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ESCOLA DE MÚSICA
NATAL
2010
TICIANO MACIEL DAMORE
Monografia apresentada ao
departamento de Graduação da
Escola de Música da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte,
como exigência parcial para
obtenção da graduação em
Licenciatura Plena em Musica
NATAL
2010
Catalogação da Publicação na Fonte
UFRN - Biblioteca Pe. Jaime Diniz
57 f. : il.
BANCA EXAMINADORA:
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______________________________
______________________________
This project proposes an Ear Training book called “Musical Dictation”, which
contains melodic and rhythmic dictations of several kinds and skill levels, that were
conceived during a three year experience of teaching the discipline at Escola de
Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. This book comes with 2
audio CDs that contain these dictations recorded. The purpose of this material is to
help the students of Ear Training to study outside the classroom. First the Ear
Training is contextualized, and the most used exercises are explained. Later in the
chapter there is a reflection on how the discipline is seen by the perspective of
Musical Education, as well as how the authors in the field proposes working with it.
The next chapter brings the results of a research with Ear Training music students of
Escola de Música da UFRN, pointing their difficulties at musical dictation, as well as
their misinformation about how to study outside the classroom. Finally, it is explained
how the book is structured, its types of dictations, its skill levels and its formulation in
general.
INTRODUÇÃO................................................................................................... 8
2 – A PERCEPÇÃO DA PERCEPÇÃO............................................................. 14
3 – O LIVRO...................................................................................................... 18
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................ 23
REFERÊNCIAS................................................................................................. 25
ANEXOS............................................................................................................ 27
INTRODUÇÃO
8
A proposta desse trabalho é apresentar um livro com ditados melódicos e
rítmicos que possa auxiliar o estudante de Percepção Musical em seus estudos
individuais. O material proposto viria acompanhado de dois CDs de áudio que
conteriam os ditados em si, cada qual com um nível de dificuldade. Tais ditados
foram concebidos pelo autor do projeto, fruto de uma compilação de três anos de
ensino da cadeira na EMUFRN (2007 a 2009), tanto no nível técnico quanto na
Graduação.
O primeiro capítulo aborda os conceitos e perspectivas da Percepção Musical
como um todo, tratando da sua importância e contribuição para o amadurecimento
do estudante de música. Traz também uma discussão sobre a forma como a
disciplina é vista no Brasil, e sugere a partir de propostas de autores da Educação
Musical, um viés calcado na experiência do aluno e compreensão da linguagem
musical ante a simples identificação correta das notas de um ditado. O capítulo
seguinte traz o resultado de uma pesquisa feita com alunos dos cursos Técnico e
Superiores da EMUFRN sobre suas dificuldades com a disciplina, acentuando a
necessidade de um material didático que os acompanhe em seus estudos fora de
sala de aula. O terceiro capítulo mostra como foi feita a distribuição dos ditados no
livro a ser proposto, explicando seus capítulos, níveis e metodologia.
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1 – CONTEXTUALIZANDO A PERCEPÇÃO MUSICAL
10
c) Solfejo – para Ferreira (1999) solfejar é ler ou entoar os nomes das notas de
uma peça musical. Nesta atividade, o estudante deve solfejar trechos
musicais nas claves mais comuns da prática musical (sol, fá e dó na terceira
linha).
Ex.
11
existem vários exemplos de ditados melódicos e rítmicos escritos, que podem
ser ouvidos nos dois CDs que acompanham a monografia.
Existem outros exercícios que também desenvolvem a percepção musical, como
a percepção de modos, cadências e composições de peças e trechos musicais.
Muitas são também as variações dos exercícios supracitados que vão depender
tanto da criatividade do professor quanto da resposta de seus alunos.
Para Otutumi (2008), o desenvolvimento da Percepção Musical é considerado
pela grande maioria dos educadores como de fundamental importância, pois dá um
significativo suporte para a carreira do músico além de anteceder sua formação
profissional, participando no processo de educação musical de base.
Campolina e Bernardes (2001) também consideram o desenvolvimento da
Percepção Musical essencial e indispensável na formação de qualquer músico.
