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DE GOIÁS
ÁREA IV
ÁREA IV
APROVADA POR:
ii
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CESSÃO DE DIREITOS
NOME DO AUTOR:
Leandro Felipe Ferreira
iii
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus
A minha família, em especial a minha esposa Letícia pelo apoio e compreensão
Ao orientador e amigo professor Ronay de Andrade Pereira
A coordenação do curso de Engenharia Mecânica pelo auxilio estrutural
A todos os professores que nos orientaram e nos ajudaram nessa caminhada
Aos alunos e amigos que de alguma forma puderam ajudar nesta conquista
A todos um muito obrigado
iv
RESUMO
v
ABSTRACT
This work aims to develop a spreadsheet of air conditioning ducts based on the
constant speed and constant load loss method. The user can not only choose which method
they want to use, as it offers various parameters variation options as the fluid to be
conducted, the fluid temperature, the system altitude, among others.
The great advantage of this spreadsheet is that the user will have on one screen all
necessary to scale a complex pipeline network parameters, and changing a single variable,
you have to change all dimensions and speeds of sections of the ducts for him defined.
vi
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS ............................................................................................. iv
RESUMO................................................................................................................. v
ABSTRACT ............................................................................................................ vi
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................1
1.1. O TEMA EM ESTUDO E SUA RELEVÂNCIA ....................................................1
1.2. OBJETIVOS.......................................................................................................2
1.3. METODOLOGIA ................................................................................................2
2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS...........................................................................4
2.1. CARACTERÍSTICAS DOS FLUIDOS ................................................................4
2.2. MOL DE UMA SUBSTÂNCIA ............................................................................5
2.3. PESO MOLECULAR..........................................................................................5
2.4. GÁS IDEAL E REAL ..........................................................................................5
2.5. MASSA ESPECÍFICA DE UM GÁS IDEAL ........................................................6
2.6. VISCOSIDADE ..................................................................................................7
2.7. FLUIDOS NEWTONIANOS ...............................................................................8
2.8. FLUIDOS NÃO-NEWTONIANOS.......................................................................8
2.9. ESCOAMENTO LAMINAR E TURBULENTO ....................................................8
2.10. VELOCIDADE MÉDIA .......................................................................................9
2.11. ESCOAMENTO INTERNO ..............................................................................11
2.12. ESCOAMENTO COMPRESSÍVEL E INCOMPRESSÍVEL ...............................11
2.13. TEOREMA DE BERNOULLI ............................................................................12
2.14. VISCOSIDADE CINEMÁTICA .........................................................................12
2.15. PRESSÃO ATMOSFÉRICA ............................................................................. 13
2.16. PRESSÃO ESTÁTICA E PRESSÃO CINÉTICA .............................................. 15
2.17. APLICAÇÕES DO TEOREMA DE BERNOULLI .............................................. 16
2.17.1. Teorema de Bernoulli para os casos reais ......................................... 17
2.18. FÓRMULA UNIVERSAL PARA A PERDA DE CARGA .................................... 18
2.18.1. Perda de carga no regime laminar ..................................................... 19
vii
2.18.2. Perda de carga no regime turbulento .................................................20
2.18.2.1. Condutos lisos ................................................................... 22
2.18.2.2. Rugosidade relativa ........................................................... 22
2.18.2.3. Conduto rugoso ................................................................. 22
2.18.2.4. Fórmulas específicas para condutos lisos ......................... 23
2.19. PERDA DE CARGA EM CONDUTOS ............................................................. 24
2.19.1. Diâmetro hidráulico e raio hidráulico .................................................. 24
2.19.2. Classificação das perdas de carga ..................................................... 25
2.19.3. Perda de carga distribuída em dutos de ar condicionado ................... 26
2.19.4. Perda de carga localizada em dutos de ar condicionado ....................26
2.19.5. ....................................................... 28
2.20. EQUAÇÃO DE CONTINUIDADE E CONSERVAÇÃO DA ENERGIA...............28
2.21. MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO DE DUTOS ......................................... 31
2.21.1. Método da recuperação da pressão estática ......................................31
2.21.2. Método da velocidade ou método dinâmico ....................................... 31
2.21.3. Método de iguais perdas de carga ..................................................... 32
2.22. CHAPAS PARA CONSTRUÇÃO DOS DUTOS ...............................................33
ANEXOS ...............................................................................................................48
Anexo 1: Propriedades do ar seco sob pressão normal (MSPC, 2015) .....................48
Anexo 2: Rugosidade média para dutos de ar condicionado (ASHRAE, 2009) ......... 49
Anexo 3: Ábaco de Moody (Fox et. al., 2001) ........................................................... 50
Anexo 4: Perda de carga por atrito (Stoecker et. al., 1985) .......................................51
Anexo 5: Valores de C0 para o cálculo da perda de carga localizada dos principais
acessórios (ASHRAE, 2009) ............................................................................ 52
viii
Anexo 6: Bitola de chapa para a fabricação de dutos retangulares, pressão de 125
Pa (NBR 16401-1, 2008)..................................................................................57
Anexo 7: Bitola de chapa para a fabricação de dutos retangulares, pressão de 250
Pa (NBR 16401-1, 2008)..................................................................................58
Anexo 8: Bitola de chapa para a fabricação de dutos retangulares, pressão de 500
Pa (NBR 16401-1, 2008)..................................................................................59
Anexo 9: Dimensionamento da rede de dutos de insuflamento ................................. 60
Anexo 10: Dimensionamento da rede de dutos de retorno ........................................ 61
Anexo 11: Projeto - Planta baixa da rede de dutos ................................................... 62
ix
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.5 Bitola para chapas e bobinas de aço zincadas (GERDAU, 2015) ....33
Tabela 2.6 Tabela comparativa das bitolas de chapa por normas (NBR 16401,
2008) .....................................................................................................................33
x
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.3 - Variação da velocidade axial com o tempo (Fox et al., 2001) ..............9
Figura 2.7 Área equivalente a área do diagrama parabólico (Bastos, 1983) ......10
Figura 2.11 Perda de carga entre dois pontos (Netto et al., 2002) .....................17
Figura 2.15 Diagrama da variação das energias em uma instalação com dutos e
bocas de insuflamento (Macintyre, 1990) ..............................................................29
xi
Figura 3.4
dutos .....................................................................................................................41
xii
1. INTRODUÇÃO
1
Como se sabe, para se ter a perda de carga em uma seção reta de um conduto
(circular ou retangular) existem muitos estudos e as fórmulas apresentadas por Hazen-
Williams e Darcy-Weisbach para materiais ferrosos e não ferrosos, apresentam
excelente precisão quando comparados com os valores obtidos em ensaios específicos.
