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CURSO ON-LINE – DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PROFESSOR: EDVALDO NILO

Aula 3 – Tributo: conceito e espécies. Diversas classificações


dos Tributos. Taxa. Contribuição de Melhoria. Empréstimo
Compulsório - (aula atualizada até 09/09).

Olá, meus amigos (as).

Estão gostando do curso?

Qualquer sugestão ou crítica construtiva pode ser enviada


também para ednilo@pontodosconcursos.com.br.

Também temos o nosso fórum de aula. Estou me esforçando e


muito para que as nossas aulas possam contribuir para o nosso
objetivo: pontuação máxima em direito e processo tributário!

Então, vamos para o sumário de hoje.

Registramos a divisão do sumário em cinco capítulos, a saber:

Capítulo I Introdução geral


Sumário • 1. Natureza jurídica do tributo: 1.1 Base de
cálculo; 1.2 Destinação legal do produto da arrecadação –
2. Função socioeconômica dos tributos – 3. Direito
Tributário material e direito tributário formal.

Capítulo II Classificações no Direito Tributário


Sumário • 1. Introdução – 2. Classificação das espécies
tributárias – 3. Classificação quanto à natureza da
hipótese de incidência ou fato gerador – 4. Classificação
quanto ao destino da arrecadação – 5. Classificação
quanto à base econômica de incidência – 6. Classificação
quanto à forma de percepção: tributo direto e trib-
uto indireto – 7. Classificação quanto aos aspectos
objetivos e subjetivos da hipótese de incidência: tributos
reais e tributos pessoais – 8. Classificação quanto à
finalidade ou função dos tributos: tributos fiscais,
tributos extrafiscais e tributos parafiscais –
9. Classificação quanto à alíquota do tributo ou forma de
quantificação: tributos fixos, tributos proporcionais, tributos
progressivos e tributos regressivos – 10. Classificação
simples da receita pública: receita originária e receita
derivada.

Capítulo III Taxas


Sumário • 1. Considerações gerais – 2. Taxa de polícia – 3.
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Taxa de serviços – 4. Base de cálculo das taxas – 5. Taxas x


Preço Público x Tarifas x Pedágio.

Capítulo IV Contribuição de Melhoria

Capítulo V Empréstimo compulsório

CAPÍTULO I INTRODUÇÃO GERAL

Sumário • 1. Natureza jurídica do tributo: 1.1 Base de cálculo; 1.2


Destinação legal do produto da arrecadação – 2. Função
socioeconômica dos tributos – 3. Direito Tributário material e direito
tributário formal.

1. NATUREZA JURÍDICA DO TRIBUTO

O art. 4º do CTN estabelece que a natureza jurídica específica


do tributo deve ser verificada pelo fato gerador da respectiva
obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la a denominação e
demais características formais adotadas pela lei e a destinação legal
do produto da sua arrecadação.

No concurso do CESPE para Advogado/SERPRO/2010 foi considerado


errado: “A destinação legal do produto da arrecadação de
determinado tributo é imprescindível para qualificar sua natureza
jurídica”. Do mesmo modo, no concurso do CESPE para
Consultor/ES/2010 foi adotado como correto: “Se dois tributos
tiverem o mesmo fato gerador, embora um deles seja denominado
taxa, e o outro, imposto, um deles estará com uma incorreta
atribuição de natureza jurídica específica”.

Fato gerador (in abstrato) significa a hipótese prevista em lei,


cuja ocorrência faz surgir à obrigação tributária, por isso também é
denominado de hipótese de incidência. Por exemplo, o fato
gerador do imposto sobre renda (IR) é a aquisição da disponibilidade
econômica ou jurídica de renda ou de proventos de qualquer
natureza, previsto no art. 43, incisos I e II, do CTN.

De tal modo, com fundamento apenas no art. 4º, do CTN,


você já responde diversas questões, a saber:

1. “A natureza jurídica específica do tributo é


determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação,
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sendo irrelevantes para qualificá-la: (a) a denominação e


demais características formais adotadas pela lei; (b) a
destinação legal do produto da sua arrecadação”
(ESAF/AFTM-FORTALEZA 2003).

2. “O que determina a natureza jurídica de um tributo é o


fato gerador da respectiva obrigação, independentemente
de sua denominação e da destinação legal do produto de
sua arrecadação” (ESAF/AFTM/NATAL/2008).

3. “Para conhecimento da natureza específica das


diversas espécies tributárias previstas no Sistema
Tributário Nacional, é essencial o exame do fato gerador
da respectiva obrigação, tendo em vista que, à luz do
Código Tributário Nacional, a natureza jurídica específica
do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva
obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: a
denominação e demais características formais adotadas
pela lei e a destinação legal do produto da sua
arrecadação” (ESAF/PROCURADOR DE FORTALEZA/2002).

4. A natureza jurídica específica do tributo é determinada


pelo fato gerador da respectiva obrigação
(ESAF/IRB/2004).

5. (ESAF/AFTM/TERESINA/2002) O fato gerador da


obrigação tributária é determinante para o
estabelecimento da natureza jurídica do(da)
a) crédito tributário.
b) lançamento.
c) sujeito passivo.
d) tributo.
e) dívida ativa.

6. (ESAF/AFTE/MS/2001) A natureza jurídica dos tributos


é determinada pela(o)
a) denominação adotada pela lei.
b) compulsoriedade que lhe é inerente.
c) fato gerador da respectiva obrigação.
d) destinação legal do montante arrecadado.
e) adoção estrita do princípio da legalidade.

7. (ESAF/AFTM/Recife/2003) Nos termos do Código


Tributário Nacional, a natureza jurídica específica do
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tributo é determinada:
a) pelos dispositivos da Constituição Federal
que disciplinam as espécies tributárias neles previstas.
b) pela denominação e demais características formais do
tributo, estabelecidas na lei que o institui.
c) pela base de cálculo e a alíquota do tributo, fixadas em
lei.
d) pelo fato gerador da respectiva obrigação.
e) pela destinação constitucionalmente conferida
ao produto da arrecadação do tributo.

8. (ESAF/GESTOR/MG/2005) A natureza jurídica dos


tributos é determinada:
a) pela denominação legal.
b) pelo critério quantitativo da norma que o criou.
c) pela finalidade de sua arrecadação.
d) pelo fato gerador.
e) pela previsão ou não de obrigações acessórias.

9. A denominação e as demais características formais


adotadas pela lei são relevantes para qualificar natureza
jurídica específica do tributo (ESAF/IRB/2004).

As quatro primeiras questões são verdadeiras. A quinta, a


letra correta é a “d”. A sexta é a “c”, a sétima e oitava são “d”. A
nona questão é falsa. Todas estas questões cobraram o aprendizado
literal do art. 4º, do CTN.

1.1 BASE DE CÁLCULO

Por sua vez, salientamos que bancas de concurso podem


aprofundar um pouco mais o tema da classificação das espécies
tributárias e cobrar o conhecimento da relevância da base de
cálculo para identificação da natureza jurídica do tributo.

Assim sendo, o grande valor da base de cálculo para


identificação da natureza jurídica do tributo tem fundamento jurídico
na CF/88, quando dispõe que as taxas não poderão ter base de
cálculo própria de impostos (art. 145, §1º) e que a União poderá
instituir mediante lei complementar, impostos residuais, desde que
sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de
cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição (art. 154, I).

Com efeito, devemos afirmar com tranquilidade que numa


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interpretação conforme a CF/88, a identificação da natureza jurídica


do tributo pode ser realizada pelo binômio: hipótese de incidência
(fato gerador in abstrato) e base de cálculo. A hipótese de incidência
é também chamada de fato gerador in abstrato, porque prevista
abstratamente na lei.

A base de cálculo (também nomeada de base imponível)


serve igualmente para quantificar a grandeza financeira do fato
gerador do tributo, sendo a grandeza numérica estabelecida pela lei
que permite quantificar o valor do tributo a ser recolhido. Neste
sentido, afirmamos que a base de cálculo é o elemento mensurador
do fato gerador do tributo.

Sendo assim, segundo ensinamentos da doutrina, a base de


cálculo possui três funções fundamentais: (a) função
mensuradora, pois quantifica o fato gerador do tributo (“mede as
proporções reais do fato”); (b) função objetiva, porque compõe a
determinação da dívida tributária; (c) função comparativa, eis que
posto em comparação com o fato gerador, é capaz de identificar a
natureza jurídica do tributo.

São exemplos de base de cálculo: o valor da renda auferida, no


caso de imposto sobre a renda de pessoas físicas (IRPF); o valor
venal do imóvel, no caso do imposto sobre a propriedade territorial
urbana (IPTU); o valor venal do veículo automotor, na hipótese do
imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA); o valor
do serviço prestado, no imposto sobre serviços (ISS) etc.

Ademais, registramos a distinção doutrinária tênue entre a base


de cálculo e base calculada. A base de cálculo esta no plano da lei,
prevista no plano abstrato, ou seja, é uma definição ou descrição
legal (mundo do direito). Já a base calculada é a base de cálculo
aplicada no caso concreto, ou seja, é o simples valor em moeda da
base de cálculo numa situação prática (mundo dos fatos). Por
exemplo, a base de cálculo do IPTU é o valor venal do imóvel e,
numa situação concreta (“X”), a base calculada é de R$ 400.000,00.

Importante: De acordo com a interpretação predominante da CF/88,


a fixação da base de cálculo deve sempre ser estabelecida por meio
de lei, sem qualquer tipo de exceção. Decerto, não foram
recepcionados pela CF os arts. 21, 26 e 65 do CTN, no que
estabelecem sobre a competência do Poder Executivo de alterar as
bases de cálculo do imposto sobre importação (II), do imposto sobre
exportação (IE) e dos impostos sobre operações de crédito, câmbio e
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seguro, ou relativas a títulos ou valores imobiliários (IOF), a fim de


ajustá-los aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.
Por exemplo, afirma o STJ que a “instituição ou a fixação da base de
cálculo de tributo, a que se refere o art. 97 do CTN, que explicita o
princípio constitucional da legalidade agasalhado no art. 150, I, da
Constituição, se faz mediante a edição de lei” (AGREsp 465740/MG).

Agora você já pode responder as seguintes questões:

1. “O conhecimento da hipótese de incidência (fato


gerador in abstrato) e da base de cálculo nos coloca em
condições de identificar a estrutura e a natureza de um
determinado tributo” (ICMS/MG/1995).

2. “O Código Tributário Nacional, ao indicar, em seu art.


4º, que a ‘natureza jurídica específica do tributo é
verificada pelo fato gerador da respectiva obrigação’,
revela certa omissão, desconsiderando a importância da
base de cálculo para a identificação da figura tributária”
(ICMS/MG/1995).

3. “A natureza jurídica específica de um tributo é dada


pelo cotejo entre o seu fato gerador e a sua base de
cálculo” (PROCURADOR DO ESTADO/RN/2002).

4. (ESAF/TTN/1997) A natureza jurídica específica do


tributo é determinada
a) pela denominação que lhe dá a lei.
b) pelas características formais adotadas pela lei.
c) pela destinação legal do produto da sua arrecadação.
d) pela competência da pessoa jurídica de direito
público que o instituir.
e) pelo fato gerador e base de cálculo da respectiva
obrigação.

5. Com relação à fixação das bases de cálculo dos tributos


é correto afirmar-se que devem sempre ser estabelecidas
por meio de lei (ESAF/AFTM/TERESINA/2002).

6. Com relação à fixação das bases de cálculo dos tributos


é correto afirmar-se que só podem ser modificadas por lei
complementar ou emenda constitucional
(ESAF/AFTM/TERESINA/2002).

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As três primeiras questões são verdadeiras. A quarta questão


é a letra “e”. A quinta é verdadeira e a sexta é falsa, pois à fixação
das bases de cálculo dos tributos podem ser modificadas por lei
ordinária e não só por lei complementar ou emenda constitucional.

1.2 DESTINAÇÃO LEGAL DO PRODUTO DA ARRECADAÇÃO

Ademais, devemos dizer ainda que algumas questões de


concursos dificultam o tema um pouco mais e exigem do candidato o
conhecimento do posicionamento de parte da doutrina, de que o
critério do fato gerador (art. 4°, caput, do CTN) é insuficiente para a
identificação da natureza jurídica das contribuições especiais e dos
empréstimos compulsórios estabelecidos pela CF/88.

Por exemplo, a contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL)


tem, em princípio, o mesmo fato gerador do imposto de renda das
pessoas jurídicas (IRPJ), que é o lucro auferido, podendo-se perceber
com facilidade que o fato gerador não é suficiente para identificar a
natureza jurídica da CSLL.

Em relação às contribuições especiais e aos empréstimos


compulsórios, destacamos também que a doutrina citada compreende
que a destinação do produto da arrecadação é relevante para
identificar a natureza jurídica destas espécies tributárias, uma vez
que nestes dois tributos a CF/88 afetou a arrecadação a
determinados fins.

Como afirma Misabel Derzi: “A Constituição de 1988, pela


primeira vez, cria tributos finalisticamente afetados, que são as
contribuições e os empréstimos compulsórios, dando à destinação
que lhes é própria relevância, não apenas do ponto de vista do Direito
Financeiro ou Administrativo, mas, igualmente, do Direito
Constitucional Tributário”.

No 15° Concurso para Procurador da República/MPF foi cobrada


seguinte questão discursiva: “No intuito de fixar rigidamente as
competências impositivas tributárias, a Constituição Federal erigiu um
outro componente a conjugar-se com a hipótese de incidência para
melhor definir a natureza jurídica específica do tributo. Indique-o,
exemplificando” (responder em até 20 linhas).

Ademais, alguns autores ainda acrescentam o critério da


restituição do tributo para fins de distinção das espécies

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tributárias. A restituição do tributo apenas acontece com o


empréstimo compulsório.

Para fins de simplificação deste ponto entendemos o seguinte:

• A destinação legal do produto da arrecadação (art. 4°, inc. II,


do CTN) é irrelevante para qualificar o tributo como espécie de
imposto, taxa ou contribuição de melhoria, bastando-se, aqui, o
fato gerador (hipótese de incidência) e a base de cálculo.
• O fato gerador da obrigação tributária (art. 4°, caput, do CTN)
não é critério suficiente para identificar a natureza jurídica das
contribuições especiais e dos empréstimos compulsórios.
• Parte da doutrina entende acertadamente que a CF/88
estabeleceu a relevância da destinação legal do produto da
arrecadação (vinculação da receita) para identificação das
contribuições especiais e dos empréstimos compulsórios, não se
aplicando, neste caso, a regra do art. 4°, inc. II, do CTN. Neste
sentido, encontram-se superados os arts. 4° e 5° do CTN.

Importante: Sempre prestando bastante atenção no enunciado da


questão do concurso, podemos resumir em três hipóteses as
respostas corretas: (a) entendimento literal do art. 4°, inc. I e II, do
CTN; (b) compreensão do mesmo art. 4°, inc. I e II, do CTN,
acrescentando a importância da base de cálculo; (c) entendimento à
luz do que dispõe a CF/88.

No concurso da FUNDAÇÃO UNIVERSA para ADASA/Advogado/2009


foi considerado correto: “As espécies tributárias impostos, taxas e
contribuição de melhoria são definidas pela análise do fato gerador,
sendo irrelevante para tal a destinação legal do produto da
arrecadação”. Por sua vez, no 24° Concurso para Procurador da
República/MPF foi adotado como verdadeiro o entendimento de que
os artigos 4° e 5°, do CTN, acham-se superados.

Mãos à obra:

1. As espécies tributárias se distinguem, originariamente,


a partir do seu fato gerador. Todavia, com o advento das
contribuições de mesmo fato gerador do imposto sobre a
renda e proventos de qualquer natureza, o texto
constitucional inaugurou novo critério de distinção, de
natureza específica para os impostos e as contribuições
sociais (CESPE/Auditor TCU/2007).

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2. Consoante o CTN, a natureza jurídica específica do


tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva
obrigação, sendo irrelevantes, para qualificá-la, tanto a
denominação e demais características formais adotadas
pela lei quanto a destinação legal do produto da sua
arrecadação. Todavia, com o advento da Constituição de
1988, os empréstimos compulsórios e as contribuições
sociais assumiram o status de espécies tributárias.
Algumas dessas exações, todavia, têm fato gerador
idêntico ao dos impostos, o que torna inaplicável a citada
regra do CTN (CESPE/JUIZ FEDERAL/TRF5/2006).

A primeira e a segunda questão são verdadeiras.

3. (OAB/SP – 119°) A destinação do produto da


arrecadação, à luz da Carta Magna de 1988, é
(A) irrelevante.
(B) relevante para todos os tributos.
(C) relevante, em se tratando de empréstimo compulsório
e contribuições especiais.
(D) relevante, em se tratando de impostos, taxas e
contribuição de melhoria.

A terceira questão é letra “c”.

4. (OAB/SP – 131°) O Código Tributário Nacional – CTN –


estabelece que a natureza jurídica específica do tributo é
determinada
(A) pela destinação legal do produto da sua arrecadação.
(B) pela denominação e demais características formais
adotadas pela lei.
(C) pelo fato gerador da respectiva obrigação.
(D) pelo órgão fiscalizador.

A quarta é letra “c”, pois cobra o entendimento literal do


art. 4°, do CTN.

5. (CESPE/UNB/OAB/2007) Na história da legislação


tributária brasileira, freqüentemente ocorreu de entes da
Federação criarem verdadeiros impostos, dando-lhes,
entretanto, o nome de taxa. Isso ocorria para se evitar
que fosse declarada inconstitucional a lei instituidora, por
falta de competência tributária. Considerando essa

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afirmação, assinale a opção correta, relativamente à


natureza jurídica do tributo.
(A) Não procede a preocupação do ente federado, pois
um tributo será considerado taxa desde que seja criado
com esta denominação.
(B) Para a definição da natureza jurídica, é relevante
levar-se em consideração a destinação do produto da
arrecadação.
(C) Todas as características formais do tributo
estabelecidas na lei de criação devem ser consideradas na
definição da espécie tributária.
(D) O fato gerador é critério de exame da natureza
jurídica específica do tributo.

A quinta questão é bastante interessante, sendo a letra “d”.


Verifique que esta só trata de impostos e taxas, portanto deve-se
aplicar o art. 4°, do CTN, sendo o fato gerador o critério de exame da
natureza jurídica específica do tributo.

2. FUNÇÃO SOCIOECONÔMICA DOS TRIBUTOS

A função socioeconômica dos tributos tem relação com a justa


alocação dos recursos arrecadados pelo Estado com os tributos.
Assim, é concretizada com a promoção da redistribuição da renda
arrecadada, bem na atuação positiva do Estado para a satisfação dos
direitos sociais do cidadão (alimentação, saúde, vestuário, moradia,
educação, acesso ao trabalho, livre iniciativa etc.).

A doutrina aponta também como forma de concretização função


socioeconômica dos tributos: (i) a tributação justa, com respeito aos
princípios tributários constitucionais; (ii) a democratização dos
orçamentos, com o incentivo a participação popular na gestão
pública.

3. DIREITO TRIBUTÁRIO MATERIAL E DIREITO TRIBUTÁRIO


FORMAL

A doutrina separa o direito tributário quanto à natureza da


legislação em direito tributário material e em direito tributário formal.

O direito tributário material ou substantivo cuida das


normas tributárias reguladoras dos direitos e obrigações das pessoas,
isto é, do nascimento e extinção da obrigação tributária, o fato

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gerador, a base de cálculo, a alíquota, o sujeito ativo, o sujeito


passivo, a responsabilidade tributária etc.

Tais normas, em rigor, devem seguir estritamente os princípios


da legalidade tributária e da irretroatividade da lei. Isto é, não há
grande dose de liberdade na atuação do poder tributário e as
situações são regidas pela lei então vigente, mesmo que
posteriormente modificada ou revogada, conforme, por exemplo,
disciplina o caput, do art. 144 do CTN.

Por sua vez, o direito tributário formal ou adjetivo cuida da


aplicação da norma material ao caso concreto, ou seja, dos deveres
instrumentais, dos aspectos procedimentos de apuração e fiscalização
do crédito tributário, tal como os poderes de investigação das
autoridades administrativas. Por exemplo, a “quebra” do sigilo
bancário pela autoridade fiscal ou o pedido de informação ao
contribuinte.

Decerto, o direito tributário formal diz respeito à atuação da


autoridade administrativa durante o procedimento de lançamento
tributário. Neste sentido, aplica-se de forma imediata ao lançamento
a legislação formal posterior à ocorrência do fato gerador da
obrigação, de acordo com o §1°, do art. 144, do CTN. Assim,
constamos a aplicação imediata e retroativa da norma tributária
formal a fato geradores do passado.

No concurso do CESPE para o Ministério Público/ES/2010 foi


considerado verdadeiro: “Se uma nova lei for publicada após a
ocorrência do fato gerador de imposto não lançado por período certo
de tempo, ampliando os poderes de investigação das autoridades
administrativas, o lançamento será regido pela lei em vigor na data
da feitura do lançamento”. Isto é, o tema se refere ao direito
tributário formal (ampliação de poderes de investigação), podendo
retroagir para atingir fato gerador passado. Assim, aplica-se a lei do
dia da realização do lançamento.

CAPÍTULO II CLASSIFICAÇÕES NO DIREITO TRIBUTÁRIO

Sumário • 1. Introdução – 2. Classificação das espécies tributárias –


3. Classificação quanto à natureza da hipótese de incidência ou fato
gerador – 4. Classificação quanto ao destino da arrecadação – 5.
Classificação quanto à base econômica de incidência – 6.
Classificação quanto à forma de percepção: tributo direto e tributo
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indireto – 7. Classificação quanto aos aspectos objetivos e subjetivos


da hipótese de incidência: tributos reais e tributos pessoais – 8.
Classificação quanto à finalidade ou função dos tributos: tributos
fiscais, tributos extrafiscais e tributos parafiscais – 9. Classificação
quanto à alíquota do tributo ou forma de quantificação: tributos
fixos, tributos proporcionais, tributos progressivos e tributos
regressivos – 10. Classificação simples da receita pública: receita
originária e receita derivada.

1. INTRODUÇÃO

Inicialmente, destacamos que o Direito Tributário admite


diversas classificações, de acordo com as ideologias ou as correntes
de pensamentos existentes.

No entanto, o sentido da classificação deve ser sempre facilitar


o estudo das espécies tributárias, mediante o aspecto preponderante
a ela conferido por certas doutrinas ou pela própria jurisprudência
(decisões reiteradas dos Tribunais Superiores).

Deste modo, ao se classificar alguma coisa, pretendemos


compartimentar e sistematizar o conhecimento, de maneira a tornar
mais fácil a sua compreensão e, para fins pedagógicos, a sua
memorização e praticidade.

Deste modo, vamos tratar de todas as classificações dos


tributos que são cobradas em concursos públicos, a saber:

• Classificação das espécies tributárias, em que prepondera o


entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que são
cinco espécies tributárias, que são os impostos, as taxas, a
contribuições de melhoria, o empréstimo compulsório e as
contribuições especiais ou gerais;
• Classificação quanto à natureza da hipótese de incidência
(fato gerador in abstrato) do tributo, que pode se dividir em
tributo vinculado e tributo não-vinculado;
• Classificação quanto ao destino da arrecadação, separando
os tributos de arrecadação vinculada dos tributos de
arrecadação não-vinculada;
• Classificação quanto à base econômica de incidência, que
pode separar os impostos em impostos sobre o comércio
exterior, impostos sobre o patrimônio ou a renda, impostos
sobre a produção ou a circulação e impostos especiais.
• Classificação quanto à forma de percepção, apartando os
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tributos em diretos e indiretos;


• Classificação quanto aos aspectos objetivos e subjetivos
da hipótese de incidência, distinguindo os tributos em reais e
pessoais;
• Classificação quanto à finalidade ou função dos tributos,
que pode ser fiscal, extrafiscal e parafiscal;
• Classificação quanto à alíquota do tributo ou forma de
quantificação, que divide os tributos em fixos, proporcionais,
progressivos e regressivos.
• Classificação simples da receita pública, com base na
diferença entre receitas originárias e receitas derivadas.

O CESPE no concurso para Procurador da Paraíba/2008 cobrou a


seguinte questão discursiva: “A doutrina propõe inúmeras
classificações para os tributos, com base em suas especificidades,
semelhanças e diferenças. Tais classificações, embora ausentes na
legislação, ajudam na compreensão da natureza jurídica e aplicação
de cada espécie tributária. Com foco nas principais classificações
propostas pela doutrina, redija um texto dissertativo, conceituando as
espécies tributárias e mencionando, necessariamente, os seguintes
critérios: natureza do fato gerador, destinação da arrecadação,
finalidade, aspectos subjetivos e objetivos da hipótese de incidência”
(máximo de 25 linhas).

2. CLASSIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

A Constituição Federal de 1988 (CF/88), no seu art. 145,


estabeleceu a competência da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios para instituir os impostos, as taxas e a
contribuição de melhoria.

Já o Código Tributário Nacional (CTN), no seu art. 5º, dispõe


que os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.

Com base na interpretação destes dispositivos (art. 145 da


CF/88 e art. 5º do CTN) alguns renomados autores crêem que só
existem três espécies tributárias no sistema jurídico nacional, de
forma que o empréstimo compulsório e as contribuições especiais ou
parafiscais se apresentariam como subespécies tributárias, sendo
esta a denominada classificação tricotômica ou tripartide das espécies
tributárias.

Portanto, para esta doutrina, o empréstimo compulsório e as


contribuições especiais são tributos, mas possuem natureza jurídica
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de taxas ou de impostos, dependendo da análise do fato gerador em


cada caso concreto.

Todavia, a doutrina dominante e o STF entendem que são


cinco espécies tributárias, a saber: impostos, taxas, contribuições
de melhoria, empréstimo compulsório e as contribuições
especiais ou parafiscais. É a chamada classificação quinquipartite ou
pentapartide das espécies tributárias.

Ressaltamos que duas novas Emendas Constitucionais (EC)


criaram três novas subespécies de tributos, quais sejam:

• O art. 149-A, com redação determinada pela EC n.


39/2002, autorizou apenas o Distrito Federal e os
Municípios a instituírem a contribuição para o custeio
do serviço de iluminação pública (COSIP ou CIP),
sendo facultada (não é obrigatório) a cobrança na fatura
de consumo de energia elétrica;
• O art. 149, § 1º, com redação determinada pela EC nº
41/2003, autorizou os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios a instituição da contribuição previdenciária,
cobrada de seus servidores, para o custeio, em beneficio
destes, do sistema previdenciário respectivo, cuja
alíquota não será inferior à da contribuição
previdenciária dos servidores titulares de cargos efetivos
da União;
• O art. 195, IV, com redação determinada pela EC nº
41/2003, autorizou a cobrança pela União de
contribuição de seguridade social sobre o
importador de bens ou serviços do exterior, ou de
quem a lei infraconstitucional a ele equiparar.

