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FRANKS TALBENKAS VERAS MAIA

Eficiência de emendas por traspasse em armaduras verticais da alvenaria


estrutural de blocos de concreto

São Paulo
2017
FRANKS TALBENKAS VERAS MAIA

Eficiência de emendas por traspasse em armaduras verticais da alvenaria


estrutural de blocos de concreto

Dissertação apresentada à Escola


Politécnica da Universidade de São Paulo
para obtenção do título de Mestre em
Ciências

Orientador: Profª. Dra. Mercia Maria


Semensato Bottura de Barros

São Paulo
2017
FRANKS TALBENKAS VERAS MAIA

Eficiência de emendas por traspasse em armaduras verticais da alvenaria


estrutural de blocos de concreto

Dissertação apresentada à Escola


Politécnica da Universidade de São Paulo
para obtenção do título de Mestre em
Ciências

Área de Concentração: Inovação na


Construção Civil

Orientador: Profª. Dra. Mercia Maria


Semensato Bottura de Barros

São Paulo
2017
Este exemplar foi revisado e corrigido em relação à versão original, sob
responsabilidade única do autor e com a anuência de seu orientador.

São Paulo, ______ de ____________________ de __________

Assinatura do autor: ________________________

Assinatura do orientador: ________________________

Catalogação-na-publicação

Maia, Franks Talbenkas Veras


Eficiência de emendas por traspasse em armaduras verticais da
alvenaria estrutural de blocos de concreto / F. T. V. Maia -- versão corr. -- São
Paulo, 2017.
352 p.

Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica da Universidade de São


Paulo. Departamento de Engenharia de Construção Civil.

1.Alvenaria estrutural 2.Alvenaria armada 3.Barras 4.Molas helicoidais


I.Universidade de São Paulo. Escola Politécnica. Departamento de
Engenharia de Construção Civil II.t.
Dedico este trabalho à minha mãe, Maria. A ela devo o amor aos livros
e a determinação em buscar respostas ao que desperta minha curiosidade.

AGRADECIMENTOS

Meus sinceros agradecimentos:


À Prof.a Dr.a Mercia Maria Semensato Bottura de Barros não apenas pela orientação
e pelo apoio neste trabalho mas também pelo exemplo de ser humano ao longo dos anos
nos quais convivemos. Admiro a dedicação e o amor ao próximo demonstrados por ela em
inúmeras situações. Seus exemplos me tornaram uma pessoa melhor.
Ao Prof.o Dr.o Luiz Sérgio Franco por ter acreditado no meu potencial, pela
paciência e pela solicitude na coorientação deste trabalho, além da idealização do projeto
de pesquisa colaborativa entre a Escola Politécnica, a ARCO e a HM Engenharia S/A.
Ao Prof.o Dr.o Guilherme Aris Parsekian, pelas colaborações no exame de qualifi-
cação e por estar sempre disposto a compartilhar o conhecimento acumulado.
Ao Prof.o Dr.o Francisco Ferreira Cardoso pelo apoio desde os anos finais de minha
graduação.
Aos funcionários e pesquisadores do Hall Tecnológico pela ajuda e pela paciência
na etapa experimental do trabalho.
Aos funcionários e pesquisadores do Laboratório de Estruturas e Materiais Estru-
turais (LEM) pelas colaborações na pesquisa experimental.
Aos funcionários e pesquisadores do Laboratório de Microestrutura e Ecoeficiência
de Materiais (LME) pelo auxílio na caracterização dos materiais básicos.
Ao Eng.o Ivan Tessarolo por estar sempre disposto a colaborar na pesquisa experi-
mental com seu conhecimento técnico desde as primeiras horas da manhã.
À HM Engenharia S/A, agradeço na pessoa do Eng.o Marcos Antônio Feliciani.
Primeiro por ter acreditado no resultado da parceria entre as empresas e a Escola Politéc-
nica. Segundo pelos inúmeros exemplos de consideração e respeito aos seus funcionários,
independente do grau de instrução ou cargo que ocupam.
A todos que contribuíram e que ainda contribuirão para a evolução do abnTEX21 , por
tornarem a vida dos estudantes de pós-graduação menos árdua. Devido à livre colaboração,
nós estudantes podemos nos preocupar mais com o texto em si e menos com as intricadas
formatações.
A todos que contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste trabalho.

1
https://github.com/abntex/abntex2
"No conhecimento das coisas, nada melhor do que decompô-las e analisar até seus mais
simples elementos. Uma excelente atitude na investigação consiste em remontar à origem
das coisas" (Fusco, Péricles Brasiliense).
RESUMO

MAIA, F. T. V. Eficiência de emendas por traspasse em armaduras verticais da


alvenaria estrutural de blocos de concreto. 2017. 352 p. Dissertação (Mestrado) —
Escola Politécnica, São Paulo, 2017.

Emendas por traspasse são criadas pela justaposição de barras de aço em um determinado
comprimento, assegurando que elas se manterão em posição. Assim como em outros sistemas
estruturais, a alvenaria estrutural de blocos de concreto utiliza barras de aço como reforço
dos elementos quanto à resistência à tração, mais proeminentes em edifícios altos devido à
ação dos ventos. As armaduras são projetadas para serem alocados no interior dos blocos,
e a prática construtiva no Brasil é posicionar as armaduras de aço antes dos blocos serem
assentados. Devido à essa prática, as paredes precisam ser construídas em pelo menos duas
etapas, para considerar a altura limite imposta pela armadura posicionada ao operário
na elevação dos blocos. Para aumentar a eficiência na elevação das paredes de alvenaria,
hélices circulares são propostas como componentes de confinamento do graute que envolve
a emenda, permitindo a elevação da parede em etapa única. A armadura é colocada dentro
da seção transversal da espiral após a parede de alvenaria ser completamente elevada.
O objetivo desta investigação é avaliar a eficiência da emenda por traspasse, com hélice
circular atuando como componente do confinamento do graute que envolve a emenda.
Quatro configurações de emenda distintas foram ensaiadas: a primeira, referência, foi
justaposta e amarrada com arame; a segunda foi espaçada, porém sem a presença de um
componente de confinamento; a terceira foi espaçada e continha uma hélice circular com
passo de 3,5 cm; e a quarta foi espaçada e continha uma hélice circular com passo de 8,0
cm. Os ensaios permitiram concluir que a hélice de traspasse é um componente eficiente
no confinamento das emendas por traspasse em alvenaria estrutural de blocos de concreto.
Análises estatísticas dos resultados demonstram que emendas por a emenda com hélice
circular de 3,5 cm não só é equivalente à emenda por referência do ponto de vista da
resistência à tração, como também contribui para a redução de fissuras.

Palavras-chave: Alvenaria estrutural. Alvenaria armada. Barras. Molas helicoidais.


ABSTRACT

MAIA, F. T. V. Efficiency of vertical reinforcement lap splices in concrete block


masonry. 2017. 352 p. Dissertação (Mestrado) — Escola Politécnica, São Paulo, 2017.

Lap slices are created by the overlapping of reinforcement bars over a specified length
and reassuring that they stay in place. As with other structural systems, concrete block
masonry uses reinforcing steel to carry the tensile loads which are more prominent on tall
buildings due to the effect of wind. Reinforcing bars are designed to be placed inside block
cells. The construction practice in Brazil is to place the reinforcing steel before the block
units are laid. With this practice, walls need to be built in at least two lifts to account
for the height limits imposed by the mason having to lift each block over the reinforcing
bars. To increase the efficiency of wall construction, spirals are proposed as confinement
components of the grout surrounding the lap splices, allowing a single-lift wall construction.
The vertical reinforcement is then placed inside the cross-section of the spiral after the
laying of blocks is complete. The objective of this investigation is to evaluate the efficiency
of lap splices with spirals as confinement components of grout. Four types of single-bar
splice specimens were prepared during the test program consisting of: first, contact lap
splices tied by steel lock wires; second, non-contact lap splices without any confinement
components; third, non-contact lap splices with the surrounding grout confined by spirals
with 35 mm pitch; fourth, non-contact lap splices with the surrounding grout confined
by spirals with 80 mm pitch. The results of the experimental program show that spirals
are efficient confinement components of non-contact lap splices in concrete block masonry.
Statistical analysis of results demonstrate that non-contact lap splices confined by spirals
with 35 mm pitch are not only equivalent with contact lap splices regarding their ultimate
tensile resistance, but also contribute to the reduction of cracks.

Keywords: Masonry. Reinforced masonry. Bars. Coil springs.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Elevação da alvenaria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29


Figura 2 – Emendas por traspasse . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Figura 3 – Assentamento de um bloco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Figura 4 – Etapa intermediária na elevação da alvenaria . . . . . . . . . . . . . . 30
Figura 5 – Etapa final na elevação da alvenaria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Figura 6 – Elemento de alvenaria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Figura 7 – Primeira etapa na execução da alvenaria armada: linha de referência . 34
Figura 8 – Segunda etapa na execução da alvenaria armada: verificação . . . . . . 34
Figura 9 – Terceira etapa na execução da alvenaria armada: nivelamento . . . . . 35
Figura 10 – Quarta etapa na execução da alvenaria armada: elevação até meia altura 35
Figura 11 – Quinta etapa na execução da alvenaria armada: grauteamento interme-
diário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Figura 12 – Sexta etapa na execução da alvenaria armada: elevação final . . . . . . 37
Figura 13 – Janela de visita para remoção dos detritos na limpeza e inspeção no
grauteamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Figura 14 – Família de blocos 14 x 39 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Figura 15 – Aderência por adesão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Figura 16 – Aderência por atrito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Figura 17 – Aderência mecânica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Figura 18 – Fissuração na região do concreto que envelopa a barra de aço . . . . . 45
Figura 19 – Resultante inclinada das forças longitudinal e axial . . . . . . . . . . . 46
Figura 20 – Bielas diagonais comprimidas de concreto para as barras tracionadas . 46
Figura 21 – Bielas diagonais comprimidas de concreto para as barras comprimidas . 46
Figura 22 – Soluções para redução da fissuração axial e fendilhamento . . . . . . . 47
Figura 23 – Confinamento de pilar por hélice circular . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Figura 24 – Hélice circular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Figura 25 – Alguns tipos de emendas entre barras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Figura 26 – Emendas por traspasse . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Figura 27 – Tensões ao longo da emenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Figura 28 – Ensaios para o estudo da eficiência do grauteamento em elementos de
alvenaria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
Figura 29 – Esquema das pequenas paredes grauteadas e não grauteadas (medidas
em cm) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Figura 30 – Esquema dos prismas (medidas em cm) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Figura 31 – Ensaio de "push-out" à esquerda e ensaio de "pull-out" à direita . . . . 58
Figura 32 – Conicidade dos blocos de concreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Figura 33 – Geometria dos corpos de prova no ensaio de "pull-out" (dimensões em
cm) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Figura 34 – Geometrias adotadas para os corpos de prova de concreto . . . . . . . . 62
Figura 35 – Configuração do corpo de prova, traspasse, fissuras longitudinais e forças
resistentes internas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Figura 36 – Ruptura e forças resistentes na alvenaria estrutural . . . . . . . . . . . 64
Figura 37 – Paredes de alvenaria construídas (dimensões em polegadas) . . . . . . . 65
Figura 38 – Três tipos de confinamento de armaduras estudados (dimensões em
polegadas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Figura 39 – Gráfico de tensão de compressão por deformação, normalizado em
relação à resistência à compressão do prisma . . . . . . . . . . . . . . . 67
Figura 40 – Corpo de prova de referência, sem armadura e sem confinamento (medi-
das em milímetros) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Figura 41 – Corpo de prova de referência, com armadura e sem confinamento (me-
didas em milímetros) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
Figura 42 – Corpo de prova de referência, com armadura e confinamento (medidas
em milímetros) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Figura 43 – Principais dimensões do componente de confinamento adotado por
Paturova (2006) (medidas em milímetros) . . . . . . . . . . . . . . . . 71
Figura 44 – Pequenas paredes moldadas com (a) traspasse por contato e (b) traspasse
espaçado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
Figura 45 – Paredes moldadas com (a) traspasse por contato e (b) traspasse espaçado 73
Figura 46 – Configuração do ensaio de tração nas pequenas paredes . . . . . . . . . 74
Figura 47 – Configuração do ensaio de flexão nas paredes (medidas em milímetros) 74
Figura 48 – Situações previstas em projeto como (a) verga interferindo na emenda
por traspasse adjacente à abertura; e não previstas em projeto como
(b) desalinhamento na armadura de espera na laje por falha construtiva 75
Figura 49 – Referências e remediações estudadas na pesquisa (medidas em milímetros) 76
Figura 50 – Vista frontal do CPP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
Figura 51 – Vista isométrica do CPP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
Figura 52 – Configuração de ensaio em dupla emenda . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
Figura 53 – Grupos e configurações dos corpos de prova prismáticos . . . . . . . . . 83
Figura 54 – Hélice com passo de 3,5 cm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
Figura 55 – Hélice com passo de 8,0 cm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
Figura 56 – Conf. R . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
Figura 57 – Conf. E . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
Figura 58 – Conf. 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
Figura 59 – Conf. 8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
Figura 60 – Ambiente protegido de intempéries no empreendimento 28 da HM
Engenharia localizado no bairro Morumbi da cidade de São Paulo . . . 86
Figura 61 – Confecção das hélices circulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
Figura 62 – Blocos das extremidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
Figura 63 – Blocos das emendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
Figura 64 – Região de aplicação dos extensômetros . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
Figura 65 – Ensaios de compressão dos blocos vazados de concreto . . . . . . . . . 93
Figura 66 – Ruptura característica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
Figura 67 – Curvas de tensão por deformação para a amostra da armadura de 12,5
mm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
Figura 68 – Curvas de tensão por deformação deformação para a amostra da arma-
dura de 16,0 mm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
Figura 69 – Curvas de tensão por deslocamento para a amostra do fio de 5,0 mm . 102
Figura 70 – Equipamentos utilizados nos ensaios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
Figura 71 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração 4, amostra 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
Figura 72 – Abertura de fissuras simétricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
Figura 73 – Abertura de fissuras e variação na força aplicada pelo equipamento . . 106
Figura 74 – Forças extraídas dos gráficos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107
Figura 75 – Ensaio do grupo A, configuração R . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
Figura 76 – Força por deslocamento para o grupo A, configuração R . . . . . . . . 109
Figura 77 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração R, amostra 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
Figura 78 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração R, amostra 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111
Figura 79 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração R, amostra 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112
Figura 80 – Ensaio do grupo A, configuração E . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113
Figura 81 – Força por deslocamento para o grupo A, configuração E . . . . . . . . 114
Figura 82 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração E, amostra 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
Figura 83 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração E, amostra 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116
Figura 84 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração E, amostra 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
Figura 85 – Ensaio do grupo A, configuração 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118
Figura 86 – Força por deslocamento para o grupo A, configuração 4 . . . . . . . . . 119
Figura 87 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração 4, amostra 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
Figura 88 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração 4, amostra 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121
Figura 89 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração 4, amostra 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122
Figura 90 – Ensaio do grupo A, configuração 8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
Figura 91 – Força por deslocamento para o grupo A, configuração 8 . . . . . . . . . 124
Figura 92 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração 8, amostra 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
Figura 93 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração 8, amostra 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
Figura 94 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração 8, amostra 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
Figura 95 – Ensaio do grupo B, configuração R . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Figura 96 – Força por deslocamento para o grupo B, configuração R . . . . . . . . 129
Figura 97 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração R, amostra 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
Figura 98 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração R, amostra 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131
Figura 99 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração R, amostra 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132
Figura 100 – Ensaio do grupo B, configuração E . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133
Figura 101 – Força por deslocamento para o grupo B, configuração E . . . . . . . . 134
Figura 102 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração E, amostra 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135
Figura 103 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração E, amostra 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136
Figura 104 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração E, amostra 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
Figura 105 – Ensaio do grupo B, configuração 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138
Figura 106 – Ruptura do aço nos ensaios do grupo B, configuração 4 . . . . . . . . . 139
Figura 107 – Ruptura em padrão de hélice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140
Figura 108 – Força por deslocamento para o grupo B, configuração 4 . . . . . . . . . 141
Figura 109 – Curva de tensão por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração 4, amostra 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
Figura 110 – Curva de tensão por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração 4, amostra 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143
Figura 111 – Curva de tensão por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração 4, amostra 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144
Figura 112 – Ensaio do grupo B, configuração 8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145
Figura 113 – Força por deslocamento para o grupo B, configuração 8 . . . . . . . . . 146
Figura 114 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração 8, amostra 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147
Figura 115 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração 8, amostra 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148
Figura 116 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração 8, amostra 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149
Figura 117 – Aplicação da emenda em situação real . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153
Figura 118 – Maiores deformações iniciais nos extensômetros I1 e S2 . . . . . . . . . 170
Figura 119 – Curvas de força por deslocamento para o grupo A, configuração R . . . 173
Figura 120 – Curvas de força por deslocamento para o grupo A, configuração E . . . 174
Figura 121 – Curvas de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4 . . . 175
Figura 122 – Curvas de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8 . . . 176
Figura 123 – Curvas de força por deslocamento para o grupo B, configuração R . . . 177
Figura 124 – Curvas de força por deslocamento para o grupo B, configuração E . . . 178
Figura 125 – Curvas de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4 . . . 179
Figura 126 – Curvas de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8 . . . 180
Figura 127 – Curvas representativas dos ensaios no grupo A . . . . . . . . . . . . . . 181
Figura 128 – Curvas representativas dos ensaios no grupo B . . . . . . . . . . . . . . 181
Figura 129 – Comportamento das curvas no escorregamento da armadura . . . . . . 185
Figura 130 – Curvas granulométricas dos materiais básicos . . . . . . . . . . . . . . 196
Figura 131 – Dimensões principais dos blocos vazados de concreto . . . . . . . . . . 196
Figura 132 – Referências para medições das espessuras mínimas das paredes . . . . . 197
Figura 133 – Vista superior do bloco sem escala . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197
Figura 134 – Corte A-A sem escala . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197
Figura 135 – Referências para medições dos vazados dos blocos . . . . . . . . . . . . 198
Figura 136 – Curva de tensão por deformação para o corpo de prova 1 da armadura
de 12,5 mm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 264
Figura 137 – Curva de tensão por deformação para o corpo de prova 2 da armadura
de 12,5 mm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265
Figura 138 – Curva de tensão por deformação para o corpo de prova 3 da armadura
de 12,5 mm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 266
Figura 139 – Curva de tensão por deformação para o corpo de prova 1 da armadura
de 16,0 mm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 267
Figura 140 – Curva de tensão por deformação para o corpo de prova 2 da armadura
de 16,0 mm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 268
Figura 141 – Curva de tensão por deformação para o corpo de prova 3 da armadura
de 16,0 mm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 269
Figura 142 – Curva de tensão por deslocamento para o corpo de prova 1 do fio de
5,0 mm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 270
Figura 143 – Curva de tensão por deslocamento para o corpo de prova 2 do fio de
5,0 mm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 271
Figura 144 – Curva de tensão por deslocamento para o corpo de prova 3 do fio de
5,0 mm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 272
Figura 145 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração R, corpo
de prova 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 273
Figura 146 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração R, corpo
de prova 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 274
Figura 147 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração R, corpo
de prova 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 275
Figura 148 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração R, corpo
de prova 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 276
Figura 149 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração R, corpo
de prova 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 277
Figura 150 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração R, corpo
de prova 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 278
Figura 151 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração R . . . 279
Figura 152 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração R, corpo de prova 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 280
Figura 153 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração R, corpo de prova 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281
Figura 154 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração R, corpo de prova 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282
Figura 155 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração E, corpo
de prova 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 283
Figura 156 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração E, corpo
de prova 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 284
Figura 157 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração E, corpo
de prova 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 285
Figura 158 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração E, corpo
de prova 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 286
Figura 159 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração E, corpo
de prova 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 287
Figura 160 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração E, corpo
de prova 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 288
Figura 161 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração E . . . 289
Figura 162 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração E, corpo de prova 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 290
Figura 163 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração E, corpo de prova 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291
Figura 164 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração E, corpo de prova 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 292
Figura 165 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4, corpo
de prova 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293
Figura 166 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4, corpo
de prova 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 294
Figura 167 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4, corpo
de prova 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 295
Figura 168 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4, corpo
de prova 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 296
Figura 169 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4, corpo
de prova 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 297
Figura 170 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4, corpo
de prova 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 298
Figura 171 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4 . . . . 299
Figura 172 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração 4, corpo de prova 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300
Figura 173 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração 4, corpo de prova 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 301
Figura 174 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração 4, corpo de prova 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 302
Figura 175 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8, corpo
de prova 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 303
Figura 176 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8, corpo
de prova 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 304
Figura 177 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8, corpo
de prova 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 305
Figura 178 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8, corpo
de prova 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 306
Figura 179 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8, corpo
de prova 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 307
Figura 180 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8, corpo
de prova 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 308
Figura 181 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8 . . . . 309
Figura 182 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração 8, corpo de prova 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 310
Figura 183 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração 8, corpo de prova 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 311
Figura 184 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A,
configuração 8, corpo de prova 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 312
Figura 185 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração R, corpo
de prova 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 313
Figura 186 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração R, corpo
de prova 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 314
Figura 187 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração R, corpo
de prova 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 315
Figura 188 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração R, corpo
de prova 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 316
Figura 189 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração R, corpo
de prova 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 317
Figura 190 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração R, corpo
de prova 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 318
Figura 191 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração R . . . 319
Figura 192 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração R, corpo de prova 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 320
Figura 193 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração R, corpo de prova 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 321
Figura 194 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração R, corpo de prova 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 322
Figura 195 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração E, corpo
de prova 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 323
Figura 196 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração E, corpo
de prova 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 324
Figura 197 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração E, corpo
de prova 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 325
Figura 198 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração E, corpo
de prova 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 326
Figura 199 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração E, corpo
de prova 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 327
Figura 200 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração E, corpo
de prova 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 328
Figura 201 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração E . . . 329
Figura 202 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração E, corpo de prova 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 330
Figura 203 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração E, corpo de prova 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 331
Figura 204 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração E, corpo de prova 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 332
Figura 205 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4, corpo
de prova 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 333
Figura 206 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4, corpo
de prova 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 334
Figura 207 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4, corpo
de prova 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 335
Figura 208 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4, corpo
de prova 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 336
Figura 209 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4, corpo
de prova 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 337
Figura 210 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4, corpo
de prova 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 338
Figura 211 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4 . . . . 339
Figura 212 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração 4, corpo de prova 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 340
Figura 213 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração 4, corpo de prova 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 341
Figura 214 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração 4, corpo de prova 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 342
Figura 215 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8, corpo
de prova 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 343
Figura 216 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8, corpo
de prova 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 344
Figura 217 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8, corpo
de prova 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 345
Figura 218 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8, corpo
de prova 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 346
Figura 219 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8, corpo
de prova 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 347
Figura 220 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8, corpo
de prova 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 348
Figura 221 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8 . . . . 349
Figura 222 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração 8, corpo de prova 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 350
Figura 223 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração 8, corpo de prova 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 351
Figura 224 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B,
configuração 8, corpo de prova 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 352
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Valores para o coeficiente função da porcentagem de barras emendadas


na mesma seção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Tabela 2 – Materiais dos componentes básicos nos diferentes grupos ensaiados . . 80
Tabela 3 – Dosagens unitárias dos grautes utilizados no programa experimental
em volume de materiais secos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
Tabela 4 – Dosagens unitárias das argamassas utilizadas no programa experimental
em volume de materiais secos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
Tabela 5 – Dados de caracterização dos materiais básicos . . . . . . . . . . . . . . 92
Tabela 6 – Resistências mecânicas características calculadas . . . . . . . . . . . . 93
Tabela 7 – Resistências mecânicas à compressão médias nas amostras de argamassa 94
Tabela 8 – Abatimentos de troncos de cone para os grautes utilizados na pesquisa 95
Tabela 9 – Resistências mecânicas médias à compressão médias nas amostras de
grautes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
Tabela 10 – Resistências mecânicas médias à tração médias nas amostras de grautes 97
Tabela 11 – Principais dados coletados nas caracterizações das armaduras de 12,5 mm 99
Tabela 12 – Principais dados coletados nas caracterizações das armaduras de 16,0 mm101
Tabela 13 – Forças extraídas dos gráficos e símbolos utilizados como referência . . . 107
Tabela 14 – Forças nos ensaios do grupo A, configuração R . . . . . . . . . . . . . . 110
Tabela 15 – Forças nos ensaios do grupo A, configuração E . . . . . . . . . . . . . . 115
Tabela 16 – Forças nos ensaios do grupo A, configuração 4 . . . . . . . . . . . . . . 120
Tabela 17 – Forças nos ensaios do grupo A, configuração 8 . . . . . . . . . . . . . . 125
Tabela 18 – Forças nos ensaios do grupo B, configuração R . . . . . . . . . . . . . . 130
Tabela 19 – Forças nos ensaios do grupo B, configuração E . . . . . . . . . . . . . . 134
Tabela 20 – Forças nos ensaios do grupo B, configuração 4 . . . . . . . . . . . . . . 141
Tabela 21 – Forças nos ensaios d%o grupo B, configuração 8 . . . . . . . . . . . . . 147
Tabela 22 – Resumo dos dados das força de primeira fissuração no grupo A . . . . 154
Tabela 23 – Análise de variância das força de primeira fissuração no grupo A . . . . 155
Tabela 24 – Resumo dos dados das força de primeira fissuração no grupo B . . . . . 155
Tabela 25 – Análise de variância das força de primeira fissuração no grupo B . . . . 156
Tabela 26 – Testes F e de hipótese para as combinações de forças de primeira
fissuração médias do grupo B com significância 5% . . . . . . . . . . . 156
Tabela 27 – Resumo dos dados das forças de final de regime elástico no grupo A . . 158
Tabela 28 – Análise de variância das forças de final de regime elástico no grupo A . 158
Tabela 29 – Resumo dos dados das forças de final de regime elástico no grupo B . . 159
Tabela 30 – Análise de variância das forças de final de regime elástico no grupo B . 159
Tabela 31 – Resumo dos dados das forças críticas no grupo A . . . . . . . . . . . . 160
Tabela 32 – Análise de variância das forças críticas no grupo A . . . . . . . . . . . 160
Tabela 33 – Resumo dos dados das forças críticas no grupo B . . . . . . . . . . . . 161
Tabela 34 – Análise de variância das forças críticas no grupo B . . . . . . . . . . . 161
Tabela 35 – Análise de variância das forças críticas no grupo B, excluindo-se a
configuração E . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162
Tabela 36 – Testes F e de hipótese para as combinações de forças críticas médias
do grupo B com significância 5% . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162
Tabela 37 – Resumo dos dados das forças de ruptura no grupo B . . . . . . . . . . 164
Tabela 38 – Análise de variância das forças de ruptura no grupo B . . . . . . . . . 164
Tabela 39 – Análise de variância das forças de ruptura no grupo B, excluindo-se a
configuração E . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165
Tabela 40 – Testes F e de hipótese para as combinações de forças de ruptura médias
do grupo B com significância 5% . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166
Tabela 41 – Deslocamentos de início do regime elástico identificados no grupo A . . 167
Tabela 42 – Deslocamentos de início do regime elástico identificados no grupo B . . 167
Tabela 43 – Valores médios dos deslocamentos de início do regime elástico identifi-
cados no grupo A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168
Tabela 44 – Valores médios dos deslocamentos de início do regime elástico identifi-
cados no grupo B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168
Tabela 45 – Análise de variância do deslocamento inicial no grupo A . . . . . . . . 169
Tabela 46 – Análise de variância do deslocamento inicial no grupo B . . . . . . . . 169
Tabela 47 – Derivada da força em relação ao deslocamento para o grupo A . . . . . 171
Tabela 48 – Derivada da força em relação ao deslocamento para o grupo B . . . . . 171
Tabela 49 – Valores médios da derivada da força em relação ao deslocamento para
o grupo A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172
Tabela 50 – Valores médios da derivada da força em relação ao deslocamento para
o grupo B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172
Tabela 51 – Comparação entre as forças críticas do grupo A e o escoamento do aço
em relação ao estado limite de serviço . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183
Tabela 52 – Comparação entre as forças críticas do grupo B e o escoamento do aço
em relação ao estado limite de serviço . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183
Tabela 53 – Comparação entre as forças críticas do grupo B e a ruptura do aço em
relação ao estado limite de último . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184
Tabela 54 – Dados de caracterização dos materiais básicos . . . . . . . . . . . . . . 195
Tabela 55 – Dimensões principais dos blocos de 8 MPa . . . . . . . . . . . . . . . . 198
Tabela 56 – Espessuras mínimas das paredes dos blocos de 8 MPa . . . . . . . . . . 199
Tabela 57 – Raios das mísulas para os blocos de 8 MPa . . . . . . . . . . . . . . . 200
Tabela 58 – Dimensões principais nos vazados dos blocos de 8 MPa . . . . . . . . . 201
Tabela 59 – Dimensões principais dos blocos de 14 MPa . . . . . . . . . . . . . . . 202
Tabela 60 – Espessuras mínimas das paredes dos blocos de 14 MPa . . . . . . . . . 203
Tabela 61 – Raios das mísulas para os blocos de 14 MPa . . . . . . . . . . . . . . . 204
Tabela 62 – Dimensões principais nos vazados dos blocos de 14 MPa . . . . . . . . 205
Tabela 63 – Absorção e área líquida para os blocos de 8 MPa . . . . . . . . . . . . 206
Tabela 64 – Absorção e área líquida para os blocos de 14 MPa . . . . . . . . . . . . 206
Tabela 65 – Resistências mecânicas à compressão nas amostras coletadas dos blocos 207
Tabela 66 – Diâmetros da amostra da argamassa do grupo A, configuração R . . . 208
Tabela 67 – Alturas da amostra da argamassa do grupo A, configuração R . . . . . 209
Tabela 68 – Diâmetros da amostra da argamassa do grupo A, configuração E . . . 210
Tabela 69 – Alturas da amostra da argamassa do grupo A, configuração E . . . . . 211
Tabela 70 – Diâmetros da amostra da argamassa do grupo A, configuração 4 . . . . 212
Tabela 71 – Alturas da amostra da argamassa do grupo A, configuração 4 . . . . . 213
Tabela 72 – Diâmetros da amostra da argamassa do grupo A, configuração 8 . . . . 214
Tabela 73 – Alturas da amostra da argamassa do grupo A, configuração 8 . . . . . 215
Tabela 74 – Diâmetros da amostra da argamassa do grupo B, configuração R . . . 216
Tabela 75 – Alturas da amostra da argamassa do grupo B, configuração R . . . . . 217
Tabela 76 – Diâmetros da amostra da argamassa do grupo B, configuração E . . . . 218
Tabela 77 – Alturas da amostra da argamassa do grupo B, configuração E . . . . . 219
Tabela 78 – Diâmetros da amostra da argamassa do grupo B, configuração 4 . . . . 220
Tabela 79 – Alturas da amostra da argamassa do grupo B, configuração 4 . . . . . 221
Tabela 80 – Diâmetros da amostra da argamassa do grupo B, configuração 8 . . . . 222
Tabela 81 – Alturas da amostra da argamassa do grupo B, configuração 8 . . . . . 223
Tabela 82 – Resistências mecânicas das argamassas do grupo A, configuração R . . 224
Tabela 83 – Resistências mecânicas das argamassas do grupo A, configuração E . . 225
Tabela 84 – Resistências mecânicas das argamassas do grupo A, configuração 4 . . 226
Tabela 85 – Resistências mecânicas das argamassas do grupo A, configuração 8 . . 227
Tabela 86 – Resistências mecânicas das argamassas do grupo B, configuração R . . 228
Tabela 87 – Resistências mecânicas das argamassas do grupo B, configuração E . . 229
Tabela 88 – Resistências mecânicas das argamassas do grupo B, configuração 4 . . 230
Tabela 89 – Resistências mecânicas das argamassas do grupo B, configuração 8 . . 231
Tabela 90 – Abatimentos de troncos de cone para os grautes utilizados na pesquisa 232
Tabela 91 – Diâmetros da amostra do graute do grupo A, configuração R . . . . . . 233
Tabela 92 – Alturas da amostra do graute do grupo A, configuração R . . . . . . . 234
Tabela 93 – Diâmetros da amostra do graute do grupo A, configuração E . . . . . . 235
Tabela 94 – Alturas da amostra do graute do grupo A, configuração E . . . . . . . 236
Tabela 95 – Diâmetros da amostra do graute do grupo A, configuração 4 . . . . . . 237
Tabela 96 – Alturas da amostra do graute do grupo A, configuração 4 . . . . . . . 238
Tabela 97 – Diâmetros da amostra do graute do grupo A, configuração 8 . . . . . . 239
Tabela 98 – Alturas da amostra do graute do grupo A, configuração 8 . . . . . . . 240
Tabela 99 – Diâmetros da amostra do graute do grupo B, configuração R . . . . . . 241
Tabela 100 – Alturas da amostra do graute do grupo B, configuração R . . . . . . . 242
Tabela 101 – Diâmetros da amostra do graute do grupo B, configuração E . . . . . . 242
Tabela 102 – Alturas da amostra do graute do grupo B, configuração E . . . . . . . 243
Tabela 103 – Diâmetros da amostra do graute do grupo B, configuração 4 . . . . . . 244
Tabela 104 – Alturas da amostra do graute do grupo B, configuração 4 . . . . . . . . 245
Tabela 105 – Diâmetros da amostra do graute do grupo B, configuração 8 . . . . . . 246
Tabela 106 – Alturas da amostra do graute do grupo B, configuração 8 . . . . . . . . 247
Tabela 107 – Medições e variáveis utilizadas no cálculo dos módulos de elasticidade
nos grautes do grupo A, configuração R . . . . . . . . . . . . . . . . . 248
Tabela 108 – Medições e variáveis utilizadas no cálculo dos módulos de elasticidade
nos grautes do grupo A, configuração E . . . . . . . . . . . . . . . . . 249
Tabela 109 – Medições e variáveis utilizadas no cálculo dos módulos de elasticidade
nos grautes do grupo A, configuração 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250
Tabela 110 – Medições e variáveis utilizadas no cálculo dos módulos de elasticidade
nos grautes do grupo A, configuração 8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 251
Tabela 111 – Medições e variáveis utilizadas no cálculo dos módulos de elasticidade
nos grautes do grupo B, configuração R . . . . . . . . . . . . . . . . . 252
Tabela 112 – Medições e variáveis utilizadas no cálculo dos módulos de elasticidade
nos grautes do grupo B, configuração E . . . . . . . . . . . . . . . . . 253
Tabela 113 – Medições e variáveis utilizadas no cálculo dos módulos de elasticidade
nos grautes do grupo B, configuração 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 254
Tabela 114 – Medições e variáveis utilizadas no cálculo dos módulos de elasticidade
nos grautes do grupo B, configuração 8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 255
Tabela 115 – Resistências mecânicas dos grautes do grupo A, configuração R . . . . 256
Tabela 116 – Resistências mecânicas dos grautes do grupo A, configuração E . . . . 257
Tabela 117 – Resistências mecânicas dos grautes do grupo A, configuração 4 . . . . . 258
Tabela 118 – Resistências mecânicas dos grautes do grupo A, configuração 8 . . . . . 259
Tabela 119 – Resistências mecânicas dos grautes do grupo B, configuração R . . . . 260
Tabela 120 – Resistências mecânicas dos grautes do grupo B, configuração E . . . . 261
Tabela 121 – Resistências mecânicas dos grautes do grupo B, configuração 4 . . . . . 262
Tabela 122 – Resistências mecânicas dos grautes do grupo B, configuração 8 . . . . . 263
Tabela 123 – Forças nos ensaios do grupo A, configuração R . . . . . . . . . . . . . . 282
Tabela 124 – Forças nos ensaios do grupo A, configuração E . . . . . . . . . . . . . . 292
Tabela 125 – Forças nos ensaios do grupo A, configuração 4 . . . . . . . . . . . . . . 302
Tabela 126 – Forças nos ensaios do grupo A, configuração 8 . . . . . . . . . . . . . . 312
Tabela 127 – Forças nos ensaios do grupo B, configuração R . . . . . . . . . . . . . . 322
Tabela 128 – Forças nos ensaios do grupo B, configuração E . . . . . . . . . . . . . . 332
Tabela 129 – Forças nos ensaios do grupo B, configuração 4 . . . . . . . . . . . . . . 342
Tabela 130 – Forças nos ensaios do grupo B, configuração 8 . . . . . . . . . . . . . . 352
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
1.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
1.2 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
1.3 Estrutura do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

2 COMPORTAMENTO MECÂNICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
2.1 Componentes empregados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
2.1.1 Materiais básicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
2.1.2 Blocos de concreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
2.1.3 Argamassa de assentamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
2.1.4 Graute . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
2.1.5 Armaduras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
2.2 Transferência de esforços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
2.3 Emendas entre barras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
2.4 Emendas por traspasse . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
2.5 Principais pesquisas em alvenaria estrutural . . . . . . . . . . . . . . 55
2.5.1 Izquierdo (2015) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
2.5.2 Sorić e Tulin (1988) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
2.5.3 Shing et al. (1993) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
2.5.4 Paturova (2006) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
2.5.5 Ahmed e Feldman (2012) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
2.5.6 Kisin e Feldman (2015) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
2.6 Considerações sobre o comportamento mecânico . . . . . . . . . . . 77

3 PROGRAMA EXPERIMENTAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
3.1 Grupos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
3.2 Geometria dos corpos de prova . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
3.3 Configurações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
3.4 Execução dos corpos de prova . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
3.4.1 Materiais utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
3.4.2 Instrumentação dos corpos de prova . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
3.5 Transporte e acomodação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
3.6 Caracterização dos materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
3.6.1 Materiais básicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
3.6.2 Blocos de concreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
3.6.3 Argamassa de assentamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
3.6.4 Graute . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
3.6.5 Armaduras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
3.7 Ensaios de tração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
3.7.1 Grupo A, configuração R . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107
3.7.2 Grupo A, configuração E . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112
3.7.3 Grupo A, configuração 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
3.7.4 Grupo A, configuração 8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122
3.7.5 Grupo B, configuração R . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
3.7.6 Grupo B, configuração E . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132
3.7.7 Grupo B, configuração 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
3.7.8 Grupo B, configuração 8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144
3.8 Considerações sobre o programa experimental . . . . . . . . . . . . . 149

4 ANÁLISES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151
4.1 Forças de interesse . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151
4.1.1 Forças de início do regime elástico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151
4.1.2 Forças de primeira fissuração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153
4.1.3 Forças de final do regime elástico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157
4.1.4 Forças críticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159
4.1.5 Forças de ruptura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163
4.1.6 Forças de final do curso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166
4.2 Remoção da trecho de acomodação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167
4.3 Deformações nos extensômetros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 170
4.4 Trecho elástico linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171
4.5 Curvas características . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172
4.6 Comprimento de traspasse e aderência . . . . . . . . . . . . . . . . . 182
4.7 Interpretação do fenômeno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184
4.8 Comparações com demais pesquisas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187


5.1 Sugestões para pesquisas futuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 188

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190

APÊNDICE A – RESULTADOS EXPERIMENTAIS . . . . . . . . . 195


A.1 Caracterização dos materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195
A.1.1 Materiais básicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195
A.1.2 Blocos de concreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 196
A.1.3 Argamassa de assentamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 207
A.1.4 Graute . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 231
A.1.5 Armaduras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 263
A.2 Tração nas emendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 272
27

1 INTRODUÇÃO

Estruturas de alvenaria são definidas pelo uso de paredes como principal elemento
de suporte (FRANCO, 1992). Elas têm sido utilizadas há mais de dez mil anos pela
humanidade em construções em forma de pirâmide, com empilhamento de rochas e largas
bases para garantia de estabilidade, dimensionadas de maneira empírica com os materiais
disponíveis na região (DRYSDALE et al., 1993).
No Brasil, até a primeira metade da década de 1960, as estruturas de alvenaria
também utilizavam os materiais disponíveis na região e eram calculadas como resultado
do conhecimento empírico acumulado, sem especificações de projeto ou critérios de dimen-
sionamento definidos (PARSEKIAN et al., 2012). Contudo, nos dias atuais, a alvenaria
estrutural é um dos processos construtivos mais competitivos e adotados na construção
de residências unifamiliares, hospitais, escolas, centros comerciais e edifícios de múltiplos
pavimentos (CORRÊA, 2012).
De acordo com Corrêa (2012), boa parte do desenvolvimento da alvenaria estrutural
no Brasil se deve à aproximação entre empresas de incorporação e construção em alvenaria
estrutural e as universidades brasileiras, em especial nas últimas três décadas.
Neste contexto, o presente trabalho foi desenvolvido dentro do projeto de pesquisa
colaborativa entre a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), a
Assessoria em Racionalização Construtiva (ARCO) e a HM Engenharia S/A, empresa que
projeta, incorpora e constrói unidades habitacionais tanto de interesse social quanto de
mercado popular.
A parceria entre a academia e a construtora foi realizada com o objetivo de se
desenvolver um inovador processo construtivo em alvenaria estrutural de blocos vazados
de concreto com elevado grau de industrialização e mecanização.
O desenvolvimento e implementação da parceria foi separado em duas fases princi-
pais. Na primeira fase foram realizadas otimizações no processo de alvenaria estrutural
existente. Na segunda fase foram propostas mudanças no processo construtivo da HM
Engenharia S/A. As principais etapas e soluções do inovador processo construtivo são:

• a execução das paredes em etapa única por pavimento;

• a utilização de vergas e contravergas pré-fabricadas;

• o içamento de lajes pré-fabricadas; e

• a utilização de grautes usinados e bombeados aos vazados.


