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CMCG AE3/2016 – LITERATURA 2º ANO DO ENSINO MÉDIO 1ª CHAMADA 01 Visto:

GABARITO Assinada por:


Prof. Jucinaldo

1ª QUESTÃO (18 escores)

O PARNASIANISMO

MÚLTIPLA ESCOLHA

ESCOLHA A ÚNICA RESPOSTA CERTA, ASSINALANDO-A COM UM “X” NOS PARÊNTESES À ESQUERDA.

Os itens de 01 a 06 que seguem dizem respeito ao soneto de Alberto de Oliveira, abaixo.

TEXTO I

EXCELSITUDE

Chegaste onde chegar nem pode o pensamento.


Eu que te vi partir, eu me deixei sozinho
ficar, amando ainda este chão de caminho,
onde há a pedra, onde há a serpe, o tojo, a chuva e o vento.

Prenda-me agora, mais que a terra, o firmamento;


o que inda há por sofrer, sofra, a falar baixinho
com as estrelas; rasteje humilhado e mesquinho
aos pés de cada altar; só meu gozo e alimento

seja o coração; deserte o mundo; ermado e triste,


viva só para a Fé, e ai! só para a Saudade;
nunca me hei de elevar à altura a que subiste!

Nunca mais te hei de ver! Entre nós ambos corre,


a extremar-te de mim, a tua eternidade,
a extremar-me de ti, tudo o que é humano e morre.
(OLIVEIRA, Alberto. Disponível em:<http://www.elsonfroes.com.br/sonetario/oliveira.htm> Acesso em:20.Out.2016.)

Vocabulário: Serpe: serpente;


Tojo: s.m. Planta de folhas espinhosas e flores amarelas, que cresce em terrenos arenosos.
Excelsitude: s.f. Qualidade daquilo que é excelso, das alturas, elevado.

01. Acerca das primeiras informações do texto, é correto afirma que:


( A ) Por se tratar de um soneto parnasiano, não há lirismo.
( B ) Traz um sujeito lírico personificado na figura de um anjo.
( C ) O soneto trata de uma despedida, em que se reforça o platonismo amoroso.
( D ) Tipicamente parnasiano, o soneto ressalta a ambiência mitológica de uma deusa.
( E ) Trata-se de um soneto objetivo, descrevendo eventos grandiosos da natureza.

02. Acerca dos aspecto linguísticos do texto, é correto afirma que:


( A ) há no discurso do sujeito lírico registro de linguagem informal ou uso de oralidade.
( B ) O poeta adota o pretérito imperfeito, que visa indicar que a relação amorosa ficou inacabada.
( C ) o interlocutor é a mulher, que está distante, por isso opta pela função fática da linguagem.
( D) o poeta complica o texto com um número exagerado de vocábulos eruditos e sem conotação.
( E ) Os advérbios presentes no texto indicam inclusão do sujeito lírico num ambiente feliz.

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CMCG AE3/2016 – LITERATURA 2º ANO DO ENSINO MÉDIO 1ª CHAMADA 02 Visto:

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03. No plano das expressões do texto, o paralelismo sintático, presente no quarto verso da primeira
estrofe, indica que o sujeito lírico:

( A ) sem a amada, optou por uma vida isolada em contato com a natureza.
( B ) sem a amada, não poderá enfrentar as tormentas e traições da vida sozinho.
( C ) com a perda da amada, terá de conviver com o sofrimento em seu caminho.
( D ) negou-se a seguir com sua amada, por não conseguir abandonar a terra que amava.
( E ) terá uma vida de mendicância e abandono, sem paradeiro sobre a terra.

04. Contrariamente do que prega o poeta parnasiano, o tom predominante do texto é de

( A ) frieza e austeridade.
( B ) desesperança e solidão.
( C ) indignação e vingança.
( D ) ressentimento e mágoa.
( E ) nostalgia e felicidade.

05. No que se relaciona aos fatos do texto, a situação atual dos dois amantes expressa-se, ao final, pela
figura da

( A ) personificação.
( B ) hipérbole.
( C ) inversão.
( D) antítese.
( E ) metonímia.

06. Do ponto de vista formal, o poema faz justiça à arte poética dos parnasianos, porque

( A ) reedita o tradicional verso decassílabo.


( B ) foi composto, exclusivamente, de rimas ricas.
( C ) começou o soneto já pela chave de ouro.
( D ) principia cada estrofe por um “enjambement”.
( E ) cadencia os versos com belos alexandrinos.