Com efeito, Marcelo Alexandrino bem resume este tema para


fins de concurso público: “qualquer questão de concurso que
pergunte quais são as espécies tributárias, nos termos do CTN,
deve ter como resposta: impostos, taxas e contribuições de
melhoria. Se for, diferentemente, uma questão referindo-se ao
entendimento do STF, ou simplesmente perguntar as espécies que
integram o Sistema Tributário Nacional (STN), a resposta é:
impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos
compulsórios e contribuições. Observação: as contribuições do
art. 149 da Constituição às vezes são chamadas contribuições
especiais ou contribuições parafiscais. Existem, ainda, alguns autores
que chamam de contribuições sociais todas as contribuições, exceto
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as de melhoria. Vocês podem encontrar qualquer desses termos em


concursos”.

Nesse rumo, podemos visualizar o seguinte quadro geral das


espécies tributárias de competência da União estabelecidas pela CF:

• Impostos (art. 153, incisos I a VII, art. 154, I e II): a)


imposto sobre importação de produtos estrangeiros (II) – art.
153, I; b) imposto sobre exportação, para o exterior, de
produtos nacionais ou nacionalizados (IE) – art. 153, II; c)
imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR) –
art. 153, III; d) imposto sobre produtos industrializados (IPI) –
art. 153, IV; e) imposto sobre operações de crédito, câmbio e
seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) – art.
153, V; f) imposto sobre propriedade territorial rural (ITR) –
art. 153, VI; g) imposto sobre grandes fortunas (IGF) – art.
153, VII; h) impostos residuais – art. 154, I; i) impostos
extraordinários de guerra (IEG) – art. 154, II;
• Taxas (art. 145, II): a) taxas de polícia; b) taxas de serviço;
• Contribuições de Melhoria (art. 145, III);
• Empréstimos Compulsórios (art. 148): a) empréstimo por
calamidade ou guerra externa (art. 148, I); b) empréstimo por
investimento público urgente e de relevância nacional (art. 148,
II);
• Contribuições especiais ou parafiscais: a) contribuições de
seguridade social (art. 195, art. 239; ADCT, art. 74, 75, 84 e
90); b) contribuições sociais (art. 212, § 5º e art. 240); c)
contribuições de interesse das categorias profissionais ou
econômicas, também denominadas de corporativas (art. 149);
d) contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE) –
art. 149 e art. 177, § 4º.

Destacamos também que competem à União, em Território


Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em
Municípios, cumulativamente, os impostos municipais (art. 147, da
CF).

Ao Distrito Federal competem os impostos estaduais e


municipais (arts. 147, 155 e 156, da CF).

Neste contexto, as espécies tributárias de competência dos


Estados e do Distrito Federal fixadas pela CF são as seguintes:

• Impostos (CF, art. 155): a) impostos sobre transmissão causa


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mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCMD) – art.


155, I; b) impostos sobre operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) – art.
155, II; c) imposto sobre propriedade de veículos automotores
(IPVA) – art. 155, III;
• Taxas (art. 145, II): a) taxas de polícia; b) taxas de serviço;
• Contribuições de Melhoria (art. 145, III);
• Contribuição previdenciária (art. 149, §1º).

No que concerne aos Municípios e ao Distrito Federal, a CF


dispõe:

• Impostos (art. 156): a) imposto sobre propriedade predial e


territorial urbana (IPTU) – art. 156, I; b) impostos sobre
transmissão inter vivos, por ato oneroso, de bens imóveis e de
direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como
cessão de direitos a sua aquisição (ITBI) – art. 156, II; c)
imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS), não
compreendidos no ICMS, definidos em lei complementar – art.
156, III;
• Taxas (art. 145, II): a) taxas de polícia; b) taxas de serviço;
• Contribuições de Melhoria (art. 145, III);
• Contribuições: a) contribuição previdenciária (art. 149, §1º);
b) contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública
(COSIP ou CIP) - art. 149-A.

O CESPE no concurso para Consultor/ES/2010 adotou como


incorreto: “É admissível que a União, os estados e os municípios
instituam, desde que por meio de lei, contribuição para custeio da
iluminação pública”.

Com base nos ensinamentos acima, você pode responder os


seguintes questionamentos de concurso público:

1. “São espécies tributárias previstas na Constituição


Federal: imposto, taxa, empréstimo compulsório,
contribuição de melhoria, contribuição social, contribuição
de intervenção no domínio econômico, contribuição de
interesse de categorias profissionais ou econômicas e
compensação financeira aos Estados pela exploração de
petróleo por empresas privadas” (ESAF/PROCURADOR DE
FORTALEZA 2002).

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2. “Com referência a tributo e suas espécies, é correto


afirmar que o empréstimo compulsório, contribuição de
melhoria, contribuição de intervenção no domínio
econômico e compensação financeira aos Estados pela
exploração de petróleo por empresas privadas são
espécies tributárias” (ESAF/AFPS/2002).

3. “Com referência a tributo e suas espécies, é correto


afirmar que são espécies tributárias, entre outras,
imposto, taxa, contribuição em favor de categoria
profissional, preço público e contribuição de intervenção
no domínio econômico” (ESAF/AFPS/2002).

4. “Imposto, taxa, preço público e contribuição de


interesse de categorias profissionais são espécies
tributárias” (ESAF/AFTM-FORTALEZA 2003).

5. “Empréstimo compulsório, contribuição de melhoria,


contribuição de intervenção no domínio econômico e
contribuição para a seguridade social são espécies
tributárias” (ESAF/AFTM-FORTALEZA 2003).

6. “Contribuição de interesse de categorias econômicas,


taxa, imposto e encargo de reparação de guerra são
espécies tributárias” (ESAF/AFTM-FORTALEZA 2003).

As quatro primeiras questões e a sexta questão estão erradas,


porque não são espécies tributárias o preço público, o encargo de
reparação de guerra e a compensação financeira aos Estados pela
exploração de petróleo por empresas privadas. Este último tem
natureza jurídica de preço público.

O quinto enunciado está correto.

7. “Em relação ao tema competência tributária, é correto


afirmar que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
têm competência para instituir impostos, taxas,
contribuição de melhoria e contribuição de intervenção no
domínio econômico, que a Constituição lhes reserva”
(ESAF/AFPS/2002).

8. “Cabe aos Estados e ao Distrito Federal instituir e


cobrar adicional de até cinco por cento do que for pago à
União por pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas nos
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respectivos territórios, a título de imposto sobre a renda e


proventos de qualquer natureza, incidente sobre lucros,
ganhos e rendimentos de capital” (ESAF/AFTE/RN
2005).

9. “O imposto sobre vendas a varejo de combustíveis


líquidos e gasosos é instituído e cobrado pelos Municípios”
(ESAF/AFTE/RN 2005).

10. “É permitido à União, aos Estados e ao Distrito


Federal instituir, nos respectivos âmbitos de atuação,
contribuições de intervenção no domínio econômico”
(ESAF/AFTE/RN 2005).

11. (ESAF/AFTE/MS 2001) A instituição de contribuições


sociais, de intervenção no domínio econômico e de
interesse das categorias profissionais ou econômicas,
inclui-se na competência impositiva
a) dos Estados e do Distrito Federal.
b) da União.
c) da União, dos Estados e do Distrito Federal.
d) da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
e) dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

12. “Competem à União, em Território Federal, os


impostos estaduais e, se o Território não for dividido em
Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao
Distrito Federal cabem os impostos municipais”
(ESAF/AUDITOR/TCE/GO 2007).

13. “Compete tanto à União quanto aos Estados, DF e


Municípios a instituição de taxas em razão do exercício do
poder de polícia” (ESAF/AFTE/MS 2001).

14. “Somente a União e os Estados podem instituir


contribuições de melhoria” (ESAF/AFTE/MS 2001).

15. “As contribuições especiais, com fins econômicos ou


sociais, são privativas dos Estados e DF” (ESAF/AFTE/MS
2001).

O sétimo, o oitavo, o nono, o décimo (10) e o décimo quinto


(15) estão incorretos, uma vez que não é permitido aos Estados, ao
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Distrito Federal e aos Municípios competência para instituir a


contribuição de intervenção no domínio econômico. Também não
cabe aos Estados e ao Distrito Federal instituir adicional de imposto
de renda e aos Municípios o imposto sobre vendas a varejo de
combustíveis líquidos e gasosos (competências extintas com a
Emenda Constitucional nº 3/1993).

A décima primeira (11) questão é a letra “b”.

A décima segunda (12) e a décima terceira (13) são


verdadeiras.

A décima quarta (14) questão é falsa, porque o Distrito


Federal e os Municípios também podem instituir contribuições de
melhoria.

16. “Compete à União instituir contribuições sociais, de


intervenção no domínio econômico e de interesse das
categorias profissionais ou econômicas, como instrumento
de sua atuação nas respectivas áreas” (ESAF/AFRRF
2002).

17. “Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


poderão reter a contribuição federal, cobrada de seus
servidores, para o custeio, em benefício desses, de
sistemas de previdência social” (ESAF/AFRRF 2002).

18. “Podem os Estados cobrar contribuição previdenciária


de seus servidores, para o custeio, em benefício destes,
de regime previdenciário, com alíquota inferior à da
contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da
União” (ESAF/AFRFB/2005).

19. “Podem os Municípios instituir contribuição para o


custeio do serviço de iluminação pública, cobrando-a na
fatura de consumo de energia elétrica?”
(ESAF/AFRFB/2005).

20. “Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir


contribuição, na forma das respectivas leis, para custeio
do serviço de iluminação pública, sendo facultada a
cobrança na fatura de consumo de energia elétrica”
(ESAF/AUDITOR/TCE/GO/2007).

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21. “É permitido ao Distrito Federal e aos Municípios


instituir contribuição para o custeio do serviço de
iluminação pública” (ESAF/AFTE/RN/2005).

22. (ESAF/AFTM/TERESINA/2002) É da competência dos


Estados a instituição do imposto sobre
a) a propriedade territorial urbana.
b) a propriedade territorial rural.
c) a transmissão inter vivos de bens imóveis.
d) a transmissão causa mortis e a doação, de quaisquer
bens ou direitos.
e) serviços de qualquer natureza.

23. (ESAF/AFTE/MS 2001) É da competência dos Estados


o seguinte imposto:
a) sobre a propriedade de veículos automotores.
b) sobre a importação de produtos estrangeiros.
c) sobre serviços de qualquer natureza.
d) sobre a propriedade territorial urbana.
e) sobre produtos industrializados.

24. (ESAF/AFTE/PA/2002) A Constituição Federal atribui


aos Estados a competência para a instituição de:
a) taxas, contribuições de melhoria e empréstimos
compulsórios.
b) contribuições de interesse de categorias profissionais
ou econômicas, contribuições de melhoria e taxas.
c) contribuições previdenciárias relativas à seguridade
social, contribuições de melhoria e taxas.
d) pedágios, empréstimos compulsórios e imposto sobre a
propriedade de veículos automotores.
e) contribuições de intervenção no domínio econômico,
pedágios e imposto sobre a transmissão causa mortis e
doação de quaisquer bens e direitos.

25. O Distrito Federal pode instituir os impostos


estaduais, municipais, taxas e contribuição de melhoria
(ESAF/PFN/2006).

A décima sexta (16), a décima nona (19), a vigésima (20), a


vigésima primeira (21) e a vigésima quinta (25) são corretas.

A décima sétima (17) é errada, pois os Estados, os Municípios


e o DF possuem competência para a instituição de contribuição,
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cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do


regime previdenciário de que dispõe o art. 40 da CF/88, cuja alíquota
não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos
efetivos da União (art. 149, §1º, da CF/88).

Assim, é certo falar que, salvo a contribuição previdenciária,


as contribuições sociais são de competência da União. Portanto,
a CF/88 autoriza a União à criação das contribuições sociais, da CIDE
e das contribuições corporativas (de interesses de categorias
profissionais ou econômicas), conforme o art. 149, da CF/88. Com
base nestes argumentos, a questão é errada, eis que o termo
federal não é pertinente ao art. 149, §1°, da CF/88.

A décima oitava (18) é falsa, porque os Estados podem cobrar


contribuição previdenciária de seus servidores, para o custeio, em
benefício destes, de regime previdenciário, cuja alíquota não será
inferior à da contribuição previdenciária dos servidores titulares de
cargos efetivos da União.

A vigésima segunda (22) tem como alternativa correta a letra


“d”, a vigésima terceira (23) a letra “a” e a vigésima quarta (24) a
“c”.

26. (FGV/Fiscal de Rendas/RJ/2007) O art. 5º do


Código Tributário Nacional determina que os tributos se
dividem em:
(A) impostos, taxas e contribuições de melhoria.
(B) impostos, taxas, contribuições sociais e contribuições
de melhoria.
(C) impostos, taxas, contribuições sociais, contribuições
de melhoria e empréstimos compulsórios.
(D) impostos, taxas, contribuições sociais e empréstimos
compulsórios.
(E) impostos, contribuições sociais, contribuições de
melhoria e empréstimos compulsórios.

A vigésima sexta (26) é letra “a” (tome cuidado!!!), porque o


art. 5º do CTN determina que os tributos se dividem em impostos,
taxas e contribuições de melhoria. Aqui o examinador cobra, nos
termos do CTN, a literalidade do dispositivo.

27. (FUNDATEC/Professor Temporário/UERS/2007)


As receitas tributárias dividem-se em impostos, taxas,
tarifas e contribuições de melhoria.
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A vigésima sétima (27) é falsa, uma vez que a tarifa não é


tributo.

3. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À NATUREZA DA HIPÓTESE DE


INCIDÊNCIA OU FATO GERADOR

Esta classificação separa os tributos em tributos vinculados


e tributos não-vinculados.

O tributo vinculado significa que o fato gerador do tributo é


uma atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.

Como exemplo, temos a contribuição de melhoria que


decorre da atividade do Estado de realizar uma obra pública da qual
deve resultar valorização imobiliária para o contribuinte.

Temos também o exemplo das taxas, uma vez que fato


gerador indica que a taxa deve ser exigida em contraprestação ao
exercício de uma atividade por parte do Estado referida ao
contribuinte, concernente ao exercício do poder de polícia ou à
prestação – efetiva ou potencial – de serviços públicos específicos e
divisíveis.

Já o tributo não vinculado significa que o fato gerador do


tributo é um fato praticado pelo contribuinte independente de
qualquer atividade estatal específica realizada para o próprio
contribuinte. O melhor exemplo de tributo não vinculado são todos os
impostos.

Valem aqui ponderações feitas por Robinson Sakiyama: “Os


fatos geradores próprios dos impostos são as situações de ser
proprietário de algo (ITR, IPTU, IPVA), transferir um bem (ITCMD,
ITBI), prestar serviços ou fazer circular mercadorias (ISS, ICMS) etc.,
ou seja, todas as situações que não se referem a uma atividade
estatal específica voltada ao contribuinte. Por esta razão, muitos
autores se referem aos impostos como tributos não vinculados.”

A FGV no concurso para Fiscal de Rendas/RJ/2009 considerou


correta: “Os impostos são tributos não vinculados a quaisquer
atividades estatais relacionadas ao contribuinte, sendo vedada a
vinculação de suas receitas a órgãos, fundos ou despesas, salvo
exceções constitucionalmente previstas”.

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Já o empréstimo compulsório pode ser um tributo vinculado ou


um tributo não-vinculado, dependendo da natureza do fato gerador
especificado na lei complementar que criar este tributo. Ou seja, não
há como classificar o empréstimo compulsório antes da sua criação,
uma vez que o fato gerador é apenas juridicamente conhecido com a
sua instituição por lei complementar.

Ademais, apesar da polêmica, a doutrina majoritária entende


que as contribuições sociais são tributos não vinculados, devendo
obedecer ao princípio da solidariedade social, uma vez que não
implicam uma atuação do Estado específica e individualizada em
relação ao contribuinte.

Responda as seguintes questões e veja se você realmente


aprendeu o assunto:

(FCC/Procurador/2005-adaptada) Considere as
seguintes características:
I. O fato gerador independe de qualquer atividade estatal
específica, relativa ao contribuinte.
II. A materialidade do seu fato gerador consiste na
atuação estatal diretamente referida ao contribuinte, em
forma de contraprestação de serviço.
III. A materialidade do fato gerador é a atuação do
Estado em forma de obras públicas que decorra
valorização imobiliária.
No que tange aos tributos, I, II e III referem-se,
seqüencialmente, a
(A) tributo vinculado (taxa), tributo não-vinculado
(imposto) e contribuição de melhoria.
(B) tributo vinculado (imposto), contribuição de melhoria
e tributo não-vinculado (taxa).
(C) contribuição de melhoria, tributo vinculado (taxa) e
tributo não-vinculado (imposto).
(D) tributo não-vinculado (imposto), tributo vinculado
(taxa) e contribuição de melhoria.
(E) tributo não-vinculado (taxa), contribuição de
melhoria, e tributo vinculado (imposto).

A resposta correta é a letra “d”. Imposto (tributo


nãovinculado), taxa (tributo vinculado) e contribuição de mel-
horia (tributo vinculado).

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(UFRS/ICMS/RS/2006) Assinale a alternativa


correspondente àquela espécie de exações, classificável,
pela sua hipótese de incidência, como tributos vinculados
a atividades realizadas pelo poder público.
(A) impostos diretos.
(B) taxas.
(C) empréstimos compulsórios.
(D) impostos indiretos.
(E) contribuições de intervenção no domínio econômico.

A resposta correta é a letra “b”, eis que a taxa é um tributo


vinculado a atividade realizada pelo poder público. Vamos trabalhar
com a classificação de tributos direitos e indiretos ainda nesta aula.

4. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO DESTINO DA ARRECADAÇÃO

Esta classificação separa os tributos em tributos de arrecadação


vinculada e não-vinculada.

Tributo de arrecadação vinculada é aquele que os recursos


arrecadados devem ser utilizados com despesas legais previamente
determinadas. Por exemplo, o empréstimo compulsório, pois a CF/88
dispõe que a aplicação dos recursos provenientes deste tributo será
vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

Tributo de arrecadação não-vinculada é aquele que os


recursos podem ser aplicados sem vinculação a despesa previamente
destinada. Como exemplo, a doutrina cita os impostos, uma vez que,
em princípio, as suas receitas não podem ser vinculadas a órgãos,
fundos ou despesas, salvo as exceções previstas no inciso IV e §4°,
do art. 167, da CF/88.

Destacamos que em virtude do dispositivo do art. 167, IV, da


CF/88, o STF recentemente entendeu inconstitucional a isenção de
IPVA concedida pelo Distrito Federal para aqueles empresários que
patrocinem o esporte. Isso porque a isenção representaria vincular a
receita do IPVA à atividade de patrocínio do esporte.

Entretanto, é relevante prestar atenção em relação às


exceções previstas nesta regra constitucional (art. 167, IV, da
CF/88). Em outras palavras, os recursos arrecadados com os
impostos também podem ser utilizados com despesas previamente
determinadas.

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Vejamos as exceções à arrecadação não-vinculada dos


impostos que estão previstas no art. 167, inc. IV, da CF/88:

• Recursos destinados para as ações e serviços públicos de


saúde;
• Recursos destinados para a manutenção e desenvolvimento do
ensino fundamental (FUNDEF);
• Recursos destinados às atividades da administração tributária;
• Recursos destinados à prestação de garantia às operações de
crédito por antecipação da receita (ARO);
• Recursos destinados à prestação de garantia ou contragarantia
à União e para pagamento de débitos para com esta.

O CESPE no concurso de Juiz Federal/TRF1/2010 cobrou a seguinte


questão: Considerando que o governo de determinado estado da
Federação, após a arrecadação de impostos, tenha criado um fundo
para que essa receita seja destinada à manutenção do ensino
fundamental, assinale a opção correta:
(a) A CF autoriza a União a fazer a vinculação em questão, mas não
os estados;
(b) O estado pode criar fundo com a referida vinculação de receita de
imposto, bem como de receita proveniente de taxa;
(c) A vedação de vincular receita de imposto a fundo ou órgão tem
exceção apenas quanto à prestação de garantias às operações de
crédito por antecipação;
(d) O estado poderia criar essa vinculação à despesa para custear
serviços públicos de segurança pública.
A resposta é letra “b”.

Por sua vez, destacamos que em relação às taxas não há


previsão constitucional explícita de destinação específica para o
produto de sua arrecadação, salvo na única hipótese das custas e
emolumentos (espécie de taxa judiciária). Neste caso, a CF
prescreve que serão destinadas apenas ao custeio dos serviços afetos
às atividades da Justiça (art. 98, §2°).

Neste contexto, o STF entende que é inconstitucional a lei que


vincular a arrecadação de taxas a pessoas jurídicas de direito privado
(ADI 1.145).

Contudo, o STF compreende como constitucional a arrecadação


vinculada de taxas a instituições públicas, ao próprio Poder Judiciário
e a fundos públicos, desde que tenham relação direta ou indireta com
a atividade relacionada ao fato gerador da exação.
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Assim, o STF afirma que “nada pode justificar seja o produto de


sua arrecadação afetado ao custeio de serviços públicos diversos
daqueles a cuja remuneração tais valores se destinam
especificamente” (ADI 2.040, ADI 1.378).

Portanto, o STF já julgou como constitucional:

• Lei estadual que destina à seção regional da OAB parcela


das custas processuais (ADI 1.707);
• Lei estadual que destina parcela da arrecadação de taxa
de polícia sobre as atividades notariais e de registro a um
fundo da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro
(ADI 3.643);
• Lei estadual que vincula a arrecadação de taxa cobrada
sobre serviços notariais e de registros para financiar um
Fundo de Reaparelhamento do Ministério Público estadual
(ADI 3028).

Vamos para as questões:

(PGDF/2007) “É inconstitucional lei estadual que cria


taxa destinando a arrecadação de seu produto aos
serviços de fiscalização da atividade notarial e de registro
a órgão público”.

É falsa a alternativa, pois o STF entende que é constitucional.

(FUNDATEC/Assessor em Finanças/UERS/2005) Em
relação ao IPVA – Imposto sobre Propriedade de Veículos
Automotores, levando em conta o conceito legal de
imposto, está correto afirmar que este tributo
A) se destina exclusivamente ao atendimento das
despesas relativas à implementação de rodovias,
hidrovias e ferrovias.
B) se destina exclusivamente ao atendimento das
despesas relativas à conservação de rodovias, hidrovias e
ferrovias.
C) se destina exclusivamente ao atendimento das
despesas relativas à implementação e conservação de
rodovias, hidrovias e ferrovias.
D) não pode ter outra finalidade que não aquelas
relacionadas com as atividades estatais de transporte,
educação e saúde.
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E) independe de qualquer atividade estatal específica,


relativa ao contribuinte, ou seja, não se vincula a
qualquer despesa em particular.

A resposta é a letra “e”. Mas perceba que o examinador


confunde as classificações quanto à natureza da hipótese de
incidência ou fato gerador e quanto ao destino da arrecadação.

O mais certo seria a seguinte resposta: Em relação ao IPVA


está correto afirmar que este tributo independe de qualquer atividade
estatal específica, relativa ao contribuinte, bem como (ou “e
também”) não se vincula a qualquer despesa em particular.

5. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À BASE ECONÔMICA DE


INCIDÊNCIA

Esta classificação é baseada no CTN, dividindo os impostos em


(i) impostos sobre o comércio exterior, (ii) impostos sobre o
patrimônio e a renda, (iii) impostos sobre produção e a circulação e
(iv) impostos especiais.

Os impostos sobre o comércio exterior incidem sobre operação


de importação ou exportação. São eles: imposto sobre importação de
produtos estrangeiros (II) e o imposto sobre exportação, para o
exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE).

Os impostos sobre o patrimônio e a renda incidem sobre a


propriedade de bens móveis, bens imóveis e sobre a renda. São eles:
imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR), imposto
sobre propriedade territorial rural (ITR), imposto sobre grandes
fortunas (IGF), impostos sobre transmissão causa mortis e doação,
de quaisquer bens ou direitos (ITCMD), imposto sobre propriedade de
veículos automotores (IPVA), impostos sobre transmissão inter vivos,
por ato oneroso, de bens imóveis e de direitos reais sobre imóveis,
exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição
(ITBI) e o imposto sobre propriedade predial e territorial urbana
(IPTU).

Os impostos sobre produção e a circulação incidem sobre a


circulação de bens ou valores e sobre a produção dos bens. São eles:
imposto sobre produtos industrializados (IPI), imposto sobre
operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou
valores mobiliários (IOF), impostos sobre operações relativas à
circulação de mercadorias (ICMS) e imposto sobre serviços de
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qualquer natureza (ISS).

Por fim, o imposto especial é o imposto extraordinário de


guerra (IEG) estabelecido art. 154, II, da CF/88, dispondo que a
União poderá na iminência ou no caso de guerra externa, instituir
impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência
tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as
causas de sua criação.

6. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA DE PERCEPÇÃO:


TRIBUTO DIRETO E TRIBUTO INDIRETO

O tributo direto é aquele em que o próprio contribuinte arca


com ônus financeiro do tributo. Ou seja, o contribuinte fixado pela lei
não repassa o ônus tributário para terceiro. São exemplos de tributo
direto: IRPF, IRPJ, ITR, IPTU, IPVA, dentre outros.

O tributo indireto é aquele em que contribuinte eleito pela lei


(contribuinte de direito ou de jure) repassa o ônus financeiro do
tributo para terceiro (contribuinte de fato ou de facto). Chama-se
repercussão do ônus financeiro esta transferência do encargo
tributário do contribuinte de direito para o contribuinte de fato. A
doutrina afirma igualmente que os tributos indiretos incidem sobre o
consumo, as vendas e a produção.

É o que acontece no IPI e no ICMS, pois ocorre a transferência


do ônus tributário para o adquirente final do bem (contribuinte de
fato), isto é, que realmente paga o tributo é o consumidor final.

Assim, aos tributos indiretos, aplica-se o art. 166 do CTN: “A


restituição de tributos que comportem, por sua natureza,
transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a
quem prove haver assumido referido encargo, ou, no caso de
tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente
autorizado a recebê-la”.

No 22° Concurso para Procurador da República/MPF foi cobrado a


seguinte questão: Ante o art. 166, do CTN, indique o tributo que, por
sua natureza, acarreta a transferência do respectivo encargo
financeiro:
(a) Imposto sobre operações financeiras se o contribuinte, numa
importação de bens, faz inclusão destes no seu ativo;
(b) As taxas, quando sob o enfoque econômico, repercutem e possam
vir a integrar os custos fixos das empresas;
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(c) Contribuição previdenciária;


(d) Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e
prestação de serviços.
A resposta é letra “d”.

Ademais, destacamos que o ISS é espécie tributária que admite


a sua dicotomização como tributo direto ou indireto a depender do
caso concreto. Isto é, o ISS pode ser classificado como tributo direto
ou indireto conforme as circunstâncias fáticas de cada caso.

Neste sentido, o STJ, por exemplo, compreendeu que o pedido


de restituição de valores indevidamente recolhidos “a título de ISS
incidente sobre a locação de bens móveis (cilindros, máquinas e
equipamentos utilizados para acondicionamento dos gases vendidos),
hipótese em que o tributo assume natureza indireta, reclama da
parte autora a prova da não repercussão, ou, na hipótese de ter
a mesma transferido o encargo a terceiro, de estar autorizada
por este a recebê-los”.