Para acessórios no entanto, os valores reais com os quais os projetistas trabalham são
obtidos através de ensaios e tabelados por fabricantes como por exemplo Tigre e Tupy.
1.2. OBJETIVOS
1.3. METODOLOGIA
2
- Construir a planilha, definindo a sequência lógica de trabalho da mesma. O
programa verifica, de cima para baixo, a partir da primeira linha a existência de
informações, que são os dados iniciais. Tendo informações iniciais suficientes,
ele calcula e apresenta os resultados.
- Propor outras ferramentas ao usuário, como por exemplo, o cálculo da
quantidade de chapas necessárias à execução dos dutos.
- Em se mostrando viável, a planilha será utilizada para o ensino de disciplinas
como, mecânica dos fluidos e instalações de ar condicionado.
3
2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Segundo Munson et al. (2004), um fluido é definido como uma substância que se
deforma continuamente quando submetido a uma tensão de cisalhamento (tangencial), de
qualquer valor. Acrescenta ainda que a diferença entre os sólidos e os fluidos (líquidos e
gases) é o espaçamento molecular que existe entre os elementos, tornando estas ligações
intermoleculares mais fortes ou mais fracas conforme o espaçamento existente.
De acordo com Fox et al. (2001), as leis básicas aplicáveis a qualquer fluido são, a
conservação da massa, a segunda lei de Newton para o movimento, o princípio da
quantidade de movimento angular, a primeira lei da termodinâmica e a segunda lei da
termodinâmica.
Obviamente, nem todas as leis básicas são necessárias para resolver um
determinado problema. Por outro lado, em muitos deles é necessário trazer à análise
relações adicionais, na forma de equações de estado ou outras de caráter constitutivo, que
descrevam o comportamento das propriedades físicas dos fluidos sob determinadas
condições. Deve-se enfatizar que existem muitos problemas aparentemente simples na
mecânica dos fluidos que não podem ser resolvidos de forma analítica, em tais casos,
deve-se recorrer a soluções numéricas mais complicadas e/ou a resultados de testes
experimentais, especialmente em escoamentos turbulentos.
Em geral, preocupa-se com o escoamento de fluidos através de dispositivos como
compressores, turbinas, tubulações, bocais etc. Nestes casos, é difícil focalizar a atenção
em uma quantidade de massa fixa identificável. É muito mais conveniente, para a análise,
fazê-lo num volume do espaço através do qual o fluido escoa. Consequentemente, usa-se
o método do volume de controle (Fox et al., 2001).
Um volume de controle é um volume arbitrário no espaço através do qual o fluido
escoa. A fronteira geométrica do volume de controle é chamada superfície de controle.
Esta pode ser real ou imaginária e pode estar em repouso ou em movimento. A Figura 2.1
mostra uma possível superfície de controle para a análise do escoamento através de um
tubo.
4
Figura 2.1 Superfície de controle num tubo (Fox et al., 2001)
O peso molecular (PM) de uma substancia é o peso de um mol, ou seja, 6,02 x 1023
moléculas desta substancia. Portanto quando se diz que, o peso molecular do metano é
de 16,043 gr/mol, isto quer dizer que 6,02 x 1023 moléculas desta substancia pesam 16,043
gramas (Silva, 2009).
Ainda segundo Silva (2011), um gás ideal é constituído por átomos ou moléculas
iguais, sendo que cada molécula apresenta teoricamente um volume igual a zero, e cujas
forças de atração também são nulas. Adicionalmente, os choque que ocorrem entre as
moléculas e entre estas e as parede do recipiente são perfeitamente elásticas. Um gás real
não atende estas condições em sua plenitude, porém, quando a pressão é baixa e a
temperatura é elevada, as distancias medias entre as moléculas se tornam grandes,
reduzindo a influência do volume da molécula e da inelasticidade dos choques. Nestas
condições, o comportamento do gás real se aproxima da do gás ideal, de forma que, para
muitos problemas de engenharia, é possível utilizar as leis que regem o comportamento
do gás ideal para representar o comportamento de um gás real.
