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2ª FASE OAB – DIREITO PENAL

Professor: Rogério Cury


Aula nº 11

MATERIAL DE APOIO - MONITORIA

Índice
I – Anotações da Aula
II - Lousas

I – Anotações da Aula

Apelação

Conceito:
Apelação é o recurso cabível contra sentenças definitivas ou com força de definitivas, cuja
finalidade é buscar a reforma total ou parcial daquela decisão.

Hipóteses de cabimento de apelação:


Em regra, estão previstas no art. 593 do CPP.

Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: (Redação dada pela Lei nº 263, de
23.2.1948)
I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular;
(Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos
não previstos no Capítulo anterior; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados; (Redação
dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança;
(Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. (Redação dada pela
Lei nº 263, de 23.2.1948)
§ 1o Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou divergir das respostas dos
jurados aos quesitos, o tribunal ad quem fará a devida retificação. (Incluído pela Lei nº 263, de
23.2.1948)
§ 2o Interposta a apelação com fundamento no no III, c, deste artigo, o tribunal ad quem, se
Ihe der provimento, retificará a aplicação da pena ou da medida de segurança. (Incluído pela Lei nº
263, de 23.2.1948)
§ 3o Se a apelação se fundar no no III, d, deste artigo, e o tribunal ad quem se convencer de
que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para
sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda apelação.
(Incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
§ 4o Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que
somente de parte da decisão se recorra. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 263, de
23.2.1948)

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I. Sentenças definitivas:
o Condenação – art. 387 do CPP;
o Absolvição – art. 386 do CPP.

Quanto ao art. 386 do CPP, todos os incisos que começam com “não” não fazer coisa julgada
no cível. Os incisos que começam com a letra “e” fazem coisa julgada no cível; nestes casos, a
absolvição é mais robusta.

II. Decisões definitivas ou com força de definitivas: o processo terminou; julgou-se o mérito da
causa; mas o indivíduo não foi nem condenado nem absolvido.

III. Decisões proferidas no Tribunal do Júri.

Trata-se da 2ª fase do procedimento do Tribunal do Júri.


Quanto a alínea “b”, do inciso III, questiona-se erro do juiz presidente e não dos jurados. O que
se questiona não é o veredicto dos julgados, mas sim a sentença do juiz-presidente.

Quem aplica a pena ou medida de segurança é o juiz. O erro ou injustiça da alínea “c”,
portanto, é do juiz. Qualquer tribunal de 2ª instância poderá modificar esta sentença.

Por fim, quanto a alínea “d”, trata especificamente da decisão dos jurados. Questiona-se o
veredicto dos jurados. Exemplo: devidamente e cabalmente demonstrado no processo que o acusado
agiu em legítima defesa. Como o que se questiona é o veredicto, não é possível pedir a reforma da
sentença em 2ª instância, pois há a incidência do princípio constitucional da soberania dos veredictos.
O pedido é a anulação do julgamento é a realização de novo Júri.

O art. 416 do CPP apresenta hipóteses de cabimento de apelação: recurso de apelação contra
a decisão de impronúncia e contra decisão de absolvição sumária, na 1ª fase do júri.

Art. 416. Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação. (Redação
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)

Lei 9.099/95 - JECrim

Obs.: No JECrim, caberá apelação, inclusive, contra a decisão que rejeitar denúncia ou queixa
(art. 82 da Lei 9.099/95).

Montagem da peça

O recurso de apelação, em regra, exige 2 petições:


o Petição de interposição;
o Razões.

Petição de interposição:

• Endereçamento: para o juiz que proferiu a sentença/decisão – 1ª instância.


Juiz
de direito;
Federal.
Vara:
Criminal;
Do Júri.
Tribunal do Júri;
Juizado Especial Criminal;

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Juizado de Violência doméstica e familiar contra a mulher.
Comarca – juiz de direito;
Subseção Judiciária – Juiz Federal;

• Preâmbulo:
Nome da peça – apelação;
Previsão legal (art. 593, incisos I, II ou III).

Decisão de pronúncia ou impronúncia (art. 416)

Art. 82, da Lei 9.099/95.

• Requerimento de recebimento e processamento do recurso, com as razões recursais em


anexo.

Obs.: para atuar como assistente de acusação, deve ser citado o art. 598 do CPP. Além de requerer o
recebimento e processamento, deve ser requerida a habilitação como assistente de acusação.