Porém Bernardes (2001) propõe uma discussão sobre a forma como a disciplina é
lecionada no Brasil. Alega que o método tradicional é calcado nas escolas de música
da Europa e América do Norte, onde os alunos têm uma diferente cultura e
formação, e têm o estudo da música incorporado ao seu cotidiano e ao seu processo
escolar, realidade ainda inexistente no Brasil. De acordo com tal método, o
treinamento auditivo é visto como "ginástica auditiva", na qual o ouvido musical é
formado a partir do adestramento para ouvir, reconhecer e reproduzir, podendo não
formar músicos conscientes da linguagem musical.
Os exercícios de Percepção deveriam, para a autora, obedecer ao tempo do
ouvinte, respeitar e direcionar o processo de escuta de acordo com a demanda de
quem ouve e validá-Io da forma como ele acontece. Barbosa (2005, p.2) concorda
com a necessidade de uma proposta que deveria tratar a música como linguagem
e conseqüentemente a “percepção musical como percepção do discurso musical
e não percepção de elementos musicais, e considerar a experiência musical
anterior dos alunos”. Grossi (2001) acrescenta que os exercícios tradicionais são
“formas restritivas de avaliação porque, ao limitar o conhecimento musical a apenas
uma dimensão da música, desconsidera a natureza diversificada da própria
experiência musical”. Aborda que os testes atuais de percepção se baseiam em
formulações como “compare, reconheça e classifique”, e que em sua visão são
limitados por não levar em consideração a forma como as pessoas vivenciam a
música de maneira geral. Grossi ainda relata em seu artigo o sucesso alcançado em
12
um processo seletivo onde o teste de Percepção se baseava na vivência da música
em vários níveis de aprofundamento, dentre eles, ouvir uma música e escrever
comentários sobre a mesma, tentar identificar a forma da canção, comentar texturas
e timbres, identificar a relação entre os acordes da música, identificar a quantidade
de vozes ouvidas, entre outros procedimentos. Essas técnicas promovem uma
abertura para uma percepção mais abrangente da linguagem musical.
As práticas propostas por Campolina e Bernardes (2001) sugerem experiências
baseadas na compreensão e criação. Ambas são autoras de um livro com ditados
gravados entitulado “Ouvir para entender ou compreender para criar?”. Tais ditados
contidos em um CD apresentam coerência melódica e sentido musical. Os alunos,
antes de tentarem grafar o ditado, podem fazer anotações sobre o que conseguem
julgar como musicalmente importante, assim como escrever de modo empírico (com
sinais, desenhos, símbolos) os movimentos melódicos e/ou rítmicos do ditado. Uma
vez que a estrutura musical do ditado for compreendida, os alunos passam a tentar
grafar o ditado utilizando a escrita tradicional. Após este processo, as autoras
incentivam a criação e execução de músicas com base no que foi aprendido com o
ditado recém ouvido.
O livro proposto nesta monografia corrobora com as idéias recém apontadas, e
seus ditados devem ser trabalhados sobre tais perspectivas, servindo de
ferramentas para a ampliação do desenvolvimento auditivo do aluno e compreensão
de uma linguagem maior da música. Acredita-se também que as contribuições dos
autores supracitados sobre a forma de utilização da Percepção Musical, em prol da
compreensão da linguagem musical como um todo, podem servir como modelo para
os docentes ainda calcados no modelo ”tradicional”, nem sempre efetivo no Brasil.
Apresentaremos a seguir, os resultados de uma pesquisa que buscou identificar,
na opinião dos alunos, a necessidade de um material para o estudo de ditados fora
de sala de aula.
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2 – A PERCEPÇÃO DA PERCEPÇÃO
Uma vez que na opinião dos docentes existe uma carência de material
organizado para o estudo de Percepção Musical, buscou-se identificar através de
uma pesquisa a mesma necessidade por parte dos estudantes. Assim, esta
pesquisa foi feita com 71 alunos da EMUFRN, todos estudantes de Percepção
Musical de nível técnico e superior. Foram escolhidas turmas de Percepção Musical
II e IV com a intenção de conhecer as necessidades dos discentes que já têm
contato com a cadeira há pelo menos um semestre.
