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FACULDADES INTEGRADAS DO VALE DO IVAÍ

Mantida pela Instituição Cultural e Educacional de Ivaiporã – ICEI

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA

NOMES

TEMA

JAGUARIAÍVA
2016
NOME

TEMA

Monografia apresentada ao curso de


Psicopedagogia do ESAP – Instituto de Estudos
Avançados e Pós-Graduação e UNIVALE –
Faculdades Integradas do Vale do Ivaí, como
requisito parcial para obtenção do título de
Especialista.

Orientadora: Profª. Doutora Maria Cristina Viecili

JAGUARIAÍVA
2016
TEMA

Monografia apresentada ao curso de Educação


Especial, do ESAP – Instituto de Estudos Avançados
e Pós-Graduação e UNIVALE – Faculdades
Integradas do Vale do Ivaí, como requisito parcial
para obtenção do título de Especialista.

COMISSÃO EXAMINADORA

____________________________
Profª. Doutora Maria Cristina Viecili

Jaguariaíva, 0 de de 2016.
A Deus o mestre maior, aos pais que nos
ensinaram a batalhar na vida e aos professores que
contribuíram para esta pesquisa.
AGRADECIMENTOS

A Deus por abençoar – nos no decorrer desse curso, possibilitando


viagem e estudo tranquilo, pois sabemos que sem ele nada seria possível.

À Profª. Doutora Maria Cristina Viecili, por tornar mais agradável


esta disciplina, que com seu jeito cativante nos mostrou a doçura de uma mulher
que é, pelas valiosas sugestões e pelo apoio que nos proporcionou durante a
condução deste trabalho.

À nossa família que direta ou indiretamente nos motivaram à


conclusão desta pesquisa, reforçando a necessidade do estudo na vida do ser
humano e principalmente aqueles que hoje já não estão presente aqui na terra, mas
que deixaram suas lições de vida para que fossem seguidas.

Aos colegas e professores da pós-graduação, pelas trocas de


experiência, pelas risadas, pelas conquistas e principalmente pela vontade de fazer
a diferença na educação especial.
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua própria produção ou a sua
construção”.

(Paulo Freire)
Monografia de curso de pós-graduação Lato Sensu em Psicopedagogia. ESAP –
Instituto de Estudos Avançados e Pós-Graduação e UNIVALE – Faculdades
Integradas do Vale do Ivaí. Ivaiporã. 2018.

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo principal demostrar que a literatura infantil tem um
papel importante no desenvolvimento da criança envolvendo a família, os
educadores e a escola fazendo-se presente seja através da oralidade, dos textos ou
de desenhos. O critério usado foi uma investigação de caráter literário e análise de
ambiente, com recolhimento de informações essenciais para o alicerce teorético e
solução do quesito proposto, para consecução da meta estabelecida nesse trabalho.
Para tanto foi realizada uma pesquisa bibliográfica, pautando-se nos pressupostos
de autores como Paim (2000), Lajolo (2001), Zilberman (1998). Acreditando ser
relevante a função docente como intermediário entre o discente e a obra literária. E
facilitar aos professores uma minucia do saber sobre trabalhos literários
direcionados aos infantes e do desenvolvimento necessário para a realização no
cenário pedagógico, destaca-se nessa bibliografia sua aptidão instrutiva junto às
crianças. Como experiência pedagógica o relato de um projeto de leitura onde O
projeto sobre leitura na educação infantil surgiu devido ao fato de que os alunos
estejam familiarizados com os livros desde pequenos, para que possam se tornar
futuros leitores. Os resultados mostram que a Literatura pode ser um valioso
instrumento a ser utilizado pelos educadores em sala de aula, tornando suas aulas
mais agradáveis fazendo com seus objetivos sejam cumpridos à medida que o aluno
vai entender sempre o que se pede na medida em que a aprendizagem irá ocorrer
de forma natural.

Palavras-chave: Literatura Infantil. Formação de leitores. Escola. Família.


Monograph postgraduate Sensu Lato in ...................... ESAP – Instituto de Estudos
Avançados e Pós-Graduação e UNIVALE – Faculdades Integradas do Vale do Ivaí.
Jaguariaíva. 2016.