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CMCG AE3/2016 – LITERATURA 2º ANO DO ENSINO MÉDIO 1ª CHAMADA 03 Visto:

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Observe a figura e leia o texto III, sobre Pigmaleão e Galateia, abaixo para responder aos itens
07 e 08.

TEXTO II

Pigmaleão e Galatéia

(Disponível em <http://www.cartaforense.com.br/conteudo/colunas/pigmaliao-e-galateia--a-idealizacao-do-ser-
amado/9086>. Acesso em 20 out.2016.)

TEXTO III

Por Ana Paula de Araújo(texto adaptado)

A história lendária de Pigmalião e sua obra-prima Galateia foi contada pelo poeta romano Ovídio
e tem origem na ilha de Chipre, onde Pigmalião era o rei e também um habilidoso escultor. Ele
passava horas de seu dia dedicado à sua arte, e não era casado, já que a má fama das mulheres da
região tinha lhe dado um certo desencanto pelo sexo feminino.
Determinado a não se unir a nenhuma mulher, esculpiu para si uma estátua de uma donzela
belíssima, dotada de diversos atributos que o encantaram quando terminou a obra, determinando
assim que ela era sua melhor obra, a mais bela e mais perfeita, a ponto de apaixonar-se por
ela. À estátua, deu o nome de Galateia.
Pigmalião estava totalmente envolvido pela estátua, dando-lhes presentes, colocando anéis em
seus dedos, colares, joias, belas roupas, para aquela que agora tornara-se sua esposa adorada, como
a chamava. Assim, como também a cercava de carinhos, beijos, carícias, embora não se conformasse
que aquela beleza fosse apenas de marfim e o fato de ser uma imagem sem vida entristecia cada vez
mais o artista.
Certa vez, indo a Palea, para um grande festival dedicado à deusa Afrodite, deusa do amor e da
beleza, Pigmalião faz suas homenagens à deusa e lhe pede que encontre para ele uma mulher
igual à Galateia: “Se vocês podem nos dar tudo, todas as coisas, ó deuses, rezo para que minha
mulher possa ser como minha menina de marfim.”
A deusa, então, comovida com o amor de Pigmalião, não encontrando na terra mulher
semelhante à Galateia, concede vida à estátua.[...]
(ARAÚJO.Ana Paula. Disponível em: <http://www.recantodasletras.com.br/contos>. Acesso em 20 out 2016.)

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DÊ O QUE SE PEDE

(12 escores)
07. A história de Pigmaleão e Galateia nos remete ao mundo da mitologia greco-romana, ou seja, ao que
se convencionou chamar, durante o Renascimento, de Classicismo. Identifique, nesse pequeno
relato, os princípios estéticos do Parnasianismo em relação à arte, reeditados no final do século XIX.
(02 escores)

R. É possível encontrar, nessa história, o princípio parnasiano da busca da perfeição formal


ou estética√, OU a dedicação total à “deusa forma”; a objetividade artística√ OU a verdade
nua da beleza.

08. Se observarmos bem, o tratamento dado por Pigmaleão à sua estátua Galatéia assemelha-se,
fortemente, com o tratamento dos parnasianos dados à poesia. Relacione o trabalho desse escultor
com o fazer poético do poeta parnasiano. (04 escores)

R. Primeira semelhança é que Pigmaleão era escultor e passava horas do seu dia dedicado à
arte,√ assim como o poeta parnasiano que comparava o seu trabalho detalhado e
minuncioso com o do escultor ou ourives;√ a segunda semelhança é que Pigmaleão tinha
verdadeiro amor à sua arte e a enfeitava com joias, colares, roupas,√assim como o poeta
parnasiano se preocupa com a riqueza das rimas, o fechamento com chave de ouro de seus
sonetos. √ _____

Observe a figura abaixo(TEXTO IV) e leia o poema(TEXTO V), de Manuel Bandeira, a seguir para
responder os itens 09 e 10.

TEXTO IV

Disponível em:<https://www.google.com.br/searchq=os+sapos&biw=1/> Acesso em: 15 out 2016.)

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TEXTO V

Os Sapos

Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.

Em ronco que aterra,


Berra o sapo-boi:
- "Meu pai foi à guerra!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado.

Vede como primo


Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.

O meu verso é bom


Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.

Vai por cinquenta anos


Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma.

Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas..."
[...]

(Disponível em:<https://peregrinacultural.wordpress.com/2010/05/19/os-sapos-poema-de-manuel-bandeira> Acesso em: 16 out


2016.)

09. Considerado o momento mais sensacional da Semana de Arte Moderna de 1922, que se deu, na
verdade, em três noites; a leitura do poema "Os Sapos" ocorreu na segunda noite, quando Ronald de
Carvalho leu o poema de Bandeira, que não comparecera ao teatro por motivos de saúde. O poema é
uma ironia corrosiva aos parnasianos, que ainda dominavam o gosto do público brasileiro. A plateia
reage por meio de vaias, gritos, patadas, interrompendo a sessão.

Sendo assim, identifique quais posturas ou recursos estéticos típicos do fazer parnasiano são
ironizados nesse texto, oportunizando a figura do texto IV. (04 escores)
R. A expressão “parnasiano aguado” faz uma ironia direta à postura da impassibilidade
parnasiana ou também chamada de impessoalidade poética;√ já a expressão “meu
cancioneiro é bem martelado” ironiza o excesso de preocupação do poeta parnasiano com a
rima, o ritmo e a com a métrica√ OU ainda “não há mais poesia, há arte poética”, uma
ironia ao princípio da arte pela arte; e “nunca rimo termos cognatos”,√ que ironiza a
seleção de um vocabulário erudito.√

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CMCG AE3/2016 – LITERATURA 2º ANO DO ENSINO MÉDIO 1ª CHAMADA 06 Visto:

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10. Em termos de ideologia, a dos poetas parnasianos representa uma tendência tradicionalista ou
progressista na poesia? Justifique. (02 escores)

R. Em termos ideológicos, a postura dos poetas parnasianos representam a tendência


tradicionalista ou conservadora√em poesia, que revaloriza a Antiguidade clássica e a
postura austera ou antissocial do poeta.√

2ª QUESTÃO (21 escores)

O SIMBOLISMO

MÚLTIPLA ESCOLHA

ESCOLHA A ÚNICA RESPOSTA CERTA, ASSINALANDO-A COM UM “X” NOS PARÊNTESES À ESQUERDA.

11. Pelos textos lidos em sala, percebe-se que os valores da estética simbolista são:

( A ) a lógica, o mistério e a sensibilidade.


( B ) a intuição, a ciência e a sonoridade.
( C ) o ilógico, o simbolismo e o científico.
( D ) a intuição, a musicalidade e a espiritualidade.
( E ) a evidência, a coerência e o simbólico.

12. O simbolismo caracterizou-se por ser:

( A ) positivista, naturalista, cientificista;


( B ) uma volta aos modelos greco-latinos;
( C ) antipositivista, antinaturalista, anticientificista;
( D ) subjetivista, materialista, impressionista.
( E ) racional, objetivo, elitista.

Leia a estrofe abaixo para responder aos itens 13 e 14.

“Vozes veladas, veludosas vozes,


Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.”

13. Nessa estrofe, a musicalidade é obtida pelo seguinte recurso:

( A ) metáforas em sequência.
( B ) sinestesias auditivas e táteis.
( C ) anáforas e gradações.
( D ) repetições e paronomásias.
( E ) aliterações e assonâncias.

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CMCG AE3/2016 – LITERATURA 2º ANO DO ENSINO MÉDIO 1ª CHAMADA 07 Visto:

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14. Nessa estrofe, fica nítido que o Simbolismo é a arte da:

( A ) aparência.
( B ) mitologia.
( C ) natureza.
(D) ciência.
( E ) sugestão.

Leia o fragmento abaixo (TEXT0 VI) para responder ao item 15.

TEXTO VI

NOBODY’S HOME

Avril Lavigne

Compositor: Avril Lavigne / Ben Moody (Tradução)