Capítulo 1. Introdução 28

Uma das mudanças propostas exigiu a avaliação do comportamento mecânico das


emendas por traspasse em armaduras verticais da alvenaria estrutural de blocos vazados
de concreto, identificando a ação de um componente inovador que garantisse a eficiência
da transferência de tensões entre as barras emendadas.
Inovação, no contexto da construção civil de edifícios, é o aperfeiçoamento tecno-
lógico derivado das atividades de pesquisa e desenvolvimento aplicados na produção do
edifício que possuem como resultados melhor desempenho, maior qualidade e menor custo
do edifício ou de um sistema (SABBATINI, 1989).
Na indústria da construção civil de edificações, o conceito adotado para sistema
construtivo racionalizado é o definido por Sabbatini (1989): "processo construtivo de
elevados níveis de industrialização e de organização, constituído por um conjunto de
elementos e componentes inter-relacionados e completamente integrados pelo processo".
Ainda segundo Sabbatini (1989), denomina-se processo construtivo o organizado e bem
definido modo de se construir um edifício.
Uma das maneiras de se classificar a tecnologia de construção em alvenaria estrutural
diz respeito à atuação da armadura no edifício: ela pode ser não armada, armada ou
protendida (PARSEKIAN et al., 2012).
As alvenarias não armadas são comumente utilizadas em edifícios de baixa e média
altura, nos quais as tensões de tração e cisalhamento são de magnitude muito baixa ou
inexistentes e, por isto, podem ser resistidas sem o emprego de armaduras pelo elemento
de alvenaria: bloco, argamassa de assentamento e, eventualmente, graute. Alvenarias que
requerem o uso de armaduras para resistir às tensões de tração e cisalhamento ou aumento
de ductilidade são denominadas armadas.
O primeiro edifício em alvenaria não armada no Brasil, denominado Jardim Pru-
dência, foi construído em 1977, com 9 pavimentos e blocos de concreto silicocalcário
(MOHAMAD et al., 2015). O ano de 1966 marcou o início da alvenaria estrutural armada
no Brasil com a construção do conjunto habitacional Central Park Lapa, um edifício de
quatro pavimentos localizado em São Paulo (TAUIL; NESE, 2010). A alvenaria armada em
edifícios altos se iniciou no país em 1970, com a construção de um edifício de 16 pavimentos
denominado Muriti, em São José dos Campos (MOHAMAD et al., 2015).
Alvenarias protendidas são indicadas quando as forças de tração e cisalhamento
implicam dimensionamentos pouco econômicos em alvenaria armada. Parsekian et al. (2012)
indicam a sua utilização em arrimos, galpões, vigas, paredes corta-fogo, barreira acústica
e em aplicações que requeiram maiores ductilidade, controle de fissuras e estabilidade.
As solicitações de tração geradas pelas ações dos ventos, mais expressivas em
edifícios altos, estão entre os esforços que levam à necessidade de se dimensionar a
alvenaria armada. Estes esforços são resistidos por armaduras de aço alocadas no interior
Capítulo 1. Introdução 29

dos blocos em regiões definidas por projeto, conforme ilustra a Figura 1.

Figura 1 – Elevação da alvenaria

Fonte: adaptado de Tauil e Nese (2010)

Uma das formas para a transferência de esforços entre barras ao longo de todos
os pavimentos do edifício é a emenda por traspasse. A Figura 26 ilustra este detalhe:
a justaposição longitudinal das armaduras em um determinado comprimento mantidas
solidárias por meio da amarração com arames em duas ou mais seções do trecho emendado.

Figura 2 – Emendas por traspasse

Fonte: Fusco (2013)

Nota: lv é o comprimento da emenda por traspasse nas barras de diâmetro φ

Para garantir que as armaduras mantenham-se posicionadas de maneira adequada,


a amarração da armadura do novo pavimento com a armadura do pavimento anterior, já
finalizado, recomenda-se ser feita previamente ao assentamento dos blocos de alvenaria.
Portanto, os blocos são assentados por encamisamento das armaduras, criando assim uma
interferência no processo de elevação da parede de alvenaria. A Figura 3 ilustra a armadura
já posicionada.
Capítulo 1. Introdução 30

Figura 3 – Assentamento de um bloco

Fonte: Tauil e Nese (2010)

No caso do emprego de armadura de aço com a altura de um pé-direito, sem emenda


intermediária, há perda de produtividade devido à dificuldade construtiva de se realizar o
trabalho. Assim, o usual é que a armadura seja posicionada com metade do pé-direito,
havendo uma emenda à meia altura da alvenaria. O grauteamento do vazado ocorre então
em dois momentos: na etapa intermediária (Figura 4) e na etapa final, no respaldo da
alvenaria (Figura 5).

Figura 4 – Etapa intermediária na eleva- Figura 5 – Etapa final na elevação da alve-


ção da alvenaria naria

Fonte: adaptado de Tauil e Nese (2010) Fonte: adaptado de Tauil e Nese (2010)

A interrupção da elevação da parede alvenaria para o grauteamento intermediário


e posicionamento de nova emenda aumenta o ciclo de produção, uma vez que são inseridas
duas pausas na produção. A primeira pausa ocorre antes do vertimento do graute nos
Capítulo 1. Introdução 31

vazados dos blocos devido à espera da cura da argamassa de assentamento, caso contrário
o lançamento e adensamento do graute pode retirar os blocos de seu posicionamento. A
segunda pausa também é necessária para a cura do graute lançado. Observações feitas nas
obras da HM Engenharia indicam que o processo de grauteamento em um pavimento tipo
ocupa boa parte da produção de um dia útil.
A colocação da barra após a elevação da alvenaria pode racionalizar o processo
construtivo não só por facilitar a elevação da alvenaria sem a interferência da barra na
elevação da parede de alvenaria, como também por permitir a realização do grauteamento
em apenas um lance por pavimento, contribuindo para a redução de um dia no ciclo de
produção de cinco dias da HM Engenharia S/A para um pavimento tipo.
Por praticidade e potencial aumento de produtividade, algumas construtoras podem
considerar a prática de atar as barras após a elevação da parede através do limitado
espaçamento dos pontos de limpeza e verificação do grauteamento. Esta prática, no
entanto, não garante a eficiência do traspasse, uma vez que o posicionamento das barras
pode não ser observado segundo as especificações de projeto.
O potencial aumento da produtividade resulta do contexto de se elevar a parede
de alvenaria em etapa única por pavimento, com a utilização de uma hélice circular como
elemento de confinamento da emenda por traspasse, de maneira a garantir a transferência
de esforços entre as barras emendadas.
Destacam-se, além da produtividade, a garantia do posicionamento das barras
dentro de uma seção transversal circular pré-determinada, a facilidade de execução, uma
adequada costura na região da emenda e o aumento do confinamento no volume interno
do graute envolvido pela hélice circular.
Aliada à execução de vergas e contravergas em elementos pré-fabricados; ao içamento
de lajes pré-fabricadas; à utilização de grautes usinados e bombeados aos vazados; e às
demais medidas de otimização e inovação adotadas; a hélice circular pode contribuir para
a racionalização no inovador processo construtivo em alvenaria estrutural proposto para a
HM Engenharia S/A.

1.1 Objetivo

O objetivo desta pesquisa é avaliar a eficiência da emenda por traspasse, com hélice
circular atuando como componente de confinamento do graute que envolve a armadura,
em elementos verticais grauteados na alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto.

1.2 Metodologia

Para se atingir o objetivo proposto neste trabalho, aplicou-se o método científico.


Goldhaber e Nieto (2010) citam que o método passa pelas seguintes etapas principais,
Capítulo 1. Introdução 32

seguidas nesta pesquisa.

• Observação sistemática, com a revisão bibliográfica referente ao comportamento


mecânico das emendas por traspasse.

• Formulações de hipóteses, com a identificação das variáveis que influenciam no


comportamento mecânico das emendas por traspasse.

• Experimentos, com o teste as hipóteses levantadas.

• Medições, com a extração dos dados gerados pelos experimentos.

• Análises, com a identificação da validade das hipóteses.

• Revisão das hipóteses, com as considerações finais relativas à pesquisa.

1.3 Estrutura do trabalho

O texto foi estruturado de acordo com os temas principais dos assuntos tratados e
está dividido em cinco capítulos, enumerados na seguinte sequência.

1. Introdução: abrange a contextualização, justificativa, objetivo, metodologia e es-


trutura da dissertação.

2. Comportamento mecânico: abrange a revisão bibliográfica do comportamento


mecânico das emendas por traspasse tanto em estruturas de concreto armado quanto
em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto, incluindo programas experi-
mentais pertinentes.

3. Programa experimental: abrange a apresentação dos métodos experimentais


adotados na pesquisa e a sequência lógica da construção, transporte e ensaios dos
corpos de prova. Os principais resultados também são apresentados neste item.

4. Análises: abrange as análises dos resultados experimentais e a análise teórica. Este


capítulo contém também uma comparação entre os resultados com demais pesquisas.

5. Considerações finais: apresenta as conclusões possíveis de serem extraídas do


trabalho, bem como propostas para a pesquisas posteriores.
33

2 COMPORTAMENTO MECÂNICO

O elemento de alvenaria armada é formado usualmente pelo bloco, argamassa de


assentamento, armaduras de aço e graute (microconcreto), componente responsável pela
solidarização entre a armadura e o bloco. A Figura 6 ilustra os componentes citados em
um elemento de alvenaria denominado pilastras isoladas, que substitui o pilar convencional
para apoio de cargas isoladas.

Figura 6 – Elemento de alvenaria

Fonte: Tauil e Nese (2010)

O processo construtivo na elevação das paredes de alvenaria armada, segundo


Tauil e Nese (2010) e também adotado pela HM Engenharia S/A, pode ser resumido nas
seguintes etapas:

1. Execução da linha de referência para colocação dos blocos, indicado na Figura 7.


Capítulo 2. Comportamento mecânico 34

Figura 7 – Primeira etapa na execução da alvenaria armada: linha de referência

Fonte: Tauil e Nese (2010)

2. Colocação a seco dos blocos para verificação da modulação, indicado na Figura 8.

Figura 8 – Segunda etapa na execução da alvenaria armada: verificação

Fonte: Tauil e Nese (2010)

3. Colocação da argamassa da primeira fiada sobre a laje ou viga baldrame, indicado


na Figura 9.
Capítulo 2. Comportamento mecânico 35

Figura 9 – Terceira etapa na execução da alvenaria armada: nivelamento

Fonte: Tauil e Nese (2010)

4. Elevação da parede até meia altura após a amarração da armadura, indicado na


Figura 10.

Figura 10 – Quarta etapa na execução da alvenaria armada: elevação até meia altura

Fonte: Tauil e Nese (2010)

5. Grauteamento dos vazados ao se atingir a meia altura da parede, indicado na


Figura 11.
Capítulo 2. Comportamento mecânico 36

Figura 11 – Quinta etapa na execução da alvenaria armada: grauteamento intermediário

Fonte: Tauil e Nese (2010)

6. Elevação da parede até sua altura final prevista ou respaldo, indicado na Figura 12.
Assim como indicado na Figura 10, há nesta etapa a interferência da barra na
colocação dos blocos, uma vez que para se garantir o posicionamento da emenda, é
recomendada a prática de se realizar a amarração da emenda por traspasse antes da
elevação da parede. Há também a interferência entre barras e os blocos tipo canaleta,
o que obriga esses componentes a serem cortados antes do assentamento e, como
consequência, aumenta a perda de blocos.
Capítulo 2. Comportamento mecânico 37

Figura 12 – Sexta etapa na execução da alvenaria armada: elevação final

Fonte: Tauil e Nese (2010)

Procede-se ao grauteamento final dos vazados segundo o projeto. Em cada etapa


de grauteamento, devem ser observados os seguintes itens, de acordo com a norma NBR
15961-2 (ABNT, 2011b):

• os vazados devem estar alinhados e desobstruídos;

• o lançamento deve ser feito de uma altura menor ou igual a 1,6 m. No caso da
utilização de grautes devidamente aditivados, que garantam a coesão sem segregação,
é permitido o lançamento do componente a partir de uma altura máxima de 2,8 m
(ABNT, 2011b);

• os vazados devem ser molhados antes de se verter o graute;

• deve se empregar haste com diâmetro entre 10 e 15 mm de diâmetros, com compri-


mento suficiente para atingir toda a extensão do vazado;

• janelas de visitas devem ser criadas para limpeza e inspeção no grauteamento, de


acordo com a Figura 13;
Capítulo 2. Comportamento mecânico 38

Figura 13 – Janela de visita para remoção dos detritos na limpeza e inspeção no grautea-
mento

Fonte: Tauil e Nese (2010)

De acordo com o procedimento para a preparação de corpos de prova prismáticos no


Anexo A da norma NBR 15961-1 (ABNT, 2011a), percebe-se que existe uma preocupação
com a movimentação dos blocos quando no lançamento do graute em seus vazados. Espera-
se que os blocos mantenham seu posicionamento relativo à parede, o que indica que se
deve aguardar a cura da argamassa de assentamento antes do lançamento do graute.
Mesmo que sejam desconsideradas as interferências das barras na elevação das
paredes de alvenaria, as pausas geradas para vertimento do graute nos vazados e posterior
cura do componente vertido podem aumentar o ciclo de produção no processo de elevação
da parede de alvenaria em um pavimento.
Observações feitas nas obras da HM Engenharia S/A indicam que o processo
de grauteamento em um pavimento tipo ocupa boa parte da produção de um dia útil.
Contribuem para o tempo despendido nesta tarefa a produção do graute em pequenos
volumes com misturador mecânico e o lançamento do graute com baldes de maneira
manual.
O grauteamento em uma única etapa propiciado pela introdução das barras após
a elevação da alvenaria pode representar uma racionalização significativa no processo de
execução da parede de alvenaria, inclusive com redução do ciclo de produção do pavimento
tipo, desde que seja garantida a eficiência da ligação entre as barras emendadas.
Capítulo 2. Comportamento mecânico 39

2.1 Componentes empregados

Ao invés de se esgotar o assunto relativo aos componentes empregados na alvenaria


estrutural, pretende-se nesta seção apresentar e sintetizar os principais componentes, com
base na normalização existente e na literatura de Drysdale et al. (1993) e Parsekian et al.
(2012).

2.1.1 Materiais básicos

Consideram-se materiais básicos o cimento, a areia e o pedrisco; utilizados como


componentes dos elementos graute e argamassa de assentamento.
As normas norma NBR 15961-1 (ABNT, 2011a) e norma NBR 15961-2 (ABNT,
2011b) não especificam diretamente as características e propriedades pertinentes aos
materiais básicos. No entanto, estas especificações estão indiretamente indicadas em
normalizações referentes aos componentes utilizados.
A normalização referente à execução e controle de obras em alvenaria estrutural de
blocos de concreto, norma NBR 15961-2 (ABNT, 2011b), indica que no caso das argamassas
e grautes não industrializados, deve-se assegurar que os agregados obedeçam às prescrições
da norma NBR 7211 (ABNT, 2009). Esta norma versa a respeito dos requisitos para
recepção e produção dos agregados miúdos e graúdos destinados à produção de concretos
de cimento Portland.
De acordo com a norma NBR 7211 (ABNT, 2009), consideram-se como agregado
graúdo os grãos que passam pela peneira de malha de 75 mm e ficam retidos na peneira
de malha de 4,75 mm.
No caso dos materiais básicos utilizados na alvenaria estrutural, o pedrisco se
encaixa nesta faixa e, portanto, pode ser considerado um agregado graúdo.
Para o caso dos agregados miúdos, ainda se considerando a norma NBR 7211
(ABNT, 2009), são classificados os grãos que passam pela peneira de malha de 4,75 mm.
Dos materiais básicos utilizados na alvenaria estrutural, a areia média se enquadra nesta
classificação.

2.1.2 Blocos de concreto

Blocos são os componentes mais comuns na alvenaria estrutural. Blocos de concreto,


no entanto, evoluíram como um moderno componente na construção nos últimos dois
séculos (DRYSDALE et al., 1993). A resistência está diretamente relacionada ao volume
de cimento utilizado, considerando que o cimento é o material básico aglomerante nos
traço de fabricação dos blocos de concreto e sua resistência pode ser garantida pela boa
hidratação do cimento (PARSEKIAN et al., 2012).
Capítulo 2. Comportamento mecânico 40

Ainda segundo Parsekian et al. (2012), a produção dos blocos vazados de concreto
utilizados na alvenaria estrutural é feita em modernas vibro prensas, com moldes que
propiciam a configuração de formatos pré-determinados para os blocos de alvenaria
estrutural.
Os blocos são classificados em famílias, como as família de blocos 14 x 39 ilustrada
na Figura 14, por exemplo.

Figura 14 – Família de blocos 14 x 39

Fonte: Tauil e Nese (2010)

Segundo a norma NBR 15961-1 (ABNT, 2011a), a especificação dos blocos deve
ser feita de acordo com a norma NBR 6136 (ABNT, 2014b), normalização referente aos
requisitos para os blocos vazados de concreto simples para alvenaria. Para caracterização
e controle, a norma NBR 15961-2 (ABNT, 2011a) indica que devem ensaios devem ser
realizados de acordo com a norma NBR 12118 (ABNT, 2013a).

2.1.3 Argamassa de assentamento

Além da transferência de esforços entre as unidades de alvenaria, a argamassa


existente nas juntas permite a acomodação dos blocos e irregularidades existentes nas
unidades, proteção em face aos fatores ambientais e contribui para um baixo custo da
estrutura (PARSEKIAN et al., 2014).
Apesar de existir uma contribuição da argamassa de assentamento na aderência
entre os blocos, a contribuição à tração em relação ao elemento emenda por traspasse pode
Capítulo 2. Comportamento mecânico 41

ser desprezada quando este é submetido a esforços de tração, visto que a tensão resistente
da argamassa é rapidamente atingida quando o elemento é submetido aos ensaios de tração
(AHMED; FELDMAN, 2012), resultando no aparecimento de fissurações na região das
juntas e consequente fissuração da argamassa.
Uma pesquisa recente de Kisin e Feldman (2015) indica que, caso os pontos
terminais das barras nas emendas por traspasse finalizarem nas seções das juntas, há um
comprometimento da força máxima resistida pelo elemento emenda. Isso demonstra a
fragilidade do elemento alvenaria na junta de argamassa.
De acordo com a norma NBR 13281 (ABNT, 2005c), as argamassas devem ser
classificadas de acordo com os seguintes requisitos:

• resistência à compressão;

• densidade de massa aparente no estado endurecido;

• resistência à tração na flexão da argamassa;

• coeficiente de capilaridade;

• densidade de massa no estado fresco;

• retenção de água;

• resistência potencial de aderência à tração.

Cada requisito possui uma escala que entre 1 a 6. A combinação dos requisitos
gera uma classificação final para a argamassa de acordo com a norma NBR 13281 (ABNT,
2005c).
Parsekian et al. (2012) afirmam que as normas de projeto e execução de alvenaria
estrutural especificam principalmente a resistência à compressão de argamassas tradicionais
de cimento, cal e areia, de acordo com o primeiro requisito da norma NBR 13281 (ABNT,
2005c). De uma maneira geral, Parsekian et al. (2012) indicam a utilização de argamassas
de assentamento com resistência à compressão na faixa entre 70% e 150% da resistência à
compressão do bloco.
No estado fresco, a principal característica é a trabalhabilidade, e seu controle
pode ser feitos em laboratório por meio do ensaio de consistência segundo a norma NBR
13276 (ABNT, 2005a). Em campo, no entanto, é comum o controle ser feito por traço
pré-determinado e inspeção visual.
Para o controle da argamassa de assentamento no estado endurecido, a norma NBR
15961-2 (ABNT, 2011b) indica que deve ser seguida a metodologia descrita na norma
Capítulo 2. Comportamento mecânico 42

NBR 13279 (ABNT, 2005b); ou, no caso de controle na obra, seguir o Anexo D da norma
de execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos de concreto.

2.1.4 Graute

O graute é um componente importante na alvenaria armada, pois é ele que propicia


a solidariedade entre as barras inseridas nos vazados e os blocos que as envolvem, além de
aumentar a capacidade resistente do elemento de alvenaria (DRYSDALE et al., 1993). Como
fluido, deve preencher completamente o vazado no qual será vertido, além de possuirem
elevado abatimento de tronco de cone, entre 200 e 250 mm segundo (DRYSDALE et al.,
1993), com alto fator água/cimento quando comparado ao concreto. A adição de cal ou
plastificante também contribui para a trabalhabilidade do graute.
Para elementos de alvenaria armada, a resistência à compressão característica deve
ser especificada com valor mínimo de 15 MPa, observando que esta seja menor ou igual a
1,5 vezes a resistência do bloco na área líquida. Parsekian et al. (2012) indicam que uma
estimativa inicial para a resistência do graute pode ser de 2 a 2,5 vezes a resistência à
compressão do bloco, aproximado para as classes de resistência de concreto 15, 20 e 25
MPa. Prevalece, no entanto, os valores de resistência ensaiados no prisma cheio.
De acordo com a norma NBR 15961-1 (ABNT, 2011a), a avaliação da influência
do graute na resistência à compressão deve ser feita mediante o ensaio de compressão de
prismas, pequenas paredes ou paredes, segundo as diretrizes da norma NBR 5739 (ABNT,
2007a).

2.1.5 Armaduras

As armaduras são utilizadas na alvenaria estrutural como componentes resistentes


a esforços de tração e cisalhamento, para aumento da resistência à compressão a cargas
centradas e para prover ductilidade em situações necessárias, como as construções em
regiões sujeitos a abalos sísmicos (PARSEKIAN et al., 2012). As armaduras também são
empregadas na redução da manifestação de patologias como fissuras geradas por retração,
variações de temperatura e carregamentos. (DRYSDALE et al., 1993).
O mesmo tipo de barras aplicadas no concreto armado é utilizado na alvenaria
estrutural. De acordo com a norma NBR 15961-1 (ABNT, 2011a) o diâmetro máximo
permitido para as barras é de de 6,3 mm no caso de estarem localizadas nas juntas de
assentamento, e de 25 mm nas demais situações. Deve ser observada uma taxa máxima de
armadura de 8% do vazado a ser grauteado (PARSEKIAN et al., 2012).
A norma NBR 15961-2 (ABNT, 2011b) indica que os fios e barras de aço utilizados
na alvenaria estrutural devem atender aos requisitos estabelecidos na norma NBR 7480
(ABNT, 2007b).
Capítulo 2. Comportamento mecânico 43

2.2 Transferência de esforços

A transferência de esforços de tração, tanto no concreto armado quanto na alvenaria


estrutural, depende da compatibilidade entre o concreto e o componente de reforço -
usualmente o aço - utilizado no elemento (NAWY, 2009).
Considerando que o alongamento à tração do concreto é pequeno, com deformações
entre 0,15 e 0,25 mm/m, maiores solicitações de tração fissuram o concreto, fazendo com que
as barras de aço passem a atuar na resistência à tração do elemento (LEONHARDT, 1977).
Os dois materiais, aço e concreto, trabalham em conjunto de maneira harmoniosa, com as
desvantagens de um material contrabalanceadas pelas vantagens do outro (MCCORMAC;
BROWN, 2013).
Fusco (2013) afirma, por exemplo, que a existência do concreto armado depende
essencialmente da solidariedade existente entre seus materiais componentes, concreto e
aço. Fato também constatado por Nawy (2009), ao afirmar que as barras de aço devem ser
solidárias ao concreto em relação às deformações, de modo a prever uma descontinuidade
ou separação dos materiais no carregamento.
De fato, uma consideração básica feita no projeto de estruturas, de acordo com
McCormac e Brown (2013), é a ausência de escorregamento entre o concreto e componente
que atua como reforço, ou seja: considera-se que existe uma adequada aderência entre
os componentes utilizados. A aderência é, portanto, um importante fenômeno para a
transferência de esforço entre barras.
Segundo Fusco (2013), a aderência entre os dois componentes, aço e concreto, é
compostas por diversas parcelas decorrentes de diferentes fenômenos que intervêm na
ligação dos dois materiais. As principais parcelas são:

1. Aderência por adesão, ilustrada na Figura 15.


Capítulo 2. Comportamento mecânico 44

Figura 15 – Aderência por adesão

Fonte: Fusco (2013)

De acordo com Fusco (2013), esta parcela de aderência se deve à resistência de


separação dos dois materiais, devido às ligações físico-químicas criadas durante as
reações de pega do cimento.

2. Aderência por atrito, ilustrada na Figura 16.

Figura 16 – Aderência por atrito

Fonte: Fusco (2013)

Ainda segundo Fusco (2013), a aderência por atrito deriva dos coeficientes de atrito
dos dois materiais, função da rugosidade superficial da barra de aço. A aderência por
atrito é maximizada pela pressão transversal exercida pelo concreto sobre a barra,
consequência da retração do concreto.

3. Aderência mecânica, ilustrada na Figura 17.


Capítulo 2. Comportamento mecânico 45

Figura 17 – Aderência mecânica

Fonte: Fusco (2013)

A terceira e última parcela contribuinte para a aderência entre o concreto e as barras


de aço é a aderência mecânica, resultante, segundo Fusco (2013), das saliências
presentes na superfície da barra. Essas saliências, ou nervuras, são responsáveis pela
mobilização das tensões de compressão do concreto.

Os estudos de aderência realizados por Goto (1971) indicam que há uma micro
fissuração intensa na região do concreto que envolve a armadura, conforme ilustra a
Figura 18.

Figura 18 – Fissuração na região do concreto que envelopa a barra de aço

Fonte: Fusco (2013)

Estudo da aderência entre concreto e armadura sob carregamento cíclico realizados


por Valle (1994) indicam que a repetição de cargas causa ruptura dos pontos de ligação
responsáveis pela aderência por adesão, de modo que se tornam mais importantes as
contribuições à aderência por atrito e por ações mecânicas.
Ações diagonais, conforme ilustra a Figura 19, podem não parecer intuitivas a
primeira vista, porém elas são consequência da combinação a ação longitudinal gerada
Capítulo 2. Comportamento mecânico 46

pelas nervudas no concreto; com a ação axial gerada pelo apoio do sistema. Essas ações
radiais geram um fendilhamento do concreto, de modo a contribuir para a redução da
aderência.

Figura 19 – Resultante inclinada das forças longitudinal e axial

Fonte: Fusco (2013)

Segundo Fusco (2013), o equilíbrio dos esforços nas ancoragens e emendas por
traspasse é obtido por um efeito de arqueamento das tensões, com a formação das bielas
comprimidas de concreto, ilustradas na Figura 20 para as barras tracionadas e na Figura 21
para as barras comprimidas.

Figura 20 – Bielas diagonais comprimidas Figura 21 – Bielas diagonais comprimidas


de concreto para as barras tra- de concreto para as barras
cionadas comprimidas

Fonte: Fusco (2013) Fonte: Fusco (2013)


Capítulo 2. Comportamento mecânico 47

A eficiência da ligação existente entre os dois materiais depende essencialmente das


tensões que agem transversalmente à barra, ao invés das tensões longitudinais, conforme se
pensava outrora ao se recomendar a ancoragem das armaduras em zonas longitudinalmente
comprimidas (FUSCO, 2013).
Deve-se, portanto, reduzir tanto quanto possível a fissuração axial, de forma a
manter as bielas diagonais comprimidas de concreto. Fusco (2013) sugere três soluções
simples para reduzir esta fissuração, indicadas na Figura 22.

Figura 22 – Soluções para redução da fissuração axial e fendilhamento

Fonte: Fusco (2013)

Tanto a compressão transversal, quanto o cintamento helicoidal são soluções que


favorecem o aparecimento de um estado de compressão transversal, que por sua vez
aumentam a aderência. Já as armaduras transversais de costura absorvem os esforços de
tração, mantendo as bielas comprimidas.
Além da redução da fissuração, o confinamento proporcionado pelo cintamento
helicoidal, também denominado de espiral ou hélice circular, contribui para o reforço à
flambagem de estruturas comprimidas (ALLEN; IANO, 2008).
A Figura 23 ilustra uma aplicação da hélice circular no confinamento da armadura
de um pilar.
Capítulo 2. Comportamento mecânico 48

Figura 23 – Confinamento de pilar por hélice circular

Fonte: Allen e Iano (2008)

Segundo Weisstein (2015), hélices circulares (Figura 24) são curvas espaciais com
parâmetros indicados nas equações paramétricas em 2.1, nas quais a tangente possui
ângulo constante em relação a uma linha fixa.

Figura 24 – Hélice circular

Fonte: Weisstein (2015)


Capítulo 2. Comportamento mecânico 49






x = r · cos t


y = r · sin t (2.1)


z =c·t

nas quais:
t ∈ [0; 2π);
r é o raio da hélice; e
2πc é uma constante que fornece o espaçamento vertical entre pontos da hélice.
O comprimento do arco pode ser calculado de acordo com a Equação 2.2.


s=t· r 2 + c2 (2.2)

2.3 Emendas entre barras

Emendar as barras é garantir que os esforços sejam transferidos entre barras distintas
que participam do elemento emenda, sem prejuízos aos componentes e, consequentemente,
aos elementos que compõem a alvenaria estrutural (FUSCO, 2013).
Segundo McCormac e Brown (2013), deve-se levar em consideração os seguintes
itens em relação às emendas entre barras:

1. Emendar barras nunca reproduz exatamente o comportamento de uma barra contínua.

2. O objetivo das emendas, além de transferir os esforços entre barras, é prover um


comportamento dúctil quando a emenda estiver na iminência de falha, uma vez que
a falha das emendas por traspasse ocorrem de maneira abrupta e com consequências
desastrosas.

3. As emendas por traspasse falham por fissuração do concreto que as envolvem. Se


algum tipo de reforço ao redor da emenda for previsto (como armadura transversal de
costura ou cintamento helicoidal), as chances de fissuração no concreto são menores
e, consequentemente, um menor probabilidade de ruína.

4. Quando as tensões nas barras são reduzidas na localização da emenda, a chance


de falha é inferior, de modo que as normas poderiam ser menos restritivas em tais
situações.

Diversos tipos de emendas estão previstos na norma brasileira que estabelece os


procedimentos de projeto para estruturas de concreto armado, norma NBR 6118 (ABNT,
2014a):
Capítulo 2. Comportamento mecânico 50

• por traspasse;

• por luvas com preenchimento metálico rosqueadas;

• por luvas com preenchimento metálico prensadas;

• por solda; e

• por outros dispositivos devidamente justificados.

A Figura 25 ilustra alguns tipos de emendas entre barras.

Figura 25 – Alguns tipos de emendas entre barras

Fonte: Allen e Iano (2008)

Da esquerda para a direita:

• acoplador metálico prensado, utilizado para emendar barras existentes em novas


barras;
Capítulo 2. Comportamento mecânico 51

• acoplador metálico com parafuso, mais resistente do que o anterior;

• conector em luva grauteado internamente, utilizado para junção de componentes de


concreto pré-fabricados;

• conector em luva rosqueado;

• conector em luva simples parafusada, útil para manter o alinhamento em barras


comprimidas; e

• conector metálico para emendar uma barras nas faces de paredes de concreto ou
vigas.

2.4 Emendas por traspasse

Emenda por traspasse (Figura 26) são os tipos de emendas mais comuns aplicados
na alvenaria estrutural brasileira. A norma NBR 15961-1 (ABNT, 2011a) estabelece que o
diâmetro máxima das barras de armadura não seja superior a 25 mm.

Figura 26 – Emendas por traspasse

Fonte: NBR 6118 (ABNT, 2014a)

Pode se interpretar a distribuição de tensões como linear ao longo do comprimento


de traspasse, segundo Nawy (2005), ilustrada em Figura 27.
No caso de barras emendadas com espaçamento nulo entre elas, ou seja, barras
justapostas e atadas, há uma menor contribuição do concreto na transferência da carga,
no entanto, ainda existem os efeitos da compressão transversal e da adesão destacados por
Fusco (2013).
A norma NBR 6118 (ABNT, 2014a) considera como espaçamento nulo as barras
com separação máxima de quatro diâmetros entre elas, com a normalização de um mesmo
método de cálculo para o comprimento de traspasse. Para o caso de emenda entre barras
Capítulo 2. Comportamento mecânico 52

com espaçamento maior do que quatro diâmetros, deve ser acrescido ao comprimento
calculado a distância livre entre barras.

Figura 27 – Tensões ao longo da emenda

Fonte: adaptado de Nawy (2005)

Para configurações estudadas na pesquisa, o comprimento mínimo de traspasse


paras as armaduras pode ser calculado, segundo Parsekian et al. (2012), igualando-se a
força a ser transferida pela área de aço com a aderência entre a barra de aço e o concreto.
A equação resulta no comprimento básico de traspasse, segundo a norma NBR
6118 (ABNT, 2014a), com a seguinte equação.

Φ fyd
lb = · ≥ 25 · Φ (2.3)
4 fbd
na qual:
Φ se refere ao diâmetro das armadura;
fyd se refere à tensão de escoamento do aço;
fbd se refere à tensão de aderência entre a armadura e o graute.
A tensão de aderência entre armaduras e grautes pode ser calculada fazendo-se
analogia aos conceitos de concreto armado da norma NBR 6118 (ABNT, 2014a) de acordo
com os cálculos realizados por Parsekian et al. (2012); ou adotado o valor de resistência
característica de aderência entre as armaduras e o graute, em função do tipo de barra de
aço: 2,20 MPa para barras corrugadas segundo a norma NBR 15961-1 (ABNT, 2011a).
Capítulo 2. Comportamento mecânico 53

Para o caso da aderência calculada considerando-se todo o desenvolvimento da


tensão no aço e o equilíbrio entre as tensões de aderência do aço e do graute (PARSEKIAN
et al., 2012), a seguinte equação pode ser utilizada.

fbd = η1 · η2 · η3 · fctd (2.4)

na qual:
η1 é 2,5 para barras de alta aderência;
η2 é 1,0 para região de boa aderência;
η3 é 1,0 para barras de diâmetro até 32 mm.

0, 21 q 2
fctd = · 3 fck (2.5)
1, 4

O comprimento básico de ancoragem é considerado pela norma NBR 6118 (ABNT,


2014a) no cálculo do comprimento mínimo de traspasse de barras tracionadas, segundo a
relação 2.6.

3

· lb , considerando o comprimento básico de ancoragem





10
l0t,min ≥  15 · φ, considerando o diâmetro da maior barra emendada (2.6)


 200mm

Por fim, segundo a norma NBR 6118 (ABNT, 2014a), o comprimento do trecho de
traspasse para barras tracionadas deve ser o resultado da Equação 2.7.

l0t = α · l0t ≥ l0t,min (2.7)

Onde α é um coeficiente função da porcentagem de barras emendadas na mesma


seção, de acordo com a Tabela 1.
Capítulo 2. Comportamento mecânico 54

Tabela 1 – Valores para o coeficiente função da


porcentagem de barras emendadas
na mesma seção
Percentual de barras emendadas Valores de α

inferior a 20% 1,2


25% 1,4
33% 1,6
50% 1,8
superior a 50% 2,0

Fonte: NBR 6118 (ABNT, 2014a)

Parsekian et al. (2012) sugerem que se considere o valor de 1,4 para este percentual,
no entanto não há consenso na literatura do valor adotado para α nas emendas por
traspasse em alvenaria estrutural.
Considerando-se as soluções para redução da fissuração axial e fendilhamento,
expostas na Figura 22, se pode calcular uma armadura transversal de costura ou uma
armadura para cintamento helicoidal, uma vez que a compressão transversal da seção
grautreada nos vazados dos blocos pode ser pouco viável.
A armadura transversal de costura pode ser calculada, para barras de diâmetro
menores ou iguais a 32 mm, de acordo com a armadura de ancoragem prevista na norma
NBR 6118 (ABNT, 2014a): capaz de resistir a 25% da força longitudinal de uma das
barras ancoradas.
Ainda segundo a norma NBR 6118 ABNT (2014a), não se deve adotar tensões
máximas superiores a 435 MPa nas armaduras transversais passivas, independente do tipo
de aço.
Pode-se calcular a armadura se considerando apenas a tração na seção tranversal,
de acordo com a Equação 2.8.

Asw,α Vsw
= (2.8)
s 0, 9 · d · fywd · (cot α + cot φ) · sin α

na qual:
Asw,α
é a razão entre a área da seção transversal da armadura transversal e o
s
espaçamento entre estribos;
Vsw é a força cortante resistida pela armadura transversal;
d é a altura útil considerada;
Capítulo 2. Comportamento mecânico 55

fywd é a tensão máxima na armadura transversal;


α é o ângulo de inclinação dos estribos;
φ é o ângulo de inclinação das bielas de compressão, entre 30o e 45o .
A armadura transversal não deve ser menor do calculada com a Equação 2.9.

Asw,min fct,m
= 0, 2 · sin α · b · (2.9)
s fywk

na qual:
Asw,min
é a razão entre a área mínima da seção transversal da armadura transversal
s
e o espaçamento entre estribos;
α é o ângulo de inclinação dos estribos;
fct,m é a considerada como 90% da força de tração nos ensaios; e
fywd é a resistência característica ao escoamento do aço da armadura transversal.

2.5 Principais pesquisas em alvenaria estrutural

Apresentam-se a seguir os principais trabalhos referentes às emendas por traspasse


em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto. Como ordem de apresentação,
optou-se por apresentar primeiro um recente trabalho referente à aderência entre os
componentes empregados no elemento emenda por traspasse. Na sequência do referido
trabalho, apresentam-se um histórico de pesquisas de emendas por traspasse na alvenaria
estrutural.

2.5.1 Izquierdo (2015)

A pesquisadora Orieta Soto Izquierdo (2015) defendeu uma tese de doutorado


com título "Estudo da interface bloco/graute em elementos de alvenaria estrutural". Ela
considerou em sua pesquisa tanto os blocos cerâmicos quanto os blocos de concreto na
alvenaria estrutural. Devido ao escopo do presente trabalho, limita-se ao relato relativo
aos blocos de concreto.
O objetivo principal do trabalho foi analisar, numérica e experimentalmente, a
interface entre grautes e blocos. Dos objetivos específicos derivados do objetivo principal,
destacam-se:

1. A avaliação das características mecânicas do graute e do bloco na eficiência do


grauteamento de elementos de alvenaria;
Capítulo 2. Comportamento mecânico 56

2. Comparação do valor da força última de tração da armadura embutida no graute


especificada nas normas com os resultados obtidos na pesquisa.

A etapa experimental do trabalho foi realizada em duas fases. Na primeira fase, os


materiais foram caracterizados e se estudou a eficiência do grauteamento em elementos
de alvenaria por meio de ensaios de prismas e pequenas paredes, conforme indicado na
Figura 28.