5
De outra forma, um gás ideal é aquele que obedece à equação geral de estado de
um gás ideal conforme mostrado na equação:
(2.1)
Sendo:
pressão no interior do recipiente que contém o gás;
volume do recipiente que contém o gás;
número mols contidos no recipiente;
constante universal dos gases ( 8,315 KJ / kmol . K );
temperatura absoluta do gás.
Da equação geral de estado de um gás ideal fica fácil mostrar que um mol de
qualquer gás ideal quando submetido às Condições Normais de Temperatura e Pressão
(CNTP) ocupa sempre 22,41 litros, conforme foi demonstrado por Avogrado. Nas CNTP e
no Sistema Internacional de Medidas tem-se = 273,15 K e = 101,325 KPa, lembrando-
se que Pa = N / m².
Então, da equação geral de estado de um gás ideal, tem-se que:
(2.2)
(2.3)
Pode-se então calcular a massa específica de qualquer fluido nas CNTP, expressa
no Sistema Internacional de Medidas (SI).
Da equação geral de estado de um gás ideal, tem-se:
(2.4)
(2.5)
(2.6)
6
Pode-se então concluir que nas CNTP, a densidade do fluido ar é:
(2.7)
2.6. VISCOSIDADE
um fluido, e claro que não são suficientes para caracterizar o comportamento dos fluidos
porque dois fluidos (como água e óleo) podem apresentar massas especificas
aproximadamente iguais mas se comportam distintamente quando escoam, assim, torna-
se necessário alguma propriedade adic
(Munson et al., 2004).
Fox et al. (2001) nos mostra que os fluidos podem ser classificados, de modo geral,
de acordo com a relação entre a tensão de cisalhamento aplicada e a taxa de deformação.
Considere o comportamento de um elemento fluido entre duas placas infinitas como
mostrado na Figura 2.2. A placa superior move-se a velocidade constante, , sob a
influência de uma força constante aplicada, . A tensão de cisalhamento, , aplicada
ao elemento fluido é dada por
(2.8)
(2.9)
7
Dessa forma, o elemento fluido da Figura 2.2, quando submetido à tensão de
cisalhamento, , experimenta uma taxa de deformação (taxa de cisalhamento) dada por
. Os fluidos nos quais a tensão de cisalhamento é diretamente proporcional à taxa
de deformação são chamados fluidos Newtonianos. A expressão Não-Newtoniana é
empregada para classificar todos os fluidos nos quais a tensão cisalhante não é
diretamente proporcional à taxa de deformação.
(2.10)
8
caracterizado pelo movimento suave em laminas ou camadas, este tipo ocorre, sobretudo,
em experimentos de baixa velocidade.
A estrutura do escoamento no regime turbulento é caracterizada por movimentos
tridimensionais aleatórios de partículas fluidas, em adição ao movimento médio. Na prática
o escoamento dos fluidos quase sempre é turbulento, o que gera turbilhonamento do fluido.
É o regime encontrado nas obras de instalação de engenharia, tais como adutoras,
vertedouros de barragens, tubulações, dentre outros (Bastos, 1983).
Se medirmos a componente da velocidade, na abscissa, num ponto fixo de um tubo,
tanto para escoamento laminar quanto turbulento, ambos permanentes, os registros
gráficos da velocidade versus tempo aparecerão como na Figura 2.3.
Figura 2.3 - Variação da velocidade axial com o tempo (Fox et al., 2001)
9
Então o valor de VL, em cada ponto de AB, representa a respectiva velocidade local,
que se modifica conforme a posição do ponto na seção AB. A velocidade local é mínima
junto a parede do conduto. Assim, na seção transversal AB da Figura 2.5, perpendicular à
direção do movimento, tomando-se os pontos 1, 2, 3, ..., cujas velocidades locais
(velocidades nos diversos pontos) são v1, v2, v3, ..., respectivamente.
Como as origens e as extremidades representativos de v1, v2, v3, ..., pode-se traçar
o diagrama das velocidades locais (Figura 2.6).
10
Esta velocidade fictícia U, é conhecida como velocidade média. Então, pode-se
substituir o movimento real (turbulento) do fluido por um movimento fictício, chamado de
velocidade média (correspondendo ao movimento principal da massa liquida), com a
finalidade de facilitar o estudo da cinemática do fluidos. Do ponto de vista cinemático, o
escoamento com velocidade média não difere do escoamento laminar. Portanto,
substituindo o escoamento turbulento pelo escoamento de velocidade média que
corresponde, pode-se trata-lo da mesma forma que no escoamento laminar.
(2.11)
Sendo:
- massa específica;
U - velocidade média;
D - diâmetro;
- viscosidade absoluta ou dinâmica;
- viscosidade cinemática.
11
escoamento (V ), e a velocidade local do som ( c ), no gás, é definida como o número de
Mach.
(2.12)
Para M < 0,3, a variação máxima da massa específica é inferior a 5 por cento.
