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1. Apresentação (01)
2. Introdução (01)
2.1. Sistema Elétrico – Componentes (01)
2.2. Estação (01)
2.3. Subestação (01)
2.4. Classe de Isolamento (01)
2.5. Classificação (02)
2.5.1. S/E de Transmissão (02)
2.5.2. S/E de Distribuição (Urbana e Rural) (02)
2.5.3. S/E Industrial (02)
2.6. Finalidades (02)
2.6.1. S/E Chaveamento ou Manobra (02)
2.6.2. S/E Elevadora (02)
2.6.3. S/E Abaixadora (02)
2.6.4. S/E Terminal (02)
2.7. Capacidade (02)
2.7.1. S/E de Pequeno Porte (02)
2.7.2. S/E de Porte Médio (02)
2.7.3. S/E de Grande Porte (03)
2.8. Tipos (03)
2.8.1. S/E ao Tempo (03)
2.8.2. S/E Interna (Abrigada) (03)
2.8.3. S/E Blindada (03)
2.8.4. S/E Mista (03)
2.9. Prioridades (03)
2.9.1. Primeira Categoria (03)
2.9.2. Segunda Categoria (03)
2.9.3. Terceira Categoria (03)
3. Definições (03)
3.1. Equipamento de Manobra (03)
3.1.1. Ativo (04)
3.1.2. Passivo (04)
3.1.3. Chave (Switch) (04)
3.1.4. Chave a Oleo (Oil Switch) (04)
3.1.5. Chave Seca (04)
3.1.6. Chave a Ar (Air Switch) (04)
3.1.7. Chave de Faca (Knife Switch) (04)
3.1.8. Chave de Chifres (Horn Gap Switch) (04)
3.1.9. Chave de Abertura Simples (Single Break Switch) (04)
3.1.10. Chave de Abertura Dupla (Double Break Switch) (04)
3.1.11. Chave Unipolar (Single Pole Switch) (04)
3.1.12. Chave Bipolar (Double Pole Switch) (04)
3.1.13. Chave Tripolar (Three Pole Switch) (04)
3.1.14. Chave de Isoladores Rotativos (Rotating Insulador Switch) (05)
3.1.15. Chave Basculante (Tilting Insulator Switch) (05)
3.1.16. Chave de Abertura Vertical (Vertical Break Switch) (05)
3.1.17. Chave de Abertura Lateral (Side Break Switch) (05)
3.1.18. Chave Fusível (Fuse Disconnecting Switch) (05)
3.1.19. Chave com Fusíveis (Switch Fuse) (05)
3.1.20. Chave de Controle (Control Switch) (05)
3.1.21. Chave Auxiliar (Auxiliary Switch) (05)
3.1.22. Chave Separadora (Disconnecting Switch) (05)
3.1.23. Chave Terra (Ground Switch) (05)
3.1.24. Disjuntor (Circuit Breaker) (05)
3.1.25. Disjuntor a Oleo (Oil Circuit Breaker) (05)
3.1.26. Disjuntor a Ar (Air Circuit Breaker) (06)
3.1.27. Disjuntor a Jato de Ar ou Sopro (Air Blast Circuit Breaker) (06)
3.1.28. Disjuntor Seco (06)
3.2. Equipamento de Transformação (06)
3.3. Equipamentos de Comando, Controle e Proteção (06)
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SUBESTAÇÕES
1. APRESENTAÇÃO
A presente apostila foi elaborada com o objetivo de apresentar os conceitos sobre SUBESTAÇÕES DE
ALTA TENSÃO assim como as aplicações típicas. O assunto é vasto, e como existe dificuldade para encontrar o
assunto em uma única obra, justificou-se a presente apostila. Foram consultadas várias fontes, as quais estão
listadas ao final da apostila, e recomenda-se, à medida do possível que o leitor adquira-as para aprofundar-se no
assunto, uma vez que na elaboração desta não houve a intenção de se esgotar o tema.
Espero sim que os prezados leitores façam sugestões e críticas construtivas na esperança de que nas
futuras edições seja possível a apresentação de um trabalho melhor.
Aos amigos alunos, que sempre colaboraram com sugestões, apoio e entusiasmo, meus especiais
agradecimentos.
2. INTRODUÇÃO
As estações onde energia de diversas formas é transformada em Energia Elétrica tem o nome de “Usina
Elétrica”. (Usina Termelétrica, Usina Hidrelétrica, Usina Nuclear, etc.).
A Energia Elétrica produzida nas usinas é transportada para os consumidores através das Linhas de
Transmissão. As fontes de Energia, geralmente, são situadas distante dos centros de consumo, conseqüentemente
as distâncias cobertas pelas Linhas de Transmissão são bastante elevadas.
Com o aumento das distâncias para Transmissão de Energia e Potência, torna-se mais econômico, além
de outras vantagens, transmitir a Energia em Tensões mais elevadas. O método mais econômico é a transmissão
de Energia em corrente alternada, devido à fácil transformação e a conseqüente obtenção da tensão mais
adequada para cada caso, seja em Baixa, Média, Alta ou Extra Alta Tensão.
2.2. ESTAÇÃO
Termo genérico empregado para designar um agrupamento de equipamentos elétricos capaz de executar
uma ou mais funções na geração, no transporte e na distribuição de energia elétrica, incluindo local e
edificações.
2.3. SUBESTAÇÃO
Estação transformadora cuja função é transformar e regular a energia elétrica sob tensão de transmissão
ou sub-transmissão em energia elétrica sob tensão de distribuição, bem como alimentar os circuitos de
distribuição, mediante equipamento que permite manobrar, comutar e/ou transformar energia elétrica para sua
devida finalidade.
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SUBESTAÇÕES
2.5. CLASSIFICAÇÃO
2.6. FINALIDADES
Subestação cuja função é realizar, exclusivamente manobra de linha. Obrigatoriamente não deverá ter
transformador de força para serviço auxiliar, geralmente usa-se transformadores de potencial. Funções: ligar e
desligar as linhas de transmissão do sistema, e demais serviços de manobra.
Observa-se o fluxo normal de potência de baixa tensão para alta tensão, são aplicadas normalmente em
usinas geradoras.
Observa-se o fluxo normal de potência, inverso ao anterior, ou seja, de alta para baixa tensão, são
aplicadas na grande maioria das instalações.
Subestação cuja função é receber diretamente a energia de uma ou mais estações geradoras, através de
linhas de transmissão e alimentar estações, através das linhas de sub-transmissão.
2.7. CAPACIDADE
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SUBESTAÇÕES
Possuem altas tensões e grandes capacidades de transformação, com elevado número de Barramentos,
disjuntores, transformadores e linhas de transmissão.
2.8. TIPOS
Ideal para as condições do Brasil, que possui grandes áreas disponíveis e clima adequado, apresentando
vantagens que justificam a sua aplicação. São normalmente de porte médio e grande, classificadas em
transmissão, distribuição e industrial.
São normalmente abrigadas em alvenaria, com isolação em ar com pequena capacidade para aplicações
industriais, ou de porte médio em regiões com grande poluição de ar, como Cubatão, ou com restrições
climáticas, como muita neve, etc. São limitadas pela dificuldade da construção de grandes galpões para servirem
de abrigo.
As de pequeno porte são blindadas, isoladas em ar. As de grande porte, acima de 138 kV, são blindadas
e isoladas em gás SF6 ou Nitrogênio. São aplicadas em industrias ou grandes centros urbanos.
Nestas subestações a alta tensão fica ao tempo ou abrigada em alvenaria, com isolação em ar, com
cubículos e quadros de distribuição blindadas, na média e baixa tensão, também isolados em ar.
2.9. PRIORIDADES
Fazendas e consumidores temporários ou sazonais, com pequenas rendas e grande fator de diversidade.
3. DEFINIÇÕES
Enquadram-se disjuntores e chaves seccionadoras, cabendo uma nova divisão, qual seja:
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SUBESTAÇÕES
3.1.1. ATIVO
Disjuntor, visto que pode manobrar sob carga normal ou defeito. Esta manobra poderá ser comandada
pelo operador, a partir da chave de comando instaladas nos painéis de comando da subestação ou no próprio
disjuntor ou automaticamente, para defeitos, através de relés de proteção.
3.1.2. PASSIVO
A abertura e o fechamento dos contatos se faz imerso em óleo, e normalmente permite a operação com
carga nominal, e, são também denominadas como seccionadoras para manobras com carga.
A abertura o e fechamento dos contatos se faz em meio gasoso, e, podem operar com carga ou a vazio,
dependendo de sua concepção e especificação.
Onde a abertura e o fechamento dos contatos se faz em ar, normalmente para manobra a vazio.
Chave seca, onde o elemento móvel é constituído por uma ou mais lâminas articuladas, que se adaptam
por encaixe às garras de contatos.
Chave seca provida de hastes condutoras nos contatos destinados a facilitar a extinção de arco.
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SUBESTAÇÕES
Chave na qual a abertura ou fechamento dos contatos é obtida pela rotação de um ou mais dos
isoladores que suportam as partes condutoras da chave.
Chave na qual a abertura ou fechamento dos contatos é obtida pelo movimento basculante de um ou
mais dos isoladores que suportam as partes condutoras da chave.
Chave na qual o movimento da lâmina se faz num plano perpendicular ao da base de montagem.
Chave na qual o movimento da lâmina se faz num plano paralelo ao da base de montagem.
Chave na qual os fusíveis fazem parte integrante da peça móvel dos contatos móveis. Exemplo: Chave
corta-circuito ou chave Matheus.
Conjunto constituído por uma chave e um ou mais fusíveis, os quais não fazem parte integrante da peça
móvel dos contatos móveis.
Chave a ar que pode funcionar como chave comutadora ou como chave de desenergização do circuito
da fonte, sendo operada somente quando não passar corrente pelos seus contatos.
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SUBESTAÇÕES
São equipamentos de transformação das características elétricas das tensões e correntes, proteção de
outros equipamentos contra surtos de tensão e equipamentos para comunicação. Neste item, enquadram-se os
transformadores de potência, transformadores de potencial (TP), transformadores de corrente (TC), pára-raios,
filtros de onda (bobina de bloqueio). Podem ser incluídos ainda neste item, os reatores, reguladores de tensão e
capacitores, os quais destinam-se à melhoria da regulação das linhas de transmissão possibilitando um melhor
rendimento dos sistemas a que estão conectados.
Destinam-se à supervisão dos sistemas elétricos. Conectados aos secundários dos TP’s e TC’s tomam
uma imagem do que ocorre eletricamente nos circuitos onde estão ligados os equipamentos.
Podem ser divididos em:
Destinam-se ao acionamento de disjuntores e chaves seccionadoras. Podem ainda serem vistos como
local ou remoto, em função das suas localizações, com relação ao equipamento a ser acionado, manual ou
automático, em função da necessidade ou não da participação do operador.
Destinam-se à supervisão dos sistemas elétricos. Incluem-se neste item os indicadores de tensão,
corrente, potência ativa e reativa, temperatura, freqüência, medidores de controle e de faturamento,
registradores gráficos de tensão, corrente, potência ativa e reativa, temperatura, registradores de defeitos
(oscilógrafos), anunciadores óticos e acústicos, localizadores de defeitos, etc.
Este item compreende principalmente os reles de proteção que podem ser subdivididos em função de
sua aplicação, como segue:
Utilizados em linhas de sub-transmissão (138 kV) médias e longas e linhas de transmissão (230kV
acima).
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SUBESTAÇÕES
Recebem informações de tensão e corrente da linha protegida, resultando da divisão dessas grandezas
uma impedância que se substancialmente alterada, caracteriza a ocorrência de defeito, provocando a atuação do
relé. Em função das características construtivas do relé, pode ainda ser subdividido em: Relé de Impedância,
Relé de Reatância, Relé de Impedância Modificada, etc.
Destinam-se à proteção dos circuitos elétricos contra sobretensões ocorridas principalmente por
manobras. Podem ser instantâneos ou temporizados, normalmente ajustados diferentemente com o elemento
temporizado, com ajuste inferior ao do elemento instantâneo.
Destinam-se à proteção dos transformadores, reatores e barramentos, operando para defeitos dentro da
zona protegida.
Destinam-se ao fechamento automático de linhas abertas por defeito, com o objetivo de reduzir ao
máximo o tempo de interrupção de fornecimento de energia elétrica. A supervisão dos sistemas de potência pode
ser feita ainda através de equipamentos de telecomando, telemedição e teleproteção, utilizando-se para estes fins,
microondas ou equipamento “carrier”. Podemos ainda incluir as proteções tipo fusível que são utilizadas nas
instalações de Alta Tensão.
Dispositivo constituído por um fusível e respectivo porta fusível, destinado a interromper um circuito
pela abertura do elo fusível quando a corrente do circuito, que o percorre, ultrapassa um determinado valor.
Corta circuito fusível constituído de modo a indicar automaticamente a interrupção do circuito. O tubo
automaticamente se desloca para a posição de circuito aberto após a interrupção do circuito.
Corta-Circuito fusível com dois ou mais fusíveis, no qual a operação de um deles acarreta,
automaticamente, com ou sem atraso intencional, o restabelecimento do circuito, pela inserção de outro fusível
que ainda não tenha operado.
Conjunto removível constituído por elo fusível e demais partes integrantes essenciais ao funcionamento
do elo fusível.
Fusível caracterizado pela expulsão de gases produzidos pelo arco durante a interrupção do circuito.
3.4. DIVERSOS
Condutor ou grupo de condutores, geralmente sob a forma de barra, tubo ou laminado, constituindo
ligação comum a dois ou mais circuitos, pelo qual circula corrente com perdas desprezíveis e a distâncias
relativamente pequenas.
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SUBESTAÇÕES
4. CUSTOS
O objetivo principal do nosso estudo, é procurar uma forma prática de projeto e aplicação de
subestações. As subestações transformadoras, por exemplo, utilizadas para fornecer energia elétrica às indústrias,
podem assumir os mais variados aspectos e disposições, tornando-se mesmo difícil encontrar-se duas
subestações idênticas. Por esse motivo, fixar os diversos tipos e padronizá-los torna-se uma tarefa incomum.
Mas, por outro lado, poder-se-a desenvolver várias configurações, as quais poderão servir como orientação
básica para qualquer tipo de subestação. A função ou tarefa mais importante das subestações é garantir a máxima
segurança de operação e serviço a todas as partes componentes dos Sistemas Elétricos. As partes defeituosas ou
sob falta devem ser desligadas imediatamente e o abastecimento de energia deve ser restaurado por meio de
comutações ou manobras. Consequentemente, a escolha das ligações quando do planejamento de uma
subestação, assume um significado especial e deve ser realizada estritamente de acordo com o planejamento do
sistema elétrico. Em sistemas elétricos interligados, a falta de uma subestação não resulta em uma falta de
alimentação, pois a energia poderá ser suprida por outra subestação do sistema.
Para tais subestações, não é necessário distender muito em sua construção. Por outro lado, em redes
radiais puras, todos os consumidores ficariam simultaneamente sem energia, quando a subestação de alimentação
principal sair fora de serviço.
1. Nestes casos, é importante considerar a possibilidade de alimentação da subestação com
circuitos duplos e a instalação de barra auxiliar para garantir o fornecimento aos
alimentadores.
Outros fatores que influenciam na escolha do diagrama de ligações são:
1. a possibilidade de seccionamento e divisão das cargas da rede, por exemplo, para reduzir a
potência de curto-circuito;
2. a sensibilidade e reação dos consumidores em caso de interrupção do fornecimento de energia,
por tempo curto ou prolongado;
3. a influência mútua entre os consumidores em caso de flutuações da tensão para subestações
acima de 30 kV;
4. regulação da tensão para fornecimento a consumidores distantes da subestação.
Ao lado do ponto de vista técnico, deve-se lembrar os custos que estão ligados à escolha do tipo de
subestação a ser construída, isto é, todos os requisitos técnicos exigidos para uma subestação são proporcionais
aos custos de investimento. Os custos de uma subestação crescem quase linearmente com a tensão. Para
instalações ao ar livre os custos isolados permanecem constantes, enquanto que nas instalações abrigadas podem
variar, devido ao custo da parte civil, que depende principalmente da tensão. Por esse motivo, a classe de tensão
138 kV é normalmente o limite alcançado para subestações abrigadas convencionais, na maioria dos casos. Na
Alemanha Ocidental, por exemplo, existe somente uma subestação abrigada de 220 kV; a execução foi escolhida
nestes moldes devido à poluição do ar causada por uma usina termoelétrica. Com o advento das subestações
blindadas a SF6, houve uma revolução na técnica de subestações abrigadas, e essas são projetadas até 750 kV.
Como exemplo, a comparação de custos de uma subestação de 138kV, instalação exterior e barramento singelo
com diversos grupos de ligação e com seccionadores do tipo pantográfico, está assim constituída: 69% -
aparelhos e equipamentos;
18% - montagem e materiais utilizados durante a montagem;
13% - estruturas e fundações.
Barramento Duplo - custo 12% maior que o primeiro;
Barramento Triplo - custo 22% maior que o primeiro.
Do total orçado, 70% representa equipamentos de Alta Tensão, incluindo o transformador de força, e, os
30% restantes, são distribuídos entre os demais itens.
Desde que um nó pertencente a um sistema elétrico, condutores (cabos subterrâneos ou linhas aéreas)
devam ser desligados ou estabelecer ligações de continuidade, sem alterações substanciais, é conveniente a
criação de uma instalação de manobra ou subestação, pela introdução de elementos seccionadores.
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SUBESTAÇÕES
Desta maneira, pode-se tratar de um simples ponto de distribuição, de onde vários condutores de
alimentação entram e saem ou de uma subestação transformadora da tensão de alimentação. Ambos os tipos
básicos possuem seu significado e sua importância, dependentes de sua situação na rede e sua tarefa quanto ao
fornecimento de energia. No planejamento ou projeto de uma instalação dessa natureza, deve-se levar em
consideração as seguintes grandezas de influência:
5.1.4. FREQUÊNCIA
É determinativa para a escolha dos equipamentos; solicitações térmicas e dinâmicas dos condutores de
ligação.