ABSTRACT

This work has as main objective to demonstrate that children's literature plays an
important role in child development involving the family, educators and school being
present through either orality, texts or drawings. The criterion used was one literary
character research and environmental analysis, gathering essential information for
the theoretical foundation and the proposed solution aspect, to achieve the target set
in this work. To do a literature search was conducted, and are based on assumptions
of authors like Paim (2000), Lajolo (2001), Zilberman (1998). Believing it to be
relevant to teaching function as an intermediary between the student and the literary
work. Moreover, facilitate teachers a minutia knowledge about literary works targeted
to infants and development necessary to achieve the pedagogical scenario, stands
out in this bibliography their instructional fitness among children. As pedagogical
experience the story of a reading project where the project on reading in early
childhood education has arisen because students are familiar with from small books,
so that they can become future readers. The results show that literature can be a
valuable tool to be used by teachers in the classroom, making his most enjoyable
classes making their goals are met as the student will always understand what is
asked in that Lear Ning It will occur naturally.

Keyboards: Children's Literature. Training readers. School. Family.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10
2. SIGNIFICADO E AS LEIS QUE NORTEIAM A LITERATURA INFANTIL .......... 11
3. A UTILIZAÇÃO DA LITERATURA NA ALFABETIZAÇÃO .................................. 14
4 . A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS EM FAMÍLIA .................................................. 24
4.1. EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA .......................................................................... 26
5. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 28
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 29
10

1. INTRODUÇÃO

Esta pesquisa tem por meta levantar a importância da literatura infantil no


processo da alfabetização da criança, que contribui de maneira significativa para o
desenvolvimento da linguagem oral, da escrita, despertando assim a imaginação
dela para o mundo real e ilusório. Desse modo faz com desde cedo ela comece a
gostar dos livros, das histórias contribuindo para a sua vida adulta, diante da
sociedade pois assim ela se tornará um adulto crítico e pensante, capaz de defender
seu ponto de vista e tomar gosto pela leitura. Assim descobrir através dos livros um
conteúdo, uma contribuição, uma vivência e um sonho, porque a leitura possibilita ir
muito além da imaginação, já que ela viaja sem sair do lugar e ainda permite
conhecimento de novas palavras e uma escrita rica e correta.
O objeto de estudo é entender por que é importante a literatura infantil no
processo de alfabetização.
O objetivo geral deste trabalho é levar o aluno ao mundo da imaginação e ao
mesmo tempo descobrir o maravilhoso universo da literatura infantil.
Como objetivos específicos são: reconhecer algumas histórias infantis,
utilizar a técnica de dramatizar e fazer recontos, oportunizar a criatividade,
imaginação, humor, ilusionismo, enriquecer e ampliar o vocabulário, estimular o
gosto pela leitura.
O estudo justifica-se e se faz relevante tendo em vista que quando a criança
tem contato com os livros, percebe o prazer que a leitura produz, proporciona a
formação de conceitos individuais e coletivos, e ainda serve como base para
discussões e questionamentos, ativando a criatividade, a reflexão e a curiosidade e
quando a literatura consegue fazer parte do cotidiano da criança e de seu âmbito
familiar, ganha ainda mais relevância.
A literatura infantil pode influenciar na formação da criança, que passa a
reconhecer o mundo em que vive e a compreendê-lo.
11