Assim, os escoamentos de gases com M < 0,3 podem ser tratados como incompressíveis.
Um valor de M = 0,3 no ar, nas condições padrões (CNTP), corresponde a uma velocidade
de aproximadamente 100 m/s (Fox et al., 2001).
(2.13)
12
(2.14)
Onde:
Viscosidade em m²/s;
T Temperatura em Kelvin.
(2.15)
(2.16)
(2.17)
(2.18)
(2.19)
(2.20)
13
Para as condições normais de pressão e temperatura (CNTP), tem-se A = T ( ºC )
+ 273,15 K e B = - 0,0065 K/m.
Na Tabela 2.1, pode-se encontrar a constante específica de alguns gases ( R ).
Gás R (m/K)
Acetileno 32,59
Amoníaco 49,79
Anidrido Carbônico 19,27
Anidrido Sulfuroso 13,24
Ar 29,27
Argônio 21,26
Hélio 212,00
Hidrogênio 420,60
Metano 52,90
Nitrogênio 30,26
Oxido de Carbono 30,29
Óxido Nítrico 28,26
Óxido Nitroso 19,26
Oxigênio 26,58
Vapor d`água 47,06
O valor de R, para o ar, pode também ser encontrado pela seguinte expressão:
(2.21)
(2.22)
(2.23)
14
2.16. PRESSÃO ESTÁTICA E PRESSÃO CINÉTICA
Uma rede de dutos é responsável por levar ar em locais determinados, com vazão
previamente definida, neutralizando a presença de perdas de cargas existentes no
caminho. Uma rede de dutos simples típica pode ser vista na Figura 2.8.
Pela análise visual do sistema, a vazão dos difusores no início do duto aparenta ser
maior que a dos difusores no fim do duto, pela presença de queda de pressão (perda de
carga) do escoamento. Isto causaria um desbalanceamento na rede de dutos, e de alguma
forma este problema deve ser solucionado. Como solução, as redes de dutos resolvem
este problema.
A primeira análise a ser feita é o duto elementar marcado na figura acima. É um
duto com seção e vazão constante, conforme pode ser visto na Figura 2.9.
15
Portanto estas duas pressões se somam, formando a pressão total ( Pt ):
(2.24)
É importante notar que, se forem feitas, as análises das unidades de cada termo
das equações acima, vê-se que a resultante pode ser expressa em metros (m), constituindo
16
o que se denomina carga total, composta pela carga de velocidade, pressão e posição
(Macintyre, 1990).
Figura 2.11 Perda de carga entre dois pontos (Netto et al., 2002)
(2.25)
17
tubos não há movimento do fluido. A velocidade se eleva de zero até o seu valor máximo
junto ao eixo do tubo, conforme visto na Figura 2.6.
Quando o escoamento se faz em regime turbulento, a resistência é o efeito
combinado das forças devidas à viscosidade e à inércia. Nesse caso, a distribuição de
velocidades na canalização depende da turbulência, maior ou menor, e est a é influenciada
pelas condições das paredes. Um tubo com paredes rugosas causaria maior turbulência.
Segundo Netto et al. (2002), poucos problemas mereceram tanta atenção ou foram
tão investigados quanto o da determinação das perdas de carga nas canalizações. As
dificuldades que se apresentam ao estudo analítico da questão são tantas que levaram os
pesquisadores às investigações experimentais. Assim foi que, após inúmeras experiências
conduzidas por Darcy e outros investigadores, com tubos de seção circular, concluiu-se
que a resistência ao escoamento de um fluido é:
- Diretamente proporcional ao comprimento da canalização ( );
- Inversamente proporcional a uma potência do diâmetro ( 1 / D m );
- Função de uma potência da velocidade média ( v n );
- Variável com a natureza das paredes dos tubos (rugosidade), no caso do regime
turbulento ( k );
- Independentemente da posição do tubo;
- Independente da pressão interna sob a qual o fluido escoa;
- Função de uma potência da relação entre a viscosidade e a densidade do fluido
r
.
Portanto, para uma tubulação, a perda de carga pode ser expressa como
(2.26)
k m
n
água sob pressão em tubos variava mais ou menos com o quadrado da velocidade da
água, ou seja, atribuiu o valor 2 para n . Posteriormente, por volta de 1850, Darcy e
Weisbach sugeriram um novo aprimoramento para a equação, considerando p igual a 1 ,
e multiplicando numerador e denominador por 2g :
(2.27)
18
Chamando ( k . 2g ) de f ou coeficiente de atrito ou ainda fator de atrito, obtém-
se a fórmula de cálculo de tubulações conhecida como fórmula de Darcy-Weisbach ou
órmula Universal :
(2.28)
(2.29)
(2.30)
(2.31)
19
Fazendo um nova substituição da Equação 2.31, com a Equação 2.11 (número de
Reynolds), obtém-se a equação:
(2.32)
Durante séculos, a distinção entre lisos e rugosos foi feita de maneira intuitiva. Por
exemplo, os t
precisa.
As irregularidades na parede interna de um conduto provocam a sua aspereza ou
rugosidade. Na Figura 2.12 k . É comum
e outras
literaturas como a ASHRAE (2009) utilizam para representar esta rugosidade média.