Figura 28 – Ensaios para o estudo da eficiência do grauteamento em elementos de alvenaria

Fonte: Izquierdo (2015)

Foram ensaiadas três séries: a primeira série sem grauteamento, a segunda série
com graute de 14 MPa e a terceira série com graute de 30 MPa. Para cada série, três
configurações foram construídas: pequenas paredes (Figura 29), primas de dois blocos e
prismas de três blocos (Figura 30).
Capítulo 2. Comportamento mecânico 57

Figura 29 – Esquema das pequenas paredes grauteadas e não grauteadas (medidas em cm)

Fonte: Izquierdo (2015)

Figura 30 – Esquema dos prismas (medidas em cm)

Fonte: Izquierdo (2015)

As pequenas paredes e prismas foram ensaiados após 28 dias para resistência


à compressão simples com aplicação de carregamento por controle de deslocamento. A
realização dos ensaios ocorreu no Laboratório de Estruturas da Escola de Engenharia de
São Carlos – USP.
Na segunda fase, estudou-se a aderência entre os componentes armadura, graute e
bloco através do ensaio de "push-out" e do ensaio de "pull-out", indicados na Figura 31.
Capítulo 2. Comportamento mecânico 58

Figura 31 – Ensaio de "push-out" à esquerda e ensaio de "pull-out" à direita

Fonte: Izquierdo (2015)

Para os ensaios de "push-out" nos blocos de concreto, foram realizadas quatro


séries de ensaios para blocos com resistência de 10 MPa e duas séries de ensaio para os
blocos com resistência de 26 MPa.
No caso dos blocos de concreto de maior resistência, a primeira série foi realizada
com grautes de resistência à compressão de 14 MPa e a segunda série foi realizada com
grautes de resistência à compressão de 30 MPa.
Para os blocos de concreto de menor resistência, seguiu-se a mesma estrutura dos
blocos de concreto de maior resistência, porém considerou-se a conicidade no interior dos
blocos (Figura 32) e, para entender os efeito desta conicidade nos ensaios de "push-out",
moldaram-se quatro séries.
O graute saliente nos corpos de prova foi submetido a um carregamento com
controle de deslocamento após os 28 dias de moldagem.
Capítulo 2. Comportamento mecânico 59

Figura 32 – Conicidade dos blocos de concreto

Fonte: Izquierdo (2015)

Os ensaios de "pull-out" foram realizados em prismas de 5 blocos grauteados em


um de seus furos com embutimento de armaduras de 12,0 e 16,0 mm (Figura 33). O furo
do último bloco não foi grauteado, com a intenção de utilizá-lo como apoio ao se aplicar a
força de tração na armadura.
Capítulo 2. Comportamento mecânico 60

Figura 33 – Geometria dos corpos de prova no ensaio de "pull-out" (dimensões em cm)

Fonte: Izquierdo (2015)

Quatro séries foram ensaiadas para os blocos de concreto de menor resistência, com
10 MPa, e quatro séries foram ensaiadas para os blocos de concreto de maior resistência,
com 26 MPa.
Para cada resistência de blocos de concreto, duas séries possuíram grautes com
resistência à compressão de 14 MPa, sendo uma delas com armadura de 12,5 mm e uma
delas com armadura de 16,0 mm. As demais duas séries possuíram grautes com resistência
à compressão de 30 MPa, sendo uma delas com armadura de 12,5 mm e uma delas com
armadura de 16,0 mm.
Durante os ensaios, a armadura de cada corpo de prova foi submetida a uma força
de tração após 28 dias da moldagem no intuito de se estudar a aderência no conjunto
armadura, graute e bloco.
Izquierdo (2015) observou que nos ensaios de compressão das pequenas paredes
e primas, as unidades apresentaram comportamento frágil na ruptura. O graute teve
Capítulo 2. Comportamento mecânico 61

influência na resistência à compressão da alvenaria, com aumento significativo da capacidade


resistente quando comparado com os elementos não grauteados. A resistência da alvenaria
não aumenta proporcionalmente com o aumento da resistência do graute, de acordo com
Izquierdo (2015).
Nos ensaios de "push-out", Izquierdo (2015) observou que no bloco invertido a
resistência foi superior àquela quando o assentamento é feito de maneira normal.
O graute também foi um fator importante na resistência de aderência nos blocos
de concreto, de acordo com Izquierdo (2015). Segundo ela, o escorregamento dos grautes
só ocorreu após a ruptura dos blocos á tração, o que indica uma boa aderência dos
componentes comumente utilizados no Brasil na alvenaria estrutural de blocos de concreto.
O tipo de graute também influenciou a resistência de aderência, sendo ela maior para
menores relações água/cimento.
Por fim, Izquierdo (2015) conclui que os ensaios de "pull-out" demonstraram que a
capacidade máxima de carga foi atingida nas armaduras de aço, sem escorregamento da
coluna de graute no interior dos vazados.

2.5.2 Sorić e Tulin (1988)

Os pesquisadores Sorić e Tulin (1988) publicaram, no 8o congresso internacional


de alvenaria estrutural de blocos de concreto, os resultados de uma pesquisa sobre o
comprimento de traspasse em alvenaria estrutural.
Além das comparações normativas entre as recomendações da alvenaria estrutural
e de concreto armado, o artigo, com título "Comprimento de traspasse em armaduras na
alvenaria estrutural", foi um dos pioneiros no sentido de se estudar os comprimentos de
traspasse requeridos na alvenaria.
De acordo com os pesquisadores, a motivação do trabalho ocorreu devido ao
relativo pequeno esforço, quando comparado com o concreto armado, em se compreender o
comportamento das armaduras na alvenaria estrutural. O objetivo foi investigar a tensão
de aderência e o escorregamento em estruturas de alvenaria e o desenvolvimento de uma
equação para a determinação do comprimento de traspasse em armaduras de 12,5 e 22
mm na alvenaria estrutural.
Foi realizada uma pesquisa experimental com 18 corpos de prova chamados de
"pull-pull". Seis corpos de prova foram moldados com blocos cerâmicos e doze corpos
de prova foram moldados com blocos de concreto. Os blocos de concreto possuíram as
geometrias indicadas na Figura 34.
Capítulo 2. Comportamento mecânico 62

Figura 34 – Geometrias adotadas para os corpos de prova de concreto

Fonte: Sorić e Tulin (1988)

Armaduras de 12,5 mm e de 22,0 mm foram utilizadas nos experimentos, com


mesmo tipos de blocos, argamassas e grautes. As argamassas de assentamento tiveram
resistência à compressão de 15 MPa, enquanto os grautes tiveram resistência à compressão
de 26 MPa. Os blocos não foram caracterizados exceto quanto à espessura de suas unidades:
15 cm.
Dois tipos de carregamento tracionadores foram impostos aos corpos de prova:
monotônico com incremento constante e cíclico sem carregamento reverso.
Os dois corpos de prova ensaiados nas unidades com dois blocos e com cinco blocos
possuíram armaduras de 12,5 mm. O primeiro foi submetido ao carregamento monotônico
com incremento constante enquanto o segundo foi submetido ao carregamento cíclico sem
carregamento reverso.
Quatro corpos de prova foram construídos tanto nas unidades com três blocos
quanto nas unidades com quatro blocos. Dois corpos de prova possuíram armaduras de
12,5 mm, enquanto os demais dois corpos de prova possuíram armaduras de 22,0 mm.
Ensaios com carregamento monotônico com incremento constante e com carregamento
cíclico sem carregamento reverso foram realizados em cada combinação de componentes
até a ruptura.
A Figura 35 apresenta a geometria dos corpos de prova com três blocos, o traspasse,
as fissuras longitudinais características e as forças resistentes internas.
Capítulo 2. Comportamento mecânico 63

Figura 35 – Configuração do corpo de prova, traspasse, fissuras longitudinais e forças


resistentes internas

Fonte: adaptado de Sorić e Tulin (1988)

As análises permitiram concluir que três parâmetros são importantes no desejado


desenvolvimento de comportamento dúctil das armaduras no traspasse: diâmetro das
armaduras, comprimento de traspasse e largura do bloco, este último relacionado com o
cobrimento da armadura.
A ruptura (Figura 36) no traspasse em alvenaria estrutural armada tende a falhar
longitudinalmente de forma frágil. Para que se atinja um estado dúctil, é necessário prover
um comprimento de traspasse adequado.
Capítulo 2. Comportamento mecânico 64

Figura 36 – Ruptura e forças resistentes na alvenaria estrutural

Fonte: adaptado de Sorić e Tulin (1988)

Sorić e Tulin (1988) observaram que, considerando o tipo de falha apresentado nos
corpos de prova como uma situação a ser evitada sempre que possível, é preferível utilizar
mais barras de menor diâmetro do que menos barras de maior diâmetro.
Alternativas para o traspasse como solda, fixação mecânica por dispositivos, ou
Capítulo 2. Comportamento mecânico 65

confinamento por espirais ao redor do graute foram sugestões feitas pelos pesquisadores
para investigações futuras.

2.5.3 Shing et al. (1993)

Shing et al. (1993) analisaram a influência do confinamento do aço na resposta à


flexão de paredes em alvenaria estrutural que resistem às tensões cisalhantes.
O principal objetivo do estudo foi prover informações quantitativas em relação à
efetividade de diferentes tipos de confinamento de armaduras: anéis, pentes e espirais;
recomendados pelos estudos de Kingsley et al. (1987) e Hart et al. (1988).
Para se estudar a influência de dos três tipos de confinamento na resposta à flexão,
seis paredes foram construídas no total, com correspondentes prismas com largura de 20
cm para ensaios de resistência à compressão uniaxial.
Os corpos de prova foram construídos com blocos vazados de concreto de dimensões
6 por 20 por 40 cm, completamente grauteados. A resistência à compressão dos blocos foi
de 22 MPa em média. As argamassas de assentamento obtiveram resistência à compressão
média de 20 MPa, e os grautes obtiveram resistência à compressão média de 22 MPa.
A Figura 37 contém uma ilustração das paredes típicas construídas para no experi-
mento.

Figura 37 – Paredes de alvenaria construídas (dimensões em polegadas)

Fonte: adaptado de Shing et al. (1993)

Das seis paredes construídas, três delas possuíam um dos três tipos de confinamento
de armaduras, indicados na Figura 38.
Capítulo 2. Comportamento mecânico 66

Figura 38 – Três tipos de confinamento de armaduras estudados (dimensões em polegadas)

Fonte: adaptado de Shing et al. (1993)

O reforço horizontal foi feito por 5 armaduras de 12,5 mm, enquanto o reforço
vertical foi feito por 5 armaduras de 19,0 mm. Na parede que continha a espiral, houve um
reforço adicional com 4 armaduras de 10,0 mm. O grau de confinamento de cada parede
foi similar ao grau de confinamento de cada prisma equivalente.
As paredes foram submetidas a um carregamento vertical de 0,7 MPa mantido
constante durante um carregamento cíclico aplicado lateralmente no topo de cada parede.
Os prismas foram submetidos a um carregamento uniaxial, com gráfico de tensão por
deformação normalizado exposto na Figura 39.
Capítulo 2. Comportamento mecânico 67

Figura 39 – Gráfico de tensão de compressão por deformação, normalizado em relação à


resistência à compressão do prisma

Fonte: adaptado de Shing et al. (1993)

Shing et al. (1993) concluiu que os tipos de confinamento considerados no estudo


influenciaram positivamente na resposta dúctil das armaduras submetidas à flexão. Assim
como no concreto armado, o confinamento propiciou maior absorção de energia pós-ruptura.
Segundo Shing et al. (1993), o grau de confinamento é relacionado com a configu-
ração, tamanho e espaçamento entre os dispositivos de reforço.

2.5.4 Paturova (2006)

A pesquisadora Anna Paturova (2006) dissertou sobre a influência do reforço vertical


e confinamento lateral na capacidade axial de paredes de alvenaria estrutural de blocos de
concreto.
O trabalho teve como motivação a influência positiva do confinamento nas paredes
de alvenaria estrutural submetidas à compressão axial. Segundo a pesquisadora, armaduras
confinadas possuem uma menor probabilidade de flambagem, além do confinamento
aumentar o efeito do graute ao redor da armadura.
O objetivo principal do programa experimental foi estudar o efeito do reforço
vertical e do confinamento lateral em relação à força, deflexão, ductilidade e tipos de falha
nas paredes de alvenaria parcialmente grauteadas.
Três tipos de paredes foram construídas na pesquisa experimental. O primeiro,
indicada na Figura 40, foi construída como referência e não possuiu armaduras ou confina-
mentos. O segundo tipo, indicado na Figura 41, possuiu armadura, no entanto esta não
Capítulo 2. Comportamento mecânico 68

estava confinada por espiral. O terceiro tipo, indicado na Figura 42, possuiu armaduras
confinadas por espirais de aço.

Figura 40 – Corpo de prova de referência, sem armadura e sem confinamento (medidas


em milímetros)

Fonte: adaptado de Paturova (2006)


Capítulo 2. Comportamento mecânico 69

Figura 41 – Corpo de prova de referência, com armadura e sem confinamento (medidas


em milímetros)

Fonte: adaptado de Paturova (2006)


Capítulo 2. Comportamento mecânico 70

Figura 42 – Corpo de prova de referência, com armadura e confinamento (medidas em


milímetros)

Fonte: adaptado de Paturova (2006)

As espirais, com dimensões principais indicadas em Figura 43, foram posicionadas


ao longo de todo o vazado do corpo de prova.
Capítulo 2. Comportamento mecânico 71

Figura 43 – Principais dimensões do componente de confinamento adotado por Paturova


(2006) (medidas em milímetros)

Fonte: adaptado de Paturova (2006)

Os blocos foram os mesmos para todos os tipos de parede ensaiados, com 19 por
19 por 39 cm, e resistência à compressão nominal de 15 MPa. As argamassas possuíram
resistência à compressão de 12 MPa, enquanto os grautes possuíram resistência a compressão
de 17 MPa.
Todos os corpos de prova foram submetidos a um carregamento com crescimento
monotônico, lento o suficiente para manter o sistema em equilíbrio, até ser atingida a
ruína.
Em relação à resistência à compressão, Paturova (2006) concluiu que os corpos de
prova sem confinamento obtiveram uma resistência ligeiramente superior em relação à
primeira fissuração. Do ponto de vista do estado limite último, as resistência finais foram
iguais em todos os três tipos ensaiados, com 90% de confiança estatística.
Paturova (2006) observou que os três espécimes falharam de maneira virtualmente
similar: fissuras verticais começaram nas faces dos blocos mais extremos, com progressão
ao centro e aumento das fissuras.
Em relação à ductilidade, todos os três tipos apresentaram comportamento dúctil
pós-pico, mais acentuado nos corpos de prova reforçados e com confinamento, de acordo
com Paturova (2006). Ela observa porém que os corpos de prova com a espiral apresentaram
20% mais ductilidade do que os corpos de prova armados, porém não confinados.

2.5.5 Ahmed e Feldman (2012)

Ahmed e Feldman (2012) publicaram um artigo com os dados da avaliação de


emendas por traspasse por contato e emendas por traspasse espaçadas na alvenaria
Capítulo 2. Comportamento mecânico 72

estrutural de blocos de concreto.


A motivação para o trabalho surgiu após a constatação que, de acordo com os
autores, o traspasse imprevisto em vazados adjacentes ocorre com frequência na alvenaria
estrutural, seja pelas aberturas nas paredes de alvenaria, seja por falhas construtivas.
O objetivo da pesquisa foi quantificar a influência do espaçamento entre armaduras
nas emendas por traspasse submetidas às forças de tração e às forças de flexão.
Foram moldados 32 corpos de prova completamente grauteados, sendo 16 pequenas
paredes, indicados na Figura 44 e 16 paredes, indicados na Figura 45.
Metade das paredes e pequenas paredes continham emendas por traspasse por
contato entre armaduras, enquanto na outra metade o traspasse foi feito com espaçamento
de 20 cm entre as armaduras.

Figura 44 – Pequenas paredes moldadas com (a) traspasse por contato e (b) traspasse
espaçado

Fonte: adaptado de Ahmed e Feldman (2012)


Capítulo 2. Comportamento mecânico 73

Figura 45 – Paredes moldadas com (a) traspasse por contato e (b) traspasse espaçado

Fonte: adaptado de Ahmed e Feldman (2012)

Todos os corpos de prova foram construídos com blocos de 19 por 19 por 39 cm, e
com meio blocos de 19 por 19 por 19 cm. A resistência à compressão média dos blocos foi
de 23 MPa.
As armaduras utilizadas foram de 16 mm de diâmetro e um comprimento de 30
cm para as emendas foi escolhido na intenção de se atingir a ruptura dos corpos de prova
nos ensaios.
As resistências à compressão médias das argamassas foram entre 13 e 18 MPa. Os
grautes possuíram resistências à compressão médias entre 20 e 28 MPa.
A Figura 46 ilustra a configuração realizada para o ensaio de tração nas pequenas
paredes. A aplicação da força foi nos ensaios foi realizada a uma razão de 0,025 mm/s,
com controle pelo deslocamento lido através dos transdutores de deslocamento instalados.
Capítulo 2. Comportamento mecânico 74

Figura 46 – Configuração do ensaio de tração nas pequenas paredes

Fonte: adaptado de Ahmed e Feldman (2012)

A Figura 47 ilustra a configuração realizada para o ensaio de flexão nas paredes. A


aplicação da força foi nos ensaios foi realizada a uma razão de 0,5 mm/min, com controle
pelo deslocamento lido através dos transdutores de deslocamento instalados.

Figura 47 – Configuração do ensaio de flexão nas paredes (medidas em milímetros)

Fonte: adaptado de Ahmed e Feldman (2012)

Segundo Ahmed e Feldman (2012), os corpos de prova com emendas por contato
desenvolveram todo a capacidade teórica calculada. No entanto, as pequenas paredes e
as paredes com emendas por traspasse espaçadas desenvolveram resistências 46 e 78%
inferiores, respectivamente, à capacidade teórica calculada. A diferença entre os valores foi
estatisticamente distinta com 95% de confiança.
Ahmed e Feldman (2012) observaram que a falha típica nos corpos de prova com
emendas por contato foi o arrancamento das armaduras. Já nas emendas espaçadas,
Capítulo 2. Comportamento mecânico 75

evidências de perda de aderência foram observadas tanto nas pequenas paredes ensaiadas
à tração quanto nas paredes ensaiadas à flexão.
O coeficiente de variação foi elevado para ambos os tipos de parede ensaiados com
emendas por traspasse espaçado, de acordo com Ahmed e Feldman (2012). Eles concluem
que este alto valor pode ser atribuído ao tipo de falha de cada corpo de prova com emendas
por traspasse espaçadas, o que envolve a aderência na interface entre o graute e o bloco.

2.5.6 Kisin e Feldman (2015)

Kisin e Feldman (2015) publicaram uma sequência do trabalho desenvolvido em


2012 no qual analisaram diferentes tipos de medidas corretivas para situações de emendas
espaçadas previstas ou não previstas em projeto.
A motivação ocorreu após notarem que situações como as ilustradas na Figura 48
eram comuns e havia uma demanda por soluções não destrutivas que garantissem uma
correta transmissão das forças entre as armaduras.

Figura 48 – Situações previstas em projeto como (a) verga interferindo na emenda por
traspasse adjacente à abertura; e não previstas em projeto como (b) desali-
nhamento na armadura de espera na laje por falha construtiva

Fonte: adaptado de Kisin e Feldman (2015)

O objetivo do trabalho foi estudar seis medidas corretivas para o incremento da


resistência à tração nas emendas por traspasse espaçadas em relação às duas situações de
referência estudadas: emendas por traspasse por contato e emendas por traspasse espaçadas
sem medidas corretivas.
Três paredes foram construídas para cada tipo de remediação estudada, além das
duas referências. Ao invés de 30 cm, as emendas possuíram 20 cm de comprimento, também
Capítulo 2. Comportamento mecânico 76

com a intenção se atingir a ruptura de todos os corpos de prova. A Figura 49 indica as


configurações estudadas.

Figura 49 – Referências e remediações estudadas na pesquisa (medidas em milímetros)

Fonte: adaptado de Kisin e Feldman (2015)

(a): controle com emenda por traspasse espaçada


(b): controle com emenda por traspasse por contato
(c): técnica de remediação com grauteamento de todos os vazados para aumento do
confinamento
(d): técnica de remediação com remoção dos septos nos blocos intermediários entre as
armaduras
(e): técnica de remediação com remoção dos septos nos blocos intermediários, superiores e
inferiores entre as armaduras
(f): técnica de remediação com barra em S
(g): técnica de remediação com barra em S e grauteamento de todos os vazados para
aumento do confinamento
(h): técnica de remediação com barra em S, grauteamento de todos os vazados para
aumento do confinamento e remoção dos septos nos blocos intermediários, superiores e
inferiores entre as armaduras
Capítulo 2. Comportamento mecânico 77

Todos os corpos de prova foram construídos com blocos de 19 por 19 por 39 cm, e
com meio blocos de 19 por 19 por 19 cm. A resistência à compressão média dos blocos foi
de 21 MPa.
As armaduras utilizadas foram de 16 mm de diâmetro e um comprimento de 20
cm para as emendas foi escolhido na intenção de se atingir a ruptura dos corpos de prova
nos ensaios.
As resistência à compressão média das argamassas foi de 17 MPa. Os grautes
possuíram resistências à compressão médias entre 13 e 14 MPa.
Todos os corpos de prova foram submetidos a um carregamento com crescimento
monotônico, lento o suficiente para manter o sistema em equilíbrio, até ser atingida a
ruína.
De acordo com Kisin e Feldman (2015), uma comparação com os resultados de
pesquisas passadas mostra que a tensão resistente de emendas não espaçadas reduz quando
a armadura termina na seção transversal que contém a junta de argamassa.
Na investigação experimental realizada pelos autores, uma transferência de forças
mais efetiva foi alcançada quando a remoção dos septos ocorreu apenas na região da
emenda por traspasse espaçada. Com a eliminação da interface entre bloco e graute, uma
melhor transferência das forças foi atingida. Segundo Kisin e Feldman (2015), essa é uma
solução adequada quando houver um desalinhamento nas armaduras de espera.
Kisin e Feldman (2015) estimam que, considerando os parâmetros investigados, a
medida corretiva que aplica a barra em S e elimina os septos, requisito para instalação da
barra em S, aliado a um grauteamento dos vazados adjacentes, resulta em uma tensão
resistente similar àquela obtida pelas emendas por traspasse por contato. O autor da
investigação afirma que esta pode ser uma medida adequada para as emendas adjacentes
às aberturas na alvenaria.

2.6 Considerações sobre o comportamento mecânico

Os trabalhos realizados por Sorić e Tulin (1988) estão entre os pioneiros em relação
ao estudo do comprimento de traspasse em alvenaria estrutural de blocos de concreto.
Além de prover estimativas para o cálculo do comprimento de traspasse na alvenaria
estrutural, os pesquisadores observaram a ruptura frágil do elemento de alvenaria armada
quando sua emenda por traspasse é submetida à tração. Também importante foi a sugestão
de confinar a emenda por meio de espirais, inspirada no concreto armado e em sugestões
de estudos contemporâneos dos pesquisadores Kingsley et al. (1987) e Hart et al. (1988).
As pesquisas experimentais realizadas pelos autores entre 1987 e 1988 tiveram
como objetivo avaliar principalmente o aumento de ductilidade nas paredes que resistem
às cargas de cisalhamento nas estruturas de alvenaria; bem como estudar o confinamento
Capítulo 2. Comportamento mecânico 78

das estruturas à compressão uniaxial. Outros trabalhos também estudaram o efeito do


confinamento à compressão, tais como as investigações de Shing et al. (1993), Dhanasekar
e Shrive (2002) e Paturova (2006).
Quanto ao espaçamento entre emendas traspassadas, Ahmed e Feldman (2012) e
Kisin e Feldman (2015) forneceram evidências experimentais da redução na eficiência da
emenda por traspasse quando espaçadas entre vazados adjacentes. Técnicas de remediação
importantes foram fornecidas pelo trabalho de Kisin e Feldman (2015). Uma informação
relevante ao se comparar a investigação de 2015 com a realizada em 2012 é a de que
emendas por traspasse cujas barras se encerram em seções transversais das juntas de
argamassa possuem uma eficiência inferior quando comparadas com emendas por traspasse
cujas barras se encerram em planos intermediários entre juntas de argamassa. Este detalhe
simples pode ser relevante aos projetistas quando no detalhamento das emendas por
traspasse.
Em relação à aderência ente os componentes, observa-se que o fenômeno foi ex-
tensivamente pesquisado, com esquema de parcelas contribuintes bem definido por Fusco
(2013), com base sólida em investigações já realizadas. Na alvenaria estrutural, no entanto,
as pesquisas de aderência são mais recentes.
Izquierdo (2015) demonstrou em detalhadas investigações experimental e numérica
que, considerando os componentes brasileiros usualmente empregados nos elementos de
alvenaria armada, existe uma boa aderência entre as paredes de bloco de concreto e o
graute, suficiente para a mobilização de toda a resistência de tração das barras de aço
solidarizadas ao elemento. Como consequência, pode-se inferir que existe uma adequada
aderência também entre as barras de aço e os grautes utilizados na investigação, uma vez
que sem adequada aderência, ocorreria o escorregamento antes da mobilização completa
da resistência de tração das barras de aço.
A pesquisa realizada por Izquierdo (2015) também demonstrou a importância da
dosagem adequada dos grautes utilizados na alvenaria estrutural, em especial com relação
ao fator água/cimento. A resistência de aderência foi inferior com grautes mais fracos,
dosados com menor fator água/cimento.
Ensaios de tração em emendas por traspasse na alvenaria estrutural, com hélices
circulares atuando como componentes de confinamento do elemento, proposta nesta
pesquisa, não foram encontrados na literatura.
79

3 PROGRAMA EXPERIMENTAL

No capítulo anterior foi discutido o comportamento mecânico das emendas por


traspasse em elementos verticais de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto.
Neste capítulo, passa-se a discutir e apresentar o programa experimental realizado. As
análises dos resultados estão apresentadas no Capítulo 4.
Conforme apresentado no Capítulo 2, o elemento emenda por traspasse em alvenaria
estrutural armada de blocos vazados de concreto é usualmente composto pelos componentes
bloco, argamassa de assentamento, graute e armaduras verticais. Desses quatro elementos,
as armaduras verticais são os mais solicitados quando os esforços solicitantes são de tração,
uma vez que os demais elementos contribuem mais ativamente quando o componente é
solicitado à compressão.
Como proposta de manutenção ou melhoria da eficiência da emenda por traspasse,
mesmo quando a armadura for lançada após a elevação completa de um pavimento de
alvenaria, propõe-se a adoção de uma hélice circular de aço como elemento de confinamento
da emenda. Hélices circulares são utilizadas com frequência em estruturas de concreto
armado tanto para aumento do confinamento quanto para aumento da ductilidade em
regiões sísmicas.
Estudos em paredes de alvenaria estrutural, com hélices circulares, submetidas a
carregamentos cíclicos e a carregamentos compressivos foram vistos na subseção 2.5.3. Na
subseção 2.5.4 também se pôde verificar paredes de alvenaria com hélices circulares subme-
tidas a carregamentos compressivos. No entanto, nenhum estudo considerou carregamentos
de tração no elemento emenda por traspasse com hélice circular atuando como elemento
de confinamento.
Conforme visto na Figura 22, uma das formas de confinar as armaduras verticais
é envolvê-las por uma armadura helicoidal ao longo do comprimento longitudinal da
emenda, de modo a favorer o aparecimento de um estado de compressão transversal e,
como consequência, reduzir a fissuração no concreto. Dessa forma, a emenda é mantida
dentro da seção circular limitada pela hélice.
Foram considerados nos ensaios duas hélices circulares com passos distintos e os
resultados foram comparados com uma emenda por traspasse de referência, conforme é
realizada na alvenaria estrutural. Além disso, buscou-se avaliar como o espaçamento entre
barras afeta a eficiência da emenda por traspasse.
Capítulo 3. Programa experimental 80

3.1 Grupos

Para uma adequada avaliação do efeito da hélice por traspasse, as distintas con-
figurações de emenda estudadas foram replicadas em dois grupos. O primeiro grupo,
denominado A, é composto por componentes utilizados em situações que requerem menor
resistência do elemento. O segundo grupo, denominado B, é composto por componentes
utilizados em situações que requerem maior resistência do elemento.
Os grupos se diferenciam em relação aos materiais dos componentes bloco, arga-
massa, graute e armadura. A Tabela 2 ilustra essas diferenças.
As comparações dos resultados foram consideradas internamente aos grupos, ou
seja: considerando-se os mesmos materiais, estudou-se a eficiência da emenda por traspasse
espaçada sem hélice circular e com hélice circular quando comparadas com uma emenda
por traspasse de referência.

Tabela 2 – Materiais dos componentes básicos nos


diferentes grupos ensaiados
Grupo Blocos Argamassa Graute Armaduras
(MPa) (MPa) (MPa) (mm)

Grupo A 8,0 6,0 15,0 12,5


Grupo B 14,0 8,0 30,0 16,0

Fonte: produzido pelo autor

As características apresentadas são aquelas seguidas não só pela HM Engenharia


S/A, mas usualmente adotadas pelos projetistas de alvenaria estrutural no detalhamento
de edifícios habitacionais considerados altos, com mais de 5 pavimentos, em alvenaria
estrutural de blocos vazados de concreto.

3.2 Geometria dos corpos de prova

Representações dos corpos de prova prismáticos (CPP) adotados nesta pesquisa


estão ilustradas em vista frontal com projeções paralelas, na Figura 50, e em vista isométrica
com projeções em perspectiva, na Figura 51. Optou-se por esta geometria tanto por facilitar
o transporte dos corpos de prova quanto pela adequação aos equipamentos de ensaios
disponíveis para esta pesquisa.
Capítulo 3. Programa experimental 81

Figura 50 – Vista frontal do CPP Figura 51 – Vista isométrica do CPP

Fonte: produzido pelo autor Fonte: produzido pelo autor

Todas as unidades ensaiadas possuíram as mesmas dimensões externas: 14 por 21


por 60 cm; além de 20 cm de barra em cada extremidade utilizadas para fixação à garra
da máquina universal de ensaio.
Por limitações nos equipamentos laboratoriais, os corpos de prova foram confeccio-
nados com apenas uma emenda, ao invés da configuração com dupla emenda (Figura 52)
empregada contemporaneamente por Ahmed e Feldman (2012) e Kelln e Feldman (2015).
Sabe-se que a geometria do arranjo possui influencia no resultado do ensaio. De
acordo com a NCMA (1999), o uso de emendas duplas nos corpos de prova impede o
desenvolvimento de momento na região do concreto, gerando assim um resultado mais
próximo da realidade pela concentração da energia diretamente nas emendas ao invés de
desperdiçá-la na alavanca formada entre armaduras.
A adoção de emenda única, como realizada por Baynit (1980), apesar de inserir
momento na região do concreto, provê um resultado satisfatório para o presente traba-
lho, uma vez que se realiza nessa pesquisa uma investigação comparativa com mesma
metodologia aplicada a todos os corpos de prova.
Capítulo 3. Programa experimental 82

Figura 52 – Configuração de ensaio em dupla emenda

Fonte: adaptado de Ahmed e Feldman (2012)

3.3 Configurações

Entende-se por configuração o arranjo dos elementos de aço, ou seja, das armaduras
e da hélice de traspasse, no vazados dos blocos de concreto, de maneira a representar
diferentes situações da emenda por traspasse.
Ao todo foram produzidos 48 corpos de prova, divididos em dois grupos relativos à
resistência mecânica dos componentes que, por sua vez, foram subdivididos em função
do arranjo interno da armadura de traspasse em 4 configurações. A Figura 53 ilustra a
estrutura organizacional dos grupos e configurações estudados.
Capítulo 3. Programa experimental 83

Figura 53 – Grupos e configurações dos corpos de prova prismáticos

Fonte: produzido pelo autor

Ambos os grupos foram constituídos por quatro configurações distintas de emendas


com 40 cm de comprimento longitudinal. A opção por uma extensão inferior à recomendada
pela norma NBR 6118 (ABNT, 2014a), teve como intuito facilitar a ruptura das emendas
nos ensaios e assim realizar uma comparação mais efetiva entre elas.
A primeira configuração, apresentada na Figura 56 e referenciada como R, re-
presenta a emenda por traspasse tal qual é realizada atualmente: pela justaposição das
armaduras verticais e garantia da manutenção desse posicionamento pela amarração com
arames em duas ou mais seções da emenda. A primeira configuração serve como elemento
de controle dos ensaios, com a qual serão comparadas as demais três configurações.
A segunda configuração, apresentada na Figura 57 e referenciada como E, foi
construída com distância de 5 cm entre as extremidades externas das armaduras. O
objetivo é avaliar o efeito do espaçamento entre armaduras em relação à configuração
R, ou seja, entender se existe realmente um efeito de confinamento da hélice e se essa é
necessária ou bastaria manter as armaduras dentro do limite imposto pela seção circular
com a utilização de espaçadores.
Capítulo 3. Programa experimental 84

As duas últimas configurações, 4 e 8, possuíram hélices circulares na região da


emenda por traspasse. As hélices circulares foram confeccionadas com fios de aço CA-50
com 5 mm de diâmetro. Os raios internos eram de 5 cm e, consequentemente, os raios
externos eram de 6 cm. A única diferença entre as configurações foi o passo da hélice:
enquanto na configuração 4 o passo foi de 3,5 cm (Figura 54); na configuração 8 o passo
foi de 8,0 cm (Figura 55). O objetivo dessa variação foi estudar o efeito do passo da hélice
no confinamento da emenda por traspasse.

Figura 54 – Hélice com passo de 3,5 cm Figura 55 – Hélice com passo de 8,0 cm

Fonte: produzido pelo autor Fonte: produzido pelo autor

A configuração 4 está apresentada na Figura 58, enquanto a configuração 8 está


apresentada na Figura 59.
Capítulo 3. Programa experimental 85

Figura 56 – Conf. R Figura 57 – Conf. E Figura 58 – Conf. 4 Figura 59 – Conf. 8

Fonte: produzido pelo Fonte: produzido pelo Fonte: produzido pelo Fonte: produzido pelo
autor autor autor autor

3.4 Execução dos corpos de prova

O programa experimental foi realizado nos laboratórios da Escola Politécnica da


Universidade de São Paulo (Poli-USP) e no empreendimento número 28 da HM Engenharia
S/A, que consiste em um conjunto de edifícios habitacionais em construção no período
das moldagens dos corpos de prova no bairro Morumbi da cidade de São Paulo.
O isolamento dos materiais e dos corpos de prova foi feito por meio de um abrigo
construído em local protegido das intempéries para utilização exclusiva na pesquisa,
identificado na Figura 60.
Capítulo 3. Programa experimental 86

Figura 60 – Ambiente protegido de intempéries no empreendimento 28 da HM Engenharia


localizado no bairro Morumbi da cidade de São Paulo

Fonte: produzido pelo autor em 23 set. 2015

Nesse abrigo foram confeccionados e acondicionados os corpos de prova prismáticos


que permitiram a posterior avaliação do comportamento mecânico das emendas por
traspasse com hélice circular atuando como elemento de confinamento.
Todos os corpos de prova foram executados por um mesmo oficial com experiência
na elevação de elementos de alvenaria estrutural. Cada combinação de grupo e série foi
executada em um único dia, no intuito de sincronizar a execução com os posteriores ensaios
em exatos 28 dias.

3.4.1 Materiais utilizados

Os blocos e barras utilizados em cada grupo pertenciam a um mesmo lote, bem


como os fios utilizados na confecção da hélice circular. Os grautes e argamassas utilizados
na pesquisa foram confeccionados com os materiais básicos - cimento, areia e pedrisco -
também de lotes únicos.
As hélices circulares foram confeccionadas manualmente com o auxílio de uma
carretilha improvisada com um escoramento metálico com diâmetro de 4 cm. Como o fio
se encontrava tensionado ao se enrolar o mesmo na carretilha, o diâmetro interno da seção
circular da hélice ficou com 5 cm após ser liberado. O passo da hélice foi atingido ao se
Capítulo 3. Programa experimental 87

estender o produto final, sendo todo o processo realizado por dois operários.
Cada fio de 6 m de comprimento foi suficiente para a confecção de 3 hélices com
passo de 3,5 cm e 6 hélices com passo de 8,0 cm. A produção de 16 unidades de hélices
com passo de 3,5 cm ocorreu em menos de uma hora, com a utilização de dois operários
e, de acordo com relatos dos mesmos e acompanhamento dos trabalhos, sem maiores
dificuldades.

Figura 61 – Confecção das hélices circulares

Fonte: produzido pelo autor em 28 jan. 2015

As dosagens unitárias adotadas para os grautes e argamassas estão apresentadas


na Tabela 3 e na Tabela 4, respectivamente.

Tabela 3 – Dosagens unitárias dos grautes utilizados no programa experi-


mental em volume de materiais secos
Grupo Resistência (fck ) Cimento Areia Pedrisco Relação água/cimento
(MPa)

Grupo A 15,0 1,00 1,93 2,40 0,58


Grupo B 30,0 1,00 1,25 1,92 0,45

Fonte: produzido pelo autor


Capítulo 3. Programa experimental 88

Tabela 4 – Dosagens unitárias das argamassas utilizadas no pro-


grama experimental em volume de materiais secos

Grupo Resistência (fak ) Cimento Areia Relação Água/Cimento


(MPa)

Grupo A 6,0 1,00 3,4 0,67


Grupo B 8,0 1,00 3,0 0,63

Fonte: produzido pelo autor

Observa-se que não foram empregados cal ou aditivos tanto na dosagem das
argamassas quanto nas dosagens dos grautes utilizados. Seguiu-se o procedimento de
execução da empresa, o qual não empregava cal ou aditivos.
Os blocos, com dimensões de 14 cm x 19 cm x 39 cm, foram cortados em serra
circular por profissional experiente, de maneira a permitir a utilização de parte do bloco
com manutenção dos septos. Além dessa divisão, os blocos localizados nas extremidades
superior e inferior foram sequencialmente serrados na metade de suas alturas, obtendo
assim alturas finais de 9,5 cm. A Figura 62 apresenta uma ilustração dos blocos utilizados
nas extremidades do CPP, enquanto a Figura 63 apresenta uma ilustração dos blocos
utilizados na região da emenda por traspasse.

Figura 62 – Blocos das extremidades Figura 63 – Blocos das emendas

Fonte: produzido pelo autor Fonte: produzido pelo autor

Os grautes foram produzidos de acordo com as especificações da NBR 15961-


2 (ABNT, 2011b), sempre em uma única betonada para cada combinação de grupo e
configuração, realizadas pela mesma equipe de produção e com a utilização dos mesmos
equipamentos.
Para cada betonada, o controle tecnológico no estado fresco foi feito de acordo com
a NM 67 (AMN, 1998) com abatimento de 200 mm, além de amostra com nove corpos de
Capítulo 3. Programa experimental 89

prova cilíndricos para caracterização no estado endurecido, com dimensões de 10 cm x 20


cm. A confecção dos corpos de prova foi realizada com base na NBR 5738 (ABNT, 2015).
As argamassas de assentamento foram produzidas de acordo com as especificações
da NBR 13276 (ABNT, 2005a), sempre em única betonada para cada combinação de
grupo e configuração, realizadas pela mesma equipe de produção e com a utilização dos
mesmos equipamentos.
Para cada betonada, extraiu-se amostra com nove corpos de prova cilíndricos para
caracterização no estado endurecido, com dimensões de 5 cm x 10 cm, com base na ASTM
C780-15a (ASTM, 2015).