2. SIGNIFICADO E AS LEIS QUE NORTEIAM A LITERATURA INFANTIL

A literatura como manifestação artística possui diferenciações, utiliza-se da


linguagem e tem a palavra como sua matéria prima. Mostra os caminhos para a
imaginação dos infantes e até mesmo dos adultos e ainda desenvolve emoções e
sentimentos de forma prazerosa os quais não haviam sido despertados.
Para se relatar um conto deve-se utilizar todos os recursos necessários para
torná-la atraente e alcançar alguns objetivos específicos como: aprender nomes,
músicas, reconhecer sons. Ao contador cabe ainda motivar através do ambiente,
criar um clima mágico para que demonstre a relevância da literatura infantil,
sobretudo nas séries iniciais do Ensino Fundamental e valorize o contador da
história como promovedor de grandes descobertas através dos livros.
Saber utilizar a Literatura como instrumento que favorece o conhecimento e
poder proporcionar mais cultura aos educandos, torna esse professor mais sensível
e mais aberto também a esse conhecimento que é recíproco.
Para Lajolo (1995) uma obra para ser considerada literatura necessita-se
que tenha certa tradição cultural, precisa de um aval de setores especializados, isto
é ser passada de pais para filhos, serem utilizadas no dia a dia das escolas de
educação infantil, ou ser reconhecida mundialmente.
A Lei de Diretrizes e Bases de 1971 (Lei nº 5.692), ao diferenciar as
matérias de Linguagem e Bibliografias – interfere-se a composição programática, as
ferramentas pedagógicas e a típica composição das condutas educativas; de
maneira que a relevância atribuída ao ensino de língua materna advém em grande
parte da ideia expressa na nova LDB – Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
artigo 36 – em que ela é “instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e
exercício da cidadania”. (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 2000).
Nos PCN também são questionados os valores estéticos, os fundamentos
teóricos e conceituais da Literatura, bem como sua metodologia de ensino. Os PCN
de 2006 deram destaque a Literatura numa tentativa de inseri-la nos currículos,
como disciplina e no cotidiano escolar. Em relação estrita sobre a Literatura,
entende-se o dever permanente de debater e conservar hábitos educativos que
exercite com seus “conceitos centrais e peculiares. ”
Para Zilberman (1988) os professores devem entender o valor da
propriedade formativa da literatura infantil sabendo que se relaciona a uma
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oportunidade de aprendizagem que vai além dos contextos da obra em si. Ler nas
entrelinhas trabalhar os alunos para serem capazes de entenderem as entrelinhas é
uma tarefa árdua, pois este feito só se consegue com o exercício constante desta
prática que a longo tempo só traz benefícios.
A leitura de histórias é, de acordo com a proposta do Referencial Curricular
volume 3 (1998, p.143) um momento em que a criança pode entrar em contato com
a forma de viver, pensar e agir de diferentes culturas que viveram-vivem em tempos
e espaços diferentes do seu e pode, a partir daí estabelecer relações com a sua
forma de pensar e o modo de ser do grupo social a que pertence.
Cabe às instituições escolares resgatarem o repertório de histórias que as
crianças ouvem em casa, e nos ambientes que frequentam, já que elas representam
uma rica fonte de informações sobre a forma como a sua comunidade se constituiu
Ao ler o docente estará se preparando para trabalhar adequadamente com a
literatura infantil que não deve ser imposta de maneira nenhuma, participando a sua
leitura aos alunos o professor estará explorando todo potencial formativo, através do
compartilhamento da L.I e não da imposição da leitura aos discentes. (ZILBERMAN,
1988, p.12). À medida que o docente consegue entender e praticar a literatura vai se
adaptando, toma gosto por ela, tornando-a parte de sua vida e assim sente-se
seguro para poder explorar tudo o que ela pode oferecer pedagogicamente falando.
Segundo Iser (1999, p.17) através da prática de ler em sala e das
comparações realizadas entre alunos e professores, os mesmos irão rever sua
interpretação e entender que em alguns casos, um mesmo texto pode ser visto de
diversas maneiras dependendo da situação tomando conhecimento e construindo,
reconstruindo processualmente a sua compreensão pessoal da obra e da vida.
O Referencial Curricular para a Educação Infantil (RCNEI) é um documento
oficial que contém um capitulo introdutório, que apresenta concepções e princípios
sobre o desenvolvimento e educação infantil. Na segunda parte apresenta o brincar,
a identidade e o ambiente como determinantes das interações humanas. No final os
autores optaram por indicar bases que asseguram a formação de uma proposta
pedagógica para cada faixa etária. Assim, é interessante que todos os educadores
conheçam o seu teor, pois ele orienta sobre as questões mais relevantes na procura
de um atendimento de prioritário na educação infantil. O documento define, ainda, o
perfil do profissional de educação infantil, demonstrando, através de exemplos,
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diversas formas adequadas de organizar, conduzir e avaliar seu trabalho junto as


crianças e famílias. (COEDI-MEC,1998)
Todo o benefício que a prática da leitura pode oferecer já está explicito nas
primeiras atividades e nas primeiras palavras, pois conforme o leitor vai se
familiarizando com as frases, passa a utiliza-las de forma natural, torna-se parte da
sua vida diária. A literatura para quem a conhece e a pratica passa a admirá-la e a
entendê-la como uma arte e por isso nada mais justo que ingresse na grade
curricular como componente obrigatório.
As crianças aprendem a gostar de ler e escrever, quando são introduzidos
no mundo da literatura, lendo em situações e contextos de interação que os
possibilitem aprender com a literatura.
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3. A UTILIZAÇÃO DA LITERATURA NA ALFABETIZAÇÃO