Realçamos que o Plenário do STF já reconheceu a


inconstitucionalidade do ISS sobre locação de bem móvel (súmula
vinculante 31), sendo inexigível, portanto, tal tributação.

Deste modo, segundo o STJ, o ISS incidente sobre a locação de


bens móveis assume natureza de imposto indireto, uma vez que a
empresa (contribuinte de direito) repassa ao locador da mercadoria
(contribuinte de fato).

Nesse rumo, a empresa deve provar que assumiu o impacto


financeiro decorrente do pagamento indevido ou que está autorizada
a demandar em nome do locador. Em outras palavras, a
comprovação da inexistência de repasse do imposto devido em cada
operação ou a autorização para a demanda do locador é
imprescindível para a restituição do ISS.

Em resumo, o ISS é tributo que pode ser classificado como


indireto e, por conseguinte, aplica-se o art. 166 nesta hipótese.

Vejamos também a seguinte questão:

(Procurador/RS/97) São impostos indiretos:


a) sobre a renda e proventos de qualquer natureza (IR) e
sobre produtos industrializados (IPI).

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b) sobre produtos industrializados (IPI) e sobre operações


financeiras (IOF).
c) sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU)
e sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS).
d) sobre a propriedade territorial rural (ITR) e sobre a
produtos industrializados (IPI).
e) sobre a circulação de mercadorias (ICMS) e sobre
produtos industrializados (IPI).

A resposta correta é a letra “e”, que se refere ao ICMS e ao


IPI.

7. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS ASPECTOS OBJETIVOS E


SUBJETIVOS DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA: TRIBUTOS REAIS
E TRIBUTOS PESSOAIS

Os tributos reais incidem sobre a coisa (res), o bem ou a


operação realizada, desconsiderando as características pessoais do
contribuinte. São exemplos: o ITR, o IPTU, o ITCMD, o ITBI, IOF,
entre outros.

Os tributos pessoais consideram e valorizam as


características pessoais do contribuinte, de acordo com o postulado
da pessoalidade estabelecido no art. 145, §1º, da CF. Por exemplo, o
IR.

8. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FINALIDADE OU FUNÇÃO DOS


TRIBUTOS: TRIBUTOS FISCAIS, TRIBUTOS EXTRAFISCAIS E
TRIBUTOS PARAFISCAIS

O tributo fiscal tem como objetivo exclusivo a arrecadação


de recursos financeiros para o Estado. São exemplos: o IR, o IPVA e
o IPTU.

O tributo extrafiscal tem como função principal a


interferência no domínio econômico, buscando um efeito diverso da
exclusiva arrecadação de recursos financeiros, podendo ter como
função o desenvolvimento de determinadas atividades ou setores
específicos da economia. Em outras palavras, a extrafiscalidade dos
tributos influi sobre a conjuntura econômica do Estado. São
exemplos: o II, o IE, o IPI, o IOF e a CIDE.

A FGV no concurso para Juiz de Direito/PA/2009 cobrou a seguinte


questão: “O Estado Moderno é caracterizado pelas finanças
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funcionais, ou seja, pela atividade financeira do Estado orientada no


sentido de influir sobre a conjuntura econômica. Prova desse fato é:
(a) o mix tributário diversificado dos Estados;
(b) a criação de multas elevadas no âmbito fiscal;
(c) a extrafiscalidade marcante de alguns tributos;
(d) o tabelamento de preços, em situações de crise;
(e) a despersonalização dos impostos”.
A resposta é a letra “c”.

O tributo parafiscal é aquele arrecadado e fiscalizado por


terceira pessoa, dotada de autonomia administrativa e financeira,
diferente do ente federativo competente para instituir o tributo
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios), buscando uma
finalidade ou interesse público e esta terceira pessoa passa a dispor
da receita compulsória para atingir os seus objetivos.

São exemplos as contribuições arrecadadas e fiscalizadas pelo


SESC, SENAI, SENAC, Conselhos Regionais de Medicina (CRM),
Conselhos Regionais de Odontologia etc.

Vamos para as questões:

1. (ESAF/MPC/TCE/GO/2007) Em relação aos tributos


e suas espécies, assinale a opção correta.
a) O fato gerador de um tributo não pode decorrer de
circunstância ilícita.
b) Para determinação da natureza jurídica do tributo, é
essencial a destinação legal do produto da arrecadação.
c) Excepcionalmente é admitido no direito brasileiro o
tributo in labore nas contribuições de melhoria quando a
obra pública for realizada pelo próprio sujeito passivo
tributário.
d) O tributo denominado taxa, quando cobrado em razão
de serviço público específico e divisível, pode receber a
denominação de tarifa pública.
e) O tributo tem função extrafiscal quando seu objetivo
principal é a interferência no domínio econômico, não se
limitando apenas à simples arrecadação de recursos
financeiros.

Na primeira questão a resposta correta é a letra “e”.

A letra “a” é falsa, pois o fato gerador (in concreto) de um


tributo pode decorrer de circunstância ilícita. Lembra do exemplo do
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início da aula? A tributação sobre atividades criminosas. A letra “b”


também é falsa, uma vez que para determinação da natureza jurídica
do tributo não é essencial a destinação legal do produto da
arrecadação. A letra “c” é falsa, pois não é admitido no direito
brasileiro o tributo in labore. A letra “d” é falsa, eis que a taxa
(espécie de tributo) não se confunde com a tarifa ou preço público.

2. (ESAF/AFTE/MS/2001) As receitas compulsórias, cuja


arrecadação e utilização são conferidas, pelo Poder
Público competente, a uma entidade paraestatal dotada
de autonomia administrativa e financeira, são chamadas:
a) Acessórias.
b) Complementares.
c) Extraordinárias.
d) Extrafiscais.
e) Parafiscais.

A segunda questão se enquadra perfeitamente no conceito de


tributos (receitas compulsórias) parafiscais (letra “e”).

3. (FCC/Procurador/2008) Considere:
I. Tributos que resultam de uma imposição estatal
visando à restrição ou ao desenvolvimento de
determinadas atividades ou setores específicos, de acordo
com determinada linha política de ação, a exemplo de
uma tributação maior sobre bens supérfluos e menor para
bens necessários.
II. Tributos que decorrem da atribuição, pela lei, da
capacidade de serem sujeito ativo desses tributos – que
arrecadam em benefício de suas próprias finalidades −
pessoas diversas da União, Estados e Municípios.
Esses tributos são conhecidos, respectivamente, como
(A) contribuições e extrafiscais.
(B) parafiscais e especiais.
(C))extrafiscais e parafiscais.
(D) especiais e extraordinários.
(E) fiscais e empréstimos compulsórios.

A terceira questão a resposta é a letra “c”.

4. (ESAF/APO/União/2010) A extrafiscalidade é
característica que possuem alguns tributos de permitirem,
além da pura e simples forma de ingresso de receitas nos
cofres públicos, também de intervirem na economia,
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incentivando ou não determinada atividade ou conduta do


contribuinte. Assinale, entre os tributos listados abaixo,
aquele que não possui caráter extrafiscal.
a) Imposto sobre produtos industrializados.
b) Imposto sobre importação.
c) Contribuição de intervenção no domínio econômico sobre
combustíveis.
d) Imposto sobre produtos industrializados.
e) Taxa de iluminação pública.

A questão cobra os tributos que são considerados extrafiscais,


segundo a doutrina majoritária.

O tributo fiscal tem como objetivo exclusivo a arrecadação de


recursos financeiros para o Estado. São exemplos: o IR, o IPVA e o
IPTU.

Já o tributo extrafiscal tem como função principal a


interferência no domínio econômico, monetário e fiscal do País,
buscando um efeito diverso da exclusiva arrecadação de recursos
financeiros, podendo ter como função o desenvolvimento de
determinadas atividades ou setores específicos da economia.

São exemplos: o II, o IE, o IPI, o IOF e a CIDE. Por exemplo, o


Presidente da República quer intervir no comércio exterior,
incentivando as exportações e, por conseguinte, diminui a alíquota do
imposto de exportação (II) ou quer desestimular a produção de
determinado produto industrial e aumenta a alíquota do IPI.

Assim, são considerados de caráter fiscal os tributos enunciados


nas letras “A”, “B”, “C” e “D” (Imposto sobre produtos
industrializados, Imposto sobre importação e Contribuição de
intervenção no domínio econômico sobre combustíveis).

Logo, deve ser marcada a letra “E”, inclusive a taxa de


iluminação pública é considerada inconstitucional pelo Supremo
Tribunal Federal (súmula 670).

5. (ESAF/ATRFB/2010) “A redução do Imposto sobre


Produtos Industrializados − IPI para geladeiras, fogões,
máquinas de lavar e tanquinhos, produtos da linha branca,
que encerraria no próximo dia 31, foi prorrogada por mais
três meses. A partir de 10 de novembro entra em vigor uma
nova tabela cujas alíquotas passam a ser estabelecidas com
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base na eficiência energética dos produtos, de acordo com a


classificação do Programa Brasileiro de Etiquetagem,
coordenado pelo Inmetro. O anúncio foi feito nesta quinta-
feira pelo ministro da Fazenda Guido Mantega. “Nós
estamos desonerando mais os produtos que consomem
menos energia”, explicou. A medida vale até 31 de janeiro
de 2010. Segundo ele, as geladeiras, que antes do IPI baixo
tinham uma alíquota de 15%, e recuou para 5%, poderão
manter essa mesma alíquota reduzida, mas somente para
os produtos da chamada classe “A”, ou seja, com menor
consumo de energia. As geladeiras da classe “B” passarão a
ter uma alíquota de 10% e o restante voltará a ter um IPI
de 15%.” (Extraído do site www.fazenda.gov.br, notícia de
29.10.2009). Na notícia acima, identificamos um importante
aspecto do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados.
Assinale, entre as opções que se seguem, aquela que
explica e justifica tal aspecto, isto é, somente aquele que a
notícia mencionada destacou.
a) Por meio da seletividade, pode-se tributar com alíquotas
diferenciadas produtos de acordo com o seu grau de
essencialidade.
b) A notícia demonstra a aplicabilidade do princípio
constitucional da capacidade tributária, pois estabelece
alíquotas diferenciadas para as diversas categorias de
geladeiras existentes no mercado.
c) O IPI constitui uma exceção à regra geral da legalidade,
já que o Poder Executivo pode, a qualquer momento, baixar
ou restabelecer as suas alíquotas.
d) A não-cumulatividade, outra característica do IPI, visa
impedir que as incidências sucessivas nas diversas
operações da cadeia econômica de um produto impliquem
um ônus tributário muito elevado, decorrente da múltipla
tributação da mesma base econômica.
e) A extrafiscalidade consiste na possibilidade de, por meio
de alíquotas diferenciadas, estimular-se determinado
comportamento por parte da indústria e,
consequentemente, dos consumidores.

Letra (A). O IPI será seletivo, em função da essencialidade do


produto (art. 153, §3°, I, CF). Contudo, a notícia não traz exemplo de
seletividade, até porque explicitamente enuncia que a alíquota
reduzida de 5% abrange somente os produtos da chamada classe ‘A’.
Logo, incorreta.

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Letra (B). A notícia não demonstra a aplicabilidade do princípio


da capacidade tributária (art. 145, §1°), pois examina situação em
que a tributação sobre produtos das classes mais pobres possuem
carga tributária maior. Logo, incorreta.

Letra (C). O IPI constitui uma exceção à regra geral da


legalidade, já que o Poder Executivo pode baixar ou restabelecer as
suas alíquotas. Contudo, esta flexibilidade não justifica a notícia.
Portanto, incorreta.

Letra (D). A não-cumulatividade é característica obrigatória do


IPI. Todavia, a notícia não diz respeito a não-cumulatividade. Logo,
incorreta.

Letra (E). A extrafiscalidade tributária interfere diretamente no


domínio econômico, buscando um efeito diverso da exclusiva
arrecadação de recursos financeiros, podendo ter como função o
desenvolvimento de determinadas atividades ou setores específicos
da economia. Desta forma, a extrafiscalidade explica e justifica a
notícia, pois o ministro da Fazenda Guido Mantega afirma literalmente
que pretende desonerar mais os produtos que consomem menos
energia, aumentando, por conseguinte, o consumo destes bens ou
produtos. Portanto, correta.

9. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ALÍQUOTA DO TRIBUTO OU


FORMA DE QUANTIFICAÇÃO: TRIBUTOS FIXOS, TRIBUTOS
PROPORCIONAIS, TRIBUTOS PROGRESSIVOS E TRIBUTOS
REGRESSIVOS

De início, registramos a lição de Paulo de Barros Carvalho de


que as alíquotas no direito tributário podem assumir duas feições, a
saber: “(a) um valor monetário fixo, ou variável em função de
escalas progressivas da base de cálculo (p. ex.: $ 1,20 por metro
linear, até 100 metros; $2,40 por metro linear, de 100 a 300 metros,
e assim por diante); ou (b) uma fração, percentual ou não, da base
de cálculo (que neste caso será representada por quantia monetária).
Aparecendo em forma de fração, a alíquota pode ser invariável (p.
ex.: 1/25 da base de cálculo, seja qual for seu valor monetário)
progressiva (aumenta a base de cálculo, aumenta proporção) ou
regressiva (aumenta a base de cálculo, diminui a proporção)”.

Nessa medida, observamos que os tributos fixos já são de


antemão quantificados pelo legislador. A lei estabelece os valores
fixos e determinados a serem pagos em cada caso concreto.
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Com efeito, os tributos proporcionais são aqueles em que o


montante a ser pago é estabelecido pela alíquota em percentual
constante sobre a base de cálculo. Por exemplo, a cobrança de ISS
com uma alíquota de 10% sobre o valor do serviço (base de cálculo).
O valor do serviço pode variar, mas a alíquota é sempre a mesma.

Já nos tributos progressivos, a alíquota cresce à medida


que aumenta a respectiva base de cálculo. Neste caso, pode ocorrer a
denominada progressividade fiscal, que diz respeito, por exemplo, ao
imposto de renda (IR) que deve ser informado pelo critério da
progressividade.

Vejamos a tabela progressiva para o cálculo anual do IRPF a


partir do exercício de 2011, ano-calendário de 2010.

Base de cálculo anual Alíquota Parcela a deduzir do imposto


em R$ % em R$
Até 17.989,80 -
De 17.989,81 até 7,5 1.349,24
26.961,00
De 26.961,01 até 15,0 3.371,31
35.948,40
De 35.948,41 até 22,5 6.067,44
44.918,28
Acima de 44.918,28 27,5 8.313,35

A progressividade fiscal também pode ocorrer com o IPTU, pois


este pode ser progressivo em razão do valor do imóvel, a partir da
Emenda Constitucional n. 29/2000 (Súmula 668 do STF).

Ressaltamos que a progressividade também pode ser


extrafiscal, aumentando-se a alíquota não pelo crescimento da base
de cálculo, mas para desestimular determinados procedimentos
realizados pelo contribuinte. É o caso do ITR que deve ser
progressivo e suas alíquotas devem ser fixadas de forma a
desestimular a manutenção de propriedades improdutivas (art. 153,
§4º, I, da CF/88). É a hipótese também da progressividade
extrafiscal do IPTU no caso de não aproveitamento do solo urbano
pelo seu proprietário ou em razão do descumprimento da função
social da propriedade urbana, que é disciplinado no art. 182, §4º, inc.
I, II e III, da CF/88, no Estatuto da Cidade (Lei Federal nº
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10.257/2001) e também na lei do plano diretor de cada Município.

A FGV no concurso para Procurador de Contas/RJ/2008 considerou


falso o seguinte item: “Segundo a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal, a progressividade do IPTU em razão do
descumprimento da função social da propriedade urbana é
inconstitucional”.

Por fim, no tributo regressivo, a alíquota deve decrescer à


medida que aumente a base de cálculo.

1. (ESAF/TTN/1997) A Constituição Federal permite a


aplicação de alíquotas progressivas para a cobrança dos
seguintes impostos:
a) Renda e Proventos de Qualquer Natureza; Propriedade
Territorial Rural; Propriedade Predial e Territorial Urbana.
b) Renda e Proventos de Qualquer Natureza; Produtos
Industrializados; Propriedade Predial e Territorial Urbana.
c) Produtos Industrializados; Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços
de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação (ICMS); Propriedade de Veículos
Automotores.
d) Propriedade Predial e Territorial Urbana; Propriedade
Territorial Rural; ICMS.
e) Renda e Proventos de Qualquer Natureza; Produtos
Industrializados; ICMS.

A resposta correta é a letra “a”.

10. CLASSIFICAÇÃO SIMPLES DA RECEITA PÚBLICA: RECEITA


ORIGINÁRIA E RECEITA DERIVADA

As receitas originárias são decorrentes de obrigações


convencionais ou voluntárias (obrigação ex voluntate) estabelecidas
entre o Poder Público e os administrados, sem qualquer ato de
coerção (utilização do poder de império) por parte do Estado. São
exemplos de receitas originárias o preço público ou a tarifa.

As receitas derivadas são todas aquelas decorrentes de


obrigações legais impostas pelo Estado (obrigação ex lege). Isto é, a
receita derivada é decorrente de uma obrigação legal, caracterizada
pelo poder de império do Estado, utilizando-se da coercibilidade. São
exemplos: tributos em geral (impostos, taxas, contribuições de
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melhoria, empréstimos compulsórios e as contribuições especiais ou


parafiscais), penalidades pecuniárias, multas administrativas, dentre
outros.

A FCC no concurso para o SEFAZ/SP/2010 cobrou a seguinte


questão: “Classificam-se como receita originária e derivada,
respectivamente: (a) multa e imposto; (c) taxa e contribuição social;
(c) contribuição de melhoria e multa; (d) imposto e tarifa; (e) tarifa e
taxa”. A resposta é letra “e”.

Este assunto foi cobrado na prova de direito tributário também


em outros recentes concursos. Vejamos:

1. (ESAF/Analista/SP/2009) Constituem modalidade


de receita derivada, exceto:
a) tributos.
b) penalidades pecuniárias.
c) multas administrativas.
d) taxas.
e) preços públicos.

A resposta correta da primeira é a letra “e”, pois os preços


públicos são receitas originárias e não derivadas.

2. (FCC/Procurador municipal/Recife/2008) São


consideradas receitas originárias:
(A) as taxas e os impostos.
(B) as taxas e os preços públicos.
(C) os preços públicos e as tarifas.
(D) as tarifas e as taxas.
(E) os impostos e as tarifas.

A segunda é letra “c”, pois são consideradas receitas


originárias os preços públicos e as tarifas.

CAPÍTULO III TAXAS

Sumário • 1. Considerações gerais – 2. Taxa de polícia – 3. Taxa de


serviços – 4. Base de cálculo das taxas – 5. Taxas x Preço Público x
Tarifas x Pedágio.

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

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A taxa é um tributo que pode ser cobrado pela União, pelos


Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de
suas respectivas atribuições, tendo como fato gerador o exercício
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de
serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição (art. 145, II, da CF/88, c/c art. 77, caput, do
CTN).

Notamos que para efeito de instituição e cobrança de taxas,


consideram-se compreendidas no âmbito das atribuições da União,
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, aquelas taxas
que, segundo a Constituição Federal, as Constituições dos Estados, as
Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios e a legislação com
elas compatível, competem a cada uma dessas pessoas de direito
público (art. 80, do CTN).

Assim sendo, se o serviço é prestado pelo Município, dentro da


sua competência, a ele caberá criar a taxa; se o serviço é prestado
pela União, de acordo com a sua competência, é a própria União que
poderá instituir a taxa, e assim por diante.

Deste modo, a hipótese de incidência (fato gerador in


abstrato) da taxa indica que esta deve ser exigida em
contraprestação ao exercício de uma atividade por parte do Estado
(ou quem lhe faça às vezes) referida ao contribuinte, concernente ao
exercício do poder de polícia ou à prestação – efetiva ou
potencial – de serviços públicos específicos e divisíveis.

Portanto, a taxa é tributo vinculado a uma atuação estatal


ou um tributo contraprestacional (retributivo), ao contrário dos
impostos.

Deste modo, o fato gerador da taxa pode ser o Estado prestar


o serviço cartorário, fornecer certidão, vacinar. Alguns exemplos de
taxas: a taxa de serviço postal, a taxa de fiscalização de
anúncios publicitários, a taxa coleta domiciliar de lixo, a taxa
de demolição de edifícios perigosos, a taxa de destruição de
aparelhos e instrumentos danosos ao meio ambiente, a taxa de
apreensão de objetos instrumentais de delitos, dentre outras.

Com efeito, temos dois tipos de taxas distintas: a) taxa de


polícia, que decorre do exercício do poder de polícia; b) taxa de
serviços, que decorre da utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte
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ou postos a sua disposição.

2. TAXA DE POLÍCIA

Em relação à taxa de polícia, esta deve existir para cobrir os


custos administrativos com o exercício do poder de polícia
diretamente referido a certas pessoas que o provocam, ou o exigem,
em razão da sua atividade.

Poder de polícia é a atividade estatal, fundada em lei,


tendente a limitar a propriedade e a liberdade, em razão do interesse
público, com a finalidade de assegurar a igualdade no seu exercício.

Para o CTN o poder de polícia significa a atividade da


administração pública que, limitando ou disciplinando direito,
interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato,
em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene,
à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou
autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao
respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Exemplos: dar licença, dar autorização, fiscalizar, identificar etc.

Destacamos que a taxa de polícia é decorrente do exercício da


atividade de polícia administrativa, que não se confunde com a polícia
de manutenção da ordem pública ou a polícia judiciária.

A polícia administrativa incide sobre bens, direitos e


atividades, enquanto a polícia de manutenção da ordem pública ou a
polícia judiciária incide sobre pessoas.

Como bem diz Hely Lopes Meirelles: “A polícia administrativa é


inerente e se difunde por toda a Administração Pública, enquanto que
as demais são privativas de determinados órgãos (Polícias Civis) ou
corporações (Polícias Militares)”.

Portanto, por não ser atividade de polícia administrativa, a


polícia militar, a polícia civil, a polícia municipal (guarda municipal), a
polícia rodoviária federal e a polícia federal, em princípio, não podem
ser remuneradas por meio de taxa de polícia. Eventualmente, pode
ser cobrada por estas polícias alguma taxa de serviço, no caso de
prestação de serviço específico e divisível, prestado ao contribuinte
ou posto à sua disposição.

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Por sua vez, a doutrina dominante compreende que a taxa de


polícia só pode ser cobrada se exercida regularmente e
efetivamente, não podendo ser cobrada com fundamento em
potencial exercício deste poder. Destarte, neste pensamento,
somente é constitucional a taxa de polícia se existir a materialização
estatal do poder de polícia.

Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando


desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável,
com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que
a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder (art.
78, parágrafo único, do CTN).

Contudo, em relação à chamada taxa de fiscalização,


localização e funcionamento, a jurisprudência do STF compreende
que “não pode o contribuinte furtar-se à exigência tributária sob a
alegação de o ente público não exercer a fiscalização devida, não
dispondo sequer de órgão incumbido desse mister, sendo, pois,
irrelevante a falta de prova do efetivo exercício do poder de polícia”.
(RE 396.846, DJ 28/08/08; AI 553.880-AgR, DJE de 17-4-2009; RE
549.221–ED, DJE de 20-3-2009).

Logo, no STF, prevalece a orientação no sentido de que o poder


de polícia é presumido em favor do ente público (RE 581.947-AgR,
DJE de 27-2-2009).

Nesse rumo, o STJ cancelou a sua súmula 157, que


asseverava a ilegalidade da cobrança de taxa na renovação de licença
por município.

Por sua vez, recentemente, em sede de repercussão geral, o


STF julgou que “é constitucional taxa de renovação de funcionamento
e localização municipal, desde que efetivo o exercício do poder de
polícia, demonstrado pela existência de órgão e estrutura
competente para o respectivo exercício” (informativo 591).

“Afirmou-se que, à luz da jurisprudência do STF, a existência


do órgão administrativo não seria condição para o reconhecimento
da constitucionalidade da cobrança da taxa de localização e
fiscalização, mas constituiria um dos elementos admitidos para
se inferir o efetivo exercício do poder de polícia”.

Assim, o STF julgou improcedente recurso extraordinário no


qual se alegava a inconstitucionalidade da referida taxa, por ausência
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de comprovação do efetivo exercício do poder de polícia.

Nas palavras do Min. Cezar Peluso, a administração já exerce o


poder de polícia no momento da autorização do funcionamento do
estabelecimento empresarial. O poder de polícia “já está implícito na
autorização do uso da propriedade privada. Não é sequer necessário
que um agente vá ao local para que se efetive esse poder”.

Em face do exposto, podemos estabelecer os seguintes


parâmetros para concursos futuros: (a) é legítima a taxa de
renovação de alvará de localização e funcionamento; (b) não é
obrigatória a comprovação do efetivo exercício do poder de polícia,
bastando que haja órgão administrativo que exercite tal poder.

Ademais, dentre outros, registramos exemplos de taxas de


polícia consideradas constitucionais pela jurisprudência:

• Taxa de fiscalização de anúncios publicitários;


• Taxa de licença para localização de estabelecimentos
empresariais ou industriais;
• Taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores
mobiliários (Súmula 665 do STF: “É constitucional a taxa de
fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários
instituída pela Lei n. 7.940/1989”);
• Taxa de alvará ou de fiscalização de construções;
• Taxa de vigilância sanitária;
• Taxa de fiscalização e controle dos serviços públicos delegados;
• Taxa de fiscalização de atividades poluidoras e utilizadoras de
recursos ambientais;
• Taxa de avaliação in loco (feita no próprio local)
das Instituições de Ensino Superior e dos Cursos de Graduação,
a taxa florestal;
• Taxa de ocupação do solo e do espaço aéreo.

3. TAXA DE SERVIÇOS

No que concerne a taxa de serviços, esta decorre da


utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.

O que é utilização efetiva de serviços públicos? E utilização


potencial de serviços públicos? E serviços públicos específicos? E
serviços públicos divisíveis?
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Utilização efetiva de serviços públicos significa serviços


públicos usufruídos a qualquer título pelo contribuinte (art. 79, I, “a”,
do CTN).

Utilização potencial de serviços públicos ocorre, quando,


sendo de utilização compulsória (obrigatória) pelo contribuinte, sejam
postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo
funcionamento (art. 79, I, “b”, do CTN).

Ou seja, o serviço pode ser posto à disposição do contribuinte


e mesmo se este não utiliza o serviço por qualquer razão ou motivo
não fica livre do dever tributário de pagar a taxa de serviço.

Neste caso, a lei deve estabelecer que o serviço seja de


utilização compulsória, devendo também o serviço público ser
regularmente prestado e que esteja à disposição do contribuinte da
taxa.

O STF, por exemplo, entendeu como constitucional a cobrança


de taxa pela utilização potencial do serviço de coleta domiciliar de
lixo, em razão de ser um serviço público essencial à saúde da
população e que estava sendo posto à disposição contribuinte
mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento, mesmo
que o contribuinte não utilizasse o serviço ou não produzisse qualquer
espécie de lixo domiciliar. Observamos que a lei deve tornar o serviço
público obrigatório, para que a sua simples disponibilidade possa
tornar a taxa constitucional.