Prazo para interposição da apelação:


O prazo, regra, no CPP (hipóteses do art. 593 e 416), é de 5 dias. Começa a contar no
próximo dia útil depois da intimação, pois é prazo processual. Se terminar em sábado, domingo ou
feriado, deve ser prorrogado para o próximo dia útil (art. 798 do CPP e súmula 310 do STF).

Obs.: em caso de assistente de acusação, que não esteja habilitado nos autos, o prazo será de
15 dias. Esse prazo de 15 dias terá início a partir do término do prazo da apelação para o Ministério
Público (parágrafo único, art. 598, do CPP).

Razões - Apelação:

• Prazo: 8 dias.
Obs.: Se for JECrim – Lei 9.099/95, o prazo da apelação será único – a interposição e razão
devem ser feitas em prazo único, qual seja, 10 dias.

• TJ;
• TRF.

Obs.: JECrim – Colégio Recursal.

• Fatos;
• Direito:
Preliminares;
Nulidades: CF, art. 564 do CPP, Legislação.
Extinção da punibilidade.
Mérito: ex.: absolvição – art. 386 do CPP; desclassificação; causa de diminuição de
pena; não concurso de crime; concurso de crimes mais benéfico; afastamento de
agravante; aplicação de atenuante; penal aplicada no mínimo; regime de cumprimento
de pena mais benéfico; substituição de pena privativa de liberdade por restritiva de
direitos.

• Pedido.

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Caso Prático:

1 – Teco foi denunciado como incurso nas penas do artigo 155, § 4º, inciso I do CP, sob a
acusação de ter adentrado na residência do senhor Tico e subtraído uma TV. Na polícia
negou a participação no delito, versão que manteve em juízo (NEGATIVA DE
AUTORIA/PARTICIPAÇÃO). O advogado do acusado apresentou resposta escrita em
momento oportuno. Quando ouvidas, as testemunhas arroladas pela acusação nada
esclareceram (FAVORÁVEL À DEFESA), ao passo que as arroladas pela defesa confirmaram
que Teco é trabalhador, boa pessoa e não tiveram notícia alguma que este praticou o crime
em questão (NEGATIVA DE AUTORIA/PARTICIPAÇÃO). ABSOLVIÇÃO – 386, V, CPP. Quando
da fase do artigo 402, do CPP, nada foi requerido pelas partes. Não houve perícia no local
dos fatos, não sendo produzida prova do arrombamento descrito na exordial (NÃO HÁ
PROVA DA QUALIFICADORA). Na fase do artigo seguinte, o Parquet requereu a condenação
do acusado nos exatos termos da denúncia. Intimado, o defensor do acusado apresentou
alegações finais, sustentando as teses de defesa. O magistrado prolatou sentença
condenando Teco a pena de 2 anos e 6 meses (ERRADO – PENA MÍNIMA 2 ANOS) de
reclusão em regime semiaberto (REGIME ERRADO – REGIME ABERTO), além do pagamento
de multa. Não houve a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos,
mesmo sendo primário e possuindo circunstancias judiciais favoráveis. (ERRADO – DEVE
HAVERA SUBSTITUIÇÃO)
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso
concreto acima, na condição de advogado(a) de Teco, redija a peça cabível, exclusiva
de advogado, à impugnação da mencionada decisão, acompanhada das razões
pertinentes, sabendo que sua intimação ocorreu há dois dias.

PEÇA:
Há Processo? SIM (Resposta à Acusação e Memoriais) – eliminadas as peças antes do
processo;
Há sentença? SIM (sentença condenatória) – eliminadas as peças durante o processo
(Resposta à Acusação e Memoriais);
Há trânsito em julgado? NÃO – eliminadas as peças após o trânsito em julgado;

APELAÇÃO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CRIMINAL DA COMARCA
DE ..., ESTADO DE ...

Processo nº ...

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TECO, já qualificado nos autos em
epígrafe, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente à
presença de Vossa Excelência interpor recurso de APELAÇÃO, com fundamento no artigo
593, I, do Código de Processo Penal, por não se conformar com a r. sentença de fls.

Requer o recebimento e processamento


do presente recurso, com as razões recursais em anexo, ao Tribunal de Justiça.

Termos em que,
pede deferimento.

Local e data.

Advogado ...
OAB nº ...
RAZÕES DE RECURSO DE APELAÇÃO

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ...