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SUBESTAÇÕES
maior confiabilidade e segurança na alimentação, se comparados aos requisitos exigidos por pequenas cargas
rurais ou sazonais. Antes de apresentarmos os diversos diagramas básicos de ligações, vamos recordar o “método
de alimentação por dois caminhos”, cada vez mais aplicado em todos os diagramas básicos de ligações. Em
princípio, a maneira de manter a alimentação de um consumidor, através de dois caminhos, deve partir do exame
de toda a rede de alimentação. A figura 05.01.11.01, indica um exemplo deste método.
Muitas vezes não é possível realizar as duas alimentações, conforme indicado na figura 05.01.11.01,
por esse motivo a instalação deve apresentar alta segurança de serviço. Mas, sempre que possível deve-se
procurar orientar um projeto de uma rede de tal modo que cada consumidor possua, pelo menos, duas
possibilidades de ser alimentado.
O projeto de uma instalação é realizado, com maior facilidade com o auxílio de um diagrama de
ligações, o qual é completado no decorrer do surgimento de idéias, até que contenha todas as indicações, assim
como os dados técnicos dos equipamentos, materiais, instrumentos e diversos. Um sistema de barramentos
adicional, em uma subestação de 138 kV, provoca um aumento de preço de 10 a 12% (subestações ao ar livre) e
de 28% (subestações abrigadas). Isto significa, que a escolha de um diagrama IDEAL de ligações pode
representar uma economia significativa nos custos totais de investimento. Cumpre ressaltar que cada
concessionária de energia elétrica, em função dos níveis de tensão de operação das subestações a serem
projetadas e construídas, normalmente utiliza um determinado tipo de configuração.
A título de exemplo, a CESP (Companhia Energética de São Paulo) utiliza para tensões até 230 kV, a
possibilidade “barra dupla com “By-Pass”, para tensões de 345 a 460 kV “disjunto e meio” e para tensões de
550 kV “disjuntor duplo”. É evidente que a medida que aumenta a flexibilidade operativa e a confiabilidade da
subestação, o custo de implantação da mesma também cresce. Em função das necessidades, características
elétricas, confiabilidade, etc., a subestação é definida a partir de um diagrama unifilar que fixa o princípio de
funcionamento da mesma, características dos equipamentos de pátio, comando, controle e proteção. Várias são
as possibilidades de funcionamento, das quais podemos salientar: barra simples, barra simples seccionada,
barra principal e barra de transferência, barra dupla, barra dupla e barra de transferência, barra dupla com
“bay-pass”, barra tripla, anel, anel , duplo ou interligado, disjuntor de um terço, disjuntor e meio, disjuntor
duplo.
Em uma primeira afirmação podemos dizer que, em muitos casos, por exemplo é suficiente a utilização
de barramento SINGELO. Assim sendo, façamos um estudo comparativo de todos os diagramas básicos,
apresentando suas vantagens e desvantagens.
No diagrama unifilar estão, geralmente, apresentados todos os principais equipamentos elétricos de uma
subestação; tais como, transformadores de força, transformadores de potencial, de corrente, disjuntores, fusíveis
de força, chaves aéreas, pára-raios, etc., bem como as ligações dos circuitos entre os equipamentos. Todos os
aparelhos e equipamentos elétricos deverão ser apresentados, no diagrama unifilar, em suas posições “normais”,
de acordo com as quais as derivações dos circuitos estão desenergizadas e nenhuma força externa é aplicada ao
equipamento. Ex. As chaves fusíveis deverão ser apresentadas em posição aberta.
É necessário, também, indicar os principais dados em valores nominais do equipamento, ao lado do
símbolo. Ex.: Disjuntor 14,4 kV - 400 A - 500 MVA; transformador trifásico 138-13,8 kV 5/6,25 MVA ONAN
ONAF. É recomendável também indicar os principais instrumentos e tipo de proteção por relés do circuito.
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SUBESTAÇÕES
Representa o tipo básico, e é suficiente para um grande número de subestações de distribuição. (Figuras
05.03.02.01, 05.03.02.02 e Tabela 05.03.02.01).
5.3.2.1. CARACTERÍSTICAS
5.3.2.2. APLICAÇÃO
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SUBESTAÇÕES
5.3.2.2.1. OBSERVAÇÕES
Página: 12
SUBESTAÇÕES
Página: 12
SUBESTAÇÕES
5.3.3.1. CARACTERÍSTICAS
5.3.3.2. APLICAÇÃO
5.3.3.2.1. OBSERVAÇÕES
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SUBESTAÇÕES
Não seria previdente comutar os transformadores de corrente, pois esses não podem trabalhar com o
secundário aberto, mesmo por pouco tempo.
2. barramento auxiliar, em conexão com um sistema de barramentos duplos, oferecem uma grande
segurança contra interrupções de fornecimento. Quase todas as partes da instalação podem ser,
consequentemente, comutadas sem tensão e sem interrupções do fornecimento.
Quando:
1. instalações de grande porte devem
trabalhar com tensões e freqüências
diferentes.
2. existem vários consumidores em uma
instalação, cujos valores nominais
de consumo são reunidos em uma
única alimentação.
3. é necessário o serviço isolado de
vários pontos de alimentação por
causa do valor das correntes de
curto-circuito.
4. serviço da instalação deve ser
contínuo, sem sofrer qualquer
interrupção. Por exemplo: durante a
manutenção dos equipamentos da
instalação.
Então:
1. é necessário, automaticamente, o emprego de
barramentos múltiplos.
De forma geral, chega-se sempre à solução empregando-se
barramentos duplos (Figura 05.03.04.01); esta escolha depende da
natureza da instalação, tipo de acoplamento dos barramentos, etc..
Em alguns casos, chega-se à conclusão da necessidade do
emprego de 4 até 6 barramentos; por exemplo: instalações para
consumo próprio de usinas
elétricas; pontos de união
de grandes redes; reunião
de diversos consumidores
com tarifas diferentes.
Conforme foi dito
acima, a escolha do sistema
de barramentos duplos é dependente, também, da disposição de
acoplamento. As figuras 05.03.04.02, 05.03.04.03 e 05.03.04.04 indicam sistemas de barramentos duplos com
disjuntores de acoplamento TRANSVERSAL e LONGITUDINAL.
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SUBESTAÇÕES
5.3.4.1. CARACTERÍSTICAS
1. liberdade de FLEXIBILIDADE
SEGURANÇA DO SISTEMA FACILIDADE DE MANUTENÇÃO
escolha das OPERATIVA
conexões FALHA FALHA
DISJUNTOR BARRAMENTO SECCIONADORAS
EXTERNA INTERNA
para PERDA COM
RAZOÁVEL COM SEM
manobras. PERDA DO TEMPORÁRIA INTERRUPÇÃO
INTERRUPÇÃO INTERRUPÇÃO
2. divisão CIRCUITO DA
DO SERVIÇO DO SERVIÇO
PARCIAL DO
SUBESTAÇÃO SERVIÇO
racional de Tabela 05.03.04.01
todos os
circuitos em dois grupos para limitação de distúrbios e divisão da rede.
3. manutenção de um barramento, sem interrupção do fornecimento de energia aos circuitos, os quais
são conectados ao outro barramento.
4. para a manutenção dos equipamentos de um circuito, é efetivamente necessário desligar essa
alimentação. Caso seja prevista uma forma de construção adequada, pode-se utilizar o disjuntor de
acoplamento e o segundo barramento como disjuntor de reserva daquele circuito.
Com essa solução, os aparelhos são “jampeados” com o auxílio de um cabo.
5.3.4.2. APLICAÇÃO
5.3.4.3. EXEMPLOS
5.3.4.3.1. CARACTERÍSTICAS:
5.3.4.3.2. APLICAÇÃO
1. somente em casos excepcionais, nos quais é exigida uma operação contínua em grupo, com
quaisquer disposições das alimentações.
2. terceiro barramento fica então com objetivos de manutenção.
3. pontos de acoplamento, quando estes são em grande número.
4. instalações de grandes usinas elétricas.
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SUBESTAÇÕES
5.3.5.1. CARACTERÍSTICAS
1. Supressão de chave seccionadora. Intertravamentos simples evitam com segurança, que o disjuntor
se movimente.
2. Áreas ou espaços de instalação reduzidos.
3. Barramentos duplos exigem 2 disjuntores por circuito, consequentemente, mais dispendioso.
5.3.5.2. APLICAÇÃO
1. Subestações para instalação abrigada (interiores), com barramento singelo para economia de espaço
(até 138 kV).
2. Subestações para instalação abrigada (interiores), com barramento duplo, com dois disjuntores,
somente para extrema segurança de serviço.
5.3.5.3. EXEMPLO
5.3.5.3.1. NOTA
5.3.6.1. CARACTERÍSTICAS
1. Um disjuntor pode sair de serviço sem prejudicar o funcionamento normal da instalação; mesmo
assim, são necessários somente n disjuntores para n circuitos.
2. Todos os equipamentos localizados no “anel” devem ser dimensionados para a “maior corrente”
do anel (aproximadamente o dobro da corrente dos circuitos derivados).
3. Sistema impróprio para grandes subestações, porque no caso do desligamento de dois disjuntores,
podem sair de serviço partes completas da instalação.
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SUBESTAÇÕES
1. A construção é dispendiosa.
2. Pouca “visibilidade” de instalação e do fluxo de corrente.
5.3.6.2. APLICAÇÃO
1. Em regiões onde existe predominância da técnica norte americana; para instalações de médio porte
até 6 derivações.
5.3.6.3. OBSERVAÇÕES
1. Caso os transformadores (TC) de corrente estejam situados dentro do anel (disposição usual), quase
toda a instalação SEGURANÇA DO FLEXIBILIDADE
FACILIDADE DE MANUTENÇÃO
fica coberta pela SISTEMA OPERATIVA
FALHA FALHA
faixa de proteção DISJUNTOR BARRAMENTO SECCIONADORAS
EXTERNA INTERNA
das derivações. COM COM
BOA
Somente o trecho PERDA DO PERDA DE SEM
INTERRUPÇÃO INTERRUPÇÃO
UM INTERRUPÇÃO
entre o CIRCUITO CIRCUITO DE SERVIÇO
PARCIAL DE PARCIAL DO
SERVIÇO SERVIÇO
transformador de Tabela 05.03.06.01
corrente e o
disjuntor
correspondente fica fora dessa proteção. Entretanto, caso sejam instalados transformadores de
corrente em ambos os lados do disjuntor, é possível uma proteção com sobre-alcance.
2. Não se consegue com o sistema em anel, as mesmas condições apresentadas pelos barramentos
múltiplos, por exemplo: divisão da rede.
5.3.7.1. CARACTERÍSTICAS
5.3.7.2. APLICAÇÃO
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SUBESTAÇÕES
5.3.7.3. OBSERVAÇÃO
FLEXIBILIDADE
Quando os SEGURANÇA DO SISTEMA
OPERATIVA
FACILIDADE DE MANUTENÇÃO
barramentos estão FALHA
trabalhando em paralelo e FALHA INTERNA DISJUNTOR BARRAMENTO SECCIONADORAS
EXTERNA
com religamento
EXCELENTE SEM INTERRUPÇÃO
automático os dois PERDA DO
PERDA DA SEM SEM
DE SERVIÇO OU
disjuntores devem ser CONTINUIDADE INTERRUPÇÃO INTERRUPÇÃO
CIRCUITO INTERRUPÇÃO
DE SERVIÇO DE SERVIÇO DE SERVIÇO
desligados e ligados em PARCIAL
sincronismo. Tabela 05.03.07.01
5.3.8.1. APLICAÇÃO
Para pontos de redes com elevadas exigências no que se refere à segurança de serviço.
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SUBESTAÇÕES
FLEXIBILIDADE
SEGURANÇA DO SISTEMA FACILIDADE DE MANUTENÇÃO
OPERATIVA
FALHA
FALHA INTERNA DISJUNTOR BARRAMENTO SECCIONADORAS
EXTERNA
SEM INTERRUPÇÃO
SEM PERDA DA EXCELENTE SEM SEM
PERDA DO DE SERVIÇO OU
CONTINUIDADE INTERRUPÇÃO INTERRUPÇÃO
CIRCUITO INTERRUPÇÃO
DE SERVIÇO DE SERVIÇO DE SERVIÇO
PARCIAL
Tabela 05.03.08.01
5.3.9.1. CARACTERÍSTICAS
5.3.9.2. APLICAÇÃO
FLEXIBILIDADE
SEGURANÇA DO SISTEMA FACILIDADE DE MANUTENÇÃO
OPERATIVA
FALHA FALHA
DISJUNTOR BARRAMENTO SECCIONADORAS
EXTERNA INTERNA
COM
PERDA RAZOÁVEL SEM SEM
PERDA DO INTERRUPÇÃO
TEMPORÁRIA INTERRUPÇÃO INTERRUPÇÃO
CIRCUITO PARCIAL DE
DA S/E DE SERVIÇO DE SERVIÇO
SERVIÇO
Tabela 05.03.09.01
Página: 19
SUBESTAÇÕES
5.3.9.3. EXERCÍCIO.
Considerando todos os componentes perfeitos, energizar a subestação a partir do circuito de alta tensão
C1.
1. C1, F29-4, Barra 138kV, F29-6, F29-8, F29-10, F29-14, F29-20, F29-48, F29-24, F29-30, F29-36,
F29-50, F29-26, F29-32, F29-38.
2. F52-1, energizou o transformador.
3. F52-2, energizou o regulador de tensão e barra de operação e transformador de serviço auxiliar da
S/E.
4. F52-3, alimentador 1.
5. F52-4, alimentador 2.
6. F52-5, alimentador 3.
7. F52-6, alimentador 4.
Isolar o disjuntor 52-3 para manutenção sem interromper o fornecimento de energia, utilizando o
disjuntor 52-5.
1. F29-52, energizou barra de inspeção.
2. F29-34, A52-3, A29-48 e A29-50 → Disjuntor 52-3 isolado.
Página: 20
SUBESTAÇÕES
5.3.9.4. ADENDO
5.3.9.4.2. CARACTERÍSTICAS
5.3.9.4.3. APLICAÇÃO
Em redes com ponto neutro aterrado através de baixa resistência ôhmica e, em particular para
instalações exteriores.
6.1. INTRODUÇÃO
As manobras em uma subestação estão vinculadas aos propósitos definidos pelo CENTRO DE
OPERAÇÃO DE SISTEMAS (Despacho de carga), que supervisiona a região elétrica onde a subestação faz
parte.
A rapidez exigida para o manuseio de grande quantidade de energia elétrica, envolvendo elevado
número de regiões, cidades e clientes a ele conectado, exigiram um rígido controle do carregamento e da
freqüência do sistema de potência interligado
O controle desses parâmetros, aliados à necessidade de se interligar cada vez maior quantidade de
diferentes sistemas elétricos, definiram a adoção da análise computacional para supervisão, controle e
desenvolvimento das grandes redes interligadas. As principais incumbências dos “Centros de Operação dos
Sistemas”, são:
1. coletar dados para estudos elétricos;
2. análise dos dados coletados;
3. oferta de informações precisas ao setor elétrico;
4. supervisão e controle dos equipamentos das Usinas e Subestações;
5. coordenação de manobras para o restabelecimento seguro e rápido do fornecimento de energia, em
caso de falhas elétricas. Em especial falaremos sobre o item “e”.
Basicamente, as manobras no S.E.P. ocorrem nas subestações, tanto nas das usinas geradoras, como nas
demais subestações espalhadas por todo o sistema interligado.
Os disjuntores e seccionadores são responsáveis pela quase totalidade dessas intervenções, que ocorrem
em regime de operação normal, são as transferências de cargas entre linhas de transmissão e barramentos de
subestações, bem como a isolação de parte desses circuitos para programas de manutenção, e em regime de
contingência provocadas por faltas elétricas que quase sempre evoluem para um curto-circuito, ou provocados
por sobre cargas que podem até evoluírem para um black-out.
Cada um desses equipamentos, possuem uma característica diferente de operação, conforme descrito a
seguir:
6.2.1. DISJUNTOR
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SUBESTAÇÕES
6.2.2. SECCIONADORA
6.2.3. BARRAMENTOS
Página: 22
SUBESTAÇÕES
6.2.4. DISJUNTORES
6.2.5. SECCIONADORAS
As seccionadoras são para manobras a vazio, assim sua finalidade é isolar equipamentos ou trechos da
estação para serviços de manutenção e conectá-los novamente. Nesta configuração apresentada, as
seccionadoras 29-2 e 29-4 são responsáveis pela conexão da linha de transmissão ao barramento de 138kV, mas
sempre com os contatos do disjuntor 52-1 abertos.
6.2.6. TRANSFORMADOR
O transformador principal TF, com potência da ordem de 30MVA, alimenta todas as cargas ligadas à
subestação, recebendo energia em 138kV na A.T. e abaixando para 13,8kV na B.T.
O transformador TA é conectado através de uma chave corta-circuito à barra de 13,8kV, e sua função é
alimentar os circuitos auxiliares da estação, tais como: iluminação, ventiladores do transformador TF, sistemas
de retificação, motores, etc. Sua potência é geralmente de 45 kVA.
Este equipamento tem a função de manter na barra de 13,8kV uma tensão estável previamente ajustada.
Possui um sistema servo-mecânico para aumentar ou diminuir a tensão que recebe na sua entrada, mantendo
sempre estável a tensão na sua saída, que está conectada à barra de B.T. Para evidenciar a flexibilidade de
manobras entre os circuitos da subestação, efetuaremos algumas simulações.