Noutra banda, os serviços públicos são considerados


específicos (# gerais ou universais) quando possam ser destacados
em unidades autônomas de intervenção, de unidade, ou de
necessidades públicas (art. 79, II, do CTN). Assim, o serviço deve ser
prestado pelo órgão ou entidade administrativamente instituído para
sua prestação.

Neste ponto, vale à pena citar Roque Carrazza: “Os serviços


públicos se dividem em gerais e específicos. Os serviços públicos
gerais, ditos também universais, são os prestados uti universi, isto
é, indistintamente a todos os cidadãos. Eles alcançam a comunidade
como um todo considerada, beneficiando número indeterminado (ou,
pelo menos, indeterminável) de pessoas. É o caso dos serviços de
iluminação pública, de segurança pública, de diplomacia, de defesa
externa do país etc. Esses serviços são custeados pelos impostos. Os
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serviços públicos específicos, também chamados singulares, são


os prestados uti singuli. Referem-se a uma pessoa ou a um número
determinado (ou, pelo menos, determinável) de pessoas. São de
utilização individual e mensurável. Gozam, portanto, de divisibilidade,
é dizer, da possibilidade de avaliar-se a utilização efetiva ou
potencial, individualmente considerada.”

Nesse rumo, os serviços públicos são divisíveis quando


suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos
seus usuários (art. 79, III, do CTN).

Ou seja, o oferecimento da utilização do serviço público deve


acontecer em relação a cada contribuinte e não de forma genérica
para a coletividade. O serviço público divisível é capaz de ser
prestado de forma individualizada (para cada um) e não de forma
universal (para todos).

O STF já declarou a inconstitucionalidade de diversas


taxas, porque não são serviços públicos específicos e divisíveis, quais
sejam: taxa de serviço de segurança pública, taxa de serviço de
limpeza de vias públicas ou taxa de limpeza urbana, taxa de serviço
de iluminação pública (Súmula 670: “o serviço de iluminação pública
não pode ser remunerado mediante taxa”), dentre outras.

Por sua vez, o STF já declarou que são serviços públicos


específicos e divisíveis e, portanto, constitucionais as seguintes
taxas: taxa judiciária, taxa de coleta de resíduos sólidos urbanos,
taxa de lixo e sinistro, taxa de coleta domiciliar de lixo, custas
judiciais e os emolumentos (taxa de serviços notariais e
registrais), taxa de combate a incêndio, dentre outras.

Nessa senda, surgiu a súmula vinculante 19: “A taxa cobrada


exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção
e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis, não viola o art. 145, II, da CF.”

Todavia, o STF tem considerado ilegítima a cobrança da Taxa


de Coleta de Lixo e Limpeza Pública - TCLLP, porquanto não está
vinculada apenas à coleta de lixo domiciliar, mas também a serviço
de caráter universal e indivisível, como a limpeza de logradouros
públicos, afirmando a impossibilidade, no caso, de separação
das duas parcelas.

Deste modo, o STF julga que a taxa de coleta de lixo e limpeza


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pública é vinculado não apenas à coleta de lixo domiciliar, mas


também à limpeza de logradouros públicos, hipótese em que os
serviços são executados em benefício da população em geral (uti
universi), sem possibilidade de individualização dos respectivos
usuários e, conseqüentemente, da referibilidade a contribuintes
determinados, não se prestando para custeio mediante taxa.

Isto significa que o seguinte: (a) a taxa de limpeza pública é


inconstitucional, uma vez que o serviço de limpeza de logradouros
e bens públicos é universal e indivisível; (b) a taxa de coleta,
remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes
de imóveis de lixo é constitucional (taxa de coleta de lixo), sendo
serviço público específico e divisível; (c) a taxa de coleta de lixo e de
limpeza pública é inconstitucional, em razão da impossibilidade de
separação das duas parcelas.

Realçamos também que o STF adota o entendimento favorável


a constitucionalidade da taxa de prevenção de incêndio, por
tratar-se de serviço público e divisível, cujos beneficiários são
suscetíveis de referência individual (RE 206.777-6/SP, RMS
24382/MG).

Porém, deve-se ressaltar que é inconstitucional a taxa de


segurança pública que diz respeito exclusivamente à atividade
de segurança da polícia. Por exemplo, não se pode cobrar taxa
pelo serviço público de atividade policial-militar, inclusive
policiamento preventivo, devendo essa atividade estatal ser
sustentada pelos impostos (ADI 1.942-MC, ADI 2.424).

Ou seja, segundo o STF, é constitucional a taxa de segurança


pública, devida pela utilização potencial do serviço de extinção
de incêndio; contudo, é inconstitucional a taxa de segurança
pública cobrada em razão de atividade de segurança da polícia.

4. BASE DE CÁLCULO DAS TAXAS

A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos


aos que correspondam a imposto e nem ser calculada em função do
capital das empresas (art. 145, §2º, da CF/88, c/c art. 77, par. único,
do CTN).

Verificamos, assim, que as taxas diferem dos impostos porque


além de ter (i) o fato gerador vinculado ao exercício de uma
atividade estatal (tributo vinculado), (ii) a base de cálculo das taxas

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deve quantificar a atividade estatal referida ao contribuinte,


refletindo, por exemplo, o custo da fiscalização ou do serviço
prestado.

Interpretando tal tema, o STF aprovou a súmula vinculante


29: “É constitucional a adoção no cálculo do valor de taxa de um
ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado
imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e
outra”.

Em outras palavras, o STF entende como constitucional a lei


instituidora da taxa que adote um ou mais elementos que compõem a
base de cálculo própria dos impostos, desde que não exista
identidade integral entre a base de cálculo da taxa e a base de
cálculo do imposto. Logo, segundo o STF, no cálculo da taxa, não há
como se exigir precisa correspondência com o valor destinado a
prestação do serviço ou a adoção de fatores exclusivamente
vinculados ao seu custo. Assim, o STF julga que a CF/88 exige a
ausência completa de identidade da base de cálculo da taxa com a
base de cálculo própria dos impostos.

Neste sentido, o STF já sumulou o entendimento de que é


inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de
rodagem cuja base de cálculo seja idêntica a do imposto territorial
rural (ITR) (Súmula 595).

O STF também entende que a base de cálculo da taxa de


fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários é
constitucional (Súmula 665), uma vez que os valores das taxas
são fixos. E a alteração do valor de acordo com o patrimônio do
contribuinte não significa dizer que a Lei 7.940/89 elegeu como base
de cálculo da taxa o próprio patrimônio do contribuinte.

O STF igualmente julgou constitucional que a taxa de


serviços notariais e registros (custas e emolumentos) seja fixada
em valores fixos dispostos de acordo com o valor do imóvel objeto do
negócio. De fato, o STF afirmou literalmente que os valores dos
imóveis são utilizados apenas como padrão para determinar o valor
da taxa, o que quer dizer que o valor do imóvel (base de cálculo do
IPTU) não é à mesma base de cálculo da taxa.

Ademais, recentemente o STF compreendeu que a taxa


municipal de fiscalização, localização e funcionamento cobrada como
contrapartida ao poder de polícia calculada em razão da área
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fiscalizada não viola o texto constitucional, uma vez que tal dado
não poder ser confundido com qualquer dos fatores que entram na
composição da base de cálculo do IPTU.

O STF, por sua vez, já decidiu que a “taxa, enquanto


contraprestação a uma atividade do Poder Público, não pode
superar a relação de razoável equivalência que deve existir entre
o custo real da atuação estatal referida ao contribuinte e o valor que
o Estado pode exigir de cada contribuinte” (ADI 2.551).

Nesse rumo, o STF admite que a taxa judiciária seja calculada


em função do valor da causa ou da condenação, desde que se
obedeça ao princípio da razoabilidade e que se determine um limite
para este valor, pois o valor excessivo da taxa pode ferir o princípio
constitucional do livre acesso à jurisdição. É o que diz a súmula 667
do STF: “viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa
judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa”.

5. TAXAS X PREÇO PÚBLICO X TARIFAS X PEDÁGIO

A distinção entre taxa e preço público (também chamado de


tarifa) pode ser verificada com a seguinte tabela:

TAXA PREÇO PÚBLICO (TARIFA)


Regime jurídico de direito Regime jurídico contratual
tributário (legal). (direito privado) e de direito
administrativo (legal).
A obrigação jurídica é de A obrigação jurídica é, sobretudo,
natureza tributária. de natureza contratual.
Decorre da lei. Decorre da autonomia da
vontade.
Não admite rescisão. Admite rescisão.
A taxa de serviço pode ser Só a utilização efetiva enseja a
cobrada por utilização potencial cobrança.
do serviço.
Sujeita aos princípios tributários Não sujeita aos princípios
(legalidade, anterioridade etc.). tributários.
É receita pública derivada É receita pública originária
(existência do poder de império). (inexistência do poder de
império).
O sujeito ativo é uma pessoa O sujeito ativo é uma pessoa
jurídica de direito público. jurídica de direito público ou de
direito privado (ex.:

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concessionária de serviço
público).
Há taxa decorrente do exercício Não há preço público cobrado em
do poder de polícia. razão do exercício do poder de
polícia.
A taxa admite extrafiscalidade. O preço público, em regra, não
admite extrafiscalidade,
objetivando o lucro.

Assim sendo, o STF considera o preço público e a tarifa como


sinônimos.

Entretanto, parte minoritária da doutrina distingue preço


público de tarifa da seguinte forma: a denominação preço público é o
gênero e a tarifa é uma espécie de preço público; a tarifa seria o
preço público cobrado pelas concessionárias ou permissionárias de
serviços públicos (art. 175, parágrafo único, da CF/88).

Nesse rumo, registramos a súmula 545 do STF: “preços de


serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas,
diferentemente daquelas, são compulsórias e têm sua cobrança
condicionada à previa autorização orçamentária, em relação à lei que
as instituiu”.

O problema interpretativo desta súmula se refere ao emprego


do critério da “compulsoriedade” (obrigatoriedade) para apartar a
taxa do preço público, uma vez que a segunda parte da súmula diz
respeito à anualidade tributária, que não está mais de acordo com o
atual panorama constitucional brasileiro.

Decerto, com fundamento na doutrina de Caio Tácito, tal


súmula compreende que os serviços tipicamente estatais, prestados
privativamente pelo Estado (taxas judiciárias, de polícia e de
registro), devem se remunerados por taxa; enquanto os serviços não
tipicamente estatais (serviços ferroviários, telefônicos e de
transporte) devem ser remunerados por preço público, pois, embora
possam ser prestados pelo Estado, não lhes são privativos.

Contudo, a atual jurisprudência do STF é pacífica no sentido de


que, a despeito de sua “compulsoriedade”, a contraprestação dos
serviços de coleta, tratamento e destino final de esgotos sanitários
não se submete aos princípios e regras jurídico-tributárias (RE-ED
456.048, DJ de 30.09.2005; RE 471119, DJ de 24.02.2006; RE
330.353, DJ de 10.5.2005).
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Por conseguinte, enfatizamos que o STF e o STJ consolidaram o


entendimento de que a contraprestação pelos serviços de água e
esgoto por concessionária de serviço público não possui
caráter tributário por ter natureza jurídica de tarifa ou preço
público e que sua prescrição é regida pelo Código Civil. O mesmo
raciocínio é aplicado pelo STF ao fornecimento de energia elétrica, ou
seja, é custeado por meio de tarifa (RE n° 96.590).

Por outro lado, segundo o STF (ADPF 46, DJE de 26-2-2010), a


exploração do serviço postal e o correio aéreo nacional é de
competência exclusiva e indelegável da União, ou seja, é atividade
privativa do Estado. Deste modo, segundo entendimento da ESAF, o
serviço postal deve ser custeado por meio de taxa.

Noutro ponto, a natureza jurídica do pedágio não é sempre


a mesma da taxa.

A CF/88 proibiu os entes federativos (União, Estados-membros,


Distrito Federal e Municípios) de estabelecer limitações ao tráfego de
pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela
utilização de vias conservadas pelo Poder Público.

Assim, o pedágio tem natureza jurídica de taxa (espécie


tributária) quando explorado diretamente por pessoa jurídica de
direito público. Neste sentido, já admitiu o STF no julgamento do
extinto selo-pedágio (RE 181.475/RS).

Todavia, quando o pedágio for cobrado por concessionária ou


permissionária de serviço público, afirma-se que o pedágio tem
natureza de preço público ou tarifa.

(ESAF/Analista/SP/2009) Assinale a opção que


representa uma taxa pública.
a) Serviço de água.
b) Serviço de energia.
c) Serviço de esgoto.
d) Pedágio explorado diretamente ou por concessão.
e) Serviço postal.

A resposta considerada correta foi a da alternativa “e”.

Realmente, no Brasil, o serviço postal é cobrado por meio de


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taxa de serviço, pois este serviço é de competência exclusiva da


União (art. 21, X, da CF/88) e não pode ser explorado mediante
autorização, permissão ou concessão.

Nesse rumo, os serviços de energia, água e esgoto podem ser


remunerados por tarifa ou preço público quando prestados sob o
regime de autorização, permissão e concessão de serviço público
(art. 21, XI e XII c/c art. 175, parágrafo único, III, da CF/88).
Entretanto, quando estes serviços forem cobrados pelos entes
federativos (União, Estados-membros, DF e Municípios) a doutrina
predominante entende que tem caráter de tributo (taxa). O problema
é que a questão é objetiva, devendo-se marcar a mais correta, que
realmente é a letra “e”.

O erro da letra “d” é que o pedágio explorado por concessão


não representa uma taxa, mas sim uma tarifa, conforme
entendimento reiterado da jurisprudência.

Vamos agora a diversas questões de extrema relevância já


cobradas pelos concursos públicos.

Quero que você acerte todas!!!

1. “As taxas poderão ser instituídas em razão do exercício


do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis,
prestados ou postos à disposição do contribuinte”
(ESAF/IRB/2006).

A primeira questão é verdadeira.

2. “Território Federal pode instituir taxa”


(ESAF/PFN/2006).

A segunda é falsa, porque o Território Federal não pode


instituir taxa, uma vez que esta competência é da União, dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.

3. “É permitido que o serviço de iluminação pública seja


remunerado mediante taxa” (ESAF/AFTE/RN 2005).

A terceira é falsa, porque o serviço de iluminação pública não


pode ser remunerado mediante taxa (Súmula 670 do STF), uma vez
que não é serviço público específico e divisível.
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4. “Não é permitido instituir e cobrar taxa de conservação


de estradas de rodagem cuja base de cálculo seja idêntica
à do imposto sobre propriedade territorial rural”
(ESAF/AFTE/RN 2005).

O quarto enunciado é correto, pois as taxas não podem ter


base de cálculo própria de impostos e a súmula 595 do STF dispõe
que é inconstitucional a taxa de conservação de estradas de rodagem
cuja base de cálculo seja idêntica à do imposto sobre propriedade
territorial rural (ITR).

5. (ESAF/AFRFB/2003) Indique a opção que preenche


corretamente as lacunas, consideradas as pertinentes
disposições do Código Tributário Nacional. Para efeito de
fato gerador e cobrança de taxa, considera-se regular o
exercício do poder de polícia quando desempenhado
_________________ nos limites da lei aplicável, com
observância ________________ e, tratando-se de
atividade que a lei tenha como
_____________________, sem abuso ou desvio de
poder.
a) pelo Poder Público / das disposições regulamentares
aplicáveis / contrária aos bons costumes
b) por órgão de segurança pública / das normas
administrativas aplicáveis / perigosa
c) pelo órgão competente / de procedimentos
administrativos / vinculada
d) somente por órgão de segurança pública / do devido
processo legal / atentatória a direitos fundamentais
e) pelo órgão competente / do processo legal /
discricionária

A quinta questão é a letra “e”, cobrando o art. 78, parágrafo


único, do CTN, que considera regular o exercício do poder de polícia
quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei
aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio
de poder.

6. (ESAF/AFTE/RN 2005) Preencha as lacunas do texto


abaixo e escolha, em seguida, a opção que contém a
seqüência em que foram preenchidas.
Para fins de instituição e cobrança de taxas, o Código
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Tributário Nacional considera os serviços públicos:


_______________, quando suscetíveis de utilização,
separadamente, por parte de cada um dos seus usuários;
_________________, quando possam ser destacados em
unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de
necessidade públicas; __________________ utilizados
pelo contribuinte, quando por ele usufruídos a qualquer
título.
a) específicos / unitários / potencialmente
b) individuais / autônomos / virtualmente
c) utilizáveis / independentes / normalmente
d) potenciais / necessários / essencialmente
e) divisíveis / específicos / efetivamente

A sexta é a letra “e” também, pois o CTN considera os serviços


públicos: divisíveis, quando suscetíveis de utilização,
separadamente, por parte de cada um dos seus usuários;
específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas
de intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas;
efetivamente utilizados pelo contribuinte, quando por ele usufruídos
a qualquer título (art. 79).

7. (ESAF/AFRFB 2006) Taxas, na dicção do artigo 145,


inciso II, da Constituição Federal, constituem a
modalidade de tributo que se podem cobrar em razão do
exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis,
prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.
Sobre a taxa, é errado afirmar que
a) é um tributo cuja base de cálculo ou fato gerador há de
ser diversa dos de imposto, e não pode ser calculada em
função do capital das empresas.
b) competente para instituir e cobrar a taxa é a pessoa
política – União, Estado, Distrito Federal ou Município –
legitimada para a realização da atividade que caracterize
o fato gerador do tributo.
c) os serviços públicos que ensejam sua cobrança
consideram-se utilizados pelo contribuinte, efetivamente,
quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à
sua disposição mediante atividade administrativa em
efetivo funcionamento.
d) serviços públicos específicos são aqueles destacáveis
em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou
de necessidade públicas.
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e) serviços públicos divisíveis são aqueles suscetíveis de


utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.

A sétima questão é a letra “c”, uma vez que os serviços


públicos que ensejam sua cobrança consideram-se utilizados pelo
contribuinte, potencialmente, quando, sendo de utilização
compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade
administrativa em efetivo funcionamento (art. 79, I, “b”, do CTN).

8. (ESAF/PGDF/2007.1 - adaptada) Marque com V a


assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando em
seguida a opção correspondente.
( ) A autorização para que loja coloque anúncio luminoso
na porta externa, concedida (a autorização) pela
administração municipal, pode ensejar a cobrança, pelo
Município, de uma taxa fundada no seu poder de polícia.
( ) O serviço de iluminação pública, pela sua natureza
jurídica, deve ser sempre remunerado mediante taxa.
( ) Tributo exigido em virtude de serviços públicos
postos à disposição do contribuinte, mas não utilizados
por ele, constitui taxa de serviço.
( ) É constitucional a taxa municipal de conservação de
estradas de rodagem que tem como base de cálculo a
adotada para o imposto territorial rural.
a) V, V, V, V
b) V, V, F, F
c) V, F, V, F
d) F, V, V, F
e) F, F, F, F

A oitava questão é a letra “c”. No que se refere à primeira


assertiva desta questão, é a famosa taxa de polícia, especificada
normalmente como taxa de fiscalização de anúncios
publicitários.

9. “É inconstitucional a taxa de fiscalização dos mercados


de títulos e valores mobiliários instituída pela Lei n.
7.940, de 1989, haja vista não ser conferido, pelo
ordenamento jurídico positivado, poder de polícia à
Comissão de Valores Mobiliários” (ESAF/PGDF/2007).

A nona questão é falsa, uma vez que é constitucional a taxa


de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários instituída
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pela Lei n. 7.940, de 1989, haja vista ser conferido, pelo


ordenamento jurídico positivado, poder de polícia à Comissão de
Valores Mobiliários (Súmula 665 do STF).

10. “Os serviços gerais prestados por órgãos de


Segurança Pública não podem ser sustentados por taxas.
Essa atividade pública, por sua natureza, deve ser
retribuída, genericamente, por impostos”
(ESAF/PGDF/2007).

A décima é verdadeira, pois os serviços gerais prestados por


órgãos de Segurança Pública não podem ser sustentados por taxas,
uma vez que não são serviços públicos específicos e divisíveis.

11. “As bases de cálculo dos impostos, das taxas e das


contribuições de melhoria podem ser idênticas”
(ESAF/AFTM/TERESINA 2002).

12. “As bases de cálculo dos impostos devem estar


relacionadas com o serviço público prestado aos
contribuintes” (ESAF/AFTM/TERESINA 2002).

13. (FCC/Fiscal de Rendas/SP/2006) As taxas têm


como fato gerador a utilização efetiva ou potencial do
poder de polícia ou o exercício regular do serviço público
específico e indivisível.

14. (FCC/Fiscal de Rendas/SP/2006) As taxas


poderão ter base de cálculo própria de impostos.

A décima primeira, a décima segunda e a décima quarta são


falsas, pois as bases de cálculo dos impostos, das taxas e das
contribuições de melhoria não podem ser idênticas e as bases de
cálculo dos impostos não têm qualquer relação ou pertinência com os
serviços públicos prestados aos contribuintes.

A décima terceira é falsa, uma vez que as taxas têm como fato
gerador a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível, ou o exercício regular do poder de polícia. O
poder de polícia deve ser efetivamente prestado.

15. (FCC/Fiscal de Rendas/SP/2006) A União, os


Municípios e o Distrito Federal poderão instituir taxa para
o custeio do serviço de iluminação pública.
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A décima quinta é falsa, porque apenas os Municípios e o


Distrito Federal poderão instituir contribuição para o custeio do
serviço de iluminação pública e não a União.

Do mesmo modo, a União, os Municípios e o Distrito Federal


não poderão instituir taxa para o custeio do serviço de iluminação
pública (Súmula 670 do STF), uma vez que o serviço de iluminação
público não é serviço público específico e divisível.

16. (FGV/Advogado/2008/Senado Federal) É tributo


contraprestacional:
(A) a CSLL.
(B) o IRPJ.
(C) a COFINS.
(D) a contribuição para o CREA.
(E) a taxa judiciária.

A décima sexta é letra “e”, uma vez que a taxa é tributo


contraprestacional, sendo exigida em contraprestação ao exercício de
uma atividade por parte do Estado (ou quem lhe faça às vezes)
referida ao contribuinte.

17. (FUNDATEC/Professor Temporário/UERS/2007)


As taxas têm como fato gerador o exercício regular de
poder de política, ou a utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos à sua disposição.

A décima sétima é verdadeira, de acordo com o art. 145, II,


da CF/88.

18. (FGV/FISCAL DE RENDAS/RJ/2009) As taxas,


cobradas em razão do exercício do poder de polícia ou pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos
a sua disposição, não poderão ter base de cálculo própria de
impostos.

É verdadeira, de acordo com o art. 145, II, e §2°, da CF/88:


“A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
instituir os seguintes tributos taxas, em razão do exercício do poder
de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua
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disposição”; “As taxas não poderão ter base de cálculo própria de


impostos”.

19. (FGV/JUIZ DE DIREITO/PA/2009) A taxa e o preço


público se caracterizam por:
(A) o preço público ser receita derivada do Estado e a taxa
ser receita originária.
(B) a cobrança da taxa obedecer ao princípio da
proporcionalidade do uso e a do preço público não.
(C) o preço público poder ser cobrado pela utilização
potencial do serviço, enquanto e a taxa não poder.
(D) a taxa ter como sujeito ativo pessoa jurídica de direito
público e o preço público poder ser exigido por pessoa
jurídica de direito privado.
(E) o regime jurídico da taxa ser sui generis, já o dos preços
públicos ser, sobretudo, contratual.

A letra “a” é falsa, pois o preço público é receita originária do


Estado e a taxa é receita derivada.

A letra “b” é falsa, pois a cobrança da taxa não atende


necessariamente o princípio da proporcionalidade do uso, eis que
pode ser cobrada pela utilização potencial do serviço público.

Em outras palavras, a taxa pode ser cobrada ao contribuinte


sem que este tenha se utilizado efetivamente do serviço. Ou seja, o
princípio da proporcionalidade do uso afirma que deve existir uma
relação de proporcionalidade entre o uso efetivo do serviço e preço
cobrado ao usuário.

A letra “c” é falsa, pois a taxa poder ser cobrada pela


utilização potencial do serviço, enquanto o preço público não pode.

A letra “d” é verdadeira, uma vez que a taxa deve ter como
sujeito ativo pessoa jurídica de direito público e o preço público pode
ser exigido por pessoa jurídica de direito privado ou pessoa jurídica
de direito público.

A letra “e” é falsa, pois o regime jurídico da taxa é o tributário,


já o dos preços públicos pode ser considerado, sobretudo, contratual.

20. (FCC/Defensoria Pública/Pará/2010) Pode ser


definido como hipótese de incidência de imposto e taxa,
respectivamente,
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(A) serviços de qualquer natureza e exercício regular do


poder de polícia.
(B) transmissão de bem imóvel e serviço público
específico e indivisível.
(C) propriedade e serviço de comunicação.
(D) serviço público específico e divisível e serviço de
pavimentação.
(E) serviço de comunicação e serviços de qualquer
natureza.

LETRA A

Pode ser definido como hipótese de incidência de imposto a


prestação de serviços de qualquer natureza, tal como previsto no art.
156, III, da CF/88, que estabelece a competência dos Municípios para
instituir impostos sobre serviços de qualquer natureza (ISS), não
compreendidos nas hipóteses de incidência do ICMS.

Já a taxa pode ter como hipótese de incidência o exercí-


cio regular do poder de polícia (art. 145, II, da CF/88).

Portanto, correta.

LETRA B

Pode ser definido como hipótese de incidência de imposto a


transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens
imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre
imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua
aquisição serviços de qualquer natureza, tal como previsto no art.
156, II, da CF/88.

Já a taxa pode ter como hipótese de incidência a utilização,


efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado
ao contribuinte ou posto à sua disposição (art. 145, II, da CF/88).

Portanto, incorreta.

LETRA C

Pode ser definido como hipótese de incidência de imposto, por


exemplo, propriedade predial e territorial urbana (IPTU), tal como
previsto no art. 156, I, da CF/88.

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Já a taxa só pode ter como hipótese de incidência ou fato


gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado
ao contribuinte ou posto à sua disposição (art. 145, II, da CF/88).

Portanto, incorreta.

LETRA D

Não pode ser definido como hipótese de incidência de imposto


serviço público específico e divisível.

Portanto, incorreta.

LETRA E

Pode ser definido como hipótese de incidência de imposto os


serviços de comunicação, tal como nas operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda
que as operações e as prestações se iniciem no exterior (ICMS),
segundo o art. 155, II, da CF/88.

Os serviços de qualquer natureza não podem ser considerados


como hipótese de incidência das taxas.

Portanto, incorreta.