3.4.2 Instrumentação dos corpos de prova

Em cada configuração, foram instrumentados 3 CPP com extensômetros elétricos


nas armaduras longitudinais.
Os quatro extensômetros utilizados em cada corpo de prova eram da marca Kyowa,
tipo KFG-2-120-C1-11, com fator multiplicador de 2,15, comprimento de 2 mm e resistência
de 120,2 Ω. Eles foram posicionados na interseção entre as armaduras e as seções transversais
que contêm as juntas da alvenaria, conforme indicação na Figura 64, com o objetivo de se
verificar a deformação e eventual escoamento das armaduras em cada ponto.
Capítulo 3. Programa experimental 90

Figura 64 – Região de aplicação dos extensômetros

Fonte: produzido pelo autor

I1: Extensômetro da barra inferior, junta inferior


I2: Extensômetro da barra inferior, junta intermediária
S1: Extensômetro da barra superior, junta intermediária
S2: Extensômetro da barra superior, junta superior

As regiões de aplicação dos extensômetros tiveram as moças desbastadas, foram


esmerilhadas e lixadas, de maneira que a fixação dos dispositivos fosse efetiva.
Após a aplicação do dispositivo, a região foi selada com resina epóxica e envolvida
com fita isolante. O objetivo da proteção foi evitar o dano do extensômetro no momento
do lançamento e adensamento do graute.

3.5 Transporte e acomodação

O transporte dos CPP e amostras do graute e da argamassa utilizados em cada


combinação de grupo e configuração foi realizado entre as idades 21 e 27, a contar da data
de suas respectivas moldagens.
Todos os CPP e todas as amostras foram transportados do abrigo no qual foram
moldados para os laboratórios da Escola Politécnica, no qual foram posteriormente ensaia-
Capítulo 3. Programa experimental 91

dos. Especial cuidado foi tomado quanto à amarração prévia ao transporte, de modo a
não ocorrerem impactos no traslado.

3.6 Caracterização dos materiais

Amostras dos materiais básicos e elementos utilizados na pesquisa foram caracteri-


zados nos laboratórios da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
A metodologia adotada na caracterização, bem como uma síntese dos resultados
estão apresentados nesta seção. Todos os resultados estão detalhados no Apêndice A.

3.6.1 Materiais básicos

Cimento CPII-E 32, areia média e pedrisco foram caracterizados em relação à


massa unitária, área superficial específica, densidade e granulometria.
Dos requisitos gerais considerados pela norma NBR 6136 (ABNT, 2014b), uma vez
que a fábrica fornecedoras dos blocos é certificada pela Associação Brasileira da Indústria
de Blocos de Concreto - BlocoBrasil1 , considerou-se que o cimento utilizado pela fábrica
fornecedora obedece às especificações brasileiras para cimentos destinados à preparação de
concretos e argamassas. O mesmo princípio foi aplicado à água de amassamento utilizada
na fabricação dos blocos.
Considerou-se pertinente ao trabalho a caracterização do aglomerante e dos agrega-
dos em relação à massa unitária, área superficial específica e densidade. O primeiro dado é
importante na dosagem dos materiais em campo, enquanto os dois dados subsequentes
estão apresentados como caracterização para posteriores pesquisas.
A redução dos materiais foi feita de modo que houvesse representatividade estatística
da amostragem (PETERSEN et al., 2005). As amostras foram secas em estufa por 48
horas a (105 ± 5) ◦ C, de acordo com a NM 53 (AMN, 2009).
A massa unitária foi caracterizada de acordo com a NM 45 (AMN, 2006). A
área superficial específica foi obtida a partir do método BET (BRUNAUER et al., 1938)
em equipamento Gemini 2375 – Micromeritics com pré-tratamento das amostras em
temperatura de 100 ◦ C e pressão de 100 mmHg por 24 h. A densidade real dos materiais
básicos foram obtidas por picnometria de adsorção de gás hélio (VIANA et al., 2002) em
equipamento Multi-pycnometer, modelo MVP-5DC, da Quanta-Chrome.
A Tabela 5 resume os dados apresentados.
1
http://www.blocobrasil.com.br/
Capítulo 3. Programa experimental 92

Tabela 5 – Dados de caracterização dos materiais básicos


Dado coletado Cimento Areia Pedrisco

Massa unitária (g/cm3 ) 1,614 1,511 1,490


2
Área superficial específica (m /g) 1,14 0,30 0,40
Densidade (g/cm3 ) 2,99 2,65 2,65

Fonte: produzido pelo autor

A granulometria foi realizada por meio da análise de imagens em alta velocidade


(ETZLER; DEANNE, 1997) com sensor QICPIC e dispersor seco por gravidade GRADIS/L,
com alimentação por vibrador VIBRI/L; da Sympatec GmbH. Os valores atendem às
prescrições da norma NBR 7211 (ABNT, 2009).

3.6.2 Blocos de concreto

Os blocos de concreto foram caracterizados de acordo com suas propriedades


geométricas, físicas e mecânicas.
Dos requisitos específicos apontados pela norma NBR 6136 (ABNT, 2014b),
considera-se pertinente, no presente trabalho, as dimensões nominais dos blocos vazados
de concreto, a espessura mínima das paredes de bloco de acordo com a classe especificada,
o diâmetro dos vazados, a resistência característica à compressão axial, a absorção e a
área líquida.
As caracterizações geométricas foram realizadas com base na NBR 12218 (ABNT,
2013a), com classificações e tolerâncias baseadas na NBR 6136 (ABNT, 2014b). Os valores
obtidos estão em conformidade com normalização vigente.
Ensaios de absorção de água e área líquida foram realizados de acordo com a NBR
12118 (ABNT, 2013a). A absorção de água atende aos requisitos da normalização vigente,
sendo menor do que 8% em todos os corpos de prova ensaiados (ABNT, 2014b). A área
líquida média nos blocos utilizados no grupo A foi de 299,0 cm2 . Nos blocos utilizados no
grupo B, a área líquida média foi de 297,0 cm2 .
Os ensaios de compressão axial foram realizados de acordo com a NBR 6136 (ABNT,
2014b), com propriedades mecânicas calculadas segundo a NBR 15961-2 (ABNT, 2011b).
As resistências características calculadas estão apresentadas na Tabela 6.
A Figura 65 ilustra um corpo de prova do bloco de 8 MPa preparado para o ensaio
de compressão axial, enquanto a Figura 66 ilustra a ruptura característica dos blocos de
concreto.
Capítulo 3. Programa experimental 93

Figura 65 – Ensaios de compressão dos blocos vazados de Figura 66 – Ruptura caracte-


concreto rística

Fonte: produzido pelo autor em 07 dez. 2015

Os ensaios foram realizados em uma máquina universal de ensaio, marca SHI-


MADZU tipo UH-FX de capacidade máxima de força 2000 kN.

Tabela 6 – Resistências mecâ-


nicas características
calculadas
Índice 8 MPa 14 MPa
(MPa) (MPa)

n 8 6
i 7 5
Psi 0,93 0,89
fb,est’ (MPa) 8,3 18,6
fb,est” (MPa) 7,6 16,5
fb,est (MPa) 7,6 16,5

Fonte: produzido pelo autor

Notas: n: número de corpos de prova.


i: índice.
Psi: parâmetro estatístico.
fb,est’: primeira estimativa da
resistência característica.
fb,est”: segunda estimativa da
resistência característica.
fb,est: menor dos valores anteri-
oes e resistência característica
adotada.

Observa-se que enquanto os blocos utilizados no grupo B atingiram resistência à


Capítulo 3. Programa experimental 94

compressão superior à resistência característica de projeto, os blocos utilizados no grupo


A atingiram uma resistência característica 5% inferior à especificada em projeto. Um vez
que o valor obtido foi próximo do especificado, o lote foi utilizado na pesquisa.

3.6.3 Argamassa de assentamento

As resistências mecânicas à compressão axial foram determinadas de acordo com a


norma NBR 5739 (ABNT, 2007a). Os ensaios foram realizados em uma máquina universal
de ensaio, marca EMIC tipo 23-1MN de capacidade máxima de força 1000 kN.
A Tabela 7 apresenta as resistências mecânicas à compressão médias obtidas.

Tabela 7 – Resistências mecâni-


cas à compressão mé-
dias nas amostras de
argamassa
Amostra Média Desvio CV
(MPa) (MPa) (%)

AR 12,7 0,6 4,8


AE 11,7 1,4 12,1
A4 13,6 1,7 12,8
A8 15,4 0,4 2,8
BR 22,1 0,8 3,6
BE 13,0 1,8 13,6
B4 12,7 1,2 9,3
B8 13,1 1,6 12,5

Fonte: produzido pelo autor

Não foram encontrados valores atípicos de acordo com a ASTM E178-08 (ASTM,
2008) nas amostras de argamassas de assentamento utilizadas nos grupos A, com signi-
ficância de 5%, quando considerado para o grupo a resistência mecânica à compressão
média de 13,2 MPa.
Valores atípicos de acordo com a ASTM E178-08 (ASTM, 2008) foram encontrados
nas amostras de argamassa de assentamento utilizados na configuração R do grupo B.
Pode-se afirmar, com significância de 5%, que a argamassa não pertence ao mesmo grupo.
Descartando-se os valores atípicos, pode-se afirmar que as amostras de argamassa de
assentamento do grupo B possuem resistência à compressão média de 12,9 MPa.
Capítulo 3. Programa experimental 95

3.6.4 Graute
3.6.4.1 Estado fresco

Os resultados dos abatimentos de troncos de cone para os grautes utilizados na


pesquisa estão apresentados na tabela Tabela 8. Cada combinação representa a associação
entre um determinado grupo e configuração.

Tabela 8 – Abatimentos de
troncos de cone
para os grautes uti-
lizados na pesquisa
Amostra Abatimento Desvio
(mm) (mm)

AR 205 5
AE 230 30
A4 220 20
A8 220 20
BR 220 20
BE 230 30
B4 220 20
B8 220 20

Fonte: produzido pelo autor

3.6.4.2 Estado endurecido

Os ensaios de resistência mecânica à compressão axial e as dimensões principais


das amostras foram determinadas de acordo com a NBR 5739 (ABNT, 2007a). Os cálculos
das resistências mecânicas à compressão características foi feito de acordo com a NBR
12655 (ABNT, 2006). As resistência mecânicas à tração por compressão diametral foram
determinadas de acordo com a NBR 7222 (ABNT, 2011c).
Os ensaios foram realizados em uma máquina universal de ensaio, marca SHI-
MADZU tipo UH-FX de capacidade máxima de força 2000 kN.
A Tabela 9 apresenta resistências mecânicas à compressão médias obtidas.
Capítulo 3. Programa experimental 96

Tabela 9 – Resistências mecâni-


cas médias à compres-
são médias nas amos-
tras de grautes
Amostra Média Desvio CV
(MPa) (MPa) (%)

AR 20,2 1,7 8,6


AE 16,4 2,2 13,7
A4 25,9 1,0 3,7
A8 23,7 1,9 8,0
BR 36,9 1,5 4,0
BE 32,6 2,0 6,2
B4 33,3 3,9 11,6
B8 37,3 1,6 4,3

Fonte: produzido pelo autor

Mesmo com um valor médio de 16,4 MPa na configuração E do grupo A, não foram
encontrados valores atípicos de acordo com a ASTM E178-08 (ASTM, 2008) nas amostras
dos grautes utilizados no grupo, com significância de 5%, quando se considera para o
grupo A a resistência mecânica à compressão média de 21,5 MPa. Ainda com significância
de 5%, pode-se afirmar que os grautes utilizados no grupo B possuem resistência mecânica
à compressão média de 35,0 MPa.
A resistência característica à compressão estimada de acordo com a norma NBR
12655 (ABNT, 2006) é de 14,1 MPa para os grautes utilizados no grupo A e de 29,3 MPa
para os grautes utilizados no grupo B.
A Tabela 10 apresenta resistências mecânicas à tração médias obtidas.
Capítulo 3. Programa experimental 97

Tabela 10 – Resistências mecâni-


cas médias à tração
médias nas amostras
de grautes
Amostra Média Desvio CV
(MPa) (MPa) (%)

AR 2,1 0,2 10,7


AE 2,2 0,2 9,5
A4 2,6 0,3 11,8
A8 2,6 0,3 10,8
BR 3,5 0,6 16,8
BE 3,2 0,4 13,9
B4 3,2 0,5 17,4
B8 2,9 0,4 14,2

Fonte: produzido pelo autor

Não foram encontrados valores atípicos de acordo com a ASTM E178-08 (ASTM,
2008) para os valores de tração à compressão diametral nas amostras dos grautes utilizados
no grupo, com significância de 5%, quando se considera para o grupo A a resistência
mecânica à tração média de 2,4 MPa. Ainda com significância de 5%, pode-se afirmar que
os grautes utilizados no grupo B possuem resistência mecânica à tração média de 3,2 MPa.

3.6.5 Armaduras

O aço utilizado foi caracterizado com base na metodologia da norma NBR ISO
6892-1 (ABNT, 2013b), com controle de velocidade de ensaio tanto para as amostras de
aço CA-50 utilizadas nas armaduras, quanto para a amostra de aço CA-60 utilizadas nas
hélices.
Problemas na coleta dos dados não permitiram, no entanto, avaliar as deformações
nas armaduras do aço CA-60.

3.6.5.1 Aço CA-50

As curvas de tensão por deformação na caracterização do aço CA-50, armaduras


de 12,5 mm, estão apresentadas na Figura 67.
Os ensaios foram realizados em uma máquina universal de ensaio, marca SHI-
MADZU tipo UH-FX de capacidade máxima de força 2000 kN.
Percebe-se um comportamento esperado da curva de ensaio, com patamar de
escoamento bem definido, típico para aços CA-50.
Capítulo 3. Programa experimental 98

Figura 67 – Curvas de tensão por deformação para a amostra da armadura de 12,5 mm

Fonte: produzido pelo autor

A Tabela 11 apresenta os principais dados coletados nas caracterizações das barras


de 12,5 mm. Observa-se um escoamento médio em 567,2 MPa e a ruptura média em 612,1
kN. Os coeficientes de variação foram menores ou iguais a 2% tanto para os valores das
forças de escoamento quanto para os valores das forças de ruptura.
Capítulo 3. Programa experimental 99

Tabela 11 – Principais dados


coletados nas
caracterizações
das armaduras de
12,5 mm
CP Escoamento Ruptura
(MPa) (MPa)

1 567,0 608,2
2 558,1 608,7
3 576,6 619,5

Média 567,2 612,1


Desvio 9,3 6,4
CV (%) 1,6% 1,0%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: F0 : Início do regime elástico.


F2 : Final do regime elástico.

As curvas de tensão por deformação na caracterização do aço CA-50, armaduras


de 16,0 mm, estão apresentadas na Figura 68.
Apesar de mantido um regime elástico dentro dos valores esperados, as curvas de
ensaio das barras de 16,0 mm não apresentaram um patamar de escoamento definido,
conforme esperado para aços CA-50. É possível que uma interferência no processo de
manufatura tenha causado o encruamento prévio do material. A ausência do patamar, no
entanto, não interfere nos resultados da pesquisa uma vez que o mesmo lote foi considerado
em todo o grupo B.
Capítulo 3. Programa experimental 100

Figura 68 – Curvas de tensão por deformação deformação para a amostra da armadura de


16,0 mm

Fonte: produzido pelo autor

A Tabela 12 apresenta os principais dados coletados nas caracterizações das arma-


duras de 16,0 mm. A tensão de escoamento calculada com o menor dos valores entre 0,2%
da deformação parcial e 0,5% da deformação total foi de 592,7. A ruptura média foi em
737,8 MPa, com um coeficiente de variação de 0,8%.
Capítulo 3. Programa experimental 101

Tabela 12 – Principais dados


coletados nas
caracterizações
das armaduras de
16,0 mm
CP Escoamento Ruptura
(MPa) (MPa)

1 577,4 731,3
2 598,3 739,2
3 602,5 743,0
Média 592,7 737,8

Desvio 13,4 6,0


CV (%) 2,3% 0,8%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: F0 : Início do regime elástico.


F2 : Final do regime elástico.

3.6.5.2 Aço CA-60

Os ensaios da amostra de aço CA-60, diâmetro de 5,0 mm, foram realizados em


uma máquina universal de ensaio, marca EMIC tipo 23-1MN de capacidade máxima de
força 1000 kN.
A tensão de ruptura média foi de 831,7 MPa, com coeficiente de variação de 1,1%.
A Figura 69 apresenta as curvas de tensão por deslocamento na caracterização do
fio utilizado na pesquisa.
Capítulo 3. Programa experimental 102

Figura 69 – Curvas de tensão por deslocamento para a amostra do fio de 5,0 mm

Fonte: produzido pelo autor

Do ponto de vista da tensão de ruptura, os fios utilizados na pesquisa atendem aos


requisitos especificados para a pesquisa.

3.7 Ensaios de tração

Os CPP foram ensaiados aos 28 dias de suas respectivas moldagens, com 3 unidades
instrumentadas com extensômetros elétricos e 3 unidades não instrumentadas. A máquina
universal de ensaio, marca SHIMADZU tipo UH-FX de capacidade máxima de força 2000
kN, foi calibrada de acordo com a NBR NM-ISO 7500-1 (ABNT, 2004), e a velocidade de
controlada. A Figura 70 apresenta os principais equipamentos utilizados nos ensaios de
tração dos CPP.
Capítulo 3. Programa experimental 103

Figura 70 – Equipamentos utilizados nos ensaios

4
2

Fonte: produzido pelo autor em 26 nov. 2015

(1): Máquina universal


(2): Dispositivos para controle do equipamento, leitura e registros dos dados na máquina
universal
(3): Corpo de prova posicionado para ensaio
(4): Dispositivo de conversão dos sinais analógicos gerados pelos extensômetros para sinais
digitais lidos pelo computador
(5): Computador para registro dos sinais digitais gerados por (4) e conectado à máquina
universal para registro da força aplicada em (3) por (1) no decorrer do ensaio. A força
aplicada foi a variável comum entre os equipamentos

Pode-se observar um corpo de prova já preparado para ser ensaiado, identificado


como do grupo B, configuração R, corpo de prova 1. Os 4 fios que se projetam do corpo
de prova estão conectados no sistema ADS para a leitura de sinais.
A leitura dos sinais analógicos captados pelos extensômetros foi feita através de
um sistema de aquisição de dados, correlacionados com as leituras da prensa através da
força tracionadora aplicada no CPP.
Os dados fornecidos pelo extensômetro permitiram identificar e diferenciar o
comportamento das tensões nas armaduras na região das juntas. A Figura 71 ilustra, por
exemplo, maiores deformações nos extensômetros localizados nas juntas superior e inferior
em relação às deformações nos extensômetros localizados na junta intermediária, no centro
Capítulo 3. Programa experimental 104

da emenda.

Figura 71 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
4, amostra 3

Fonte: produzido pelo autor

Uma dificuldade encontrada nos ensaios foi em relação à excentricidade entre as


armaduras dos CPP e as garras da máquina universal. Enquanto nas configurações de
referência a excentricidade era mínima, nas demais configurações as armaduras estavam
distanciadas diametralmente limitadas à seção circular da hélice.
A excentricidade gerou maior acomodação do equipamento de ensaio até o início do
regime considerado elástico, além de forças internas no concreto. Os longos deslocamentos
horizontais provavelmente resultam desses fatores.
Outra observação feita em relação à excentricidade foi a abertura de fissuras nas
juntas de argamassa superior e inferior, conforme ilustra a Figura 72. Pôde-se perceber
que o braço gerado pela excentricidade das armaduras propicia o aparecimento de fissuras
à direita na junta superior e à esquerda na junta inferior. O fenômeno é característico do
momento aplicado no corpo de prova, todavia a região da emenda manteve o comportamento
esperado.
Capítulo 3. Programa experimental 105

Figura 72 – Abertura de fissuras simétricas

Fonte: produzido pelo autor em 19 nov. 2015

Observou-se o aparecimento de fissuras na região da emenda à medida que os


ensaios eram realizados, com exceção das juntas superior e inferior, uma vez que estas
não são, a rigor, parte das emendas por traspasse. A primeira fissuração na região das
emendas foi, por algumas vezes, acompanhada por uma interferência na curva de força
por deslocamento, conforme se pode observar na Figura 73.
Capítulo 3. Programa experimental 106

Figura 73 – Abertura de fissuras e variação na força aplicada pelo equipamento

Fonte: produzido pelo autor

(1): Primeiro registro de fissuração observado no gráfico


(2): Segundo registro de fissuração observado no gráfico.

Neste caso específico, fissuras começaram a surgir ao ser atingida a força de


aproximadamente 30 kN, com um deslocamento aproximado da garra do equipamento de
15 mm.
A força no aparecimento da primeira fissura foi registrada e, como critério de
eliminação do corpo de prova em relação ao estado limite de serviço, considerou-se força
crítica aquela que evidenciou falha na região da emenda, registrada por aberturas de
fissuras de aproximadamente 2 mm.
No caso de emendas consideradas inadequadas ao uso devido à abertura de fissuras,
considerou-se a força de final de curso quando não ocorreu ruptura do corpo de prova, ou
a força de ruptura quando essa ocorreu.
A Tabela 13 apresenta os principais dados registrados em cada ensaio, enquanto
na Figura 74, destacam-se os pontos em uma curva.
Capítulo 3. Programa experimental 107

Tabela 13 – Forças extraídas dos


gráficos e símbolos
utilizados como refe-
rência
Força Símbolo
(kN)

Início do regime elástico F0


Primeira fissuração F1
Final do regime elástico F2
Crítica Fcrit
Ruptura Frup
Final de curso Ff inal

Fonte: produzido pelo autor

Figura 74 – Forças extraídas dos gráficos

Fonte: produzido pelo autor

Apresentam-se a seguir os dados relativos aos ensaios de cada combinação de


grupo e configuração. Detalhes qualitativos dos ensaios, bem como dados relevantes estão
apresentados. No entanto, as análises foram reservadas para o capítulo Capítulo 4.

3.7.1 Grupo A, configuração R

Os ensaios do grupo A, configuração R (Figura 75), ocorreram aos 28 dias de


suas moldagens. A configuração R representa a emenda por traspasse tal qual é realizada
Capítulo 3. Programa experimental 108

atualmente: pela justaposição das armaduras verticais e garantia da manutenção desse


posicionamento pela amarração com arames em duas ou mais seções da emenda.

Figura 75 – Ensaio do grupo A, configuração R

Fonte: produzido pelo autor em 12 nov. 2015

Antes de se entrar no regime elástico, no registro da força de início do regime


elástico, houve um deslocamento médio de 5,5 mm da garra do equipamento. A partir desse
instante, houve o registo da força e deslocamento e passou-se a observar o aparecimento
de fissuras no corpo de prova.
Em todos os 6 corpos de prova ensaiados, fissuras se iniciaram nas regiões das
juntas superior e inferior, com propagação para a região da emenda. Três corpos de prova
chegaram ao final do regime elástico sem o registro de fissuras, enquanto os outros três
corpos de prova registraram o aparecimento da primeira fissuração, com consequente
propagação de fissuras, ainda no regime considerado elástico.
As emendas foram consideradas inadequadas ao uso, em todos os corpos de prova,
Capítulo 3. Programa experimental 109

por comprometimento do estado limite de serviço. As aberturas de fissuras na região da


emenda foram significativas para se atingir o estado limite de serviço. Não houve, no
entanto, nenhuma ruptura antes de ser atingida a força nominal das armaduras, 61,4 kN.
As emendas continuaram a receber carga e sinalizar, por meio das fissuras, uma iminente
ruína.
Nos corpos de prova AR-5 e AR-6 houve o escorregamento das armaduras, com
posterior rearranjo e continuação na absorção dos esforços. Nos corpos de prova AR-1,
AR-2 e AR-4; houve ruptura por arrancamento das armaduras, enquanto nos demais
corpos de prova ensaiados, atingiu-se o final de curso configurado para o equipamento (50
mm), sem que a força de ruptura fosse atingida.
A Figura 76 mostra as curvas de força por deslocamento para o grupo A, configu-
ração R. As forças extraídas, nos ensaios estão indicadas na Tabela 14.

Figura 76 – Força por deslocamento para o grupo A, configuração R

Fonte: produzido pelo autor


Capítulo 3. Programa experimental 110

Tabela 14 – Forças nos ensaios do grupo A, configuração R


Força AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 AR-5 AR-6 Média Desvio CV
(kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (%)

F0 16,67 17,83 17,06 15,35 19,52 13,77 16,70 1,99 11,9


F1 35,79 63,20 65,64 69,83 44,40 33,09 51,99 16,17 31,1
F2 62,13 55,86 54,48 65,52 58,48 57,86 59,06 4,10 6,9
Fcrit 46,50 64,45 65,74 70,51 52,18 44,53 57,32 10,98 19,2
Frup 76,83 73,72 77,74 80,03 74,04 71,91 75,71 3,01 4,0
Ff inal 52,08 47,60 77,39 38,84 42,80 78,54 56,21 17,44 31,0

Fonte: produzido pelo autor

Notas: O significado de cada força está indicado na Tabela 13

Houve um problema na captação dos dados do sistema ADS, registrado como uma
interferência no deslocamento que pode ser observada na curva.
As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo
horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração R, amostra 1, está indicada na Figura 77.

Figura 77 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
R, amostra 1

Fonte: produzido pelo autor


Capítulo 3. Programa experimental 111

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração R, amostra 2, está indicada na Figura 78.

Figura 78 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
R, amostra 2

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração R, amostra 3, está indicada na Figura 79.
Capítulo 3. Programa experimental 112

Figura 79 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
R, amostra 3

Fonte: produzido pelo autor

3.7.2 Grupo A, configuração E

Os ensaios do grupo A, configuração E (Figura 80), ocorreram aos 28 dias de


suas moldagens. Esta configuração foi construída com um espaçamento de 5 cm entre
as extremidades externas das armaduras para se avaliar o efeito do espaçamento entre
armaduras em relação à configuração R.
Capítulo 3. Programa experimental 113

Figura 80 – Ensaio do grupo A, configuração E

Fonte: produzido pelo autor em 13 nov. 2015

Antes de se entrar no regime elástico, no registro da força de início do regime elástico,


houve um deslocamento médio de 13,0 mm da garra do equipamento, significativamente
maior do que na configuração de referência do grupo A. Nesse instante, houve o registo da
força e deslocamento e passou-se a observar o aparecimento de fissuras no corpo de prova.
Assim como na configuração de referência, o aparecimento de fissuras se iniciou na
região das juntas superior e inferior, com propagação para a região da emenda. Observou-se,
no entanto, um comportamento mais frágil do corpo de prova em relação ao estado limite
de serviço. As fissuras se propagaram com mais velocidade e o estado crítico foi atingido,
em média, com uma força 7% menor do que na configuração de referência.
As emendas foram consideradas inadequadas ao uso, em todos os corpos de prova,
por comprometimento do estado limite de serviço. As aberturas de fissuras na região da
emenda foram significativas para se atingir o estado limite de serviço. No corpo de prova
AE-6, houve ruptura abrupta por escorregamento da armadura, com 33,4 kN, equivalente
Capítulo 3. Programa experimental 114

à tensão de 272,6 MPa aplicada nas extremidades das barras.


Nos corpos de prova AE-1, AE-2, AE-4 e AE-5 houve o escorregamento das
armaduras, com posterior rearranjo e continuação na absorção dos esforços até o final de
curso configurado para o equipamento (50 mm), sem que a força de ruptura fosse atingida.
Nos corpos de prova AE-3 e AE-6, houve uma ruptura por arrancamento das armaduras.
A Figura 81 mostra as curvas de força por deslocamento o grupo A, configuração
E. As forças extraídas nos ensaios estão indicadas na Tabela 15.

Figura 81 – Força por deslocamento para o grupo A, configuração E

Fonte: produzido pelo autor


Capítulo 3. Programa experimental 115

Tabela 15 – Forças nos ensaios do grupo A, configuração E


Força AE-1 AE-2 AE-3 AE-4 AE-5 AE-6 Média Desvio CV
(kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (%)

F0 13,73 16,26 22,74 17,03 11,54 19,82 16,85 4,05 24,0


F1 53,30 54,57 65,60 36,42 47,66 29,63 47,86 13,06 27,3
F2 57,54 64,27 55,64 58,78 47,73 53,32 56,21 5,55 9,9
Fcrit 60,92 61,31 66,03 45,62 52,21 33,45 53,26 12,15 22,8
Frup 75,72 82,78 71,52 81,42 59,03 61,20 71,95 10,04 14,0
Ff inal 75,02 82,09 46,91 81,11 78,59 10,56 62,38 28,59 45,8

Fonte: produzido pelo autor

Notas: O significado de cada força está indicado na Tabela 13

Houve um problema na captação dos dados gerados pelo ADS no segundo corpo
de prova, inabilitando a interpretação das deformações nos extensômetros.
As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo
horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração E, amostra 1, está indicada na Figura 82.

Figura 82 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
E, amostra 1

Fonte: produzido pelo autor


Capítulo 3. Programa experimental 116

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração E, amostra 2, está indicada na Figura 83.

Figura 83 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
E, amostra 2

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração E, amostra 3, está indicada na Figura 84.
Capítulo 3. Programa experimental 117

Figura 84 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
E, amostra 3

Fonte: produzido pelo autor

3.7.3 Grupo A, configuração 4

Os ensaios do grupo A, configuração 4 (Figura 85), ocorreram aos 28 dias de suas


moldagens. Essa configuração também foi espaçada assim como na configuração E, porém
as armaduras foram confinadas por uma hélice circular com passo de 35 mm ao longo de
todo o comprimento de traspasse.
Capítulo 3. Programa experimental 118

Figura 85 – Ensaio do grupo A, configuração 4

Fonte: produzido pelo autor em 19 nov. 2015

Antes de se entrar no regime elástico, no registro da força de início do regime


elástico, houve um deslocamento médio de 12,8 mm da garra do equipamento. O registo
da força e deslocamento foi feito e passou-se a observar o aparecimento de fissuras no
corpo de prova.
Em alguns corpos de prova, houve um escorregamento no contato entre a garra da
máquina universal e a armadura do corpo de prova, antes do início do regime elástico. Este
escorregamento não deve ser confundido com escorregamento da armadura ou aparecimento
de fissuras no corpo de prova, uma vez que o regime continuou elástico, sem mudança na
derivada da força em relação ao deslocamento.
Assim como na configuração E, o binário formado pelo afastamento entre as
armaduras deve ter influenciado o aparecimento de fissuras em lados opostos nas juntas
superior e inferior. A propagação das fissuras ocorreu continuamente a medida que mais
carga foi adicionada ao corpo de prova.
Capítulo 3. Programa experimental 119

Em todos os 6 corpos de prova ensaiados, as fissuras se iniciaram após o final do


regime elástico. A abertura e propagação de fissuras ficou evidenciada na curva pela ligeira
redução na derivada da força em relação ao deslocamento.
As emendas foram consideradas inadequadas ao uso, em todos os corpos de prova,
por comprometimento do estado limite de serviço. As aberturas de fissuras na região da
emenda foram significativas para se atingir o estado limite de serviço. Com exceção dos
corpos de prova A4-3 e A4-4, com forças críticas de 59,78 kN e 60,17 kN (487,2 MPa e
490,4 MPa), todos os outros corpos de prova obtiveram forças críticas maiores que a força
nominal das armaduras, 61,4 kN. Em média, a força crítica foi 9% superior em relação à
configuração de referência.
Para todos os corpos de prova, atingiu-se o final de curso configurado para o
equipamento (50 mm), sem que a carga de ruptura fosse atingida.
A Figura 86 mostra as curvas de força por deslocamento para o grupo A, configu-
ração R. As forças extraídas nos ensaios estão indicadas na Tabela 16.

Figura 86 – Força por deslocamento para o grupo A, configuração 4

Fonte: produzido pelo autor


Capítulo 3. Programa experimental 120

Tabela 16 – Forças nos ensaios do grupo A, configuração 4


Força A4-1 A4-2 A4-3 A4-4 A4-5 A4-6 Média Desvio CV
(kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (%)

F0 16,94 20,87 16,59 19,85 20,68 25,68 20,10 3,30 16,4


F1 63,14 65,75 51,96 59,30 60,02 53,35 58,92 5,39 9,1
F2 54,35 54,55 51,96 54,05 54,27 49,24 53,07 2,10 4,0
Fcrit 64,38 66,26 59,78 60,17 62,42 62,81 62,64 2,47 3,9
Frup 77,24 77,38 80,95 75,38 79,80 78,06 78,14 1,98 2,5
Ff inal 77,24 77,38 80,95 75,38 79,80 78,06 78,14 1,98 2,5

Fonte: produzido pelo autor

Notas: O significado de cada força está indicado na Tabela 13

Houve um problema na captação dos dados gerados pelo ADS no segundo corpo
de prova, inabilitando a interpretação das deformações nos extensômetros.
As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo
horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração 4, amostra 1, está indicada na Figura 87.

Figura 87 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
4, amostra 1

Fonte: produzido pelo autor


Capítulo 3. Programa experimental 121

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração 4, amostra 2, está indicada na Figura 88.

Figura 88 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
4, amostra 2

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração 4, amostra 3, está indicada na Figura 89.
Capítulo 3. Programa experimental 122

Figura 89 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
4, amostra 3

Fonte: produzido pelo autor

3.7.4 Grupo A, configuração 8

Os ensaios do grupo A, configuração 8 (Figura 90), ocorreram aos 28 dias de suas


moldagens. Esta configuração também foi espaçada assim como na configuração E, porém
as armaduras foram confinadas por uma hélice circular com passo de 80 mm ao longo de
todo o comprimento de traspasse.
Capítulo 3. Programa experimental 123

Figura 90 – Ensaio do grupo A, configuração 8

Fonte: produzido pelo autor em 24 nov. 2015

Antes de se entrar no regime elástico, no registro da força de início do regime


elástico, houve um deslocamento médio de 10,7 mm da garra do equipamento. Nesse
instante, houve o registo da força e deslocamento e passou-se a observar o aparecimento
de fissuras no corpo de prova.
Em todos os 6 corpos de prova ensaiados, fissuras se iniciaram nas regiões das
juntas superior e inferior, com propagação para a região da emenda. Todos os corpos de
prova chegaram ao final do regime elástico sem o registro de primeira fissuração.
As emendas foram consideradas inadequadas ao uso, em todos os corpos de prova,
por comprometimento do estado limite de serviço, com aberturas de fissuras na região da
emendas significativas para se atingir o estado limite de serviço. Não houve, no entanto,
nenhuma ruptura antes de ser atingida a força nominal das armaduras, 61,4 kN. As
emendas continuaram a receber carga e sinalizar a iminente ruína por meio das fissuras.
Em média, a força crítica foi 6% superior em relação à configuração de referência.
Capítulo 3. Programa experimental 124

Nos corpos de prova A8-1 e A8-3 houve o escorregamento das armaduras, com
posterior rearranjo e continuação na absorção dos esforços. Nos corpos de prova A8-4 e
A8-6, houve uma ruptura por arrancamento das armaduras. Atingiu-se, nos corpos de
prova A8-2 e A8-5, o final de curso configurado para o equipamento (50 mm) sem que a
força de ruptura fosse atingida.
A Figura 91 mostra as curvas de força por deslocamento para o grupo A, configu-
ração 8. As forças extraídas nos ensaios estão indicadas na Tabela 17.

Figura 91 – Força por deslocamento para o grupo A, configuração 8

Fonte: produzido pelo autor


Capítulo 3. Programa experimental 125

Tabela 17 – Forças nos ensaios do grupo A, configuração 8


Força A8-1 A8-2 A8-3 A8-4 A8-5 A8-6 Média Desvio CV
(kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (%)

F0 25,58 21,49 21,32 24,45 20,20 22,40 22,57 2,05 9,1


F1 61,95 51,42 48,71 45,23 62,33 68,59 56,37 9,20 16,3
F2 56,22 47,47 48,74 41,69 53,33 58,24 50,95 6,15 12,1
Fcrit 67,22 54,41 56,02 53,71 64,17 68,99 60,75 6,83 11,3
Frup 83,31 78,65 77,56 72,66 80,17 81,19 78,92 3,66 4,6
Ff inal 83,31 78,65 77,56 40,27 80,14 28,84 64,80 23,78 36,7

Fonte: produzido pelo autor

Notas: O significado de cada força está indicado na Tabela 13

Houve um problema na captação dos dados do sistema ADS para o corpo de prova
A8-3, registrado como uma interferência no deslocamento que pode ser observada na curva.
As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo
horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração 8, amostra 1, está indicada na Figura 92.

Figura 92 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
8, amostra 1

Fonte: produzido pelo autor


Capítulo 3. Programa experimental 126

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração 8, amostra 2, está indicada na Figura 93.

Figura 93 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
8, amostra 2

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração 8, amostra 3, está indicada na Figura 94.
Capítulo 3. Programa experimental 127

Figura 94 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
8, amostra 3

Fonte: produzido pelo autor

3.7.5 Grupo B, configuração R

Os ensaios do grupo B, configuração R (Figura 95), ocorreram aos 28 dias de


suas moldagens. A configuração R representa a emenda por traspasse tal qual é realizada
atualmente: pela justaposição das armaduras verticais e garantia da manutenção desse
posicionamento pela amarração com arames em duas ou mais seções da emenda.
Capítulo 3. Programa experimental 128

Figura 95 – Ensaio do grupo B, configuração R

Fonte: produzido pelo autor em 26 nov. 2015

Antes de se entrar no regime elástico, no registro da força de início do regime


elástico, houve um deslocamento médio de 7,7 mm da garra do equipamento. Neste instante,
houve o registo da força e deslocamento e passou-se a observar o aparecimento de fissuras
no corpo de prova.
Todos os corpos de prova ensaiados atingiram a ruptura por deslocamento da
armadura. A ruptura se concentrou em um deslocamento do equipamento entre 20 e 30
mm do início.
Em todos os 6 corpos de prova ensaiados, fissuras se iniciaram nas regiões das
juntas superior e inferior, com propagação para a região da emenda. Todos os corpos de
prova chegaram ao final do regime elástico sem o registro de fissuras, com duas delas
(BR-1 e BR-3) tendo o registro de primeira fissuração em força similar ao aparecimento da
primeira fissura.
As emendas foram consideradas inadequadas ao uso, em todos os corpos de prova,
Capítulo 3. Programa experimental 129

por comprometimento do estado limite de serviço. As aberturas de fissuras na região da


emenda foram significativas para se atingir o estado limite de serviço. Não houve, no
entanto, nenhuma ruptura crítica antes de ser atingida a força nominal das armaduras,
100,6 kN. As emendas continuaram a receber carga e sinalizar, por meio das fissuras, uma
iminente ruína.
A Figura 96 mostra as curvas de força por deslocamento para o grupo B, configu-
ração R. As forças extraídas nos ensaios estão indicadas na Tabela 18.

Figura 96 – Força por deslocamento para o grupo B, configuração R

Fonte: produzido pelo autor


Capítulo 3. Programa experimental 130

Tabela 18 – Forças nos ensaios do grupo B, configuração R


Força BR-1 BR-2 BR-3 BR-4 BR-5 BR-6 Média Desvio CV
(kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (%)

F0 28,67 30,27 25,22 26,76 30,15 28,62 28,28 1,97 7,0


F1 100,21 107,16 104,75 83,92 99,78 91,50 97,89 8,69 8,9
F2 100,21 95,91 92,42 83,92 90,89 78,04 90,23 8,07 8,9
Fcrit 103,69 106,99 105,68 87,99 101,92 90,53 99,47 8,13 8,2
Frup 128,67 126,92 122,13 137,00 126,03 134,69 129,24 5,59 4,3
Ff inal 53,17 33,30 28,38 21,42 98,48 29,02 43,96 28,79 65,5

Fonte: produzido pelo autor

Notas: O significado de cada força está indicado na Tabela 13

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo B, configuração R, amostra 1, está indicada na Figura 97.

Figura 97 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B, configuração
R, amostra 1

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
Capítulo 3. Programa experimental 131

o grupo B, configuração R, amostra 2, está indicada na Figura 98.

