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Fundamentos Teóricos
Talvez o mais importante disso tenha sido o descortinar da doutrina secreta do filho
como a crença de salvação mais importante da tradição esotérica judaica desde o
princípio e que sua origem encontra-se na cultura templária do primitivo sacerdócio
hebraico.
Aspectos da essência dessa crença e de sua história foram demonstrados
separadamente por estudiosos anteriores, mais propriamente por Scholem em uma
recente publicação póstuma, mas em nenhum lugar que tenhamos conhecimento
eles foram colocados juntos para oferecer um entendimento coerente desse
princípio fundamental da tradição secreta ou de sua origem sacerdotal.
Um entendimento que não apenas oferece novo significado ao estudo histórico da
tradição, mas também à espiritualidade contemporânea.
Também significativas são suas contribuições aos vários estudos bíblicos e aos
rituais, que vão desde a reinterpretação do relato do Gênesis e o Sh'ma até a forma
de arqueologia verbal praticada com respeito à palavra “ish”.
Especialmente significativa é a interpretação do verso central do Sh'ma, que vai
além do seu entendimento kabbalístico, revelando uma unificação a ser reconhecida
e que também codifica a doutrina sacerdotal do filho, Israel.
Todos mostram complexos precisos de significado que refletem um ponto de vista
universal na compreensão do inter-relacionamento das leis da manifestação e da
transformação humana, o entendimento do funcionamento cósmico e espiritual
também revelado por meio da doutrina secreta do filho e do símbolo do
hexagrama.
Uma tese importante deste trabalho é a conexão intrínseca da geometria do
hexagrama com a ciência sagrada hebraica desde suas origens sacerdotais,
constituindo talvez seu aspecto mais oculto, mas que pode ligar o relato bíblico da
criação ao modelo geométrico central da Kabbalah, a Árvore da Vida.
Não é apenas luz esparramada sobre a Bíblia mas também sobre vários outros
textos kabbalísticos, notadamente o Sefer Yetzirah e o Etz Chayim, ambos
envolvidos diretamente com essa mesma doutrina do filho, revelando seu profundo
significado por meio de modelos geométricos.
Tal análise não teria sido possível sem o estudo completo aqui desenvolvido sobre a
ciência sagrada que o legado sacerdotal compartilha com a de Pitágoras, um estudo
que esclarece os princípios essenciais dessa ciência ancestral mundial de forma
coerente com o primeiro produto literário da filosofia pitagórica, os fragmentos de
Philolaus.
Mas uma comparação dessa ciência sagrada com a doutrina secreta hebraica do
filho pode posteriormente explicar por que a relação entre finito e infinito apontada
por Philolaus tenha sido estudada com tanta seriedade em suas formas objetivas.
Um entendimento da geometria científica-sagrada de Pitágoras, harmônicas e
números oferece a chave esotérica do primeiro capítulo do Gênesis e prova que
esse conhecimento esotérico devia ser parte importante do aprendizado sacerdotal.
Entretanto, o que distingue a ciência sagrada kabbalística dos antecedentes
clássicos é sua ênfase em linguagem, que parece tão contrária à razão científica,
especialmente sob a ótica coerente que considera arbitrária a natureza do
significado lingüístico.
Porém, o uso mais rigoroso da Gematria aqui praticado expõe uma rede de
associações persuasivas entre palavras, números e formas, dando novo suporte à
teoria platônica da linguagem natural.
Além disso, os vários estudos do Tetragrammaton conduzidos nos termos da
ciência sagrada kabbalistica levaram a descobertas adicionais.
A equação gemátrica da palavra filho, Ben, resultando no número 52, levou a uma
nova associação da doutrina secreta do filho com o advento dos cálculos solares.
Um análogo hebraico para a deusa da Terra grega Gaia sugere enfaticamente e
oferece evidências da supressão patriarcal dos elementos femininos na religião
hebraica da Bíblia mais recente.
É também notável a descoberta de um método que determina a pronúncia correta
do Tetragrammaton, além de oferecer seu significado lingüístico, o que tem ampla
importância.
As análises de número, som e forma envolvidos no Tetragrammaton contribuirão
para um novo entendimento tanto do Tetragrammaton em si quanto da linguagem
em geral, uma compreensão que só pode iluminar o grande mistério de sua
correlação.
Todas essas descobertas são o resultado de tomar a metodologia da tradição
esotérica judaica seriamente e perceber que sua rigorosa aplicação provará as
profundas interconexões entre forma, som e número mencionadas pela ciência
sagrada e que podem nos trazer para "um senso sublime de alguma coisa muito
mais profundamente correlacionada".
Continua