Na Tabela 2.2, tem-se os valores de algumas alturas médias de rugosidade (Bastos, 1983).
20
Tabela 2.2 - Valores de alturas médias de rugosidade (Bastos, 1983)
Vale ressaltar que, segundo a NBR 16401-1 (2008) o valor recomendado para
rugosidade interna de chapas galvanizadas é 0,09 mm. No Anexo 2, são encontrados
valores de rugosidade sugeridos pela ASHRAE (2009), para materiais utilizados na
fabricação de dutos para ar condicionado.
Deve-se observar também que, o coeficiente k considera as condições dos tubos,
valendo não somente para a rugosidade, mas também para correção de perdas devido ao
tempo de uso, material, processo de fabricação e/ou incrustações devido ao tempo.
Segundo a hipótese de Prandtl, junto à parede interna do conduto forma-se uma
película de líquido, onde o escoamento é laminar. Em um conduto de diâmetro D, essa
película ou camada laminar tem a espessura.
(2.33)
21
Figura 2.13 Altura média da rugosidade (Bastos, 1983)
(2.34)
22
Regime de turbulência plena Ocorre quando k > ( 8. ). Nesta, as
irregularidades ( k ) são muito grandes em relação a espessura ( ) da camada
laminar. Então, as irregularidades da parede perfuram, totalmente, a camada e
concorrem para o aumento e a manutenção da turbulência. Neste regime, f
depende da rugosidade relativa ( k / D ) do tubo e também do número de Reynolds.
Para condutos lisos, no regime turbulento, a altura média k não interfere com a
turbulência do escoamento. Portanto, o coeficiente f independe de k. Nos condutos lisos
predomina a ação da viscosidades, de modo que f depende somente do número de
Reynolds (Bastos, 1983).
(2.35)
(2.36)
Os valores de f obtidos para tubos rugosos são maiores do que os obtidos pela
Equação 2.35. Convém notar que a Equação 2.36, não inclui o número de Reynolds e que,
portanto, para um certa canalização de determinado diâmetro D, o valor de f dependerá
apenas da rugosidade.
Para a região compreendida entre as condições precedentes, isto é, entre o caso
de tubos lisos e a zona de turbulência completa, Colebrook e White propuseram, em 1938,
uma equação semi-empírica:
(2.37)
Essa equação tende para a Equação 2.35, dos tubos lisos quando e/3, 7D torna-
se muito pequeno, assim como tende para a Equação 2.36, quando se reduz o valor de
2,51/ Re (Netto et al. 2002).
23
Em
Este ábaco estabelece relação entre o número de Reynolds
( Re ), a rugosidade relativa ( k/D ou e/D ) do tubo e o coeficiente de atrito ( f ). Este
ábaco pode ser visto no Anexo 3, sendo que o mesmo se baseia na seguinte equação:
(2.38)
Como visto, condutos são dispositivos para o transporte (condução) dos fluidos em
geral. As principais características dos condutos são que, o perímetro é sempre fechado e
o fluido pode escoar em todos os sentidos (ascendente ou descendente) (Bastos, 1983).
Em teoria os condutos podem apresentar as formas mais variadas, sendo que na
prática os mais usados são dutos circulares, quadrados e ovais. Torna-se necessária a
introdução de dois novos parâmetros para o seu estudo A
P ) (Netto et al., 2002).
24
Netto et al. (2002), ressalta que a grande maioria dos escoamentos em condutos
ocorrem em regime turbulento, é interessante portanto notar que para um duto de seção
circular, o raio hidráulico para a seção cheia, vale:
(2.39)
(2.40)
(2.41)
25
frequentemente é desprezível, comparado ao da perda pela resistência ao escoamento
(Netto et al., 2002).
A perda de carga total, é considerada como a soma das perdas de carga
distribuídas, devidas aos efeitos de atrito no escoamento completamente desenvolvido em
tubo de seção constante, com as perdas localizadas, devidas a entradas, acessórios,
mudanças de área e outras. Consequentemente, deve-se considerar as perdas distribuídas
e localizadas em separado (Fox et al., 2001).
(2.42)
(2.43)
26
valores de dimensões dos dutos não são padronizados, fica difícil de utilizar este método,
sendo portanto, mais usual determinar individualmente as perdas correspondentes a cada
peça, exprimindo-as em polegadas de coluna de água (inCa) ou milímetros de coluna de
água (mmCa) (Macintyre, 1990).
Para isto, conhecendo-se a velocidade média ( V ) de escoamento na peça, calcula-
se a altura representativa da velocidade ( hv ), ou seja, a pressão dinâmica. Assim a
pressão dinâmica em inCa, quando se tem a velocidade em pés por minuto ( ft/min ), é
dada por:
(2.44)
(2.45)
Ainda segundo Macintyre (1990), para calcular a perda de carga nos acessórios
( p ), basta multiplicar o valor de hv pelo valor de C0, que pode ser obtido em livros e
manuais, desta forma:
(2.46)
O coeficiente de perda ( C0 ) k ,
deve ser determinado experimentalmente para cada situação (Fox et. al., 2001)
A partir da revisão de 2009, do livro ASHRAE fundamental, pode ser encontrado
uma lista de tabelas para a perda de carga em acessórios, que incluem mais de 220 itens,
tanto circulares quanto retangulares. Os acessórios são numerados (codificados) como
mostrado na Tabela 2.3. (tradução da tabela 21.4 da ASHRAE, 2009).