21. (FCC/Analista Judiciário/TRF-2°Região/2008)


No que diz respeito às taxas é certo que,
(A) é facultativa e também leva em conta a realização
de obra ou serviço público, de que decorra valorização
imobiliária.
(B) seu fato gerador poderá ser uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica.
(C) podem, em certos casos, ter base de cálculos
idêntica a dos impostos, e ser calculadas em função do
capital das empresas.
(D) tem como fato gerador, além de outros elementos,
o exercício regular do Poder de Polícia.
(E) sua hipótese de incidência não é vinculada, salvo
quando criada no caso de investimento público urgente
e de relevante interesse estatal.

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LETRA A

A taxa é obrigatória, eis que é tributo. E a contribuição de


melhoria só deve ser cobrada em decorrência de obra pública que
cause valorização imobiliária.

Portanto, incorreta.

LETRA B

O imposto é que poderá ter como fato gerador uma situação


independente de qualquer atividade estatal específica e não as taxas.

Portanto, incorreta.

LETRA C

As taxas nunca podem ter bases de cálculos idênticas a dos


impostos e também não podem ser calculadas em função do capital
das empresas, de acordo com o art. 145, §2º, da CF/88, c/c art. 77,
parágrafo búnico, do CTN.

Portanto, incorreta.

LETRA D

A taxa é um tributo que pode ser cobrado pela União, pelos


Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, tendo como fato gerador o exercício
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial,
de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição (art. 145, II, da CF/88, c/c art. 77, caput, do
CTN). Portanto, a assertiva é correta.

LETRA E

A hipótese de incidência (fato gerador in abstrato) da taxa é


sempre vinculada a uma atuação estatal.

Decerto, a hipótese de incidência da taxa indica que esta deve


ser exigida em contraprestação ao exercício de uma atividade por
parte do Estado (ou quem lhe faça às vezes) referida ao contribuinte,
concernente ao exercício do poder de polícia ou à prestação –
efetiva ou potencial – de serviços públicos específicos e
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divisíveis. Portanto, a taxa é tributo vinculado a uma atuação


estatal ou um tributo contraprestacional (retributivo), ao contrário
dos impostos.

Portanto, incorreta.

22. (FCC/Fiscal de Rendas/SP/2006/adaptada)


Em relação às taxas, o nosso ordenamento jurídico,
expressamente, dispõe:
(A) As taxas têm como fato gerador a utilização efetiva
ou potencial do poder de polícia ou o exercício regular
do serviço público específico e indivisível.
(B) Ao se referir à imunidade recíproca, a Constituição
Federal veda à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios instituir taxas e impostos uns dos
outros.
(C) As taxas poderão ter base de cálculo própria de
impostos.
(D) A União, os Municípios e o Distrito Federal poderão
instituir taxa para o custeio do serviço de iluminação
pública.
(E) As taxas têm como fato gerador fato gerador o
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.

LETRAS A e E

A taxa tem como fato gerador o exercício regular do poder de


polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição (art. 145, II, da CF/88, c/c art. 77, caput, do CTN).

Portanto, incorreta a letra “a” e correta a letra “e”.

LETRA B

Ao se referir à imunidade recíproca, a Constituição Federal de


1988 veda à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
instituir impostos uns dos outros e não taxas, de acordo com o art.
150, VI, alínea “a”.

Portanto, incorreta.
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LETRA C

As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos,


segundo art. 145, §2°, da CF/88.

Portanto, incorreta.

LETRA D

A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal não


poderão instituir taxa para o custeio do serviço de iluminação pública.

O fundamento é o seguinte: os serviços públicos são


considerados específicos (# gerais ou universais) quando possam
ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de unidade,
ou de necessidades públicas (art. 79, II, do CTN).

Assim, o STF já declarou a inconstitucionalidade de


diversas taxas, porque não são serviços públicos específicos e
divisíveis, quais sejam: taxa de serviço de segurança pública, taxa de
serviço de limpeza de vias públicas ou taxa de limpeza urbana, taxa
de serviço de iluminação pública (Súmula 670: “o serviço de
iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa”),
dentre outras.

Portanto, incorreta.

23. (FCC/Analista/Agência reguladora/CE/2007)


Taxa e preço público são institutos distintos. A taxa
(A) é um tributo decorrente de atividade prestada de
forma direta pelo Poder Público; enquanto o preço
público ou tarifa remunera o concessionário de serviço
público.
(B) é classificada como receita originária; enquanto o
preço público como receita derivada.
(C) e o preço público podem ser cobrados por pessoas
jurídicas de direito privado mesmo quando estas não
sejam delegadas de serviço público.
(D) remunera exercício de serviço outorgado a
particular; enquanto o preço público decorre de
exercício de atividade prestada exclusivamente pelo
Poder Público.

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(E) não depende de lei para ser instituída ou majorada,


ao contrário do preço público, que se submete ao
princípio da legalidade.

LETRA A

A taxa é um tributo decorrente de atividade prestada de forma


direta pelo Poder Público, isto é, a taxa é decorrente de atividade
prestada apenas por pessoa jurídica de direito público (Administração
Direta e Administração Indireta – apenas autarquias e fundações de
direito público).

Já o preço público ou tarifa remunera o concessionário ou


permissionário de serviço público ou pessoa jurídica de direito
público.

Portanto, correta.

LETRA B

A taxa é classificada como receita derivada de natureza


tributária; enquanto o preço público é classificado como receita
originária de natureza não tributária.

Portanto, incorreta.

LETRA C

O preço público só pode ser cobrado por pessoas jurídicas de


direito privado quando estas sejam concessionárias ou
permissionárias de serviço público. Dispõe o art. 175, parágrafo
único, inc. III, da CF/88: “Incumbe ao Poder Público, na forma da lei,
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre
através de licitação, a prestação de serviços públicos. Parágrafo
único. A lei disporá sobre: III - política tarifária”.

Portanto, incorreta.

LETRA D

A taxa remunera o exercício regular do poder de polícia,


ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição (art. 145, II, da CF/88, c/c art. 77, caput, do CTN).
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O preço público decorre de exercício de atividade prestada


diretamente pelo Poder Público ou sob regime de concessão ou
permissão de serviços públicos.

Portanto, incorreta.

LETRA E

A taxa deve observar os princípios constitucionais tributários,


inclusive o da legalidade, por isso depende de lei para ser instituída
ou majorada.

Já o preço público não se sujeita aos princípios constitucionais


tributários. Assim, o preço público não depende necessariamente de
lei para ser instituído ou majorado.

Portanto, incorreta.

24. (FCC/Técnico em Direito/Assembléia Legislativa


de São Paulo/2010). Segundo Geraldo Ataliba, “Não há
possibilidade jurídica de confusão entre taxa e preço. Nem
há, como muitos supõem, liberdade do legislador em
converter uma na outra e vice-versa. Juridicamente, são
coisas reciprocamente repelentes e excludentes”. Partindo
deste pressuposto, é traço distintivo entre taxa e preço
público o fato da taxa
(A) remunerar obra pública e o preço remunerar serviço
público prestado pelo Poder Público sem exclusividade.
(B) ser fixada contratualmente e o preço ser fixado por
decreto.
(C) ser receita originária de natureza tributária e o preço
ser receita derivada de natureza não tributária.
(D) remunerar serviço público prestado pelo Poder Público
e o preço remunerar serviço público delegado a particular.
(E) remunerar poder de polícia e o preço remunerar
serviço público indivisível.

LETRA A

A taxa remunera serviço público e não obra pública


(contribuição de melhoria).

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Já o preço público ou tarifa remunera o concessionário ou


permissionário de serviço público ou pessoa jurídica de direito
público.

Portanto, incorreta.

LETRA B

A taxa deve ser fixada por lei.

Portanto, incorreta.

LETRA C

A taxa é classificada como receita derivada de natureza


tributária; enquanto o preço público é classificado como receita
originária de natureza não tributária.

Portanto, incorreta.

LETRA D

A taxa remunera serviço público prestado pelo Poder Público e


o preço remunera serviço público delegado a particular.

Portanto, correta.

LETRA E

O preço público não remunera serviço público indivisível.

Portanto, incorreta.

25. (FCC/APOF/SP/2010). Um tributo que remunera o


exercício regular do poder de polícia consistente na
concessão de alvará de construção é da espécie
(A) imposto.
(B) contribuição de interesse de categoria econômica.
(C) taxa.
(D) tarifa.
(E) contribuição de segurança pública.

O tributo que remunera o exercício regular do poder de polícia


consistente na concessão de alvará de construção é da espécie taxa.
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26. (ESAF/AFRFB/2010) Sobre as taxas, podemos


afirmar, exceto, que:
a) o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte,
mas um fato do Estado; este exerce determinada atividade,
e por isso cobra a taxa das pessoas que dela se aproveitam.
b) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança
de taxa, pode consistir no exercício regular do poder de
polícia.
c) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança
de taxa, pode consistir na prestação ao contribuinte, ou na
colocação à disposição deste, de serviço público específico,
divisível ou não.
d) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas
com os impostos, e não com as taxas.
e) o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa,
considera-se regular quando desempenhado pelo órgão
competente e nos limites da lei aplicável, com observância
do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha
como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

Letra (A). O fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte


(por exemplo, auferir renda ou possuir propriedade imobiliária rural),
mas um fato do Estado, que é o exercício do poder de polícia ou a
prestação de serviço público específico e divisível. Logo, correta.

Letra (B). O fato gerador da taxa pode ser o exercício do poder


de polícia (art. 145, §2°, CF). Logo, correta.

Letra (C). A cobrança de taxas pressupõe, no caso de serviços


públicos, sua utilização, potencial ou efetiva. E que os serviços sejam
sempre específicos e divisíveis, sendo prestados ao contribuinte ou
postos a sua disposição (art. 145, §2°, CF). Logo, incorreta.

Letra (D). Segundo entendimento consagrado no STF (ADI


1.942-MC, ADI 2.424), as atividades ou serviços gerais do Estado
(por exemplo, prestados por órgãos de Segurança Pública) devem ser
financiadas com os impostos, e não com as taxas, pois não são
serviços públicos específicos e divisíveis. Logo, correta.

Letra (E). De acordo com o parágrafo único do art. 78 do CTN,


considera-se regular o exercício do poder de polícia quando
desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável,
com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a
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lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. Logo,


correta.

27. (FEPESE/2008/Prefeitura Municipal de Balneário


Camboriú/Fiscal da Fazenda) Sobre os princípios gerais
constitucionais do sistema tributário nacional, assinale a
alternativa incorreta:
(A) As taxas não poderão ter base de cálculo própria de
impostos.
(B) Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal
e serão graduados segundo a capacidade econômica do
contribuinte.
(C) As contribuições sociais e de intervenção no domínio
econômico não incidirão também sobre a importação de
produtos estrangeiros ou serviços.
(D) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
poderão instituir taxas, em razão do exercício do poder de
polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte
ou postos a sua disposição.
(E) Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais
de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da
concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por
lei, estabelecer normas de igual objetivo.

As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos,


de acordo com o art. 145, §2°, da CF. Logo, correta a letra “a”.

Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e


serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, de
acordo com o art. 145, §1°, da CF. Logo, correta a letra “b”.

As contribuições sociais e de intervenção no domínio


econômico incidirão sobre a importação de produtos estrangeiros ou
serviços e não incidirão sobre as receitas decorrentes de
exportação, de acordo com o art. 149, §2°, I e II, da CF. Logo,
incorreta a letra “c”.

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão


instituir taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição, de
acordo com o art. 145, II, da CF. Logo, correta a letra “d”.

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Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de


tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência,
sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas
de igual objetivo, de acordo com o art. 146-A, da CF. Logo, correta a
letra “e”.

28. (FEPESE/2008/Prefeitura Municipal de


Florianópolis/Consultor Jurídico) O tributo cuja
obrigação tem por fato gerador uma situação independente
de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte, denomina-se:
(A) Taxa.
(B) Tarifa.
(C) Imposto.
(D) Contribuição social.
(E) Contribuição de melhoria.

Segundo o art. 16 do CTN, o tributo cuja obrigação tem por


fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal
específica, relativa ao contribuinte, denomina-se imposto.

Logo, correta a letra “c”.

CAPÍTULO IV CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

A contribuição de melhoria pode ser instituída pela União,


pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de
suas respectivas atribuições.

De fato, tal como nas taxas, a competência tributária para a


criação da contribuição de melhoria foi repartida entre os entes
federativos.

Nessa medida, a contribuição de melhoria é instituída para


fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização
imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para
cada imóvel beneficiado, conforme disciplinado no art. 81, do CTN.

Segunda CF/88, a contribuição de melhoria deve ser exigida


em decorrência de obra pública (art. 145, III).

Entretanto, apesar do laconismo da CF/88, a contribuição de


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melhoria só deve ser cobrada em decorrência de obra pública que


cause valorização imobiliária, conforme entendimento
predominante na doutrina e jurisprudência.

Deste modo, o fato gerador ou hipótese de incidência da


contribuição de melhoria consiste em obter (auferir) valorização
imobiliária, decorrente de obra pública. Esta valorização imobiliária
é chamada de mais valia por alguns autores.

Observamos, portanto, que as contribuições de melhoria estão


vinculadas a uma atuação estatal, referida ao contribuinte, que é a
realização de obra pública que motive a valorização do imóvel.
Portanto, a contribuição de melhoria é um tributo vinculado.

Com base neste fundamento, a doutrina entende que a


contribuição de melhoria observa o postulado da vedação (proibição)
ao enriquecimento sem causa, uma vez que apenas determinado
grupo de proprietários são beneficiados com a valorização imobiliária
decorrente da obra pública.

Por exemplo, não se observa o fundamento ético-jurídico do


não enriquecimento injusto na hipótese de determinado grupo
enriquecer com a valorização imobiliária decorrente da realização de
obra pública custeada por toda a sociedade, sem a cobrança de
contribuição de melhoria.

Nessa medida, a contribuição de melhoria se distingue de


outras espécies tributárias, pois a (i) base de cálculo é exatamente o
valor (quantum debeatur) que acresceu ao imóvel do contribuinte em
razão da obra pública e (ii) não se vislumbra exigência constitucional
específica para o produto de sua arrecadação (arrecadação
nãovinculada).

Com efeito, em relação aos recursos provenientes da cobrança


das contribuições de melhoria não existe previsão normativa para sua
destinação, podendo servir para cobrir despesas gerais do Estado.

Neste contexto, a contribuição de melhoria tem como fato


gerador o acréscimo do valor do imóvel localizado nas áreas
beneficiadas direta ou indiretamente por obras públicas, sendo que
responde pelo pagamento deste tributo o proprietário do imóvel ao
tempo do seu lançamento, e esta responsabilidade se transmite aos
adquirentes e sucessores, a qualquer título, do domínio do imóvel.

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Ademais, executada a obra de melhoramento na sua totalidade


ou em parte suficiente para beneficiar determinados imóveis,
pode a contribuição de melhoria ser cobrada.

Deste modo, a cobrança ou a arrecadação da contribuição de


melhoria deve ser feita depois da realização da obra pública (na sua
totalidade ou em parte).

Por outro lado, ressaltamos que a lei que instituir à contribuição


de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos (art. 82 do
CTN):

• Publicação prévia dos seguintes elementos: (a) memorial


descritivo do projeto; (b) orçamento do custo da obra; (c)
determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela
contribuição; (d) delimitação da zona beneficiada; (e)
determinação do fator de absorção do benefício da valorização
para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas,
nela contidas;
• Fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para
impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos
referidos no item anterior;
• Regulamentação do processo administrativo de instrução e
julgamento da impugnação pelos interessados, sem prejuízo da
sua apreciação judicial.

Neste sentido, a contribuição relativa a cada imóvel será


determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a ser financiada
pela contribuição, pelos imóveis situados na zona beneficiada em
função dos respectivos fatores individuais de valorização.

Por fim, registramos que por ocasião do respectivo lançamento,


cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição,
da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que
integram o respectivo cálculo.

Vamos colocar a mão na massa:

1. “A contribuição de melhoria, decorrente de obras


públicas, poderá ser cobrada pelo ente executor da obra
da qual os contribuintes tenham-se beneficiado, ou, no
caso de omissão deste, pela União” (ESAF/IRB/2006).

A primeira questão é falsa, porque a contribuição de melhoria,


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decorrente de obras públicas, pode ser cobrada pelo ente público


executor da obra da qual os contribuintes tenham-se beneficiado,
mas não, no caso de omissão deste, pela União.

2. (ESAF/AFTE/PA/2002) Identifique, nas opções abaixo,


o tributo cujo fundamento ético-jurídico é o não
enriquecimento injusto.
a) imposto.
b) taxa.
c) empréstimo compulsório.
d) contribuição social.
e) contribuição de melhoria.

A segunda é a letra “e”.

3. “O texto constitucional (art. 145, III) deixou de se


referir expressamente à valorização imobiliária, ao cogitar
de contribuição de melhoria. Com isso, o acréscimo do
valor do imóvel localizado nas áreas beneficiadas direta
ou indiretamente por obras públicas ainda figura como
fato gerador da contribuição” (ESAF/AFRF 2002).

A terceira questão é verdadeira, porque o fato gerador ou


hipótese de incidência da contribuição de melhoria ainda consiste em
obter valorização imobiliária, decorrente de obra pública.

4. “Os Estados não têm competência para a instituição de


contribuições de melhoria” (ESAF/AFTE/MS 2001).

A quarta questão é falsa, pois a contribuição de melhoria pode


ser instituída pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições.

5. (ESAF/AFTE/MS 2001) Em matéria tributária, é correto


afirmar-se que:
a) Somente a União pode instituir impostos com
fundamento no exercício regular do poder de polícia.
b) Os Estados e o Distrito Federal têm competência para
instituir empréstimo compulsório.
c) A contribuição de melhoria é devida em função da
prestação de serviços públicos divisíveis.
d) As taxas têm que ter bases de cálculo diferentes das
dos impostos.
e) As contribuições sociais decorrem da realização de
70

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obras públicas que promovam a valorização imobiliária


privada.

A quinta questão é a letra “d”, pois as taxas têm que ter bases
de cálculo diferentes das dos impostos (art. 145, §2º, da CF/88).

6. “A contribuição de melhoria pode ser cobrada quando a


construção de obra pública trouxer qualquer benefício
para o contribuinte” (CESPE/Procurador Federal/2004).

A sexta questão é falsa, porque a contribuição de melhoria não


pode ser cobrada quando a construção de obra pública trouxer
qualquer benefício para o contribuinte, mas apenas quando trouxer o
benefício da valorização imobiliária.

7. “A Constituição de 1988 não estabelece que o limite


total da contribuição de melhoria seja o valor da despesa
realizada pela obra pública que lhe deu causa”
(ESAF/PFN/1998).

A sétima questão é verdadeira, uma vez que é o art. 81, do


CTN, e não a CF/88 que estabelece que o limite total da contribuição
de melhoria seja o valor da despesa realizada pela obra pública que
lhe deu causa.

8. (FGV/Fiscal de Rendas/RJ/2008) O Estado do Rio


de Janeiro decidiu instituir tributo relativo à construção de
rede de esgotos, com lançamento ao mar por emissário
submarino construído com dotação orçamentária
específica. O tributo aludido:
(A) só poderá ser uma contribuição de melhoria.
(B) não poderá ser instituído, por ser devida, no caso,
apenas a cobrança de tarifa.
(C) é de competência privativa conforme classificação
doutrinária.
(D) deve ser imposto, uma vez que tal serviço não é
específico nem divisível.
(E) só poderá ser uma taxa, por vinculado à prestação de
serviço específico e divisível.

A oitava questão é letra “a”.

Esta questão é difícil.

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O candidato deve prestar atenção no enunciado que


estabelece algumas dicas importantes: (i) O Estado do Rio de Janeiro
decidiu instituir tributo relativo à construção de rede de esgotos,
então não pode ser taxa, uma vez que a construção de redes de
esgoto não é serviço público específico e divisível; (b) Com
lançamento ao mar por emissário submarino construído com
dotação orçamentária específica, então também não pode ser
imposto, eis que este, em princípio, não pode ter arrecadação
vinculada (vamos estudar o assunto ainda na aula de hoje).

Assim, só poderá ser cobrado pela espécie tributária conhecida


como contribuição de melhoria.

9. (FCC/Procurador municipal/Recife/2008) NÃO se


inclui entre as características do tributo contribuição de
melhoria:
(A) ter competência comum para instituição.
(B) ser vinculada a uma atividade estatal.
(C) ter por fato gerador a obra pública de que decorre
valorização imobiliária.
(D) ser instituída para fazer frente à obra pública a ser
iniciada após sua arrecadação.
(E) ter por base de cálculo o quantum da valorização dos
imóveis adjacentes à obra.

A nona questão é letra “d”. São características do tributo


contribuição de melhoria: (a) ter competência comum para
instituição; (b) ser vinculada a uma atividade estatal; (c) ter por fato
gerador a obra pública de que decorre valorização imobiliária; (e) ter
por base de cálculo o quantum da valorização dos imóveis adjacentes
à obra.

Todavia, a contribuição de melhoria só deve ser instituída para


fazer frente à obra pública já iniciada. Como afirmei na aula, a
cobrança ou a arrecadação da contribuição de melhoria deve ser feita
depois da realização da obra pública (na sua totalidade ou em parte).

10. (FUNDATEC/Agente Tributário/Caxias do


Sul/2004) Acerca das espécies tributárias, julgue as
seguintes assertivas:
I - Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato
gerador uma situação independente de qualquer atividade
estatal específica, relativa ao contribuinte.

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II - Em algumas situações, as taxas podem ter base de


cálculo própria de impostos.
III - A contribuição de melhoria é cobrada quando ocorre
valorização de um imóvel, decorrente de obras públicas.
Quais estão corretas?
A) Apenas a I.
B) Apenas a I e a II.
C) Apenas a I e a III.
D) Apenas a II e a III.
E) A I, a II e a III.

A décima questão é a letra “c”, pois os itens I e III estão


certos.

O item II está incorreto, pois as taxas não podem ter base de


cálculo própria de impostos em nenhuma situação (CF, art. 145, §2°)

11. (FGV/FISCAL DE RENDAS/RJ/2009) A contribuição


de melhoria é instituída para fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como
limite total a despesa realizada e como limite individual o
acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel
beneficiado.

É verdadeira, de acordo com o art. 81 do CTN, pois a


contribuição de melhoria é instituída para fazer face ao custo de
obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como
limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo
de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

12. (FCC/Defensoria Pública/Pará/2010) Município


institui contribuição de melhoria no valor de trezentos
reais, para todos os contribuintes, em razão de obra
pública de calçamento de vias públicas municipais
realizada no exercício de 2008. Esta contribuição de
melhoria é
(A) devida, por ter por fato gerador obra pública.
(B) devida, porque o Município tem direito a se
reembolsar das obras públicas que beneficiam os
moradores, sob pena de enriquecimento sem causa
destes.
(C) indevida, porque deveria ter sido cobrada antes da
realização da obra.

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(D) indevida, porque obra de calçamento público não


pode ser cobrada dos moradores.
(E) indevida, porque não está sendo cobrada de
maneira individualizada em razão da valorização
imobiliária, deixando de considerar o quantum que cada
imóvel teve de valorização em razão da obra pública.

A contribuição de melhoria é devida para fazer face ao custo


de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como
limite total a despesa realizada e como limite individual o
acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel
beneficiado (art. 81, do CTN).

Assim, a contribuição de melhoria só deve ser cobrada em


decorrência de obra pública que cause valorização imobiliária.
Deste modo, o fato gerador ou hipótese de incidência da contribuição
de melhoria consiste em obter (auferir) valorização imobiliária,
decorrente de obra pública.

LETRA A

A contribuição de melhoria não é devida, por ter apenas por


fato gerador obra pública, uma vez que é cobrada incorretamente de
todos os contribuintes e não daqueles que obtiveram valorização
imobiliária.

Portanto, incorreta.

LETRA B

O Município tem direito a se reembolsar das obras públicas


que beneficiam os moradores, sob pena de enriquecimento sem
causa destes. Todavia, o enunciado da questão disserta sobre
cobrança de todos os contribuintes.

Portanto, incorreta.

LETRA C

A contribuição de melhoria não é indevida, porque deveria ter


sido cobrada antes da realização da obra. O entendimento doutrinário
dominante é que a cobrança ou a arrecadação da contribuição de
melhoria deve ser feita depois da realização da obra pública (na sua
totalidade ou em parte), pois a contribuição de melhoria tem como
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fato gerador o acréscimo do valor do imóvel localizado nas áreas


beneficiadas por obras públicas.

Portanto, incorreta.

LETRA D

A contribuição de melhoria não é indevida, porque obra de


calçamento público não pode ser cobrada dos moradores, eis que
esta obra pública pode valorizar o imóvel de cada particular.

Portanto, incorreta.

LETRA E

A contribuição de melhoria é realmente indevida, porque não


está sendo cobrada de maneira individualizada em razão da
valorização imobiliária, deixando de considerar o quantum que cada
imóvel teve de valorização em razão da obra pública. Corretíssima
esta afirmativa.

13. (FCC/Auditor/TCE/AM/2007) Um dos atributos


que diferenciam as taxas das contribuições de melhoria
é o fato de que as taxas
(A) são facultativas, enquanto que as contribuições de
melhoria remuneram serviços públicos específicos e
indivisíveis, ainda que somente postos à disposição do
usuário.
(B) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal
específica, ao passo que as contribuições de melhoria
apresentam o atributo da referibilidade.
(C) remuneram serviços públicos específicos e
indivisíveis, ao passo que as contribuições de melhoria
remuneram serviços públicos específicos e divisíveis.
(D) são cobradas pela prestação de serviços públicos,
ainda que somente postos à disposição do usuário, ao
passo que o pagamento das contribuições de melhoria
é facultativo.
(E) remuneram serviços públicos, ao passo que as
contribuições de melhoria têm como contrapartida a
valorização imobiliária em decorrência da realização de
obras públicas.

LETRA A
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As taxas não são facultativas e remuneram serviços públicos


específicos e divisíveis, ainda que somente postos à disposição do
usuário.

Já as contribuições de melhoria remuneram uma atuação


estatal, referida ao contribuinte, que é a realização de obra pública
que motive a valorização imobiliária.

Portanto, incorreta.

LETRA B

As taxas dizem sim respeito a uma atividade estatal específica,


que é o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva
ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição.

Já as contribuições de melhoria também apresentam o


atributo da referibilidade a contribuintes determinados, que são
aqueles que tiveram valorização imobiliária decorrente de uma
atividade estatal de realização de obra pública.

Portanto, incorreta.

LETRA C

As taxas remuneram serviços públicos específicos e


divisíveis, ao passo que as contribuições de melhoria uma atuação
estatal, referida ao contribuinte, que é a realização de obra
pública que motive a valorização imobiliária.

Portanto, incorreta.

LETRA D

As taxas são cobradas pela prestação de serviços públicos,


específicos e divisíveis, ainda que somente postos à disposição do
usuário, ao passo que o pagamento das contribuições de melhoria é
obrigatório, porque se trata de um tributo.

Portanto, incorreta.

LETRA E
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As taxas remuneram serviços públicos, ao passo que as


contribuições de melhoria têm como contrapartida a valorização
imobiliária em decorrência da realização de obras públicas.