Ninguém está em casa
I couldn't tell you Eu não saberia te dizer
Why she felt that way Porque ela se sentia daquela maneira
She felt it everyday Ela se sentia assim dia após dia
And I couldn't help her E eu não podia ajudá-la
I just watched her make the same mistakes Eu só a via cometer os mesmos erros novamente
again O que está errado, o que está errado agora?
What's wrong, what's wrong now? Tantos, tantos problemas
Too many, too many problems Não sabe aonde pertence, aonde ela pertence
Don't know where she belongs, where she
belongs Ela quer ir pra casa, mas não há ninguém em casa
É aí que ela se encontra, destroçada por dentro
She wants to go home, but nobody's home Sem ter para onde ir, sem ter onde ir
that's where she lies, broken inside Para secar suas lágrimas, destroçada por dentro
With no place to go, no place to go
To dry her eyes broken inside Abra seus olhos
E olhe ao redor, encontre as razões porque
Open your eye Você foi rejeitada, e agora não consegue achar
And look outside find the reasons wh O que deixou para trás
You've been rejected Seja forte, seja forte agora
And now you can't find, what you left behind Tantos, tantos problemas
Be strong, be strong now Não sabe aonde pertence, aonde ela pertence
Too many, too many problems
Don't know where she belongs, where she Ela quer ir pra casa, mas não há ninguém em casa
belongs É aí que ela se encontra, destroçada por dentro
Sem ter para onde ir, sem ter onde ir
She wants to go home, but nobody's home Para secar suas lágrimas, destroçada por dentro

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that's where she lies, broken inside
With no place to go, no place to go Os sentimentos ela esconde
To dry her eyes broken inside Os sonhos ela não consegue achar
Ela está perdendo a cabeça
Her feelings she hides Ela ficou pra trás
Her dreams she can't find Ela não consegue achar seu lugar
She's losing her mind Ela está perdendo a sua fé
She's fallen behind Ela caiu em desgraça
She can't find her place Ela está despedaçada
She's losing her faith
She's fallen from grace Ela quer ir pra casa, mas não há ninguém em casa
She's all over the place É aí que ela se encontra, destroçada por dentro
Sem ter para onde ir, sem ter onde ir
She wants to go home, but nobody's home Para secar suas lágrimas, destroçada por dentro
that's where she lies, broken inside Ela está perdida por dentro, perdida por dentro
With no place to go, no place to go Ela está perdida por dentro, perdida por dentro
To dry her eyes broken inside
Disponível em:<https://www.vagalume.com.br/avril-
She's lost inside, lost inside... oh oh lavigne/nobodys-home-traducao.html> Acesso em 20 out 2016.)
She's lost inside, lost inside... oh oh yeah

15. O Simbolismo é a estética do tédio e da angústia, próprios do homem do fim de século. O sujeito lírico
simbolista vive em constante desconcerto existencial. Nessa música é possível constatar que essa
tendência ainda tem sua ocorrência no campo da arte? Justifique sua resposta com duas expressões
(ou versos) que a reforçam. (04 escores)

R. Pode-se notar a na letra acima certa angústia e até desespero do sujeito lírico,√ que se
encontra perdida em relação aos seus sentimentos e referências próprias;√ “destroçada por
dentro”;√ “quer ir para casa mas não há ninguém lá”; o eu lírico sofre, sente-se rejeitada e
só, sem ninguém para enxugar suas lágrimas;√ por fim está perdida em seu combate, em
seu próprio mundo criado. _____ _____

Observe a figura apresentada abaixo (TEXTO VII) e leia o soneto(TEXTO VIII) de Cruz e Sousa para
responder aos itens 16 a 21, conforme suas referências.

Texto VII

(Disponível em:<http://www.redehumanizasus.net/o-palhaco-e-a-humanizacao.com.>Acesso em 14 out 2106.)

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TEXTO VII

ACROBATA DA DOR

Gargalha, ri, num riso de tormenta,


Como um palhaço, que desengonçado,
Nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
De uma ironia e de uma dor violenta

Da gargalhada atroz, sanguinolenta,


Agita os guizos e convulsionado
Salta, gavroche, salta, clown, varado
Pelo estertor dessa agonia lenta...

Pedem-te bis e um bis não se despreza!


Vamos! retesa os músculos, retesa
Nessas macabras piruetas d`aço...

E embora caias sobre o chão, fremente


Afogado em teu sangue estuoso e quente
Ri,! Coração, tristíssimo palhaço.

CRUZ E SOUSA, João da. Obra Completa. (Organização, Introdução, Notas, Cronologia e Bibliografia por Andrade Muricy). Editora
Nova Aguilar, 2000.