Estas seccionadoras são divididas em dois grupos:
1. Considerando perfeitos todos os componentes da subestação, a seqüência para a energização da
instalação a partir do circuito C-1 será:
1.1. C-1 - fechar 29-4 - energiza-se a barra 1 de 138kV;
1.2. fechar 29-6, 29-8, 29-10, 29-14, 29-16, 29-20, 29-36, 29-38, 29-30, 29-32, 29-24, 29-26, 248,
29-50;
1.3. fechar 52-1 - energiza-se a barra 2 de 138kV e o transformador TF;
1.4. fechar 52-2 - energiza-se o regulador de tensão e a barra de operação;
1.5. fechar 52-3 - energiza-se o alimentador 01;
1.6. fechar 52-4 - energiza-se o alimentador 02;
1.7. fechar 52-5 - energiza-se o alimentador 03;
1.8. fechar 52-6 - energiza-se o alimentador 04;
1.9. fechar o corta-circuito Fu-1 - energiza-se o transformador auxiliar TA.
2. Isolar o disjuntor 52-4 para manutenção, transferindo a sua carga para o disjuntor 52-6, sem
interrupção do fornecimento de energia.
2.1. fechar 29-28 - energiza-se a barra de operação;
2.2. bloquear a proteção de falta a terra dos disjuntores envolvidos;
2.3. fechar 29-40 - fecha-se o anel entre os alimentadores 02 e 04;
2.4. abrir 52-4, 29-24, 29-26 - o disjuntor 52-4 está isolado para manutenção. A carga do
alimentador 02 será alimentada pelo disjuntor 52.6;
2.5. retirar o bloqueio da proteção de falta a terra do 52-6.
3. Após a manutenção colocar o disjuntor 52-4 em operação sem interrupção do fornecimento de
energia.
3.1. fechar 29-24, 29-26, 52-4 - o disjuntor 52-4 está em operação;
3.2. bloquear a proteção de falta a terra do 52-6
3.3. abrir 29-40, 29-28 - desenergiza-se a barra de operação;
3.4. retirar o bloqueio da proteção de falta a terra do 52-6 e 52-4 e a estação está em operação
normal.
4. Isolar o disjuntor 52-2 para manutenção, sem interrupção do fornecimento de energia.
4.1. bloquear a proteção de falta a terra e diferencial;
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SUBESTAÇÕES
7.1. INTRODUÇÃO.
As redes de alta tensão até 138kV serviram, ha algumas décadas, quase tão somente à transmissão de
energia em grandes distâncias. Esses objetivos foram sendo absorvidos pelas classes de tensões mais altas 230,
345kV., etc., devido ao crescimento das concentrações de carga. Hoje em dia, as redes de alta tensão, com
tensões entre 69 e 138kV são utilizadas principalmente para a distribuição de energia. Na Europa foi escolhida a
classe de tensão 110kV, enquanto que no Brasil situa-se entre 69 e 138kV. O aumento constante da concentração
de carga e da complexidade das redes de distribuição faz com que haja um aumento conseqüente de pontos de
alimentação (nós) na rede de média tensão. Em todos esses casos devem ser construídas subestações que
preencham diversos quesitos tais como: adaptação ao local disponível, execução econômica e exigências de
serviço referentes à segurança, disposição e operação. Assim sendo, a evolução das várias formas utilizadas na
construção de subestações facilitou a implantação de diversas forma básicas, possibilitando assim uma escolha
adequada para cada tipo, escolha esta dependente, por um lado, do tipo e da disposição das chaves seccionadoras
dos barramentos e, por outro lado, da própria forma de distribuição dos barramentos e saídas de linha.
Uma subestação é composta de chave seccionadora de barramento, cuja instalação varia de acordo com
a forma básica de construção escolhida, e de um grupo de equipamentos, isto é, disjuntores e transformadores de
força e de medida; caso necessário, também fará parte da instalação uma chave seccionadora de saída e pára-
raios. O grupo de equipamentos representa o ponto principal do circuito.
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SUBESTAÇÕES
A ele estão diretamente dispostos os painéis de comando. A evolução das formas dos equipamentos
também colaborou decisivamente na construção das subestações. Por exemplo, a construção de disjuntores, sob a
forma de colunas singelas isoladas, permitiu que se conseguisse uma melhor visibilidade das linhas e pontos de
conexão. Não são mais necessárias as estruturas de grande altura, o que facilita e simplifica a montagem e o
controle dos equipamentos.
As figuras 07.03.01.01, 07.03.01.02 e 07.03.01.03, representam uma forma bem simples de construção
de uma subestação. Esta concepção de projeto deu origem a todas as demais alternativas de plantas para
subestações, sendo assim possível sua adaptação a qualquer
finalidade e disponibilidade de local. É fundamental que o
projeto de uma subestação contemple a necessidade de
manutenção, dotando a instalação de requinte adequado a essas
atividades. É necessário a previsão de espaço para tráfico de
veículos, movimentação de equipamentos e locomoção das
equipes de manutenção. Nas figuras 07.03.01.04 e 07.03.01.05
observamos a previsão de zonas de manutenção para duas
configurações diferentes de barramentos.
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SUBESTAÇÕES
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SUBESTAÇÕES
As linhas tracejadas indicam o ponto de atuação de cada equipamento de proteção da subestação quando
estiverem na presença de um defeito.
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SUBESTAÇÕES
Esta forma de construção recebeu esse nome por serem as chaves seccionadoras de barramento
dispostas paralelamente ao barramento; os pólos das seccionadoras estão dispostos em linha. Os barramentos são
tencionados em pórticos, com cadeias duplas de isoladores que apresentam alta segurança. Essa disposição
possibilita um pequeno investimento em estruturas e permite uma ótima visibilidade da instalação.
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SUBESTAÇÕES
Com a construção da chave seccionadora tipo pantográfica, conseguiu-se a premissa para essa forma de
execução, que tem como base a economia de espaço. O princípio dessa seccionadora está na sua forma de
contato; sua tesoura possibilita a ligação do barramento ao circuito pelo menor espaço. Quanto estão desligadas,
as seccionadoras ficam completamente separadas do barramento e, com isso, acessíveis, mesmo que o
barramento esteja energizado. As seccionadoras pantográficas também possibilitam uma ótima visibilidade da
instalação.
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SUBESTAÇÕES
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SUBESTAÇÕES
Nesta forma de execução, as partes sob tensão situam-se em três planos distintos, onde o plano superior
é ocupado pelos circuitos de saída de linha, os quais estão tencionados entre o pórtico e o chamado mastro
intermediário. Os barramentos situados no plano intermediário são fixados em pórticos especiais, por baixo dos
circuitos.A conexão com o plano inferior, que é constituído das chaves seccionadoras de barramento, é feita
através de condutores verticais. Essa forma de construção possibilita uma fácil transposição do grupo de
equipamentos (disjuntor, seccionadora, transformadores de medição, etc.).
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SUBESTAÇÕES
Esta forma de execução é vantajosa quando não se tem área suficiente para a construção. A parte
principal da instalação é composta de uma estrutura em forma de “T”, onde estão situados os barramentos. As
seccionadoras do barramento estão montadas em ambos os lados, sob a forma de uma construção em ponte.
7.3.8. FORMA BÁSICA DE CONSTRUÇÃO - EXTRA ALTA TENSÃO (Figuras 07.03.08.01, 07.03.08.02
e 07.03.08.03).
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SUBESTAÇÕES
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SUBESTAÇÕES
A opção por seccionadoras com abertura dupla lateral com coluna central giratória, utiliza
espaço maior (figura 07.03.08.03), mas permite também maior área para circulação.
8.1. APRESENTAÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo mostrar a aplicação das unidades compactas blindadas,
com gás hexafluoreto de enxofre (SF6), como meio isolante e de extinção, na realização de
subestações de alta tensão. Apresentamos uma visão geral dos métodos de distribuição de energia
elétrica, e, comentamos as vantagens da técnica SF6 em geral, analisando os principais sistemas de
conexão das subestações.
8.2. INTRODUÇÃO
A geração de energia elétrica adaptada à demanda crescente deverá ser sintonizada com uma
distribuição eficaz. Altíssimas tensões de serviço marcam as linhas de transmissão de hoje e de amanhã. Razões
econômicas exigem tais tensões para transporte de energia elétrica diretamente ao centro de consumo. Entretanto
não há mais lugar para as subestações convencionais ao ar livre, nos centros de aglomeração residencial e
industrial pois deverá ser encontrada uma solução que economiza espaço, o que normalmente vem justificar o
uso de subestações blindadas, isoladas a SF6.
A disponibilidade e o preço de um terreno adequado representam fatores importantes quando
da escolha do tipo da instalação em locais como:
1. Centros de grandes cidades
2. Centros de aglomeração industrial
3. Regiões montanhosas com vales estreitos
4. Usinas geradoras em cavernas
A blindagem completa de todas as partes energizadas da instalação por câmaras metálicas proporciona
maior segurança para pessoal de manobra, além do que é altamente resistente a influências do ambiente como
por exemplo depósitos de sal na região costeira, gases industriais, etc. Estas subestações podem ser instaladas em
galpões de construção simples, para assim manter baixas as despesas de limpeza e manutenção. A área reduzida
economiza gastos em terraplanagem, fundação e independe do clima para sua montagem quando for instalação
abrigada. Ao contrário das subestações convencionais podem ser montadas perto de edifícios em instalações
abrigadas sem alterar a arquitetura do local. As empresas que estão atualmente oferecendo as subestações SF6
aqui no Brasil são:
1. Sprecher & Schuh
2. Brown Boveri
3. Delle Alsthom
4. Siemens
5. Mitsubishi
6. Hitachi
7. Toshiba
Quem vê uma subestação blindada isolada a SF6 pela primeira vez, tem a nítida impressão de estar
diante de uma indústria petroquímica de dimensões reduzidas. A grande diferença está exatamente pelas formas
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SUBESTAÇÕES
construtivas das chaves seccionadoras, barramentos, disjuntores, etc., que fogem às formas convencionais devido
aos tubos responsáveis pela blindagem.
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SUBESTAÇÕES
O SF6 é um gás que tem rigidez dielétrica 3 (três) vezes maior que o ar, permitindo que o “gap” do
disjuntor possa ser bastante reduzido e os barramentos possam ser montados bem próximos um do outro.
Consequentemente as dimensões serão reduzidas bem como a área necessária para sua montagem. Por esses
motivos é que uma subestação em SF6 requer apenas 10% (dez por cento) da área utilizada para uma subestação
convencional de características elétricas semelhantes. Uma subestação normalmente é dividida em partes, as
quais ao serem compostas dão origem a sua configuração final.
Evidentemente esta composição vai depender da área disponível e principalmente da sua forma
geométrica. Cada parte da subestação recebe o nome genérico de “bay” , significando o conjunto de
componentes ali existentes tais como muflas, transformadores de potencial, seccionadores de linha,
transformadores de corrente, disjuntores e seccionadores de barramento e chave de aterramento. Neste caso o
bay é de linha. Portanto podemos ter bay de transformador, bay de acoplamento, etc. Embora estes conceitos
sejam aplicados a qualquer tipo de subestação, nas SF6 sua aplicação vem a simplificar a composição pois todos
os equipamentos são comprados como aparelhos constituindo assim módulos perfeitamente acopláveis.
O SF6 é um gás eletronegativo, de tal maneira que o arco elétrico no disjuntor se desioniza
rapidamente. Devido à pequena constante de tempo do arco, o SF6 tem maiores propriedades de
extinção, na ordem de 10 vezes mais do que as do ar à mesma pressão. Desta maneira se pode
aumentar consideravelmente a potência de corte de câmara do disjuntor o que eqüivale a dizer
diminuição do número de câmaras a sobrepor em série. Isto significa um outro fator de redução de
volume das instalações.
O gás SF6 é quimicamente inativo, isto é, não envelhece e, além disso, é inodoro e não é
venenoso.
Com estas propriedades, proporciona às subestações em sistema de unidade em técnica SF6 grandes
vantagens em comparação com as subestações do tipo convencional. As principais vantagens são:
1. Reduzido volume: aproximadamente 10% do volume que precisa uma subestação convencional.
2. Reduzido peso, portanto transporte econômico, fundações baratas.
3. Proteção segura contra o contato involuntário do pessoal com partes de baixa e alta tensão.
4. Proteção contra contaminação dos equipamentos provocada por agentes externos, como por
exemplo: pó, gases industriais, sais, etc.
5. Despesas de conservação reduzidas ao mínimo.
6. Sem influências perturbadoras nas telecomunicações.
7. Pouco ruído.
8. Curto tempo de montagem, devido às unidades chegarem já da fábrica completas e armadas.
9. Aparelhos em sistema modular que podem funcionar em qualquer posição. Assim, facilmente se
pode fazer ampliações com um mínimo de perturbação do serviço.
A figura 08.04.01 mostra uma fase de um bay de linha de uma subestação com barramento duplo.
Como o barramento é duplo naturalmente temos 3 fases do lado esquerdo, três seções de barramento e as outras
três fases do lado direito. É oportuno neste ponto lembrar que no mercado mundial existem dois tipos básicos de
equipamentos SF6.
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SUBESTAÇÕES
O primeiro deles que é atualmente o mais aceito é o chamado monofásico, pois cada tubo, cada módulo,
contém uma única fase e o bay logicamente seria uma tríplice união de todos os elementos que o compõem.
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SUBESTAÇÕES
No segundo modelo, o
“trifásico”, o tubo com SF6 contem as três
fases. O modelo monofásico é o mais
recente. O monofásico comparado com o
trifásico apresenta vantagens pois só pode
acontecer curto-circuito contra a terra e
nunca trifásico ou bifásico.
Além disso todos os esforços
eletrodinâmicos são de menores
intensidades. Ainda, a montagem é mais
fácil. Assim, hoje quase todos os fabricantes
apresentam suas subestações com o modelo
monofásico pois é mais competitivo, vale
lembrar também a vantagem que o sistema
monofásico oferece do ponto de vista
operacional ou seja, a visualização mais fácil. Isso é importante pois o operador visualmente pode saber quem é
quem na subestação. Ainda na figura 08.04.01, temos a ligação do barramento para um disjuntor. A ligação é via
seccionadoras. A abertura é mínima porque é isolado a SF6. Assim como podemos notar temos dois
seccionadores do barramento. Seu comando pode ser manual, a ar ou a motor. Quanto ao disjuntor é preciso
dizer, que existem dois sistemas básicos: à pressão única e a dupla pressão. O primeiro é tecnologia mais recente
e no seu movimento ele já comprime o gás e este é o que vai ser usado na extinção. É mais simples, mais barato,
menor manutenção e não tem tantos compressores como o de dupla pressão.
A desvantagem que o de pressão única tem é que possui a capacidade de interrupção e sua velocidade
de abertura um pouco menor comparadas com o de pressão dupla. O tempo máximo para o de dupla pressão é de
40ms contra 60ms do de pressão única. Uma outra grande vantagem do SF6 é a de que esses compartimentos são
estanques. Digamos que por uma eventualidade qualquer ocorra um problema na seccionadora este fica restrito
no seu compartimento não colocando em risco o restante do conjunto.
Assim, trocar uma peça defeituosa é uma tarefa relativamente simples. O material de
blindagem é uma liga especial de alumínio. Existe também casos em que se usam o aço inox. Em
ambos os casos não magnéticos, pois as perdas de indução seriam grandes. Os defensores da
blindagem a aço ensinam que o alumínio teria perdas porque não apresentaria alta estanqueidade (≅
100%). Isso na realidade não ocorre pois os fabricantes de blindagem em alumínio dão a garantia de
menos de 1% de perdas por ano de gás SF6 , ou seja uma garantia de 10 anos de funcionamento
sem necessidade de complementação do gás.
As flanges recebem um tratamento especial com resinas para diminuir as perdas de gás. Após diversos
ensaios e estudos na comparação entre alumínio e aço, notou-se que o alumínio leva vantagens. Primeiro para a
instalação, porque é leve e os custos das fundações vão ser menores. Os fabricantes garantem a pequenas perdas
de gás e por correntes parasitas (Foucault). A espessura e característica do alumínio nestes casos são
dimensionadas para suportarem os efeitos dinâmicos e térmicos provenientes de um curto-circuito.
Portanto, o uso do alumínio está justificado e até que se prove algo ao contrário ou apareça outra liga
em melhores condições, ele continuará sendo usado. Uma vantagem a mais do SF6 é que ele não é inflamável e
não propaga chamas, tendo assim uma grande proteção contra incêndios. A tecnologia SF6 tem cerca de 30
(trinta) anos. Os fabricantes desses equipamentos afirmam que até hoje não foi preciso fazer manutenção das
subestações, no sentido que conhecemos.
Nesse particular, o único problema que pode aparecer, diz respeito à dissociação do Hexafluoreto do
Enxofre. Sob a ação dos arcos elétricos, o SF6, devido às elevadas temperaturas, se dissocia, numa reação
irreversível numa pequena parte ao se resfriar. A parcela que não volta a se associar ataca certos materiais como
o ferro e o cobre, formando fluoretos metálicos como o fluoreto de cobre e o fluoreto de enxofre.
A experiência tem demonstrado que embora em mínima quantidade devem ser eliminados, para o que
se utilizam filtros especiais constituídos de óxido de alumínio ativo (al2O3) que são colocados no caminho do
gás, no ciclo hidráulico-pneumático do gás. Entretanto estes filtros são usados no sistema à pressão dupla. No
sistema a única pressão a eliminação desses elementos é feita por filtros eletrostáticos que atualmente são os
mais utilizados. Estes filtros atraem os fluoretos e sua troca só é feita depois de cinco ou mais anos.