27
Tabela 2.3 Codificação para consulta de acessórios (ASHRAE, 2009)
Sequencia de
Função de Montágem Geometria Categoraia
Número
S: Insuflamento D: Redondo 1. Entrada 1, 2, 3 ... n
2. Saída
E: Exaustão R: Retangular 3. Joelho
4. Transição
C: Comum (Insuflamento F: Oval 5. Junção
e Retorno) 6. Obstrução
7. Ventilador e sistema
de interação
8. Montagem de duto-
equipamento
9. Registros e Dampers
10. Tampa
2.19.5. Perda de
A forma mais precisa para se definir a perda de carga em acessórios tipo bocas de
ar, é a utilização de catálogos de fabricantes. Nestes catálogos, de posse da vazão de ar
e da escolha do nível de ruído e do alcance do jato de ar, é possível selecionar o tamanho
da boca de ar e verificar qual a perda de carga que esta, causa, em mmCa.
(2.47)
28
Onde a vazão ( Q ) é expressa em m³/s, a área ( A ) em m² e a velocidade média
( V ) em m/s (Netto et. al., 2002).
Na Figura 2.15, tem-se esquematicamente representada uma instalação de
insuflamento mecânico de ar. O ar passa pelo filtro A, penetra com uma vazão Q no
ventilador em C, onde recebe energia graças à ação das pás do ventilador, saindo em D.
Com a energia recebida, o ar, se desloca ao longo de um duto, do qual saem,
supostamente três ramificações.
Figura 2.15 Diagrama da variação das energias em uma instalação com dutos e bocas
de insuflamento (Macintyre, 1990)
O diagrama (a) da Figura 2.15 mostra como varia a energia de pressão, que já
designamos também como pressão estática. Na boca de entrada do ventilador, esta
pressão é inferior à atmosférica, o que torna possível a entrada do ar no ventilador. Graças
a energia de pressão estática, comunicada pelo ventilador o ar escoa no duto.
O diagrama (b) mostra que o ventilador comunica ao ar uma certa velocidade de
escoamento sobre uma certa pressão e portanto, uma determinada energia cinética para
manter a vasão ao longo do duto. A velocidade do ar no duto é escolhida de acordo com
29
dados obtidos de instalações bem sucedidas, isto é, que foram bem projetadas e
executadas. A velocidade não deve ser elevada demais, pois se o fosse, além de reduzir
a parte correspondente à energia de pressão, produziria vibração e ruídos no dutos.
A NBR 16401 (2008) recomenda que, para dutos de baixa pressão, devem ser
utilizados os valores recomendados na Tabela 2.4.
boca
de insuflamento, ao atingir cerca de 1,5 m acima do piso, costuma ser de 1 m/s para
indústrias e 0,75 m/s para escritórios.
Para se manter a pressão dinâmica constante ao longo do duto de insuflamento,
deve-se ir reduzindo sua seção à medida que forem proporcionadas saídas de ar pelas
bocas de insuflamento ou dutos de ramificações secundárias.
O diagrama (c) representa o traçado da linha energética total ou da pressão total,
cujas ordenadas são obtidas considerando-se a soma algébrica das parcelas de energia
de pressão. Vê-se que, no final do duto, o ar sai com uma certa energia cinética, isto é,
tem uma pressão dinâmica residual, de modo que penetra no recinto com uma certa
velocidade (Macintyre, 1990).
30
A distribuição de ar, através de dutos, pode ser feita empregando baixa, média ou
alta pressão e velocidade. Segundo a NBR 16401, as pressões são classificadas nos dutos
da seguinte forma:
- Baixa pressão: pressões estáticas até 500 Pa e velocidade até 10 m/s;
- Média pressão: pressões estáticas até 1500 Pa e velocidade acima de 10 m/s;
- Alta pressão: pressões estáticas acima de 1500 Pa a 2500 Pa e velocidades acima
de 10 m/s.
Este método deve ser usado para pequenos sistemas ou em grandes sistemas com
poucos dutos e no máximo cinco ou seis bocas. É um método empírico no qual é a
31
velocidade arbitrariamente fixada no ventilador e, com base na experiência, reduzida em
sucessivas etapas (Creder, 2004).
Em instalações convencionais ou de baixa velocidade inicial, o método da
velocidade talvez deixe algo a desejar. Ele consiste em escolher uma seção do sistema de
duto provavelmente crítica, isto usualmente significa barulhenta, e assim a seção escolhida
é frequentemente a que se segue à saída do ventilador.
O duto é então dimensionado usando-se a Equação 2.47. A velocidade escolhida não
é mantida constante por todo o sistema mas é reduzida progressivamente à medida que a
vazão de ar no duto principal diminui, pois ele se distribui pelas ramificações. A redução é
desejável, movimentando-se ao longo de uma linha de velocidade constante numa carta
de dimensionamento de duto, como a do Anexo 4, a perda de pressão aumenta, pois a
quantidade de ar circulada é reduzida. Como o ruído é de importância capital em muitos
sistemas e como o ruído gerado num duto por onde o ar circula está relacionado à perda
de pressão ao longo do mesmo, é provável que um aumento continuado da perda de
pressão não seja tolerado.
