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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Faculdade de Engenharia - FEN

Edificações 1
Professor: Luiz Antônio Arnaud Mendes

Estruturas e Alvenaria

ALUNAS:

 Amanda Ferreira
 Amanda Cortez
 Carolina Stellet
 Julya Marçal

Rio de Janeiro, 14 de Agosto de 2018


Sumário
1. Estruturas na Construção Civil ..............................................................................................4
1.1 Concreto Armado ...............................................................................................................5
1.2 Estruturas de Madeira ........................................................................................................7
1.2.1 Patologias e Cuidados ................................................................................................10
1.2.2 Outros Cuidados ........................................................................................................12
1.2.2.1 Teor de Umidade ....................................................................................................12
1.2.2.2 Contato com o Solo ................................................................................................12
1.2.2.3 Contrações da Madeira ..........................................................................................13
1.2.2.4 Apodrecimento.......................................................................................................13
1.2.3 Cotações de Preços e Fornecedores ..........................................................................14
1.3 Estruturas Metálicas .........................................................................................................14
1.4 Fases da Obra, Patologias e Cuidados ..............................................................................19
1.4.1 Concreto Armado ......................................................................................................20
1.4.1.1 Projeto ....................................................................................................................20
1.4.1.2 Materiais e equipamentos ......................................................................................21
1.4.1.3 Produção e Execução ..............................................................................................22
1.4.2 Estruturas Metálicas ..................................................................................................26
1.4.2.1 Orçamento e cotação .............................................................................................26
1.4.2.2 Projetos ..................................................................................................................27
1.4.2.3 Fabricação ..............................................................................................................27
1.4.2.4 Montagem ..............................................................................................................28
2. Alvenarias na Construção Civil ...........................................................................................31
2.1 Tipos de Alvenaria ............................................................................................................32
2.1.1 Alvenaria Estrutural ...................................................................................................32
2.1.2 Alvenaria de Vedação ................................................................................................33
2.2 Execução da Alvenaria ......................................................................................................34
2.2.1 Materiais e Equipamentos .........................................................................................35
2.2.1.1 Argamassa de Assentamento .................................................................................35
2.2.1.2 Utensílios Tradicionais ............................................................................................35
2.2.1.3 Equipamentos.........................................................................................................36
2.2.2 Verificações Preliminares ..........................................................................................36
2.2.3 Etapas Execução ........................................................................................................37
2.2.3.1 Marcação ................................................................................................................37
2.2.3.2 Elevação .................................................................................................................38
2.2.3.3 Encunhamento .......................................................................................................39
2.2.4 Detalhes construtivos ................................................................................................39
2.2.4.1 Ligações entre paredes e entre paredes e pilares ..................................................39
2.2.4.2 Vergas e contravergas ............................................................................................40
2.2.4.3 Embutimento de instalações ..................................................................................41
2.3 Aproveitamento dos Tijolos .............................................................................................42
3. Bibliografia .........................................................................................................................43
1. Estruturas na Construção Civil

A execução das obras que guiam a construção civil, e assim das estruturas que às constitui,
deve ser realizada de acordo com um planejamento, estabelecido de forma prévia, pelos
profissionais atuantes responsáveis, que inclui a escolha do tipo de estrutura a ser utilizada na
execução da obra. O planejamento deve ser a referência básica para as decisões a serem
tomadas durante cada etapa da realização da obra.

A construção civil é um setor de grande importância na economia e apresenta significativas


deficiências em suas etapas e processos de gestão. A necessidade do desenvolvimento de
estruturas mais seguras e para o alcance de melhorias fez crescer a evolução das técnicas de
construção nos últimos tempos. Dessa forma, o avanço tecnológico e a busca por novos
materiais fez com que se expandisse a variedade de estruturas possíveis de ser empregadas na
construção civil, aprimorando as técnicas e reproduzindo estruturas cada vez mais bem
desenvolvidas, projetadas, seguras que mantem sua boa condição por longos períodos de
tempo.

De modo geral, hoje em dia são utilizados basicamente três tipos de estrutura: estrutura de
Concreto Armado, estrutura de Madeira e estrutura de Aço ou Metálica. Sendo assim, a
escolha do material e o dimensionamento da estrutura devem ser realizados por profissionais
especializados como Engenheiros e Arquitetos.
1.1 Concreto Armado

O concreto é o material estruturado mais utilizado na construção civil ao redor do mundo,


chamando atenção pela estrutura predominante no Brasil. Dentre os materiais que são mais
usados pelo homem, o concreto fica atrás somente da água, tendo um consumo anual para
cada habitante de uma tonelada de concreto.

O Concreto Armado alia as qualidades do concreto com as do aço, tal solução veio da
necessidade de combinar a resistência à compressão e durabilidade do concreto com as
características do aço, como a resistência à tração. Dessa forma é possível construir elementos
com diversas formas e volumes, com facilidade e rapidez.

Falando de uma forma geral, na construção de um elemento em concreto armado, as


armaduras de aço são primeiramente posicionadas na fôrma, posteriormente o concreto é
lançado preenchendo-a, quando ao mesmo tempo acontece o adensamento do concreto, que
deve envolver e aderir às armaduras de aço. O molde pode ser retirado após a cura e outros
cuidados e com o endurecimento do concreto, originando a peça de CA.

Outros materiais como a madeira, alvenaria também são de uso comum, porém suas
aplicações são bem mais restritas. Assim, comparando as estruturas de concreto armado com
outros materiais existentes, é possível entender facilmente a sua larga utilização, pois seus
materiais constituintes possuem alta disponibilidade e o aço ainda possuí facilidade de
aplicação.

Dessa forma o Concreto Armado é a técnica mais utilizada em todo mundo para construção de
estruturas e é aplicado em variados tipos de construção como, por exemplo:

 Edificações com diversos pavimentos;


 Pontes;
 Obras de saneamento;
 Paredes de contenção;
 Viadutos;
 Portos;
 Túneis;
 Estádios;
 Barragens;
 Usinas Hidrelétricas;
 Paredes de Contenção;
 Sistemas de esgoto;
 Estações de tratamento de água;
 Pavimentos Rodoviários e de aeroportos;

Porém, como todo material, o concreto armado possui vantagens e desvantagens em relação
ao seu uso na construção civil. Dentre as vantagens podemos citar:

 É econômico, pois conta com uma matéria-prima com custo relativamente baixo e
especialmente no Brasil, os seus componentes são facilmente encontrados;
 Relativa rapidez na construção, pois a e execução e o recobrimento são de certa forma
rápidos;
 Sua conservação, pois possui boa durabilidade se dosado de forma correta e se sua
execução de cobrimentos mínimos for respeitada;
 Impermeabilidade;
 Não exige mão de obra muito especializada, pois é um material que necessita de
equipamentos simples para preparo, transporte, adensamento e vibração;
 Resistente ao fogo, às influências atmosféricas, ao desgaste mecânico, ao choque de
vibrações, o aço é convenientemente envolvido pelo concreto e fica protegido contra a
corrosão e altas temperaturas provocadas por incêndios;
 Adaptabilidade, favorecendo a arquitetura por sua fácil modelagem;

Porém, o CA também possui algumas desvantagens como:

 Elevado peso próprio


 Dificuldade na realização de reformas e demolições, pois são de difícil execução, se
tornando trabalhosas e caras;
 Ocorrem fissurações, que sempre ocorrem e devem ser controladas;
 Não proporciona adequado índice de isolamento térmico e acústico, principalmente
quando instalado em lajes maciças com espessura reduzida;

1.2 Estruturas de Madeira

O uso da madeira na construção civil não é novidade para ninguém, sua utilização é uma
realidade desde os tempos mais antigos. Inclusive, até o século passado as mais relevantes
obras de engenharia eram construídas com madeira ou pedra.
Até hoje é muito utilizada no mundo todo tanto de maneira funcional, como em estruturas e
coberturas, quanto de maneira decorativa. De lá pra cá as técnicas de construção com madeira
mudaram e se aprimoraram, houve melhoramento em relação à resistência ao tempo e
modificou a forma que este material é utilizado na arquitetura.

