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O PARNASIANISMO
MÚLTIPLA ESCOLHA
ESCOLHA A ÚNICA RESPOSTA CERTA, ASSINALANDO-A COM UM “X” NOS PARÊNTESES À ESQUERDA.
TEXTO I
EXCELSITUDE
03. No plano das expressões do texto, o paralelismo sintático, presente no quarto verso da primeira
estrofe, indica que o sujeito lírico:
( A ) sem a amada, optou por uma vida isolada em contato com a natureza.
( B ) sem a amada, não poderá enfrentar as tormentas e traições da vida sozinho.
( C ) com a perda da amada, terá de conviver com o sofrimento em seu caminho.
( D ) negou-se a seguir com sua amada, por não conseguir abandonar a terra que amava.
( E ) terá uma vida de mendicância e abandono, sem paradeiro sobre a terra.
( A ) frieza e austeridade.
( B ) desesperança e solidão.
( C ) indignação e vingança.
( D ) ressentimento e mágoa.
( E ) nostalgia e felicidade.
05. No que se relaciona aos fatos do texto, a situação atual dos dois amantes expressa-se, ao final, pela
figura da
( A ) personificação.
( B ) hipérbole.
( C ) inversão.
( D) antítese.
( E ) metonímia.
06. Do ponto de vista formal, o poema faz justiça à arte poética dos parnasianos, porque
Observe a figura e leia o texto III, sobre Pigmaleão e Galateia, abaixo para responder aos itens
07 e 08.
TEXTO II
Pigmaleão e Galatéia
(Disponível em <http://www.cartaforense.com.br/conteudo/colunas/pigmaliao-e-galateia--a-idealizacao-do-ser-
amado/9086>. Acesso em 20 out.2016.)
TEXTO III
A história lendária de Pigmalião e sua obra-prima Galateia foi contada pelo poeta romano Ovídio
e tem origem na ilha de Chipre, onde Pigmalião era o rei e também um habilidoso escultor. Ele
passava horas de seu dia dedicado à sua arte, e não era casado, já que a má fama das mulheres da
região tinha lhe dado um certo desencanto pelo sexo feminino.
Determinado a não se unir a nenhuma mulher, esculpiu para si uma estátua de uma donzela
belíssima, dotada de diversos atributos que o encantaram quando terminou a obra, determinando
assim que ela era sua melhor obra, a mais bela e mais perfeita, a ponto de apaixonar-se por
ela. À estátua, deu o nome de Galateia.
Pigmalião estava totalmente envolvido pela estátua, dando-lhes presentes, colocando anéis em
seus dedos, colares, joias, belas roupas, para aquela que agora tornara-se sua esposa adorada, como
a chamava. Assim, como também a cercava de carinhos, beijos, carícias, embora não se conformasse
que aquela beleza fosse apenas de marfim e o fato de ser uma imagem sem vida entristecia cada vez
mais o artista.
Certa vez, indo a Palea, para um grande festival dedicado à deusa Afrodite, deusa do amor e da
beleza, Pigmalião faz suas homenagens à deusa e lhe pede que encontre para ele uma mulher
igual à Galateia: “Se vocês podem nos dar tudo, todas as coisas, ó deuses, rezo para que minha
mulher possa ser como minha menina de marfim.”
A deusa, então, comovida com o amor de Pigmalião, não encontrando na terra mulher
semelhante à Galateia, concede vida à estátua.[...]
(ARAÚJO.Ana Paula. Disponível em: <http://www.recantodasletras.com.br/contos>. Acesso em 20 out 2016.)
DÊ O QUE SE PEDE
(12 escores)
07. A história de Pigmaleão e Galateia nos remete ao mundo da mitologia greco-romana, ou seja, ao que
se convencionou chamar, durante o Renascimento, de Classicismo. Identifique, nesse pequeno
relato, os princípios estéticos do Parnasianismo em relação à arte, reeditados no final do século XIX.
(02 escores)
08. Se observarmos bem, o tratamento dado por Pigmaleão à sua estátua Galatéia assemelha-se,
fortemente, com o tratamento dos parnasianos dados à poesia. Relacione o trabalho desse escultor
com o fazer poético do poeta parnasiano. (04 escores)
R. Primeira semelhança é que Pigmaleão era escultor e passava horas do seu dia dedicado à
arte,√ assim como o poeta parnasiano que comparava o seu trabalho detalhado e
minuncioso com o do escultor ou ourives;√ a segunda semelhança é que Pigmaleão tinha
verdadeiro amor à sua arte e a enfeitava com joias, colares, roupas,√assim como o poeta
parnasiano se preocupa com a riqueza das rimas, o fechamento com chave de ouro de seus
sonetos. √ _____
Observe a figura abaixo(TEXTO IV) e leia o poema(TEXTO V), de Manuel Bandeira, a seguir para
responder os itens 09 e 10.
TEXTO IV
TEXTO V
Os Sapos
Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado.
Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas..."
[...]