Ao se fazer uma decisão sobre a redução da velocidade fica evidente a
inadequação do método. Entretanto, desde que seja usado bom senso, poucos problemas
surgirão em sistemas de baixa velocidade (Jones, 1983).
32
2.22. CHAPAS PARA CONSTRUÇÃO DOS DUTOS
Tabela 2.5 Bitola para chapas e bobinas de aço zincadas (GERDAU, 2015)
Tabela 2.6 Tabela comparativa das bitolas de chapa por normas (NBR 16401, 2008)
33
3. MODELAGEM DA PLANILHA
Inicialmente o usuário deve informar qual a vazão de ar em metros cúbicos por hora
( m³/h ), e a velocidade do ar em metros por segundo ( m/s ). Devem ser informados
também, temperatura do ar dentro do duto ( ºC ), a altitude da cidade ( m ), e rugosidade
34
do material ( mm ), caso não seja informado a temperatura e altitude, a planilha considera
as CNTP, informando 0ºC e 101325 Pa.
Após os dados principais serem informados, o usuário deve definir as
características de cada trecho de duto, informando um nome para esse trecho (exemplo A-
B, B-B1, etc), qual a vazão de ar ( m/s ) daquele trecho, uma das dimensões ( cm ) do duto
( altura ) caso o duto seja retangular e o comprimento do trecho ( m ).
Como dados de saída, o usuário poderá ver qual o valor da viscosidade ( m²/s )
corrigida pela temperatura, a pressão atmosférica ( KPa ) corrigido pela altitude e
temperatura, massa específica ( Kg/m³ ) corrigido pela altitude e temperatura, número de
Reynolds (adimensional) calculado pela velocidade e viscosidade corrigida. A perda de
carga ( mmCa/m )
e todo o dimensionamento da rede de dutos será melhor detalhada.
Embora o dimensionamento de dutos ser o foco principal deste trabalho, foi também
incluído na planilha, o levantamento da quantidade de dutos por bitola de chapa, cálculo
35
Figura 3.2 Planilha de dimensionamento completa
CABEÇALHO
Célula Descrição Equação Observações
M5 Nome do cliente - Inserido pelo usuário
P5 Nome da obra - Inserido pelo usuário
S2 Nome do projetista - Inserido pelo usuário
S3 Nome do revisor - Inserido pelo usuário
S4 Data - Inserido pelo usuário
S5 Pavimento - Inserido pelo usuário
DADOS DE ENTRADA
Célula Descrição Equação Observações
O8 Vazão total de ar - Definido pelo cálculo de carga térmica
O9 Velocidade - Definido pela Tabela 2.4
36
O10 Temperatura - Temperatura do fluido a ser insuflado
O11 Altitude da cidade - Altitude da cidade
O12 Rugosidade do material - Tabela 2.2 ou Anexo 2
DADOS DE SAÍDA
Célula Descrição Equação Observações
S8 Viscosidade cinemática 2.14 Depende da temperatura
S9 Pressão atmosférica 2.23 Depende da temperatura e altitude
S10 Massa específica 2.7 Depende da pressão atm. e temp.
Depende da veloc., viscosidade cinemática
S11 Nº de Reynolds 2.11
e D calculado pela eq. 2.47
Depende da velocidade, eq. 2.7, 2.38 e D
S12 Perda de carga 2.43
calculado pela eq. 2.47
37
CÁLCULO DO PESO TOTAL DE CHAPA
Célula Descrição Equação Observações
V17 Kg / m² - Peso do quilo por metro quadrado #26
V18 Kg / m² - Peso do quilo por metro quadrado #24
V19 Kg / m² - Peso do quilo por metro quadrado #22
V20 Kg / m² - Peso do quilo por metro quadrado #20
V21 Kg / m² - Peso do quilo por metro quadrado #18
Multiplica o Kg / m² pelo somatório de
W17 Kg total de chapa -
chapas de bitola #26
Multiplica o Kg / m² pelo somatório de
W18 Kg total de chapa -
chapas de bitola #24
Multiplica o Kg / m² pelo somatório de
W19 Kg total de chapa -
chapas de bitola #22
Multiplica o Kg / m² pelo somatório de
W20 Kg total de chapa -
chapas de bitola #20
Multiplica o Kg / m² pelo somatório de
W21 Kg total de chapa -
chapas de bitola #18
X17 Folga - Fator de segurança definido pelo usuário
X18 Folga - Fator de segurança definido pelo usuário
X19 Folga - Fator de segurança definido pelo usuário
X20 Folga - Fator de segurança definido pelo usuário
X21 Folga - Fator de segurança definido pelo usuário
Multiplica o Kg total de chapa pelo fator de
Z17 Kg total com folga -
segurança definido pelo usuário
Multiplica o Kg total de chapa pelo fator de
Z18 Kg total com folga -
segurança definido pelo usuário
Multiplica o Kg total de chapa pelo fator de
Z19 Kg total com folga -
segurança definido pelo usuário
Multiplica o Kg total de chapa pelo fator de
Z20 Kg total com folga -
segurança definido pelo usuário
Multiplica o Kg total de chapa pelo fator de
Z21 Kg total com folga -
segurança definido pelo usuário
Z22 Peso total de chapas - Soma o kg total com folga
38
W30 Custo total do Kg - Valor do custo do kg da chapa #20
W31 Custo total do Kg - Valor do custo do kg da chapa #18
Y27 Total - Multiplica Z17 por W27
Y28 Total - Multiplica Z18 por W28
Y29 Total - Multiplica Z19 por W29
Y30 Total - Multiplica Z20 por W30
Y31 Total - Multiplica Z21 por W31
Y32 Custo total das chapas - Soma o total do custo (Y27:Y31)
Y34 Valor da mão de obra - Informado pelo usuário
Custo total da mão de
Y35 - Multiplica Y34 por Z22
obra
Y37 Diversos - Custo adicional informado pelo usuário
Y38 Custo total do dutos - Soma os valore de Y32 + Y35 + Y37
BLOCO DE NOTAS
Célula Descrição Equação Observações
Serve para o usuário informar alguma
U42:Z44 Bloco de notas -
informação pertinente a planilha
39
Figura 3.3 Arquitetura com a definição das vazões
De posse das vazões de ar, define-se o local das bocas de ar, do equipamento, e
traça-se um diagrama unifilar da rede de dutos, para definir qual o melhor
encaminhamento, tanto de insuflamento quanto de retorno de ar, conforme apresentado
na Figura 3.4.