A utilização da madeira pode ser vista em construções como:

 Residências
 Passarelas
 Construções rurais
 Pontes (com grande utilização do eucalipto)
 Cimbramentos
 Edificações em ambientes altamente corrosivos, como locais à beira-mar
 Telhados e coberturas

Diferente de alguns países como, por exemplo, Alemanha, Estados Unidos, Suíça, no Brasil o
uso da madeira na construção civil ainda atravessa um preconceito muito grande. Este fato
ocorre devido à falta de conhecimento do material e também a escassez de projetos bem
formulados e específicos. O que é muito comum são essas construções serem idealizadas e
feitas por pessoas despreparadas e sem conhecimento técnico, como pedreiros, carpinteiros,
que são preparados para executar e não pra projetar. A falta de um de um estudo específico
acaba não detalhando o tipo de madeira adequado para o local da obra, considerando assim o
clima da região, preocupação com o nível de umidade, o transporte e armazenamento correto,
podendo gerar complicações e diminuindo a durabilidade do material.

Uma causa desse preconceito do uso da madeira no Brasil, é o fato da maioria das
universidades do país não ofertarem um preparo apropriado na área da madeira no curso de
Engenharia Civil, levando a essa falta de conhecimento que gera uma fuga a elaboração de
projetos com estruturas de madeiras.

Além disso, a questão ambiental gera grande preocupação, pois o uso da madeira é rápida e
equivocadamente associado à devastação das florestas. Esse pensamento é leigo, pois
primeiramente a madeira é um material renovável e seu uso não acarreta danos irreversíveis
ao equilíbrio do ecossistema se for feito com responsabilidade ambiental e de forma
sustentável.

Dentre as vantagens de utilizar a madeira na construção civil podemos citar:

 É um produto de origem natural e renovável, com processo de baixo consumo


energético;
 Possui ótimo isolamento térmico, podendo reduzir a energia utilizada na climatização
de ambiente (principalmente quando usada em pavimentos, portas e janelas). O
conforto numa casa de madeira é percebido através da manutenção de uma
temperatura estável, em qualquer época do ano;
 Fácil trabalhabilidade;
 Boa absorção acústica;
 Segurança, pois não oxida;
 Montagem rápida;
 Fácil trabalhabilidade;
 Preço competitivo com o de outros materiais nobres;
 Resistência mecânica à tração e compressão;
 Resistência a choques e cargas dinâmicas;

Entretanto, a madeira possui também suas desvantagens como:

 Material heterogêneo e anisotrópico;


 É relativamente vulnerável ao ataque de insetos e fungos, se não for tratada
adequadamente;
 Inflamabilidade;
 Sensível ao ambiente, podendo aumentar ou diminuir suas dimensões de acordo coma
variação de umidade;
 Perda de propriedades e surgimento de tensões internas secundárias devido a
problemas de secagem e umidade;

1.2.1 Patologias e Cuidados

O processo de conservação deve ser iniciado no tratamento da madeira e prolongado até a


manutenção, e requer técnicas específicas, de acordo com as propriedades em questão. "As
técnicas de preservação química consistem em introduzir, por meio de processos adequados,
produtos químicos dentro da madeira, tornado-as tóxicas aos organismos que a utilizam como
fonte de alimento", explica o biólogo Sérgio Brazolin, Chefe do Agrupamento de Preservação
de Madeiras do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo).

Entretanto, para que a aplicação química seja eficiente, alguns fatores devem ser observados.
As madeiras de baixa durabilidade natural necessitam de uma proteção extra ou preservativa
que assegure a longevidade do produto. Dentre os mais utilizados estão os oleosos, os
oleossolúveis, que contêm misturas complexas de agentes fungicidas e/ou inseticidas à base
de compostos de natureza orgânica e/ou organometálica, e os hidrossolúveis, que contêm
misturas mais ou menos complexas de sais metálicos. Apesar dessas opções é sempre
recomendado o uso de produtos preservantes higiênicos, de proteção satisfatória e,
principalmente, que não agridam o homem e o meio ambiente.
A aplicação desses produtos na madeira pode ser realizada sem pressão - a impregnação é
superficial – ou com pressão - a impregnação é profunda e realizada por meio de uma
autoclave, disponível em usinas de preservação de madeiras que garantem maior penetração
do produto. "Os tratamentos realizados sem pressão conferem à madeira uma proteção
limitada contra organismos xilófagos, sendo recomendados para a preservação de peças que
estarão sujeitas a baixos riscos de deterioração biológica", orienta Brazolin.

Seja uma residência, uma edificação maior ou uma obra-de-arte, todo cuidado é pouco. Além
da deterioração ocasionada pelas intempéries, muitos são os microorganismos e insetos que
se alimentam das macromoléculas encontradas no lenho dessas madeiras.

Os fungos, por exemplo, necessitam desses compostos orgânicos. A infecção da madeira


geralmente ocorre quando a árvore é abatida e pode prosseguir em diferentes estágios até a
utilização final, sendo agravada conforme o material é exposto à umidade.

Dentre os fungos xilófagos existentes, há alguns grupos diferenciados conforme as estratégias


de ataque às madeiras, como os emboloradores, os manchadores e os apodrecedores. Os
emboloradores são responsáveis pelo bolor encontrado nas superfícies das madeiras,
resultado de uma alta produção de esporos que podem variar de cor de acordo com a espécie
do fungo. Já os manchadores podem provocar manchas profundas no alburno das madeiras,
ocasionadas pela presença de hifas pigmentadas ou de pigmentos liberados pelos fungos.
"Esse tipo de ataque, também conhecido como mancha azul, é responsável por consideráveis
prejuízos, principalmente de ordem estética, em madeiras como o Pínus", esclarece Brazolin.

Os apodrecedores podem provocar profundas alterações nas propriedades físicas e mecânicas


das madeiras devido à progressiva destruição das moléculas que constituem a madeira. Outros
biodeterioradores comuns são insetos como os cupins (madeira seca, subterrâneos e
arborícolas) e as brocas-de-madeira. Os cupins-de-madeira-seca e as brocas podem ser
facilmente confundidos por expelirem resíduos das peças atacadas, mas pertencem a ordens
distintas de insetos xilófagos. No caso de construções em contato com a água do mar ou
salobra (trapiche, defesa de pontes, carreira de barco, entre outros) podem ocorrer ataques de
perfuradores marinhos (crustáceos e moluscos) comprometendo a durabilidade da estrutura
em madeira.
Por isso é importante conhecer as propriedades das madeiras, para que no momento da
concepção do projeto a especificação seja feita de maneira adequada, utilizando-se de todas
suas atribuições para eliminar os riscos de biodeterioração.

O IPT e a ABPM (Associação Brasileira de Preservadores de Madeira) estão revisando a NBR


7190 - Estruturas de Madeira, item preservação de madeiras. Nessa revisão é possível
encontrar um sistema de classe de risco que objetiva auxiliar os especificadores quanto à
madeira mais apropriada para determinado uso na construção civil, incluindo os riscos
biológicos e agentes deterioradores passíveis de atuarem na peça.

1.2.2 Outros Cuidados


1.2.2.1 Teor de Umidade
O uso de madeira na umidade apropriada significa ausência de séria contração no futuro.
A madeira deve ser seca até atingir a umidade média que terá em serviço.