Para a coleta de dados utilizou-se um questionário com quatro questões de
alternativa única. Marconi & Lakatos (2002) definem questionário como um
instrumento de coleta de dados constituído por uma série de perguntas, que devem
ser respondidas por escrito e sem influência do autor do mesmo. Gil (2002)
acrescenta que em um questionário devem ser incluídas apenas as perguntas
relacionadas com o tema proposto, com perguntas formuladas de maneira clara,
concreta e precisa. Com o intuito de evitar distorções nas respostas foi dada
preferência às perguntas objetivas. Mesmo assim, quando a alternativa exigia uma
informação suplementar, existia no questionário um espaço destinado para este fim
(vide anexo A). Durante a aplicação, os alunos receberam o questionário e foram
informados apenas que se tratava de uma pesquisa sobre Percepção e que as
questões só tinham uma alternativa a ser marcada, existindo a preocupação de não
influenciar as respostas dos discentes.
A primeira questão buscava identificar o curso dos alunos que responderam o
questionário, com a finalidade de se chegar a possíveis perfis ou tendências de
algum dos cursos especificamente. O resultado está no quadro abaixo:
Quadro 01: Curso
Entrevistados Qtde %
Nível Técnico 38 53
Nível Superior 33 47
Fonte: Dados da pesquisa
14
deste trabalho serão tratados por um só perfil: Nível Superior. Importante ressaltar a
quase igualdade entre o número de respondentes dos cursos Técnico e superiores.
A questão número dois buscava identificar as dificuldades dos alunos em
perceber e grafar ditados melódicos e rítmicos.
15
que tem a desvantagem de ser pago, e suas opções de preços variam entre U$ 70 a
U$ 1250. A versão grátis expira em menos de dois meses e tem poucos recursos de
aprendizagem. Já o Finale não tem como ser utilizado como ferramenta de estudo
de ditado a não ser que alguém escreva algum exercício nele, o que novamente
insere o aluno no problema de “depender de terceiros”. Os entrevistados que
marcaram a opção outros utilizam métodos mais informais como “tirar música de
ouvido”. Desta forma, entende-se que é real a necessidade de se buscar novas e
mais acessíveis maneiras de se estudar os ditados, já que os recursos utilizados
pelos alunos apresentam restrições.
A questão final tenta descobrir na opinião dos discentes o que poderia lhes
ser mais útil no estudo de ditados fora de sala de aula. Para isso, foram
apresentadas alternativas neutras como possíveis soluções para suas dificuldades
de maneira a não induzir as respostas em direção ao propósito deste trabalho. Os
resultados:
Quadro 04: Material de Apoio
Entrevistados Qtde %
Livro de ditados com CD 47 66
Mais aulas e atenção individualizada 15 21
Vídeo-aulas 3 4
Maior aprofundamento teórico 6 9
Fonte: Dados da pesquisa
16
que os dados coletados revelam que existe a necessidade da criação de um material
desta natureza. A seguir, apresentamos a proposta do livro e a sua respectiva
estruturação.
17
3 – O LIVRO
O livro proposto é por si só, um material didático. Para Santos et all (2006
p.3), antes da escolha e/ou produção de qualquer material didático, é imprescindível
que se questione: “que conteúdos vão ser trabalhados no curso, que visões e
representações serão privilegiadas? Como o conteúdo vai ser organizado? Como é
o modo e a forma desse conteúdo?”. Considerando importantes tais considerações,
o presente capítulo busca respondê-las, assim como especificar os conteúdos
musicais aos quais o material se propõe.
“Ditados” foi pensado para alunos de Percepção Musical dos cursos Técnico
e superiores (Bacharelado e Licenciatura) de Música. Portanto, espera-se que eles
já tenham tido uma iniciação musical básica de percepção de graus conjuntos,
reconhecimento de fórmulas de compassos, etc. O objetivo do livro é auxiliar o aluno
de Percepção Musical em seus estudos particulares e não dispensá-lo das aulas. É
importante ressaltar que o produto não tem a intenção de ser seqüencial, ou seja, o
leitor não deve segui-lo do início ao fim. A finalidade é auxiliar o aluno em diferentes
tipos de ditados de acordo com o que estiver vivenciando em sala de aula naquele
momento.
O livro é dividido em dois níveis de dificuldade. O primeiro apresenta
exercícios musicalmente mais simples. São eles:
• Ditados melódicos a uma voz;
• Ditados melódicos a uma voz com modulação;
• Ditados melódicos a duas vozes;
• Ditados melódicos a duas vozes com modulação;
• Ditados rítmicos a uma voz;
• Ditados rítmicos a uma voz com compassos alternados e variáveis;
• Ditados rítmicos a duas vozes;
• Ditados rítmicos a duas vozes com compassos alternados e variáveis.