16. O que a imagem do texto VII nos comunica acerca do contexto histórico-social do final de século XIX,
chamado de Belle Epóque? (03 escores)
R. A imagem do palhaço nos passa a mensagem de um homem de fim de século desiludido e
triste, e em crise existencial.√
A bela época áurea da segunda revolução industrial e a ciência não mais cumpriam sua
promessa de felicidade e o homem estaria fatigado de desejar, de querer ou buscar
felicidade material.√
O resultado é uma reação profunda de pessimismo, melancolia, angústia, que o deixa em
profunda dor do existir, conforme os filósofos da época.√

17. Qual situação dramática o poeta sugere no soneto sob o estranho título de Acróbata da dor?
(02 escores)
R. O soneto de Cruz e Sousa sugere que o artista(palhaço) precisa esquecer a sua
profunda dor ou angústia existencial, ou seja, esquecer de si mesmo para trazer alegria aos
outros; precisa forçar o riso, retesar os nervos e buscar forças;√ como se estivesse para
morrer em seu último espetáculo. √ _____

18. Quais termos estão entrando em oposição com a alegria que deve caracterizar todo palhaço, no texto
VIII? (02 escores)

R. Podem ser expressões como “riso de tormenta”√; “riso absurdo, inflado”;√ ou


“gargalhada atroz”; “macabras piruetas”.________________________________________

19. Na terceira estrofe(texto VIII), o verso “Pedem-te bis e um bis não se despreza!” soa como uma
ironia, no contexto do poema. Explique. (02 escores)
R. Tal verso soa como uma ironia porque, no contexto do poema, o espectador desconhece a
dor e a agonia por que passa o artista√ e inda pede-lhe bis.√ ________________________

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20. Na última estrofe, o sujeito lírico anuncia o clímax e o fim do espetáculo. Diante disso, diga quais
sensações ou sugestões a aliteração do verso “Afogado em teu sangue estuoso e quente” (verso 13
do texto VIII) transmite ao leitor? (02 escores)
R. A aliteração sugere o ritmo dramático do espetáculo e das ações do palhaço; √ bem como
sugere a queda do seu corpo ao chão; o tremor; as batidas do coração, a respiração
ofegante e a agonia. √_______________________________________________________

21. Explique a relação de complementaridade ou as “correspondências” simbolistas entre o soneto (texto


VIII) e a imagem (texto VII). (02 escores)
R. Pode-se dizer que a imagem ilustra√ a situação dramática narrada no soneto de Cruz e
Sousa, uma vez que o palhaço passa ao observador a imagem de tristeza, solidão e
desilusão existencial.√ ______________________________________________________

3ª QUESTÃO (12 escores)

PRÉ-MODERNISMO

MÚLTIPLA ESCOLHA

ESCOLHA A ÚNICA RESPOSTA CERTA, ASSINALANDO-A COM UM “X” NOS PARÊNTESES À ESQUERDA.

22. (UFRGS-RS) Uma atitude comum caracteriza a postura literária de autores pré-modernistas, a
exemplo de Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato e Euclides da Cunha. Tal postura literária
pode ser definida como

( A ) a necessidade de superar, em termos de um programa definido, as estéticas românticas e


realistas.
( B ) pretensão de dar um caráter definitivamente brasileiro à nossa literatura, que julgavam por
demais europeizadas.
( C ) a necessidade de fazer crítica social, já que o realismo havia sido ineficaz nessa matéria.
( D ) uma preocupação com o estudo e com a observação da realidade brasileira.
( E ) aproveitamento estético do que havia de melhor na herança literária brasileira, desde suas
primeiras manifestações.

23. “(…) esta aparência de cansaço ilude. Nada é mais surpreendedor do que vê-la desaparecer de
improviso. Naquela organização combalida operam-se, em segundos, transmutações completas. Basta
o aparecimento de qualquer incidente exigindo-lhe o desencadear das energias adormecidas. O
homem transfigura-se.” A frase que, retirada de “Os sertões”, sintetiza o trecho citado é:

( A ) “o sertanejo é, antes de tudo, um forte”.


( B ) “a raça forte não destrói a fraca pelas armas, esmaga-a pela civilização”.
( C ) “Reflete a preguiça invencível […] em tudo”.
( D ) “a sua religião é como ele – mestiça”.
( E ) “é o homem permanentemente fatigado”.

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DÊ O QUE SE PEDE

Leia o fragmento de Lima Barreto, abaixo, para responder aos itens 24 e 25.