Nas regiões mais secas o teor de umidade inicial deve situar-se entre 7% e 10% . O teor de
umidade da madeira para o fechamento externo, estrutura do telhado, da parede e do piso,
deve estar entre 10 e 16% na maioria das regiões do país, e entre 8 e 13% nas regiões mais
secas.

1.2.2.2 Contato com o Solo


Cuidado especial deve ser tomado para a proteção da madeira do contato direto com o solo,
mesmo em construções temporárias.

Cuidado e atenção no projeto, nos detalhes e na seleção do material, podem eliminar a


necessidade futura de substituições frequentes de peças da base tais como vigas, barrotes,
soleiras e outros membros.

Uma prática recomendável é o uso de madeira tratada a pressão quando esta ficará em
contato com alvenaria ou com o solo.

É também recomendado o uso de barreiras impermeáveis sobre as superfícies do solo sobre as


quais há peças de madeira, e o uso de filmes impermeáveis entre a alvenaria, o solo e as peças,
para que a umidade não passe para a madeira.

É importante também manter as partes próximas às paredes livres de plantas, pois estas
podem propiciar a retenção de umidade e favorecer o apodrecimento.

As bordas das portas e janelas devem ter detalhes construtivos das molduras adequados para
se evitar a penetração de água ou ar úmido.
As calhas são importantes para diminuição da umidade na base da construção, principalmente
quando a água conduzida é direcionada de modo a ser desviada da construção ou
convenientemente drenada.

1.2.2.3 Contrações da Madeira


A madeira sofre mudança dimensional quando seu teor de umidade é alterado, contrai-se
quando perde umidade e expande-se quando é umedecida.

As contrações são notadas nas dimensões transversais, mas pouco sentidas na direção
longitudinal.

Apesar disso a madeira pode dar bom desempenho quando o fator retratibilidade for
entendido e adequadamente controlado.

Os problemas relacionados com a retratibilidade da madeira podem ser bastante reduzidos


através de medidas usando madeira seca de acordo com as condições de uso:

 Protegendo com seladoras e pinturas, hidrorrepelentes ou outras substâncias


protetoras todas as superfícies expostas da madeira, para que não resultem mudanças
rápidas no teor de umidade;
 Selecionando madeiras de espécies com baixos índices de retratibilidade;
 Utilizando preferentemente peças radiais em aplicações mais críticas, tais como peças
largas e pouco espessas em posições muito expostas a mudanças de umidade (em
geral as madeiras tem contrações tangenciais cerca de duas vezes maiores do que
radiais).

Algumas vezes não é possível atender às quatro regras acima, contudo quanto mais elas são
atendidas, mais duráveis, estáveis e melhor aparência terão as construções.

1.2.2.4 Apodrecimento
A maneira mais simples e efetiva de se prevenir o apodrecimento da madeira é mantê-la seca.

A água muitas vezes é mantida na madeira por falta de ventilação ou drenagem.

Os pontos sujeitos a apodrecimento são as juntas e onde a madeira entra em contato com
outros materiais.

Em geral é mais econômico e mais efetivo evitar-se pontos sujeitos ao apodrecimento no


detalhamento do projeto, do que confiar em preservativos ou recobrimentos protetores.

Há quatro regras de projeto para se evitar apodrecimento em membros de madeira:

 Drenagem livre ou detalhes de construção apropriados onde a madeira entra em


contato com áreas planas, tais como colunas sobre lajes de concreto;
 Boa ventilação para prevenir-se a acumulação de ar saturado de umidade em espaços
em porões, sob escadas e áreas sob madeiramento de piso de madeira.
O solo deve ser coberto por filmes impermeáveis para evitar a evaporação em sua
superfície, espaços fechados devem ser ventilados;
 Proteção da madeira contravapor condensado que ocorre em tubos d'água fria ou em
vidros de janelas em locais de clima frio, especialmente em banheiros e cozinhas. O
isolamento de tubos d'água fria pode reduzir a condensação em sua superfície, outra
solução é dependurá-los afastados da madeira;
 Uso de impermeabilizantes ou filmes protetores que evitam a absorção de umidade do
solo, concreto ou alvenaria pela madeira. O uso de barreiras de vapor sob lajes de
concreto pode evitar a absorção de umidade do solo.

1.2.3 Cotações de Preços e Fornecedores


Tanto o projeto como a construção dos alojamentos podem ser realizados pela própria
construtora ou por empresa terceirizada. A opção escolhida deve ser precedida da avaliação
do custo-benefício de cada uma. Priorizando, no entanto, sempre aquelas com notória
especialização.

Se o custo-benefício da pesquisa favoreceu a terceirização, como prevenção, é interessante


criar um contrato de prestação de serviços que estabeleça os direitos e deveres de ambas as
partes e que se inclua ainda, cláusula obrigando a terceirizada a seguir todas as exigências
estabelecidas na NR-18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção).
Estabelecer multas para o não cumprimento das regras pré-determinadas e dos prazos
também é ação preventiva.

1.3 Estruturas Metálicas

O aço é hoje uma das ligas metálicas mais utilizadas em todo o mundo, possuindo
principalmente o ferro e o carbono em sua composição. A estruturas de aço também tem cada
vez mais ganhado adeptos na construção civil. Porém, o uso das estruturas metálicas em larga
escala ainda é um desafio para o mercado da construção civil, ainda que pesquisas indiquem
seu grande potencial como matéria-prima eficiente para esse setor.
Desde quando se iniciou a utilização de estruturas metálicas na construção civil até os dias de
hoje, o aço tem possibilitado aos arquitetos, engenheiros e construtores, soluções arrojadas,
eficientes e de alta qualidade.
O uso do aço modificou para sempre a Engenharia Civil. Somente com uso desse metal, foi
possível criar construções cada vez maiores e mais leves, dando asas para imaginação dos
projetistas. Essas criações não seriam possíveis com a rigidez e o peso do concreto, por isso o
uso das estruturas metálicas foge dos materiais de concreto convencionais. Tais estruturas
oferecem uma flexibilidade muito maior nos projetos, pois permitem a concepção dos mesmos
com formas mais fluidas e com curvas que aparentemente não seriam possíveis de serem
construídas. Possibilitam também economia pela quantidade de material usado e também
pela estabilidade econômica do produto no mercado nacional e internacional.

O aço para construção civil pode ser disponibilizado de maneiras variadas pelas indústrias
siderúrgicas. Dentre essas formas, as mais comuns são as chapas grossas, as chapas finas, os
perfis laminados, os cabos, tubos e as barras de aço. Essas formas podem ser combinadas das
mais diversas maneiras para a formação da estrutura metálica.

Seu uso na construção civil pode ser visto na construção de:

 Galpões Metálicos, que são compostos basicamente por pilares, vigas de sustentação e
elementos de travamento. Geralmente usados para fins logísticos, de armazenagem
ou de produção industrial;

 Prédios comerciais, residenciais e hospitalares são exemplos de edifícios construídos a


partir de estruturas metálicas. Pilares, vigas e peças de contraventamento metálicos
garantem uma construção rápida e segura. Os pilares e vigas são perfis estruturais que,
unidos por parafusos metálicos, chapas de aço e soldas, compõem esses edifício;

 Estruturas tubulares, tubos metálicos são utilizados nos mais diversos segmentos, já que
além de leve e durável, é resistente à corrosão e à oxidação, tem ótimo custo-benefício
e pode ser reciclado. Estruturas tubulares geralmente são empregadas na condução de
cabos de telefonia e internet, no escoamento de petróleo e na estruturação de obras;

 Estruturas reticuladas, que são perfis treliçados, formando uma espécie de rede
tridimensional. Por conta dessa formação estrutural, podem alcançar grandes alturas e
suportar grandes cargas. Alguns exemplos são as torres de energia e os suportes de
alguns equipamentos;

 Silos, tanques e esferas de armazenagem, que são exemplos de estruturas metálicas


de armazenamento. Essas construções possuem geralmente paredes finas, formadas
por chapas de aço e com formato cilíndrico. O objetivo é armazenar material a granel,
como grãos, líquidos e gases. A utilização do aço garante boas condições de
temperatura e ventilação, além de facilitar a descarga;

Viaduto de Millau, na França – estrutura mista de aço e concreto com colunas e estais.
Ópera de arame, em Curitiba , Brasil – teatro com estrutura de aço tubular e vidro, utilizada para
eventos artísticos e culturais.