Souza (2004 p.1) aponta que como fato social, a música não pode ser tratada
descontextualizada de sua produção sociocultural, defendendo a necessidade de se
trabalhar “a relação que crianças e adolescentes mantêm com a música, e não se
limitar ao estudo da prática ou do consumo musical meramente por seu conteúdo ou
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gênero”. Para a autora, a dificuldade está em se comunicar musicalmente utilizando
como ferramentas as relações sociais dos alunos, seus costumes, suas idéias, suas
origens. Compactuando com tais pensamentos, os ditados rítmicos e ditados
melódicos a uma e duas vozes (em claves de Sol e Fá, respectivamente) buscam
muitas vezes ativar as memórias musicais dos estudantes, utilizado fórmulas
rítmicas e melódicas mais conhecidas, às vezes com trechos de músicas que fazem
parte dos seus cotidianos como valsas de artistas potiguares, hinos de times de
futebol, levadas de bateria com ritmos populares, entre outros. No exemplo abaixo,
um ditado melódico com trecho do “hino da independência do Brasil”.
Figura 01: Ditado melódico a duas vozes com trechos de músicas conhecidas
19
melódicos com três vozes, sendo feitos também na clave de Dó, assim como ditados
rítmicos também a três vozes. Os tipos de exercícios estão deste nível são:
• Ditados melódicos a duas vozes;
• Ditados melódicos a duas vozes com modulação;
• Ditados melódicos a três vozes;
• Ditados rítmicos a duas vozes;
• Ditados rítmicos a uma voz com compassos alternados e variáveis;
• Ditados rítmicos a duas vozes com compassos alternados e variáveis;
• Ditados rítmicos a três vozes.
20
Notar que o “compasso do pulso” dos exercícios a duas vozes não tem
pausas de preenchimento, como forma simbólica de mostrar que não faz parte do
ditado. Uma barra dupla é colocada logo após o “compasso do pulso” para
assegurar que o leitor não o confunda com o ditado em si. Trabalha-se também a
equivalência de durações. Como muitos exercícios são feitos com sons de
percussão, apenas a acentuação será considerada. Logo, uma colcheia seguida de
uma pausa de colcheia terá o mesmo valor que uma semínima. A acentuação dos
compassos é amenizada nos exercícios rítmicos de nível 2.
Nos ditados rítmicos com compassos alternados e variáveis, adota-se a
equivalência de colcheias entre os diferentes compassos, e todas as fórmulas de
compasso são informadas previamente.
Figura 05: Ditado rítmico a duas vozes com compassos alternados e variáveis
EXERCÍCIO 2 F.Compasso: 3/4, 3/8, 3/4, 3/8 Compassos: 4 Faixa: 49
Os ditados contidos no livro são apresentados em dois CDs (um para cada
nível) e devem ser tocados por inteiro, várias vezes, exercitando a capacidade de
memorização e abstração de um trecho musical.
O aluno deverá utilizar o livro acompanhado de um caderno pautado.
Recomenda-se o uso de uma folha de papel em branco cobrindo a partitura-resposta
do mesmo, de forma que só se possam ver as informações iniciais do exercício.
Depois, o aluno deverá correr a folha em branco um pouco da esquerda para a
direita com o intuito de mostrar a primeira nota dos ditados.
Figura 06: Visualização de um ditado
EXERCÍCIO 1 Tom: C Compassos: 4 Faixa: 01
22
CONSIDERAÇÕES FINAIS
23
material, e se de fato este contribuiu para uma melhoria da relação entre os
estudantes e os ditados de Percepção Musical.
24
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Maria Flávia Silveira. Percepção musical sob novo enfoque: a escola
de Vigotski. Revista Música Hodie, [s.l], vol. 5, nº 2, 2005, p.91-105.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
JESUS, Elieser Ademir de; URIARTE, Mônica Zewe; RAABE, André Luís Alice.
Desenvolvendo a percepção musical em crianças através de um objeto de
aprendizagem. Santa Catarina: UNIVALI, 2007.
25
SOUZA, Jusamara. Educação musical e práticas sociais. Revista da ABEM. Porto
Alegre, V. 10, p. 07-11, Mar. 2004.
26
ANEXOS
27
ANEXO A
( ) Licenciatura em música
( ) Bacharelado em música
( ) Não.
3) Como você faz para estudar ditados melódicos e/ou rítmicos fora da sala de aula?