Da dissociação do SF6 resultam o SF5 + F. E naturalmente F é algo indesejável. No entanto só
aparecerão problemas se houver umidade. Se o compartimento estiver seco, os fluoretos comportam-se como
bons isolantes e não colocam em riscos as propriedades dielétricas da isolação.
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SUBESTAÇÕES
Um detalhe interessante é que nas primeiras instalações de subestações a SF6 que foram feitas em
1960, existiam circuitos de monitorização, para verificar as eventuais fugas de gás, dotados de cilindro de
reserva que completaria automaticamente qualquer parcela perdida em alguma fuga.
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SUBESTAÇÕES
Além disso essas primeiras instalações também possuíam estruturas feito andaimes, com escadas, que
se prestavam à inspeção visual de todos os elementos. Entretanto, com o tempo verificou-se que tanto a estrutura
como o circuito de monitorização eram absolutamente desnecessários, sendo portanto suprimidos. Decidiu-se
eliminar aqueles elementos e em contrapartida, aperfeiçoar o sistema de alarme, que ganhou sensores de
umidade, pressão e mais sinalizadores. Qualquer anormalidade faz soar o alarme e o técnico vai então
inspecionar executando a manutenção, se necessária.
Entretanto, a densidade é um dado mais importante que a pressão porque representa a pressão já
compensada pela temperatura ambiente. A densidade é a referência absoluta para se verificar a manutenção ou
não das características dielétricas originais do equipamento. Nunca a pressão ou a temperatura isoladamente. As
características dielétricas do gás SF6 à pressão normal indica que ele se mantém para as tensões nominais como
isolante porém não se deve Ter sobre-tensões e as chaves ou disjuntores não devem operar nestas condições.
Este fato justifica a não instalação de elementos que disparariam os disjuntores e chaves. Na posição
que o equipamento se encontra ele deve ficar até que a pressão se normalize após indicações dadas pelos alarmes
ao pessoal da manutenção. Da mesma forma como a sub-pressão é problemática, a sobre-pressão também o é.
Existem limites para a compressão do gás SF6, uma vez que ele se liquefaz à temperatura de –20o C sob a
pressão de 22 bars.
Os equipamentos funcionam com 3,5 bars aproximadamente (nesta pressão ele se liquefaz a –40o C).
Em princípio poder-se-ia aumentar mais a pressão e conseqüentemente a sua segurança. Entretanto em locais
onde a temperatura é muito baixa poderíamos ter a liquefação do gás, o que não é conveniente. O fato de
podermos aumentar a pressão desde que não tenhamos problema com a temperatura vai permitir a aplicação da
mesma subestação para tensões mais elevadas na sua quase totalidade, isto porque certos compartimentos onde
por exemplo se encontram os TCs e TPs exigem tratamentos especiais. Porém no compartimento do barramento
não teríamos problemas.
Estes fatos se traduzem em economia visto que normalmente um aumento da tensão significaria num
aumento nas dimensões de todo o sistema. Entretanto os fabricantes devem especificar também as distâncias e o
nível de impulso. Os fabricantes normalmente fazem as subestações para 138 kV e para determinadas
intensidades de corrente como por exemplo 2.500A. Se as características mecânicas suportarem o aumento da
pressão e o novo nível de impulso poderíamos utilizá-los para tensões mais elevadas porém sem ultrapassar a
corrente nominal. Caso na mesma tensão nominal (138 kV) tenhamos uma intensidade de corrente de 4.000 A
torna-se necessário passarmos para outra classe de tensão ou seja 245 kV por exemplo. Isto se faz devido as
dimensões serem maiores e a dissipação térmica provocada pelos 4.000 A ser facilitada.
Uma outra aplicação do SF6 é em cabos que se justificam em alguns casos, como, próximo de
aeroportos ou locais de difícil instalação de torres de linhas de transmissão. Evidentemente, os custos novamente
são elevados. É fato comprovado que aplicações de equipamentos a SF6 só se justifica financeiramente para
tensões acima de 245 kV comparando com os equipamentos convencionais se não levarmos em conta o terreno.
Caso contrário a opção para tensões menores podem se justificar como é o caso de aplicações em 138 kV. Pode-
se citar a Estação Terminal Centro I que compreende 10 bays de 230 kV e 11 bays de 88 kV.
O dinheiro que a Light teria que despender para aquisição de um terreno naquela
região (Alameda Glete, Helvétia e Avenida São João), suficiente para colocar uma subestação
convencional com as mesmas características, daria para comprar dez subestações a SF6
idênticas aos que lá estão. Por estas razões a solução foi aplicar SF6. Portanto, em grandes
centros nas mesmas condições vão ocorrer as mesmas opções das concessionárias.
Nessa comparação de preços convém ainda citar a limitação do planejamento e construção unicamente
a etapa que é necessária, não sendo preciso prever estruturas e fundações como são indispensáveis nas
subestações convencionais.
Como já foi comentado, as ampliações nestas subestações dispensa interrupções. A única previsão
exigida é quanto à reserva de espaço. O trabalho de ampliação se resume a acoplamentos dos módulos. A
primeira subestação a SF6 aplicada no Brasil para fins industriais, está localizada na Cia. Vale do Rio Doce na
área do Porto do Tubarão. O layout é mais ou menos o seguinte: duas linhas de entrada em 138 kV,
acoplamento, cinco transformadores sendo um para reserva. Cada transformador trifásico é de 90 MVA, 138/34,5
kV e tem um conjunto individual, pois cada um praticamente é responsável pela alimentação de uma usina de
pelotização.
A subestação é em dois andares. Essa definição foi tomada devido ao local disponível. Não havia
como dispor na horizontal por uma razão muito simples. O terreno destinado à subestação fica dentro do anel da
ferrovia que serve as usinas, ou seja, o leito da ferrovia descreve um anel, necessário inclusive às próprias
manobras de retorno dos trens, sendo que em volta desse anel ficam as usinas de pelotização e no seu interior a
subestação que irá alimentá-los.
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SUBESTAÇÕES
A área no interior do anel não comportaria uma montagem horizontal e muito menos uma subestação
convencional. Este detalhe mais o de poluição, atmosfera marítima e manutenção, justificou a aplicação de SF6
que era somente 15% mais cara que a convencional sem levar em consideração o terreno.
A área do anel era pequena demais para se implantar uma usina de pelotização e grande demais para
ser perdida. A aplicação de subestações blindadas vem eliminar uma série de problemas em instalações cujos
locais apresentam poluição química onde a corrosão normalmente provocaria a troca de torres, chaves e até
isoladores praticamente todo o ano, como ocorrem na COSIPA em Santos e mesmo em Tubarão.
A característica mais explorada no sentido de se mostrar as vantagens das subestações a SF6 é a
economia de espaço, conforme já foi comentado.
Apenas para se ter noção da ordem de grandeza dessa economia, segundo garantem os fabricantes, é
de 90% da área ocupada pela subestação convencional para as mesmas condições nominais. Para os 905 MVA
da Centro I seria necessários 100.000 m2 se a opção fosse convencional, contra 7.000 m2 que foram
efetivamente ocupados (7%).
Uma outra vantagem ainda é com relação ao tempo de montagem. Consegue-se reduzir para 25% do
tempo, incluindo fundações e terraplanagem.
Geralmente as subestações blindadas a metal com isolamento SF6 correspondem no seu arranjo geral
às instalações ao ar livre.
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SUBESTAÇÕES
8.6.1. APRESENTAÇÃO.
A seguir, apresentamos algumas disposições típicas de lay-out de subestações blindadas, onde notamos
as reduzidas dimensões necessárias à sua construção.
IDENTIFICAÇÃO DOS COMPONENTES DA FIGURA 08.06.01.01 IDENTIFICAÇÃO DOS COMPONENTES DA FIGURA 08.06.01.02
1. Disjuntor 1. Disjuntor
2. Mecanismo de acionamento do disjuntor 2. Mecanismo de acionamento do disjuntor
3. Isoladores 3. Isoladores
4. Chave de Aterramento 4. Chave de Aterramento
5. Chave de Aterramento rápido 5. Chave de Aterramento rápido
6. Transformador de Corrente 6. Transformador de Corrente
7. Transformador de potencial 7. Transformador de potencial
8. Painel de conexão dos cabos 8. Painel de conexão dos cabos
9. Barramento 9. Barramento
10. Painel de comando e controle 10. Painel de comando e controle
11. Buchas isoladas 11, Buchas isoladas
Tabela 08.06.01.01 Tabela 08.06.01.02
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SUBESTAÇÕES
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freqüentes. É fácil de imaginar quais os problemas provocados pelo tráfego e manobras de carretas numa
Avenida de tráfego intenso como é na Avenida São João.
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SUBESTAÇÕES
Além disso foi necessário utilizar um guindaste para retirar os equipamentos das carretas, passá-los por
cima do muro e finalmente depositá-los no canteiro de obras. Porém, não havia espaço para armazenamento
desses equipamentos. A solução foi receber os equipamentos parceladamente conforme fossem instalados os que
haviam chegado evitando-se assim que ficassem ao tempo sujeitos a chuvas muito comuns em São Paulo. A
primeira fase de instalação foi a preparação dos leitos para cabos. Todos os cabos responsáveis pela transmissão
de energia em 230 kV são da Pirelli, mais precisamente cabos OF (Óleo Fluido). O lançamento do cabo também
apresentou certos detalhes interessantes. Um cabo OF de 1.200 mm2 pesa aproximadamente 50 kg/m, e, para
poder trabalhar com um cabo de 30 m, foi necessário colocar homens de meio em meio metro, quase 60 homens
para deslocar o cabo.
Todas as partes dos conjuntos blindados, e SF6 (Delle Alsthom) chegaram ao Brasil encaixotados e
desmontados. À medida que eram desencaixotados, os cilindros eram (tubos) polidos internamente por meio de
escovas de aço para tirar toda e qualquer impureza que pudessem estar aderidas às suas paredes. Por meio de um
aspirador foram retiradas essas impurezas. Finalmente após a montagem de uma série de módulos com o auxílio
de uma ponte rolante, os tubos foram preenchidos com nitrogênio para retirar toda a umidade. Após algum
tempo foi retirado o nitrogênio e colocado o SF6. A etapa seguinte consistiu na medição da isolação entre o
barramento e a carcaça metálica. Foram utilizados aparelhos da Pirelli e do Instituto de Eletrotécnica.
Interligaram-se todos os barramentos e por meio de uma bucha colocada em um dos barramentos, aplicou-se
durante um minuto a tensão de teste de 475 kV. No instante da aplicação da tensão ocorreu o faiscamento na
bucha devido à presença de pequenas partículas de poeira a qual foi removida com percloretileno. Após sanada a
limpeza, aplicou-se novamente a tensão de teste e ouviu-se ruídos de descargas internamente ao tubo. Os ruídos
foram provocados por pequenas partículas existentes nas suas paredes e barramentos que provocaram descargas.
Estas por sua vez, queimaram as partículas com o que os ruídos desapareceram.
Quanto à resistência de terra não houve problemas pois o solo no local é bastante úmido. Por esta razão
a obtenção de uma resistência de terra condizente com a instalação foi finalmente obtida. Toda Malha de Terra
foi executada com solda Cadwel, visando melhorar as conexões, eliminando as resistências de contato. A
resistência de terra deu-se aproximadamente 2,0 ohms. Para facilitar a
compreensão do funcionamento da subestação, o diagrama unifilar foi
transformado num diagrama de bloco. A entrada de energia é feita pelo
conjunto blindado de SF6 230 kV por meio de cabos OF. Atualmente
existem duas linhas de 500 MVA e está prevista a instalação da terceira.
Em seguida a energia é distribuída para seis transformadores (TUSA),
constituindo 6 Bancos de 200 MVA cada um em 230/88 kV e dois
transformadores (GE) com previsão de um no futuro, de 130 MVA 230/20
kV. A saída dos bancos de transformadores estão ligadas ao conjunto
blindado a SF6 de 88 kV. Este blindado é responsável pela alimentação de
serviços auxiliares através de dois transformadores de aterramento (ITEL)
e pelo fornecimento de energia para as subestações Paula Souza (300
MVA) e Augusta (100 MVA). Os transformadores 1, 2 e 3 futuros,
alimentam o centro de São Paulo e não são isolados a SF6 e sim
convencional. Apresentamos acima, na Figura 08.08.01, uma subestação
blindada abrigada com blindagem trifásica. Na Figura 08.08.02, temos a
vista superior de conjuntos blindados de 138 kV com todas as células
montadas, no interior do edifício.
9. DIMENSIONAMENTO ELÉTRICO
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SUBESTAÇÕES
É evidente que dependendo do trabalho a que se propõe o projetista existe uma forma adequada de
ataque ao problema, quando trata-se de desenvolvimento de um projeto completo de um sistema elétrico os
métodos devem apresentar soluções que indicam claramente o dimensionamento de qualquer trecho do sistema.
Para estes casos o método clássico de cálculo de corrente de curto-circuito deve ser utilizado. Entretanto quando
pretende-se dimensionar parte do sistema, considerando as contribuições de todas as fontes, mas de forma
simplificada, desprezando certas partes, a favor da segurança, utilizam-se métodos simplificados.
Uma subestação é considerada um ponto ou um nó no sistema e todos os componentes ou
equipamentos nela localizados ficam praticamente sujeitos ao mesmo valor de curto-circuito. No caso especifico
de quem pretende estudar a subestação ou melhor, dimensionar os equipamentos, torna-se bastante trabalhoso e
demorado o método clássico para o cálculo das correntes de curto-circuito. Para efeito de definições das
limitações dos equipamentos não nos interessam os valores destas correntes através dos diversos ramais ou
linhas e sim o valor que realmente chega à instalação, ou seja, o valor correspondente a todas as contribuições no
ponto em estudo. Portanto pretende-se aqui aplicar um método simplificado e muito difundido nos meios
profissionais para o caso específico de dimensionamento de subestações.
Antes de entrarmos no estudo do método simplificado em questão passaremos a discutir algumas
considerações importantes. São agrupadas sob o nome de curto-circuito todos os defeitos provocados por um
contato, tanto entre um condutor e terra, como entre condutores fase. Os curtos-circuitos são provenientes de
várias causas como :
1. De origem elétrica, como alteração das características dos isolantes, tornando-se incapazes de
suportar sobre-tensões originadas por chaveamento e manobras erradas ou mesmo por descargas
atmosféricas;
2. De origem mecânica, como a ruptura dos condutores ou isoladores, a queda de um galho de árvore
na linha ou o golpe de escavadeira em um cabo subterrâneo.
Estes contatos acidentais normalmente não afetam os condutores simultaneamente. Em caso de redes
trifásicas de altas-tensões, as experiências demonstram que 70 a 80% dos curtos-circuitos ocorrem devido a
faltas fase terra. Os defeitos ou faltas trifásicas sobre as redes de cabos subterrâneos são pouco freqüentes e
quando ocorrem normalmente são provenientes de problemas mecânicos. Exceção deve ser feitas para baixa
tensões onde a grande quantidade de cabos trifásicos aumenta o risco.
Estudaremos as características das correntes produzidas em caso de curto-circuito tripolar. Mais adiante,
aplicaremos os conceitos aqui estudados aos casos de curtos-circuitos bipolares e monopolares.
Suponhamos um gerador trifásico funcionando em vazio, que se fecha em curto-circuito tripolar. Na
figura 09.01 está representado o diagrama vetorial das condições de funcionamento para esta situação. A força
eletromotriz E, existente é produzida por um fluxo φ, defasado 90O
adiantado, que por sua vez produz um campo magnético Hr. Como
o circuito, tem um caráter predominantemente indutivo, a
corrente de curto-circuito Is que se produz está atrasada quase
90O com relação a força eletromotriz E. Esta corrente Is cria o
campo Ha que está em oposição de fase com Hr e que produz o
fluxo de excitação φ.
Porém este fluxo não pode desaparecer repentinamente,
uma vez que a diminuição do mesmo, pela lei de Lenz, origina correntes indutivas que tendem a mante-lo
invariável. Estas correntes circulam em parte através do enrolamento de excitação ou o de amortização, e em
partes de ferro. O campo magnético Had, assim formado que nos primeiros ciclos compensa o campo magnético
Ha, desaparece pouco a pouco. Com ele, também vai desaparecendo o fluxo magnético φ até chegar a um valor
que corresponde a força eletromotriz do estado de curto-circuito permanente.
Da forma analisada percebe-se como ocorre nos primeiros ciclos a elevação da corrente de curto-
circuito, assim como será a atenuação para o valor permanente. Efetivamente, ao haver desaparecido
praticamente as resistências do circuito por efeito do curto-circuito, a única oposição á passagem da corrente
esta na reatância de dispersão X1 do gerador, assim a força eletromotriz será: E = I ⋅ X 1 .
Como X1 é muito pequena e E, tem praticamente seu valor nominal, o valor de I será muito grande.
Dadas as características indutivas do circuito, a forma da corrente de curto-circuito será diferente, dependendo
do valor da força eletromotriz alternada , e o instante em que o curto-circuito ocorre.
Estudaremos os dois casos extremos, ou seja quando E = Emax e quando E = 0. Quando a força
eletromotriz passa por seu valor máximo, a corrente de curto circuito produzida é simétrica como mostra a figura
09.02, na página seguinte.
As amplitudes descressem gradualmente devido, como vimos a forte reação desmagnetizante da
corrente de curto-circuito, que é muito reativa e faz diminuir o fluxo φ , e portanto, a força eletromotriz E.
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A impedância própria dos elementos que constituem um circuito, é a característica que limita o valor da
corrente que pode circular por este circuito, o que também é valido para o caso da corrente de curto-circuito.
Como Sabemos a impedância é composta de resistência e reatância.
Quando um destes componentes é ao menos 3 vezes maior que a outra, esta última pode ser desprezada,
nos cálculos tornando-se então como valor da maior componente. Nos circuitos de corrente alternada com
tensões nominais superiores a 1.000V, pode-se desprezar a resistência e utilizar-se somente a reatância como
valor total da impedância.