O sistema construtivo com estruturas metálicas apresenta grandes vantagens sobre o sistema
construtivo convencional:

 Liberdade no projeto de arquitetura, como já citado anteriormente, pois a tecnologia

do aço permite aos arquitetos total liberdade criadora, permitindo a elaboração de


projetos arrojados e de expressão arquitetônica marcante;
 Flexibilidade: a estrutura metálica é especialmente indicada nos casos onde existe a

necessidade de adaptações, ampliações, reformas e mudança de ocupação de edifícios.


Torna também mais fácil a passagem de utilidades como água, ar condicionado,
eletricidade, esgoto, telefonia, informática, entre outros;
 Maior área útil, pois as seções dos pilares e vigas de aço são substancialmente mais

esbeltas do que as equivalentes em concreto, resultando em melhor aproveitamento do


espaço interno e aumento da área útil, fator importante principalmente em garagens;
 Menor prazo de execução: a fabricação da estrutura em paralelo com a execução das

fundações, a possibilidade de se trabalhar em diversas frentes de serviços


simultaneamente, a diminuição de formas e escoramentos e o fato da montagem da
estrutura não ser afetada pela ocorrência de chuvas, pode levar a uma redução de até
40% no tempo de execução quando comparado aos processos convencionais;
 Compatibilidade com outros materiais, pois o sistema construtivo em aço é totalmente

compatível com qualquer tipo de material de fechamento, tanto vertical como horizontal,
admitindo desde os mais convencionais (tijolos e blocos, lajes moldadas in loco) até
componentes pré-fabricados (lajes e painéis de concreto, painéis drywall);
 Racionalização de materiais e mão-de-obra- Numa obra, através de processos

convencionais, o desperdício de materiais pode chegar a 25% em peso. A estrutura


metálica possibilita a adoção de sistemas industrializados, fazendo com que o desperdício
seja sensivelmente reduzido;
 Alívio de carga nas fundações, pois como são mais leves, as estruturas metálicas

podem reduzir em até 30% o custo das fundações;


 Antecipação do ganho, em função da maior velocidade de execução da obra, haverá

um ganho adicional pela ocupação antecipada do imóvel e pela rapidez no retorno do


capital investido;
 Garantia de qualidade: a fabricação de uma estrutura metálica ocorre dentro de uma

indústria e conta com mão-de-obra altamente qualificada, o que dá ao cliente a garantia


de uma obra com qualidade superior por conta do rígido controle durante todo o
processo industrial;
 Organização do canteiro de obras, visto que a estrutura metálica é totalmente pré-

fabricada, há uma melhor organização do canteiro devido entre outros à ausência de


grandes depósitos de areia, brita, cimento, madeiras e ferragens, reduzindo também o
inevitável desperdício desses materiais. O ambiente limpo com menor geração de
entulho, oferece ainda melhores condições de segurança ao trabalhador contribuindo
para a redução dos acidentes na obra;
 Precisão construtiva, enquanto nas estruturas de concreto a precisão é medida em

centímetros, numa estrutura metálica a unidade empregada é o milímetro. O que garante


uma estrutura perfeitamente aprumada e nivelada, facilitando atividades como o
assentamento de esquadrias, instalação de elevadores, bem como redução no custo dos
materiais de revestimento;
 Reciclabilidade, já que o aço é 100% reciclável e as estruturas podem ser desmontadas

e reaproveitadas;
 Preservação do meio ambiente, uma vez que é menos agressiva ao meio ambiente

pois além de reduzir o consumo de madeira na obra, diminui a emissão de material


particulado e poluição sonora geradas pelas serras e outros equipamentos destinados a
trabalhar a madeira;

Entretanto, assim como qualquer escolha de material, o uso do aço também possui suas
desvantagens:

 Custo, visto que dependendo do tipo e do planejamento de uma obra, a construção


em aço pode custar mais caro do que uma estrutura de concreto equivalente;
 Mão-de-obra qualificada, já que as estruturas metálicas exigem, tanto para fabricação
quanto para execução, uma mão-de-obra mais especializada que as estruturas
convencionais;
 Viabiliza apenas elementos lineares, o uso do aço torna viável a fabricação apenas de
elementos lineares, permitindo a formação de vigas, pilares e treliças, por exemplo.
Para a construção de lajes, a estrutura metálica tem que ser associada ao concreto;
 Limitação do mercado, pois a utilização de estruturas metálicas, muitas vezes, se torna
limitada devido à dificuldade para encontrar determinados tipos e perfis de aço. Em
algumas regiões do Brasil, por exemplo, não há a tradição de utilizar esse tipo de
estrutura;
 Pouco indicado em construções pequenas, por se tratar de uma estrutura industrial,
não se justifica economicamente a encomenda de poucas peças.
 Limitação de fabricação em função do transporte até o local da montagem final, assim
como custo desse mesmo transporte, em geral bastante oneroso.

1.4 Fases da Obra, Patologias e Cuidados

Ao longo do tempo foi-se aumentando na Engenharia Civil, a preocupação com a qualidade e


durabilidade das edificações. Essa consciência e importância como controle das obras e dos
materiais aplicados nas mesmas se explica pela quantidade de problemas até hoje
apresentados nas edificações e pelo grande volume de vidas que podem ser postas em risco
por erros de produção e execução (PEREIRA, 2008).

A qualidade pode ser garantida através de controle tecnológico, que não só diz respeito aos
processos de execução mas também aos de produção, manipulação, transporte e ensaios.
Além disso, para completo controle de qualidade, é necessário a capacitação da mão de obra
operante já que para acontecimento de todas as etapas, há interferência humana nos
processos.

Principais causas das patologias


1.4.1 Concreto Armado

Assim como nos outros tipos de estruturas, no uso do concreto armado também podem ser
geradas e encontradas patologias que podem ter sua causa originada em uma das três
principais etapas da construção: fase de projeto, de execução e de utilização. Nesse trabalho,
daremos mais foco para os erros e cuidados que devem ser tomados na fase de projeto e
principalmente de execução.

1.4.1.1 Projeto

Hoje em dia, a análise de construções de concreto armado é feita em programas de


computador que possibilitam a análise da estrutura como um todo, sem a necessidade de
desmembra-la para fazer os cálculos. Os projetos estruturais representam graficamente as
estruturas e fornecem as características do concreto e do aço (projetos de fôrmas e de
armações – contendo dados de dimensões, resistência, bitola, comprimento, quantidade e
etc).

Planta de fôrma

Detalhamento de armadura
Esquema estrutural

Segundo Couto (2017), são exemplos de problemas originados na fase de projeto:

 Não consideração de todas as cargas atuantes corretamente ou escolha errônea da


combinação mais desfavorável: Nesse caso, podemos subdimensionar a estrutura e a
mesma poderá não resistir a carga quando passar a ser utilizada levando ao
aparecimento de trincas e fissuras.
 Análise incompleta ou incorreta do solo e suas resistências: isso pode gerar recalques
inesperados ao longo da construção ou nos primeiros anos de vida;
 Dimensionamento inadequado que pode levar a grandes deformações e ao
surgimento de fissuras (ocorre no caso de peças esbeltas e na utilização de vãos
grandes);
 Falta de compatibilização entre os projetos (arquitetônico, estrutural, hidrossanitário,
elétrico e etc)
 Detalhes construtivos extremamente difíceis de executar.