Apelante: Teco
Apelada: Justiça Pública

Processo nº ...

Douto Procurador,
Colenda Câmara,
Eméritos julgadores.

Com o devido acatamento e respeito, a r.


sentença condenatória de fls., deve ser reformada, pelos fatos e fundamentados a seguir
expostos.

DOS FATOS:

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DO DIREITO:

Nobres Desembargadores, em que pese o


Apelante ter sido condenado, não foi produzida prova alguma de que tenha efetivamente
concorrido para a prática da infração penal em questão.

Vale lembrar que, no processo penal, o


ônus da prova cabe a quem alega, nos termos do artigo 156 do Código de Processo Penal.
No caso, o Ministério Público alegou, mas não provou.

Ao longo da instrução criminal, as


testemunhas arroladas pelo Parquet nada esclareceram, ou seja, não apontaram o Apelante
como o autor do delito. Ademais, no que tange à autoria, a acusação não produziu
nenhuma prova.

Diante de tal circunstância, evidente que


a absolvição é de rigor, devendo haver a reforma da sentença de piso, pois no processo
penal uma condenação deve estar embasada em prova cabal e inequívoca, o que não
ocorreu no caso em questão.

Pela eventualidade, caso Vossas


Excelências entendam por bem manter o decreto condenatória, impossível a aplicação da
qualificadora presente no §4º, I, do artigo 155 do Código Penal, qual seja, o rompimento ou
destruição de obstáculo.

Vale lembrar que, as infrações penais


que deixam vestígios devem ser submetidas à analise pericial, esta indispensável, nos
termos do artigo 158 do Código de Processo Penal e, na sua falta a prova testemunhal
poderá suprir-lhe, em conformidade com o artigo 167 do mesmo diploma legal.

Contudo, no caso, não houve a produção


de prova pericial ou testemunhal a atestar a existência da qualificadora. Com efeito, em se
reconhecendo a participação do Apelante no delito em pauta, a qualificadora deve ser
afastada, com a consequente reforma parcial do julgado ora combatido.

Desta feita, pela eventualidade, a


condenação só poderia ser embasada no delito de furto simples, figura típica prevista no
caput do artigo 155 do Código Penal.

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Quanto mais não seja, ainda pela
eventualidade, sendo mantida a condenação pela figura qualificada, a pena deve ser
revista, pois o Recorrente possui todas as circunstâncias judiciais favoráveis e sua pena foi
aplicada acima do mínimo legal, ou seja, em 2 (dois) anos e 6 (seis) meses de reclusão.

No caso, diante das circunstâncias


judiciais favoráveis, a pena não poderá ultrapassar o mínimo legal, qual seja, 2 (anos),
mesmo porque não existem circunstâncias agravantes e causas de aumento de pena
imputadas contra o Apelante.

Não bastasse, ainda pela eventualidade,


em sendo mantida a condenação, o regime para início de cumprimento da pena merece ser
revisto, pois a sentença condenatória fixou o regime semiaberto, que se mostrar
completamente incompatível com a quantidade de pena fixada.

Ora, evidente que uma condenação de


até 4 anos, não havendo circunstâncias desabonadoras ao condenado, requer a imposição
do regime prisional aberto, nos termos do artigo 33, §2º, “c” do Código Penal.

Na hipótese dos autos, o magistrado


ignorou o sobredito dispositivo, fato que deve ser revisto por Vossas Excelências.

Por derradeiro, mostrando o completo


descompasso de sua decisão com a lei vigente, o magistrado de primeira instância, não
aplicou a substituição da penal privativa de liberdade por restritiva de direitos, mesmo o
Apelante tendo preenchido os requisitos legais.

Ora, mais uma vez, a r. sentença merece


reparo, pois houve o completo desrespeito à norma prevista no artigo 44 do Código Penal.

Vale lembrar que, preenchidos os


requisitos legais, a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, não
é faculdade do juiz, mas direito do condenado, fato que foi ignorado pelo magistrado
sentenciante e deve ser revisto por Vossas Excelências.

DO PEDIDO:

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Por tudo quanto foi exposto, requer o
conhecimento e provimento do recurso para:

. a) Que haja a reforma da r. sentença, com a


consequente absolvição do Apelante nos termos do artigo 386, V, do Código de Processo Penal;

b)
c)
d)
Local e data

Advogado ...
OAB nº ...

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II – Lousas

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