Como para o momento, somente estudaremos as corrente de curto-circuito para circuitos de alta-tensão,
aplicaremos o critério anteriormente exposto. Normalmente, nos cálculos de corrente de curto-circuito se
empregam valores de reatância expressos em percentual, que é como se especificam nas placas de característica
das máquinas.
A reatância em percentual ou reatância percentual, se refere sempre a intensidade nominal a plena carga
e a força eletromotriz nominal. Por exemplo a reatância síncrona percentual de um gerador, será o valor de sua
tensão de reatância síncrona a plena carga, expressa em porcentagem da força eletromotriz do gerador.
X d × In
X% = × 100 = X d da mesma forma, a reatância síncrona percentual de um transformador será o
E
valor de sua tensão de curto-circuito, expressa em percentagem da tensão em seus bornes, ou seja:
U cc
X% = × 100
Ub
X × I Pb
X % = × 100 ou X% = 2
, onde:
U 10 × U
1. Pb - potência base (KVA)
2. U - tensão nominal (KV)
3. X - impedância de uma fase em (Ω)
Ao dizer-se que uma reatância é de 12% referida a corrente nominal, queremos dizer que ao circular a
referida corrente é produzido no elemento do circuito considerado uma queda de tensão de 12% da tensão
nominal. Muitas vezes torna-se interessante recorrer á representação por unidade (p.u), que significa dividir por
100 o valor percentual correspondente.
Assim uma reatância de 12%, equivale a 0,12 p.u. O valor da reatância de um elemento do circuito é
expresso normalmente em relação a uma potência aparente nominal. Naturalmente, dado o valor de uma
reatância a uma potência determinada, seu valor será diferente se for referido a outra potência.
Portanto antes de processarmos os cálculos é necessário referir todos os distintos elementos do sistema a
uma referência ou base comum. Além dos geradores, transformadores e linhas existem outros elementos que
influenciam ou contribuem nos valores das correntes de curto-circuito.
Em tabelas são expressos os valores das reatâncias que devemos considerar para compensadores
síncronos e os motores elétricos referidos a potência nominal da máquina.
In ou Pn .
I k′′ = × 100 P k ′′ = × 100
x d′′ x d′′
É conveniente lembrar que motores assíncronos contribuem durante um tempo muito pequeno.
Entretanto deve ser considerado pois na região subtransitória a sua contribuição implica em efeitos mais
intensos.
Na região síncrona ou permanente de curto naturalmente sua contribuição deve ter desaparecido e
portanto não há necessidade de considera-lo no cálculo dessa corrente.
Na placa dos motores normalmente é apresentada a relação entre a corrente de partida referida a
nominal, a reatância subtransitória corresponde ao inverso dessa relação.
Para um motor cuja corrente de partida e igual a 5 vezes a nominal, a reatância será 1/5 = 0,2.
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SUBESTAÇÕES
Sabemos de análises anteriores que as potências e correntes de curto-circuito são relacionadas com os
P k′′ I ′k′ I k′′ 100
valores nominais pela expressão: = . Nos geradores temos: = . Nos
Pn I n I n x ′d′ %
I ′k′ 100
transformadores temos: =
I n
x cc %
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SUBESTAÇÕES
No Caso de transformadores acoplados em paralelo procede-se de forma análoga aos geradores, levando
em conta a reatância de curto-circuito dos transformadores.
P1 = 20 MVA
xcc1 5
P2' = P2 ⋅ = 20 ⋅ = 12 ,5 MVA
xcc2 8 xcc1 = 5%
xcc1 5 xcc2 = 5%
P3' = P3 ⋅ = 20 ⋅ = 16.67 MVA
xcc3 8 xcc3 = 5%
Portanto temos:
Peq = P1 + P2 + P3 = 20 + 12 ,5 + 16 ,67 = 49 ,17 MVA xcc = 5%
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SUBESTAÇÕES
10.4.1. EXERCÍCIO 1
10.4.1.1. SOLUÇÃO
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SUBESTAÇÕES
I k′′( 3 )24 ,6
= = 6 ,65
In 3,7
Para geradores de pólos salientes e xd = 1,0 ( reatância síncrona ) temos:
I kA = λ × I n = 3,4 × 3 ,7 = 12 ,6 kA
Se escolhermos um Disjuntor com tempo total de interrupção de 100ms a sua capacidade de interrupção
(figura 10.04.01.01.01.03), será: I d = µ × I k′′ = 0 ,73 × I k′′ = 0 ,73 × 24 ,6 = 17 ,96 kA ⇒ I dA = 17 ,96 kA
10.4.2. EXERCÍCIO 2
10.4.2.1. SOLUÇÃO
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SUBESTAÇÕES
P = P1 + P2 + P3 = 25 + 25 + 25 = 75 MVA .
Com reatância subtransitória: x ′d′ = 25% .
O sistema está conectado a duas linhas de 100 km e, como x = 0 ,38Ω / Km , temos: 100 × 0 ,38 = 38 Ω
38 × 38
(reatância de uma linha). Assim a reatância nas duas linhas em paralelo será: x = = 19Ω
38 + 38
U n 2 115 ,5 2
Logo a potência de curto-circuito de linha de transmissão será: Pk′′ = = = 702 MVA ,
x 19
Pn 75
x ′d′ = × 100 = × 100 = 10 ,7%
Pk′′ 702
1. OBSERVAÇÃO: Vamos considerar que a tensão na fonte é 5% maior que na carga, assim, a tensão
na fonte será 1,05 x 110 = 115,5 KV.
Os transformadores em paralelo T4 e T5, são equivalentes: P = P4 + P5 = 10 + 10 = 20 MVA e, a
reatância de curto-circuito será: x ′d′ = 8% .
Agora vamos reduzir a reatância à potência central de 75 MVA.
P P′ P′ 75
= ′′ = x d′′ ×
⇒ x dn =8× = 30%
x d′′ x dn′′ P 20
O circuito da figura 10.04.02.01.01 representa o circuito
equivalente.
A reatância total de curto-circuito total será:
1. Gerador equivalente = 25%
2. Linha de Transmissão = 10,7%
3. Transformadores = 30%
4. Total = 65,7%
Portanto a potência de curto-circuito no ponto A será:
P 75
′′ =
PkA = × 100 = 114 ,2 MVA
x ′′ eq 65 ,7
Observamos que o valor x ′d′ = 65 ,7% não corresponde a um gerador real, mas é apenas um valor
matemático, adotaremos então x ′d′ = 20% , que é um valor real para hidrogeradores de pólos salientes com
enrolamento de amortecimento.
75 P
Portanto, = n ⇒ PNG = 22 ,8 MVA ⇒ PNG = 22 ,8 MVA ⇒ x ′d′ = 20%
65 ,7 20
22 ,8
′′ =
PkA × 100 = 114 ,2 MVA
20
Considere-se que, também para o gerador real da figura 10.04.02.01, a potência de curto-circuito será a
mesma, se comparada ao valor calculado para a reatância x ′d′ = 65 ,7% , o que era de se esperar, uma vez que o
sistema elétrico considerado, continua o mesmo.
1. Corrente eficaz de curto-circuito, valor inicial :
′′
PkA 114 ,2
I k′′ = = = 3,3kA
3 ×Un 3 × 20
2. Corrente de dinâmica, correspondente ao primeiro semi-ciclo: I s = 2 ,55 × I k′′ = 2 ,55 × 3,3 = 8 ,4 kA
22 ,8
3. Corrente nominal do gerador : I n = = 0 ,66 kA
3 × 20
I ′′ 3,3
4. Corrente permanente do curto-circuito trifásico: k = =5
I n 0 ,66
Para gerador de polo saliente e Xd = 1,00 (reatância síncrona), magnético temos: λ = 3,2. (figura
10.04.02.01.02). Ik = λ x In = 3,2 x 0,66 = 2,1kA. Se escolhermos um disjuntor com o tempo total de interrupção
de 100ms, sua capacidade de interrupção será: I d = µ × I k′′ = 0 ,78 × 3,3 = 2 ,6 kA . (figura 10.04.02.01.03).
I k′′( 3 )
Nesse caso temos caracterizado um curto-circuito afastado do gerador, ou seja: < 2.
In
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SUBESTAÇÕES
I kmedio = I k′′ × m + n
I k′′ 3 ,3
= = 1,6
I k 2 ,1
I kmedio = I k′′ × m + n
I kmedio = 3 ,3 × 0 ,95 + 0 ,5 = 3 ,97 kA
10.4.3. EXERCÍCIO 3.
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SUBESTAÇÕES
I "K 41,84
= ⇒ 1,68 → t = 1s
IK 24 ,9
I KTER = 41,84 ⋅ 0 ,9 + 0 ,5 ⇒ 49 ,5 kA
1800 Peq
X "d = 18% → = ⇒ Peq = 85 ,72 MVA
378 18
85 ,72 85 ,72
PK" BT = ⋅ 100 ⇒ PK" BT = 476 ,2 MVA → I NG = ⇒ I NG = 3,6 kA
18 3 ⋅ 13 ,8
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SUBESTAÇÕES
( )
2. Cálculo da corrente de curto-circuito – valor eficaz I "K .
476 ,2
I "K BT = ⇒ I "K BT = 19 ,92 kA
3 ⋅ 13 ,8
3. Cálculo da potência de desligamento e da corrente de desligamento(Id).
Pd = µ ⋅ PK" BT
I "K 19 ,92
= ⇒ 5 ,53; t = 0,1s ⇒ do gráfico ⇒ µ = 0,78
I NG 3,6
Pd = 0 ,78 ⋅ 476 ,2 ⇒ Pd = 371,44 MVA
I d = 0 ,78 ⋅ 19 ,92 ⇒ I d = 15 ,54 kA
4. Cálculo da corrente permanente de curto-circuito (IK).
I K = 3 ,3 ⋅ 3 ,6 ⇒ I K = 11,9 kA * mesmo gráfico 1,5
5. Cálculo da corrente térmica (IKTER).
I "K 19 ,92
= ⇒ 1,68 ; t = 0,1s * mesmo gráfico 1,6
IK 11,9
I K TER = 19 ,92 ⋅ 0 ,9 + 0 ,5 ⇒ I K TER = 23 ,57 kA
11.1. INTRODUÇÃO
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SUBESTAÇÕES
11.2.1. EXEMPLO
Determinar a sobre temperatura sofrida por um cabo trifásico de cobre para baixa tensão de 3 x 100
mm2 , com o tempo total de desconexão dos disjuntores de 1,5 seg., em caso de curto-circuito trifásico sendo:
I k′′ = 25 kA , I k = 15kA .
11.2.1.1. SOLUÇÃO
( I k′′ )2 ( 25 ) 2
∆t = × T . Considerando T = 0,2 temos: ∆t = × 0 ,2 = 0 ,56 seg
( I k )2 ( 15 ) 2
Para temperatura temos: k = 0,0058, S = 100 mm2, T = 1,5 seg., temos: ∆t = 0,56 seg., Ik = 15 kA
k 2
θ = 2 × I k 2 × ( t + ∆t ) ⇒ θ = 0 ,0058 × ( 15 . 000 ) × ( 1 . 5 + 0 ,56 ) ⇒ θ = 269°C
S 100 2
O valor obtido é superior do admitido, dessa forma dispomos de duas soluções:
1. Aumentar a seção transversal do cabo
2. Diminuir o tempo de desconexão do disjuntor correspondente.
O condutor devera ter uma área mínima para suportar termicamente as solicitações do curto-circuito, e
essa área poderá ser calculada através da formula:
I k × 10 3 × t , onde:
A=
c × ρo
4 ,184 × × I n × [1 + α ( T max − T1 )]
ρr ×α
1. A = mínima seção transversal (mm2)
2. Ik = valor permanente da corrente de curto-circuito em (kA)
3. t = tempo de eliminação do defeito (Seg.)
4. c = calor especifico - cobre =- 0,925cal/°Cg, Alumínio = 0,217cal/°Cg
5. ρo = Densidade em g/cm2 - cobre =- 8,9 g/cm2, alumínio = 2,7g/cm2
6. ρr = Resistividade do material em Ω.mm2/m a temperatura T1.
ρ cobre = 0,0187Ωmm2/m, ρ alumínio = 0,0286Ωmm2/m, ambos à temperatura de 20°C
ρT2 = ρ 20 o C [1 + α ( T2 − 20 )]
7. α = coeficiente de temperatura °C-1 - Cu = 4 ,3 × 10 3 °C −1 - Al = 4 ,3 × 10 3 °C −1
8. Tmax = temperatura máxima admitida pelo condutor em °C.
condutor nu de cobre = 200 °C, condutor nu de alumínio = 180 °C
9. T1 = Temperatura inicial do condutor em °C
Para os Cálculos de barramento podemos utilizar as expressões simplificadas, da seguinte forma:
1. Condutor Flexível – alumínio: S = 13 ,1 × I kmedio × t (mm2), Cobre: S = 9 × I kmedio × t (mm2)
2. Condutor Rígido - Alumínio: S = 11,2 × I kmedio × t (mm2), Cobre: S = 7 × I kmedio × t (mm2)
11.3.1. EXEMPLO
Considerando o tempo de atuação dos Reles e do Disjuntor igual a 0,6 seg., sem ultrapassar as
temperaturas normalizadas, calcular a seção transversal de um condutor rígido em um flexível que está sujeito à
corrente de curto-circuito médio de 7,84 kA sabendo-se que o condutor é de cobre.
A f = 9 × I kmedio × t = 9 × 7 ,84 × 0 ,6 ≅ 57 mm 2 , Ar = 7 × I kmedio × t = 7 × 7 ,84 × 0 ,6 ≅ 43,2mm 2
1. Observação: conferir o valor térmico (θ)
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SUBESTAÇÕES
11.4.1. EXEMPLO
l
f = 2 ,04 × 10 − 2 × i1 × i 2 ×
a
De modo especifico temos:
l
1. Para condutor Rígido - Fh max = 2 ,04 × 10 − 2 × I s 2 × , onde Is em kA
a
2
I l
2. Para condutor Flexível casos de N fios: Fh max = 2 ,04 × 10 − 2 × s × n
n an
1,9
3. Para o exemplo anterior temos: Fh max = 2 ,04 × 10 − 2 × 40 2 × ≅ 51,7 Kgf
1,2
Fh max
4. A metade dessa força atuará nos isoladores: = 26 Kgf .
2
As barras devem suportar um momento de flexão, ou seja uma tensão mecânica, menor que o dobro da
tensão mecânica inicial de ruptura.
Dessa forma temos:
1. Conjugado ou momento de flexão: Barras sólidas
F ×l ( Kgf )
σ h = h max max , υσ − 2
, Imáx em “cm”, w em cm2
12 × w cm
1.1. υσ - fator de freqüência para corrente alternada υσ ≤ 1, dessa forma consideramos o valor
υσ = 1.
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SUBESTAÇÕES
11.6.1. EXEMPLO 1
Para os valores abaixo, determinar a corrente térmica e dinâmica em função da corrente nominal.
I k′′ = 15 ,7 kA e I n = 60 A
1. Tempo total da desconexão de proteção t = 0,6 seg.
2. Influência da corrente continua m = 0,1
3. Influência da corrente alternada n = 0,77
I termico I k′′ × m + n 15 ,7 × 0 ,1 + 0 ,77
= = = 244
In In 60
Itérmico = 244In, para t = 0,6 seg.
Idinâmico = 2,5 Itérmico = 2,5 x 244 In
Idinâmico = 610 In
OBS: Devemos observar que t × I 2 é sempre constante.
(244 I n )2 × 0 ,6 = constante = 35721,6 I n2 , referido ao tempo de 0,6s. Temos que referir ao tempo
de 1 segundo, conforme prescreve a ABNT, portanto temos:
2 2
35721,6 × I n = I dn ×1 I dinâmico = 189 I n , referido ao tempo de 1 segundo.
I kmedio 2 × t × k
Os cabos de conexão dos TCs deverão ter a seção mínima de : S = , onde:
δc
1. S = seção do condutor em mm: I kmedio = I k′′ × m + n em ampères.
2. t = tempo de desconexão em seg.
3. k = número de conexão do disjuntor – com religamento automático k = 2, sem religamento
automático k = 1
4. δ = sobre-temperaturas (para TCs 190oC)
5. c = constante do material : c = 172 para o cobre, c = 74 para o alumínio
11.6.2. EXEMPLO 2
Página: 57
SUBESTAÇÕES
14.600 2 × 0 ,6 × 1
5. c = 172 para cobre - S= = 63 ,0 mm 2
190 × 172
COLABORADORES
12 – TABELAS.
Página: 58
SUBESTAÇÕES
13. EXERCÍCIO.
O Sistema elétrico é
composto dos equipamentos
conforme a figura 13.01. Os
dois geradores G entram em
operação apenas quando
ocorre a falta da fonte,
proveniente das linhas de
transmissão. Calcular a
potência de curto circuito no
ponto A, considerando a
necessidade da instalação de
um disjuntor naquele ponto.
Considerando que os
geradores e as linhas de
transmissão mais
transformadores não operam
simultaneamente, e considerando ainda que essas fontes estão conectadas na barra de 13,8kV, devemos avaliar
qual desses conjuntos irá produzir maior potência de curto circuito, e a partir daí calcular o valor do curto
circuito no ponto A.
13.1. GERADORES.
Dois geradores em paralelo, temos que a potência do gerador equivalente será a soma das potências de
cada um, e a reatância sub-transitória não será a mesma.
Peq 50
Peq = 25 + 25 = 50 MVA → X ""
d = 20% → PK"" = "" × 100 = × 100 = PK"" = 250 MVA
Xd 20
Página: 59
SUBESTAÇÕES
Como os dois conjuntos são iguais, vamos determinar o gerador equivalente a partir da associação em
paralelo desses conjuntos.