1.4.1.2 Materiais e equipamentos

O concreto é definido por muitos autores como: produto da mistura de aglomerante


(cimento), agregados, água e aditivos. É importante a especificação dos materiais, suas
quantidades e relações como: relação água/cimento e traço, para que o concreto tenha as
propriedades definidas em projeto.
Os equipamentos também devem ser indicados para que não tenha problemas de tempo em
suas contratações ou aquisições. Geralmente são usados equipamentos para transporte, para
o adensamento e para o sarrafeamento.

1.4.1.3 Produção e Execução

Se for escolhido o concreto pré-moldado, não existe praticamente a necessidade de


escoramento e a produção pode ser feita no canteiro de obra ou já ser comprado de algum
fabricante. Porém, para produção in loco desse tipo de concreto o investimento pode não
compensar em alguns casos e são necessários cuidados para preparação do local onde
ocorrerá essa produção, como por exemplo, a resistência do solo nessa área e a utilização de
equipamentos para movimentação dessas peças quando prontas.

No caso do concreto moldado in loco, as peças são moldadas e concretadas utilizando fôrmas
(geralmente de madeira) e escoramento que deverá permanecer por tempo suficiente para o
ganho da resistência do concreto.

O processo segue o seguinte fluxo:

 Montagem das fôrmas


 Montagem das armaduras e embutidos (caso haja previsão de instalações)
 Concretagem: engloba os processos de mistura, transporte, lançamento, adensamento
e cura.
 Desforma e retirada do escoramento

Fôrmas

Concretagem
Escoramento

Em edifícios com estruturas de concreto armado é utilizado um sistema de suporte de


pavimentos que inclui fôrmas, escoras e reescoras. Esses materiais atuam ajudando na
sustentação de pavimentos para que esses já tenham uma certa resistência para sustentar o
pavimento recém concretado que vem acima deles.

Uma preocupação são as ações que atuam durante a construção além das que são facilmente
estimadas como o peso próprio do concreto, das fôrmas escoras e reescoras, pois são de difícil
determinação e podem passar, durante esse período de construção, as ações de serviço
consideradas no projeto do edifício. São essas ações: o peso dos trabalhadores, equipamentos,
materiais, entulhos, impacto produzido pelo lançamento do concreto, vento, etc (PRADO,
1999).

Por esse motivo, as áreas de projeto e construção devem trabalhar juntas para garantir as
condições necessárias da estrutura. Caso haja sobrecarga acima do estimado no projeto, pode
ser necessário tomar medidas de ajuste como alterar o processo de construção, trocar o
concreto por um mais resiste ou, em últimos casos, refazer o projeto estrutural.

Na execução do concreto em si (concretagem), temos as seguintes etapas:

 Mistura: Os materiais que compõem o concreto são misturados, em betoneiras ou em


centrais dosadoras, até formar uma mistura homogênea. Devemos tomar cuidado com
o tempo de mistura, a correção de água e na quantidade colocada dos materiais.
Mistura em Betoneira

 Transporte: Depois da mistura, o concreto é transportado para o local de lançamento.


Essa movimentação pode ser feita por carros de mão ou caminhões betoneira. Nessa
fase, deve-se atentar para a possibilidade de segregação do concreto durante o
transporte, com o tempo de transporte (no caso de caminhão) e condições de
temperatura para que o mesmo não tenha perda considerável de abatimento.

Transporte de concreto

 Lançamento: Nessa etapa, o concreto é colocado para moldagem das peças e o


procedimento pode ser feito com pás, carros de mão ou bombas em caso de distâncias
maiores. É importante ter cuidado no caso de concretagem de peças com elevadas
alturas (acima de 2 metros) pois pode ocorrer segregação dos agregados graúdos no
fundo das peças, gerando vazios nas mesmas (GONÇALVES, 2015).
 Adensamento: É feito com o concreto no seu estado fresco e consiste em movimentar
o concreto para eliminar bolhas de ar, espaços vazios e excesso de água evitando que a
mistura fique porosa e desuniforme, o que influencia na durabilidade e resistência. É
necessário ter algumas precauções como: ele deve ser feito logo após seu lançamento,
excesso ou deficiência de vibrações podem causar exsudação ou segregação.
Adensamento

 Cura: Esse procedimento se resume em manter a superfície do concreto úmida,


sombreada e protegida por um determinado tempo, segundo a Norma, para retardar a
evaporação da água empregada na mistura e permitir que haja uma completa
hidratação do cimento. Caso a mesma seja mal feita, pode afetar características como
fissuração e permeabilidade.

Cura

Além disso, é interessante darmos focos para as seguintes patologias:

 Trincas e Fissuras

Elas aparecem pela falta de resistência à tração. Podem ser ocasionadas por erro de
projeto, devido a um mal dimensionamento e escolha de resistência do concreto. E
também podem ocorrer na execução, pela falta de ensaios com o concreto que será
utilizado para verificar se realmente atende as necessidades de projeto.

Fissuras
 Falta de coesão e segregação do concreto

Elas aparecem pela falta de resistência à tração. Podem ser ocasionadas por erro de
projeto, devido a um mal dimensionamento e escolha de resistência do concreto. E
também podem ocorrer na execução, pela falta de ensaios com o concreto que será
utilizado para verificar se realmente atende as necessidades de projeto.

Concreto coeso e concreto não coeso

 Deformação Excessiva

Essas patologias podem ser graves se não forem consideradas no projeto e se não forem
controladas através de ensaios na execução. A especificação do módulo de elasticidade
tem o objetivo de minimizar os danos pois deformações excessivas podem causar fissuras
nas estruturas e alvenarias.

Além do concreto, a armadura de baixa resistência também pode causar deformações


excessivas.

Deformação Excessiva de laje com descolamento de piso

1.4.2 Estruturas Metálicas

As fases da obra de estrutura metálica são:

1.4.2.1 Orçamento e cotação

A base do orçamento é feita a partir do tipo de obra, no método construtivo, nos tipos de
materiais metálicos escolhidos, no tempo de execução e etc.. Depois se faz um estudo
detalhado do projeto incluindo todos os outros custos necessários para se ter uma ordem de
grandeza mais real. Com isso é feita uma análise para tentativa de diminuição do custo através
de soluções alternativas com mudança dos materiais, do tempo de obra, da mão de obra ou do
planejamento.

1.4.2.2 Projetos

 Projeto estrutural: Nele são definidas as cargas, os tipos de perfis utilizados, as seções
transversais, as medidas das peças e o cálculo dos esforços;
 Projeto de Fabricação: detalhamento das peças e ligações através da criação de
modelos;
 Projeto de Montagem: Este é feito após o projeto de fabricação, fornecendo o
posicionamento das peças, a ordem de montagem mais efetiva e apropriada para a
obra, além da metodologia para a montagem.

Modelo de estrutura métalica

Detalhamento de viga metálica

1.4.2.3 Fabricação

Esse processo onde os metais são transformados em estruturas pré-moldadas é dividido em


subprocessos.

Os processos fabris geralmente executados são:

 Suprimento;
 Preparação prévia;
 Furação;
 Desempeno, dobramento e calandragem;
 Inspeção de dimensão;
 Solda;
 Inspeção de Solda;
 Acabamento;
 Preparo da superfície;
 Pintura;
 Inspeção de Pintura;
 Expedição: A expedição deve ser feita de acordo com a execução da montagem em
campo evitando estocagem de material na obra (SOUZA, 2015 – pág. 13).