Figura 98 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B, configuração
R, amostra 2

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo B, configuração R, amostra 3, está indicada na Figura 99.
Capítulo 3. Programa experimental 132

Figura 99 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B, configuração
R, amostra 3

Fonte: produzido pelo autor

3.7.6 Grupo B, configuração E

Os ensaios do grupo B, configuração E (Figura 100), ocorreram aos 28 dias de


suas moldagens. Esta configuração foi construída com um espaçamento de 5 cm entre
as extremidades externas das armaduras para se avaliar o efeito do espaçamento entre
armaduras em relação à configuração R.
Capítulo 3. Programa experimental 133

Figura 100 – Ensaio do grupo B, configuração E

Fonte: produzido pelo autor em 27 nov. 2015

Antes de se entrar no regime elástico, no registro da força de início do regime


elástico, houve um deslocamento médio de 13,7 mm da garra do equipamento. Neste
instante, houve o registo da força e deslocamento e passou-se a observar o aparecimento
de fissuras no corpo de prova. Em contraste com a configuração de referência, na qual as
rupturas ocorreram na faixa de deslocamento entre 20 e 30 mm, a variação no deslocamento
na configuração E foi significativamente maior, com desvio padrão de 7,09 mm, ou seja,
um coeficiente de variação de 52
Do ponto de vista do estado limite de serviço, esta combinação de grupo e configu-
ração foi a que obteve o pior desempenho. A primeira fissuração foi registrada em uma
força média de 65,11 kN, ou 323,7 MPa se considerarmos a área da armadura de 16 mm
utilizada neste grupo.
A força crítica foi atingida na sequência, com uma propagação e ramificação de
fissuras maior do que a registrada na configuração de referência. Em todos os corpos de
Capítulo 3. Programa experimental 134

prova, o regime elástico cessou ao ser registrada a primeira fissuração. Em média, a força
crítica nesta configuração foi 27% inferior em relação à configuração de referência.
Em todos os corpos de prova, a ruptura se deu por deslocamento da armadura no
corpo de prova.
A Figura 101 mostra as curvas de força por deslocamento para o grupo B, configu-
ração E. As forças extraídas nos ensaios estão indicadas na Tabela 19.

Figura 101 – Força por deslocamento para o grupo B, configuração E

Fonte: produzido pelo autor

Tabela 19 – Forças nos ensaios do grupo B, configuração E


Força BE-1 BE-2 BE-3 BE-4 BE-5 BE-6 Média Desvio CV
(kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (%)

F0 25,95 25,83 27,83 29,79 31,32 39,76 30,08 5,21 17,3


F1 68,64 55,44 62,31 45,63 84,91 73,70 65,11 13,85 21,3
F2 68,47 55,44 62,31 45,63 84,91 73,70 65,08 13,84 21,3
Fcrit 85,32 61,68 74,86 51,46 84,91 74,48 72,12 13,32 18,5
Frup 111,55 77,91 115,22 88,12 93,09 102,57 98,08 14,33 14,6
Ff inal 76,73 16,28 34,27 22,87 20,74 72,14 40,51 26,98 66,6

Fonte: produzido pelo autor

Notas: O significado de cada força está indicado na Tabela 13


Capítulo 3. Programa experimental 135

Houve um problema na captação dos dados do sistema ADS no segundo corpo


de prova, registrado como uma interferência no deslocamento que pode ser observada na
curva.
As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo
horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo B, configuração E, amostra 1, está indicada na Figura 102.

Figura 102 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B, configuração
E, amostra 1

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo B, configuração E, amostra 2, está indicada na Figura 103.
Capítulo 3. Programa experimental 136

Figura 103 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B, configuração
E, amostra 2

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo B, configuração E, amostra 3, está indicada na Figura 104.
Capítulo 3. Programa experimental 137

Figura 104 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B, configuração
E, amostra 3

Fonte: produzido pelo autor

3.7.7 Grupo B, configuração 4

Os ensaios do grupo B, configuração 4 (Figura 105), ocorreram aos 28 dias de suas


moldagens. Esta configuração também foi espaçada assim como na configuração E, porém
as armaduras foram confinadas por uma hélice circular com passo de 35 mm ao longo de
todo o comprimento de traspasse.
Capítulo 3. Programa experimental 138

Figura 105 – Ensaio do grupo B, configuração 4

Fonte: produzido pelo autor em 03 dez. 2015

Antes de se entrar no regime elástico, no registro da força de início do regime


elástico, houve um deslocamento médio de 13,6 mm da garra do equipamento. Neste
instante, houve o registo da força e deslocamento e passou-se a observar o aparecimento
de fissuras no corpo de prova.
A ruptura na configuração 4 foi atingida em todos os corpos de prova, porém houve
ruptura da armadura em dois corpos de prova ensaiados: B4-1, B4-2 e B4-3. Como a
ruptura se deu em ponto próximo à aplicação dos extensômetros, é possível que este fato
tenha influenciado na mesma, uma vez que o esmerilhamento da barra de aço reduz a área
da seção transversal no trecho requerido para aplicação dos extensômetros. Todavia, a
mesma metodologia foi realizada na aplicação dos extensômetros, e as tensões de ruptura
atingidas são coerentes com o ensaio de caracterização da armadura CA-50 de 16 mm.
Evidencia-se, portanto, que se atingiu a tensão de ruptura no aço na configuração 4
(Figura 106).
Capítulo 3. Programa experimental 139

Figura 106 – Ruptura do aço nos ensaios do grupo B, configuração 4

Fonte: produzido pelo autor em 03 dez. 2015

Em todos os 6 corpos de prova ensaiados, fissuras se iniciaram nas regiões das


juntas superior e inferior, com propagação para a região da emenda. Todas os corpos
de prova chegaram ao final do regime elástico sem o registro de fissuras, com uma delas
(B4-4) tendo o registro de primeira fissuração em força similar ao aparecimento da primeira
fissura.
As emendas foram consideradas inadequadas ao uso, em todos os corpos de prova,
por comprometimento do estado limite de serviço. As aberturas de fissuras na região da
emenda foram significativas para se atingir o estado limite de serviço. Não houve, no
entanto, nenhuma ruptura crítica antes de ser atingida a força nominal das armaduras,
100,6 MPa. As emendas continuaram a receber carga e sinalizar, por meio das fissuras, uma
iminente ruína. Em média, a força crítica na configuração 4 foi 9% superior em relação à
configuração de referência.
Com exceção dos corpos de prova já mencionadas de atingirem a ruptura da
Capítulo 3. Programa experimental 140

armadura, os demais corpos de prova (B4-4, B4-5 e B4-6) romperam por arrancamento da
armadura.
Observou-se também que as rupturas eram acompanhadas por destacamento de
partes do bloco, com a exposição da seção de graute rompida em padrão de hélice circular
(Figura 107), evidenciado a ação da hélice no conjunto da emenda por traspasse.

Figura 107 – Ruptura em padrão de hélice

Fonte: produzido pelo autor em 03 dez. 2015

A Figura 108 mostra as curvas de força por deslocamento para o grupo B, configu-
ração 4. As forças extraídas nos ensaios estão indicadas na Tabela 20.
Capítulo 3. Programa experimental 141

Figura 108 – Força por deslocamento para o grupo B, configuração 4

Fonte: produzido pelo autor

Tabela 20 – Forças nos ensaios do grupo B, configuração 4


Força B4-1 B4-2 B4-3 B4-4 B4-5 B4-6 Média Desvio CV
(kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (%)

F0 30,27 33,65 24,81 34,05 33,98 32,10 31,48 3,57 11,4


F1 98,78 88,30 98,34 103,50 104,97 99,75 98,94 5,86 5,9
F2 87,11 88,30 54,05 90,52 92,26 88,62 83,48 14,53 17,4
Fcrit 113,74 102,39 105,73 110,51 107,04 112,53 108,66 4,35 4,0
Frup 141,91 139,20 127,04 118,17 124,92 135,45 131,12 9,20 7,0
Ff inal 113,06 114,88 90,11 43,97 67,31 105,07 89,07 28,31 31,8

Fonte: produzido pelo autor

Notas: O significado de cada força está indicado na Tabela 13

Um dos extensômetros no corpo de prova número 3 foi danificado. Entretanto, de


uma maneira geral, pode-se observar porém que as deformações nos extensômetros locali-
zados nas juntas superior e inferior foram maiores que as deformações nos extensômetros
localizados na junta central. Este resultado era esperado, uma vez que na junta central
existe o dobro da armadura existente nas juntas superior e interior.
Capítulo 3. Programa experimental 142

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo B, configuração 4, amostra 1, está indicada na Figura 109.

Figura 109 – Curva de tensão por deslocamento por deformação para o grupo B, configu-
ração 4, amostra 1

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo B, configuração 4, amostra 2, está indicada na Figura 110.
Capítulo 3. Programa experimental 143

Figura 110 – Curva de tensão por deslocamento por deformação para o grupo B, configu-
ração 4, amostra 2

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo B, configuração 4, amostra 3, está indicada na Figura 111.
Capítulo 3. Programa experimental 144

Figura 111 – Curva de tensão por deslocamento por deformação para o grupo B, configu-
ração 4, amostra 3

Fonte: produzido pelo autor

3.7.8 Grupo B, configuração 8

Os ensaios do grupo B, configuração 8 (Figura 112), ocorreram aos 28 dias de suas


moldagens. Esta configuração também foi espaçada assim como na configuração E, porém
as armaduras foram confinadas por uma hélice circular com passo de 80 mm ao longo de
todo o comprimento de traspasse.
Capítulo 3. Programa experimental 145

Figura 112 – Ensaio do grupo B, configuração 8

Fonte: produzido pelo autor em 04 dez. 2015

Antes de se entrar no regime elástico, no registro da força de início do regime


elástico, houve um deslocamento médio de 10,4 mm da garra do equipamento. Neste
instante, houve o registo da força e deslocamento e passou-se a observar o aparecimento
de fissuras no corpo de prova.
A ruptura na configuração 4 foi atingida em todos os corpos de prova, porém houve
ruptura da armadura no primeiro corpo de prova ensaiado, B8-1. O ruído foi similar ao
obtido na ruptura da armadura quando na caracterização do aço, bem como nas rupturas
ocorridas nos corpos de prova B4-1 e B4-2. As tensões de ruptura atingidas são coerentes
com o ensaio de caracterização da armadura CA-50 de 16 mm.
Em todos os 6 corpos de prova ensaiados, fissuras se iniciaram nas regiões das
juntas superior e inferior, com propagação para a região da emenda. Todos os corpos
de prova chegaram ao final do regime elástico sem o registro de fissuras, com uma delas
(B8-2) tendo o registro de primeira fissuração em força similar ao aparecimento da primeira
Capítulo 3. Programa experimental 146

fissura.
As emendas foram consideradas inadequadas ao uso, em todos os corpos de prova,
por comprometimento do estado limite de serviço. As aberturas de fissuras na região da
emenda foram significativas para se atingir o estado limite de serviço. Não houve, no
entanto, nenhuma ruptura crítica antes de ser atingida a força nominal das armaduras,
100,6 kN. As emendas continuaram a receber carga e sinalizar, por meio das fissuras, uma
iminente ruína. Em média, a força crítica na configuração 4 foi 8% inferior em relação à
configuração de referência.
Com exceção dos corpos de prova já mencionados de atingir a ruptura da armadura,
os demais corpos de prova - B8-2, B8-3, B8-4, B8-5 e B8-6 - romperam por arrancamento
da armadura.
Observou-se também que as rupturas eram acompanhadas por destacamento de
partes do bloco, com a exposição da seção de graute rompida em padrão de hélice circular,
evidenciado a ação da hélice no conjunto da emenda por traspasse.
A Figura 113 mostra as curvas de força por deslocamento para o grupo B, configu-
ração 8. As forças extraídas nos ensaios estão indicadas na Tabela 21.

Figura 113 – Força por deslocamento para o grupo B, configuração 8

Fonte: produzido pelo autor


Capítulo 3. Programa experimental 147

Tabela 21 – Forças nos ensaios d%o grupo B, configuração 8


Força B8-1 B8-2 B8-3 B8-4 B8-5 B8-6 Média Desvio CV
(kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (%)

F0 25,05 34,88 32,28 35,51 36,05 37,00 33,46 4,42 13,2


F1 95,19 79,70 97,47 84,99 65,46 56,21 79,84 16,36 20,5
F2 79,17 74,05 80,84 84,99 63,69 55,31 73,01 11,35 15,5
Fcrit 107,04 91,92 111,12 87,90 82,84 70,46 91,88 15,21 16,6
Frup 141,28 126,03 140,01 119,57 131,22 133,55 131,94 8,29 6,3
Ff inal 117,34 90,19 61,67 119,57 72,26 78,33 89,89 23,98 26,7

Fonte: produzido pelo autor

Notas: O significado de cada força está indicado na Tabela 13

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo B, configuração 8, amostra 1, está indicada na Figura 114.

Figura 114 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B, configuração
8, amostra 1

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
Capítulo 3. Programa experimental 148

o grupo B, configuração 8, amostra 2, está indicada na Figura 115.

Figura 115 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B, configuração
8, amostra 2

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo B, configuração 8, amostra 3, está indicada na Figura 116.
Capítulo 3. Programa experimental 149

Figura 116 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B, configuração
8, amostra 3

Fonte: produzido pelo autor

3.8 Considerações sobre o programa experimental

A geometria adotada para os corpos de prova ensaiados foi ideal do ponto de vista
da moldagem e transporte. Os operários que trabalharam na confecção dos corpos de prova
não tiveram dificuldades em realizar a moldagem, e o transporte foi facilitado tanto no
canteiro quanto dentro do laboratório.
Especial atenção teve que ser aplicada no momento do lançamento do graute para
que as armaduras não se deslocassem e mantivessem a configuração para qual foram
projetadas.
Apesar do corpo de prova pesar aproximadamente 45 kg, sua manipulação por uma
só pessoa é arriscada, sendo sempre transportado e acoplado na máquina universal em
duas pessoas. A fixação nas garras por vezes foi dificultada devido à excentricidade das
armaduras, mais evidente nas configurações espaçadas.
O escorregamento das armaduras foi acompanhado pelo esfarelamento de parte
do graute ou da argamassa de assentamento utilizada na base dos corpos de prova em
sua moldagem. Isso obrigou a limpezas e engraxamento constantes entre ensaios para
que a garra se deslocasse com o menor atrito possível. A não limpeza e engraxamento
nos ensaios dos primeiros corpos de prova desperdiçou tempo, uma vez que assim que as
Capítulo 3. Programa experimental 150

garras paravam de se movimentar, o tempo para liberá-la era maior do que o aplicado nas
limpezas.
Em relação ao tempo de ensaio, cada corpo de prova foi ensaiado em aproxima-
damente 60 minutos na situação mais demorada, considerando todo o ciclo de ensaio:
acoplamento do corpo de prova, conexão dos extensômetros ao equipamento de conversão
de sinais, calibração dos extensômetros, ensaio e limpeza do equipamento. Para os corpos
de prova sem extensômetros, os ensaios foram realizados em aproximadamente 40 minutos,
20 minutos a menos do que o planejado.
Considerando todos os aspectos e o resultado alcançado, as escolhas dos materiais,
geometria dos corpos de prova e equipamentos utilizados se demonstraram viáveis para
esse tipo de investigação.
151

4 ANÁLISES

O programa experimental apresentado no Capítulo 3 contém o início das discussões


relativas ao que se foi observado no decorrer dos ensaios. Neste capítulo, analisam-se
os dados obtidos no programa experimental e extraem-se as informações pertinentes ao
objetivo do estudo.

4.1 Forças de interesse

Das seis forças extraídas das curvas de ensaio de tração nos corpos de prova
prismáticos, indicadas na Tabela 13, três são as principais forças de interesse: primeira
fissuração, crítica e ruptura.
Elas se destacam das demais por estarem mais relacionadas com o Estado Limite
de Serviço, nos casos das forças de primeira fissuração e forças críticas; e com o Estado
Limite Último, no caso da força de ruptura.
Análises mais detalhadas foram realizadas nas forças principais, enquanto em outras
forças a análise foi qualitativa, seja por falta de elementos que permitissem uma análise
quantitativa, seja por não relevância dentro do contexto das configurações.
As forças de início e final de regime elástico após o final do trecho de acomodação,
por exemplo, são relevantes quando se estuda a relação entre elas e os deslocamentos dos
extensômetros, o que se realiza na seção 4.3 e na seção 4.4.
As forças de final de curso foram coletadas apenas para registro, uma vez que o
final de curso da máquina universal foi definida igual em todos os ensaios. No caso de
ruptura do corpo de prova, a força foi registrada, caso contrário as forças de final de curso
foram idênticas à força de ruptura.
A importância de se estudar as forças de interesse no início das análises reside no
fato de elas serem recorrentes na interpretação do fenômeno estudado.

4.1.1 Forças de início do regime elástico

As forças de início do regime elástico, F0 , foram registradas assim que se iniciou o


regime considerado elástico linear.
Denomina-se trecho de acomodação aos pontos iniciais do gráfico força por deslo-
camento no qual o raio de curvatura é não infinito. Observou-se que neste deslocamento
inicial, havia uma correspondência tanto com as acomodações da máquina de ensaio
universal, quanto com a fixação das garras às armaduras. A parcela de acomodação devida
à fixação das garras foi mais acentuada nas barras espaçadas, possivelmente devido ao
Capítulo 4. Análises 152

maior desalinhamento das barras em relação ao equipamento.


Após o trecho de acomodação, não houve nenhum deslocamento da garra do
equipamento em relação às regiões das armaduras solidárias à garra.
Não foram identificados valores atípicos segundo a norma ASTM E178-08 (ASTM,
2008) para as forças de início de regime elástico nos ensaios do grupo A, com significância
5%. No grupo B, no entanto, os testes indicaram três corpos de prova com valores atípicos,
seguindo-se a mesma metodologia: o corpo de prova BE-6, o corpo de prova B4-3 e o corpo
de prova B8-1. Os resultados dos três corpos de prova não serão considerados sempre que
a análise for fundamentada nas forças de início do regime elástico.
Como não foi possível na pesquisa isolar o efeito da acomodação do equipamento do
efeito da fixação das garras às armaduras, não cabe realizar uma comparação quantitativa
das forças médias de início do regime elástico entre configurações distintas. Esta variável é
melhor comparada dentro da própria configuração, em combinação com os deslocamentos
nos extensômetros, por exemplo.
Qualitativamente, identifica-se que os deslocamentos iniciais foram mais significati-
vos para as configurações nas quais as emendas estavam espaçadas do que nas configurações
de referência. É evidente que o espaçamento entre barras promove não só a dificuldade no
alinhamento do corpo de prova, como também gera um binário no par de armaduras.
Estima-se, no entanto, que as armaduras não estarão diametralmente opostas entre
si na situação de aplicação real da solução. O peso próprio da armadura promove uma
curvatura da mesma ao longo do vazado, o que inviabiliza a situação diametralmente
oposta estudada na pesquisa, conforme se pode observar na Figura 117. A disposição das
armaduras na situação mais afastada foi relizada na intenção de se estudar o fenômeno na
situação menos favorável do ponto de vista da transferência de esforços entre as armaduras,
consequentemente a favor da segurança.
Capítulo 4. Análises 153

Figura 117 – Aplicação da emenda em situação real

Fonte: produzido pelo autor em 02 abr. 2015

A fotografia ilustra a aplicação da hélice circular na emenda por traspasse de


armadura vertical em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto. A barra à direita
provém do pavimento inferior, enquanto a barra à esquerda foi lançada após a elevação
completa da alvenaria no pavimento estudado. Observa-se que o espaçamento entre barra é
inferior ao diâmetro interno da seção transversal ao comprimento da hélice. Esta situação
foi consistente em todos os 16 pontos observados neste pavimento.
Foram registrados os deslocamentos iniciais associados às forcas de início do regime
elástico. Tais deslocamentos serão uteis na subseção em que se estudará as curvas de força
por deslocamento sem o trecho de acomodação inicial. Considera-se também combinar os
deslocamentos iniciais e as deformações nos extensômetros, no intuito de se compreender
melhor o fenômeno estudado.

4.1.2 Forças de primeira fissuração

As forças de primeira fissuração, F1 , foram aquelas nas quais se registrou a primeira


fissuração na região das emendas por traspasse estudadas. A rigor, em algumas situações
a primeira fissuração no CPP ocorreu na região das juntas de assentamento superior e
inferior, não pertinentes à emenda por traspasse estudada.
Os trechos de 10 cm foram construídos nas extremidades dos CPP com a intenção
de se promover uma melhor distribuição dos esforços (KANıT; DOUML, 2010) antes destes
atingirem a região das emendas, considerada a região composta pelos dois blocos de 20 cm
de altura cada, separados por uma junta de argamassa intermediária. Considerou-se como
Capítulo 4. Análises 154

primeira fissuração as fissuras que apareceram na região da emenda por traspasse, com o
registro realizado em cada corpo de prova ensaiado.
O registro desta força é importante para que se possam analisar as configurações
do ponto de vista da propensão aos problema patológicos gerados pelos esforços de tração.
Regiões adjacentes às aberturas na alvenaria, por exemplo, possuem maior probabilidade
de ruptura por tração. Uma maior resistência à primeira fissuração pode indicar uma
menor probabilidade de problema patológicos relativos às fissuras nos cantos de aberturas.
Não foram identificados valores atípicos segundo a norma ASTM E178-08 (ASTM,
2008) para as forças de primeira fissuração nos ensaios, com significância 5%, de modo
que todos os dados podem ser utilizados nos cálculos e análises subsequentes.
Foram realizadas análises de variância (MILONE, 2004) no intuito de serem
comparadas as diferenças significativas entre as forças de primeira fissuração em cada
grupo, com significância 5%.
O teste de hipótese aplicado foi em relação à igualdade das médias nas configurações
do grupo A e do grupo B.
Para o caso das médias das forças de primeira fissuração do grupo A, a hipótese
inicial com significância 5% é:

H0 : F1,AR = F1,AE = F1,A4 = F1,A8

A Tabela 22 apresenta o resumo dos dados das forças de primeira fissuração no


grupo A, enquanto a Tabela 23 apresenta a análise de variância para o mesmo grupo.

Tabela 22 – Resumo dos dados das força de


primeira fissuração no grupo A
Grupo Contagem Soma Média Variância

AR 6 311,95 51,99 261,5021


AE 6 287,18 47,86 170,5143
A4 6 353,52 58,92 29,0556
A8 6 338,23 56,37 84,6528

Fonte: produzido pelo autor


Capítulo 4. Análises 155

Tabela 23 – Análise de variância das força de primeira fissuração no


grupo A
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 428,047 3 142,682 1,04582 0,39396 3,09839


Dentro dos grupos 2728,624 20 136,431

Total 3156,672 23

Fonte: produzido pelo autor

Notas: SQ: Soma dos quadrados.


gl: Graus de liberade.
MQ: Média quadrada.
.

Conforme se pode observar na Tabela 23, pode-se afirmar, com significância 5%,
que os valores médios das forças de primeira fissuração no grupo A são iguais a 54,82 kN
com desvio padrão de 12,15 kN, o que corresponde a um coeficiente de variação de 22%.
Do ponto de visto estatístico, não é possível encontrar diferenças entre as forças
de primeira fissuração nas configurações estudas, ao se aplicar o método da análise de
variâncias (MILONE, 2004).
Para o caso das médias das forças de primeira fissuração do grupo B, a hipótese
inicial com significância 5% é:

H0 : F1,BR = F1,BE = F1,B4 = F1,B8

A Tabela 24 apresenta o resumo dos dados das forças críticas no grupo B, enquanto
a Tabela 25 apresenta a análise de variância para o mesmo grupo.

Tabela 24 – Resumo dos dados das força de


primeira fissuração no grupo B
Grupo Contagem Soma Média Variância

BR 6 587,32 97,89 75,5880


BE 6 390,63 65,11 191,8216
B4 6 593,64 98,94 34,2812
B8 6 479,02 79,84 267,6285

Fonte: produzido pelo autor


Capítulo 4. Análises 156

Tabela 25 – Análise de variância das força de primeira fissuração no


grupo B
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 4692,474 3 1564,158 10,98967 0,00018 3,09839


Dentro dos grupos 2846,597 20 142,330

Total 7539,071 23

Fonte: produzido pelo autor

Notas: SQ: Soma dos quadrados.


gl: Graus de liberade.
MQ: Média quadrada.
.

No caso do grupo B, não pode-se afirmar que os valores médios das forças críticas
são iguais, com significância 5%.
Procedeu-se então ao estudo de das combinações das forças de primeira fissuração
sem repetição, dois a dois. Verificou-se a equivalências entre as variâncias de cada amostra
segundo o Teste-F (SNEDECOR; COCHRAN, 1989) com significância 5%. De acordo com
o resultado, realizou-se o teste de hipótese para as médias de duas populações independentes
e com variâncias equivalentes ou diferentes, ainda segundo Snedecor e Cochran (1989) e
com significância 5%.
Os dados principais estão apresentados na Tabela 26.

Tabela 26 – Testes F e de hipótese para as combinações de forças de primeira


fissuração médias do grupo B com significância 5%
Combinação Variâncias Stat t t crítico unicaudal t crítico bicaudal Resultado

BE - BR equivalentes -4,9104 -1,8125 -2,2281 BE < BR


B4 - BR equivalentes 0,2462 1,8125 2,2281 B4 = BR
B8 - BR equivalentes -2,3865 -1,8125 -2,2281 B8 < BR
BE - B4 diferentes -5,5117 -1,8946 -2,3646 BE < B4
BE - B8 equivalentes -1,6835 -1,8125 -2,2281 BE = B8
B4 - B8 diferentes 2,6931 1,9432 2,4469 B4 > B8

Fonte: produzido pelo autor

A interpretação dos dados leva em consideração a significância 5% nos cálculos


tanto da equivalência entre variâncias quanto da hipótese de igualdade entre médias.
Observa-se que, em relação à configuração de referência, as configurações E e 8
possuem forças de primeira fissuração inferiores, enquanto a configuração 4 é equivalente à
Capítulo 4. Análises 157

configuração de referência.
A configuração E é inferior à configuração 4 e equivalente à configuração 8. O teste
de hipótese indica que a configuração 4 é superior à configuração 8, do ponto de vista das
forças de primeira fissuração médias.
A observação das forças médias indicadas na Tabela 24 indica que a configuração
E é a menos adequada do ponto de vista da primeira fissuração, uma vez que ela se
manifestou em uma força 33% menor do que na situação de referência.
A configuração 8 também manifestou uma primeira fissuração em uma força média
inferior à força de referência. Ainda que o valor tenha sido superior à configuração E, a
força média de primeira fissuração foi 18% menor do que a força média na situação de
referência.
A configuração 4, no entanto, foi a única que manteve a força média de primeira
fissuração compatível com a situação de referência. Com 98,94 kN em comparação com
97,89 kN na situação de referência, pode-se considerar que ambas as forças são iguais, com
significância 5%.
Conclui-se, portanto, que a configuração 4 é a única adequada e equivalente à
configuração de referência, do ponto de visa das forças de primeira fissuração.

4.1.3 Forças de final do regime elástico

As forças de final do regime elástico, F2 , foram identificadas nas curvas assim que
os corpos de prova ensaiados não mais demonstraram um comportamento elástico linear.
A importância deste dado está no estudo do módulo de deformação dos corpos de prova
prismáticos e comparação com os módulos de elasticidade do aço utilizado e caracterizado
nos ensaios.
Não foram identificados valores atípicos segundo a norma ASTM E178-08 (ASTM,
2008) para as forças de final de regime elástico nos ensaios do grupo A, com significância
5%. No grupo B, no entanto, os testes indicaram um corpo de prova com força atípica,
também com significância 5%: o corpo de prova B4-3. Este corpo de prova será descartado
sempre que a análise for fundamentada nas forças de final do regime elástico.
No intuito de se avaliar a equivalência das médias entre as configurações de cada
grupo, procedeu-se à análise de variância (MILONE, 2004) para a determinação de
diferenças significativas entre as forças críticas médias nas configurações de cada grupo.
O teste de hipótese aplicado foi em relação à igualdade das médias nas configurações
do grupo A e do grupo B.
Para o caso das médias das forças críticas do grupo A, a hipótese inicial com
significância 5% é:
Capítulo 4. Análises 158

H0 : F2,AR = F2,AE = F2,A4 = F2,A8

A Tabela 27 apresenta o resumo dos dados das forças críticas no grupo A, enquanto
a Tabela 28 apresenta a análise de variância para o mesmo grupo.

Tabela 27 – Resumo dos dados das forças de


final de regime elástico no grupo
A
Grupo Contagem Soma Média Variância

AR 6 354,33 59,06 16,8298


AE 6 337,28 56,21 30,7849
A4 6 318,42 53,07 4,4260
A8 6 305,69 50,95 37,8647

Fonte: produzido pelo autor

Tabela 28 – Análise de variância das forças de final de regime elástico


no grupo A
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 227,573 3 75,858 3,37500 0,03867 3,09839


Dentro dos grupos 449,528 20 22,476

Total 677,101 23

Fonte: produzido pelo autor

Notas: SQ: Soma dos quadrados.


gl: Graus de liberade.
MQ: Média quadrada.
.

No caso do grupo A, pode-se afirmar, com significância 5%, que os valores médios
das forças de final de regime elástico nos grupos A são distintas.
Para o caso das médias das forças de final de regime elástico do grupo B, a hipótese
inicial com significância 5% é:

H0 : F2,BR = F2,BE = F2,B4 = F2,B8

A Tabela 29 apresenta o resumo dos dados das forças críticas no grupo B, enquanto
a Tabela 30 apresenta a análise de variância para o mesmo grupo.
Capítulo 4. Análises 159

Tabela 29 – Resumo dos dados das forças de


final de regime elástico no grupo
B
Grupo Contagem Soma Média Variância

BR 6 541,39 90,23 65,1013


BE 6 390,46 65,08 191,5861
B4 5 446,81 89,36 4,1223
B8 6 438,05 73,01 128,8018

Fonte: produzido pelo autor

Tabela 30 – Análise de variância das forças de final de regime elástico


no grupo B
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 2672,309 3 890,770 8,70637 0,00077 3,12735


Dentro dos grupos 1943,935 19 102,312

Total 4616,244 22

Fonte: produzido pelo autor

Notas: SQ: Soma dos quadrados.


gl: Graus de liberade.
MQ: Média quadrada.
.

A análise de variância das forças de final de regime elástico no grupo B indica, com
significância 5%, que os valores médios observados entre as configurações são distintos.

4.1.4 Forças críticas

Como principal dado considerado nas ensaios de tração das emendas por traspasse,
a força crítica, Fcrit , foi a utilizada como critério de inadequação da emenda por traspasse
por ser atingido o ser atingido o Estado Limite de Serviço (ELS).
A identificação de forças críticas atípicas foi realizada segundo a metodologia da
norma ASTM 178-08 (ASTM, 2008). Todas os corpos de prova ensaiados podem ser
considerados representativos do experimento, com significância 5%.
Análises de variância (MILONE, 2004) foram realizadas para a determinação de
diferenças significativas entre as forças críticas médias nas configurações de cada grupo.
O teste de hipótese aplicado foi em relação à igualdade das médias nas configurações
do grupo A e do grupo B.
Capítulo 4. Análises 160

Para o caso das médias das forças críticas do grupo A, a hipótese inicial com
significância 5% é:

H0 : Fcrit,AR = Fcrit,AE = Fcrit,A4 = Fcrit,A8

A Tabela 31 apresenta o resumo dos dados das forças críticas no grupo A, enquanto
a Tabela 32 apresenta a análise de variância para o mesmo grupo.

Tabela 31 – Resumo dos dados das forças crí-


ticas no grupo A
Grupo Contagem Soma Média Variância

AR 6 343,91 57,32 120,5571


AE 6 319,54 53,26 147,6918
A4 6 375,82 62,64 6,0979
A8 6 364,52 60,75 46,7170

Fonte: produzido pelo autor

Tabela 32 – Análise de variância das forças críticas no grupo A


Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 306,469 3 102,156 1,27272 0,31071 3,09839


Dentro dos grupos 1605,319 20 80,266

Total 1911,788 23

Fonte: produzido pelo autor

Notas: SQ: Soma dos quadrados.


gl: Graus de liberade.
MQ: Média quadrada.
.

No caso do grupo A, pode-se afirmar, com significância 5%, que os valores médios
das forças críticas nos grupos A são iguais. Portanto, do ponto de vista da análise de
variâncias, não há como diferenciar as forças críticas entre as configurações estudadas.
Para o caso das médias das forças críticas do grupo B, a hipótese inicial com
significância 5% é:

H0 : Fcrit,BR = Fcrit,BE = Fcrit,B4 = Fcrit,B8

A Tabela 33 apresenta o resumo dos dados das forças críticas no grupo B, enquanto
a Tabela 34 apresenta a análise de variância para o mesmo grupo.
Capítulo 4. Análises 161

Tabela 33 – Resumo dos dados das forças crí-


ticas no grupo B
Grupo Contagem Soma Média Variância

BR 6 596,80 99,47 66,1279


BE 6 432,71 72,12 177,3461
B4 6 651,94 108,66 18,9456
B8 6 551,28 91,88 231,2766

Fonte: produzido pelo autor

Tabela 34 – Análise de variância das forças críticas no grupo B


Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 4345,462 3 1448,487 11,73586 0,00012 3,09839


Dentro dos grupos 2468,481 20 123,424

Total 6813,943 23

Fonte: produzido pelo autor

Notas: SQ: Soma dos quadrados.


gl: Graus de liberade.
MQ: Média quadrada.
.

No caso do grupo B, não pode-se afirmar que os valores médios das forças críticas
são iguais. A análise de variância foi refeita, desconsiderando a configuração E, com a
seguinte hipótese com significância 5%.

H0 : Fcrit,BR = Fcrit,B4 = Fcrit,B8

A Tabela 35 apresenta os resultados da análise de variância.


Capítulo 4. Análises 162

Tabela 35 – Análise de variância das forças críticas no grupo B,


excluindo-se a configuração E
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 846,940 2 423,470 4,01584 0,04011 3,68232


Dentro dos grupos 1581,750 15 105,450

Total 2428,691 17

Fonte: produzido pelo autor

Notas: SQ: Soma dos quadrados.


gl: Graus de liberade.
MQ: Média quadrada.

Conforme se pode observar, apesar do fator F ter sido reduzido significativamente


em comparação com a análisa feita na Tabela 34, ele ainda se encontra na região de rejeição
da hipótese com significância 5%.
Para a identificação das relações entre as forças críticas das configurações ensaiadas,
considerou-se a combinação sem repetição, dois a dois. Verificou-se a equivalências entre
as variâncias de cada amostra segundo o Teste-F (SNEDECOR; COCHRAN, 1989) com
significância 5%. De acordo com o resultado, realizou-se o teste de hipótese para as médias
de duas populações independentes e com variâncias equivalentes ou diferentes, ainda
segundo Snedecor e Cochran (1989) e com significância 5%.
Os dados principais estão apresentados na Tabela 36.

Tabela 36 – Testes F e de hipótese para as combinações de forças críticas médias


do grupo B com significância 5%
Combinação Variâncias Stat t t crítico unicaudal t crítico bicaudal Resultado

BE - BR equivalentes -4,2932 -1,8125 -2,2281 BE < BR


B4 - BR equivalentes 2,4406 1,8125 2,2281 B4 > BR
B8 - BR equivalentes -1,0776 -1,8125 -2,2281 B8 = BR
BE - B4 differentes -6,3881 -1,9432 -2,4469 BE < B4
BE - B8 equivalentes -2,3946 -1,8125 -2,2281 BE < B8
B4 - B8 differentes 2,5979 1,9432 2,4469 B4 > B8

Fonte: produzido pelo autor

A interpretação dos dados leva em consideração a significância 5% nos cálculos


tanto da equivalência entre variâncias quanto da hipótese de igualdade entre médias.
Do ponto de vista das forças críticas médias em relação à configuração de referência,
Capítulo 4. Análises 163

a configuração E é inferior enquanto a configuração 8 pode ser considerada equivalente.


A configuração 4, no entanto, possui forças médias críticas superiores em relação à
configuração de referência.
A configuração E é inferior tanto à configuração 4 quanto à configuração 8. O teste
de hipótese indica ainda que a configuração 4 é superior à configuração 8, do ponto de
vista das forças críticas médias.
Considerando-se os valores médios das forças críticas no grupos A, expostos na
Tabela 31, observa-se que a força crítica na configuração E foi inferior à configuração de
referência. A configuração 8 possui força crítica equivalente à configuração de referência,
enquanto na configuração 4, a força crítica é superior à de referência.
Em relação aos valores médios das forças críticas no grupo B, expostos na tabela
Tabela 33, a configuração 4 obteve força crítica 9% maior do que a configuração de
referência, enquanto a configuração 8 obteve força crítica 8% menor do que a configuração
de referência.
Do ponto de vista da segurança estrutural da emenda por traspasse, a configuração
4 é a mais indicada.

4.1.5 Forças de ruptura

As forças de ruptura, Frupt , são de importância significativa para a compreensão do


fenômeno estudado, uma vez que elas permitem a análise do corpo de prova por meio do
Estado Limite Último (ELU). A força de ruptura pode ser comparada com a caracterização
das armaduras de aços e, com isto, verificado o comportamento da emenda por traspasse.
Considera-se como ruptura as forças que são significativamente distintas das forças
de final de curso. Apesar de todas os corpos de prova terem atingido a ruptura no grupo
B, o mesmo não se pode dizer de todos os corpos de prova do grupo A. Alguns corpos
de prova chegaram ao final de curso da máquina universal sem o rompimento da emenda.
Estes valores foram descartados da análise.
A análise das forças de ruptura no grupo A foi prejudicada pelo fato de que poucos
corpos de prova atingiram a ruptura: 4 na configuração R, 2 na configuração E, nenhum
na configuração 4 e 2 na configuração 8. Com uma amostra limitada, análises estatísticas
são prejudicadas e nada se pode afirmar quantitativamente a respeito das configurações
das forças de ruptura do grupo A. Qualitativamente, percebe-se que nenhum corpo de
prova da configuração 4 atingiu a ruptura, o que sugere uma emenda por traspasse mais
resistente em relação às demais configurações.
Agrupando-se os 8 elementos em um único conjunto, identifica-se que o corpo de
prova AE-6 possui uma força de ruptura atípica de acordo com a norma ASTM 178-08
(ASTM, 2008) com significância 5%, doravante descartada em análises. O valor médio das
Capítulo 4. Análises 164

forças de ruptura a ser considerado para o grupo A é de 73,90 kN, com desvio padrão de
6,19 kN, ou coeficiente de variação de 8%.
No grupo B não foram identificados pontos atípicos seguindo a metodologia da
norma ASTM 178-08 (ASTM, 2008), com significância 5%.
Análises de variância (MILONE, 2004) foram realizadas com o objetivo de serem
comparadas as diferenças significativas entre as forças de ruptura das configurações
estudadas no grupo B.
O teste de hipótese aplicado foi em relação à igualdade das médias nas configurações
do grupo B. A hipótese inicial comsignificância 5% é:

H0 : Frup,BR = Frup,BE = Frup,B4 = Frup,B8

A Tabela 37 apresenta o resumo dos dados das forças críticas no grupo B, enquanto
a Tabela 38 apresenta a análise de variância para o mesmo grupo.

Tabela 37 – Resumo dos dados das forças de


ruptura no grupo B
Grupo Contagem Soma Média Variância

BR 6 775,44 129,24 31,2967


BE 6 588,46 98,08 205,2622
B4 6 786,69 131,12 84,6496
B8 6 791,66 131,94 68,6832

Fonte: produzido pelo autor

Tabela 38 – Análise de variância das forças de ruptura no grupo B


Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 4831,719 3 1610,573 16,52328 0,00001 3,09839


Dentro dos grupos 1949,459 20 97,473

Total 6781,177 23

Fonte: produzido pelo autor

Notas: SQ: Soma dos quadrados.


gl: Graus de liberade.
MQ: Média quadrada.
.

No caso do grupo B, não pode-se afirmar que os valores médios das forças de
Capítulo 4. Análises 165

ruptura são iguais. A análise de variância foi refeita, desconsiderando-se a configuração E,


com a seguinte hipótese com significância 5%.

H0 : Fcrit,BR = Fcrit,B4 = Fcrit,B8

A Tabela 39 apresenta os resultados da análise de variância.

Tabela 39 – Análise de variância das forças de ruptura no grupo B,


excluindo-se a configuração E
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 23,020 2 11,510 0,18702 0,83133 3,68232


Dentro dos grupos 923,148 15 61,543

Total 946,167 17

Fonte: produzido pelo autor

Notas: SQ: Soma dos quadrados.


gl: Graus de liberade.
MQ: Média quadrada.