OBSERVAÇÃO: Adotamos como potência de referência para o cálculo de X "d LT o valor da potência
dos transformadores T1, associados em paralelo (50 MVA), uma vez que este valor irá facilitar o cálculo do
50
Gerador Equivalente desse conjunto. PK" = × 100 ⇒ PK" = 458 ,3 MVA
10 ,91
Comparando os valores do curto circuito produzido pelos geradores (250 MVA) e o curto circuito
produzido pelos conjuntos Linhas de Transmissão e Transformadores T1 (458 MVA), observamos que o segundo
apresenta potência de curto circuito mais elevada, assim vamos dimensionar nossa instalação com referência a
este valor, uma vez que o Conjunto Gerador estando em operação não produzirá potências de curto circuito tão
elevadas.
Como essas máquinas possuem a mesma potência e mesma reatância, o equivalente desse sistema será a
soma da potência individual de cada máquina. PeqS = 5 × 4 ,0 = 20 MVA
Com uma boa aproximação podemos calcular a reatância subtransitória desses motores como sendo o
1
inverso da corrente de partida. I P = 6 × I N ⇒ X "d S = × 100 = 16 ,67%
6
Como os motores possuem a mesma potência nominal, a potência equivalente será a soma de cada
potência individual.
1
PeqM = 0 ,5 × 4 = 2 MVA - I P = 8 I N ⇒ X "d M = × 100 ⇒ X "d M = 12 ,5%
8
Página: 60
SUBESTAÇÕES
50 P 50 × 18 ,5
G LT ⇒ = N ⇒ PN = ⇒ PN = 84 ,78 MVA
10 ,91 18 ,5 10 ,91
20 P 20 × 18 ,5
GS = = N ⇒ PN = ⇒ PN = 22 ,2 MVA
16 ,67 18 ,5 16 ,67
108 ,98
PK" 13 ,8 kV = × 100 ⇒ PK" 13 ,8 kV ≅ 590 MVA
18 ,5
2
PK" A = × 100 = 30 ,58 MVA
6 ,54
30 ,58
I "K A = = 80 ,25 kA
3 × 0 ,22
14. EXERCÍCIO.
A partir da potência de curto circuito da barra 13,8kV do exercício 1, calcular: I "K , IS, IK, Id e IKmed..
PK" 13 ,8 kV = 590 MVA , conforme calculado no item 5.7.
PK" 590
I "K = → I "K = → I "K = 24 ,68 kA .
3 ×U 3 × 13,8
PN 108 ,98
I K = λI N ; IN = → IN = → I N = 4 ,56 kA .
3 ×U 3 × 13,8
Página: 61
SUBESTAÇÕES
I "K
“λ” é determinado graficamente através da relação plotando com a curva :
IN
X d = 1,0 ⇒ λ = 3,25 ; I K = 3,25 × 4 ,56 → I K = 14 ,82 kA .
I "K
I d = µ × I "K ; o fator de amortecimento µ é determinado graficamente através da relação , plotando
IN
com a curva correspondente ao tempo de atuação definido; neste caso 100 ms.
I "K 24 ,68
= = 5 ,41 ⇒ µ = 0 ,76 ; I d = 0 ,76 × 24 ,68 → I d = 18 ,76 kA
IN 4 ,56
I "K
I K med = I "K × m + n . Os valores de “m” e “n” são obtidos graficamente através da relação que
IK
define qual curva ou ponto intermediário entre duas curvas será utilizado para plotar com a linha vertical do
I "K 24 ,68
tempo de atuação previamente definido. = = 1,7 ⇒ m = 0 ,5 e n = 0 ,93
I K 14 ,82
I K med = 24 ,68 × 0 ,5 + 0 ,93 , I K med = 24 ,68 × 1,196 → I K med = 29 ,61kA
Página: 62
SUBESTAÇÕES
Para a situação futura POTÊNCIA NOMINAL (MVA) PARA TRANSFORMADORES DE FORÇA - TENSÃO 138kV
teremos dois (2) ONAN ONAF-1 ONAF-2
transformadores em paralelo, 5,000 6,250 -
assim, a corrente será o dobro; 7,000 9,375 -
10,000 12,500 15,000
vamos considerar também uma 15,000 20,000 25,000
sobrecarga admissível de 20% 20,000 25,000 30,000
para o sistema, onde teremos Tabela 15.02.03.01
uma corrente de:
Para AT - I N P = 94 ,13 A - Para BT - I N S = 941,33 A .
Página: 63
SUBESTAÇÕES
X”eq é um valor teórico, portanto devemos adotar um valor comercial, vamos usar X” = 20%.
1. Cálculo de P”K.
58 ,82
PK" = = 294 ,1 MVA ⇒ PK" = 294 ,1 MVA
0 ,2
2. Cálculo de I”K.
294 ,1
I "K = = 12 ,30 kA ⇒ I "K = 12 ,30 kA
3 × 13 ,8
3. Cálculo de IS.
I S = 2 × f i × I "K = 2 × 1,8 × 12 ,3 = 31,31kV ⇒ I S = 31,31 kA
I "K 12 ,30
= = 5 ⇒ I "K = 5 × I N G → Muito Próximo do Gerador.
I NG 2 ,46
eq
4. Cálculo de Pa e Iª
Pa = µ × PK" ⇒ Gráfico → µ = 0,78
Pa = 229 ,40 MVA I a = 9 ,60 kA
5. Cálculo de IK.
I K = λ × I NG ⇒ Gráfico → λ = 3,3 ∴ I K = 8 ,12 kA
eq
6. Cálculo de IKmed.
I K med = I "K × m + n ⇒ Gráfico ⇒ m = 0,5 e n = 0,95
Página: 64
SUBESTAÇÕES
1,17 × δ 0 ,2 × a × W
l máx = 2 −3
- σ0,2 = 1500Kg/cm2 – tensão mínima de ruptura do cobre.
I S × 10
1,17 × 1500 × 219 × 0 ,684
lmáx = ≅ 304 ,77 cm ⇒ I máx = 300 ,00 cm
53 ,2 2 × 10 − 3
Valor adotado por ser múltiplo de 6m que é o comprimento da barra.
1.1.4. Cálculo da Força Máxima de Atuação.
l 300
Fhmax = 2 ,04 × 10 − 2 × I S × = 2 ,04 × 10 − 2 × 53 ,2 2 ×
2
= 79 ,09 Kgf
a 219
F 79 ,09
A força que atua no isolador é: h = = 39 ,55 Kgf
2 2
As barras devem suportar uma tensão mecânica menor que o dobro da tensão mecânica
inicial de ruptura (σ0,2), condição esta que deve ser verificada.
Fh × l máx 79 ,09 × 300
σ h = máx = = 2561,77 Kgf / cm 2
12 × W 12 × 0 ,684
Como 2 x σ0,2 = 2 x 1500 = 3000 Kgf/cm2, temos que σh < σ0,2 ⇒ condição
satisfeita.
2. Tabela de Barramentos Rígidos.
2.1. Para 13,8 kV - IN = 941,33 A - AR = 103,67 mm2.
2.1.1. Cálculo dos Esforços Térmicos.
2
I "K 12 ,3
2
∆t = × T - Consid. T = 0,25s - Pior Situação. - ∆t = × 0 ,25 = 0 ,57 s
IK 8 ,12
2.1.2. Cálculo da sobre-temperatura na barra de 13,8 kV.
K 0 ,0058
θ = 2 × I K 2 × (t + ∆t ) = × 8120 2 × (1 + 0 ,57 ) = 5 0 C
AR 349 2
Menor que 2000C
que é o valor
máximo de
temperatura
admissível para
barra de cobre, assim, o condutor satisfaz a condição.
2.1.3. Cálculo do Comprimento Máximo do Barramento.
1,17 × ρ 0 ,2 × a × W 1,17 × 1500 × 39 × 3
lmáx = = = 457 ,66 cm
2
I S × 10 −3
31,312 × 10 − 3
lmáx = 450 cm - valor adotado.
2.1.4. Cálculo da Força Máxima de Atuação. -
450
Fhmáx = 2 ,04 × 10 − 2 × 31,31 2 × = 230 ,75 Kgf
39
F 230 ,75
2.1.4.1. Força que atua nos Isoladores. - h = = 115 ,38 Kgf
2 2
As barras devem suportar uma tensão mecânica menor que o dobro da tensão mecânica inicial de
ruptura (σ0,2), condição esta que deve ser verificada.
Fh × l máx 230 ,75 × 450
σ h = máx = = 2884 ,40 Kgf , como 2 x σ0,2 = 2 x 1500 = 3000 Kgf/cm2, temos
12 × W 12 × 3
que σh < σ0,2 ⇒ condição satisfeita.
Página: 65
SUBESTAÇÕES
1. Especificação da Seccionadora.
1.1. Seccionadora Tripolar de Linha.
1.1.1. Corrente Nominal - 93,13 A
1.1.2. Tensão Nominal - 138 kV + 5% - NBI - 650 kV.
1.1.3. Corrente de Curto Circuito Nominal – I”K = 20,9 kA
1.1.4. Corrente de Curto Circuito Dinâmico - IS = 53,2 kA.
Página: 66
SUBESTAÇÕES
Página: 67
SUBESTAÇÕES
O aterramento constitui uma função importante, sob todos os aspectos, na operação do moderno sistema
de energia elétrica. Ele contribui para melhorar a operação e a continuidade do serviço e para aumentar a
segurança dos equipamentos e pessoas.
Página: 68
SUBESTAÇÕES
Página: 69
SUBESTAÇÕES
Página: 70
SUBESTAÇÕES
Página: 71
SUBESTAÇÕES
6. Resistência dos cabos pára-raios (guarda) e resistência das torres. Quando não houver
possibilidade de conhecer esses valores separados, adota-se um valor entre 8 a 10 Ω para a
resistência equivalente da associação entre as resistências dos cabos pára-raios (guarda) e a
resistência das torres existentes ao redor da subestação até 1 ou 2 Km de raio, dependendo da
concentração de torres nesse trecho ao redor da subestação (adotar menor valor de resistência para
maior número de torres).
7. Área da malha de terra.
A
A = π ⋅r 2 ∴r = A(m2)
π
r = raio da circunferência com área idêntica à superfície ocupada pela malha de terra.
8. Corrente de pick-up.
9. Corrente dos reles de terra. Correntes não suficientes para sensibilizarem os relés de terra, podem
fluir por longos períodos para terra. Essas correntes não devem entretanto oferecer perigos para as
pessoas que se encontram na subestação.
( R + 1,5 ρ s ) ⋅ 9 ⋅ Lt
I pick −up < c , onde:
Rc ⋅ K m ⋅ K i ⋅ ρ 1
Rc - resistência do corpo humano
Lt - comprimento total dos condutores da malha de terra
Ki e Km - coeficientes a serem definidos
ρ1 - resistividade da primeira camada de solo
ρ2 - resistividade superficial
10. Resistência do Corpo Humano.
Rc = 1.000 Ω (adotado) para não úmidas
Rc = 100.00 a 300.00 Ω em áreas secas
Esse cálculo visa determinar um espaçamento mínimo entre condutores, que nos fornecerá o potencial
de toque, passo, etc., dentro de valores admissíveis. O processo é interativo visando uma solução econômica.
1. Determinação dos espaçamentos entre condutores.
1.1. Dessa forma supõe-se uma configuração da “rede”, e
como valor prático costuma-se iniciar com
espaçamento entre os cabos da ordem de 10% dos
comprimentos dos lados.
2. Determinação do número de condutores.
L
2.1. N a = a + 1 - número de condutores na direção
la
“a” com comprimento Lb.
L
2.2. N b = b + 1 - número de condutores na direção “b”
lb
com comprimento Lª
2.3. la = 0,1 La ; lb = 0,1 Lb ; Na = Nb = 11
3. Cálculo do comprimento dos condutores.
3.1. Lt = La . Nb + Lb . Na + 200 (m)
4. Os 200m adicionais correspondem aos cabos unem os equipamentos à malha de terra.
5. Bitola mínima do condutor.
5.1. Da duração do curto-circuito e do tipo de junção a ser utilizada determina-se o número de
(mm2/A) CM/A que multiplicado pela corrente de curto-circuito fase terra nos dá a secção
mínima permitida (tabela da página 04).
6. Determinação do coeficiente de malha Km.
1 l2
6.1. Km ≅ ⋅ ln , onde:
2π 4 ⋅ π ⋅ h ⋅ d ( n − 1 )
6.1.1. l – espaçamento em metros, entre condutores na direção considerada (a ou b).
6.1.2. d – diâmetro do condutor (m)
Página: 72
SUBESTAÇÕES
Página: 73
SUBESTAÇÕES
19.2.1. OBSERVAÇÃO
O número de hastes pode ser calculado, mas, geralmente a distribuição dessas hastes se processa da
seguinte maneira:
1. Transformador
Página: 74
SUBESTAÇÕES
2. Pára-raios
3. Reguladores (neutro)
4. Ângulo agudo dos cantos ( 3 a 4 hastes) e nos 4 ângulos ao redor da casa de comando.
5. Periferia da malha com a instalação de hastes, aproximadamente de 10m em 10m.
19.2.1.1. EXEMPLO
5. Determinação de Km.
1 l2 1 32
5.1. K ma = × ln × = ×l × = 0 ,3805
2π 4π × h × d × ( n − 1 ) 2π 4π × 0 ,6 × 0 ,0105 × 10
5.2. d2/0AWG = 0,0105m (diâmetro do condutor 2/0 AWG).
5.3. k m a = 0 ,3805
1 4 ,5 2
5.4. K mb = × ln × = 0 ,5149
2π 4π × 0 ,6 × 0 ,0105 × 10
5.5. K mb = 0 ,5149
6. Determinação de Ki.
6.1. Ki = 0,65 x 0,172 x n - como n > 10, o valor de Ki = 2.
6.2. n = número de condutores na direção considerada, só é válido para “n” pequeno, ou seja n
< 10.
7. Determinação do comprimento dos cabos com a configuração adotada.
7.1. Lt = (La x Nb) + (Lb x Na) = 30 x 11 + 45 x 11
7.2. Lt = 825m
8. Determinação do comprimento mínimo dos cabos necessários.
Analisando os parâmetros que compõem a equação de “L”, verificamos que na direção “b”
obteremos o maior valor de “L”.
Página: 75
SUBESTAÇÕES
K mb ⋅ K i ⋅ ρ a ⋅ I a ⋅ t
8.1. L =
116 + 0 ,174 ⋅ 3.000
0 ,5149 ⋅ 2 ⋅ 435 ⋅ 1.612 ⋅ 0 ,6
8.2. L = = 876 m
116 + 0 ,174 ⋅ 3.00
1 32
9.3. K mb = ln = 0 ,3165
2π 4π ⋅ 0 ,6 ⋅ 0 ,0105 ⋅ 15
9.4. K i a = K i b = 2 , número de condutores maior que 10.
10. Novo comprimento mínimo.
Nesse caso, os parâmetros que compõem a equação de “L”, indicam a direção “a” para obtermos
maior comprimento.
0 ,3805 ⋅ 2 ⋅ 435 ⋅ 1.612 ⋅ 0 ,6
10.1. La = = 648 m
116 + 0 ,174 ⋅ 3.000
11. Comprimento dos cabos da nova configuração.
12. Lt = ( 30 ⋅ 16 ) + ( 45 ⋅ 11 ) = 975 ⇒ Lt = 975 > 648 m - condição satisfeita.
13. Verificação da corrente de pick-up dos dispositivos de proteção de falha para terra.
13.1. Ipick-up dos reles = 30 A - dado
( R + 1,5 ρ s ) ⋅ 9 ⋅ Lt ( 1.000 + 1,5 ⋅ 3.000 ) ⋅ 9 ⋅ 975
13.2. I = c = = 48 ,8 A
Rc ⋅ K m ⋅ Ki ⋅ ρ1 1.000 ⋅ 0 ,3805 ⋅ 2 ⋅ 1.300
13.3. 48,8 A > 30 A
13.3.1. Condição verificada, pois a corrente “I” é maior que a corrente “Ipick-up” de falha
para terra, logo será suficiente para sensibilizar o sistema de proteção.
14. Determinação de Ks – Coeficiente de superfície.
11 1 l ( 0 ,655 n − 0 ,327 )
14.1. K s = + + n
π 2h l + h l
1 1 1 ln ( 0 ,655 ⋅ 11 − 0 ,327 )
14.2. K sa = + +
π 2 ⋅ 0 ,6 3 + 0 ,6 3
1 1 1 ln ( 0 ,655 ⋅ 16 − 0 ,327 )
14.3. K sb = + +
π 2 ⋅ 0 ,6 3 + 0 ,6 3
14.4. K sa = 0 ,647 K sb = 0 ,688
15. Determinação das máximas tensões admissíveis.
116 + 0 ,7 ρ s 116 + 0 ,7 ⋅ 3.000
15.5. de passo Ep = ∴ Ep = = 2.861V
t 0 ,6
116 + 0 ,174 ρ s 116 + 0 ,174 ⋅ 3.000
15.6. de toque Et = ∴ Et = = 824V
t 0 ,6
16. Determinação do valor máximo da corrente Ic.
Página: 76
SUBESTAÇÕES
0 ,116 0 ,116
16.1. I c = = = 0 ,150 A
t 0 ,6
17. Verificação do potencial de passo na periferia.
K ⋅ K ⋅ ρ ⋅ I 0 ,622 ⋅ 2 ⋅ 1.300 ⋅ 1.612
17.1. E per = s i 1 = = 2.674V
Lt 975
17.2. E per < E p - condição satisfeita.
18. Verificação do potencial de malha - Em < Et
K ⋅K ⋅ρ ⋅I 0 ,3165 ⋅ 2 ⋅ 1.300 ⋅ 1.612
18.1. Em = m i 1 cc = = 1.360V ⇒ Em = 1.360V > Et = 824V
Lt 975
18.1.1. Condição não satisfeita. É necessário mudar e diminuir o espaçamento de forma
que o potencial de malha seja suportável.