1.4.2.4 Montagem

 Planejamento: Nessa fase são definidos os processos de montagem, a ordem de


montagem, os equipamentos necessários, os locais e organização do espaço e os
prazos, de forma a alcançar o melhor desempenho da obra.
 Ligação em campo: podendo ser ligações aparafusadas ou soldadas. A parafusagem é
mais usada em campo por sua facilidade de execução.
 Estocagem no canteiro de obras: O material é transportado para obra de acordo com
as fases da mesma e estocado em áreas que facilitem a montagem e deslocamento
das peças.

Canteiro de obras – organização


Içamentode peças

Dentre essas fases de obra, devemos tomar alguns cuidados gerais para evitarmos problemas
de execução. São esses cuidados:

 No Transporte e armazenamento

As peças de estruturas metálicas são, muitas vezes, fabricadas e montadas em lugares


diferentes, sendo necessário fazer o transporte das mesmas até as obras. Deve-se tomar
cuidado na escolha do transporte pois o mesmo deve ter as dimensões necessárias e
capacidade para aguentar a carga da estrutura.

Outro ponto de atenção é a disposição das peças no veículo. A ordem de embarque deve ser
de acordo com o processo de montagem e as peças mais pesadas devem ser embarcadas
primeiro. É recomendado a utilização de caibros de madeira entre as peças transportadas para
evitar o contato direto entre elas podendo causar danos a estrutura.

Já em relação ao armazenamento, é recomendável que tenha espaço suficiente para que as


peças sejam estocadas em segurança e que seja respeitado o limite de peso para o
armazenamento. As peças também devem ser separadas por pontaletes de madeira, para
facilitar o içamento das vigas e pilares.

Deve-se atentar para o fato de que as estruturas são armazenadas em etapas de acordo com a
execução para que não haja grande quantidade de peças estocadas por muito tempo e evitar
com isso a possibilidade de empenamento, deformação ou deterioração.

Transporte
 Técnicas de Içamento

Essa é uma atividade feita com uso de maquinas como gruas e guindastes e que necessita de
muito cuidado na execução pois pode provocar acidentes graves.

Para ser feita de forma correta e segura, é necessária a determinação da carga útil da peça e o
centro de gravidade da mesma (DALDEGAN, 2016). A carga das peças pode ser calculada pelo
projeto ou in loco e com isso pode-se ter menor risco na hora do içamento, já que será
escolhido o equipamento que suporte tal carga. E o centro de gravidade deve ser definido com
precisão pois se o gancho não for colocado na posição correta do centro de gravidade,
podemos gerar movimentos indesejados.

 Estabilidade estrutural na montagem

O funcionamento adequado da estrutura deve existir tanto na fase da construção quando na


fase final. Para isso é elaborado um plano de montagem que garante a estabilidade estrutural
durante a montagem levando em consideração as cargas que são acrescidas progressivamente
e o funcionamento das peças já instaladas durante esse acréscimo.

 Profissionais qualificados

Montagem de estruturas metálicas é um tipo de serviço que exige profissionais treinados e


capacitados para cada tipo de operação pois envolve utilização de variados equipamentos com
características especificas diversas.

 Proteção contra corrosão

Essa proteção pode ser feita através de pinturas e revestimentos da estrutura de acordo com a
classificação do ambiente onde será feita a obra e é necessária para garantir a durabilidade da
estrutura, protegendo da corrosão não só a estrutura metálica como outros elementos
componentes do edifício como as vedações e lajes.

Pintura

 Ligações das peças

O controle dos processos de soldagem e parafusagem, tanto em fábrica quanto na obra, é


importante para a durabilidade da estrutura também. Se não for feito corretamente, pode
gerar desgastes entre as peças ou ainda fissuras que podem comprometer a estrutura em
partes e ao longo do tempo.
Furos não previstos no projeto

 Proteção contra incêndio

A estrutura metálica é vista como menos resistente ao fogo se comparada a de concreto. Mas
se revestida com os matérias adequados, ela pode ter sua resistência melhorada, diminuindo
bastante o risco de incêndio. Essa proteção pode ser feita com diversos materiais como por
exemplo com a aplicação de revestimento com argamassa contendo vermiculita (mineral de
baixa condutividade térmica) ou revestimento de placas e mantas.

Revestimento de argamassa

2. Alvenarias na Construção Civil

Alvenaria é o conjunto de tijolos, blocos ou peças unidas entre si, com ou sem argamassa de
ligação, formando um elemento estrutural vertical. Pode ser empregada na confecção de
diversos elementos construtivos, como por exemplo paredes, abóbadas, sapatas, muros, e entre
outros.
Este elemento estrutural tem como principal função adequar ou estabelecer a separação entre
ambientes. Além disso, a alvenaria também tem como finalidade suportar cargas como peso de
telhado e lajes, resistir a cargas gravitacionais, resistir impactos, vedar espaços e fornecer
conforto acústico e térmico aos ambientes. Vale ressaltar que a alvenaria externa, por separar
o ambiente externo do interno, irá sofrer com as ações do vento, chuva, maresia, etc. Logo,
deverá garantir a durabilidade e a estanqueidade do interior da edificação.

2.1 Tipos de Alvenaria

As construções de alvenaria são basicamente divididas em dois tipos: a alvenaria estrutural e a


alvenaria de vedação.

2.1.1 Alvenaria Estrutural

A alvenaria estrutural é o tipo de construção que usa das técnicas de alvenaria na base da
edificação, ou seja, na sua estrutura, sendo um modelo de construção que garante o isolamento
e a sustentação de toda a edificação. É um dos tipos de construção mais antigos, com os alicerces
feitos de pedras brutas e assentados em barro, com registros desde a antiguidade.

Ainda dentro da alvenaria estrutural, há a chamada alvenaria autoportante ou alvenaria


resistente, aquela feita para suportar cargas, mencionadas anteriormente.

Além das características já citadas, a alvenaria estrutural ainda funciona como a estrutura
central para a estabilidade do edifício. Por exemplo, a construção convencional usa vigas de
pilares que garantem esta sustentação, enquanto que na construção estrutural a própria
alvenaria (também chamada de “parede portante”) exerce essa função.
A alvenaria estrutural pode ser dividida em três tipos:

 Alvenaria Estrutural Armada: os blocos são preenchidos com micro concreto que
envolve barras de aço;
 Alvenaria Estrutural Não Armada: as paredes são feitas sem barras de ferro, sendo que
os reforços consistem em vergas ou contravergas fixas entre as paredes;
 Alvenaria Estrutural Parcialmente Armada: quando algumas paredes recebem as barras
de ferro e outras não.

Um projeto feito com base na alvenaria estrutural, caso seja bem planejado, consegue atingir
altos índices de racionalização, ou seja, menos desperdícios de materiais, maior garantia de
obras com menos entulhos e sujeiras, e menor tempo de execução da obra. Além disso, há uma
redução no consumo de madeira e aço, por exemplo, em comparação com a construção
convencional.

Por outro lado, como toda a estrutura da edificação consiste nas próprias paredes, é necessária
a avaliação de um arquiteto e um engenheiro estrutural qualificado quando é preciso fazer
qualquer alteração no prédio, visto que a retirada de uma parede pode representar a queda de
toda a construção.