Portanto, correta.

14. (FEPESE/2008/Prefeitura Municipal de


Florianópolis/Consultor Jurídico) Considere Falsas ( F )
ou Verdadeiras ( V ) as seguintes afirmações:
I. A contribuição de melhoria cobrada pelo Município tem
como fato gerador o exercício regular do poder de polícia,
ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à
sua disposição.
II. Considera-se poder de polícia atividade da administração
pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou
liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de interesse público.
III. Considera-se regular o exercício do poder de polícia
quando desempenhado pelo órgão competente nos limites
da lei aplicável, com observância do processo legal e,
tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária,
sem abuso ou desvio de poder.
IV. As taxas cobradas pelo Município são instituídas para
fazer face ao custo de obras públicas de que decorra
valorização imobiliária.
V. Por ocasião do lançamento do imposto, cada contribuinte
deverá ser notificado do seu montante, da forma e dos
prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o
respectivo cálculo.
Assinale a seqüência correta:
(A) V – V – F – V – F.
(B) V – F – V – F – V.
(C) F – F – F – V – V.
(D) F – F – V – F – V.
(E) F – V – V – F – F.

ITEM I. A taxa cobrada pelo Município tem como fato gerador


o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição. Logo, falsa.

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ITEM II. Considera-se poder de polícia atividade da


administração pública que, limitando ou disciplinando direito,
interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato,
em razão de interesse público, de acordo com o art. 78 do CTN. Logo,
verdadeira.

ITEM III. Considera-se regular o exercício do poder de polícia


quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei
aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de
poder, de acordo com a literalidade do parágrafo único do art. 78 do
CTN. Logo, verdadeira.

ITEM IV. As contribuições de melhoria cobradas pelo


Município são instituídas para fazer face ao custo de obras públicas de
que decorra valorização imobiliária. Logo, falsa.

ITEM V. Por ocasião do lançamento do imposto, segundo o art.


142 do CTN, a autoridade administrativa deve determinar a matéria
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito
passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Ressalta-se também o lançamento por homologação, que ocorre
quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever
de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade
administrativa (art. 150 do CTN). Ou seja, não é regra geral que cada
contribuinte seja notificado do seu montante, da forma e dos prazos
de seu pagamento. Logo, falsa.

Portanto, a alternativa correta é a letra “e” (F – V – V – F – F).

CAPÍTULO V EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO

Diferentemente dos impostos, das taxas e das contribuições de


melhoria, o empréstimo compulsório é tributo de competência
exclusiva da União.

Conforme o art. 148 da CF/88, a União, mediante lei


complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios nas
seguintes hipóteses: (a) Para atender a despesas extraordinárias,
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua
iminência; (b) No caso de investimento público de caráter urgente e
de relevante interesse nacional, observados os princípios da
anterioridade anual e o da anterioridade nonagesimal (noventena).
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No que se refere ao CTN, o art. 15 dispõe que apenas a União


pode instituir empréstimos compulsórios, nos seguintes casos
excepcionais: a) guerra externa, ou sua iminência; b) calamidade
pública que exija auxílio federal impossível de atender com os
recursos orçamentários disponíveis e c) conjuntura que exija a
absorção temporária de poder aquisitivo.

Destacamos com veemência que não pode ser mais


considerado como pressuposto para a criação de empréstimo
compulsório a conjuntura que exija a absorção temporária de
poder aquisitivo (art. 15, III, do CTN), uma vez que tal pressuposto
não foi recepcionado pela CF/88.

Isto é, não pode existir a criação de empréstimo compulsório


para atender a hipótese de conjuntura que exija a absorção
temporária de poder aquisitivo, mas somente nos casos
constitucionalmente especificados de calamidade pública, ou de
guerra externa (ou sua iminência) ou de investimento público de
caráter urgente e de relevante interesse nacional.

Urge dissertar também que aplicação dos recursos provenientes


de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que
fundamentou sua instituição. Portanto, é um tributo de arrecadação
vinculada.

Observamos também que não há indicação do fato gerador do


empréstimo compulsório pela CF/88, mas sim indicação dos
pressupostos necessários para a sua legítima instituição, que são: (i)
calamidade pública; (ii) a guerra externa ou sua iminência e o (iii)
investimento público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional.

Assim, embora as circunstâncias fáticas ou pressupostos


dispostos na CF/88 não se confundam com o fato gerador ou a
hipótese de incidência do empréstimo compulsório, são os
pressupostos que autorizam a sua criação, sendo que a lei
complementar ao instituir o empréstimo poderá valer-se dos fatos
geradores dos tributos já existentes da União (bem, renda,
patrimônio) ou então deverá dotar materialidade nova de tributação
(novo fato gerador), podendo licitamente ocorrer à bitributação ou o
bis in idem.

Nessa esteira, o empréstimo compulsório pode ser um tributo


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não-vinculado ou um tributo vinculado, dependendo do fato gerador


instituído pela lei complementar.

Portanto, quando o empréstimo compulsório for criado é que


vamos saber se ele é tributo vinculado ou não-vinculado, uma vez
que a lei complementar da União (competente para instituição do
empréstimo compulsório) é livre no que se refere à escolha do seu
fato gerador.

Por exemplo, o empréstimo compulsório criado em 1986 sobre


aquisição de automóveis e sobre o consumo de gasolina e álcool
combustível foi um tributo não-vinculado, pois os seus fatos
geradores (aquisição de automóveis e consumo de gasolina e álcool
combustível) foram situações independentes de qualquer atividade
estatal específica, relativa ao contribuinte.

Do mesmo modo, o empréstimo compulsório criado em 1962


sobre o consumo de energia elétrica foi também um tributo
nãovinculado, uma vez que o seu fato gerador (consumo de en-
ergia elétrica) é uma situação independente de qualquer atividade
estatal específica, relativa ao contribuinte.

De fato, todos os empréstimos compulsórios criados no Brasil


até agora foram tributos não-vinculados, pois em virtude da liberdade
conferida ao legislador no que tange a escolha do fato gerador, este
mesmo legislador optou pela via mais fácil, que é a não necessidade
de determinada atividade estatal específica referente ao contribuinte.

Outra característica relevante dos empréstimos compulsórios, é


que o Estado deve restituir ao particular, ao cabo de determinado
período especificado na lei complementar, o montante que foi por ele
recolhido ao erário (cofres públicos), a título de empréstimo
compulsório. A restituição deverá ser feita em moeda corrente,
quando esta for o objeto do empréstimo.

Dessa forma, algumas singularidades do emprés-


timo compulsório são:

• Destinação do produto de sua arrecadação ao custeio das


despesas extraordinárias que autorizaram a sua instituição
(arrecadação vinculada);
• Apenas lei complementar da União pode instituí-lo;
• Pode ser um tributo vinculado ou um tributo não-vinculado,
dependendo da natureza do fato gerador especificado na lei
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complementar;
• Deve existir restituição do respectivo empréstimo ao
contribuinte;
• A CF não indica os seus fatos geradores, mas apenas os
pressupostos necessários para a sua legítima instituição.

Vamos juntos acertar as questões:

1. “A aplicação dos recursos provenientes de empréstimos


compulsórios será preferencialmente vinculada à despesa
que fundamentou sua instituição” (ESAF/IRB/2006).

2. “A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo


compulsório não será vinculada à despesa que
fundamentou sua instituição”
(ESAF/AUDITOR/TCE/GO 2007).

A primeira e a segunda são falsas, pois a aplicação dos


recursos provenientes de empréstimos compulsórios será
obrigatoriamente e não preferencialmente vinculada à despesa que
fundamentou sua instituição.

3. “A instituição de empréstimos compulsórios requer lei


complementar da União, dos Estados ou do Distrito
Federal, conforme competência que a Constituição
confere a cada um desses entes da Federação”
(ESAF/AFPS/2002).

A terceira é falsa, porque somente lei complementar da União


pode instituir o empréstimo compulsório.

4. (ESAF/AFTE/MS/2001) Com referência à instituição de


empréstimos compulsórios, assinale abaixo a assertiva
correta.
a) O empréstimo compulsório não é uma espécie de
tributo, não estando sujeito à exigência de prévia
autorização orçamentária.
b) A União pode instituí-lo por meio de lei ordinária
federal.
c) Cabe à lei complementar definir as hipóteses
excepcionais para sua instituição.
d) Aos empréstimos compulsórios aplicam-se as
disposições constitucionais relativas aos tributos e às
normas gerais de Direito Tributário.
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e) A competência para instituir empréstimos compulsórios


é da União, podendo ser excepcionalmente atribuída ao
Distrito Federal.

A quarta questão é letra “d”. A letra “a” é incorreta, porque o


empréstimo compulsório é uma espécie de tributo. A letra “b” é
incorreta, porque a União apenas pode instituí-lo por meio de lei
complementar. A letra “c” é incorreta, porque cabe a CF/88 definir as
hipóteses (pressupostos) excepcionais para sua instituição, quais
sejam: (i) calamidade pública; (ii) a guerra externa ou sua iminência
e o (iii) investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional. Por isso, não pode ser mais considerado como
pressuposto para a criação de empréstimo compulsório a conjuntura
que exija a absorção temporária de poder aquisitivo, disposto no art.
15, III, do CTN, que é lei complementar. A letra “e” também é
incorreta, porque a competência para instituir empréstimos
compulsórios é apenas da União.

5. (ESAF/Analista/CE/2006) Sobre os empréstimos


compulsórios, espécie de tributo da competência da
União, é incorreto afirmar-se que
a) podem ser instituídos para atender a despesas
extraordinárias decorrentes de calamidade pública.
b) podem ser instituídos para o custeio de investimento
público de caráter urgente.
c) depende a sua instituição, em alguns casos, da edição
de lei complementar.
d) a aplicação dos recursos provenientes da sua
arrecadação será integralmente vinculada à despesa que
tenha fundamentado a sua instituição.
e) poderão, ou não, sujeitar-se ao princípio constitucional
da anterioridade (conforme a hipótese que tenha
motivado a sua instituição).

A quinta questão é letra “c”, pois depende a instituição do


empréstimo compulsório, em todos os casos, da edição de lei
complementar da União.

6. No caso de investimento público de caráter urgente e


de relevante interesse nacional, a União está autorizada a
instituir empréstimo compulsório e cobrá-lo a partir do
ano em que for publicada a lei complementar que o criar
(ESAF/IRB/2004).

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A sexta questão é falsa, porque no caso de investimento


público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, a União
está autorizada a instituir empréstimo compulsório, mas apenas pode
cobrá-lo no ano posterior em que for publicada a lei complementar
que o criar (observância do princípio da anterioridade anual).

7. (ESAF/AFRF/2002) A assertiva errada, entre as


constantes abaixo, é a que afirma que
a) a instituição de empréstimos compulsórios só pode ser
feita por lei complementar.
b) um dos fundamentos possíveis do empréstimo
compulsório é a calamidade pública.
c) a simples iminência de guerra externa pode justificar a
instituição de empréstimos compulsórios.
d) no caso de investimento público de relevante interesse
nacional e de caráter urgente não se aplica o princípio da
anterioridade.
e) os recursos provenientes de empréstimo compulsório
só podem ser aplicados para atender à despesa que tiver
fundamentado a sua instituição.

A sétima questão é letra “d”, porque no caso de investimento


público de caráter urgente e de relevante interesse nacional se aplica
o princípio da anterioridade.

8. (ESAF/AFTE/MS/2001) Para atender a despesas


extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, a
União pode instituir:
a) imposto extraordinário.
b) imposto seletivo.
c) taxa especial.
d) empréstimo compulsório.
e) imposto emergencial progressivo.

A oitava questão é letra “d”.

9. A União pode instituir empréstimo compulsório para


resgatar sua dívida interna (ESAF/TTN/1997).

10. (FGV/Procurador de Contas/RJ/2008) Segundo


a Constituição, o empréstimo compulsório tem os
seguintes fatos geradores: guerra externa, ou sua
iminência, calamidade pública que exija auxílio federal
impossível de atender com os recursos orçamentários
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disponíveis e a conjuntura que exija a absorção


temporária de poder aquisitivo.

Já a nona e a décima questões são falsas, porque a União


somente pode instituir empréstimo compulsório conforme os
pressupostos constitucionais, que são: (i) calamidade pública; (ii) a
guerra externa ou sua iminência e o (iii) investimento público de
caráter urgente e de relevante interesse nacional. Além disso, estes
pressupostos constitucionais não podem ser confundidos com os fatos
geradores do empréstimo compulsório.

11. (FGV/FISCAL DE RENDAS/RJ/2008) A respeito dos


empréstimos compulsórios, assinale a afirmativa incorreta.
(A) A competência para a instituição de empréstimo
compulsório é exclusiva da União Federal.
(B) Os empréstimos compulsórios podem ser instituídos
por medida provisória, desde que haja relevância e urgên-
cia.
(C) Lei complementar não pode estabelecer situações de
cabimento para instituição de empréstimo compulsório.
(D) O empréstimo compulsório vinculado à calamidade
pública é excepcionado do princípio da anterioridade.
(E) Só podem ser instituídos empréstimos compulsórios no
caso de guerra externa, ou sua iminência, calamidade
pública e investimento público de caráter urgente e
relevante interesse nacional.

A letra “a” é verdadeira, pois a competência para a instituição


de empréstimo compulsório é exclusiva da União Federal (art. 148 da
CF/88).

A letra “b” é incorreta, eis que os empréstimos compulsórios


só podem ser instituídos por lei complementar.

A letra “c” é verdadeira, uma vez que somente a Constituição


Federal pode estabelecer situações de cabimento para instituição de
empréstimo compulsório.

A letra “d” é verdadeira, porque o empréstimo compulsório


vinculado à calamidade pública é excepcionado do princípio da
anterioridade (art. 148, I, da CF/88).

A letra “e” é verdadeira, pois só podem ser instituídos


empréstimos compulsórios no caso de guerra externa, ou sua
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iminência, calamidade pública e investimento público de caráter


urgente e relevante interesse nacional (art. 148, I e II, da CF/88).

12. (FGV/MPE/TC/RJ/2008) Segundo a Constituição, o


empréstimo compulsório tem os seguintes fatos geradores:
guerra externa, ou sua iminência, calamidade pública que
exija auxílio federal impossível de atender com os recursos
orçamentários disponíveis e a conjuntura que exija a
absorção temporária de poder aquisitivo.

É falsa, porque a União somente pode instituir empréstimo


compulsório conforme os pressupostos constitucionais, que são: (i)
calamidade pública; (ii) a guerra externa ou sua iminência e o (iii)
investimento público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional.

13. (FGV/JUIZ DE DIREITO/PA/2007) A adoção da


teoria do “pentapartite” pelo STF implica a adoção de cinco
modalidades de tributos previstos na Constituição Federal.
Em conseqüência, a Súmula 418 do STF, que dispõe que “o
empréstimo compulsório não é tributo, e sua arrecadação
não está sujeita à exigência constitucional de prévia
autorização orçamentária”, perdeu sua eficácia.

É verdadeira, de acordo com entendimento prevalecente


atualmente na doutrina e no STF.

14. (FGV/JUIZ DE DIREITO/PA/2007) A conjuntura que


exija a absorção temporária de poder aquisitivo não pode
ensejar a cobrança de empréstimo compulsório pela União,
tendo em vista que esse dispositivo do CTN não foi
recepcionado pela Constituição Federal.

É verdadeira, de acordo com entendimento prevalecente na


doutrina e no STF, pois somente a Constituição Federal pode
estabelecer os pressupostos necessários para instituição de
empréstimo compulsório.

15. (FCC/Auditor/TCE/SP/2008) Os empréstimos


compulsórios
(A) são tributos instituídos pela União, pelos Estados e
pelo Distrito Federal.
(B) podem ser criados por lei complementar com a
finalidade de enxugamento da moeda em circulação na
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economia, desde que sejam restituídos no prazo de


dois anos.
(C) são instituídos por Decreto, para atender a
despesas extraordinárias decorrentes de calamidade
pública ou guerra externa ou sua iminência.
(D) podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro
em que haja sido publicada a lei que os houver
instituído em casos de despesas extraordinárias,
decorrentes de calamidade pública ou guerra externa.
(E) são tributos instituídos pela União, por meio de lei
ordinária, observando-se o princípio da anterioridade.

LETRA A

Os empréstimos compulsórios são tributos instituídos somente


pela União, conforme o art. 148, caput, da CF/88.

Portanto, incorreta.

LETRA B

Conforme o art. 148 da CF/88, a União, mediante lei


complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios apenas
nas seguintes hipóteses: (i) Para atender a despesas extraordinárias,
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua
iminência; (ii) No caso de investimento público de caráter urgente e
de relevante interesse nacional, observados os princípios da
anterioridade anual e o da anterioridade nonagesimal (noventena).

No que se refere ao CTN, o art. 15 dispõe que apenas a União


pode instituir empréstimos compulsórios, nos seguintes casos
excepcionais: a) guerra externa, ou sua iminência; b) calamidade
pública que exija auxílio federal impossível de atender com os
recursos orçamentários disponíveis e c) conjuntura que exija a
absorção temporária de poder aquisitivo.

Destacamos que não pode ser mais considerado como


pressuposto para a criação de empréstimo compulsório a conjuntura
que exija a absorção temporária de poder aquisitivo (art. 15,
III, do CTN), uma vez que tal pressuposto não foi recepcionado pela
CF/88.

Ou seja, não pode existir a criação de empréstimo compulsório


para atender a hipótese de conjuntura que exija a absorção
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temporária de poder aquisitivo, mas somente nos casos


constitucionalmente especificados de calamidade pública, ou de
guerra externa (ou sua iminência) ou de investimento público de
caráter urgente e de relevante interesse nacional.

Portanto, incorreta.

LETRA C

Os empréstimos compulsórios são tributos instituídos somente


por lei complementar.

Portanto, incorreta.

LETRA D

Os empréstimos compulsórios podem ser cobrados no mesmo


exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os houver
instituído em casos de despesas extraordinárias, decorrentes de
calamidade pública ou guerra externa, uma vez que, nesta hipótese,
o art. 148, I, da CF/88, não exige observância ao princípio da
anterioridade anual ou nonagesimal.

Portanto, correta.

LETRA E

Os empréstimos compulsórios são tributos instituídos pela


União, por meio de lei complementar, observando-se os
princípios da anterioridade anual e a anterioridade
nonagesimal apenas no caso do art. 148, II, da CF/88, que é a
hipótese de investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional.

Portanto, incorreta. Vamos detalhar o princípio da


anterioridade na aula 3.

16. (FCC/Advogado/Santos/2006) Os tributos


consistentes na coleta de recursos para certas áreas de
interesse do poder público, na Administração direta ou
indireta, ou na atividade dos entes que colaboram com
a Administração, tendo destinação certa e finalidade
predeterminada; e aqueles instituídos no caso de
investimento público de caráter urgente e de relevante
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interesse nacional, sendo qualificados pela promessa de


restituição relacionam-se, respectivamente,
(A) aos impostos gerais e às taxas.
(B) às contribuições extrafiscais e às contribuições de
melhoria.
(C) aos empréstimos compulsórios e às contribuições
especiais.
(D) às contribuições sociais e aos empréstimos
compulsórios.
(E) às contribuições de movimentação financeira e às
contribuições parafiscais.

A resposta correta é a letra “d”, eis que às contribuições


sociais são tributos consistentes na coleta de recursos para certas
áreas de interesse do poder público, na Administração direta ou
indireta, ou na atividade dos entes que colaboram com a
Administração, tendo destinação certa e finalidade predeterminada.

E os empréstimos compulsórios, de acordo com o art. 148, da


CF/88, são de competência exclusiva da União, que, mediante lei
complementar, poderá instituí-lo nas seguintes hipóteses: (a) Para
atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência; (b) No caso de
investimento público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional, observados os princípios da anterioridade anual e o da
anterioridade nonagesimal (noventena).

Outra característica dos empréstimos compulsórios é que o


Estado deve restituir ao particular, ao cabo de determinado período
especificado na lei complementar, o montante que foi por ele
recolhido ao erário (cofres públicos), a título de empréstimo
compulsório. A restituição deverá ser feita em moeda corrente,
quando esta for o objeto do empréstimo.

17. (FCC/Procurador de Contas/TCE/RR/2008)


São características comuns aos empréstimos
compulsórios e às contribuições especiais:
(A) sempre são de competência da União.
(B) só podem ser instituídos por lei complementar.
(C) não são considerados tributos e não estão inseridos
no Sistema Tributário Nacional.
(D) possuem vinculação de receita.

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(E) são restituíveis, os primeiros em prazo e forma


fixado em lei ou depois de um período de carência de
contribuição.

LETRA A

As contribuições especiais não são sempre de competência da


União.

Segundo o art. 149, §1º, da CF/88, os Estados, o Distrito


Federal e os Municípios instituirão contribuição previdenciária,
cobrada de seus servidores, para o custeio, em beneficio destes, do
sistema previdenciário respectivo, cuja alíquota não será inferior à
da contribuição previdenciária dos servidores titulares de cargos
efetivos da União.

Existe também a contribuição para custeio do serviço de


iluminação pública (COSIP ou CIP) de competência do Distrito
Federal e dos Municípios, sendo facultada (não é obrigatório) a
cobrança na fatura de consumo de energia elétrica, de acordo
com o art. 149-A, da CF/88.

Portanto, incorreta.

LETRA B

As contribuições especiais podem ser instituídas por


lei ordinária.

Por exemplo, em relação a observância das normas gerais de


direito tributário, o STF entende que as contribuições sociais, de
intervenção no domínio econômico e de interesse de categorias
profissionais ou econômicas deverão observar à lei complementar que
dispõe sobre normas gerais de direito tributário (Código Tributário
Nacional), mas isto não quer dizer que deverão ser instituídas
por lei complementar, isto é, a lei ordinária pode criar tais
espécies tributárias.

Com efeito, este tipo de contribuição não é espécie tributária


imposto, portanto não se exige que a lei complementar estabeleça a
sua hipótese de incidência, a base de cálculo e contribuintes.

Por exemplo, assim já se pronunciou o STF em importante


precedente:

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“As contribuições do art. 149, CF — contribuições sociais,


de intervenção no domínio econômico e de interesse de
categorias profissionais ou econômicas — posto estarem
sujeitas à lei complementar do art. 146, III, CF, isto não
quer dizer que deverão ser instituídas por lei
complementar. (...) A contribuição não é imposto. Por
isso, não se exige que a lei complementar defina a
sua hipótese de incidência, a base imponível e
contribuintes.”

Portanto, incorreta.

LETRA C

Os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais são


considerados tributos e estão inseridos no Sistema Tributário
Nacional.

Lembre da seguinte jurisprudência do STF: “As diversas


espécies tributárias são as seguintes: a) os impostos (CF, art. 145,
I, arts. 153, 154, 155 e 156), b) as taxas (CF, art. 145, II), c) as
contribuições, que podem ser assim classificadas: c.l) de melhoria
(CF, art. 145, III); c.2) parafiscais (CF, art. 149), que são: c.2.1)
sociais, c.2.1.1) de seguridade social (CF, art. 195, I, II, III),
c.2.1.2) outras de seguridade social (CF, art. 195, §4º), c.2.1.3)
sociais gerais (salário educação, CF, art. 212, § 5º, contribuições
para o SESI, SENAI, SENAC, CF, art. 240); c.3) especiais: c.3.1.) de
intervenção no domínio econômico (CF, art. 149) e c.3.2)
corporativas (CF, art. 149). Constituem, ainda, espécie tributária, d)
os empréstimos compulsórios (CF, art. 148).”

Também você deve lembrar novamente que duas novas


Emendas Constitucionais (EC) criaram três novas subespécies de
tributos, quais sejam:

(a) o art. 149-A, com redação determinada pela EC n.


39/2002, autorizou apenas o Distrito Federal e os Municípios a
instituírem a contribuição para o custeio do serviço de
iluminação pública (COSIP ou CIP), sendo facultada (não é
obrigatório) a cobrança na fatura de consumo de energia elétrica;

(b) o art. 149, § 1º, com redação determinada pela EC nº


41/2003, autorizou os Estados, o Distrito Federal e os Municípios a
instituição da contribuição previdenciária, cobrada de seus
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servidores, para o custeio, em beneficio destes, do sistema


previdenciário respectivo, cuja alíquota não será inferior à da
contribuição previdenciária dos servidores titulares de cargos efetivos
da União;

(c) o art. 195, IV, com redação determinada pela EC nº


41/2003, autorizou a cobrança pela União de contribuição de
seguridade social sobre o importador de bens ou serviços do
exterior, ou de quem a lei infraconstitucional a ele equiparar.

Portanto, incorreta.

LETRA D

Segundo entendimento dominante, os empréstimos


compulsórios e as contribuições especiais são considerados tributos
que possuem vinculação de receita.

Portanto, correta.

LETRA E

Os empréstimos compulsórios devem ser restituíveis, em


determinado prazo e forma fixada em lei. Segundo parágrafo único
do art. 15 do CTN, a “lei fixará obrigatoriamente o prazo do
empréstimo e as condições de seu resgate, observando, no que for
aplicável, o disposto nesta Lei”.

Entretanto, as contribuições especiais não possuem a


característica da restituição.

Portanto, incorreta.

18. (FCC/SEFAZ /SP/2009) Os Empréstimos


Compulsórios
(A) poderão ser instituídos para atender às despesas
extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de
guerra externa ou sua iminência, não sendo necessária,
nesses casos, a observância ao princípio da anterioridade.
(B) poderão ser instituídos no caso de investimento
público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional, não sendo necessária, nesse caso, a observância
ao princípio da anterioridade.

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(C) são de competência comum da União, dos Estados, do


Distrito Federal e dos Municípios, observando-se a
competência material de cada um desses entes políticos.
(D) têm sua cobrança suprimida, gradativamente, quando
cessadas as causas de sua criação.
(E) têm, em decorrência das razões de urgência e de
relevância para sua instituição, a aplicação dos recursos
provenientes do Empréstimo Compulsório desvinculada da
despesa que fundamentou sua instituição.

LETRA A

O empréstimo compulsório pode ser cobrado no mesmo


exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os houver
instituído em casos de despesas extraordinárias, decorrentes de
calamidade pública ou guerra externa ou sua iminência, uma vez que,
nesta hipótese, o art. 148, I, da CF/88, não exige observância ao
princípio da anterioridade anual ou nonagesimal.

Portanto, correta.

LETRA B

Conforme o art. 148 da CF/88, II, a União, mediante lei


complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios no caso de
investimento público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional, observados os princípios da anterioridade anual e o
da anterioridade nonagesimal (noventena).

Portanto, incorreta.

LETRA C

Os empréstimos compulsórios são tributos de competência


apenas da União. Isto é, o empréstimo compulsório é tributo
instituído somente pela União, conforme o art. 148, caput, da CF/88.

Portanto, incorreta.

LETRA D

Segundo o art. 76 do CTN, o imposto extraordinário de


guerra (IEG), e não o empréstimo compulsório, têm sua cobrança

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suprimida, gradativamente, no prazo máximo de 5 anos, quando


cessadas as causas de sua criação (celebração da paz).