TEXTO XI

“Desde dezoito anos que tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar
inutilidades. Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem... Em que lhe contribuiria
para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada... O importante é que ele tivesse sido
feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suas coisas de tupi, do folclore, das suas tentativas agrícolas...
Restava disso tudo em sua alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma! O tupi encontrou a
incredulidade geral, o riso, a zombaria, o escárnio; e levou-o à loucura. Uma decepção. E a
agricultura? Nada. As terras não eram férteis ela não era fácil como diziam os livros. Outra decepção.
E, quando o seu patriotismo se fizera combatente, o que achara? Decepções. Onde estava a doçura de
nossa gente? Pois ele não a viu combater como feras?
Pois não a via matar prisioneiros, inúmeros? Outra decepção. A sua vida era uma decepção, uma
série, melhor, um encadeamento de decepções. A pátria que quisera ter era um mito, era um
fantasma criado por ele no silêncio do seu gabinete. Nem a física, nem amoral, nem a intelectual, nem
a política que julgava existir, havia. A que existia de fato, era a do Tenente Antonino, a do doutor
Campos, a do homem do Itamarati. E, bem pensando, mesmo na sua pureza, o que vinha a ser
Pátria? Não teria levado toda a sua vida orientado por uma ilusão, por uma idéia a menos, sem base,
sem apoio, por Deus ou uma Deusa cujo império se desaparecia.
(BARRETO. Lima. In Triste fim de Policarpo Quaresma.. São Paulo: Ed. Moderna 2004.)

24. Sob qual ponto de vista podemos considerar o Major Quaresma um brasileiro ufano, de forte
sentimento nacionalista? Ilustre sua resposta com expressões do texto. (02 escores)

Sob o ponto de vista da literatura, dos heróis de ficção que lutam por um mundo de ficção.
Quaresma é um personagem que não enxerga o país de um ponto de vista crítico,√ apenas
sob foco de seus sentimentos nacionalistas fantasiosos. Pode-se perceber tal sentimento
em expressões como “Desde dezoito anos que tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a
tolice de estudar inutilidades”; “Lembrou-se das suas coisas de tupi, do folclore, das suas
tentativas agrícolas...”√ _____________________________________________________

25. Seguindo o fluxo de consciência da personagem Quaresma tem-se: “A pátria que quisera ter era um
mito, era um fantasma criado por ele no silêncio do seu gabinete. Nem a física, nem amoral, nem a
intelectual, nem a política que julgava existir, havia. A que existia de fato, era a do Tenente Antonino,
a do doutor Campos, a do homem do Itamarati.”

Conforme essa constatação da personagem e das personagens citadas, explique, então, como era
a pátria brasileira no seu real estado e sentido. (04 escores)

Quaresma constata que sua pátria era composta de burocratas de gabinete, que decidiam
tudo sem conhecer a terra;√ por falsos doutores√; por oligarcas e políticos latifundiários
que exploravam miseráves rurais;√ por fim, por militares tiranos e perversos contra seus
subordinados, que atribuem a si grandes glórias de batalhas das quais nunca participaram.
√________________________________________________________________________

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Observe a figura abaixo para responder ao item 26.

Texto XII

Disponível em:<http:google/imagem.caipira//jecatatu//monteirolobato.img>. Acesso em 14 out 2016.)

26. "Ao longo do século XIX e início do século XX, algumas questões assolaram o Brasil. Para os
intelectuais do período, a chamada elite pensante do país, era preciso “construir” a representação da
ideia de nação. Tal pensamento assumiu, ao longo do tempo, diversos conteúdos, como território,
natureza, dinastia, raça, religião, língua, cultura, todos focados na necessidade de manter a sociedade
brasileira coesa. Para isso, as representações literárias do Brasil, iniciadas com o Romantismo de José
de Alencar, contribuíram muito para moldar este ideal. Até que Monteiro Lobato nos apresentou o Jeca
Tatu.

Que nova visão Monteiro Lobato trouxe aos intelectuais brasileiros e estudiosos da cultura acerca
da identidade do homem do Brasil? (04 escores)

O Jeca Tatu representava a descoberta do atraso brasileiro,√ vindo de um colonialismo


escravocrata. A figura do caipira, ora visto como representante da tradição a ser
preservada, ora definido como atrasado, supersticioso, cheio de preguiça e verminoses;√
avesso e alheio à modernidade que se implanta e que se deseja,√ que vive alheio à política,
é improdutivo e parasitário da terra. √__________________________________________

Correção gramatical e/ou apresentação da prova: 0,2 ponto.

FIM DA PROVA

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