2.1.2 Alvenaria de Vedação

A alvenaria de vedação, ou alvenaria de divisão, corresponde àquelas construções que tem a


função de delimitar ou dividir um espaço. Faz parte da chamada construção convencional, ou
ainda alvenaria convencional, que trabalha com estruturas de concreto armado, ou vigas de
madeira, como bases estruturais, e usa a alvenaria como fechamento. Além disso, elas estão
sujeitas às cargas acidentais:

 Deformações da Estrutura de Concreto;


 Recalques de Fundações;
 Movimentações Térmicas, etc.
A alvenaria de vedação pode ser dividida em dois tipos:

 Alvenaria de Vedação Tradicional: caracterizada por elevados desperdícios, adoção de


soluções construtivas no próprio canteiro de obras, ausência de fiscalização dos
serviços, deficiente padronização do processo de produção e a ausência de
planejamento.
 Alvenaria de Vedação Racionalizada: caracterizada por uso de blocos de melhor
qualidade, melhor planejamento da produção, uso de blocos compensadores (evitando
quebra); redução do desperdício de materiais e melhoria nas condições de organização
do canteiro.

2.2 Execução da Alvenaria

Seja como elemento estrutural ou como simples vedação, as alvenarias são sempre assentadas
em cima de uma base. Esta pode ser o baldrame, alicerce ou algum outro elemento estrutural.
O Baldrame é a viga da fundação que serve justamente de base para a alvenaria, ficando ao nível
do solo. Este deve ser devidamente impermeabilizado, sendo necessário esperar ao menos um
dia para a secagem completa da camada de impermeabilização antes de se iniciar a alvenaria
sobre ele. Já o alicerce é uma espécie de parede, já que em pequenas obras com fundações
rasas, ou mesmo obras que utilizam baldrame, é necessário levantar algumas fileiras horizontais
de tijolos, devidamente impermeabilizadas, para interligar a fundação às paredes.
2.2.1 Materiais e Equipamentos

2.2.1.1 Argamassa de Assentamento

O principal material para executar uma parede de alvenaria, depois dos tijolos, é a argamassa
de assentamento. Ela tem como função:

 União dos vários tijolos que constituem a parede;


 Distribuição uniforme das cargas verticais;
 Selagem das juntas;
 Capacidade para absorver as deformações;
 Resistência a esforços laterais.

Para assegurar o desempenho pretendido, é necessário que a argamassa seja composta de água,
areia, cimento e/ou outros ligantes (como a cal), adições e adjuvantes. Sua mistura é realizada
numa betoneira de eixo inclinável até obter massa homogénea (geralmente 1 min).

2.2.1.2 Utensílios Tradicionais

Para executar a alvenaria, os utensílios tradicionais utilizados são:

 Colher e pincel de pedreiro;


 Balde e talocha;
 Bitola: régua de madeira para transportar medidas para as miras;
 Miras: elementos ligados por cordel, servindo de guia para aplicação das fiadas de tijolos
(aprumo e horizontalidade);
 Nível: utilizado para comprovar a horizontalidade;
 Prumo de pião e fio-de-prumo: servem para comprovar a verticalidade;
 Alisador de juntas - elemento metálico com a forma da junta que se pretende executar.
2.2.1.3 Equipamentos

Para executar a alvenaria, são utilizados os seguintes equipamentos:

 Máquinas de corte de alvenaria com discos;


 Máquina de bancada para o corte tijolos, tijoleiras, entre outros;
 Máquina para abertura de roços, que são os cortes de pedra acima do nível do
pavimento.

2.2.2 Verificações Preliminares

Antes de começar a subir uma parede de alvenaria, algumas verificações são importantes.
Seguem alguns exemplos:

 Verificação da estrutura (geometria, desempeno e alinhamentos). Caso seja necessária


qualquer reparação pontual da estrutura, aguardar 3 dias para executar a alvenaria;
 Realizar limpeza e nivelamento dos pavimentos;
 Verificar ferros de espera na estrutura para ligação das alvenarias;
 Assegurar fornecimento de material no piso.

Quando uma alvenaria é mal executada, pode ter como consequências o engrossamento do
reboco em parede sem prumo, excesso de recorte em piso cerâmico ou porcelanato em parede
sem alinhamento, trincas, fissuras em portas e janelas sem verga e/ou contraverga, retrabalho
em vãos de portas e janelas sem dimensões necessárias, entre outros. Isso pode ocorrer por
falta de conhecimento ou atenção em 4 aspectos considerados básicos na execução da obra:

 Prumo: é a verificação do alinhamento dos elementos na vertical. É bastante utilizado


para verificação de alvenarias de tijolos cerâmicos ou blocos, marcação das mestras de
reboco (taliscas);
 Alinhamento: é a linha que direciona o assentamento de tijolos (ou blocos) na mesma
direção;
 Esquadro: é utilizado na marcação das mudanças de direção de alvenaria em ângulos de
90°, 45° ou 30° (sendo mais comuns noventa graus). É utilizado na locação da obra, na
marcação das alvenarias e nos revestimentos de paredes, etc. O esquadro de alumínio
é o mais empregado nestas operações, entretanto limita-se aos vãos pequenos;
 Nível: é a verificação do alinhamento dos elementos horizontalmente. São utilizados os
níveis com bolha de água porque os fluidos são os únicos elementos que garantem a
verificação imediata do nível. Atualmente os níveis em bolha estão sendo substituídos
pelos níveis a laser autonivelantes. Através desse nivelamento que são feitas as
marcações das alturas da alvenaria, dos vãos de janelas e portas, do pé direito das
alturas do piso e contrapiso.
2.2.3 Etapas Execução

2.2.3.1 Marcação

A marcação da parede também pode ser chamada de locação das paredes e pode ser feita por
um topógrafo (depende do porte da obra e da precisão necessária).

A primeira ação a ser feita é conferir a modulação, que é a compatibilidade entre as dimensões
da parede que vai ser construída com as dimensões do componente (tijolo ou bloco). É desejável
que o componente caiba na dimensão da parede sem necessidade de quebras ou enchimentos.
Para fazer essa verificação devem-se enfileirar os componentes no piso, sem argamassa,
acomodando-os no trecho de parede que será executada, com juntas (espaços entre eles) de
aproximadamente 1 cm. Vale ressaltar que os blocos e tijolos são comercializados em diversas
dimensões, e o meio-bloco pode ser usado para facilitar a modulação.

A próxima etapa é definir as juntas entre as fiadas e os componentes. Existem dois tipos de
juntas:

 Junta Amarrada: junta na qual cada fiada fica defasada meio comprimento do tijolo ou
bloco em relação à fiada de baixo. É a mais comum e recomendada, pois esta causa um
travamento dos componentes, o que favorece o aumento da resistência da parede.
 Junta a Prumo: usada quando a alvenaria fica aparente e pretende-se conseguir um
efeito visual. No entanto, pode ser necessário que alguns reforços sejam feitos, para
evitar trincas nas juntas.

Com a junta definida, inicia-se o assentamento da primeira fiada. Vale ressaltar que fiada é uma
fileira horizontal de pedras ou de tijolos de mesma altura que entram na formação de uma
parede. O local deve estar completamente limpo, bem varrido, e molhado. Os tijolos ou blocos
devem ser também previamente molhados (não encharcados), pouco antes do assentamento.

O assentamento deve ser iniciado pelos cantos, espalhando-se uma camada de argamassa no
piso com a colher de pedreiro. A espessura dessa camada normalmente é maior que as das
demais (mais de 1 centímetro), para acertar o nível da primeira fiada, pois o piso sempre tem
alguma irregularidade. Cada bloco, depois de assentado, deve ter seu alinhamento, nível e
prumo conferidos.
Com o projeto de arquitetura em mãos, é feita a marcação da alvenaria no piso, observando as
dimensões dos ambientes, o esquadro e o alinhamento. As paredes também podem ser
marcadas tanto pelo seu eixo, como pela face do tijolo/bloco, desde que seja descontado a
espessura dos revestimentos (reboco, azulejos, etc).

