Fazer? Este foi o assunto do estudo passado. E foi dito
que apesar de Paulo ter passado por varias tribulações, pela graça de Deus ele pôde escrever uma carta repleta de encorajamento. E perguntei, qual era o segredo da vitória de Paulo diante das pressões e tribulações que ele enfrentou? Seu segredo era Deus. Isso nos ensina que quando nos encontramos desanimados e prontos para desistir, devemos mudar o foco da atenção de nós mesmos para Deus.
Partindo da própria experiência de Paulo, ele nos
mostra como encontrar ânimo em Deus fazendo-nos lembrar que quando estivermos passando por momentos de tribulações deveríamos pensar em três fatores: I LEMBRE-SE DE QUEM DEUS É PARA VOCÊS E GLORIFIQUE-O INDEPENDENTE DAS CIRCUNSTÂNCIAS, (2 CO 1:3). a) Glorifiquemo-lo porque ele é Deus! b) Glorifiquemo-lo porque ele é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo! c) Glorifiquemo-lo porque ele é o Pai de misericórdias! d) Glorifiquemo-lo porque ele é o Deus de toda consolação!
Hoje nosso estudo tem esse direcionamento: Confiando
em Deus independente das circunstâncias. II LEMBREM-SE DO QUE DEUS É PARA VOCÊ E CONFIE NO SEU AGIR (2 CO 1:4A, 8-11)
Jamais devemos pensar que as dificuldades são
acidentais em nossas vidas. Ao contrario devemos ter a certeza de que Deus tem o controle de tudo e confiante de que podemos contar com sua ajuda para nos encorajar em meio às tribulações. De fato, Ele permite que passemos por provações como diz II Coríntios 1:5, Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo. Ele é a fonte de nossa consolação. Assim pergunto, de que maneira podemos lembrar o que Deus faz por nós, e quais são os elementos que nos assegura tamanha confiança? I Deus está no controle das tribulações. (v. 8). "Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida". Paulo sentia-se oprimido como um animal de carga levando um peso grande demais. No entanto, Deus sabia exatamente quanto Paulo poderia suportar e manteve a situação sob controle. Não sabemos a natureza dessa "tribulação", mas foi intensa o suficiente para levar Paulo a pensar que morreria. É impossível dizer se o perigo foi decorrente das ameaças de seus muitos inimigos (ver At 19:21 ss; 1 Co 15:30-32), de uma doença grave ou de um ataque específico de Satanás; mas sabemos que Deus controlou as circunstâncias e protegeu seu servo. Quando Deus coloca seus filhos na fornalha, mantém sempre a mão no termostato e os olhos no termômetro (1 Co 10:13; 1 Pe 1:6, 7). Paulo pode ter se desesperado da vida, mas Deus não se desesperou de seu servo.
II Deus nos capacita para suportarmos as tribulações (v. 9).
A primeira coisa que faz é mostrar quanto somos fracos por nós mesmos. Paulo era um servo hábil e experiente que havia passado por vários tipos de provações (ver 2 Co 4:8-12; 11 :23ss). Por certo, possuía muita experiência para encarar e superar inúmeras dificuldades. Porém, Deus quer que confiemos nele - não em nossos dons ou habilidades, ou "recursos espirituais". É quando nos sentimos seguros de nós mesmos e capazes de enfrentar o inimigo que sofremos as piores quedas. "Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte" (2 Co 12:10). Ao morrermos para o ego, o poder da ressurreição de Deus começa a operar. Foi Quando Abraão e Sara já estavam fisicamente amortecidos que o poder de Deus lhes permitiu ter o filho prometido.
Paulo não esconde seus sentimentos, e é óbvio que Deus não
deseja que neguemos nossas emoções. "Em tudo fomos atribulados: lutas por fora, temores por dentro" (2 Co 7:5). A expressão "sentença de morte", em 2 Coríntios 1:9, pode ser uma referência a um veredicto oficial, talvez a uma ordem de prisão e execução de Paulo. É importante lembrar que os judeus incrédulos estavam à caça de Paulo e desejavam se livrar dele (At 20:19).
III Deus nos livra das tribulações (v. 10).
Quer olhasse para trás, a seu redor e adiante, Paulo via a mão do livramento do Senhor. O termo que o apóstolo usa significa "livrar de uma situação de perigo, salvar e proteger". Deus nem sempre nos livra imediatamente e nem sempre age da mesma forma. Tiago foi decapitado, no entanto Pedro foi liberto da prisão (At 12). Os dois foram libertos, mas de maneiras diferentes. Por vezes, Deus nos livra das tribulações, mas em outras ocasiões nos livra em meio às tribulações. Deus livrou Paulo em resposta a sua fé, bem como à fé do povo de Corinto que estava orando pelo apóstolo (2 Co 1:11). "Clamou este aflito, e o SENHOR o ouviu e o livrou de todas as suas tribulações" (Salmo 34:6).
IV Deus é glorificado por meio de nossas tribulações (v. 11).
Quando Paulo relatou o que Deus havia feito por ele, um grande coro de louvor e ação de graças elevou-se dos santos e alcançou o trono de Deus. Nossa realização suprema aqui na Terra é glorificar o nome de Deus, e, por vezes, alcançar essa realização envolve sofrimento.
Paulo nunca se envergonhou de pedir aos cristãos que
orassem por ele. Em pelo menos sete de suas epístolas, menciona sua grande necessidade de apoio em oração (Rm 15: 30-32; Ef 6:18, 19; Fp 1:19; CI 4:3; 1 Ts 5:25; 2 Ts 3:1; Fm 22). Paulo e os cristãos de Corinto estavam ajudando uns aos outros (2 Co 1:11,24). O maior apoio que podemos dar aos servos de Deus é ajudá-los em oração. O que é mais gratificante é saber que o Espírito Santo nos assiste em nossas orações e nos ajuda a carregar nossos fardos (Rm 8: 26). Assim, quando nos vemos cercados pelas provações da vida, devemos nos lembrar do que Deus é para nós e do que faz por nós.