( ) Outros. ________________________________________________________
4) Qual das opções abaixo poderia lhe ser mais útil no estudo dos ditados em
percepção?
( ) Vídeo-aulas
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ÍNDICE
Introdução .................................................................................. 03
Nível 1 04
Ditados Melódicos ............................................................. 04
1. Ditados melódicos a uma voz ...................................... 04
2. Ditados melódicos a uma voz com modulação ............. 05
3. Ditados melódicos a duas vozes .................................. 06
4. Ditados melódicos a duas vozes com modulação ......... 08
Ditados rítmicos ................................................................ 09
1. Ditados rítmicos a uma voz .......................................... 09
2. Ditados rítmicos a uma voz com compassos
alternados e variáveis .................................................. 10
3. Ditados rítmicos a duas vozes ....................................... 11
4. Ditados rítmicos a duas vozes com compassos
alternados e variáveis .................................................. 12
Nível 2 14
Ditados Melódicos ............................................................. 14
1. Ditados melódicos a duas vozes ................................... 14
2. Ditados melódicos a duas vozes com modulação .......... 17
3. Ditados melódicos a três vozes .................................... 19
Ditados rítmicos ................................................................. 20
1. Ditados rítmicos a duas vozes ...................................... 21
2. Ditados rítmicos a uma voz com compassos
alternados e variáveis .................................................. 23
3. Ditados rítmicos a duas vozes com compassos
alternados e variáveis .................................................. 24
4. Ditados rítmicos a três vozes ......................................... 25
30
INTRODUÇÃO
Neste livro o leitor encontrará diversos tipos de ditados melódicos e rítmicos. Tais exercícios
abrangem tanto níveis de dificuldade fáceis quanto mais elaborados e tentam alcançar tanto
estudantes Percepção Musical de nível técnico quanto de nível superior. Importante ressaltar que o
material abrange tanto padrões musicais mais utilizados no cotidiano musical (aproximadamente
noventa por cento do livro) quanto estruturas mais incomuns e desafiadoras, de forma a tentar
alcançar os mais diversos perfis de estudantes.
Uma vez que o material seja utilizado por alunos, busco preencher uma lacuna muito vista
nas escolas de música que é a ausência de material auditivo para estudo de Percepção Musical em
casa. O procedimento é muito simples: O aluno deverá utilizar o livro acompanhado de um caderno
pautado. Recomenda-se o uso de uma folha de papel em branco cobrindo a partitura-resposta deste
livro, de forma com que só se possam ver as informações iniciais do exercício. Depois, a folha em
branco poderá correr um pouco da esquerda para a direita com o intuito de mostrar a primeira nota
dos ditados. Uma vez anotadas as informações do exercício, o aluno toca o CD com a faixa específica
do exercício. Caso necessário, o aluno poderá executar em seu instrumento a escala do tom do ditado
melódico. O objetivo será conseguir grafar em uma folha de papel pautada o que foi ouvido. O aluno
pode também fazer anotações depreendidas da escrita tradicional sobre as sensações que o ditado
desperta, os movimentos que a melodia ou o ritmo faz e quaisquer outras impressões que desejar.
Como exemplos, setas para cima ou para baixo podem indicar o caminho da melodia, e associações a
adjetivos musicais ou não-musicais como “infantil”, “rock´n´roll” ou “me lembra Asa Branca” podem
facilitar a compreensão da linguagem musical existente no ditado. Depois da grafia do ditado, o
estudante pode praticar a criação de melodias semelhantes, a execução dessa melodia em seu
instrumento ou qualquer outra forma criativa para a internalização da linguagem musical como um
todo.
Recomenda-se ao iniciante em Percepção Musical o estudo dos exercícios de nível um (CD 01).
Os familiarizados com a prática de ditado podem praticar os exercícios de nível 2 (CD 02).
A prática desses exercícios não deve isentar os alunos das aulas de Percepção. Pelo contrário,
um professor deve acompanhar periodicamente os resultados obtidos para certificar-se que a
progressão do estudante está de fato ocorrendo.
Apesar do intuito inicial dos exercícios a serem apresentados nesse livro ser desenvolver a
percepção auditiva através de ditados, nada impede os mesmos de serem usados também como
solfejos.
Professores de Percepção também podem se beneficiar deste material, aplicando os ditados
contidos em sala de aula.