Portanto, incorreta. Estudaremos com mais detalhes o imposto


extraordinário de guerra na aula 3.

LETRA E

Segundo o art. 148, parágrafo único, da CF/88, os


recursos advindos de empréstimos compulsórios têm
obrigatoriamente vinculação à despesa que fundamentou sua
instituição.

Ou seja, a aplicação dos recursos provenientes do empréstimo


compulsório será vinculada ao custeio das despesas extraordinárias
que autorizaram a sua instituição (arrecadação vinculada).

Portanto, incorreta.

19. (ESAF/AFRFB/2010) Em relação aos emprésti-


mos compulsórios, é correto afirmar que:
a) é um tributo, pois atende às cláusulas que integram o
art. 3° do Código Tributário Nacional.
b) é espécie de confisco, como ocorreu com a retenção dos
saldos de depósitos a vista, cadernetas de poupança e
outros ativos financeiros, por ocasião do chamado “Plano
Collor” (Lei n. 8.024/90).
c) o conceito de ‘despesa extraordinária’ a que alude o art.
148, inciso I, da Constituição Federal, pode abranger
inclusive aquelas incorridas sem que tenham sido esgotados
todos os fundos públicos de contingência.
d) se conceitua como um contrato de direito público, com a
característica da obrigatoriedade de sua devolução ao final
do prazo estipulado na lei de sua criação.
e) se subordina, em todos os casos, ao princípio da
anterioridade da lei que o houver instituído.

Letra (A). O empréstimo compulsório é tributo, segundo


doutrina majoritária e jurisprudência do STF. Ou seja, o empréstimo
compulsório não se enquadra no art. 4° do CTN, mas se encaixa
perfeitamente no art. 3° do CTN. Logo, correta.

Letra (B). O empréstimo compulsório é espécie de tributo e não


de confisco. Logo, incorreta.
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Letra (C). Conforme doutrina dominante, o conceito de ‘despesa


extraordinária’ abrange apenas despesas quando tenham sido
esgotados todos os fundos públicos de contingência. Logo, incorreta.

Letra (D). O empréstimo compulsório é espécie de tributo e não


contrato de direito público. Logo, incorreta.

Letra (E). Conforme interpretação dos arts. 148, I, e 150, § 1°,


da CF, o empréstimo compulsório para atender a despesas
extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra
externa ou sua iminência, não se subordina ao princípio da
anterioridade. Logo, incorreta.

20. (FEPESE/2009/ Prefeitura Municipal de


Brusque/Advogado) Com base na Constituição Federal de
1988, é correto afirmar:
(A) Cabe à lei complementar estabelecer normas a. gerais
sobre obrigação, lançamento, crédito, compensação e
isenção tributários.
(B) Qualquer subsídio ou isenção, referente a impostos,
taxas ou contribuições, somente poderá ser concedido
mediante lei específica, federal, estadual ou municipal.
(C) As taxas e contribuições de melhoria não poderão ter
base de cálculo própria de impostos.
(D) É vedado aos entes federativos instituir impostos sobre
livros, jornais, periódicos, bem como o papel e a tinta
destinados a sua impressão.
(E) É proibida a cobrança de empréstimos compulsórios
instituídos para atender despesas decorrentes de
calamidade pública no mesmo exercício financeiro em que
haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.

A letra “a” é falsa, pois cabe à lei complementar estabelecer


normas gerais sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e
decadência tributários, mas não sobre compensação e isenção
tributária.

A letra “b” é verdadeira, pois, em regra, qualquer subsídio ou


isenção, referente a impostos, taxas ou contribuições, somente
poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou
municipal (art. 150, §6°). A única exceção são os convênios
interestaduais do CONFAZ.

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A letra “c” é falsa, pois, segundo o art. 145, §2°, da CF, as


taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

A letra “d” é falsa, porque é vedado aos entes federativos


instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos, bem como o papel
destinado a sua impressão. A imunidade cultural explícita na CF (art.
150, VI, “d”) não abrange as tintas.

A letra “e” é falsa, pois a cobrança de empréstimos com-


pulsórios instituídos para atender despesas decorrentes de
calamidade pública é exceção aos princípios da anterioridade anual e
nonagesimal (arts. 148, I e 150, §1°, todos da CF).

SÍNTESE FUNDAMENTAL DA AULA

(I) São cinco espécies tributárias, de acordo com o sistema tributário


nacional, a saber: impostos, taxas, contribuições de melhoria,
empréstimo compulsório e as contribuições especiais.

(II) O Distrito Federal e os Municípios podem instituir a contribuição


para o custeio do serviço de iluminação pública (COSIP ou CIP),
sendo facultada a cobrança na fatura de consumo de energia elétrica.

(III) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão


contribuição previdenciária, cobrada de seus servidores, para o
custeio, em beneficio destes, do sistema de previdenciário respectivo,
cuja alíquota não será inferior à da contribuição previdenciária dos
servidores titulares de cargos efetivos da União.

(IV) A natureza jurídica específica do tributo é verificada pelo fato


gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la
a denominação e demais características formais adotadas pela lei e a
destinação legal do produto da sua arrecadação.

(V) Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte.

(VI) A taxa é um tributo que pode ser cobrado pela União, pelos
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, tendo como fato gerador o exercício regular
do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço
público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.
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(VII) Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando


desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável,
com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a
lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

(VIII) Utilização efetiva de serviços públicos significa serviços


públicos usufruídos a qualquer título pelo contribuinte.

(IX) Utilização potencial de serviços públicos ocorre, quando, sendo


de utilização compulsória pelo contribuinte, sejam postos à sua
disposição mediante atividade administrativa em efetivo
funcionamento.

(X) Os serviços públicos são considerados específicos quando possam


ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de unidade,
ou de necessidades públicas.

(XI) Os serviços públicos são divisíveis quando suscetíveis de


utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.

(XII) A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos
aos que correspondam a imposto e nem ser calculada em função do
capital das empresas.

(XIII) A contribuição de melhoria pode ser instituída pela União,


pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de
suas respectivas atribuições.

(XIV) A contribuição de melhoria é instituída para fazer face ao custo


de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como
limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo
de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado, conforme
dispõe o art. 81, do CTN.

(XV) O fato gerador da contribuição de melhoria consiste em obter


valorização imobiliária, decorrente de obra pública. A base de cálculo
é exatamente o valor (quantum debeatur) que acresceu ao imóvel do
contribuinte em razão da obra pública.

(XVI) O empréstimo compulsório é tributo de competência exclusiva


da União.

(XVII) A União, mediante lei complementar, poderá instituir


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empréstimos compulsórios nas seguintes hipóteses: a) para atender


a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de
guerra externa ou sua iminência; ou b) no caso de investimento
público de caráter urgente e de relevante interesse nacional,
observando, neste caso, o princípio da anterioridade.

(XVIII) Deve existir restituição do empréstimo compulsório pago


pelo contribuinte. A restituição deverá ser feita em moeda corrente,
quando esta for o objeto do empréstimo.

(XIX) As espécies tributárias se distinguem, originariamente, a partir


do seu fato gerador. Todavia, com o advento das contribuições de
mesmo fato gerador do imposto sobre a renda e proventos de
qualquer natureza, o texto constitucional inaugurou novo critério de
distinção, de natureza específica para os impostos e as contribuições
sociais. Assim sendo, de acordo com o CTN, a natureza jurídica
específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva
obrigação, sendo irrelevantes, para qualificá-la, tanto a denominação
e demais características formais adotadas pela lei quanto a
destinação legal do produto da sua arrecadação. Todavia, com o
advento da Constituição de 1988, os empréstimos compulsórios e as
contribuições sociais assumiram o status de espécies tributárias.
Algumas dessas exações, todavia, têm fato gerador idêntico ao dos
impostos, o que torna inaplicável a citada regra do CTN.

(XX) Para fins de simplificação para concursos entenda o seguinte:


(a) A destinação legal do produto da arrecadação (art. 4°, inc. II, do
CTN) é irrelevante para qualificar o tributo como espécie de
imposto, taxa ou contribuição de melhoria, bastando-se, aqui, o fato
gerador (hipótese de incidência) e a base de cálculo; (b) O fato
gerador da obrigação tributária (art. 4°, caput, do CTN) não é critério
suficiente para identificar a natureza jurídica das contribuições
especiais e dos empréstimos compulsórios; (c) Parte da doutrina
entende acertadamente que a CF/88 estabeleceu a relevância da
destinação legal do produto da arrecadação (vinculação da receita)
para identificação das contribuições especiais e dos empréstimos
compulsórios, não se aplicando, neste caso, a regra do art. 4°, inc. II,
do CTN.

QUESTÕES TRATADAS EM AULA

1. (ESAF/GESTOR MG/2005) “A prestação do tributo não é


obrigatória”

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2. (ESAF/MPC/TCE/GO/2007) “Excepcionalmente é admitido no


direito brasileiro o tributo in labore nas contribuições de melhoria
quando a obra pública for realizada pelo próprio sujeito passivo
tributário”.

3. (ESAF/TRF/2000) “A prestação de serviço militar é compulsória e


não constitui sanção a ato ilícito, porém não tem a natureza de
tributo porque não é prestação pecuniária”.

4. (ESAF/AFTM/Natal/2008) “A Lei Complementar n. 104/2001,


ao permitir a dação em pagamento de bens imóveis, como forma de
extinção do crédito tributário, promoveu a derrogação do art. 3º do
CTN, que confere ao tributo uma prestação pecuniária em moeda ou
cujo valor nela se possa exprimir”.

5. (ESAF/AFTM/Natal/2008) “Tendo em vista que o tributo não


pode constituir uma sanção de ato ilícito, não se faz possível a
incidência de tributos sobre atividades criminosas, pois assim agindo
o Estado estaria obtendo recursos de uma atividade por ele proibida”.

6. (TJDFT/2000) “As multas são espécies de tributos cujo fato


gerador é a infração de uma norma jurídica”.

7. (ESAF/TTN/1998) “A multa pode ser considerada espécie do


gênero tributo, já que está abrangida, pelo Código Tributário
Nacional, no conceito de obrigação tributária principal”.

8. (Procurador/BACEN/2001) “Em matéria de direito tributário,


podemos afirmar que o tributo é uma prestação pecuniária
compulsória que não se constituiu em sanção de ato ilícito, da mesma
forma que as multas e os preços públicos”.

9. (ESAF/AFPS/2002) “Tributo é a prestação pecuniária compulsória,


em moeda, ou cujo valor nela se possa exprimir, instituída em lei e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada,
que não constitua sanção de ato ilícito, ressalvado o caso de ato ilícito
que requeira reparação em virtude de guerra”.

10. (ESAF/GESTOR MG/2005) “O tributo se caracteriza também


pelo fato de não resultar da aplicação de uma sanção por um ato
ilícito”.

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11. (CESPE/INSS/1997) “No vigente regime político brasileiro, é


correto afirmar ao menos do ponto de vista teórico, que os cidadãos
suportam tão-somente os tributos que aceitaram pagar”.

12. (ESAF/GESTOR MG/2005) “Não é preciso lei para exigir um


tributo”.

13. (ESAF/AFTM/Natal/2008) “Tributo é toda prestação


pecuniária compulsória instituída em lei. Todavia, não há restrição
para que o Município majore alíquotas de tributos, sob sua
competência, por meio de decreto”.

14. (CESPE/TCU/2006) “Os empréstimos compulsórios deverão ser


instituídos, sempre, por meio de lei complementar”.

15. (ESAF/AFPS/2002) “A instituição de empréstimos compulsórios


requer lei complementar da União, dos Estados ou do Distrito
Federal, conforme competência que a Constituição confere a cada um
desses entes da Federação”.

16. (CESPE/DPF/1997) “O empréstimo compulsório não poderá,


sem exceção, ser instituído por estado federado ou por município”.

17. (ESAF/TTN/1997) “O empréstimo compulsório é considerado


tributo, pelo regime jurídico a que está submetido”.

18. (FCC/Fiscal de Rendas/SP/2006) Segundo a Constituição


Federal, os tributos que devem ser instituídos mediante lei
complementar e nos termos de lei complementar são,
respectivamente:
(A) o imposto extraordinário em caso de guerra e a contribuição de
interesse das categorias profissionais ou econômica.
(B) o empréstimo compulsório e o imposto sobre grandes fortunas.
(C) as contribuições sociais e as contribuições de melhoria.
(D) a contribuição de intervenção no domínio econômico e as
contribuições sociais.
(E) a contribuição de melhoria e o empréstimo compulsório.

19. (ESAF/AFRF/2005) Ainda que atendidas as condições e os


limites estabelecidos em lei, é vedado ao Poder Executivo alterar as
alíquotas do imposto sobre:
a) importação de produtos estrangeiros (II).
b) exportação, para o exterior, de produtos nacionais
ou nacionalizados (IE).
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c) propriedade territorial rural (ITR).


d) operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a
títulos ou valores mobiliários (IOF).
e) produtos industrializados (IPI).

20. (ESAF/Analista/CE/2006) O princípio constitucional da


legalidade preceitua que a instituição ou a majoração de tributos
deverá ser estabelecida por lei. Com relação à majoração de
alíquotas, porém, a própria Constituição Federal prevê que alguns
tributos poderão tê-la por meio de decreto presidencial. Entre estes,
não se inclui:
a) Imposto de Importação (II).
b) Imposto Territorial Rural (ITR).
c) Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
d) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Sobre
Combustíveis (CIDE – Combustíveis).
e) Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI).

21. (FGV/Procurador de Contas/RJ/2008) Nenhum imposto


pode ser exigido sem que lei o estabeleça, salvo o II (Imposto sobre
Importação), o IE (Imposto sobre Exportação), o IPI (Imposto sobre
Produtos Industrializados), o CIDE combustíveis, o IPTU e o IOF
(Imposto sobre Operações Financeiras), que podem ter suas alíquotas
alteradas por ato do Poder Executivo.

22. (ESAF/GESTOR MG/2005) “Na atividade de cobrança do


tributo a autoridade administrativa pode, em determinadas
circunstâncias, deixar de aplicar a lei”.

23. “Tributo é prestação pecuniária compulsória, instituída em lei e


cobrada mediante atividade administrativa discricionária”.

24. (ESAF/AFPS/2002) “Tributo é um gravame cuja obrigação tem


por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade
estatal específica, relativa ao contribuinte”.

25. “As disposições do Código Tributário Nacional não se aplicam às


contribuições para o FGTS”.

26. (CESPE/DPF/2002) “Consoante entendimento do STF, os


emolumentos judiciais são tributos da espécie taxa”.

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27. (ESAF/PFN/1998) “Os impostos são chamados de tributos “não


vinculados” porque sua cobrança independe de uma atividade estatal
específica em relação ao contribuinte”.

28. (ESAF/AFTM/Natal/2008) A cobrança de impostos decorre de


uma atividade administrativa não-vinculada, haja vista os recursos
poderem ser utilizados com quaisquer despesas previstas no
orçamento.

29. (CESPE/DPF/1997) “No atual direito constitucional tributário


positivo brasileiro, o empréstimo compulsório tem o produto da sua
arrecadação vinculado à despesa que fundamentou a sua instituição”.

30. (ESAF/AFPS/2002) “Tributo é toda prestação pecuniária


compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que
não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.

31. (ESAF/IRB/2006) “A aplicação dos recursos provenientes de


empréstimos compulsórios será preferencialmente vinculada à
despesa que fundamentou sua instituição”.

32. (ESAF/MDIC/2002) O tributo cuja obrigação tem por fato gerador


uma situação independente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte, denomina-se:
a) taxa.
b) contribuição de melhoria.
c) imposto.
d) empréstimo compulsório.
e) preço público.

33. (FCC/ICMS/SP/2009). Conforme o art. 3o do CTN, Tributo é


toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada. Partindo da premissa de que o conceito de tributo previsto
no Código Tributário Nacional foi recepcionado pela Constituição
Federal de 1988 e fazendo uma interpretação sistemática do Código
Tributário Nacional inserido na ordem constitucional vigente, é
correto afirmar que no conceito legal de tributo é possível identificar
alguns dos denominados “princípios constitucionais tributários”. São
identificáveis no conceito legal de tributo os princípios
(A) da capacidade contributiva e da uniformidade geográfica.
(B) da isonomia e da liberdade de tráfego.
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(C) da capacidade contributiva e da anterioridade.


(D) da anterioridade e da irretroatividade.
(E) da legalidade e da vedação ao efeito de confisco.

34. (FCC/Auditor/TCE/AL/2008) Sobre o conceito legal de


tributo, descrito no art. 3° do Código Tributário Nacional, é correto
afirmar:
(A) Pode ser considerado sanção por ato ilícito, como na hipótese de
exigência de imposto de importação em razão de crime de
contrabando.
(B) Na hipótese de lançamento por homologação, como é o caso do
imposto sobre propriedade territorial urbana, não é a autoridade
administrativa plenamente vinculada quem realiza o lançamento
tributário.
(C) Admite como forma de pagamento a entrega de coisa, como, por
exemplo, parte da produção de uma indústria para pagamento de
imposto sobre produto industrializado.
(D) Via de regra é instituído mediante lei, mas a Constituição Federal
prevê exceções.
(E) É prestação pecuniária voluntária prestada pelo contribuinte,
nas hipóteses de tributos com lançamento por homologação.

35. (UFRS/ICMS/RS/2006) Conforme o Código Tributário


Nacional, é correto afirmar que o tributo pode, excepcionalmente,
constituir-se de uma prestação não pecuniária.

36. (ESAF-Adaptada) Assinale a opção correta.


a) As taxas poderão ser instituídas em razão do exercício do poder de
polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ou postos à disposição do
contribuinte.
b) Território Federal pode instituir taxa.
c) É permitido que o serviço de iluminação pública seja remunerado
mediante taxa.
d) É permitido instituir e cobrar taxa de conservação de estradas de
rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do imposto sobre
propriedade territorial rural.
e) É inconstitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e
valores mobiliários instituída pela Lei n. 7.940, de 1989, haja vista
não ser conferido, pelo ordenamento jurídico positivado, poder de
polícia à Comissão de Valores Mobiliários.

37. (ESAF-Adaptada) Assinale a opção incorreta.


a) Os serviços gerais prestados por órgãos de Segurança Pública não
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podem ser sustentados por taxas. Essa atividade pública, por sua
natureza, deve ser retribuída, genericamente, por impostos.
b) As bases de cálculo dos impostos e das taxas não podem ser
idênticas.
c) As bases de cálculo dos impostos devem estar relacionadas com o
serviço público prestado aos contribuintes.
d) O texto constitucional (art. 145, III) deixou de se referir
expressamente à valorização imobiliária, ao cogitar de contribuição
de melhoria. Com isso, o acréscimo do valor do imóvel localizado nas
áreas beneficiadas direta ou indiretamente por obras públicas ainda
figura como fato gerador da contribuição.
e) A instituição de empréstimos compulsórios requer lei
complementar da União, conforme competência que a Constituição
confere a este ente da Federação.

38. (ESAF-Adaptada) Assinale a opção correta.


a) No caso de investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional, a União está autorizada a instituir empréstimo
compulsório e cobrá-lo a partir do ano em que for publicada a lei
complementar que o criar.
b) É inconstitucional lei estadual que cria taxa destinando a
arrecadação de seu produto aos serviços de fiscalização da atividade
notarial e de registro a órgão público.
c) A União pode instituir empréstimo compulsório para resgatar sua
dívida interna.
d) A aplicação dos recursos provenientes de empréstimos
compulsórios será preferencialmente vinculada à despesa que
fundamentou sua instituição.
e) A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório
será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

39. (ESAF/Analista/SP/2009) Constituem modalidade de


receita derivada, exceto:
a) tributos.
b) penalidades pecuniárias.
c) multas administrativas.
d) taxas.
e) preços públicos.

40. (ESAF/Analista/SP/2009) Assinale a opção que representa


uma taxa pública.
a) Serviço de água.
b) Serviço de energia.
c) Serviço de esgoto.
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d) Pedágio explorado diretamente ou por concessão.


e) Serviço postal.

41. (ESAF/AFTE/MS/2001) Em matéria tributária, é correto afirm-


arse que:
a) Somente a União pode instituir impostos com fundamento no
exercício regular do poder de polícia.
b) Os Estados e o Distrito Federal têm competência para instituir
empréstimo compulsório.
c) A contribuição de melhoria é devida em função da prestação de
serviços públicos divisíveis.
d) As taxas têm que ter bases de cálculo diferentes das dos impostos.
e) As contribuições sociais decorrem da realização de obras públicas
que promovam a valorização imobiliária privada.

42. (ESAF/AFTE/MS/2001) As receitas compulsórias, cuja


arrecadação e utilização são conferidas, pelo Poder Público
competente, a uma entidade paraestatal dotada de autonomia
administrativa e financeira, são chamadas:
a) Acessórias
b) Complementares
c) Extraordinárias
d) Extrafiscais
e) Parafiscais

43. (FCC/Procurador/2005-adaptada) Considere as seguintes


características:
I. O fato gerador independe de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte.
II. A materialidade do seu fato gerador consiste na atuação estatal
diretamente referida ao contribuinte, em forma de contraprestação de
serviço.
III. A materialidade do fato gerador é a atuação do Estado em forma
de obras públicas que decorra valorização imobiliária.
No que tange aos tributos, I, II e III referem-se, seqüencialmente, a
(A) tributo vinculado (taxa), tributo não-vinculado (imposto) e
contribuição de melhoria.
(B) tributo vinculado (imposto), contribuição de melhoria e tributo
não-vinculado (taxa).
(C) contribuição de melhoria, tributo vinculado (taxa) e tributo
nãovinculado (imposto).
(D)) tributo não-vinculado (imposto), tributo vinculado (taxa) e
contribuição de melhoria.
(E) tributo não-vinculado (taxa), contribuição de melhoria, e tributo
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vinculado (imposto).

44. (FCC/Procurador/2007) Considere:


I. Tributos que resultam de uma imposição estatal visando à restrição
ou ao desenvolvimento de determinadas atividades ou setores
específicos, de acordo com determinada linha política de ação, a
exemplo de uma tributação maior sobre bens supérfluos e menor
para bens necessários.
II. Tributos que decorrem da atribuição, pela lei, da capacidade de
serem sujeito ativo desses tributos – que arrecadam em benefício de
suas próprias finalidades − pessoas diversas da União, Estados e
Municípios.
Esses tributos são conhecidos, respectivamente, como
(A) contribuições e extrafiscais.
(B) parafiscais e especiais.
(C))extrafiscais e parafiscais.
(D) especiais e extraordinários.
(E) fiscais e empréstimos compulsórios.

45. (ESAF - adaptada) Assinale a opção correta.


(a) A prestação de serviço militar é compulsória e constitui sanção a
ato ilícito, porém não tem a natureza de tributo porque não é
prestação pecuniária.
(b) Excepcionalmente é admitido no direito brasileiro o tributo in
labore nas contribuições de melhoria quando a obra pública for
realizada pelo próprio sujeito passivo tributário.
(c) A Lei Complementar n. 104/2001, ao permitir a dação em
pagamento de bens imóveis, como forma de extinção do crédito
tributário, promoveu a derrogação do art. 3º do CTN, que confere ao
tributo uma prestação pecuniária em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir.
(d) No vigente regime político brasileiro, é correto afirmar ao menos
do ponto de vista teórico, que os cidadãos suportam tão-somente os
tributos que aceitaram pagar.
(e) As multas são espécies de tributos cujo fato gerador é a infração
de uma norma jurídica.

46. (ESAF - adaptada) Assinale a opção correta.


a) Tributo é um gravame cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte.
b) Tributo é a prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo
valor nela se possa exprimir, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada, que não constitua

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sanção de ato ilícito, ressalvado o caso de ato ilícito que requeira


reparação em virtude de guerra.
c) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou
cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato
ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.
d) Em matéria de direito tributário, podemos afirmar que o tributo é
uma prestação pecuniária compulsória que não se constituiu em
sanção de ato ilícito, da mesma forma que as multas e os preços
públicos.
e) Tendo em vista que o tributo não pode constituir uma sanção de
ato ilícito, não se faz possível a incidência de tributos sobre atividades
criminosas, pois assim agindo o Estado estaria obtendo recursos de
uma atividade por ele proibida.

47. (ESAF - adaptada) Assinale a opção correta.


(a) A multa pode ser considerada espécie do gênero tributo, já que
está abrangida, pelo Código Tributário Nacional, no conceito de
obrigação tributária principal.
(b) Na atividade de cobrança do tributo a autoridade administrativa
pode, em determinadas circunstâncias, deixar de aplicar a lei.
(c) Não é preciso lei para exigir um tributo.
(d) O tributo se caracteriza também pelo fato de não resultar da
aplicação de uma sanção por um ato ilícito.
(e) A prestação do tributo não é obrigatória.

48. (ESAF - adaptada) Assinale a opção correta.


(a) Excepcionalmente é admitido no direito brasileiro o tributo in
labore nas contribuições de melhoria quando a obra pública for
realizada pelo próprio sujeito passivo tributário.
(b) Tributo é prestação pecuniária compulsória, instituída em lei e
cobrada mediante atividade administrativa discricionária.
(c) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória instituída em lei.
Todavia, não há restrição para que o Município majore alíquotas de
tributos, sob sua competência, por meio de decreto.
(d) Os impostos são chamados de tributos “não vinculados” porque
sua cobrança independe de uma atividade estatal específica em
relação ao contribuinte.
(e) As disposições do Código tributário Nacional se aplicam às
contribuições para o FGTS.

49. (ESAF - adaptada) Assinale a opção correta.


(a) Os empréstimos compulsórios deverão ser instituídos, sempre,
por meio de lei complementar.
(b) A instituição de empréstimos compulsórios requer lei
complementar da União, dos Estados ou do Distrito Federal, conforme
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competência que a Constituição confere a cada um desses entes da


Federação.
(c) O empréstimo compulsório poderá ser instituído por estado
federado ou por município.
(d) Consoante entendimento do STF, os emolumentos judiciais
não são tributos.
(e) No atual direito constitucional tributário positivo brasileiro, o
empréstimo compulsório não tem o produto da sua arrecadação
vinculado à despesa que fundamentou a sua instituição.

50. (ESAF/MDIC/2002) O tributo cuja obrigação tem por fato gerador


uma situação independente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte, denomina-se:
a) taxa
b) contribuição de melhoria
c) preço público
d) empréstimo compulsório
e) imposto

51. (ESAF/ARFB/2005) Ainda que atendidas as condições e os limites


estabelecidos em lei, é vedado ao Poder Executivo alterar as
alíquotas do imposto sobre:
a) importação de produtos estrangeiros (II).
b) exportação, para o exterior, de produtos nacionais
ou nacionalizados (IE).
c) propriedade territorial rural (ITR).
d) operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou
valores mobiliários (IOF).
e) produtos industrializados (IPI).