Em uma reforma, a locação das novas paredes é mais fácil porque as paredes existentes servem
como referência para puxar as medidas.

2.2.3.2 Elevação

A elevação inicia-se pelos cantos, executando-se primeiramente o início e o fim de algumas


fiadas, o que se chama “castelo”. As fiadas dos castelos servirão de base para o alinhamento das
fiadas da parede. Para o controle das alturas dessas fiadas deve ser usado o “escantilhão”, que
é uma haste de madeira, ou haste metálica, apoiada no piso, onde são previamente marcadas
as alturas das fiadas.

A elevação do castelo deve ser feita observando-se a planeza da face da parede (com a régua),
o nível e o prumo de cada bloco assentado. Para a conferência escolhe-se um dos lados da
parede, sendo que se a parede for externa, deve ser escolhido o lado externo.

Depois de executados os castelos, preenche-se o interior das paredes, fiada por fiada. Para o
alinhamento das fiadas usa-se uma linha-guia, presa em pequenos pregos fixados nas
extremidades de cada fiada, nos castelos, como se observa no desenho.

A argamassa deve ser estendida sobre a superfície da fiada anterior e na face lateral do bloco
ou tijolo que será assentado. A quantidade de argamassa deve ser suficiente para que um
excesso seja expelido quando o bloco for pressionado para ficar na posição correta. Esse excesso
deve ser raspado e pode ser reutilizado. Ainda que as linhas-guia facilitem bastante o controle
do alinhamento, do nível e do prumo, a cada 3 ou 4 fiadas, no máximo, deve ser conferida a
planeza, o nível e o prumo da parede.
2.2.3.3 Encunhamento

O encunhamento é a ligação entre o topo da parede de alvenaria e a viga/laje de concreto


armado que se situam acima. A técnica mais comum é o encunhamento com tijolos comuns,
assentados inclinados e pressionados entre a última fiada e a viga ou laje superior. Podem ser
utilizadas também cunhas pré-moldadas de concreto, ou então uma argamassa com expansor.

Para evitar esforços não previstos nas alvenarias, principalmente em edifícios altos, o
encunhamento deve ser feito somente depois de executada a elevação do último pavimento,
iniciando o encunhamento por este último andar e descendo- se na direção do térreo.

Dependendo também das definições adotadas no projeto estrutural do edifício, podem ser
adotadas outras técnicas que substituem o encunhamento, como a fixação (feita somente com
argamassa) e a ligação flexível, feita com produtos elásticos.

2.2.4 Detalhes construtivos

2.2.4.1 Ligações entre paredes e entre paredes e pilares

Quando há um encontro entre duas paredes de alvenaria deve haver uma ligação entre elas,
pois caso contrário poderá ocorrer uma trinca entre as duas. Existem duas formas para realizar
esta ligação:

 “Amarrando” ou cruzando os blocos das duas paredes: essa técnica, embora bastante
eficiente do ponto de vista da rigidez da ligação, dificulta a modulação, dependendo das
dimensões dos ambientes e dos componentes.
 Fazer as paredes sem amarração dos componentes e, a cada duas ou três fiadas são
inseridas pequenas barras de aço nas juntas, dentro da camada de argamassa, ligando
as duas paredes. Essa ligação pode ser feita também através de tela metálica, como se
vê nos desenhos.

A ligação também precisa ser feita quando a parede encosta num pilar, a fim de evitar uma trinca
ou fissura entre os dois. Também nesse caso costuma-se usar pequenas barras de aço inseridas
no pilar e na junta da alvenaria (chamadas também de “ferros-cabelo”), ou a mesma tela
metálica citada no item anterior, parafusada no pilar.

2.2.4.2 Vergas e contravergas

São pequenas vigas de concreto armado, que devem ser feitas em cima e em baixo das aberturas
da alvenaria, como vãos de portas e janelas, para evitar trincas nos cantos desses vãos. Devem
avançar no mínimo 20 em de cada lado do vão, e ter pelo menos duas barras de aço de diâmetro
de 5 mm. A altura pode ser de 5 cm, ou mais alta, para combinar com a modulação dos
componentes. As vergas e contravergas podem ser feitas também usando o próprio
componente da alvenaria (blocos canaletas preenchidos com concreto e com barras de aço no
seu interior), ou podem ser pré-moldadas na própria obra.
2.2.4.3 Embutimento de instalações

A forma mais tradicional de se embutir as instalações em alvenarias de vedação é através do


corte da parede, com posterior preenchimento com argamassa.

Os tijolos comuns resistem melhor aos cortes, ao passo que os furados são mais frágeis e
costumam estilhaçar, causando grandes rombos na parede. Por isso, devem-se usar tijolos
comuns em paredes ou trechos de paredes onde serão embutidas as tubulações de maior
diâmetro, como as de banheiros, que concentram tubulações hidráulicas. É recomendável
também riscar previamente a parede, demarcando- se com precisão os cortes e fazendo-os com
disco de serra diamantado.

Outra solução é passar as tubulações nos furos dos blocos. Para as instalações elétricas, por
exemplo, que são de pequeno diâmetro e existem em todas as paredes, isto pode ser feito sem
nenhuma dificuldade. Basta que o eletricista acompanhe a execução da alvenaria, passando as
tubulações na medida em que a parede vai sendo elevada. O chumbamento de caixas para
interruptores e tomadas também pode ser feito previamente nos blocos. Assim, os blocos
previamente preparados são colocados na alvenaria nas posições correspondentes às caixas de
tomadas e interruptores.
2.3 Aproveitamento dos Tijolos

Os tijolos que chegam à obra sempre contêm certa porcentagem de peças partidas. Estes
pedaços podem ser aproveitados nos alicerces e nos travamentos das paredes de 1 tijolo. Se a
parede for metade de tijolo e revestida, pode-se também usar estes pedaços. Entretanto, se for
metade de tijolo e ficar à vista, estes pedaços devem ser evitados, já que atrapalham a
amarração e ocasionam falhas no alinhamento e no prumo.

Devido a indústria de tijolos utilizar métodos arcaicos e ser incapaz de controlar com precisão
as variações de medida do próprio material, ocorrem variações entre os tijolos com mesma
dimensão. Justamente por estas variações é que o pedreiro deve seguir estritamente a régua
com a marcação (o cantilhão). Eventuais diferenças precisam ser compensadas a cada fiada para
que, ao chegar no respaldo, esteja tudo devidamente ajustado. As diferenças de dimensão nos
tijolos devem ser amortecidas a cada fiada, aumentando ou diminuindo a espessura da
argamassa.
3. Bibliografia

 Material das aulas de Materiais de Construção II


 Material das aulas de Estruturas de Madeiras
 Material das aulas de Estruturas de Metálicas
 Material das aulas de Concreto Armado I
 https://www.significados.com.br/alvenaria-estrutural/
 https://www.significados.com.br/alvenaria/
 http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/disciplinas/Aula%202-
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 http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/upload/ativos/245/anexo/anexo04cart.
pdf
 http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=7&Cod=119
 https://pedreirao.com.br/alvenaria-como-construir-as-paredes-de-tijolos-ou-blocos/
 https://construfacilrj.com.br/como-levantar-uma-parede/
 http://www.civil.ist.utl.pt/~joaof/tc-
cor/18%20Execucao_%20paredes%20alvenaria%20tijolo%20e%20blocos%20-
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 https://construfacilrj.com.br/como-levantar-uma-parede/
 https://pedreirao.com.br/alvenaria-como-construir-as-paredes-de-tijolos-ou-blocos/
 http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10013703.pdf
 https://www.engenhariaconcreta.com/montagem-de-estruturas-metalicas-10-
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