência e intensidade do relacionamento (coeficiente de correlação
— r) entre duas ou mais variáveis.
n .∑(X.Y ) − ∑ X.∑ Y
r=
n.∑ X 2 − (∑ X ) . n.∑ Y − (∑ Y )
2 2
2
Sistema 6 8 7 1 1 5 2 5 7 1 1 6 8 5 2 4 5 6 5 5
de avaliação 2 1 6 1 1 5 1 5 6 2 4 2 8 2 6 6 8 7 6 7
Apresentação da 5 7 1 1 1 2 1 5 4 1 1 4 5 5 2 2 5 1 5 1
apostila 1 1 4 1 1 5 1 5 1 1 2 2 6 3 5 6 8 4 5 1
Apoio operacional 5 8 2 2 1 8 7 7 4 7 1 6 8 7 2 6 6 2 6 7
ao professor 2 2 5 2 1 6 1 6 1 1 2 6 8 4 6 6 9 5 4 1
CONCLUSÃO
A “apresentação da apostila” mostra uma correlação signifi-
cativa com “relação custo/benefício do curso” (r = 0,989) e com
“apoio operacional ao professor” (r = 0,703), o que é um indicativo
de que o problema “apresentação da apostila” pode estar in-
fluenciando de maneira significativa nos dois outros problemas.
Resolvendo o problema “apresentação da apostila”, que deve ser
considerado prioritário, é possível que venha a diminuir os ou-
tros problemas críticos aqui analisados. Outras análises podem
ser realizadas.
Relação custo/ 5 8 2 1 1 2 2 5 6 1 1 5 6 6 2 2 6 1 5 1
benefício do curso 1 1 5 2 1 6 1 5 1 1 1 2 8 5 6 6 8 6 4 1
Apresentação da 5 7 1 1 1 2 1 5 4 1 1 4 5 5 2 2 5 1 5 1
apostila 1 1 4 1 1 5 1 5 1 1 2 2 6 3 5 6 8 4 5 1
CONCLUSÃO
Os “pares”, as coordenadas plotadas com os valores de “apresen-
tação da apostila” e a “relação custo/benefício do curso” apresentam
uma tendência linear direta, ou seja, uma correlação positiva e
significativa.
84 Seis Sigma
X m = (∑ x)/n
V1 = S 2 =
∑( X − x ) m
2
n −1
V2 = Se2 =
∑( X − x ) m
2
k −1
(n k − 1).Sk2
V3 = Sp2 = ∑
n k −1
(Continua)
88 Seis Sigma
Análise da tabela:
1. K = 15 ; n = 15.40 = 600.
2. SQ — Soma dos quadrados (SQentre = 1390,933; SQdentro = 2177,025).
3. gl — Grau de liberdade (glentre = k – 1 = 15 – 1 = 14;
gldentro = n – k = 600 –15 = 585).
4. QMentre — Quadrado médio entre os grupos (MQentre = 99,35238).
5. QMdentro — Quadrado médio dentro dos grupos
(QMdentro = 3,72141).
6. F — Variável aleatória ( F= QMentre/QMdentro =
99,35238/3,72141= 26,70).
7. Fa — F crítico (para significância a = 0,05; glentre = 14;
gldentro = 585) = 1,71.
8. Comparar F com Fa: F = 26,70 > Fa=1,71.
CONCLUSÃO
F excede Fa, para 14 e 585 graus de liberdade e com significância
a = 0,05 = 5%, logo, devemos rejeitar a hipótese nula, H0, de que os
15 critérios, grupos de variáveis para medir a satisfação dos alunos,
são igualmente influentes no desempenho do processo.
Etapas do PLANEX
As etapas do PLANEX são as seguintes:
• Etapa 1: identificar processo a ser trabalhado, definir,
delimitar um problema e hipótese.
• Etapa 2: definir os fatores (variáveis independentes — entrada
do processo) e os níveis (valores dos fatores).
• Etapa 3: selecionar a resposta (variável dependente — saída
do processo).
• Etapa 4: definir a metodologia a ser utilizada no experimento:
amostra, instrumento de coleta de dados, coleta dos dados,
técnicas de processamentos dos dados e grau de confiabilidade
do experimento. Utilizar o planejamento ortogonal de Taguchi.
90 Seis Sigma
CONCLUSÃO
A análise mostra que o efeito mais significativo com relação à
avaliação está relacionado ao fator C (encadernação). No gráfico, a
inclinação é maior, ou seja, entre os fatores analisados é o de maior
relevância. O fator A (tipo de papel) utilizado é o que está menos
associado aos resultados apresentados na avaliação. No gráfico,
a inclinação é menor, ou seja, entre os fatores analisados é o de
menor relevância.
92 Seis Sigma
• Programa 5S
• Benchmarking
• Reengenharia
• Just-in-time (JIT)
• Estratégias corporativas: como conceber
• Estrutura organizacional: como realinhar
• Colaboradores: como buscar o comprometimento
• Clientes: como aumentar sua satisfação
• Fornecedor: como transformar em um parceiro
Programa 5S
O que é um Programa 5S?