09. Considerado o momento mais sensacional da Semana de Arte Moderna de 1922, que se deu, na
verdade, em três noites; a leitura do poema "Os Sapos" ocorreu na segunda noite, quando Ronald de
Carvalho leu o poema de Bandeira, que não comparecera ao teatro por motivos de saúde. O poema é
uma ironia corrosiva aos parnasianos, que ainda dominavam o gosto do público brasileiro. A plateia
reage por meio de vaias, gritos, patadas, interrompendo a sessão.
Sendo assim, identifique quais posturas ou recursos estéticos típicos do fazer parnasiano são
ironizados nesse texto, oportunizando a figura do texto IV. (04 escores)
R. A expressão “parnasiano aguado” faz uma ironia direta à postura da impassibilidade
parnasiana ou também chamada de impessoalidade poética;√ já a expressão “meu
cancioneiro é bem martelado” ironiza o excesso de preocupação do poeta parnasiano com a
rima, o ritmo e a com a métrica√ OU ainda “não há mais poesia, há arte poética”, uma
ironia ao princípio da arte pela arte; e “nunca rimo termos cognatos”,√ que ironiza a
seleção de um vocabulário erudito.√
10. Em termos de ideologia, a dos poetas parnasianos representa uma tendência tradicionalista ou
progressista na poesia? Justifique. (02 escores)
O SIMBOLISMO
MÚLTIPLA ESCOLHA
ESCOLHA A ÚNICA RESPOSTA CERTA, ASSINALANDO-A COM UM “X” NOS PARÊNTESES À ESQUERDA.
11. Pelos textos lidos em sala, percebe-se que os valores da estética simbolista são:
( A ) metáforas em sequência.
( B ) sinestesias auditivas e táteis.
( C ) anáforas e gradações.
( D ) repetições e paronomásias.
( E ) aliterações e assonâncias.
( A ) aparência.
( B ) mitologia.
( C ) natureza.
(D) ciência.
( E ) sugestão.
TEXTO VI
NOBODY’S HOME
Avril Lavigne
15. O Simbolismo é a estética do tédio e da angústia, próprios do homem do fim de século. O sujeito lírico
simbolista vive em constante desconcerto existencial. Nessa música é possível constatar que essa
tendência ainda tem sua ocorrência no campo da arte? Justifique sua resposta com duas expressões
(ou versos) que a reforçam. (04 escores)
R. Pode-se notar a na letra acima certa angústia e até desespero do sujeito lírico,√ que se
encontra perdida em relação aos seus sentimentos e referências próprias;√ “destroçada por
dentro”;√ “quer ir para casa mas não há ninguém lá”; o eu lírico sofre, sente-se rejeitada e
só, sem ninguém para enxugar suas lágrimas;√ por fim está perdida em seu combate, em
seu próprio mundo criado. _____ _____
Observe a figura apresentada abaixo (TEXTO VII) e leia o soneto(TEXTO VIII) de Cruz e Sousa para
responder aos itens 16 a 21, conforme suas referências.
Texto VII
TEXTO VII
ACROBATA DA DOR
CRUZ E SOUSA, João da. Obra Completa. (Organização, Introdução, Notas, Cronologia e Bibliografia por Andrade Muricy). Editora
Nova Aguilar, 2000.
16. O que a imagem do texto VII nos comunica acerca do contexto histórico-social do final de século XIX,
chamado de Belle Epóque? (03 escores)
R. A imagem do palhaço nos passa a mensagem de um homem de fim de século desiludido e
triste, e em crise existencial.√
A bela época áurea da segunda revolução industrial e a ciência não mais cumpriam sua
promessa de felicidade e o homem estaria fatigado de desejar, de querer ou buscar
felicidade material.√
O resultado é uma reação profunda de pessimismo, melancolia, angústia, que o deixa em
profunda dor do existir, conforme os filósofos da época.√
17. Qual situação dramática o poeta sugere no soneto sob o estranho título de Acróbata da dor?
(02 escores)
R. O soneto de Cruz e Sousa sugere que o artista(palhaço) precisa esquecer a sua
profunda dor ou angústia existencial, ou seja, esquecer de si mesmo para trazer alegria aos
outros; precisa forçar o riso, retesar os nervos e buscar forças;√ como se estivesse para
morrer em seu último espetáculo. √ _____
18. Quais termos estão entrando em oposição com a alegria que deve caracterizar todo palhaço, no texto
VIII? (02 escores)
19. Na terceira estrofe(texto VIII), o verso “Pedem-te bis e um bis não se despreza!” soa como uma
ironia, no contexto do poema. Explique. (02 escores)
R. Tal verso soa como uma ironia porque, no contexto do poema, o espectador desconhece a
dor e a agonia por que passa o artista√ e inda pede-lhe bis.√ ________________________
20. Na última estrofe, o sujeito lírico anuncia o clímax e o fim do espetáculo. Diante disso, diga quais
sensações ou sugestões a aliteração do verso “Afogado em teu sangue estuoso e quente” (verso 13
do texto VIII) transmite ao leitor? (02 escores)
R. A aliteração sugere o ritmo dramático do espetáculo e das ações do palhaço; √ bem como
sugere a queda do seu corpo ao chão; o tremor; as batidas do coração, a respiração
ofegante e a agonia. √_______________________________________________________
PRÉ-MODERNISMO
MÚLTIPLA ESCOLHA
ESCOLHA A ÚNICA RESPOSTA CERTA, ASSINALANDO-A COM UM “X” NOS PARÊNTESES À ESQUERDA.