19. Terceira tentativa.
19.1. Adotaremos espaçamento na direção “a” igual à direção “b” - la = lb = 2m.
30 45
19.2. N a = + 1 = 16 ; Nb = + 1 = 23
2 ,0 2 ,0
1 22
19.3. K ma = ⋅ ln = 0 ,193
2π 4π ⋅ 0 ,6 ⋅ 0 ,0105 ⋅ 15
1 22
19.4. K mb = ⋅ ln = 0 ,132
2π 4π ⋅ 0 ,6 ⋅ 0 ,0105 ⋅ 22
20. Novo comprimento da nova configuração.
20.1. Lt = ( 30 ⋅ 23 ) + ( 45 ⋅ 16 ) = 1.410 m
21. Novo comprimento mínimo “L”.
0 ,193 ⋅ 2 ⋅ 435 ⋅ 1.612 ⋅ 0 ,6
21.1. La = = 328 m ∴ Lt > La - condição satisfeita.
116 + ( 0 ,174 ⋅ 3.000 )
22. Verificação da corrente de pick-up da proteção de terra.
( 1.000 + ( 1,5 ⋅ 3.000 )) ⋅ 9 ⋅ 1.140
22.1. I = = 112 ,45 A
1.000 ⋅ 0 ,193 ⋅ 2 ⋅ 1.300
23. I = 112 ,45 A > I pick −up = 30 A - condição satisfeita.
Página: 77
SUBESTAÇÕES
A grande expansão dos sistemas elétricos tem exigido o uso de correntes e tensões cada vez maiores, tal
é o valor da potência envolvidas. Não existindo instrumentos de medição e de proteção, de uso prático, que
possam medir diretamente essas tensões e correntes, faz-se necessário um dispositivo que possa “reduzir”,
tantas vezes quanto necessário, os altos valores a serem medidos até se adequarem aos níveis (tensão e corrente)
dos instrumentos de medição e proteção. Ao mesmo tempo, este dispositivo deverá “isolar” os instrumentos de
medidas e de proteção (os quais operam em níveis de isolamento baixos) das altas tensões existentes nos
sistemas a serem medidos ou protegidos. O dispositivo em questão é o transformador para instrumentos.
Página: 78
SUBESTAÇÕES
Página: 79
SUBESTAÇÕES
N1 I 2
N1 I1 = N 2 I 2 (equação 7), ou ainda: = (equação 8).
N 2 I1
Ao se fazer tal aproximação, depara-se com o transformador de corrente ideal. Para defini-lo melhor,
deve-se compreender as definições das seguintes grandezas:
É a que se especifica, ou seja: É a relação da corrente nominal primária para a corrente nominal
I
secundária. É um dado de placa. K c = 1n (equação 9).
I 2n
21.1.2. RELAÇÃO DE ESPIRAS.
É aquela que o transformador efetivamente fornece. De outro modo: “É a relação da corrente primária
I
para a corrente secundária, sendo ambas, medidas em termos de valores eficazes”: K r = 1 (equação 11).
I2
Em posse do significado dessas grandezas pode-se definir o transformador ideal: “ É o transformador
no qual, o número que mede a relação nominal, relação de espiras e relação efetiva, é o mesmo “. Analisando
as equações 7 e 8 verifica-se que as correntes primária e secundária são inversamente proporcionais ao
respectivo número de espiras. Da suposição feita acima pode-se concluir que a relação de
transformação será grandemente influenciada pela corrente de excitação, o que, provocará um “ erro
de relação “ e, ao mesmo tempo, um “ erro de fase “, como pode ser observado no diagrama fasorial
mostrado na figura 21.01.03.01. A figura 21.01.03.01 mostra o diagrama fasorial de um TC.
O TC introduz 2 (dois) erros a saber:
Como pode ser notado no diagrama fasorial, figura 21.01.03.01, a corrente primária I1 é defasada da
corrente secundária I2 por um ângulo de 180 o ± β . O ângulo de 180o é compensado pela marcação correta da
polaridade do TC, como mostra o diagrama da figura 21.01.03.01, e o ângulo ± β se constitui no erro de fase do
transformador, devido a corrente de excitação I0. O ângulo β será positivo quando a corrente secundária reversa
(-I2) for adiantada da corrente primária I1, e será negativo quando a corrente secundária reversa (-I2) for atrasada
da corrente primária I1.
Página: 80
SUBESTAÇÕES
Os erros de fase e de relação não são valores fixos em um dado TC, dependem da corrente primária,
freqüência, forma de onda da corrente primária e carga secundária incluindo os cabos secundários. Sob
condições normais, onde a freqüência e a forma de onda da corrente primária são praticamente constantes, tais
erros dependem principalmente da corrente primária e da carga secundária incluindo o efeito dos cabos
secundários. Definiremos agora o que vem a ser “fator de correção de transformação” de um TC (FCTc).
É definido como sendo o fator pelo qual se deve multiplicar a leitura indicada por um wattímetro, cuja
bobina de corrente é alimentada através do referido TC, para corrigir o efeito combinado do fator de correção da
relação FCRc e do ângulo de fase β. Da ABNT-EB-251, item 4.3..1.2.1, transcrevemos as duas normas seguintes:
21.1.5.1. NOTA 1
Os limites do fator de correção da transformação (FCTc) podem ser considerados os mesmos limites do
fator de correção da relação (FCRc), quando o fator de potência da carga é unitário, visto que, nestas condições, o
ângulo de fase (β) do TC, por ser pequeno, não introduz erro significativo.
21.1.5.2. NOTA 2
Para qualquer fator de correção da relação (FCRc) conhecido de um TC, os valores limites positivo e
negativo do ângulo de fase (β) em minutos são expressos por: β = 2600 . (FCRc - FCTc) (equação 14). Sendo o
fator de correção da transformação como os valores mínimo o máximo do fator de correção da transformação
(FCTc) deste transformador. De posse de todos esses conceitos pode-se agora definir o TC.
Segundo a ABNT as correntes primárias nominais e as relações nominais são as especificadas na tabela
21.01.06.01. As relações nominais são baseadas na corrente secundária nominal de 5 A. Segundo a norma ANSI
as correntes primárias nominais e as relações nominais são especificadas nas Tabelas 21.01.06.02 e 21.01.06.03.
Página: 81
SUBESTAÇÕES
PARA TCs MULTI-RELAÇÃO DO TIPO BUCHA Segundo as normas da ABNT e ANSI (Tabelas
RELAÇÃO DE
TAPS
RELAÇÃO DE
TAPS
21.01.06.01, 21.01.06.02 e 21.01.06.03), os TCs, para
CORRENTES
SECUNDÁRIO
CORRENTES
SECUNDÁRIO serviços de medição, devem ser selecionados de modo que a
(A) (A)
corrente de serviço esteja compreendida entre 10% e 100%
600:05:00 2.000:5 da corrente nominal primária. Vide paralelogramos de
50:05:00 x2-x3 300:05:00 x3-x4 limite da classe de exatidão nominal anexos. (figuras
100:05:00 x1-x2 400:05:00 x1-x2
150:05:00 x1-x3 500:05:00 x4-x5
21.01.02, 21.01.03 e 21.01.04).
200:05:00 x4-x5 800:05:00 x2-x3
250:05:00 x3-x4 1.100:5 x2-x4 21.1.7. NÍVEL DE ISOLAMENTO
300:05:00 x2-x4 1.200:5 x1-x3
400:05:00 x1-x4 1.500:5 x1-x4
450:05:00 x3-x5 1.600:5 x2-x5 É definido com base na classe de tensão de serviço
500:05:00 x2-x5 2.000:5 x1-x5 no circuito no qual o TC será conectado. Deve-se considerar
600:05:00 x1-x5 3.000:5
a tensão máxima de serviço. Cuidados especiais devem ser
1.500:5 x2-x3
2.000:5 x2-x4
tomados quanto à classe de isolamento. É sabido que o
1.200:5 3.000:5 x1-x4 custo é função direta da classe de tensão de isolamento
100:05:00 x2-x3 4.000:5 nominal.
200:05:00 x1-x2
300:05:00 x1-x3 2.000:5 x1-x2
21.1.8. FREQÜÊNCIA NOMINAL
400:05:00 x4-x5 3.000:5 x1-x3
500:05:00 x3-x4 4.000:5 x1-x4
600:05:00 x2-x4 As freqüências nominais para os TCs são 50 e/ou
800:05:00 x1-x4 5.000:5 60 Hz.
900:05:00 x3-x4
1.000:5 x2-x5 3.000:5 x1-x2
1.200:5 x1-x5 4.000:5 x1-x3 21.1.9.CARGA NOMINAL
5.000:5 x1-x4
TABELA 21.01.06.3 Todas as considerações sobre a classe de exatidão
dos transformadores de corrente, que veremos adiante, estão
condicionados ao conhecimento das cargas dos mesmos. As publicações dos fabricantes fornecem as cargas dos
reles, medidores, etc., que somadas às impedâncias dos cabos secundários, representarão a carga total do TC. De
uma maneira geral, a carga do TC diminui a medida que aumenta a corrente secundária to TC, devido à saturação
dos circuitos magnéticos dos reles, medidores e outros instrumentos. Segundo a ABNT as cargas nominais são
designadas pela letra “C” seguida pelo número de volt-amperes em 60 Hz, com corrente nominal 5 A e fator de
CARGAS NOMINAIS PARA TC potência normalizado conforme
CARGAS NOMINAIS CARACTERÍSTICAS A 60 Hz E 5 A Tabela 21.01.09.01.
POTÊNCIA FATOR DE RESISTÊNCIA INDUTÂNCIA IMPEDÂNCIA Para seleção da carga nominal de
DESIGNAÇÃO
APARENTE (VA) POTÊNCIA EFETIVA (a) (Mh) (a)
(1) (2) (3) (4) (5) (6)
um transformador de corrente
C 2,5 2,5 0,9 0,09 0,116 0,1 destinados à medição ou à
C 5,0 5 0,9 0,18 0,232 0,2 proteção, somam-se as potências
C 12,5 12,5 0,9 0,45 0,58 0,5 consumidas pelos instrumentos de
C 25 25 0,5 0,5 2,3 1
C 50 50 0,5 1 4,6 2
medição ou de proteção a serem
C 100 100 0,5 2 9,2 4 ligados no seu secundário. Quando
C 200 200 0,5 4 18,4 8 necessário, considera-se também
T A B E L A 21.01.09.1 as potências consumidas pelas
conexões e cabos secundários.
Página: 82
SUBESTAÇÕES
Especial atenção deve ser dada a esse item. É de primordial importância para a correta especificação do
TC. Os TCs, são agrupados em duas classes distintas:
1. TCs para serviço de medição
2. TCs para serviço de proteção
É importante que esses transformadores retratem fielmente a corrente a ser medida. É imprescindível,
que apresentem erros de fase e de relação mínimos dentro de suas respectivas classes de exatidão. Segundo as
normas ABNT e ANSI, os transformadores de corrente devem manter sua exatidão na faixa de 10 a 100% da
corrente nominal. Em caso de curto-circuito, não há necessidade que a corrente seja transformada com exatidão.
É vantajoso que em condições de curto-circuito, o transformador sature, proporcionando assim, um auto de
proteção aos equipamentos de medição conectados no secundário. As figuras 21.01.15.01, 21.01.15.02 e
21.01.15.03, mostram os paralelogramos de exatidão definidos para cada uma das classes. Considera-se que o
TC para serviço de medição, está dentro de sua classe de exatidão, quando o ponto determinado pelo erro de fase
e pelo FCRc estiver dentro do paralelogramo de exatidão.
Para serviço de medição, indica-se a classe de exatidão seguida do símbolo da maior carga nominal com
a qual se verifica essa classe de exatidão. Cada enrolamento secundário deverá ser indicado com todas as suas
classes de exatidão com as cargas nominais correspondentes.
Exemplo: x:0,3-C12,5 - segundo norma ABNT 0,3B-0,5 - segundo norma ANSI
Para acontecer que o TC tenha diferentes classes de exatidão, para diferentes cargas. Nestas condições,
estas classes deverão ser indicadas da seguinte maneira: x: 0,6-C2,5:1,2-C12,5. A seleção da classe de exatidão
é função direta da aplicação a que se destina o TC. É APLICAÇÕES TÉCNICAS
importante considerar, que tanto o TC como os CLASSE DE
APLICAÇÃO
instrumentos de medição devam possuir uma classe de PRECISÃO
exatidão, se não igual, porém compatíveis. 0,3
Medidas em laboratório. Medidas de potência e energia
e
para fins de faturamento.
0,6
21.1.10.1.2. APLICAÇÕES TÍPICAS Alimentação usual de:
, Amperímetros;
21.1.10.1.2.1. OBSERVAÇÕES 1,2 , wattímetro;
, Medidas de kWh;
, Fasímetros, etc.
1. É também normalizada a classe de exatidão
T A B E L A 21.01.10.01.02.1
3, sem limitação do ângulo de fase. Por não
ter limitação do ângulo de fase, esta classe
de exatidão não deve ser usada em serviço de medição de potência ou de energia. No caso de um
TC para serviço de medição com classe de exatidão 3, considera-se que ele está dentro de sua
classe de exatidão, em condições especificadas, quando nestas condições, o fator de correção de
relação estiver entre os limites 1,03 e 0,97.
2. Todo TC para serviço de medição, com um único enrolamento secundário e com classes de
exatidão 0,3 ou 0,6 ou 1,2, deve estar dentro da sua classe de exatidão para todos os valores de
fator de potência indutivo da carga medida no primário do TC compreendidos entre 0,6 e 1,0, uma
vez que estes limites definem o traçado dos paralelogramos das figuras 21.01.15.01, 21.01.15.02 e
21.01.15.03.
Página: 83
SUBESTAÇÕES
De acordo com a ABNT, os TCs para serviço de reles são classificados, quanto à impedância, nas duas
classes seguintes:
1. Transformador classe B - é um TC cujo enrolamento secundário apresenta reatância desprezível.
Nesta classe se enquadram os transformadores com núcleo rotoidal, com o enrolamento secundário
uniforme distribuído sobre o mesmo.
2. Transformador classe A - é um TC cujo enrolamento secundário apresenta reatância que não pode
ser desprezada. Nesta classe se enquadram todos os TCs, exceto os que são definidos como classe
B.
O método de seleção da classe de exatidão considera que o TC está fornecendo à carga uma corrente
igual ao produto de sua corrente nominal pelo fator de sobre-corrente nominal (F5; F10; F15 - somente para a
classe B - é F20) e o TC é classificado na base do valor máximo da tensão eficaz, que o mesmo pode manter no
seu secundário sem prejuízo da sua exatidão. Os TCs para serviço de reles da classe A, devem estar dentro da sua
classe de exatidão para tensões secundárias e cargas especificadas nas tabelas 21.01.16.01 e 21.01.16.02 e nas
figuras 21.01.16.01 e 21.01.16.02. Os TCs para serviço de reles, da classe B, devem estar dentro da sua classe de
exatidão, para tensões secundárias e cargas especificadas nas tabelas 21.01.16.03 e 21.01.16.04 e nas figuras
21.01.16.03 e 21.01.16.04.
1. Transformador para proteção, classe baixa impedância, com classe de exatidão nominal 2,5, com
fator de sobre-corrente nominal igual a 10 e uma carga de 100 VA, seria designado por:
B2,5F10C100.
Página: 84
SUBESTAÇÕES
2. Transformador para proteção, classe alta impedância, com classe de exatidão igual a 10, com fator
de sobre-corrente nominal igual a 20 e com carga de 50 VA, seria designado por: A10F20C50.
De acordo com a ANSI, na antiga denominação ANSI teríamos para os dois exemplos o seguinte: 2,6 L
400 e 10 H 200. Notar que a letra L é abreviatura de “LOW” que significa BAIXA e H é abreviatura de
“HIGH” que significa ALTA. Segundo esta norma a especificação da carga é indireta, pela especificação da
tensão secundária máxima admissível para a classe de exatidão. O fator de sobre-corrente, é sempre considerado
igual a 20. Na moderna denominação ANSI teríamos para os dois exemplos o seguinte: 10 c 400 e 10 T 200.
Observação: Atualmente a ANSI não normatiza mais a classe 2,5 e substitui as letras L por C e H por T.
É o fator empregado em transformadores de corrente para serviço de proteção. É expresso pela relação
entre a máxima corrente com a qual o transformador mantém sua classe de exatidão e a corrente nominal.
Segundo a ABNT este fator pode ser 5, 10, 15 (somente para a classe B) ou 20 e segundo a ANSI, igual a 20.
É o fator pelo qual deve ser multiplicada a corrente nominal primária de um TC, para se obter a corrente
primária máxima que o transformador deve suportar, em regime permanente, operando em condições normais,
sem exceder os limites de temperatura especificados para sua classe de isolamento. Segundo a ABNT este fator
pode ser 1,0; 1,20; 1,30; 1,50 e 2,0.