Conforme se pode observar, as configurações R, 4 e 8 são equivalentes no que diz


respeito à força de ruptura média, com significância 5%.
Como confirmação deste fato, dada a importância da força de ruptura na análise
do fenômeno estudado, buscou-se a identificação das relações entre as forças críticas
das configurações ensaiadas, com a combinação sem repetição, dois a dois. Verificou-se
a equivalências entre as variâncias de cada amostra segundo o Teste-F (SNEDECOR;
COCHRAN, 1989) com significância 5%. De acordo com o resultado, realizou-se o teste de
hipótese para as médias de duas populações independentes e com variâncias equivalentes
ou diferentes, ainda segundo Snedecor e Cochran (1989) e com significância 5%.
Os dados principais estão apresentados na Tabela 36.
Capítulo 4. Análises 166

Tabela 40 – Testes F e de hipótese para as combinações de forças de ruptura


médias do grupo B com significância 5%
Combinação Variâncias Stat t t crítico unicaudal t crítico bicaudal Resultado

BE - BR diferentes -4,9631 -1,8125 -2,2281 BE < BR


B4 - BR equivalentes 0,4265 1,8125 2,2281 B4 = BR
B8 - BR equivalentes 0,6622 1,8125 2,2281 B8 = BR
BE - B4 equivalentes -4,7529 -1,8125 -2,2281 BE < B4
BE - B8 equivalentes -5,0121 -1,8125 -2,2281 BE < B8
B4 - B8 equivalentes -0,1639 -1,8125 -2,2281 B4 = B8

Fonte: produzido pelo autor

A interpretação dos dados leva em consideração a significância 5% nos cálculos


tanto da equivalência entre variâncias quanto da hipótese de igualdade entre médias.
Conforme indicado na análise de variância, pode-se considerar as forças de ruptura
equivalentes entre as configurações R, 4 e 8, enquanto a configuração E é inferior às demais.
A força de ruptura média a ser considerada nas análises subsequentes para o grupo
B, excluindo-se a configuração E, é de 130,77 kN, com desvio padrão de 7,46 kN, ou
coeficiente de variação de 5%.
A força de ruptura média na configuração E foi de 98,08 kN, com desvio padrão de
14,33 kN, ou coeficiente de varação de 15%. Em valores médios, a configuração E atingiu
a ruptura com força 25% inferior às demais.

4.1.6 Forças de final do curso

Conforme já exposto nas subseções anteriores das forças de interesse, a força de


final de curso, Ff inal , provê pouca margem para análises. Uma vez que todos os corpos de
prova do grupo B atingiram a ruptura, estas foram descartadas das análises. As forças de
final de curso podem ser interessantes apenas no grupo A, em possível comparação com a
curva de caracterização da armadura de aço de 12,5 mm.
Apenas os corpos de prova que não atingiram a ruptura foram considerados com
forças finais: 2 corpos de prova na configuração R, 4 corpos de prova na configuração E,
todos os corpos de prova da configuração 4 e apenas um corpo de prova na configuração 8.
Como não há elementos para uma análise de variância, agruparam-se as configu-
rações e não se identificaram pontos atípicos seguindo a metodologia da norma ASTM
178-08 (ASTM, 2008), com significância 5%.
A força média final dos 18 elementos é 56,02 kN, com desvio padrão de 9,48 kN,
ou coeficiente de variação de 17%.
Capítulo 4. Análises 167

4.2 Remoção da trecho de acomodação

Cada força de início do regime elástico, identificada na subseção 4.1.1, possui como
abscissa o deslocamento correspondente. Todos os pontos inferiores ao par ordenado foram
removidos, de modo a se obter um comportamento linear entre a origem do gráfico e o
início do regime elástico.
A Tabela 41 contém os deslocamentos considerados para o grupo A, enquanto a
Tabela 42 contém os deslocamentos considerados para o grupo B. Foram excluídos dos
cálculos os corpos de prova BE-6, B4-3 E B8-1; identificados como forças atípicas no início
do regime elástico.

Tabela 41 – Deslocamentos de início do regime elástico identificados no grupo A


Amostra Esp. 1 Esp. 2 Esp. 3 Esp. 4 Esp. 5 Esp. 6 Média Desvio CV
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (%)

AR 3,353 5,555 5,470 5,135 6,624 6,793 5,488 1,239 22,6%


AE 13,443 13,319 15,363 12,154 9,548 13,979 12,968 1,973 15,2%
A4 9,654 13,183 6,967 19,137 12,016 16,022 12,830 4,364 34,0%
A8 9,162 10,453 9,443 12,508 10,600 11,997 10,694 1,339 12,5%

Fonte: produzido pelo autor

Tabela 42 – Deslocamentos de início do regime elástico identificados no grupo B


Amostra Esp. 1 Esp. 2 Esp. 3 Esp. 4 Esp. 5 Esp. 6 Média Desvio CV
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (%)

BR 6,869 9,392 7,033 8,223 8,914 5,870 7,717 1,349 17,5%


BE 13,364 27,449 13,791 7,903 10,513 - 14,604 7,564 51,8%
B4 12,225 13,138 - 15,233 16,363 12,431 13,878 1,829 13,2%
B8 - 11,402 7,723 7,390 17,318 8,768 10,520 4,113 39,1%

Fonte: produzido pelo autor

Observa-se que houve um coeficiente de variação elevado no deslocamento inicial


no corpo de prova. Do ponto de vista dos valores médios, observa-se que as configurações
com armaduras espaçadas possuíram deslocamentos superiores em relação às configurações
de referência.
Identificou-se apenas um valor atípico nos conjuntos de dados de acordo com a
metodologia da norma ASTM 178-08 (ASTM, 2008), com significância 5%. O corpo de
prova BE-2 foi removido dos cálculos subsequentes.
Os valores médios calculados na Tabela 43 e Tabela 44 serão utilizados de agora
em diante para caracterização dos deslocamentos iniciais em cada amostra.
Capítulo 4. Análises 168

Tabela 43 – Valores médios dos


deslocamentos de iní-
cio do regime elástico
identificados no grupo
A
Amostra Média Desvio CV
(mm) (mm) (%)

AR 5,488 1,239 22,6%


AE 12,968 1,973 15,2%
A4 12,830 4,364 34,0%
A8 10,694 1,339 12,5%

Fonte: produzido pelo autor

Tabela 44 – Valores médios dos


deslocamentos de iní-
cio do regime elástico
identificados no grupo
B
Amostra Média Desvio CV
(mm) (mm) (%)

BR 7,717 1,349 17,5%


BE 11,393 2,744 24,1%
B4 13,878 1,829 13,2%
B8 10,520 4,113 39,1%

Fonte: produzido pelo autor

Análises de variância (MILONE, 2004) foram realizadas para a confirmação dos


indícios que o deslocamento de início do regime elástico se dá pelo afastamento entre
armaduras.
O teste de hipótese aplicado foi em relação à igualdade das médias nas configurações
do grupo A e do grupo B.
Para o caso das médias dos deslocamentos iniciais do grupo A, a hipótese inicial
com significância 5% é:

H0 : F0,AE = F0,A4 = F0,A8

A Tabela 45 apresenta a análise de variância para o grupo A.


Capítulo 4. Análises 169

Tabela 45 – Análise de variância do deslocamento inicial no grupo


A
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 19,504 2 9,752 1,18300 0,33338 3,68232


Dentro dos grupos 123,649 15 8,243

Total 143,153 17

Fonte: produzido pelo autor

Notas: SQ: Soma dos quadrados.


gl: Graus de liberade.
MQ: Média quadrada.
.

Observa-se que os deslocamentos iniciais no grupo A são equivalentes entre as


configurações E, 4 e 8; com significância 5%.
Para o caso das médias dos deslocamentos iniciais do grupo B, a hipótese inicial
com significância 5% é:

H0 : F0,BE = F0,B4 = F0,B8

A Tabela 46 apresenta a análise de variância para o grupo B.

Tabela 46 – Análise de variância do deslocamento inicial no grupo B


Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 30,045 2 15,022 1,59419 0,24662 3,98230


Dentro dos grupos 103,655 11 9,423

Total 133,700 13

Fonte: produzido pelo autor

Notas: SQ: Soma dos quadrados.


gl: Graus de liberade.
MQ: Média quadrada.
.

Observa-se que os deslocamentos iniciais no grupo B são equivalentes entre as


configurações E, 4 e 8; com significância 5%.
Há indícios, portanto, que o espaçamento entre armaduras contribui para um
deslocamento inicial mais elevado antes de se atingir o regime considerado elástico linear
na emenda por traspasse.
Capítulo 4. Análises 170

4.3 Deformações nos extensômetros

As deformações coletadas nos três primeiros corpos de prova de cada configuração


ensaiada não permitiram extrair quantitativamente o módulo de deformação do corpo de
prova ou módulo de elasticidade no traspasse. Variabilidades provenientes de interferências
externas afetaram a qualidade dos dados finais.
Qualitativamente, no entanto, é possível observar que os extensômetros localizados
nas armaduras das seções transversais das juntas superior e inferior sofreram deformações
iniciais maiores do que os extensômetros localizados nas armaduras das seções transversais
das juntas intermediárias. Este comportamento foi consistente ao longo das configurações
e grupos ensaiados, confirme se pode observar na curva de tensão por deformação para o
corpo de prova A4-1, indicada na Figura 118, ilustra as deformações iniciais comentadas.

Figura 118 – Maiores deformações iniciais nos extensômetros I1 e S2

Fonte: produzido pelo autor

O escoamento do aço detectado pelos extensômetros localizados nas armaduras


das seções transversais superior e inferior se iniciou antes do que o escoamento nos
extensômetros localizados nas armaduras da seção intermediária. Este comportamento
indica que, na seção da junta intermediária, o aço está sendo menos demandado do que o
aço das seções das juntas superior e inferior.
De fato, com uma área líquida média de 298,0 cm2 , cada vazado do bloco possui
124 cm2 , suficiente para que graute suporte uma força média de 26,8 kN no grupo A e de
Capítulo 4. Análises 171

35,7 kN no grupo B, quando se considera o fct,m com base nos resultados de tração por
compressão diametral obtidos na subseção 3.6.4.2.

4.4 Trecho elástico linear

Para a determinação das curvas características, foram calculadas as inclinações dos


trechos considerados elástico lineares, de modo a se deslocar as curvas para a esquerda
dos gráficos e, por consequência, eliminar o trecho de acomodação inicial.
Apesar de não ser possível calcular a derivada da força em relação à deformação, a
derivada da força em relação ao deslocamento evidencia o comportamento mais ou menos
elástico dos corpos de prova prismáticos, o que pode indicar a influência da hélice circular
no conjunto estudado.
Os dados para o grupo A estão expostos na Tabela 47, enquanto os do grupo B
estão expostos na Tabela 48.

Tabela 47 – Derivada da força em relação ao deslocamento para o grupo A


Amostra Esp. 1 Esp. 2 Esp. 3 Esp. 4 Esp. 5 Esp. 6 Média Desvio CV

AR 8,569 7,692 6,741 8,378 7,520 7,651 7,759 0,656 8,5%


AE 6,034 7,103 6,750 6,335 7,387 7,583 6,865 0,605 8,8%
A4 7,492 7,317 7,334 18,009 7,708 7,449 9,218 4,309 46,7%
A8 7,814 8,152 6,979 6,486 8,008 7,872 7,552 0,664 8,8%

Fonte: produzido pelo autor

Tabela 48 – Derivada da força em relação ao deslocamento para o grupo B


Amostra Esp. 1 Esp. 2 Esp. 3 Esp. 4 Esp. 5 Esp. 6 Média Desvio CV

BR 11,718 10,596 11,906 12,711 11,094 12,840 11,811 0,881 7,5%


BE 9,243 9,854 10,241 11,537 11,247 11,161 10,547 0,908 8,6%
B4 10,745 11,786 5,646 9,335 10,723 10,388 9,770 2,168 22,2%
B8 10,368 11,028 11,067 11,545 11,653 11,408 11,178 0,470 4,2%

Fonte: produzido pelo autor

Os corpos de prova detacados em negrito nas tabelas anteriores, A4-4 e B4-3, foram
identificados como atípicos de acordo com a metodologia indicada pela norma ASTM
178-08 (ASTM, 2008), com significância 5%.
As médias calculadas para o grupo A, sem o corpo de prova indicado, estão expostas
na Tabela 49, enquanto as médias calculadas para o grupo B, sem o corpo de prova indicado,
estão expostas na Tabela 50.
Capítulo 4. Análises 172

Tabela 49 – Valores médios da de-


rivada da força em
relação ao desloca-
mento para o grupo
A
Amostra Média Desvio CV

AR 7,759 0,656 8,5%


AE 6,865 0,605 8,8%
A4 7,460 0,157 2,1%
A8 7,552 0,664 8,8%

Fonte: produzido pelo autor

Tabela 50 – Valores médios da de-


rivada da força em
relação ao desloca-
mento para o grupo
B
Amostra Média Desvio CV

BR 11,811 0,881 7,5%


BE 10,547 0,908 8,6%
B4 10,595 0,878 8,3%
B8 11,178 0,470 4,2%

Fonte: produzido pelo autor

Pode-se observar que os valores médios não se distinguem significativamente dentro


do mesmo grupo. Com um coeficiente de variação baixo, os valores médios indicam que a
hélice circular não altera o módulo de elasticidade da emenda por traspasse.

4.5 Curvas características

As curvas características dos ensaios foram agrupadas em relação à configuração


estudada de maneira a permitir não só a escolha de uma curva representativa da confi-
guração ensaiada no grupo, mas também ao cálculo da integral da força em relação ao
deslocamento. Este valor foi utilizado como indício da energia absorvida pela emenda por
traspasse.
Assim como na comparação entre os trechos elástico lineares na seção 4.4, não
foram contabilizadas as deformações nos corpos de prova ensaiados. Pode-se realizar, no
entanto, um cálculo comparativo em relação à configuração de referência no grupo pode
Capítulo 4. Análises 173

prover indícios de uma emenda por traspasse mais ou menos favorável em relação à energia
absorvida.
Apresenta-se, na Figura 119, as curvas de força por deslocamento para o grupo A,
configuração R.

Figura 119 – Curvas de força por deslocamento para o grupo A, configuração R

Fonte: produzido pelo autor

A soma das áreas gerou uma média de 1984,670 kN · mm, com um desvio padrão
de 629,417 kN · mm, ou coeficiente de variação de 31,7%. O corpo de prova AR-1 foi
escolhido como representativo desta configuração.
Apresenta-se, na Figura 120, as curvas de força por deslocamento para o grupo A,
configuração E.
Capítulo 4. Análises 174

Figura 120 – Curvas de força por deslocamento para o grupo A, configuração E

Fonte: produzido pelo autor

A soma das áreas gerou uma média de 1443,690 kN · mm, com um desvio padrão
de 1035,575 kN · mm, ou coeficiente de variação de 71,7%. Com um valor médio 17%
inferior em relação à configuração de referência, além do alto coeficiente de variação desta
configuração, do ponto de vista da absorção de força na emenda, a configuração E não é a
mais indicada. O corpo de prova AE-3 foi escolhido como representativo desta configuração.
Apresenta-se, na Figura 121, as curvas de força por deslocamento para o grupo A,
configuração 4.
Capítulo 4. Análises 175

Figura 121 – Curvas de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4

Fonte: produzido pelo autor

A soma das áreas gerou uma média de 2456,958 kN · mm, com um desvio padrão
de 324,342 kN · mm, ou coeficiente de variação de 13,2%. O valor médio foi 24% superior
em relação à configuração de referência, o que indica um aumento da absorção de força na
emenda por traspasse estudada na configuração 4. O corpo de prova A4-2 foi escolhido
como representativo desta configuração.
Apresenta-se, na Figura 122, as curvas de força por deslocamento para o grupo A,
configuração 8.
Capítulo 4. Análises 176

Figura 122 – Curvas de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8

Fonte: produzido pelo autor

A soma das áreas gerou uma média de 2594,455 kN · mm, com um desvio padrão
de 319,004 kN · mm, ou coeficiente de variação de 12,3%. O valor médio foi 31% superior
em relação à configuração de referência, o que indica um aumento da absorção de força na
emenda por traspasse estudada na configuração 8. O corpo de prova A8-5 foi escolhido
como representativo desta configuração.
Apresenta-se, na Figura 123, as curvas de força por deslocamento para o grupo B,
configuração R.
Capítulo 4. Análises 177

Figura 123 – Curvas de força por deslocamento para o grupo B, configuração R

Fonte: produzido pelo autor

A soma das áreas gerou uma média de 1598,587 kN · mm, com um desvio padrão
de 231,222 kN · mm, ou coeficiente de variação de 12,3%. O corpo de prova BR-1 foi
escolhido como representativo desta configuração.
Apresenta-se, na Figura 124, as curvas de força por deslocamento para o grupo B,
configuração E.
Capítulo 4. Análises 178

Figura 124 – Curvas de força por deslocamento para o grupo B, configuração E

Fonte: produzido pelo autor

A soma das áreas gerou uma média de 717,103 kN · mm, com um desvio padrão
de 287,614 kN · mm, ou coeficiente de variação de 40,1%. O valor médio foi 55% inferior
em relação à configuração de referência, o que indica uma redução da absorção de força na
emenda por traspasse estudada na configuração E. O corpo de prova BE-6 foi escolhido
como representativo desta configuração.
Apresenta-se, na Figura 125, as curvas de força por deslocamento para o grupo B,
configuração 4.
Capítulo 4. Análises 179

Figura 125 – Curvas de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4

Fonte: produzido pelo autor

A soma das áreas gerou uma média de 2404,868 kN · mm, com um desvio padrão
de 1006,397 kN · mm, ou coeficiente de variação de 41,8%. O valor médio foi 50% superior
em relação à configuração de referência, o que indica um aumento significativo da absorção
de força na emenda por traspasse estudada na configuração E. O corpo de prova B4-2 foi
escolhido como representativo desta configuração.
Apresenta-se, na Figura 126, as curvas de força por deslocamento para o grupo B,
configuração 8.
Capítulo 4. Análises 180

Figura 126 – Curvas de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8

Fonte: produzido pelo autor

A soma das áreas gerou uma média de 2233,973 kN · mm, com um desvio padrão
de 1084,519 kN · mm, ou coeficiente de variação de 48,5%. O valor médio foi 40% superior
em relação à configuração de referência, o que indica um aumento significativo da absorção
de força na emenda por traspasse estudada na configuração E. O corpo de prova B8-6 foi
escolhido como representativo desta configuração.
Apresentam-se na Figura 127 as curvas escolhidas como representativas dos ensaios
realizados no grupo A, enquanto na Figura 128, apresentam-se as curvas escolhidas como
representativas dos ensaios realizados no grupo B.
Capítulo 4. Análises 181

Figura 127 – Curvas representativas dos ensaios no grupo A

Fonte: produzido pelo autor

Figura 128 – Curvas representativas dos ensaios no grupo B

Fonte: produzido pelo autor


Capítulo 4. Análises 182

Conforme se pode observar graficamente, já constatado estatisticamente na seção 4.1,


as configurações E são inadequadas como emendas por traspasse em relação às configurações
de referência, tanto no grupo A quanto no grupo B. Além das rupturas sem aviso, as forças
absorvidas foram inferiores às de referência.
Tanto as configurações 4 quanto as configurações 8 aparentam ser adequadas do
ponto de vista da absorção de energia na emenda, quando comparadas com a configuração
de referência. Mais ensaios são necessários, porém, no intuito de se afirmar com precisão a
contribuição da hélice circular no comportamento mecânico das emendas por traspasse em
alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto.

4.6 Comprimento de traspasse e aderência

Os comprimentos básicos de traspasse calculados conforme a seção 2.4 foram de 741


mm para as barras de 12,5 mm e de 578 mm para as barras de 16,0 mm. Considerando-se
os comprimentos mínimos de traspasse e o coeficiente multiplicador por interferência de
barras emendadas na mesma seção como 1,4, o comprimento de traspasse deveria ser de
1038 mm (83Φ) para as barras de 12,5 mm e de 810 mm (51Φ) para as barras de 16,0 mm.
Ambos foram superiores aos utilizados na investigação.
Esses resultados levaram em consideração o cálculo da aderência de acordo com
os valores característicos da resistência à compressão nos grupos. A aderência no grupo
calculada foi de 2,2 MPa e no grupo B foi de 3,6 MPa. O valor encontrado para o grupo A
é igual ao recomendado pela norma NBR 15961-1 (ABNT, 2011a).
Os dados coletados na caracterização das armaduras permitem uma comparação
tanto no Estado Limite de Serviço nos dois grupos quanto no Estado Limite Último no
grupo B.
Em relação ao ELS, se consideram as tensões de escoamento obtidas nos ensaios das
barras CA-50 na subseção 3.6.5.1, reduzidas pelo coeficiente de ponderação das resistências
de acordo com a norma NBR 6118 (ABNT, 2014a): 1,15. Após a ponderação, considera-se
519,3 MPa para a tensão de escoamento (fyd,calc ) nas barras de 12,5 mm utilizadas no
grupo A; e 515,4 MPa para a tensão de escoamento (fyd,calc ) nas barras de 16,0 mm
utilizadas no grupo B. A tensão fy,esp é aquela que se esperava ser desenvolvida na barra
com traspasse de 400 mm.
A tabela Tabela 51 contém a comparação entre as forças críticas do grupo A e as
barras de aço com 12,5 mm caracterizadas.
Capítulo 4. Análises 183

Tabela 51 – Comparação entre as forças críticas do grupo A e o escoamento


do aço em relação ao estado limite de serviço
Amostra Fcrit σcrit = 1000 · Fcrit / 122, 7 mm2 σcrit / fyd,calc σcrit / fy,esp
(kN) (MPa) (%) (%)

AR 57,32 467,2 90 167


AE 53,26 434,1 84 155
A4 62,64 510,5 98 182
A8 60,75 495,1 95 177

Fonte: produzido pelo autor

A tabela Tabela 51 contém a comparação entre as forças críticas do grupo A e as


barras de aço com 12,5 mm caracterizadas.

Tabela 52 – Comparação entre as forças críticas do grupo B e o escoamento


do aço em relação ao estado limite de serviço
Amostra Fcrit σcrit = 1000 · Fcrit / 201, 1 mm2 σcrit / fyd,calc σcrit / fy,esp
(kN) (MPa) (%) (%)

BR 99,47 494,6 96 139


BE 72,12 358,6 70 101
B4 108,66 540,3 105 152
B8 91,88 456,9 89 128

Fonte: produzido pelo autor

O fato da aderência no grupo A ter sido inferior à do grupo B deve ter influenciado
no escorregamento entre as barras e o graute evidênciado pela comparação entre as forças
críticas e a tensão de escoamento. No entanto, todas as configurações desenvolveram a
tensão teórica esperada para o comprimento de traspasse de 400 mm.
Observa-se que em ambos os grupos, a configuração 4 foi a que ficou mais próxima
das tensões de escoamento, sendo 2% inferior no grupo A e 5% superior no grupo B. A
configuração E foi a que obteve o a pior relação entre a tensão na força crítica e a tensão
de escoamento calculada.
Em relação ao ELU, se considera o resultado da tensão de ruptura na armadura de
16,0 mm registrada na subseção 3.6.5.1, também reduzida pelo coeficiente de ponderação
das resistências de acordo com a norma NBR 6118 (ABNT, 2014a): 1,15. Após a ponderação,
considera-se 641,6 MPa para a tensão de ruptura (frup,calc ) nas barras de 16,0 mm utilizadas
no grupo B.
A tabela Tabela 53 contém a comparação entre as forças ruptura do grupo B e as
barras de aço com 16,0 mm caracterizadas.
Capítulo 4. Análises 184

Tabela 53 – Comparação entre as forças críticas do grupo B e


a ruptura do aço em relação ao estado limite de
último
Amostra Frup σrup = 1000 · Frup / 201, 1 mm2 σrup / frup,calc
(kN) (MPa) (%)

BR 129,24 642,7 100


BE 98,08 487,7 76
B4 131,12 652,0 102
B8 131,94 656,1 102

Fonte: produzido pelo autor

No grupo B, a alta tensão de aderência permitiu o desenvolvimento de toda a


tensão de escoamento mesmo com um comprimento de traspasse inferior ao recomendado
pela norma NBR 6118 (ABNT, 2014a).
Observa-se que as hélices de traspasse contribuíram para o aumento da força
de ruptura, conforme ressaltado por Fusco (2013) ao indicar o estado de compressão
transversal gerado pela armadura helicoidal.
Enquanto na configuração de referência, a ruptura ocorreu com tensão equivalente
à do aço caracterizado, o mesmo não foi observado na configuração E, 24% inferior em
relação à tensão de ruptura da barra de 16,0mm.

4.7 Interpretação do fenômeno

A interpretação do fenômeno aqui registrada se baseia nos dados coletados nos


ensaios e, ainda que não permitam esgotar o assunto, pode-se estimar o fenômeno estudado.
Considerando-se a transferência dos esforços entre barras durante os ensaios de
tração, os dados extraídos dos extensômetros posicionados nos pontos iniciais e interme-
diários do comprimento de traspasse permitem inferir que, inicialmente, as cargas foram
suportadas pelo graute.
Parte dos esforços foram sendo suportados pelo graute ao longo da emenda durante
o ensaio até que o ponto intermediário começou a se deformar e, por consequência, suportar
os esforços demandados.
Observa-se também que, de forma aproximada, os extensômetros localizados nos
pontos intermediários da emenda sofreram metade da deformação em relação aos pontos
localizados nos pontos iniciais da mesma. Desconsiderando-se a hélice circular, o ponto
intermediário possui o dobro da taxa de armadura em relação aos pontos iniciais. Era de
se esperar, portanto, este comportamento.
Capítulo 4. Análises 185

As fissurações visíveis se iniciaram invariavelmente na região das juntas de arga-


massa superior e inferior, indicando uma ruptura do graute naquela região até se atingir
o escoamento das armaduras no pontos iniciais da emenda. A propagação das rupturas
ocorreu de maneira progressiva no sentido da junta intermediária, por vezes com escorre-
gamentos e variações na curva de força por deformação dos gráficos, conforme pode-se
observar no trecho indicado na Figura 129 do corpo de prova 2 da configuração de referência
do grupo B.
Observa-se no trecho que as regiões das armaduras localizadas nas seções trans-
versais das juntas intermediárias já haviam atingido a tensão de escoamento esperada,
enquanto as deformações eram inferiores a 0,2% na região central da emenda. A partir de
107 kN, aproximadamente, há uma rápida propagação de fissuras na região externa do
CPP, além do escoamento do aço evidenciado pelos extensômetros localizados na seção
transversal que contém a junta de argamassa intermediária.

Figura 129 – Comportamento das curvas no escorregamento da armadura

Fonte: produzido pelo autor

A progressão das fissuras prosseguiu até o corpo de prova ser considerado inapto
por ter atingido o Estado Limite de Serviço e a posterior escorregamento completo da
armadura em relação à emenda ou ruptura nas armaduras em três corpo de prova da
configuração 4 no grupo B e um corpo de prova da configuração 8 no grupo B.
Ambas as hélices adotadas possuem taxa geométrica de armadura superior à
Capítulo 4. Análises 186

recomendada pela norma NBR 6118 (ABNT, 2014a). Para resistir a 25% da força aplicada
em uma barra, é necessário uma área de aço mínima de 0,02 cm2 /cm no comprimento de
traspasse do grupo A; e de 0,04 cm2 /cm no comprimento de traspasse do grupo B.
A hélice de traspasse com passo de 3,5 cm proporciona 1,03 cm2 /cm como armadura
transveral para a emenda por traspasse do grupo A; e 0,48 cm2 /cm para a emenda por
traspasse do grupo B.

4.8 Comparações com demais pesquisas

O desenvolvimento de toda a tensão esperada nas barras de aço a aderência foi


adequada mesmo com a utilização de um comprimento de traspasse inferior ao recomendado
pela normalização vigente, o que reforça a conclusão de uma adequada aderência tanto
entre as barras e os grautes, quanto entre os grautes e os blocos na alvenaria estrutural de
blocos de concreto, conforme as conclusões obtidas por Izquierdo (2015) em sua pesquisa
sobre aderências.
O confinamento com hélice por traspasse, de maneira similar ao pesquisado por
Shing et al. (1993) e por (PATUROVA, 2006), contribuiu para o confinamento do elemento
emenda por traspasse.
O espaçamento entre armaduras interfere na tranferência de forças entre as emendas.
Os estudos de Ahmed e Feldman (2012) e (KISIN; FELDMAN, 2015) indicaram e quanti-
ficaram a interferência entre vazados distintos, no entanto detectou-se nos ensaios uma
significativa diferença mesmo quando as barras estão espaçadas em um mesmo vazados.
Esse indício carece de maiores investigações, uma vez que há a interferência da geometria
do prima escolhida para o ensaio nos resultados.
187

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A armadura helicoidal é um componente eficiente no confinamento do elemento


emendas por traspasse em alvenaria estrutural de blocos de concreto. Análise estatística
dos resultados permite concluir que utilizar a hélice circular com passo de 3,5 cm não
apenas garante que a emenda por traspasse espaçada seja equivalente à emenda justaposta
e amarrada por arame do ponto de vista da resistência à tração, como também contribui
para a redução de fissuras.
O estado de compressão transversal inserido pela armadura helicoidal com passo
de 3,5 cm fez com que a primeira fissura surgisse em força equivalente àquela que gerou o
aparecimento da primeira fissura na emenda por traspasse tal qual é realizada atualmente,
chamada nesta investigação de referência. As emendas com confinamento gerado pela
armadura helicoidal com passo de 8,0 cm obtiveram um desempenho inferior à referência
quanto ao aparecimento da primeira fissuração.
Quanto à força crítica, registrada como a força na qual a emenda do corpo de
prova ensaiado foi considerada inadequada, a hélice com passo de 3,5 cm proporcionou um
desempenho do traspasse superior à referência. A hélice com passo de 8,0 cm obteve um
desempenho equivalente à referência em relação à força crítica.
As forças de ruptura obtidas nos ensaios das distintas configurações são equiva-
lentes, com exceção das emendas por traspasse com barras espaçadas e sem elementos
de confinamento, chamadas nesta investigação de E. Em todos os quesitos estudados, as
barras espaçadas sem armadura helicoidal obtiveram a pior performance, o que indica que
sua utilização com mesmo comprimento de traspasse da referência deve ser evitada na
alvenaria estrutural de blocos de concreto.
Considerado todos os ensaios, o corpo de prova número 6 do grupo A, configuração
espaçada, obteve a menor força crítica: 33,45 kN, equivalente à tensão de 272,6 MPa
aplicada na barra. Ainda que este valor seja superior à tensão de escoamento do aço adotada
na normalização vigente para projeto de alvenaria estrutural, norma NBR 15961-1 (ABNT,
2011a), a quantidade e velocidade de propagação e ramificação das fissuras observadas nos
ensaios indica que utilizar emendas por traspasse espaçadas não deve ser utilizada sem
algum elemento de reforço ou um maior comprimento de traspasse.
Identificou-se que o graute possui efeito importante no fenômeno da transferência
de esforços entre barras emendadas, uma vez que houve uma pior aderência entre as barras
e o graute no grupo A do que no grupo B.
No grupo B, a aderência calculada com a resistência característica à compressão foi
3,6 MPa, em contraste com a aderência no grupo A, 2,2 MPa, idêntico ao recomendado
Capítulo 5. Considerações finais 188

pela norma NBR 15961-1 (ABNT, 2011a). É possível que o fator água/cimento tenha
influenciado neste resultado.
Considerada a potencial redução no ciclo de produção de um pavimento tipo,
recomenda-se a utilização da hélice circular de aço CA 60, bitola de 5 mm, passo de 3,5
cm, raio externo de 6,0 cm e comprimento longitudinal igual ao comprimento da emenda
por traspasse recomendado pela norma NBR 6118 (ABNT, 2014a). Deve-se posicionar a
armadura helicoidal de modo a confinar todo o comprimento da emenda confinada. Em
nenhuma hipótese deve-se adotar um comprimento de emenda, e por consequência de
armadura helicoidal, menor do que o recomendado pela normalização vigente.

5.1 Sugestões para pesquisas futuras

Sugere-se, como continuidade da pesquisa, investigação experimental que permita


a modelagem matemática do fenômeno de confinamento gerado pelas molas helicoidais. O
tema pode ser pesquisado em doutorado, uma vez que está na fronteira do conhecimento e
a pesquisa pode ser auxiliada tanto por investigações de mestrado quanto por iniciações
científicas.
Os eventuais mestrados poderiam estudar o efeito do confinamento em diferentes
dosagens de concreto e distintas configurações de molas helicoidais, em corpos de prova
cilíndricos ensaiados à compressão diametral e à compressão direta. Cada investigação de
mestrado pode estudar o efeito de um determinada combinação de dosagem de concreto e
configuração de mola helicoidal, com o auxílio de alunos de iniciação científica.
Literatura publicada por Fusco (2015) analisa as estruturas curvilíneas e contém
uma teoria geral das molas helicoidais. Com enfoque teórico na modelagem da força de
compressão no plano oscular da armadura, aliado à adequada investigação experimental, é
possível que se obtenham parâmetros de projeto que permitam prever o confinamento das
hélices circulares na alvenaria estrutural.
Estudos na Virginia Polytechnic Institute and State University têm buscado modelar
o fenômeno do confinamento em concretos. As dissertações de mestrado de Bonetti (2005)
e Abreu (2008) possuem conteúdos que podem auxiliar na modelagem do fenômeno. Na
investigação alplicada à alvenaria estrutural, sugere-se a adoação de configurações de ensaio
similar à adotada por Ahmed e Feldman (2012) e Kisin e Feldman (2015). O equilíbrio
de momentos obtido pela configuração com dupla emenda pode gerar um resultado mais
próximo da realidade.
Sugere-se a adoção de um comprimento de emenda por traspasse inferior ao adotado
nesta investigação. Na maior parte dos corpos de prova ensaiados no grupo A, o final de
curso do equipamento foi atingido sem que a barra houvesse escorregado completamente
em relação ao corpo de prova. É possível que com um comprimento de traspasse de 30 cm, a
Capítulo 5. Considerações finais 189

ruptura ocorra ou o escorregamento seja completo. Nos ensaios com os materiais utilizados
no grupo B, no entanto, 40 cm foram adequados para a ruptura ou escorregamento.
190

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195

APÊNDICE A – RESULTADOS EXPERIMENTAIS

Este apêndice apresenta os resultados dos experimentos realizados de acordo com


as metodologias descritas no Capítulo 3. As análises dos resultados estão detalhadas no
Capítulo 4.

A.1 Caracterização dos materiais

A.1.1 Materiais básicos

Os materiais básicos - cimento, areia e pedrisco - utilizados para a confecção das


argamassas e grautes na pesquisa foram caracterizados em relação à:

• massa unitária;

• granulometria;

• área superficial específica;

• densidade.

A Tabela 54 resume os dados coletados; já a Figura 130 expõe a distribuição


granulométrica dos materiais.

Tabela 54 – Dados de caracterização dos materiais básicos


Dado coletado Cimento Areia Pedrisco

Massa unitária (g/cm3 ) 1,614 1,511 1,490


Área superficial específica (m2 /g) 1,14 0,30 0,40
Densidade (g/cm3 ) 2,99 2,65 2,65

Fonte: produzido pelo autor


APÊNDICE A. Resultados experimentais 196

Figura 130 – Curvas granulométricas dos materiais básicos

Fonte: produzido pelo autor

A.1.2 Blocos de concreto


A.1.2.1 Caracterizações geométricas

As dimensões principais foram medidas de acordo com a Figura 131.

Figura 131 – Dimensões principais dos blocos vazados de concreto

Fonte: produzido pelo autor

As espessuras mínimas das paredes foram tomadas na face superior do bloco, com
APÊNDICE A. Resultados experimentais 197

referências indexadas de acordo com a Figura 132.

Figura 132 – Referências para medições das espessuras mínimas das paredes

Fonte: produzido pelo autor

Os vazados foram aferidos nas faces superior e inferior dos corpos de provas,
respectivamente com menores e maiores dimensões, conforme indica a Figura 133 e a
Figura 134.

Figura 133 – Vista superior do bloco sem


Figura 134 – Corte A-A sem escala
escala

Fonte: NBR 12118 (ABNT, 2013a)


Fonte: NBR 12118 (ABNT, 2013a)

As referências para medições estão indicadas na Figura 135.


APÊNDICE A. Resultados experimentais 198

Figura 135 – Referências para medições dos vazados dos blocos

Fonte: produzido pelo autor

As larguras, alturas e comprimentos da amostra coletada dos blocos de 8 MPa


estão apresentadas na Tabela 55.

Tabela 55 – Dimensões principais dos blocos de 8 MPa


CP L1 L2 L3 H1 H2 H3 C1 C2 C3
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm)

1 141,1 140,5 140,8 191,0 190,3 189,3 390,0 390,5 390,0


2 140,0 139,7 140,6 191,7 190,7 190,8 390,0 390,5 390,0
3 140,5 140,9 140,5 188,6 188,6 189,4 391,0 391,0 390,0
4 140,5 140,3 140,6 190,9 187,2 189,4 390,0 390,0 390,5
5 140,5 140,3 140,7 189,0 188,0 190,3 391,0 390,0 390,0
6 140,2 140,5 140,5 189,5 190,5 190,2 391,0 391,5 392,0

Média 140,5 140,4 140,6 190,1 189,2 189,9 390,5 390,6 390,4
Desvio 0,4 0,4 0,1 1,3 1,5 0,6 0,5 0,6 0,8
CV 0,3% 0,3% 0,1% 0,7% 0,8% 0,3% 0,1% 0,1% 0,2%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: L1: Largura do bloco, primeira medição.


L2: Largura do bloco, segunda medição.
L3: Largura do bloco, terceira medição.
H1: Altura do bloco, primeira medição.
H2: Altura do bloco, segunda medição.
H3: Altura do bloco, terceira medição.
C1: Comprimento do bloco, primeira medição.
C2: Comprimento do bloco, segunda medição.
C3: Comprimento do bloco, terceira medição.

As espessuras mínimas das paredes da amostra coletada dos blocos de 8 MPa está
apresentada na Tabela 56.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 199

Tabela 56 – Espessuras mínimas das paredes dos blocos de 8 MPa


CP L1 L2 L3 L4 T1 T2 S1 S2
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm)

1 27,5 26,5 26,0 25,9 26,1 25,9 27,1 37,7


2 25,3 25,3 24,9 25,6 26,4 26,1 26,4 31,9
3 26,4 26,5 25,9 25,5 26,1 25,7 27,6 32,4
4 25,6 25,9 26,5 27,0 26,2 26,3 28,1 36,5
5 25,7 26,0 27,4 26,1 26,5 27,2 26,6 32,4
6 25,5 25,8 25,7 25,8 26,2 27,1 27,4 32,5

Média 26,0 26,0 26,1 26,0 26,2 26,4 27,2 33,9


Desvio 0,8 0,4 0,8 0,5 0,2 0,6 0,7 2,5
CV 3,2% 1,7% 3,2% 2,0% 0,7% 2,3% 2,4% 7,5%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: L1: Espessura na direção perpendicular à lateral, primeira medição.


L2: Espessura na direção perpendicular à lateral, segunda medição.
L3: Espessura na direção perpendicular à lateral, terceira medição.
L4: Espessura na direção perpendicular à lateral, quarta medição.
T1: Espessura na direção perpendicular à transversal, primeira medição.
T2: Espessura na direção perpendicular à transversal, segunda medição.
S1: Espessura mínima do septo.
S2: Espessura máxima do septo.

As medições para a determinação dos raio da mísula na amostra coletada de blocos


de 8 MPa estão apresentadas na Tabela 57. O resultado na amostra é uma mísula com
raio de 48,6 cm, desvio padrão de 1,6 cm, variância de 2,62 cm2 e coeficiente de variação
de 3,3%.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 200

Tabela 57 – Raios das mísulas para os


blocos de 8 MPa
CP R1 R2 R3 R4
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 47,3 48,5 50,6 49,7


2 46,9 47,4 44,8 48,6
3 50,1 47,6 46,5 49,9
4 49,1 49,1 52,5 47,3
5 49,3 48,8 49,0 49,0
6 48,3 48,7 49,0 49,2

Média 48,5 48,3 48,7 48,9


Desvio 1,2 0,7 2,7 0,9
CV 2,6% 1,4% 5,6% 1,9%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: R1: Raio da mísula, primeira medi-


ção.
R2: Raio da mísula, segunda medição.
R3: Raio da mísula, terceira medição.
R4: Raio da mísula, quarta medição.