Ticiano D´Amore
31
DITADOS – NÍVEL UM (CD 1)
Nesta sessão o leitor encontrará ditados melódicos e rítmicos simples, com grau de
dificuldade baixo.
DITADOS MELÓDICOS
32
EXERCÍCIO 7 Tom: Am Compassos: 4 Faixa: 07
33
3. DITADOS MELÓDICOS A DUAS VOZES
34
EXERCÍCIO 6 Tom: Bm Compassos: 6 Faixa: 18
35
4. DITADOS MELÓDICOS A DUAS VOZES COM MODULAÇÃO
36
DITADOS RÍTMICOS
Os exercícios rítmicos são todos iniciados pelo pulso do compasso. Logo, nas partituras
mostradas, o primeiro compasso corresponderá justamente a esse pulso, não devendo ser
considerado parte do exercício. Notar que o “compasso do pulso” dos exercícios a duas vozes não tem
pausas de preenchimento, como forma simbólica de mostrar que não faz parte do ditado. Trabalha-
se também a equivalência de durações. Como muitos exercícios são feitos com sons de percussão,
apenas a acentuação será considerada. Logo, uma colcheia seguida de uma pausa de colcheia terá o
mesmo valor que uma semínima. A acentuação dos compassos nos exercícios é amenizada. O
primeiro tempo de cada compasso é levemente acentuado.
37
EXERCÍCIO 6 F.Compasso: 4/4 Compassos: 3 Faixa: 33
38
3. DITADOS RÍTMICOS A DUAS VOZES
39
EXERCÍCIO 6 F.Compasso: 3/8 Compassos: 3 Faixa: 45
40
EXERCÍCIO 2 F.Compasso: 3/4, 3/8, 3/4, 3/8 Compassos: 4 Faixa: 49
41
DITADOS - NÍVEL DOIS (CD 2)
Nesta sessão o leitor encontrará ditados melódicos e rítmicos com um grau de dificuldade
maior do que no primeiro. Exercícios com três vozes simultâneas são adicionados. Aos alunos,
recomenda-se novamente o uso de uma folha de papel em branco cobrindo a partitura, de forma com
que só se possam ver as informações iniciais do exercício. Depois, a folha poderá correr um pouco da
esquerda para a direita com o intuito de mostrar a primeira nota dos ditados.
DITADOS MELÓDICOS
42
EXERCÍCIO 5 Tom: F Compassos: 8 Faixa: 05
43
EXERCÍCIO 10 Tom: Eb Compassos: 8 Faixa: 10
44
EXERCÍCIO 15 Tom: C Compassos: 4 Faixa: 15
45
EXERCÍCIO 5 Tom inicial: C Compassos: 4 Faixa: 20
46
3. DITADOS MELÓDICOS A TRÊS VOZES
47
EXERCÍCIO 5 Tom: Bb Compassos: 4 Faixa: 28
48
DITADOS RÍTMICOS
Assim como no volume anterior, os exercícios rítmicos são todos iniciados pelo pulso do
compasso. Logo, nas partituras mostradas, o primeiro compasso corresponderá justamente a esse
pulso, não devendo ser considerado parte do exercício. Notar que o “compasso do pulso” dos
exercícios a duas vozes não tem pausas de preenchimento, como forma simbólica de mostrar que não
faz parte do ditado. Novamente, a acentuação dos compassos nos exercícios é amenizada. Nos
exercícios rítmicos deste nível não existe mais a acentuação no primeiro tempo de cada compasso.
49
EXERCÍCIO 5 F.Compasso: 4/4 Compassos: 2 Faixa: 35
50
2. DITADOS RÍTMICOS A UMA VOZ COM COMPASSOS ALTERNADOS E
VARIÁVEIS
51
3. DITADOS RÍTMICOS A DUAS VOZES COM COMPASSOS ALTERNADOS E
VARIÁVEIS
52
EXERCÍCIO 5 F.Compasso: 3/8, 2/4, 1/4 Compassos: 3 Faixa: 49
53
EXERCÍCIO 4 F.Compasso: 3/4 Compassos: 3 Faixa: 53
54
EXERCÍCIO 7 F.Compasso: 4/4 Compassos: 3 Faixa: 56
Obs. Apesar deste exercício conter melodias e acordes, o objetivo é identificar apenas o ritmo do
ditado
55
ANEXO C – CDS COM DITADOS GRAVADOS (à parte)
56