40
Figura 3.4 Locação das bocas de ar, equipamento e unifilar da rede de dutos
41
Figura 3.5 Identificação das redes de dutos
Após preencher todos os dados de entrada, de posse dos dados de saída conforme
apresentados nos Itens 3.1, 3.2 e 3.3, o usuário possui todas as dimensões das redes de
insuflamento e retorno, bastando portanto desenhar estas redes. Para facilitar, o usuário
pode utiliza o auxílio de softwares de desenho como o AutoCad, Revit, dentre outros. A
Figura 3.6 mostra a rede de dutos desenhada através do AutoCad.
42
Figura 3.6 Desenho da rede de dutos
Nos Anexos 9 e 10, podem ser vistos os dimensionamentos completos das rede de
insuflamento e retorno, com a perda de carga total (localizada + distribuída), e o custo de
cada rede.
No Anexo 11, pode ser visto a planta baixa com todas as especificações de
dimensionamento, do projeto proposto como exemplo.
43
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dutos, são condutores de ar que permitem sua circulação desde o ventilador até os
pontos de insuflamento (difusores, grelhas, venezianas, etc.), bem como o retorno. O
normal é a existência de recirculação do ar, isto é, uma vez circulando no ambiente, o ar
retorna à máquina e isso, representa economia na instalação e no consumo de energia
elétrica.
O dimensionamento e o projeto de um sistema de dutos envolve um processo
complexo, visto que uma série de decisões devem ser tomadas e como cada decisão
afetando todo o projeto, o auxílio de meios computacionais é de grande ajuda no
desenvolvimento do projeto.
4.1. CONCLUSÕES
44
- Realização de trabalho experimental, em sessões retas e acessórios de dutos, para
verificar a confiabilidade dos métodos de dimensionamento apresentados;
- Desenvolver planilhas com os mesmos conceitos desta (fórmula da perda universal
de carga), para outros tipos de fluidos.
- Desenvolvimento desta metodologia utilizando outros softwares, em específico o
EES (Engineering Equation Solver).
45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, César Monteiro de. A Viscosidade Cinemática do Ar. Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=qZX-h2-zd-Y >. Acessado em: 13/01/2015.
FOX, Robert W.; MCDONALD, Alan T. Introdução a Mecânica dos Fluidos. 5º Edição.
Rio de Janeiro. Editora LTC, 2001.
46
MSPC - Informações Técnicas. Propriedades do Ar Seco Sob Pressão Normal.
Disponível em: < http://www.mspc.eng.br/fldetc/fluid_06B0.shtml >. Acessado em:
13/01/2015.
STOECKER, Wilbert F.; JONES, Jerold W.. Refrigeração e Ar Condicionado. São Paulo.
Editora McGraw-Hill, 1985.
47
ANEXOS
48
Anexo 2: Rugosidade média para dutos de ar condicionado (ASHRAE, 2009)
49
Anexo 3: Ábaco de Moody (Fox et. al., 2001)
50
Anexo 4: Perda de carga por atrito (Stoecker et. al., 1985)
51
Anexo 5: Valores de C0 para o cálculo da perda de carga localizada dos principais
acessórios (ASHRAE, 2009)
52
53
54
55
56
Anexo 6: Bitola de chapa para a fabricação de dutos retangulares, pressão de
125 Pa (NBR 16401-1, 2008)
57
Anexo 7: Bitola de chapa para a fabricação de dutos retangulares, pressão de 250
Pa (NBR 16401-1, 2008)
58
Anexo 8: Bitola de chapa para a fabricação de dutos retangulares, pressão de 500
Pa (NBR 16401-1, 2008)
59
Anexo 9: Dimensionamento da rede de dutos de insuflamento
60
Anexo 10: Dimensionamento da rede de dutos de retorno
61
Anexo 11: Projeto - Planta baixa da rede de dutos
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