Página: 85
SUBESTAÇÕES
LIMITAÇÕES DE CARGA E TENSÕES SECUNDÁRIAS DE TC PARA SERVIÇO DE RELÉS DA CLASSE "A" COM FREQUÊNCIA NOMINAL DE 60 Hz
DESIGNAÇÃO DA CORRENTE CORRENTE DESIGNAÇÃO DA CORRENTE CORRENTE DESIGNAÇÃO DA CORRENTE
CLASSE DE SECUNDÁRIA DE 5A SECUNDÁRIA DE CLASSE DE SECUNDÁRIA DE 5A SECUNDÁRIA DE CLASSE DE SECUNDÁRIA DE 5A
EXATIDÃO ATÉ 25A 25A ATÉ 100A EXATIDÃO ATÉ 25A 25A ATÉ 50A EXATIDÃO ATÉ 25A
A A A A A A
TENSÃO CARGA TENSÃO CARGA TENSÃO CARGA TENSÃO CARGA TENSÃO CARGA
2,5 10 2,5 10 2,5 10
SECUND. MÁXIMA SECUND. MÁXIMA SECUND. MÁXIMA SECUND. MÁXIMA SECUND. MÁXIMA
F F F F F F
(V) (VA) (V) (VA) (V) (VA) (V) (VA) (V) (VA)
20 20 10 10 5 5
C 12,5 2,0 x is 2 50 50/is C 12,5 2,0 x is 2 50 50/is C 12,5 2,0 x is 2,0
C 25 4,0 x is 4 100 100/is C 25 4,0 x is 4 100 100/is C 25 4,0 x is 4,0
C 50 8,0 x is 8 200 200/is C 50 8,0 x is 8 200 200/is C 50 8,0 x is 8,0
C 100 16,0 x is 16 400 400/is C 100 16,0 x is 16 400 400/is C 100 16,0 x is 16,0
C 200 32,0 x is 32 800 800/is C 200 32,0 x is 32 800 800/is C 200 32,0 x is 32,0
is = Corrente Secundária em Ampères.
TABELA 21.01.16.01
Página: 86
SUBESTAÇÕES
LIMITAÇÕES DE CARGA E TENSÕES SECUNDÁRIAS DE TC PARA SERVIÇO DE RELÉS DA CLASSE "A" COM FREQUÊNCIA NOMINAL DE 50 Hz
DESIGNAÇÃO DA CORRENTE CORRENTE DESIGNAÇÃO DA CORRENTE CORRENTE DESIGNAÇÃO DA CORRENTE
CLASSE DE SECUNDÁRIA DE 5A SECUNDÁRIA DE CLASSE DE SECUNDÁRIA DE 5A SECUNDÁRIA DE CLASSE DE SECUNDÁRIA DE 5A
EXATIDÃO ATÉ 25A 25A ATÉ 100A EXATIDÃO ATÉ 25A 25A ATÉ 50A EXATIDÃO ATÉ 25A
A A A A A A
TENSÃO CARGA TENSÃO CARGA TENSÃO CARGA TENSÃO CARGA TENSÃO CARGA
2,5 10 2,5 10 2,5 10
SECUND. MÁXIMA SECUND. MÁXIMA SECUND. MÁXIMA SECUND. MÁXIMA SECUND. MÁXIMA
F F F F F F
(V) (VA) (V) (VA) (V) (VA) (V) (VA) (V) (VA)
20 20 10 10 5 5
C 12,5 1,86 x is 1,86 46,5 46,5/is C 12,5 1,86 x is 1,86 46,5 46,5/is C 12,5 1,86 x is 1,86
C 25 3,72 x is 3,72 93 93/is C 25 3,72 x is 3,72 93 93/is C 25 3,72 x is 3,72
C 50 7,44 x is 7,44 186 186/is C 50 7,44 x is 7,44 186 186/is C 50 7,44 x is 7,44
C 100 14,88 x is 14,88 372 372/is C 100 14,88 x is 14,88 372 372/is C 100 14,88 x is 14,88
C 200 29,76 x is 29,76 741 741/is C 200 C 200 29,76 x is 29,76
is = Corrente Secundária em Ampères.
TABELA 21.01.16.02
LIMITAÇÕES DE CARGA E TENSÕES SECUNDÁRIAS DE TC PARA SERVIÇO DE RELÉS DA CLASSE "A" COM FREQUÊNCIA NOMINAL DE 60 Hz
DESIGNAÇÃO DA CORRENTE DESIGNAÇÃO DA CORRENTE DESIGNAÇÃO DA CORRENTE DESIGNAÇÃO DA CORRENTE
CLASSE DE SECUNDÁRIA DE 5A CLASSE DE SECUNDÁRIA DE 5A CLASSE DE SECUNDÁRIA DE CLASSE DE SECUNDÁRIA DE 5A
EXATIDÃO ATÉ 100A EXATIDÃO ATÉ 75A EXATIDÃO 25A ATÉ 50A EXATIDÃO ATÉ 25A
FATOR DE SOBRE-CORRENTE F20 FATOR DE SOBRE-CORRENTE F15 FATOR DE SOBRE-CORRENTE F10 FATOR DE SOBRE-CORRENTE F5
B B B B B B A A
TENSÃO CARGA TENSÃO CARGA TENSÃO CARGA TENSÃO CARGA
2,5 10 2,5 10 2,5 10 2,5 10
SECUND. MÁXIMA SECUND. MÁXIMA SECUND. MÁXIMA SECUND. MÁXIMA
F F F F F F F F
(V) (VA) (V) (VA) (V) (VA) (V) (VA)
20 20 15 15 10 10 5 5
C 12,5 0,5 x is 0,5 C 12,5 0,5 x is 0,5 C 12,5 0,5 x is 0,5 C 12,5 0,5 x is 0,5
C 25 1,0 x is 1,0 C 25 1,0 x is 1,0 C 25 1,0 x is 1,0 C 25 1,0 x is 1,0
C 50 2,0 x is 2,0 C 50 2,0 x is 2,0 C 50 2,0 x is 2,0 C 50 2,0 x is 2,0
C 100 4,9 x is 4,0 C 100 4,9 x is 4,0 C 100 4,9 x is 4,0 C 100 4,9 x is 4,0
C 200 8,0 x is 8,0 C 200 8,0 x is 8,0 C 200 8,0 x is 8,0 C 200 8,0 x is 8,0
16,0
32,0
is = Corrente Secundária em Ampères.
TABELA 21.01.16.03
Página: 87
SUBESTAÇÕES
LIMITAÇÕES DE CARGA E TENSÕES SECUNDÁRIAS DE TC PARA SERVIÇO DE RELÉS DA CLASSE "A" COM FREQUÊNCIA NOMINAL DE 60 Hz
DESIGNAÇÃO DA CORRENTE DESIGNAÇÃO DA CORRENTE DESIGNAÇÃO DA CORRENTE DESIGNAÇÃO DA CORRENTE
CLASSE DE SECUNDÁRIA DE 5A CLASSE DE SECUNDÁRIA DE 5A CLASSE DE SECUNDÁRIA DE CLASSE DE SECUNDÁRIA DE 5A
EXATIDÃO ATÉ 100A EXATIDÃO ATÉ 75A EXATIDÃO 25A ATÉ 50A EXATIDÃO ATÉ 25A
FATOR DE SOBRE-CORRENTE F20 FATOR DE SOBRE-CORRENTE F15 FATOR DE SOBRE-CORRENTE F10 FATOR DE SOBRE-CORRENTE F5
B B B B B B A A
TENSÃO CARGA TENSÃO CARGA TENSÃO CARGA TENSÃO CARGA
2,5 10 2,5 10 2,5 10 2,5 10
SECUND. MÁXIMA SECUND. MÁXIMA SECUND. MÁXIMA SECUND. MÁXIMA
F F F F F F F F
(V) (VA) (V) (VA) (V) (VA) (V) (VA)
20 20 15 15 10 10 5 5
C 12,5 0,465 x is 0,465 C 12,5 0,465 x is 0,465 C 12,5 0,465 x is 0,465 C 12,5 0,465 x is 0,465
C 25 0,930 x is 0,930 C 25 0,930 x is 0,930 C 25 0,930 x is 0,930 C 25 0,930 x is 0,930
C 50 1,860 x is 1,860 C 50 1,860 x is 1,860 C 50 1,860 x is 1,860 C 50 1,860 x is 1,860
C 100 3,720 x is 3,720 C 100 3,720 x is 3,720 C 100 3,720 x is 3,720 C 100 3,720 x is 3,720
C 200 7,440 x is 7,440 C 200 7,440 x is 7,440 C 200 7,440 x is 7,440 C 200 7,440 x is 7,440
C 400 14,880 x is 14,880 C 400 14,880 x is 14,880
C 800 29,760 x is 29,760
is = Corrente Secundária em Ampères.
TABELA 21.01.16.04
Página: 87
SUBESTAÇÕES
É a que se especifica (relação nominal indicada pelo fabricante na placa do TP), sendo a relação da
U
tensão nominal primária para tensão nominal secundária: K p = 1n (equação 15).
U 2n
É aquela que o transformador efetivamente fornece. É a relação da tensão primária para a tensão
U
secundária: K r = 1 (equação 17).
U2
Página: 88
SUBESTAÇÕES
Como já dissemos, as correntes I0 e I2 causam quedas de tensões internas nos TPs. Estas quedas
de tensões são responsáveis pelo erro de relação. Para a correção do erro de relação definiremos agora o
K
que vem a ser o “fator de correção da relação”: FCR p = r (equação 18), sendo como já visto, Kr =
Kp
relação real do TP, e Kp = relação nominal do TP.
Portanto, o fator de correção de relação é o fator pelo qual deve ser multiplicada a relação nominal Kp
do TP para se obter a relação Kr. O erro de relação percentual fica sendo: ∈ rel. % = 100 (FCRp - 1)
(equação 19).
Como pode ser notado no diagrama fasorial, figura 21.02.02, a tensão U1 é defasada da tensão
secundária U2 por um ângulo de 180o ± α . O ângulo de 180o é compensado pela marcação correta da polaridade
do TP, como mostra o diagrama da figura 21.02.01, e o ângulo ± α se constitui no erro de fase do TP. O ângulo
α será positivo quando a tensão secundária reversa (-U2) for adiantada da tensão primária U1 , e será negativo
quando a tensão secundária (-U2) for atrasada da tensão primária U1. Os erros de relação e de fase não são
valores fixo em um dado TP, pois variam com a carga secundária, tensão primária, freqüência, forma de onda da
tensão primária é efeito dos casos secundários. Sob condições comuns, onde tensão primária, freqüência e forma
de onda da tensão são praticamente constantes, tais erros dependem principalmente da carga secundária e do
efeito dos cabos secundários. Definiremos agora o que vem a ser “fator de correção de transformação” de um
TP (FCTp).
É definido como sendo o fator pelo qual se deve multiplicar a leitura indicada por um wattímetro, cuja
bobina de potencial é alimentada através do referido TP, para corrigir o efeito combinado do fator de correção de
relação FCRp e do ângulo de fase. Da ABNT-EB-251, item 3.2.1.1, transcrevemos as suas notas seguintes:
NOTAS:
1. Os limites de correção da transformação (FCTp) podem ser considerados iguais aos limites do fator
de correção da relação (FCRp), quando o fator de potência da carga é unitário visto que nestas
condições, o ângulo de fase (α) to TP, por ser pequeno, não introduz erros significativos.
2. Para qualquer fator de correção da relação (FCRp) conhecido de um TP, o valor limite positivo ou
negativo do ângulo de fase (α) em minutos é expresso por: α = 2600 x (FCTp - FCRp).
Sendo FCTp os valores máximo e mínimo do fator de correção da transformação desse
transformador.
Segundo a ABNT-EB-251, os valores nominais que caracterizam um TP, são:
1. Tensão primária nominal e relação nominal
2. Nível de isolamento
3. Freqüência nominal
4. Carga nominal
5. Classe de exatidão
6. Potência térmica nominal
Página: 89
SUBESTAÇÕES
A tensão normalizada é selecionada para uma tensão igual ou imediatamente superior à tensão de
serviço. Veja a seguir, a Tabela 21.02.06.01.
A seleção da classe de tensão de isolamento de um TP, depende da máxima tensão de linha do circuito.
A Tabela 21.02.07.01, a seguir, apresenta as correspondências entre as classes de tensão de isolamento e as
tensões de linha, segundo a ABNT.
Página: 90
SUBESTAÇÕES
É a potência aparente em VA, indicada na placa do transformador, com a qual o mesmo não ultrapassa
os limites de sua classe de exatidão. As cargas nominais estão apresentadas nas tabelas 21.02.10.01 e
21.02.10.02, segundo a ABNT e ANSI, respectivamente. Para determinação da carga nominal de um TP, basta
somar todas as potências absorvidas por cada um dos instrumentos conectados no seu secundário (reles,
medidores, voltímetros, etc.).
Os TPs são enquadrados em uma das seguintes classes de exatidão: 0,3; 0,6; 1,2.
Tanto pela norma ABNT quanto ANSI cada classe de exatidão engloba uma faixa de erro de relação e
erro de fase. Considera-se que um TP está dentro de sua classe de exatidão em condições específicas quando,
nestas condições, o ponto determinado pelo fator de correção da relação (FCRp) e pelo ângulo de fase (α) estiver
dentro do “paralelogramo de exatidão”, especificado na figura 21.02.10.01.
Observações:
1. É também normalizada a classe de exatidão 3 sem limitação do ângulo
de fase.
2. Por não ter limitação de ângulo de fase, esta classe de exatidão não
deve ser usada em serviço de medição de potência ou energia.
3. No caso de um TP com classe de exatidão 3, considera-se que ele está
dentro de uma classe de exatidão em condições especificadas quando, nestas
condições, o fator de correção da relação estiver entre os limites 1,03 e 0,97.
4. Todo TP com um único enrolamento secundário deve estar dentro de
sua classe de exatidão nas seguintes condições:
5. Para tensão compreendida na faixa de 90% a 100% da tensão nominal,
com freqüência nominal.
6. Para todos os valores de carga, desde em vazio até a carga nominal
especificada, mantido o fator de potência.
7. Para todos os valores de fator de potência indutivo da carga medido no
primário do transformador, compreendido entre 0,6 e 1,0, uma vez que estes limites
definem o traçado dos paralelogramos na figura 21.02.10.01.
8. Num TP com vários enrolamentos secundários cada um destes
enrolamentos deve estar dentro da classe de exatidão correspondente, nas condições
especificadas no item 2, destas observações, seja com os outros enrolamentos em
vazio, seja com os outros enrolamentos com carga nominal.
CARGAS NOMINAIS PARA TP
Características
Potência Aparente ( ) . ( )
Tensão Secundária Nominal 115V Tensão Secundária Nominal 115 / 2 V
Símbolo
60 Hz Fator de 50 Hz Fator de
Resistência (W) Indutância (mH) Resistência (W) Indutância (mH)
Potência 0,75 Potência 0,806
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7)
P12,5 793,60 1.857,200 264,50 619,070 12,5 13,43
P25 396,80 928,600 132,25 309,530 25,0 26,86
P50 198,40 464,300 66,13 154,770 50,0 53,78
P100 99,20 232,150 33,06 77,383 100,0 107,44
P200 49,60 116,080 16,53 38,693 200,0 214,88
P400 24,80 58,040 8,26 19,346 400,0 429,76
As características a 60 Hz e 120 V são válidas para tensões secundárias entre 100 e 120 V, e as características a 60 Hz e 69,3 V são
válidas para tensões secundárias entre 58 e 75 V. Em tais condições as potências aparentes serão diferentes das especificadas.
Tabela 21.02.10.01
Página: 91
SUBESTAÇÕES
exatidão do transformador.
Página: 92
SUBESTAÇÕES
r r Z × Zb r
U 2 = U1 − a × I (equação 22).
Z a + Zb
A equação 22 é claramente representada pelo diagrama
equivalente da figura 21.03.02.02. O diagrama pode ser simplificado como
na figura 21.03.02.03. Admitindo que Za e Zb tem iguais ângulos, a
capacitância Ce na figura 21.03.02.03 é a soma das capacitâncias
componentes Ca e Cb. A tensão U1 é a tensão sem carga, determinada
C
somente pelas capacitâncias Ca e Cb: U 1 = × U (equação 23).
Ca + Cb
A equação 21 pode ser escrita na forma: U 2 = U 1 − Z e × I (equação 24).
A figura 21.03.02.04 mostra o diagrama fasorial do circuito. Na prática as perdas
nos capacitores são muito pequenas e podem ser
desprezadas (o ângulo de fase para a impedância Za
e Zb é muito próximo de 90o, desviando desse valor
por cerca de 10 minutos). Portanto a queda de tensão Ze x I será puramente
capacitiva, o que ocorre normalmente; verificamos que a tensão U2 aumenta com a
corrente I e está adiantada da tensão primária U de um ângulo α:
U 2 = U1 − Ze × I .
Página: 93
SUBESTAÇÕES
Página: 94
SUBESTAÇÕES
O erro de relação ε0 pode ser corrigido através da relação de espiras do transformador. Para assegurar
que o erro de ângulo de fase α0 seja conservado, em limites razoáveis é essencial que a maior parte da indutância
de compensação esteja no circuito primário do transformador.
Consideremos o DCP da figura 21.03.04.02.01 com uma carga de impedância Z a qual consome a
corrente I e a potência aparente S. A relação entre a tensão primária U e a tensão secundária U2 é dada pela
r Zm Cb r Z ⋅ (Z1 + Z 2 ) r
equação: U 2 = ⋅ ⋅ U − Z 2 + m ⋅ I (Equação 27).
Z m + Z e + Z1 Ca + Cb Z m + Z1 + Z e
1
42r4 3
U1
1444 42 r
4 44 43
U 20
21.3.5 - CONCLUSÕES
21.3.6 – ILUSTRAÇÕES
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SUBESTAÇÕES
Página: 96
SUBESTAÇÕES
21.3.6.1 – OBSERVAÇÃO
A parte indutiva dos divisores capacitivos de potencial tem os ensaios e verificações conforme
descritos, porém na sua coluna capacitiva são realizados os seguintes ensaios tanto na recepção ou na troca e
manutenção preventiva de 3 (três) em 3 (três) anos:
1. Ensaio de isolação com corrente alternada.
2. Ensaio de capacitância da coluna capacitiva.
21.5 - B I B L I O G R A F I A
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