52. (ESAF/Analista-CE/2006) O princípio constitucional da legalidade


preceitua que a instituição ou a majoração de tributos deverá ser
estabelecida por lei. Com relação à majoração de alíquotas, porém, a
própria Constituição Federal prevê que alguns tributos poderão tê-la
por meio de decreto presidencial. Entre estes, não se inclui:
a) Imposto de Importação (II).
b) Imposto Territorial Rural (ITR).
c) Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
d) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Sobre
Combustíveis (CIDE – Combustíveis).
e) Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI).

53. (FCC/Fiscal de Rendas/SP 2006) Segundo a Constituição Federal,


os tributos que devem ser instituídos mediante lei complementar e
nos termos de lei complementar são, respectivamente:

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(A) o imposto extraordinário em caso de guerra e a contribuição de


interesse das categorias profissionais ou econômica.
(B)) o empréstimo compulsório e o imposto sobre grandes fortunas.
(C) as contribuições sociais e as contribuições de melhoria.
(D) a contribuição de intervenção no domínio econômico e as
contribuições sociais.
(E) a contribuição de melhoria e o empréstimo compulsório.

54. (FGV/Procurador de Contas/RJ/2008) Nenhum imposto pode ser


exigido sem que lei o estabeleça, salvo o II (Imposto sobre
Importação), o IE (Imposto sobre Exportação), o IPI (Imposto sobre
Produtos Industrializados), o CIDE combustíveis, o IPTU e o IOF
(Imposto sobre Operações Financeiras), que podem ter suas alíquotas
alteradas por ato do Poder Executivo.

55. (FGV/Fiscal de Rendas/RJ/2007). O art. 5º do Código Tributário


Nacional determina que os tributos se dividem em:
(A) impostos, taxas e contribuições de melhoria.
(B) impostos, taxas, contribuições sociais e contribuições de
melhoria.
(C) impostos, taxas, contribuições sociais, contribuições
de melhoria e empréstimos compulsórios.
(D) impostos, taxas, contribuições sociais e empréstimos
compulsórios.
(E) impostos, contribuições sociais, contribuições de melhoria e
empréstimos compulsórios.

56. As espécies tributárias se distinguem, originariamente, a partir


do seu fato gerador. Todavia, com o advento das contribuições de
mesmo fato gerador do imposto sobre a renda e proventos de
qualquer natureza, o texto constitucional inaugurou novo critério de
distinção, de natureza específica para os impostos e as contribuições
sociais (CESPE/Auditor TCU/2007).

57. Consoante o CTN, a natureza jurídica específica do tributo é


determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo
irrelevantes, para qualificá-la, tanto a denominação e demais
características formais adotadas pela lei quanto a destinação legal do
produto da sua arrecadação. Todavia, com o advento da Constituição
de 1988, os empréstimos compulsórios e as contribuições sociais
assumiram o status de espécies tributárias. Algumas dessas exações,
todavia, têm fato gerador idêntico ao dos impostos, o que torna
inaplicável a citada regra do CTN (CESPE/JUIZ FEDERAL/TRF5/2006).

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58. (OAB/SP/119°) A destinação do produto da arrecadação, à luz da


Carta Magna de 1988, é
(A) irrelevante.
(B) relevante para todos os tributos.
(C) relevante, em se tratando de empréstimo compulsório.
(D) relevante, em se tratando de impostos, taxas e contribuição de
melhoria.

59. (OAB/SP – 131°) O Código Tributário Nacional – CTN –


estabelece que a natureza jurídica específica do tributo é
determinada
(A) pela destinação legal do produto da sua arrecadação.
(B) pela denominação e demais características formais adotadas
pela lei.
(C) pelo fato gerador da respectiva obrigação.
(D) pelo órgão fiscalizador.

60. (CESPE/UNB/OAB/2007) Na história da legislação tributária


brasileira, freqüentemente ocorreu de entes da Federação criarem
verdadeiros impostos, dando-lhes, entretanto, o nome de taxa. Isso
ocorria para se evitar que fosse declarada inconstitucional a lei
instituidora, por falta de competência tributária. Considerando essa
afirmação, assinale a opção correta, relativamente à natureza jurídica
do tributo.
(A) Não procede a preocupação do ente federado, pois um tributo
será considerado taxa desde que seja criado com esta denominação.
(B) Para a definição da natureza jurídica, é relevante levar-se em
consideração a destinação do produto da arrecadação.
(C) Todas as características formais do tributo estabelecidas na lei de
criação devem ser consideradas na definição da espécie tributária.
(D) O fato gerador é critério de exame da natureza jurídica específica
do tributo.

61. (FCC/Fiscal de Rendas/SP/2006) As taxas têm como fato gerador


a utilização efetiva ou potencial do poder de polícia ou o exercício
regular do serviço público específico e indivisível.

62. (FCC/Fiscal de Rendas/SP/2006) As taxas poderão ter base de


cálculo própria de impostos.

63. (FCC/Fiscal de Rendas/SP/2006) A União, os Municípios e o


Distrito Federal poderão instituir taxa para o custeio do serviço de
iluminação pública.

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64. (FGV/Advogado/2008/Senado Federal) É tributo


contraprestacional:
(A) a CSLL.
(B) o IRPJ.
(C) a COFINS.
(D) a contribuição para o CREA.
(E) a taxa judiciária.

65. (FGV/Fiscal de Rendas/RJ/2008) O Estado do Rio de Janeiro


decidiu instituir tributo relativo à construção de rede de esgotos, com
lançamento ao mar por emissário submarino construído com dotação
orçamentária específica. O tributo aludido:
(A) só poderá ser uma contribuição de melhoria.
(B) não poderá ser instituído, por ser devida, no caso, apenas a
cobrança de tarifa.
(C) é de competência privativa conforme classificação doutrinária.
(D) deve ser imposto, uma vez que tal serviço não é específico nem
divisível.
(E) só poderá ser uma taxa, por vinculado à prestação de serviço
específico e divisível.

66. (FCC/Procurador municipal/Recife/2008) NÃO se inclui entre


as características do tributo contribuição de melhoria:
(A) ter competência comum para instituição.
(B) ser vinculada a uma atividade estatal.
(C) ter por fato gerador a obra pública de que decorre valorização
imobiliária.
(D) ser instituída para fazer frente à obra pública a ser iniciada após
sua arrecadação.
(E) ter por base de cálculo o quantum da valorização dos imóveis
adjacentes à obra.

67. (FGV/Procurador de Contas/RJ/2008) Segundo a Constituição, o


empréstimo compulsório tem os seguintes fatos geradores: guerra
externa, ou sua iminência, calamidade pública que exija auxílio
federal impossível de atender com os recursos orçamentários
disponíveis e a conjuntura que exija a absorção temporária de poder
aquisitivo.

68. (Procurador/RS/97) São impostos indiretos:


a) sobre a renda e proventos de qualquer natureza (IR) e sobre
produtos industrializados (IPI).
b) sobre produtos industrializados (IPI) e sobre operações financeiras
(IOF).
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c) sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) e sobre


circulação de mercadorias e serviços (ICMS).
d) sobre a propriedade territorial rural (ITR) e sobre a produtos
industrializados (IPI).
e) sobre a circulação de mercadorias (ICMS) e sobre produtos
industrializados (IPI).

69. (FGV/Procurador de Contas/RJ/2008) Segundo a jurisprudência


do Supremo Tribunal Federal, a progressividade do IPTU em razão do
descumprimento da função social da propriedade urbana é
inconstitucional.

70. (FCC/Procurador municipal/Recife/2008) São consideradas


receitas originárias:
(A) as taxas e os impostos.
(B) as taxas e os preços públicos.
(C) os preços públicos e as tarifas.
(D) as tarifas e as taxas.
(E) os impostos e as tarifas

71. (FGV/FISCAL DE RENDAS/RJ/2009) As taxas, cobradas em


razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos a sua disposição, não poderão ter base de
cálculo própria de impostos.

72. (FGV/JUIZ DE DIREITO/PA/2009) A taxa e o preço público


se caracterizam por:
(A) o preço público ser receita derivada do Estado e a taxa ser receita
originária.
(B) a cobrança da taxa obedecer ao princípio da proporcionalidade do
uso e a do preço público não.
(C) o preço público poder ser cobrado pela utilização potencial do
serviço, enquanto e a taxa não poder.
(D) a taxa ter como sujeito ativo pessoa jurídica de direito público e o
preço público poder ser exigido por pessoa jurídica de direito privado.
(E) o regime jurídico da taxa ser sui generis, já o dos preços públicos
ser, sobretudo, contratual.

73. (FGV/FISCAL DE RENDAS/RJ/2009) A contribuição de


melhoria é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de
que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa
realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.
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74. (FGV/FISCAL DE RENDAS/RJ/2008) O Estado do Rio de


Janeiro decidiu instituir tributo relativo à construção de rede de
esgotos, com lançamento ao mar por emissário submarino construído
com dotação orçamentária específica. O tributo aludido:
(A) só poderá ser uma contribuição de melhoria.
(B) não poderá ser instituído, por ser devida, no caso, apenas a
cobrança de tarifa.
(C) é de competência privativa conforme classificação doutrinária.
(D) deve ser imposto, uma vez que tal serviço não é específico nem
divisível.
(E) só poderá ser uma taxa, por vinculado à prestação de serviço
específico e divisível.

75. (FGV/FISCAL DE RENDAS/RJ/2008) A respeito dos


empréstimos compulsórios, assinale a afirmativa incorreta.
(A) A competência para a instituição de empréstimo compulsório é
exclusiva da União Federal.
(B) Os empréstimos compulsórios podem ser instituídos por medida
provisória, desde que haja relevância e urgência.
(C) Lei complementar não pode estabelecer situações de cabimento
para instituição de empréstimo compulsório.
(D) O empréstimo compulsório vinculado à calamidade pública é
excepcionado do princípio da anterioridade.
(E) Só podem ser instituídos empréstimos compulsórios no caso de
guerra externa, ou sua iminência, calamidade pública e investimento
público de caráter urgente e relevante interesse nacional.

76. (FGV/MPE/TC/RJ/2008) Segundo a Constituição, o


empréstimo compulsório tem os seguintes fatos geradores: guerra
externa, ou sua iminência, calamidade pública que exija auxílio
federal impossível
de atender com os recursos orçamentários disponíveis e a conjuntura
que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.

77. (FGV/JUIZ DE DIREITO/PA/2007) A adoção da teoria do


“pentapartite” pelo STF implica a adoção de cinco modalidades de
tributos previstos na Constituição Federal. Em conseqüência, a
Súmula 418 do STF, que dispõe que “o empréstimo compulsório não
é tributo, e sua arrecadação não está sujeita à exigência
constitucional de prévia autorização orçamentária”, perdeu sua
eficácia.

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78. (FGV/JUIZ DE DIREITO/PA/2007) A conjuntura que exija a


absorção temporária de poder aquisitivo não pode ensejar a cobrança
de empréstimo compulsório pela União, tendo em vista que esse
dispositivo do CTN não foi recepcionado pela Constituição Federal.

79. (FCC/Defensoria Pública/Pará/2010) Pode ser definido como


hipótese de incidência de imposto e taxa, respectivamente,
(A) serviços de qualquer natureza e exercício regular do poder de
polícia.
(B) transmissão de bem imóvel e serviço público específico e
indivisível.
(C) propriedade e serviço de comunicação.
(D) serviço público específico e divisível e serviço de pavimentação.
(E) serviço de comunicação e serviços de qualquer natureza.

80. (FCC/Analista Judiciário/TRF-2°Região/2008) No que diz


respeito às taxas é certo que,
(A) é facultativa e também leva em conta a realização de obra ou
serviço público, de que decorra valorização imobiliária.
(B) seu fato gerador poderá ser uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica.
(C) podem, em certos casos, ter base de cálculos idêntica a dos
impostos, e ser calculadas em função do capital das empresas.
(D) tem como fato gerador, além de outros elementos, o exercício
regular do Poder de Polícia.
(E) sua hipótese de incidência não é vinculada, salvo quando criada
no caso de investimento público urgente e de relevante interesse
estatal.

81. (FCC/Fiscal de Rendas/SP/2006/adaptada) Em relação às


taxas, o nosso ordenamento jurídico, expressamente, dispõe:
(A) As taxas têm como fato gerador a utilização efetiva ou potencial
do poder de polícia ou o exercício regular do serviço público específico
e indivisível.
(B) Ao se referir à imunidade recíproca, a Constituição Federal veda à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir taxas
e impostos uns dos outros.
(C) As taxas poderão ter base de cálculo própria de impostos.
(D) A União, os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir taxa
para o custeio do serviço de iluminação pública.
(E) As taxas têm como fato gerador fato gerador o exercício regular
do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço
público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.
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82. (FCC/Analista/Agência reguladora/CE/2007) Taxa e preço


público são institutos distintos. A taxa
(A) é um tributo decorrente de atividade prestada de forma direta
pelo Poder Público; enquanto o preço público ou tarifa remunera o
concessionário de serviço público.
(B) é classificada como receita originária; enquanto o preço público
como receita derivada.
(C) e o preço público podem ser cobrados por pessoas jurídicas de
direito privado mesmo quando estas não sejam delegadas de serviço
público.
(D) remunera exercício de serviço outorgado a particular; enquanto o
preço público decorre de exercício de atividade prestada
exclusivamente pelo Poder Público.
(E) não depende de lei para ser instituída ou majorada, ao contrário
do preço público, que se submete ao princípio da legalidade.

83. (FCC/Técnico em Direito/Assembléia Legislativa de São


Paulo/2010). Segundo Geraldo Ataliba, “Não há possibilidade
jurídica de confusão entre taxa e preço. Nem há, como muitos
supõem, liberdade do legislador em converter uma na outra e vice-
versa. Juridicamente, são coisas reciprocamente repelentes e
excludentes”. Partindo deste pressuposto, é traço distintivo entre
taxa e preço público o fato da taxa
(A) remunerar obra pública e o preço remunerar serviço público
prestado pelo Poder Público sem exclusividade.
(B) ser fixada contratualmente e o preço ser fixado por decreto.
(C) ser receita originária de natureza tributária e o preço ser receita
derivada de natureza não tributária.
(D) remunerar serviço público prestado pelo Poder Público e o preço
remunerar serviço público delegado a particular.
(E) remunerar poder de polícia e o preço remunerar serviço público
indivisível.

84. (FCC/APOF/SP/2010). Um tributo que remunera o exercício


regular do poder de polícia consistente na concessão de alvará de
construção é da espécie
(A) imposto.
(B) contribuição de interesse de categoria econômica.
(C) taxa.
(D) tarifa.
(E) contribuição de segurança pública.

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85. (FCC/Procurador municipal/Recife/2008) NÃO se inclui


entre as características do tributo contribuição de melhoria:
(A) ter competência comum para instituição.
(B) ser vinculada a uma atividade estatal.
(C) ter por fato gerador a obra pública de que decorre valorização
imobiliária.
(D) ser instituída para fazer frente à obra pública a ser iniciada após
sua arrecadação.
(E) ter por base de cálculo o quantum da valorização dos imóveis
adjacentes à obra.

86. (FCC/Defensoria Pública/Pará/2010) Município institui


contribuição de melhoria no valor de trezentos reais, para todos os
contribuintes, em razão de obra pública de calçamento de vias
públicas municipais realizada no exercício de 2008. Esta contribuição
de melhoria é
(A) devida, por ter por fato gerador obra pública.
(B) devida, porque o Município tem direito a se reembolsar das obras
públicas que beneficiam os moradores, sob pena de enriquecimento
sem causa destes.
(C) indevida, porque deveria ter sido cobrada antes da realização da
obra.
(D) indevida, porque obra de calçamento público não pode ser
cobrada dos moradores.
(E) indevida, porque não está sendo cobrada de maneira
individualizada em razão da valorização imobiliária, deixando de
considerar o quantum que cada imóvel teve de valorização em razão
da obra pública.

87. (FCC/Auditor/TCE/AM/2007) Um dos atributos que


diferenciam as taxas das contribuições de melhoria é o fato de que as
taxas
(A) são facultativas, enquanto que as contribuições de melhoria
remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ainda que
somente postos à disposição do usuário.
(B) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao
passo que as contribuições de melhoria apresentam o atributo da
referibilidade.
(C) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo
que as contribuições de melhoria remuneram serviços públicos
específicos e divisíveis.
(D) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que
somente postos à disposição do usuário, ao passo que o pagamento
das contribuições de melhoria é facultativo.
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(E) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de


melhoria têm como contrapartida a valorização imobiliária em
decorrência da realização de obras públicas.

88. (FCC/Auditor/TCE/SP/2008) Os empréstimos compulsórios


(A) são tributos instituídos pela União, pelos Estados e pelo Distrito
Federal.
(B) podem ser criados por lei complementar com a finalidade de
enxugamento da moeda em circulação na economia, desde que
sejam restituídos no prazo de dois anos.
(C) são instituídos por Decreto, para atender a despesas
extraordinárias decorrentes de calamidade pública ou guerra externa
ou sua iminência.
(D) podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que haja
sido publicada a lei que os houver instituído em casos de despesas
extraordinárias, decorrentes de calamidade pública ou guerra
externa.
(E) são tributos instituídos pela União, por meio de lei ordinária,
observando-se o princípio da anterioridade.

89. (FCC/Advogado/Santos/2006) Os tributos consistentes na


coleta de recursos para certas áreas de interesse do poder público, na
Administração direta ou indireta, ou na atividade dos entes que
colaboram com a Administração, tendo destinação certa e finalidade
predeterminada; e aqueles instituídos no caso de investimento
público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, sendo
qualificados pela promessa de restituição relacionam-se,
respectivamente,
(A) aos impostos gerais e às taxas.
(B) às contribuições extrafiscais e às contribuições de melhoria.
(C) aos empréstimos compulsórios e às contribuições especiais.
(D) às contribuições sociais e aos empréstimos compulsórios.
(E) às contribuições de movimentação financeira e às con-
tribuições parafiscais.

90. (FCC/Procurador de Contas/TCE/RR/2008) São


características comuns aos empréstimos compulsórios e às
contribuições especiais:
(A) sempre são de competência da União.
(B) só podem ser instituídos por lei complementar.
(C) não são considerados tributos e não estão inseridos no Sistema
Tributário Nacional.
(D) possuem vinculação de receita.

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(E) são restituíveis, os primeiros em prazo e forma fixado em lei ou


depois de um período de carência de contribuição.

91. (FCC/SEFAZ /SP/2009) Os Empréstimos Compulsórios


(A) poderão ser instituídos para atender às despesas extraordinárias
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua
iminência, não sendo necessária, nesses casos, a observância ao
princípio da anterioridade.
(B) poderão ser instituídos no caso de investimento público de caráter
urgente e de relevante interesse nacional, não sendo necessária,
nesse caso, a observância ao princípio da anterioridade.
(C) são de competência comum da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, observando-se a competência material de
cada um desses entes políticos.
(D) têm sua cobrança suprimida, gradativamente, quando cessadas
as causas de sua criação.
(E) têm, em decorrência das razões de urgência e de relevância para
sua instituição, a aplicação dos recursos provenientes do Empréstimo
Compulsório desvinculada da despesa que fundamentou sua
instituição.

92. (ESAF/APO/União/2010) A extrafiscalidade é característica


que possuem alguns tributos de permitirem, além da pura e simples
forma de ingresso de receitas nos cofres públicos, também de
intervirem na economia, incentivando ou não determinada atividade
ou conduta do contribuinte. Assinale, entre os tributos listados
abaixo, aquele que não possui caráter extrafiscal.
a) Imposto sobre produtos industrializados.
b) Imposto sobre importação.
c) Contribuição de intervenção no domínio econômico sobre
combustíveis.
d) Imposto sobre produtos industrializados.
e) Taxa de iluminação pública.

93. (ESAF/ATRFB/2010) “A redução do Imposto sobre Produtos


Industrializados − IPI para geladeiras, fogões, máquinas de lavar e
tanquinhos, produtos da linha branca, que encerraria no próximo dia
31, foi prorrogada por mais três meses. A partir de 10 de novembro
entra em vigor uma nova tabela cujas alíquotas passam a ser
estabelecidas com base na eficiência energética dos produtos, de
acordo com a classificação do Programa Brasileiro de Etiquetagem,
coordenado pelo Inmetro. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo
ministro da Fazenda Guido Mantega. “Nós estamos desonerando mais
os produtos que consomem menos energia”, explicou. A medida vale
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até 31 de janeiro de 2010. Segundo ele, as geladeiras, que antes do


IPI baixo tinham uma alíquota de 15%, e recuou para 5%, poderão
manter essa mesma alíquota reduzida, mas somente para os
produtos da chamada classe “A”, ou seja, com menor consumo de
energia. As geladeiras da classe “B” passarão a ter uma alíquota de
10% e o restante voltará a ter um IPI de 15%.” (Extraído do site
www.fazenda.gov.br, notícia de 29.10.2009). Na notícia acima,
identificamos um importante aspecto do IPI – Imposto sobre
Produtos Industrializados. Assinale, entre as opções que se seguem,
aquela que explica e justifica tal aspecto, isto é, somente aquele que
a notícia mencionada destacou.
a) Por meio da seletividade, pode-se tributar com alíquotas
diferenciadas produtos de acordo com o seu grau de essencialidade.
b) A notícia demonstra a aplicabilidade do princípio constitucional da
capacidade tributária, pois estabelece alíquotas diferenciadas para as
diversas categorias de geladeiras existentes no mercado.
c) O IPI constitui uma exceção à regra geral da legalidade, já que o
Poder Executivo pode, a qualquer momento, baixar ou restabelecer
as suas alíquotas.
d) A não-cumulatividade, outra característica do IPI, visa impedir que
as incidências sucessivas nas diversas operações da cadeia
econômica de um produto impliquem um ônus tributário muito
elevado, decorrente da múltipla tributação da mesma base
econômica.
e) A extrafiscalidade consiste na possibilidade de, por meio de
alíquotas diferenciadas, estimular-se determinado comportamento
por parte da indústria e, consequentemente, dos consumidores.

94. (ESAF/AFRFB/2010) Sobre as taxas, podemos afirmar, exceto,


que:
a) o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato
do Estado; este exerce determinada atividade, e por isso cobra a taxa
das pessoas que dela se aproveitam.
b) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa,
pode consistir no exercício regular do poder de polícia.
c) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa,
pode consistir na prestação ao contribuinte, ou na colocação à
disposição deste, de serviço público específico, divisível ou não.
d) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas com os
impostos, e não com as taxas.
e) o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa, considera-se
regular quando desempenhado pelo órgão competente e nos limites
da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de

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atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de


poder.

95. (ESAF/AFRFB/2010) Em relação aos empréstimos


compulsórios, é correto afirmar que:
a) é um tributo, pois atende às cláusulas que integram o art. 3° do
Código Tributário Nacional.
b) é espécie de confisco, como ocorreu com a retenção dos saldos de
depósitos a vista, cadernetas de poupança e outros ativos financeiros,
por ocasião do chamado “Plano Collor” (Lei n. 8.024/90).
c) o conceito de ‘despesa extraordinária’ a que alude o art. 148,
inciso I, da Constituição Federal, pode abranger inclusive aquelas
incorridas sem que tenham sido esgotados todos os fundos públicos
de contingência.
d) se conceitua como um contrato de direito público, com a
característica da obrigatoriedade de sua devolução ao final do prazo
estipulado na lei de sua criação.
e) se subordina, em todos os casos, ao princípio da anterioridade da
lei que o houver instituído.

96. (FEPESE/2008/Prefeitura Municipal de Balneário


Camboriú/Fiscal da Fazenda) Sobre os princípios gerais
constitucionais do sistema tributário nacional, assinale a alternativa
incorreta:
(A) As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
(B) Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte.
(C) As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico
não incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros
ou serviços.
(D) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
instituir taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.
(E) Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de
tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência,
sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas
de igual objetivo.

97. (FEPESE/2008/Prefeitura Municipal de


Florianópolis/Consultor Jurídico) O tributo cuja obrigação tem
por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade
estatal específica, relativa ao contribuinte, denomina-se:
(A) Taxa.
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(B) Tarifa.
(C) Imposto.
(D) Contribuição social.
(E) Contribuição de melhoria.

98. (FEPESE/2008/Prefeitura Municipal de


Florianópolis/Consultor Jurídico) Considere Falsas ( F ) ou
Verdadeiras ( V ) as seguintes afirmações:
I. A contribuição de melhoria cobrada pelo Município tem como fato
gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado
ao contribuinte ou posto à sua disposição.
II. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública
que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula
a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público.
III. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando
desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável,
com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a
lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
IV. As taxas cobradas pelo Município são instituídas para fazer face
ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária.
V. Por ocasião do lançamento do imposto, cada contribuinte deverá
ser notificado do seu montante, da forma e dos prazos de seu
pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo.
Assinale a seqüência correta:
(A) V – V – F – V – F.
(B) V – F – V – F – V.
(C) F – F – F – V – V.
(D) F – F – V – F – V.
(E) F – V – V – F – F.

99. (FEPESE/2009/ Prefeitura Municipal de


Brusque/Advogado) Com base na Constituição Federal de 1988, é
correto afirmar:
(A) Cabe à lei complementar estabelecer normas a. gerais sobre
obrigação, lançamento, crédito, compensação e isenção tributários.
(B) Qualquer subsídio ou isenção, referente a impostos, taxas ou
contribuições, somente poderá ser concedido mediante lei específica,
federal, estadual ou municipal.
(C) As taxas e contribuições de melhoria não poderão ter base de
cálculo própria de impostos.
(D) É vedado aos entes federativos instituir impostos sobre livros,
jornais, periódicos, bem como o papel e a tinta destinados a sua
impressão.
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(E) É proibida a cobrança de empréstimos compulsórios instituídos


para atender despesas decorrentes de calamidade pública no mesmo
exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu
ou aumentou.

GABARITO

1. Falso. 2. Falso. 3. Verdadeiro. 4. Falso. 5. Falso. 6. Falso.

7. Falso. 8. Falso. 9. Falso. 10. Verdadeiro. 11. Verdadeiro.

12. Falso. 13. Falso. 14. Verdadeiro. 15. Falso. 16. Verdadeiro.

17. Verdadeiro. 18. B 19. C 20. B 21. Falso. 22. Falso.

23. Falso. 24. Falso. 25. Verdadeiro. 26. Verdadeiro. 27. Verdadeiro.

28. Falso. 29. Verdadeiro. 30. Verdadeiro. 31. Falso. 32. C 33. E

34. D 35. Falso. 36. A 37. C 38. E 39. E 40. E 41. D 42. E

43. D 44. C 45. D 46. C 47. D 48. D 49. A

50. E 51. C 52. B 53. B 54. Falso. 55. A 56. Verdadeiro.

57. Verdadeiro. 58. C 59. C 60. D 61. Falso. 62. Falso. 63. Falso.

64. E 65. A 66. D 67. Falso. 68. E 69. Falso. 70. C 71. V 72. D

73. V 74. A 75. B 76. F 77. V 78. V 79. A 80. D 81. E 82. A

83. D 84. C 85. D 86. E 87. E 88. D 89. D 90. D 91. A 92. E 93. E

94. C 95. A 96. C 97. C 98. E 99. B

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