22. (UFRGS-RS) Uma atitude comum caracteriza a postura literária de autores pré-modernistas, a
exemplo de Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato e Euclides da Cunha. Tal postura literária
pode ser definida como
23. “(…) esta aparência de cansaço ilude. Nada é mais surpreendedor do que vê-la desaparecer de
improviso. Naquela organização combalida operam-se, em segundos, transmutações completas. Basta
o aparecimento de qualquer incidente exigindo-lhe o desencadear das energias adormecidas. O
homem transfigura-se.” A frase que, retirada de “Os sertões”, sintetiza o trecho citado é:
DÊ O QUE SE PEDE
Leia o fragmento de Lima Barreto, abaixo, para responder aos itens 24 e 25.
TEXTO XI
“Desde dezoito anos que tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar
inutilidades. Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem... Em que lhe contribuiria
para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada... O importante é que ele tivesse sido
feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suas coisas de tupi, do folclore, das suas tentativas agrícolas...
Restava disso tudo em sua alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma! O tupi encontrou a
incredulidade geral, o riso, a zombaria, o escárnio; e levou-o à loucura. Uma decepção. E a
agricultura? Nada. As terras não eram férteis ela não era fácil como diziam os livros. Outra decepção.
E, quando o seu patriotismo se fizera combatente, o que achara? Decepções. Onde estava a doçura de
nossa gente? Pois ele não a viu combater como feras?
Pois não a via matar prisioneiros, inúmeros? Outra decepção. A sua vida era uma decepção, uma
série, melhor, um encadeamento de decepções. A pátria que quisera ter era um mito, era um
fantasma criado por ele no silêncio do seu gabinete. Nem a física, nem amoral, nem a intelectual, nem
a política que julgava existir, havia. A que existia de fato, era a do Tenente Antonino, a do doutor
Campos, a do homem do Itamarati. E, bem pensando, mesmo na sua pureza, o que vinha a ser
Pátria? Não teria levado toda a sua vida orientado por uma ilusão, por uma idéia a menos, sem base,
sem apoio, por Deus ou uma Deusa cujo império se desaparecia.
(BARRETO. Lima. In Triste fim de Policarpo Quaresma.. São Paulo: Ed. Moderna 2004.)
24. Sob qual ponto de vista podemos considerar o Major Quaresma um brasileiro ufano, de forte
sentimento nacionalista? Ilustre sua resposta com expressões do texto. (02 escores)
Sob o ponto de vista da literatura, dos heróis de ficção que lutam por um mundo de ficção.
Quaresma é um personagem que não enxerga o país de um ponto de vista crítico,√ apenas
sob foco de seus sentimentos nacionalistas fantasiosos. Pode-se perceber tal sentimento
em expressões como “Desde dezoito anos que tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a
tolice de estudar inutilidades”; “Lembrou-se das suas coisas de tupi, do folclore, das suas
tentativas agrícolas...”√ _____________________________________________________
25. Seguindo o fluxo de consciência da personagem Quaresma tem-se: “A pátria que quisera ter era um
mito, era um fantasma criado por ele no silêncio do seu gabinete. Nem a física, nem amoral, nem a
intelectual, nem a política que julgava existir, havia. A que existia de fato, era a do Tenente Antonino,
a do doutor Campos, a do homem do Itamarati.”
Conforme essa constatação da personagem e das personagens citadas, explique, então, como era
a pátria brasileira no seu real estado e sentido. (04 escores)
Quaresma constata que sua pátria era composta de burocratas de gabinete, que decidiam
tudo sem conhecer a terra;√ por falsos doutores√; por oligarcas e políticos latifundiários
que exploravam miseráves rurais;√ por fim, por militares tiranos e perversos contra seus
subordinados, que atribuem a si grandes glórias de batalhas das quais nunca participaram.
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Texto XII
26. "Ao longo do século XIX e início do século XX, algumas questões assolaram o Brasil. Para os
intelectuais do período, a chamada elite pensante do país, era preciso “construir” a representação da
ideia de nação. Tal pensamento assumiu, ao longo do tempo, diversos conteúdos, como território,
natureza, dinastia, raça, religião, língua, cultura, todos focados na necessidade de manter a sociedade
brasileira coesa. Para isso, as representações literárias do Brasil, iniciadas com o Romantismo de José
de Alencar, contribuíram muito para moldar este ideal. Até que Monteiro Lobato nos apresentou o Jeca
Tatu.
Que nova visão Monteiro Lobato trouxe aos intelectuais brasileiros e estudiosos da cultura acerca
da identidade do homem do Brasil? (04 escores)
FIM DA PROVA