É um programa de educação organizacional que surgiu no
Japão e hoje é amplamente utilizado pelas organizações do
ocidente, em particular nas organizações brasileiras. Esse pro-
grama tem sido adotado por diversas organizações como base
ou preparação para os processos de melhoria da qualidade.
Benchmarking
O que é benchmarking?
É uma técnica que busca a melhoria de um processo por meio de
referenciais de excelência internos ou externos, dentro da própria
94 Seis Sigma
Reengenharia
O que é Reengenharia?
Reengenharia é uma técnica que busca a melhoria de um
processo por meio de sua reestruturação radical diante da in-
trodução na metodologia de processamento, de uma nova tec-
nologia, de um novo fluxo de produção, de um novo modelo de
gestão ou de qualquer outra mudança estrutural ou conceitual
no processo.
Just-in-time (JIT)
Just-in-time hoje possibilita varias definições e interpretações
que são encontradas na literatura especializada ou nas organi-
zações. O próprio criador do “termo” just-in-time disse ser um
“conceito único e de difícil compreensão”.
Antes o JIT era considerado apenas como um programa para
controlar e melhorar o fluxo de estoque. Atualmente o JIT é tratado
como uma filosofia, que norteia sistemas, métodos e programas
para viabilizar melhores resultados nos sistemas de produção de
bens e serviços.
O JIT vem sendo utilizado através de um conjunto de técnicas
e atividades (kanban, jidoca, manufatura celular, entre outras), na
busca de melhorar e redefinir o conceito de fluxo de produção e
implementar uma nova dinâmica entre os atores de um processo
produtivo.
O que é um Fornecedor-Parceiro?
Com o objetivo de minimizar os custos e aumentar o compro-
metimento do fornecedor, melhorando a qualidade dos bens ou
serviços fornecidos, cada vez mais as organizações-clientes tem
criado estruturas favoráveis a uma maior participação do fornecedor
no processamento e no próprio projeto de seus bens ou serviços.
Esse maior comprometimento está relacionado a investimentos
específicos por parte do fornecedor, a trabalhos conjuntos em um
mesmo local e a participação do fornecedor nos resultados finan-
ceiros finais.
O fornecedor-parceiro, ou simplesmente parceiro, tem se
apresentado diante do atual contexto como uma tendência para
a melhoraria da qualidade, diminuindo os custos operacionais
e aumentando a satisfação do cliente final. Veja, na Figura 3.42,
uma comparação entre o fornecedor tradicional e o fornece-
dor-parceiro.
• Kaizen
• Poka-Yoke
• Sistema de manutenção
• Sistema de medição
Kaizen
Kaizen é uma filosofia de controle e melhoria contínua de um
processo, que consiste em fazer melhorias simples, pequenas e
contínuas. O grande incentivador dessa filosofia japonesa foi Ma-
saaki Imai, que propôs algumas regras para a adoção do Kaizen:
• Quando surge um problema, vá primeiro ao local deste.
• Verifique os equipamentos envolvidos no processo.
• Adote soluções temporárias.
• Procure a raiz do problema.
• Estabeleça um padrão de procedimentos.
Poka-Yoke
Poka-Yoke são sistemas simples, de fácil operacionalização e
de baixo custo compostos por técnicas e dispositivos utilizados
para controle e prevenção das falhas humanas em um processo
produtivo. As falhas humanas têm diversas origens, porém as mais
frequentes são:
• Falta de atenção ou descuido do colaborador.
• Fadiga do colaborador.
• Negligência do colaborador aos procedimentos.
• Falta de capacitação técnica do colaborador para a função.
• Falta de comprometimento para com os objetivos
da empresa.
• Erros premeditados.
Sistema de Manutenção
Manutenção é um modo de prevenção utilizado pelas organiza-
ções para controlar um processo, evitando falhas nos equipamen-
tos e nas instalações, e que pode ser realizada de diversas maneiras
e em várias etapas. As principais são:
• Manutenção Corretiva.
• Manutenção Preventiva.
• Manutenção Preditiva.
• Manutenção Produtiva total.
108 Seis Sigma
Sistema de Medição
Sistema de Medição é um conjunto de atividades que têm por
objetivo identificar o valor de uma grandeza. Após delimitar a gran-
deza a ser medida, é preciso definir o instrumento e as unidades de
medida a serem utilizadas. Quando não se tem um instrumento
de medida, é preciso criá-lo, e é isso que ocorre muitas vezes quan-
do se trabalha com serviços.
As medições, que são realizadas por instrumentos, questionários
ou outro meio qualquer, tendem a apresentar variações. Diversos
fatores são responsáveis por essas variações nos resultados das
medições, porém os mais significativos são:
• Limitações do avaliador.
• Procedimentos diferentes entre os diversos avaliadores.
• Limitações do instrumento de medição.
• Variáveis nem sempre controláveis.
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