As dimensões dos vazados da amostra coletada dos blocos de 8 MPa estão apresen-
tadas na Tabela 58
APÊNDICE A. Resultados experimentais 201

Tabela 58 – Dimensões principais nos vazados dos blocos de 8 MPa


CP Lmin1 Tmin1 Lmin2 Tmin2 Lmax1 Tmax1 Lmax2 Tmax2
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm)

1 149,1 79,7 148,1 80,8 156,1 88,8 157,1 89,0


2 149,9 79,4 149,7 80,6 157,7 89,4 156,2 89,6
3 149,9 80,8 151,1 81,1 157,3 88,6 156,8 89,1
4 147,1 77,6 147,4 81,0 156,1 89,4 155,5 89,5
5 149,3 80,7 150,3 80,4 156,1 89,3 156,4 88,2
6 149,8 81,9 150,0 81,5 157,4 89,4 158,1 89,2

Média 149,2 80,0 149,4 80,9 156,8 89,2 156,7 89,1


Desvio 1,1 1,5 1,4 0,4 0,7 0,3 0,9 0,5
CV 0,7% 1,8% 0,9% 0,5% 0,5% 0,4% 0,5% 0,6%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: Lmin1: Comprimento longitudinal do vazado no plano superior, primeira medição.


Lmin2: Comprimento longitudinal do vazado no plano superior, segunda medição.
Tmin1: Comprimento transversal do vazado no plano superior, primeira medição.
Tmin2: Comprimento transversal do vazado no plano superior, segunda medição.
Lmax1: Comprimento longitudinal do vazado no plano inferior, primeira medição.
Lmax2: Comprimento longitudinal do vazado no plano inferior, segunda medição.
Tmax1: Comprimento transversal do vazado no plano inferior, primeira medição.
Tmax2: Comprimento transversal do vazado no plano inferior, segunda medição.

As larguras, alturas e comprimentos da amostra coletada dos blocos de 14 MPa


estão apresentadas na Tabela 59.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 202

Tabela 59 – Dimensões principais dos blocos de 14 MPa


CP L1 L2 L3 H1 H2 H3 C1 C2 C3
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm)

1 140,2 140,0 140,3 190,8 189,8 190,6 390,0 390,0 390,0


2 140,6 140,2 140,6 191,5 191,5 190,5 389,0 389,0 389,0
3 140,2 140,7 140,3 189,6 190,2 189,8 390,0 390,0 389,5
4 140,4 140,3 140,0 191,9 191,6 191,4 390,5 390,0 391,0
5 141,0 140,3 140,4 191,1 190,9 191,7 389,0 389,0 389,5
6 140,7 141,1 140,8 192,7 191,0 191,0 390,0 391,0 391,0

Média 140,5 140,4 140,4 191,3 190,8 190,8 389,8 389,8 390,0
Desvio 0,3 0,4 0,3 1,0 0,7 0,7 0,6 0,8 0,8
CV 0,2% 0,3% 0,2% 0,5% 0,4% 0,4% 0,2% 0,2% 0,2%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: L1: Largura do bloco, primeira medição.


L2: Largura do bloco, segunda medição.
L3: Largura do bloco, terceira medição.
H1: Altura do bloco, primeira medição.
H2: Altura do bloco, segunda medição.
H3: Altura do bloco, terceira medição.
C1: Comprimento do bloco, primeira medição.
C2: Comprimento do bloco, segunda medição.
C3: Comprimento do bloco, terceira medição.

As espessuras mínimas das paredes da amostra coletada dos blocos de 14 MPa está
apresentada na Tabela 60.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 203

Tabela 60 – Espessuras mínimas das paredes dos blocos de 14 MPa


CP L1 L2 L3 L4 T1 T2 S1 S2
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm)

1 25,4 26,3 26,0 26,5 25,5 26,2 26,7 37,8


2 25,7 25,7 26,0 26,2 25,7 26,0 27,0 32,8
3 25,4 25,4 27,3 26,6 25,8 26,3 27,8 32,5
4 25,9 25,4 26,2 26,5 25,9 25,9 26,3 31,1
5 26,2 25,9 25,2 25,4 25,2 26,4 26,4 31,7
6 26,3 26,5 26,9 26,9 26,7 26,1 26,4 37,4

Média 25,8 25,8 26,3 26,3 25,8 26,2 26,8 33,8


Desvio 0,4 0,5 0,7 0,5 0,5 0,2 0,6 2,9
CV 1,6% 1,8% 2,8% 2,0% 1,9% 0,7% 2,2% 8,7%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: L1: Espessura na direção perpendicular à lateral, primeira medição.


L2: Espessura na direção perpendicular à lateral, segunda medição.
L3: Espessura na direção perpendicular à lateral, terceira medição.
L4: Espessura na direção perpendicular à lateral, quarta medição.
T1: Espessura na direção perpendicular à transversal, primeira medição.
T2: Espessura na direção perpendicular à transversal, segunda medição.
S1: Espessura mínima do septo.
S2: Espessura máxima do septo.

As medições para a determinação dos raio da mísula na amostra coletada de blocos


de 14 MPa estão apresentadas na Tabela 61. O resultado da amostra é uma mísula com
raio de 48,2 cm, desvio padrão de 1,8 cm, variância de 3,18 cm2 e coeficiente de variação
de 3,7%.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 204

Tabela 61 – Raios das mísulas para os


blocos de 14 MPa
CP R1 R2 R3 R4
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 51,4 48,9 48,4 49,6


2 47,8 47,5 45,3 51,2
3 48,6 46,5 47,3 50,4
4 46,0 49,9 48,4 44,8
5 46,4 48,5 47,3 48,5
6 49,3 47,2 49,7 48,5

Média 48,2 48,1 47,7 48,8


Desvio 2,0 1,2 1,5 2,3
CV 4,1% 2,5% 3,1% 4,6%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: R1: Raio da mísula, primeira medi-


ção.
R2: Raio da mísula, segunda medição.
R3: Raio da mísula, terceira medição.
R4: Raio da mísula, quarta medição.

As dimensões dos vazados da amostra coletada dos blocos de 14 MPa estão


apresentadas na Tabela 62.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 205

Tabela 62 – Dimensões principais nos vazados dos blocos de 14 MPa


CP Lmin1 Tmin1 Lmin2 Tmin2 Lmax1 Tmax1 Lmax2 Tmax2
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm)

1 150,0 82,0 150,0 81,8 156,5 88,6 156,2 88,9


2 150,4 81,1 149,4 82,2 155,4 88,9 156,7 88,6
3 150,6 81,4 149,6 81,5 156,3 89,5 156,3 89,0
4 150,9 80,8 148,6 81,2 156,3 88,9 156,8 89,5
5 149,4 80,9 149,8 80,7 157,7 88,9 155,6 89,2
6 148,5 80,8 145,9 79,3 156,2 89,4 156,5 89,0

Média 150,0 81,2 148,9 81,1 156,4 89,0 156,3 89,0


Desvio 0,9 0,5 1,5 1,0 0,8 0,3 0,4 0,3
CV 0,6% 0,6% 1,0% 1,3% 0,5% 0,4% 0,3% 0,3%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: Lmin1: Comprimento longitudinal do vazado no plano superior, primeira medição.


Lmin2: Comprimento longitudinal do vazado no plano superior, segunda medição.
Tmin1: Comprimento transversal do vazado no plano superior, primeira medição.
Tmin2: Comprimento transversal do vazado no plano superior, segunda medição.
Lmax1: Comprimento longitudinal do vazado no plano inferior, primeira medição.
Lmax2: Comprimento longitudinal do vazado no plano inferior, segunda medição.
Tmax1: Comprimento transversal do vazado no plano inferior, primeira medição.
Tmax2: Comprimento transversal do vazado no plano inferior, segunda medição.

A.1.2.2 Caracterizações físicas

Os resultados de absorção de água e área líquida para a amostra coletada dos


blocos de 8 MPa estão apresentados na Tabela 63.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 206

Tabela 63 – Absorção e área líquida para os blocos de 8


MPa
CP m1 m2 m3 h Absorção Aliq
(kg) (kg) (kg) (mm) (%) (mm2 )

1 12,35 13,09 7,44 189,15 6,0% 29871,0


2 12,10 12,88 7,23 189,09 6,4% 29880,5
3 12,03 12,81 7,12 190,05 6,5% 29939,0

Média 12,16 12,93 7,26 189,43 6,3% 29896,8


Desvio 0,17 0,15 0,16 0,54 0,3% 36,8
CV 1,4% 1,1% 2,2% 0,3% 4,3% 0,1%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: m1: massa do corpo de prova seco em estufa.


m2: massa do corpo de prova saturado.
m3: massa aparente do corpo de prova.
h: é a altura média do corpo de prova, medida na direção
perpendicular à seção de trabalho.
Aliq: Área líquida.

Os resultados de absorção de água e área líquida para a amostra coletada dos


blocos de 14 MPa estão apresentados na Tabela 64.

Tabela 64 – Absorção e área líquida para os blocos de 14


MPa
CP m1 m2 m3 h Absorção Aliq
(kg) (kg) (kg) (mm) (%) (mm2 )

1 12,45 13,21 7,53 191,6 6,1% 29643,0


2 12,05 12,90 7,23 191,2 7,1% 29648,1
3 12,50 13,26 7,55 191,6 6,1% 29804,3

Média 12,33 13,12 7,44 191,48 6,4% 29698,5


Desvio 0,25 0,20 0,18 0,21 0,6% 91,7
CV 2,0% 1,5% 2,4% 0,1% 8,7% 0,3%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: m1: massa do corpo de prova seco em estufa.


m2: massa do corpo de prova saturado.
m3: massa aparente do corpo de prova.
h: é a altura média do corpo de prova, medida na direção
perpendicular à seção de trabalho.
Aliq: Área líquida.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 207

A.1.2.3 Caracterizações mecânicas

As resistências mecânicas à compressão aferidas das amostras coletadas dos blocos


utilizados na pesquisa estão apresentadas na Tabela 65.

Tabela 65 – Resistências
mecânicas à
compressão
nas amostras
coletadas dos
blocos
CP 8 MPa 14 MPa
(MPa) (MPa)

1 8,2 18,5
2 8,2 18,6
3 8,4 18,8
4 8,4 19,9
5 8,9 21,6
6 9,3 21,8
7 9,5 *
8 9,5 *

Média 8,6 19,9


Desvio 0,4 1,5
CV 4,6% 7,5%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: * Valores desconsiderados


por erros.

A.1.3 Argamassa de assentamento


A.1.3.1 Caracterizações geométricas

Os diâmetros da amostra da argamassa do grupo A, configuração R, estão apresen-


tados na Tabela 66.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 208

Tabela 66 – Diâmetros da amostra da


argamassa do grupo A,
configuração R
CP D1 D2 D3 D
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 50,10 50,02 50,01 50,04


2 49,99 50,04 50,20 50,08
3 49,95 49,85 50,04 49,95
4 50,01 50,30 50,11 50,14
5 50,19 50,17 50,97 50,44
6 50,10 50,00 50,00 50,03
7 50,26 50,08 50,00 50,11
8 49,90 49,93 50,10 49,98
9 50,06 49,92 49,98 49,99

Média 50,06 50,03 50,16 50,08


Desvio 0,11 0,14 0,31 0,15
CV 0,23% 0,27% 0,62% 0,30%

Fonte: produzido pelo autor

As alturas da amostra da argamassa do grupo A, configuração R, estão apresentadas


na Tabela 67.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 209

Tabela 67 – Alturas da amostra da ar-


gamassa do grupo A, con-
figuração R
CP H1 H2 H3 H
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 81,93 81,69 82,05 81,89


2 86,77 86,43 86,49 86,56
3 90,98 91,02 90,74 90,91
4 90,69 90,60 90,68 90,66
5 91,49 91,91 92,20 91,87
6 87,32 87,05 86,73 87,03
7 89,47 89,71 89,59 89,59
8 86,48 85,38 86,13 86,00
9 89,45 89,40 89,71 89,52

Média 88,29 88,13 88,26 88,23


Desvio 3,02 3,28 3,16 3,15
CV 3,42% 3,72% 3,58% 3,57%

Fonte: produzido pelo autor

Os diâmetros da amostra da argamassa do grupo A, configuração E, estão apresen-


tados na Tabela 68.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 210

Tabela 68 – Diâmetros da amostra da


argamassa do grupo A,
configuração E
CP D1 D2 D3 D
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 50,1 50,06 49,84 50,00


2 50,14 50,14 50,37 50,22
3 50,16 50,24 50,34 50,25
4 49,87 49,95 49,92 49,91
5 50,08 50,11 50,17 50,12
6 50,49 50,41 50,29 50,40
7 49,89 49,97 50,06 49,97
8 50,22 50,19 50,01 50,14
9 50,24 50,26 50,33 50,28

Média 50,13 50,15 50,15 50,14


Desvio 0,19 0,15 0,20 0,16
CV 0,37% 0,29% 0,39% 0,32%

Fonte: produzido pelo autor

As alturas da amostra da argamassa do grupo A, configuração E, estão apresentadas


na Tabela 69.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 211

Tabela 69 – Alturas da amostra da ar-


gamassa do grupo A, con-
figuração E
CP H1 H2 H3 H
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 90,16 90,09 90,48 90,24


2 83,76 83,51 83,84 83,70
3 88,31 88,18 88,24 88,24
4 91,6 91,56 91,5 91,55
5 84,15 83,72 83,43 83,77
6 86,67 86,87 87,07 86,87
7 88,63 88,41 88,59 88,54
8 88,56 87,88 88,32 88,25
9 86,72 86,81 86,78 86,77

Média 87,62 87,45 87,58 87,55


Desvio 2,58 2,64 2,69 2,63
CV 2,95% 3,02% 3,07% 3,01%

Fonte: produzido pelo autor

Os diâmetros da amostra da argamassa do grupo A, configuração 4, estão apresen-


tados na Tabela 70.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 212

Tabela 70 – Diâmetros da amostra da


argamassa do grupo A,
configuração 4
CP D1 D2 D3 D
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 50,08 50,25 50,01 50,11


2 50,36 50,11 50,15 50,21
3 49,93 50,08 50,15 50,05
4 50,18 50,26 50,13 50,19
5 50,41 49,81 50,07 50,10
6 49,94 49,90 49,98 49,94
7 50,13 50,07 50,13 50,11
8 50,23 50,26 50,36 50,28
9 50,42 50,20 50,11 50,24

Média 50,19 50,10 50,12 50,14


Desvio 0,19 0,16 0,11 0,11
CV 0,37% 0,32% 0,22% 0,21%

Fonte: produzido pelo autor

As alturas da amostra da argamassa do grupo A, configuração 4, estão apresentadas


na Tabela 71.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 213

Tabela 71 – Alturas da amostra da ar-


gamassa do grupo A, con-
figuração 4
CP H1 H2 H3 H
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 85,12 84,70 85,05 84,96


2 90,37 90,24 90,35 90,32
3 81,08 81,69 81,69 81,49
4 87,47 87,26 87,27 87,33
5 91,08 90,89 91,10 91,02
6 87,88 87,88 87,83 87,86
7 90,01 89,77 89,60 89,79
8 89,41 89,40 89,72 89,51
9 89,41 89,40 89,72 89,51

Média 87,98 87,91 88,04 87,98


Desvio 3,15 2,99 3,01 3,05
CV 3,59% 3,40% 3,42% 3,47%

Fonte: produzido pelo autor

Os diâmetros da amostra da argamassa do grupo A, configuração 8, estão apresen-


tados na Tabela 72.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 214

Tabela 72 – Diâmetros da amostra da


argamassa do grupo A,
configuração 8
CP D1 D2 D3 D
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 50,40 50,49 50,39 50,43


2 48,65 48,67 48,71 48,68
3 48,52 48,57 48,67 48,59
4 48,83 48,81 48,86 48,83
5 48,25 48,53 48,63 48,47
6 48,56 48,52 48,65 48,58
7 48,60 48,34 48,40 48,45
8 50,21 50,20 50,16 50,19
9*

Média 49,00 49,02 49,06 49,03


Desvio 0,82 0,83 0,76 0,80
CV 1,68% 1,70% 1,56% 1,64%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: * Valores desconsiderados por erros.

As alturas da amostra da argamassa do grupo A, configuração 8, estão apresentadas


na Tabela 73.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 215

Tabela 73 – Alturas da amostra da ar-


gamassa do grupo A, con-
figuração 8
CP H1 H2 H3 H
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 92,74 92,99 82,87 89,53


2 86,51 86,24 86,33 86,36
3 86,39 87,06 86,75 86,73
4 92,82 93,13 92,97 92,97
5 89,67 89,48 89,56 89,57
6 86,16 86,22 86,32 86,23
7 86,53 86,66 86,84 86,68
8 88,73 89,06 88,80 88,86
9*

Média 88,69 88,86 87,56 88,37


Desvio 2,82 2,87 2,95 2,34
CV 3,18% 3,23% 3,37% 2,65%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: * Valores desconsiderados por erros.

Os diâmetros da amostra da argamassa do grupo B, configuração R, estão apresen-


tados na Tabela 74.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 216

Tabela 74 – Diâmetros da amostra da


argamassa do grupo B,
configuração R
CP D1 D2 D3 D
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 50,16 50,16 50,4 50,24


2 50,41 50,51 50,4 50,44
3 49,9 49,97 49,89 49,92
4 50,19 50,14 50,25 50,19
5 50,19 50,16 50,35 50,23
6 50,07 50,16 50,22 50,15
7 50,15 50,45 50,3 50,30
8 50,31 50,2 50,11 50,21
9 50,16 50,1 50,09 50,12

Média 50,17 50,21 50,22 50,20


Desvio 0,14 0,17 0,17 0,14
CV 0,28% 0,34% 0,34% 0,28%

Fonte: produzido pelo autor

As alturas da amostra da argamassa do grupo B, configuração R, estão apresentadas


na Tabela 75.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 217

Tabela 75 – Alturas da amostra da ar-


gamassa do grupo B, con-
figuração R
CP H1 H2 H3 H
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 95,66 95,85 95,73 95,75


2 93,02 93,28 93,21 93,17
3 93,26 93,27 93,3 93,28
4 91,9 91,96 91,98 91,95
5 91,11 91,1 90,95 91,05
6 94,64 94,55 94,55 94,58
7 96,13 95,9 95,88 95,97
8 93,7 94,05 94,1 93,95
9 94,8 95,64 94,73 95,06
Média 93,80 93,96 93,83 93,86
Desvio 1,67 1,72 1,64 1,67
CV 1,78% 1,83% 1,75% 1,78%

Fonte: produzido pelo autor

Os diâmetros da amostra da argamassa do grupo B, configuração E, estão apresen-


tados na Tabela 76.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 218

Tabela 76 – Diâmetros da amostra da


argamassa do grupo B,
configuração E
CP D1 D2 D3 D
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 50,16 50,21 50,01 50,13


2 49,99 49,86 50,04 49,96
3 50,26 50,15 50,23 50,21
4 50,09 50,13 50,07 50,10
5 50,22 50,12 50,17 50,17
6 49,95 49,85 50,01 49,94
7 50,45 50,17 50,38 50,33
8 50,52 50,41 50,48 50,47
9 50,19 50,1 50,24 50,18

Média 50,20 50,11 50,18 50,17


Desvio 0,19 0,17 0,17 0,17
CV 0,38% 0,34% 0,33% 0,33%

Fonte: produzido pelo autor

As alturas da amostra da argamassa do grupo B, configuração E, estão apresentadas


na Tabela 77.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 219

Tabela 77 – Alturas da amostra da ar-


gamassa do grupo B, con-
figuração E
CP H1 H2 H3 H
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 93,73 93,6 93,54 93,62


2 92,56 92,59 92,34 92,50
3 94,45 94,45 94,22 94,37
4 94,89 94,63 94,6 94,71
5 94,82 94,82 95,07 94,90
6 89,71 89,93 89,91 89,85
7 92,25 92,42 92,2 92,29
8 93,05 92,55 92,84 92,81
9 94,07 94,11 94,15 94,11

Média 93,28 93,23 93,21 93,24


Desvio 1,64 1,55 1,59 1,59
CV 1,76% 1,67% 1,71% 1,71%

Fonte: produzido pelo autor

Os diâmetros da amostra da argamassa do grupo B, configuração 4, estão apresen-


tados na Tabela 78.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 220

Tabela 78 – Diâmetros da amostra da


argamassa do grupo B,
configuração 4
CP D1 D2 D3 D
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 50,17 50,16 50,14 50,16


2 50,49 50,36 50,57 50,47
3 50,36 50,27 50,37 50,33
4 50,24 50,21 50,29 50,25
5 49,89 50 50,16 50,02
6 50,49 50,36 50,39 50,41
7 50,14 50,02 49,93 50,03
8 49,95 49,85 49,98 49,93
9 50,14 50,05 50,14 50,11

Média 50,21 50,14 50,22 50,19


Desvio 0,21 0,18 0,21 0,19
CV 0,42% 0,35% 0,41% 0,38%

Fonte: produzido pelo autor

As alturas da amostra da argamassa do grupo B, configuração 4, estão apresentados


na Tabela 79.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 221

Tabela 79 – Alturas da amostra da ar-


gamassa do grupo B, con-
figuração 4
CP H1 H2 H3 H
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 92,42 92,34 92,43 92,40


2 92,10 92,11 91,96 92,06
3 92,71 93,17 92,32 92,73
4 95,81 95,23 95,67 95,57
5 95,53 95,82 95,88 95,74
6 93,03 92,93 93,1 93,02
7 95,53 94,46 95,06 95,02
8 93,24 93,19 93,38 93,27
9 94,96 94,53 94,67 94,72

Média 93,93 93,75 93,83 93,84


Desvio 1,50 1,30 1,51 1,43
CV 1,60% 1,39% 1,61% 1,52%

Fonte: produzido pelo autor

Os diâmetros da amostra da argamassa do grupo B, configuração 8, estão apresen-


tados na Tabela 80.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 222

Tabela 80 – Diâmetros da amostra da


argamassa do grupo B,
configuração 8
CP D1 D2 D3 D
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 50,17 50,28 50,31 50,25


2 50,32 50,32 50,38 50,34
3 50,07 50,31 50,26 50,21
4 50,11 50,12 50,08 50,10
5 49,95 50,02 50,23 50,07
6 50,15 50,02 50,03 50,07
7*
8 50 50,24 50,27 50,17
9 50,15 50,16 50,24 50,18

Média 50,12 50,18 50,23 50,17


Desvio 0,11 0,12 0,12 0,10
CV 0,23% 0,24% 0,23% 0,19%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: * Valores desconsiderados por erros.

As alturas da amostra da argamassa do grupo B, configuração 8, estão apresentados


na Tabela 81.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 223

Tabela 81 – Alturas da amostra da ar-


gamassa do grupo B, con-
figuração 8
CP H1 H2 H3 H
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 93,95 94,92 94,19 94,35


2 94,45 94,92 94,5 94,62
3 94,86 95,15 95,03 95,01
4 94,7 95,35 94,97 95,01
5 92,9 91,92 93 92,61
6 94,01 94,29 94,65 94,32
7
8 95,38 95,56 95,16 95,37
9 95 95,38 95,94 95,44

Média 94,41 94,69 94,68 94,59


Desvio 0,78 1,18 0,86 0,91
CV 0,82% 1,25% 0,90% 0,96%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: * Valores desconsiderados por erros.

A.1.3.2 Caracterizações mecânicas

As resistências mecânicas da amostra da argamassa do grupo A, configuração R,


estão apresentadas na Tabela 82.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 224

Tabela 82 – Resistências me-


cânicas das arga-
massas do grupo
A, configuração
R
CP Compressão Tração
(MPa) (MPa)

1 12,1 -
2 12,0 -
3 13,4 -
4 12,8 -
5 13,1 -
6 - 1,1
6 - 1,3
8 - 1,5
9 - 1,4

Média 12,7 1,3


Desvio 0,6 0,2
CV 4,8% 13,6%

Fonte: produzido pelo autor

As resistências mecânicas da amostra da argamassa do grupo A, configuração E,


estão apresentadas na Tabela 83.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 225

Tabela 83 – Resistências me-


cânicas das arga-
massas do grupo
A, configuração E
CP Compressão Tração
(MPa) (MPa)

1 10,6 -
2 11,5 -
3 12,1 -
4 13,9 -
5 10,4 -
6 - 1,4
7 - 1,2
8 - 1,4
9 - 1,3

Média 11,7 1,3


Desvio 1,4 0,1
CV 12,1% 8,8%

Fonte: produzido pelo autor

As resistências mecânicas da amostra da argamassa do grupo A, configuração 4,


estão apresentadas na Tabela 84.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 226

Tabela 84 – Resistências me-


cânicas das arga-
massas do grupo
A, configuração 4
CP Compressão Tração
(MPa) (MPa)

1 16,1 -
2 11,6 -
3 12,7 -
4 14,4 -
5 13,3 -
6 - 1,7
7 - 1,3
8 - 2,0
9 - 1,8

Média 13,6 1,7


Desvio 1,7 0,3
CV 12,8% 16,5%

Fonte: produzido pelo autor

As resistências mecânicas da amostra da argamassa do grupo A, configuração 8,


estão apresentadas na Tabela 85.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 227

Tabela 85 – Resistências me-


cânicas das arga-
massas do grupo
A, configuração 8
CP Compressão Tração
(MPa) (MPa)

1 15,4 -
2 15,1 -
3 16,0 -
4 15,1 -
5 - 1,2
6 - 1,7
7 - 1,7
8 - 1,6
9* - -

Média 15,4 1,5


Desvio 0,4 0,2
CV 2,8% 15,0%

Fonte: produzido pelo autor

As resistências mecânicas da amostra da argamassa do grupo B, configuração R,


estão apresentadas na Tabela 86.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 228

Tabela 86 – Resistências me-


cânicas das arga-
massas do grupo
B, configuração R
CP Compressão Tração
(MPa) (MPa)

1 21,3 -
2 22,1 -
3 21,7 -
4 22,1 -
5 23,4 -
6 - 2,1
7 - 2,7
8 - 2,6
9 - 3,1

Média 22,1 2,6


Desvio 0,8 0,4
CV 3,6% 15,6%

Fonte: produzido pelo autor

As resistências mecânicas da amostra da argamassa do grupo B, configuração E,


estão apresentadas na Tabela 87.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 229

Tabela 87 – Resistências me-


cânicas das arga-
massas do grupo
B, configuração E
CP Compressão Tração
(MPa) (MPa)

1 10,6 -
2 12,2 -
3 15,1 -
4 13,1 -
5 14,3 -
6 - 1,4
7 - 2,1
8 - 1,3
9 - 1,8

Média 13,0 1,6


Desvio 1,8 0,4
CV 13,6% 21,9%

Fonte: produzido pelo autor

As resistências mecânicas da amostra da argamassa do grupo B, configuração 4,


estão apresentadas na Tabela 88.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 230

Tabela 88 – Resistências me-


cânicas das arga-
massas do grupo
B, configuração 4
CP Compressão Tração
(MPa) (MPa)

1 12,6 -
2 13,6 -
3 13,8 -
4 10,9 -
5 12,6 -
6 - 1,4
7 - 1,6
8 - 2,0
9 - 2,0

Média 12,7 1,8


Desvio 1,2 0,3
CV 9,3% 16,8%

Fonte: produzido pelo autor

As resistências mecânicas da amostra da argamassa do grupo B, configuração 8,


estão apresentadas na Tabela 89.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 231

Tabela 89 – Resistências me-


cânicas das arga-
massas do grupo
B, configuração 8
CP Compressão Tração
(MPa) (MPa)

1 14,9 -
2 13,9 -
3 12,4 -
4 11,2 -
5 - 1,9
6 - 1,7
7* - -
8 - 1,0
9 - 1,9

Média 13,1 1,6


Desvio 1,6 0,4
CV 12,5% 26,8%

Fonte: produzido pelo autor

A.1.4 Graute
A.1.4.1 Estado fresco

Os resultados dos abatimentos de troncos de cone para os grautes utilizados na


pesquisa estão apresentados na tabela Tabela 90. Cada combinação representa a associação
entre um determinado grupo e configuração.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 232

Tabela 90 – Abatimentos de
troncos de cone
para os grautes
utilizados na
pesquisa
Amostra Abatimento Erro
(mm) (mm)

AR 205 5
AE 230 30
A4 220 20
A8 220 20
BR 220 20
BE 230 30
B4 220 20
B8 220 20

Fonte: produzido pelo autor

A.1.4.2 Estado endurecido


A.1.4.2.1 Caracterizações geométricas

Os diâmetros da amostra do graute do grupo A, configuração R, estão apresentados


na Tabela 91.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 233

Tabela 91 – Diâmetros da amostra do


graute do grupo A, configu-
ração R
CP D1 D2 D3 D
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 100,73 99,26 100,72 100,24


2 100,27 100,42 101,27 100,65
3 101,15 101,02 101,32 101,16
4 100,10 100,28 99,77 100,05
5 100,52 99,82 99,50 99,95
6 100,65 100,07 100,20 100,31
7 99,54 100,53 100,40 100,16
8 99,86 100,21 100,00 100,02
9 100,07 100,25 100,35 100,22

Média 100,32 100,21 100,39 100,31


Desvio 0,49 0,49 0,62 0,38
CV 0,49% 0,48% 0,62% 0,38%

Fonte: produzido pelo autor

As alturas da amostra do graute do grupo A, configuração R, estão apresentadas


na Tabela 92.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 234

Tabela 92 – Alturas da amostra do


graute do grupo A, configu-
ração R
CP H1 H2 H3 H
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 192,58 192,71 192,97 192,75


2 194,88 195,66 195,30 195,28
3 189,34 189,32 189,49 189,38
4 195,25 195,39 195,40 195,35
5 188,60 188,19 188,47 188,42
6 195,65 195,51 196,13 195,76
7 194,13 194,15 194,30 194,19
8 193,65 193,64 193,56 193,62
9 193,26 193,04 193,26 193,19

Média 193,04 193,07 193,21 193,10


Desvio 2,51 2,68 2,63 2,60
CV 1,30% 1,39% 1,36% 1,35%

Fonte: produzido pelo autor

Os diâmetros da amostra do graute do grupo A, configuração E, estão apresentados


na Tabela 93.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 235

Tabela 93 – Diâmetros da amostra do


graute do grupo A, configu-
ração E
CP D1 D2 D3 D
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 99,34 98,51 98,74 98,63


2 100,37 100,86 100,47 100,67
3 101,75 101,81 101,23 101,52
4 100,17 99,94 99,78 99,86
5 99,39 99,76 99,63 99,70
6 99,81 100,78 101,01 100,90
7 99,69 98,95 99,14 99,05
8 100,23 99,97 99,71 99,84
9 99,55 100,20 100,30 100,25

Média 100,03 100,09 100,00 100,04


Desvio 0,74 1,00 0,82 0,90
CV 0,74% 1,00% 0,82% 0,90%

Fonte: produzido pelo autor

As alturas da amostra do graute do grupo A, configuração E, estão apresentadas


na Tabela 94.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 236

Tabela 94 – Alturas da amostra do


graute do grupo A, configu-
ração E
CP H1 H2 H3 H
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 186,59 186,34 186,56 186,50


2 193,76 104,11 193,74 163,87
3 193,23 192,82 192,92 192,99
4 193,05 193,11 193,34 193,17
5 190,38 190,12 190,18 190,23
6 194,17 193,68 193,24 193,70
7 193,98 194,11 194,12 194,07
8 193,06 192,76 192,74 192,85
9 192,79 192,66 193,01 192,82

Média 192,33 182,19 192,21 188,91


Desvio 2,42 29,38 2,39 9,68
CV 1,26% 16,12% 1,24% 5,12%

Fonte: produzido pelo autor

Os diâmetros da amostra do graute do grupo A, configuração 4, estão apresentados


na Tabela 95.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 237

Tabela 95 – Diâmetros da amostra do


graute do grupo A, configu-
ração 4
CP D1 D2 D3 D
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 100,45 99,53 98,96 99,25


2 100,25 99,97 100,80 100,39
3 99,75 100,25 100,23 100,24
4 100,08 99,85 99,00 99,43
5 99,83 100,19 100,42 100,31
6 98,35 98,14 98,49 98,32
7 100,24 100,73 100,73 100,73
8 100,45 100,13 100,74 100,44
9 99,99 100,19 100,09 100,14

Média 99,93 99,89 99,94 99,91


Desvio 0,64 0,73 0,89 0,77
CV 0,64% 0,73% 0,89% 0,77%

Fonte: produzido pelo autor

As alturas da amostra do graute do grupo A, configuração 4, estão apresentadas


na Tabela 96.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 238

Tabela 96 – Alturas da amostra do


graute do grupo A, configu-
ração 4
CP H1 H2 H3 H
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 190,86 191,02 190,50 190,79


2 194,53 194,45 194,32 194,43
3 193,89 193,89 193,55 193,78
4 196,20 196,72 195,99 196,30
5 193,91 194,39 193,79 194,03
6 191,57 191,58 191,45 191,53
7 193,87 193,94 193,80 193,87
8 192,98 192,92 193,21 193,04
9 190,36 190,61 190,73 190,57

Média 193,13 193,28 193,04 193,15


Desvio 1,88 1,95 1,81 1,88
CV 0,98% 1,01% 0,94% 0,97%

Fonte: produzido pelo autor

Os diâmetros da amostra do graute do grupo A, configuração 8, estão apresentados


na Tabela 97.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 239

Tabela 97 – Diâmetros da amostra do


graute do grupo A, configu-
ração 8
CP D1 D2 D3 D
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 101,60 101,67 101,76 101,72


2 99,51 100,86 100,12 100,49
3 100,61 100,46 100,52 100,49
4 100,42 100,57 100,61 100,59
5 99,09 98,87 98,77 98,82
6 100,42 100,51 100,47 100,49
7 100,54 100,79 100,59 100,69
8 99,63 99,60 99,94 99,77
9 100,06 100,12 100,34 100,23

Média 100,21 100,38 100,35 100,37


Desvio 0,74 0,80 0,78 0,77
CV 0,74% 0,79% 0,78% 0,77%

Fonte: produzido pelo autor

As alturas da amostra do graute do grupo A, configuração 8, estão apresentadas


na Tabela 98.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 240

Tabela 98 – Alturas da amostra do


graute do grupo A, configu-
ração 8
CP H1 H2 H3 H
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 193,34 192,32 192,86 192,84


2 193,93 193,11 192,82 193,29
3 192,52 192,49 192,72 192,58
4 187,66 187,81 187,47 187,65
5 191,51 191,41 191,21 191,38
6 191,19 190,97 191,52 191,23
7 193,44 193,97 193,83 193,75
8 193,17 192,64 194,07 193,29
9 190,71 191,41 191,32 191,15

Média 191,94 191,79 191,98 191,90


Desvio 1,96 1,76 1,98 1,87
CV 1,02% 0,92% 1,03% 0,97%

Fonte: produzido pelo autor

Os diâmetros da amostra do graute do grupo B, configuração R, estão apresentados


na Tabela 99.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 241

Tabela 99 – Diâmetros da amostra do


graute do grupo B, configu-
ração R
CP D1 D2 D3 D
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 101,52 100,12 99,08 99,60


2 100,54 99,92 100,18 100,05
3 100,07 99,40 100,33 99,87
4 101,03 100,26 101,40 100,83
5 100,50 100,30 100,34 100,32
6 100,41 99,91 100,41 100,16
7 101,49 101,35 99,54 100,45
8 101,23 100,15 100,94 100,55
9 100,48 100,22 98,84 99,53

Média 100,81 100,18 100,12 100,15


Desvio 0,52 0,52 0,83 0,43
CV 0,52% 0,52% 0,83% 0,43%

Fonte: produzido pelo autor

As alturas da amostra do graute do grupo B, configuração R, estão apresentadas


na Tabela 100.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 242

Tabela 100 – Alturas da amostra do


graute do grupo B, confi-
guração R
CP H1 H2 H3 H
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 195,13 194,86 195,25 195,08


2 194,09 193,98 194,30 194,12
3 194,51 194,60 194,55 194,55
4 193,09 192,87 193,09 193,02
5 193,06 193,21 193,06 193,11
6 192,72 192,86 192,71 192,76
7 194,04 194,88 194,31 194,41
8 193,75 193,72 193,98 193,82
9 193,88 193,57 193,45 193,63

Média 193,81 193,84 193,86 193,83


Desvio 0,76 0,80 0,83 0,78
CV 0,39% 0,41% 0,43% 0,40%

Fonte: produzido pelo autor

Os diâmetros da amostra do graute do grupo B, configuração E, estão apresentados


na Tabela 101.

Tabela 101 – Diâmetros da amostra do graute


do grupo B, configuração E
CP D1 D2 D3 D
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 101,48 100,59 100,77 100,68


2 99,03 99,03 99,01 99,02
3 100,44 99,55 100,78 100,17
4 99,10 99,02 100,18 99,60
5 99,06 98,79 98,65 98,72
6 100,64 100,40 99,68 100,04
7 100,23 100,44 100,13 100,29
8 100,15 100,24 100,91 100,58
9 98,93 99,57 100,30 99,94

Média (mm) 99,90 99,74 100,05 99,89


Desvio (mm) 0,90 0,70 0,79 0,67
CV 0,91% 0,70% 0,79% 0,67%

Fonte: produzido pelo autor


APÊNDICE A. Resultados experimentais 243

As alturas da amostra do graute do grupo B, configuração E, estão apresentadas


na Tabela 102.

Tabela 102 – Alturas da amostra do


graute do grupo B, confi-
guração E
CP H1 H2 H3 H
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 192,00 192,12 191,58 191,90


2 194,41 194,64 194,71 194,59
3 192,93 192,66 192,96 192,85
4 190,14 190,48 190,15 190,26
5 196,37 194,49 194,58 195,15
6 192,60 192,61 193,00 192,74
7 192,67 192,87 192,83 192,79
8 191,51 191,45 191,25 191,40
9 193,98 194,03 194,10 194,04

Média 192,96 192,82 192,80 192,86


Desvio 1,80 1,39 1,56 1,56
CV 0,93% 0,72% 0,81% 0,81%

Fonte: produzido pelo autor

Os diâmetros da amostra do graute do grupo B, configuração 4, estão apresentados


na Tabela 103.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 244

Tabela 103 – Diâmetros da amostra do


graute do grupo B, confi-
guração 4
CP D1 D2 D3 D
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 99,78 100,11 99,85 99,98


2 100,46 100,48 100,40 100,44
3 101,18 101,40 101,66 101,53
4 101,15 101,16 101,04 101,10
5 100,35 99,71 100,29 100,00
6 101,43 101,90 100,90 101,40
7 99,90 100,43 100,62 100,53
8 99,50 99,63 99,86 99,75
9 100,45 100,78 100,72 100,75

Média 100,47 100,62 100,59 100,61


Desvio 0,67 0,77 0,58 0,64
CV 0,67% 0,76% 0,57% 0,64%

Fonte: produzido pelo autor

As alturas da amostra do graute do grupo B, configuração 4, estão apresentadas


na Tabela 104.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 245

Tabela 104 – Alturas da amostra do


graute do grupo B, confi-
guração 4
CP H1 H2 H3 H
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 194,53 195,33 194,65 194,84


2 193,48 194,65 194,52 194,22
3 193,81 193,90 194,00 193,90
4 193,48 193,61 194,24 193,78
5 194,67 194,73 195,10 194,83
6 193,39 193,95 193,52 193,62
7 192,81 192,97 193,59 193,12
8 193,71 193,71 194,06 193,83
9 192,98 193,20 193,72 193,30

Média 193,65 194,01 194,16 193,94


Desvio 0,62 0,76 0,53 0,60
CV 0,32% 0,39% 0,27% 0,31%

Fonte: produzido pelo autor

Os diâmetros da amostra do graute do grupo B, configuração 8, estão apresentados


na Tabela 105.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 246

Tabela 105 – Diâmetros da amostra do


graute do grupo B, confi-
guração 8
CP D1 D2 D3 D
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 101,08 101,45 101,73 101,59


2 99,45 99,08 99,08 99,08
3 100,51 100,13 100,89 100,51
4 100,64 100,16 100,43 100,30
5 100,21 100,66 100,94 100,80
6 99,30 99,01 99,31 99,16
7 99,80 100,61 100,87 100,74
8 100,43 100,81 100,58 100,70
9 100,71 100,57 100,76 100,67

Média 100,24 100,28 100,51 100,39


Desvio 0,60 0,80 0,83 0,80
CV 0,60% 0,79% 0,83% 0,80%

Fonte: produzido pelo autor

As alturas da amostra do graute do grupo B, configuração 8, estão apresentadas


na Tabela 106.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 247

Tabela 106 – Alturas da amostra do


graute do grupo B, confi-
guração 8
CP H1 H2 H3 H
(mm) (mm) (mm) (mm)

1 195,43 193,59 194,49 194,50


2 193,94 193,89 194,24 194,02
3 193,74 193,46 193,93 193,71
4 194,55 193,63 193,60 193,93
5 192,10 192,53 192,66 192,43
6 192,84 192,94 192,40 192,73
7 193,36 194,29 194,24 193,96
8 194,52 193,82 193,58 193,97
9 195,17 195,61 195,62 195,47

Média 193,96 193,75 193,86 193,86


Desvio 1,08 0,87 0,97 0,89
CV 0,56% 0,45% 0,50% 0,46%

Fonte: produzido pelo autor

A.1.4.2.2 Caracterizações físicas

As medições e variáveis utilizadas para o cálculo dos módulos de elasticidade da


amostra do graute do grupo A, configuração R, estão apresentadas na Tabela 107.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 248

Tabela 107 – Medições e variáveis utilizadas no cálculo dos módulos de


elasticidade nos grautes do grupo A, configuração R
CP m t D H v V ρ E
(g) (us) (mm) (mm) (mm/µs) (m3) (kg/m3) (MPa)

1 3397 48,4 100,24 192,75 3,983 0,001521 2233,3 31879


2 3452 49,4 100,65 195,28 3,953 0,001554 2221,6 31244
3 3327 47,9 101,16 189,38 3,954 0,001522 2185,6 30749
4 3444 48,4 100,05 195,35 4,036 0,001536 2242,5 32877
5 3306 * 99,95 188,42 * 0,001478 2236,4 *
6 3458 48,4 100,31 195,76 4,045 0,001547 2235,3 32912
7 3412 47,9 100,16 194,19 4,054 0,001530 2230,1 32989
8 3365 48,9 100,02 193,62 3,959 0,001521 2211,8 31208
9 3372 47,9 100,22 193,19 4,033 0,001524 2212,5 32390

Média 3393 48,4 100,31 193,10 4,002 1,53E-03 2223,2 32031


Desvio 55 0,53 0,38 2,60 0,044 2,15E-05 17,7 887
CV 1,6% 1,1% 0,38% 1,35% 1,1% 1,4% 0,8% 2,8%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: * Valores desconsiderados por erros.


Coeficiente de Poisson adotado como 0,2.
m: massa do corpo de prova.
t: tempo de propagação da onda.
H: distância entre os pontos de acoplamento dos transdutores.
v: velocidade de propagação da onda.
V: volume do corpo de prova.
µ: massa específica.
E: módulo de elasticidade.

As medições e variáveis utilizadas para o cálculo dos módulos de elasticidade da


amostra do graute do grupo A, configuração E, estão apresentadas na Tabela 108.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 249

Tabela 108 – Medições e variáveis utilizadas no cálculo dos módulos de


elasticidade nos grautes do grupo A, configuração E
CP m t D H v V ρ E
(g) (us) (mm) (mm) (mm/µs) (m3) (kg/m3) (MPa)

1 3289 49,4 98,63 186,50 3,775 0,001425 2308,5 29611


2 3409 50,4 100,67 163,87 3,251 0,001304 2613,9 24869
3 3399 50,4 101,52 192,99 3,829 0,001562 2175,8 28713
4 3407 * 99,86 193,17 * 0,001513 2252,0 *
5 3347 48,9 99,70 190,23 3,890 0,001485 2254,0 30698
6 3442 50,9 100,90 193,70 3,805 0,001549 2222,6 28967
7 3421 50,9 99,05 194,07 3,813 0,001495 2287,9 29934
8 3410 48,4 99,84 192,85 3,985 0,001510 2258,5 32273
9 3418 47,9 100,25 192,82 4,025 0,001522 2245,7 32752

Média 3394 49,7 100,04 188,91 3,797 1,48E-03 2291,0 29727


Desvio 47 1,16 0,90 9,68 0,238 7,84E-05 126,7 2445
CV 1,4% 2,3% 0,90% 5,12% 6,3% 5,3% 5,5% 8,2%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: * Valores desconsiderados por erros.


Coeficiente de Poisson adotado como 0,2.
m: massa do corpo de prova.
t: tempo de propagação da onda.
H: distância entre os pontos de acoplamento dos transdutores.
v: velocidade de propagação da onda.
V: volume do corpo de prova.
µ: massa específica.
E: módulo de elasticidade.

As medições e variáveis utilizadas para o cálculo dos módulos de elasticidade da


amostra do graute do grupo A, configuração 4, estão apresentadas na Tabela 109.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 250

Tabela 109 – Medições e variáveis utilizadas no cálculo dos módulos de


elasticidade nos grautes do grupo A, configuração 4
CP m t D H v V ρ E
(g) (us) (mm) (mm) (mm/µs) (m3) (kg/m3) (MPa)

1 3357 45,9 99,25 190,79 4,157 0,001476 2274,5 35369


2 3435 46,4 100,39 194,43 4,190 0,001539 2232,2 35276
3 3434 46,4 100,24 193,78 4,176 0,001529 2245,6 35248
4 3423 45,9 99,43 196,30 4,277 0,001524 2245,9 36972
5 3435 46,4 100,31 194,03 4,182 0,001533 2240,4 35259
6 3441 46,4 98,32 191,53 4,128 0,001454 2366,5 36292
7 3430 46,4 100,73 193,87 4,178 0,001545 2220,1 34882
8 3364 46,9 100,44 193,04 4,116 0,001529 2199,7 33538
9 3362 45,9 100,14 190,57 4,152 0,001501 2240,0 34750

Média 3409 46,3 99,91 193,15 4,173 1,51E-03 2251,6 35287


Desvio 36 0,33 0,77 1,88 0,046 3,11E-05 47,6 960
CV 1,1% 0,7% 0,77% 0,97% 1,1% 2,1% 2,1% 2,7%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: Coeficiente de Poisson adotado como 0,2.


m: massa do corpo de prova.
t: tempo de propagação da onda.
H: distância entre os pontos de acoplamento dos transdutores.
v: velocidade de propagação da onda.
V: volume do corpo de prova.
µ: massa específica.
E: módulo de elasticidade.

As medições e variáveis utilizadas para o cálculo dos módulos de elasticidade da


amostra do graute do grupo A, configuração 8, estão apresentadas na Tabela 110.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 251

Tabela 110 – Medições e variáveis utilizadas no cálculo dos módulos de


elasticidade nos grautes do grupo A, configuração 8
CP m t D H v V ρ E
(g) (us) (mm) (mm) (mm/µs) (m3) (kg/m3) (MPa)

1 3568 47,4 101,72 192,84 4,068 0,001567 2277,0 33919


2 3450 46,9 100,49 193,29 4,121 0,001533 2250,5 34402
3 3476 46,9 100,49 192,58 4,106 0,001527 2275,8 34534
4 3285 46,4 100,59 187,65 4,044 0,001491 2202,9 32425
5 3277 47,4 98,82 191,38 4,037 0,001468 2232,6 32755
6 3463 46,9 100,49 191,23 4,077 0,001517 2283,3 34163
7 3490 48,4 100,69 193,75 4,003 0,001543 2262,2 32625
8 3421 46,9 99,77 193,29 4,121 0,001511 2263,8 34608
9 3279 47,4 100,23 191,15 4,033 0,001508 2174,1 31821

Média 3412 47,2 100,37 191,90 4,068 1,52E-03 2246,9 33472


Desvio 106 0,57 0,77 1,87 0,042 2,89E-05 37,1 1062
CV 3,1% 1,2% 0,77% 0,97% 1,0% 1,9% 1,7% 3,2%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: Coeficiente de Poisson adotado como 0,2.


m: massa do corpo de prova.
t: tempo de propagação da onda.
H: distância entre os pontos de acoplamento dos transdutores.
v: velocidade de propagação da onda.
V: volume do corpo de prova.
µ: massa específica.
E: módulo de elasticidade.

As medições e variáveis utilizadas para o cálculo dos módulos de elasticidade da


amostra do graute do grupo B, configuração R, estão apresentadas na Tabela 111.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 252

Tabela 111 – Medições e variáveis utilizadas no cálculo dos módulos de


elasticidade nos grautes do grupo B, configuração R
CP m t D H v V ρ E
(g) (us) (mm) (mm) (mm/µs) (m3) (kg/m3) (MPa)

1 3498 45,9 99,60 195,08 4,250 0,001520 2301,4 37415


2 3465 45,9 100,05 194,12 4,229 0,001526 2270,4 36549
3 3463 45,9 99,87 194,55 4,239 0,001524 2272,5 36744
4 3446 45,4 100,83 193,02 4,251 0,001541 2235,9 36372
5 3446 45,3 100,32 193,11 4,263 0,001526 2257,6 36923
6 3454 45,4 100,16 192,76 4,246 0,001519 2274,2 36898
7 3463 45,9 100,45 194,41 4,236 0,001541 2248,0 36295
8 3469 45,9 100,55 193,82 4,223 0,001539 2254,3 36174
9 3405 45,4 99,53 193,63 4,265 0,001507 2260,2 37002

Média 3457 45,7 100,15 193,83 4,245 1,53E-03 2263,8 36708


Desvio 25 0,28 0,43 0,78 0,014 1,16E-05 18,8 397
CV 0,7% 0,6% 0,43% 0,40% 0,3% 0,8% 0,8% 1,1%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: Coeficiente de Poisson adotado como 0,2.


m: massa do corpo de prova.
t: tempo de propagação da onda.
H: distância entre os pontos de acoplamento dos transdutores.
v: velocidade de propagação da onda.
V: volume do corpo de prova.
µ: massa específica.
E: módulo de elasticidade.

As medições e variáveis utilizadas para o cálculo dos módulos de elasticidade da


amostra do graute do grupo B, configuração E, estão apresentadas na Tabela 112.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 253

Tabela 112 – Medições e variáveis utilizadas no cálculo dos módulos de


elasticidade nos grautes do grupo B, configuração E
CP m t D H v V ρ E
(g) (us) (mm) (mm) (mm/µs) (m3) (kg/m3) (MPa)

1 3625 45,9 100,68 191,90 4,181 0,001528 2372,8 37327


2 3436 45,9 99,02 194,59 4,239 0,001498 2293,0 37089
3 3423 45,4 100,17 192,85 4,248 0,001520 2252,5 36579
4 3364 45,9 99,60 190,26 4,145 0,001482 2269,4 35092
5 3448 45,9 98,72 195,15 4,252 0,001494 2308,4 37553
6 3432 45,9 100,04 192,74 4,199 0,001515 2265,4 35949
7 3322 45,9 100,29 192,79 4,200 0,001523 2181,5 34637
8 3415 45,4 100,58 191,40 4,216 0,001521 2245,8 35925
9 3443 46,4 99,94 194,04 4,182 0,001522 2262,2 35604

Média 3434 45,8 99,89 192,86 4,207 1,51E-03 2272,3 36195


Desvio 83 0,30 0,67 1,56 0,035 1,58E-05 51,6 1012
CV 2,4% 0,7% 0,67% 0,81% 0,8% 1,0% 2,3% 2,8%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: Coeficiente de Poisson adotado como 0,2.


m: massa do corpo de prova.
t: tempo de propagação da onda.
H: distância entre os pontos de acoplamento dos transdutores.
v: velocidade de propagação da onda.
V: volume do corpo de prova.
µ: massa específica.
E: módulo de elasticidade.

As medições e variáveis utilizadas para o cálculo dos módulos de elasticidade da


amostra do graute do grupo B, configuração 4, estão apresentadas na Tabela 113.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 254

Tabela 113 – Medições e variáveis utilizadas no cálculo dos módulos de


elasticidade nos grautes do grupo B, configuração 4
CP m t D H v V ρ E
(g) (us) (mm) (mm) (mm/µs) (m3) (kg/m3) (MPa)

1 3472 46,9 99,98 194,84 4,154 0,001530 2269,8 35256


2 3517 45,9 100,44 194,22 4,231 0,001539 2285,5 36828
3 3481 46,4 101,53 193,90 4,179 0,001570 2217,4 34851
4 3485 45,9 101,10 193,78 4,222 0,001556 2240,3 35936
5 3496 46,4 100,00 194,83 4,199 0,001530 2284,6 36254
6 3488 46,4 101,40 193,62 4,173 0,001564 2230,8 34960
7 3474 46,4 100,53 193,12 4,162 0,001533 2266,5 35337
8 3491 46,4 99,75 193,83 4,177 0,001515 2305,0 36199
9 3488 45,9 100,75 193,30 4,211 0,001541 2263,4 36128

Média 3488 46,3 100,61 193,94 4,190 1,54E-03 2262,6 35750


Desvio 13 0,33 0,64 0,60 0,027 1,79E-05 28,3 675
CV 0,4% 0,7% 0,64% 0,31% 0,6% 1,2% 1,3% 1,9%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: Coeficiente de Poisson adotado como 0,2.


m: massa do corpo de prova.
t: tempo de propagação da onda.
H: distância entre os pontos de acoplamento dos transdutores.
v: velocidade de propagação da onda.
V: volume do corpo de prova.
µ: massa específica.
E: módulo de elasticidade.

As medições e variáveis utilizadas para o cálculo dos módulos de elasticidade da


amostra do graute do grupo B, configuração 8, estão apresentadas na Tabela 114.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 255

Tabela 114 – Medições e variáveis utilizadas no cálculo dos módulos de


elasticidade nos grautes do grupo B, configuração 8
CP m t D H v V ρ E
(g) (us) (mm) (mm) (mm/µs) (m3) (kg/m3) (MPa)

1 3515 45,9 101,59 194,50 4,238 0,001577 2229,5 36031


2 3488 45,9 99,08 194,02 4,227 0,001496 2331,6 37496
3 3491 45,9 100,51 193,71 4,220 0,001537 2271,4 36409
4 3492 45,9 100,30 193,93 4,225 0,001532 2279,2 36617
5 3456 44,9 100,80 192,43 4,286 0,001536 2250,6 37204
6 3452 45,9 99,16 192,73 4,199 0,001488 2319,3 36802
7 3453 45,9 100,74 193,96 4,226 0,001546 2233,5 35895
8 3454 45,4 100,70 193,97 4,273 0,001545 2236,0 36736
9 3504 45,9 100,67 195,47 4,259 0,001556 2252,4 36763

Média 3478 45,7 100,39 193,86 4,239 1,53E-03 2267,1 36661


Desvio 25 0,35 0,80 0,89 0,028 2,76E-05 37,2 509
CV 0,7% 0,8% 0,80% 0,46% 0,7% 1,8% 1,6% 1,4%

Fonte: produzido pelo autor

Notas: Coeficiente de Poisson adotado como 0,2.


m: massa do corpo de prova.
t: tempo de propagação da onda.
H: distância entre os pontos de acoplamento dos transdutores.
v: velocidade de propagação da onda.
V: volume do corpo de prova.
µ: massa específica.
E: módulo de elasticidade.

A.1.4.2.3 Caracterizações mecânicas

As resistências mecânicas da amostra do graute do grupo A, configuração R, estão


apresentadas na Tabela 115.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 256

Tabela 115 – Resistências


mecânicas
dos grautes
do grupo A,
configuração R
CP Compressão Tração
(MPa) (MPa)

1 21,5 -
2 18,2 -
3 20,9 -
4 - 1,9
5 - 2,2
6 - 2,4
7 - 2,3
8 - 2,2
9 - 1,8

Média 20,2 2,1


Desvio 1,7 0,2
CV 8,6% 10,7%

Fonte: produzido pelo autor

As resistências mecânicas da amostra do graute do grupo A, configuração E, estão


apresentadas na Tabela 116.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 257

Tabela 116 – Resistências


mecânicas
dos grautes
do grupo A,
configuração E
CP Compressão Tração
(MPa) (MPa)

1 18,7 -
2 14,3 -
3 16,1 -
4 - 2,0
5 - 2,0
6 - 2,3
7 - 2,2
8 - 2,5
9 - 2,3

Média 16,4 2,2


Desvio 2,2 0,2
CV 13,7% 9,5%

Fonte: produzido pelo autor

As resistências mecânicas da amostra do graute do grupo A, configuração 4, estão


apresentadas na Tabela 117.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 258

Tabela 117 – Resistências


mecânicas
dos grautes
do grupo A,
configuração 4
CP Compressão Tração
(MPa) (MPa)

1 26,2 -
2 26,7 -
3 24,9 -
4 - 2,8
5 - 2,6
6 - 3,2
7 - 2,5
8 - 2,3
9 - 2,4

Média 25,9 2,6


Desvio 1,0 0,3
CV 3,7% 11,8%

Fonte: produzido pelo autor

As resistências mecânicas da amostra do graute do grupo A, configuração 8, estão


apresentadas na Tabela 118.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 259

Tabela 118 – Resistências


mecânicas
dos grautes
do grupo A,
configuração 8
CP Compressão Tração
(MPa) (MPa)

1 21,6 -
2 24,1 -
3 25,3 -
4 - 2,5
5 - 2,5
6 - 2,9
7 - 2,8
8 - 2,8
9 - 2,1

Média 23,7 2,6


Desvio 1,9 0,3
CV 8,0% 10,8%

Fonte: produzido pelo autor

As resistências mecânicas da amostra do graute do grupo B, configuração R, estão


apresentadas na Tabela 119.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 260

Tabela 119 – Resistências


mecânicas
dos grautes
do grupo B,
configuração R
CP Compressão Tração
(MPa) (MPa)

1 37,4 -
2 35,2 -
3 38,0 -
4 - 3,5
5 - 3,8
6 - 3,7
7 - 2,6
8 - 2,9
9 - 4,2

Média 36,9 3,5


Desvio 1,5 0,6
CV 4,0% 16,8%

Fonte: produzido pelo autor

As resistências mecânicas da amostra do graute do grupo B, configuração E, estão


apresentadas na Tabela 120.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 261

Tabela 120 – Resistências


mecânicas
dos grautes
do grupo B,
configuração E
CP Compressão Tração
(MPa) (MPa)

1 31,1 -
2 34,9 -
3 31,8 -
4 - 3,7
5 - 2,5
6 - 3,4
7 - 3,6
8 - 3,1
9 - 3,1

Média 32,6 3,2


Desvio 2,0 0,4
CV 6,2% 13,9%

Fonte: produzido pelo autor

As resistências mecânicas da amostra do graute do grupo B, configuração 4, estão


apresentadas na Tabela 121.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 262

Tabela 121 – Resistências


mecânicas
dos grautes
do grupo B,
configuração 4
CP Compressão Tração
(MPa) (MPa)

1 33,2 -
2 29,6 -
3 37,3 -
4 - 2,8
5 - 3,1
6 - 2,8
7 - 4,0
8 - 3,6
9 - 2,7

Média 33,3 3,2


Desvio 3,9 0,5
CV 11,6% 17,4%

Fonte: produzido pelo autor

As resistências mecânicas da amostra do graute do grupo B, configuração 8, estão


apresentadas na Tabela 122.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 263

Tabela 122 – Resistências


mecânicas
dos grautes
do grupo B,
configuração 8
CP Compressão Tração
(MPa) (MPa)

1 37,2 -
2 38,9 -
3 35,7 -
4 - 3,1
5 - 3,7
6 - 2,9
7 - 2,6
8 - 2,6
9 - 2,8

Média 37,3 2,9


Desvio 1,6 0,4
CV 4,3% 14,2%

Fonte: produzido pelo autor

A.1.5 Armaduras
A.1.5.1 Aço CA-50

As curvas de tensão por deformação na caracterização do aço CA-50, armaduras


de 12,5 mm, estão apresentadas nas figuras 136, 137 e 138.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 264

Figura 136 – Curva de tensão por deformação para o corpo de prova 1 da armadura de
12,5 mm

Fonte: produzido pelo autor


APÊNDICE A. Resultados experimentais 265

Figura 137 – Curva de tensão por deformação para o corpo de prova 2 da armadura de
12,5 mm

Fonte: produzido pelo autor


APÊNDICE A. Resultados experimentais 266

Figura 138 – Curva de tensão por deformação para o corpo de prova 3 da armadura de
12,5 mm

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de tensão por deformação na caracterização do aço CA-50, armaduras


de 16,0 mm, estão apresentadas nas figuras 139, 140 e 141.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 267

Figura 139 – Curva de tensão por deformação para o corpo de prova 1 da armadura de
16,0 mm

Fonte: produzido pelo autor


APÊNDICE A. Resultados experimentais 268

Figura 140 – Curva de tensão por deformação para o corpo de prova 2 da armadura de
16,0 mm

Fonte: produzido pelo autor


APÊNDICE A. Resultados experimentais 269

Figura 141 – Curva de tensão por deformação para o corpo de prova 3 da armadura de
16,0 mm

Fonte: produzido pelo autor

A.1.5.2 Aço CA-60

As curvas de tensão por deslocamento na caracterização do aço CA-60, fios de 5,0


mm, estão apresentadas nas figuras 142, 143 e 144.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 270

Figura 142 – Curva de tensão por deslocamento para o corpo de prova 1 do fio de 5,0 mm

Fonte: produzido pelo autor


APÊNDICE A. Resultados experimentais 271

Figura 143 – Curva de tensão por deslocamento para o corpo de prova 2 do fio de 5,0 mm

Fonte: produzido pelo autor


APÊNDICE A. Resultados experimentais 272

Figura 144 – Curva de tensão por deslocamento para o corpo de prova 3 do fio de 5,0 mm

Fonte: produzido pelo autor

A.2 Tração nas emendas

A.2.0.1 Grupo A, configuração R

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração R, corpo de prova


1, está indicada na Figura 145.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 273

Figura 145 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração R, corpo de
prova 1

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração R, corpo de prova


2, está indicada na Figura 146.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 274

Figura 146 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração R, corpo de
prova 2

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração R, corpo de prova


3, está indicada na Figura 147.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 275

Figura 147 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração R, corpo de
prova 3

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração R, corpo de prova


4, está indicada na Figura 148.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 276

Figura 148 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração R, corpo de
prova 4

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração R, corpo de prova


5, está indicada na Figura 149.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 277

Figura 149 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração R, corpo de
prova 5

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração R, corpo de prova


6, está indicada na Figura 150.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 278

Figura 150 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração R, corpo de
prova 6

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força por deslocamento para o grupo A, configuração R, estão indicadas


na Figura 151.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 279

Figura 151 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração R

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração R, corpo de prova 1, está indicada na Figura 152.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 280

Figura 152 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
R, corpo de prova 1

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração R, corpo de prova 2, está indicada na Figura 153.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 281

Figura 153 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
R, corpo de prova 2

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração R, corpo de prova 3, está indicada na Figura 154.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 282

Figura 154 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
R, corpo de prova 3

Fonte: produzido pelo autor

As forças extraídas nos ensaios estão indicadas na Tabela 123.

Tabela 123 – Forças nos ensaios do grupo A, configuração R


Força AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 AR-5 AR-6 Média Desvio CV
(kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (%)

F0 16,67 17,83 17,06 15,35 19,52 13,77 16,70 1,99 11,9


F1 35,79 63,20 65,64 69,83 44,40 33,09 51,99 16,17 31,1
F2 62,13 55,86 54,48 65,52 58,48 57,86 59,06 4,10 6,9
Fcrit 46,50 64,45 65,74 70,51 52,18 44,53 57,32 10,98 19,2
Frup 76,83 73,72 77,74 80,03 74,04 71,91 75,71 3,01 4,0
Ff inal 52,08 47,60 77,39 38,84 42,80 78,54 56,21 17,44 31,0

Fonte: produzido pelo autor

Notas: O significado de cada força está indicado na Tabela 13

A.2.0.2 Grupo A, configuração E

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração E, corpo de prova


1, está indicada na Figura 155.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 283

Figura 155 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração E, corpo de
prova 1

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração E, corpo de prova


2, está indicada na Figura 156.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 284

Figura 156 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração E, corpo de
prova 2

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração E, corpo de prova


3, está indicada na Figura 157.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 285

Figura 157 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração E, corpo de
prova 3

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração E, corpo de prova


4, está indicada na Figura 158.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 286

Figura 158 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração E, corpo de
prova 4

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração E, corpo de prova


5, está indicada na Figura 159.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 287

Figura 159 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração E, corpo de
prova 5

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração E, corpo de prova


6, está indicada na Figura 160.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 288

Figura 160 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração E, corpo de
prova 6

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força por deslocamento para o grupo A, configuração E, estão indicadas


na Figura 161.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 289

Figura 161 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração E

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração E, corpo de prova 1, está indicada na Figura 162.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 290

Figura 162 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
E, corpo de prova 1

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração E, corpo de prova 2, está indicada na Figura 163.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 291

Figura 163 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
E, corpo de prova 2

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração E, corpo de prova 3, está indicada na Figura 164.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 292

Figura 164 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
E, corpo de prova 3

Fonte: produzido pelo autor

As forças extraídas nos ensaios estão indicadas na Tabela 124.

Tabela 124 – Forças nos ensaios do grupo A, configuração E


Força AE-1 AE-2 AE-3 AE-4 AE-5 AE-6 Média Desvio CV
(kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (%)

F0 13,73 16,26 22,74 17,03 11,54 19,82 16,85 4,05 24,0


F1 53,30 54,57 65,60 36,42 47,66 29,63 47,86 13,06 27,3
F2 57,54 64,27 55,64 58,78 47,73 53,32 56,21 5,55 9,9
Fcrit 60,92 61,31 66,03 45,62 52,21 33,45 53,26 12,15 22,8
Frup 75,72 82,78 71,52 81,42 59,03 61,20 71,95 10,04 14,0
Ff inal 75,02 82,09 46,91 81,11 78,59 10,56 62,38 28,59 45,8

Fonte: produzido pelo autor

Notas: O significado de cada força está indicado na Tabela 13

A.2.0.3 Grupo A, configuração 4

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4, corpo de prova


1, está indicada na Figura 165.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 293

Figura 165 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4, corpo de
prova 1

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4, corpo de prova


2, está indicada na Figura 166.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 294

Figura 166 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4, corpo de
prova 2

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4, corpo de prova


3, está indicada na Figura 167.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 295

Figura 167 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4, corpo de
prova 3

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4, corpo de prova


4, está indicada na Figura 168.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 296

Figura 168 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4, corpo de
prova 4

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4, corpo de prova


5, está indicada na Figura 169.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 297

Figura 169 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4, corpo de
prova 5

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4, corpo de prova


6, está indicada na Figura 170.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 298

Figura 170 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4, corpo de
prova 6

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4, estão indicadas


na Figura 171.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 299

Figura 171 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 4

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração 4, corpo de prova 1, está indicada na Figura 172.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 300

Figura 172 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
4, corpo de prova 1

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração 4, corpo de prova 2, está indicada na Figura 173.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 301

Figura 173 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
4, corpo de prova 2

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração 4, corpo de prova 3, está indicada na Figura 174.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 302

Figura 174 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
4, corpo de prova 3

Fonte: produzido pelo autor

As forças extraídas nos ensaios estão indicadas na Tabela 125.

Tabela 125 – Forças nos ensaios do grupo A, configuração 4


Força A4-1 A4-2 A4-3 A4-4 A4-5 A4-6 Média Desvio CV
(kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (%)

F0 16,94 20,87 16,59 19,85 20,68 25,68 20,10 3,30 16,4


F1 63,14 65,75 51,96 59,30 60,02 53,35 58,92 5,39 9,1
F2 54,35 54,55 51,96 54,05 54,27 49,24 53,07 2,10 4,0
Fcrit 64,38 66,26 59,78 60,17 62,42 62,81 62,64 2,47 3,9
Frup 77,24 77,38 80,95 75,38 79,80 78,06 78,14 1,98 2,5
Ff inal 77,24 77,38 80,95 75,38 79,80 78,06 78,14 1,98 2,5

Fonte: produzido pelo autor

Notas: O significado de cada força está indicado na Tabela 13

A.2.0.4 Grupo A, configuração 8

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8, corpo de prova


1, está indicada na Figura 175.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 303

Figura 175 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8, corpo de
prova 1

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8, corpo de prova


2, está indicada na Figura 176.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 304

Figura 176 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8, corpo de
prova 2

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8, corpo de prova


3, está indicada na Figura 177.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 305

Figura 177 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8, corpo de
prova 3

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8, corpo de prova


4, está indicada na Figura 178.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 306

Figura 178 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8, corpo de
prova 4

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8, corpo de prova


5, está indicada na Figura 179.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 307

Figura 179 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8, corpo de
prova 5

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8, corpo de prova


6, está indicada na Figura 180.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 308

Figura 180 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8, corpo de
prova 6

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8, estão indicadas


na Figura 181.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 309

Figura 181 – Curva de força por deslocamento para o grupo A, configuração 8

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração 8, corpo de prova 1, está indicada na Figura 182.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 310

Figura 182 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
8, corpo de prova 1

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração 8, corpo de prova 2, está indicada na Figura 183.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 311

Figura 183 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
8, corpo de prova 2

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo A, configuração 8, corpo de prova 3, está indicada na Figura 184.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 312

Figura 184 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo A, configuração
8, corpo de prova 3

Fonte: produzido pelo autor

As forças extraídas nos ensaios estão indicadas na Tabela 126.

Tabela 126 – Forças nos ensaios do grupo A, configuração 8


Força A8-1 A8-2 A8-3 A8-4 A8-5 A8-6 Média Desvio CV
(kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (%)

F0 25,58 21,49 21,32 24,45 20,20 22,40 22,57 2,05 9,1


F1 61,95 51,42 48,71 45,23 62,33 68,59 56,37 9,20 16,3
F2 56,22 47,47 48,74 41,69 53,33 58,24 50,95 6,15 12,1
Fcrit 67,22 54,41 56,02 53,71 64,17 68,99 60,75 6,83 11,3
Frup 83,31 78,65 77,56 72,66 80,17 81,19 78,92 3,66 4,6
Ff inal 83,31 78,65 77,56 40,27 80,14 28,84 64,80 23,78 36,7

Fonte: produzido pelo autor

Notas: O significado de cada força está indicado na Tabela 13

A.2.0.5 Grupo B, configuração R

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração R, corpo de prova


1, está indicada na Figura 185.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 313

Figura 185 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração R, corpo de
prova 1

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração R, corpo de prova


2, está indicada na Figura 186.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 314

Figura 186 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração R, corpo de
prova 2

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração R, corpo de prova


3, está indicada na Figura 187.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 315

Figura 187 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração R, corpo de
prova 3

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração R, corpo de prova


4, está indicada na Figura 188.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 316

Figura 188 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração R, corpo de
prova 4

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração R, corpo de prova


5, está indicada na Figura 189.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 317

Figura 189 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração R, corpo de
prova 5

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração R, corpo de prova


6, está indicada na Figura 190.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 318

Figura 190 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração R, corpo de
prova 6

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força por deslocamento para o grupo B, configuração R, estão indicadas


na Figura 191.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 319

Figura 191 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração R

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo B, configuração R, corpo de prova 1, está indicada na Figura 192.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 320

Figura 192 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B, configuração
R, corpo de prova 1

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo B, configuração R, corpo de prova 2, está indicada na Figura 193.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 321

Figura 193 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B, configuração
R, corpo de prova 2

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo B, configuração R, corpo de prova 3, está indicada na Figura 194.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 322

Figura 194 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B, configuração
R, corpo de prova 3

Fonte: produzido pelo autor

As forças extraídas nos ensaios estão indicadas na Tabela 127.

Tabela 127 – Forças nos ensaios do grupo B, configuração R


Força BR-1 BR-2 BR-3 BR-4 BR-5 BR-6 Média Desvio CV
(kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (%)

F0 28,67 30,27 25,22 26,76 30,15 28,62 28,28 1,97 7,0


F1 100,21 107,16 104,75 83,92 99,78 91,50 97,89 8,69 8,9
F2 100,21 95,91 92,42 83,92 90,89 78,04 90,23 8,07 8,9
Fcrit 103,69 106,99 105,68 87,99 101,92 90,53 99,47 8,13 8,2
Frup 128,67 126,92 122,13 137,00 126,03 134,69 129,24 5,59 4,3
Ff inal 53,17 33,30 28,38 21,42 98,48 29,02 43,96 28,79 65,5

Fonte: produzido pelo autor

Notas: O significado de cada força está indicado na Tabela 13

A.2.0.6 Grupo B, configuração E

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração E, corpo de prova


1, está indicada na Figura 195.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 323

Figura 195 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração E, corpo de
prova 1

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração E, corpo de prova


2, está indicada na Figura 196.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 324

Figura 196 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração E, corpo de
prova 2

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração E, corpo de prova


3, está indicada na Figura 197.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 325

Figura 197 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração E, corpo de
prova 3

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração E, corpo de prova


4, está indicada na Figura 198.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 326

Figura 198 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração E, corpo de
prova 4

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração E, corpo de prova


5, está indicada na Figura 199.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 327

Figura 199 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração E, corpo de
prova 5

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração E, corpo de prova


6, está indicada na Figura 200.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 328

Figura 200 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração E, corpo de
prova 6

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força por deslocamento para o grupo B, configuração E, estão indicadas


na Figura 161.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 329

Figura 201 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração E

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo B, configuração E, corpo de prova 1, está indicada na Figura 202.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 330

Figura 202 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B, configuração
E, corpo de prova 1

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo B, configuração E, corpo de prova 2, está indicada na Figura 203.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 331

Figura 203 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B, configuração
E, corpo de prova 2

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo B, configuração E, corpo de prova 3, está indicada na Figura 204.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 332

Figura 204 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B, configuração
E, corpo de prova 3

Fonte: produzido pelo autor

As forças extraídas nos ensaios estão indicadas na Tabela 128.

Tabela 128 – Forças nos ensaios do grupo B, configuração E


Força BE-1 BE-2 BE-3 BE-4 BE-5 BE-6 Média Desvio CV
(kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (%)

F0 25,95 25,83 27,83 29,79 31,32 39,76 30,08 5,21 17,3


F1 68,64 55,44 62,31 45,63 84,91 73,70 65,11 13,85 21,3
F2 68,47 55,44 62,31 45,63 84,91 73,70 65,08 13,84 21,3
Fcrit 85,32 61,68 74,86 51,46 84,91 74,48 72,12 13,32 18,5
Frup 111,55 77,91 115,22 88,12 93,09 102,57 98,08 14,33 14,6
Ff inal 76,73 16,28 34,27 22,87 20,74 72,14 40,51 26,98 66,6

Fonte: produzido pelo autor

Notas: O significado de cada força está indicado na Tabela 13

A.2.0.7 Grupo B, configuração 4

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4, corpo de prova


1, está indicada na Figura 205.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 333

Figura 205 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4, corpo de
prova 1

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4, corpo de prova


2, está indicada na Figura 206.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 334

Figura 206 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4, corpo de
prova 2

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4, corpo de prova


3, está indicada na Figura 207.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 335

Figura 207 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4, corpo de
prova 3

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4, corpo de prova


4, está indicada na Figura 208.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 336

Figura 208 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4, corpo de
prova 4

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4, corpo de prova


5, está indicada na Figura 209.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 337

Figura 209 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4, corpo de
prova 5

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4, corpo de prova


6, está indicada na Figura 210.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 338

Figura 210 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4, corpo de
prova 6

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4, estão indicadas


na Figura 211.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 339

Figura 211 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 4

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo B, configuração 4, corpo de prova 1, está indicada na Figura 212.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 340

Figura 212 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B, configuração
4, corpo de prova 1

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo B, configuração 4, corpo de prova 2, está indicada na Figura 213.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 341

Figura 213 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B, configuração
4, corpo de prova 2

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo B, configuração 4, corpo de prova 3, está indicada na Figura 214.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 342

Figura 214 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B, configuração
4, corpo de prova 3

Fonte: produzido pelo autor

As forças extraídas nos ensaios estão indicadas na Tabela 129.

Tabela 129 – Forças nos ensaios do grupo B, configuração 4


Força B4-1 B4-2 B4-3 B4-4 B4-5 B4-6 Média Desvio CV
(kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (%)

F0 30,27 33,65 24,81 34,05 33,98 32,10 31,48 3,57 11,4


F1 98,78 88,30 98,34 103,50 104,97 99,75 98,94 5,86 5,9
F2 87,11 88,30 54,05 90,52 92,26 88,62 83,48 14,53 17,4
Fcrit 113,74 102,39 105,73 110,51 107,04 112,53 108,66 4,35 4,0
Frup 141,91 139,20 127,04 118,17 124,92 135,45 131,12 9,20 7,0
Ff inal 113,06 114,88 90,11 43,97 67,31 105,07 89,07 28,31 31,8

Fonte: produzido pelo autor

Notas: O significado de cada força está indicado na Tabela 13

A.2.0.8 Grupo B, configuração 8

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8, corpo de prova


1, está indicada na Figura 215.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 343

Figura 215 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8, corpo de
prova 1

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8, corpo de prova


2, está indicada na Figura 216.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 344

Figura 216 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8, corpo de
prova 2

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8, corpo de prova


3, está indicada na Figura 217.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 345

Figura 217 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8, corpo de
prova 3

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8, corpo de prova


4, está indicada na Figura 218.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 346

Figura 218 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8, corpo de
prova 4

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8, corpo de prova


5, está indicada na Figura 219.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 347

Figura 219 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8, corpo de
prova 5

Fonte: produzido pelo autor

A curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8, corpo de prova


6, está indicada na Figura 220.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 348

Figura 220 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8, corpo de
prova 6

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8, estão indicadas


na Figura 221.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 349

Figura 221 – Curva de força por deslocamento para o grupo B, configuração 8

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo B, configuração 8, corpo de prova 1, está indicada na Figura 222.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 350

Figura 222 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B, configuração
8, corpo de prova 1

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo B, configuração 8, corpo de prova 2, está indicada na Figura 223.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 351

Figura 223 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B, configuração
8, corpo de prova 2

Fonte: produzido pelo autor

As curvas de força aplicada no corpo de prova por deslocamento da garra, no eixo


horizontal inferior; e por deformações nos extensômetros, no eixo horizontal superior; para
o grupo B, configuração 8, corpo de prova 3, está indicada na Figura 224.
APÊNDICE A. Resultados experimentais 352

Figura 224 – Curva de força por deslocamento por deformação para o grupo B, configuração
8, corpo de prova 3

Fonte: produzido pelo autor

As forças extraídas nos ensaios estão indicadas na Tabela 130.

Tabela 130 – Forças nos ensaios do grupo B, configuração 8


Força B8-1 B8-2 B8-3 B8-4 B8-5 B8-6 Média Desvio CV
(kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (%)

F0 25,05 34,88 32,28 35,51 36,05 37,00 33,46 4,42 13,2


F1 95,19 79,70 97,47 84,99 65,46 56,21 79,84 16,36 20,5
F2 79,17 74,05 80,84 84,99 63,69 55,31 73,01 11,35 15,5
Fcrit 107,04 91,92 111,12 87,90 82,84 70,46 91,88 15,21 16,6
Frup 141,28 126,03 140,01 119,57 131,22 133,55 131,94 8,29 6,3
Ff inal 117,34 90,19 61,67 119,57 72,26 78,33 89,89 23,98 26,7

Fonte: produzido pelo autor

Notas: O significado de cada força está indicado na Tabela 13

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