A Literatura pode ser usada como instrumento de multiplicação


proporcionando um ensinamento conforme a visão adulta do mundo comprometendo
padrões andando na contramão dos interesses dos jovens. Entende-se ainda que os
jovens ao conhecer e entender a literatura pode enxergar nela um forte aliado para
alcançar seus objetivos. Pois se sabe que aquele que domina culturas, tem o dom
das palavras e mostra-se conhecedor de diversos contextos se sobressai nas mais
diversas situações, pois sabe argumentar e não se mostra leigo ou até mesmo
ignorante. Esta posição impõe respeito.
Nos primeiros anos de escola, contar e ler histórias são atividades
importantes não apenas para o desenvolvimento do vocabulário da criança nesses
primeiros anos o contato com a leitura, propicia à criança a descoberta do livro como
um objeto especial, diferente dos outros brinquedos, mas também fonte de prazer, e
que como afirma Martins (1988, p.43), motivando-a para a concretização maior do
ato de ler o texto escrito, que serve para informar, fazer rir, para criar um jogo, para
reconstruir um universo mágico, e por fim, serve para estimular, por meio das
potencialidades das crianças, o desejo e o gosto pela leitura.
Cabe também a escola criar espaços, estratégias para que as crianças
possam estabelecer interações afetivas com a prática da leitura, em que se
valorizem experiências significativas de linguagem entre os sujeitos, em função de
seus contextos, de seus interesses e expectativas. “Ler é acrescentar às
experiências da própria vida as experiências dos outros” (BELLENGER,2000)
Cabe às instituições escolares resgatarem o repertório de histórias que as
crianças ouvem em casa, e nos ambientes que frequentam, já que elas representam
uma rica fonte de informações sobre a forma como a sua comunidade se constituiu.
Segundo Zilberman (1998) em outros tempos a infância não era
compreendida como uma fase de formação, não havia diferenças de faixas etárias e
não se entendia que o universo da criança era um espaço separado. Todos
frequentavam os mesmos ambientes, sem aproximação fraternal ou qualquer outro
laço.
A Escola se fortaleceu e entende-se que a relevância da Literatura Infantil
para este ambiente é essencial ainda que seja na escola que há disseminação dos
15

valores das classes dominantes entre as classes subalternas. Com a convivência


com os adultos a criança entende os significados (signos) das suas atitudes.
Entende as ações dos que a cercam, interage com sua realidade cotidiana. Ao
entrar numa Instituição de Ensino delimita-se de normas, contenções, impulsos,
compreendendo o valor da convivência e do respeito mútuo.
O professor deve ter cuidado de permitir que seus alunos exercitem-se na
descoberta da leitura e possam propor suas obras preferidas aos colegas, mesmo
que sua escolha contrarie o gosto próprio do professor. A leitura mesmo na vida
cotidiana, nasce de sugestões dos outros e de escolhas próprias. Ao libertar os
alunos para que leiam o professor estará lançando-os ao verdadeiro mundo da
literatura.”Ler é experimentar a complexidade, a multiplicidade: é avistar incontáveis
paisagens secretas que se ocultam sob o suave manto da vida cotidiana”
(CADERNOS DA TV ESCOLA, 1996.).
A escola ainda valoriza seu bom comportamento, dá espaço a sua
criatividade estabelecendo contendas auxiliando na resolução das dificuldades
colaborando para um desenvolvimento pleno. Dois grandiosos feitos que beneficiou
a educação em todos os sentidos:

A Instituição que aufere a obrigação de preparar para a leitura, a instituição


de ensino tem explicado este a fazer de um modo automático e inerte.
Favorece as crianças de mecanismos ideais e automatizado seu uso,
através de exercícios que ocupam o primeiro, mas dificilmente o segundo
ano do primeiro grau. Apreender implica, pois, com a obtenção de um hábito
tem como consequência a entrada a um nível que não mais se consegue
regredir; porém, a ação implícita no vocábulo em causa ofuscando a meta
principal que é decifrar a escrita, mas ler o quê? Desta maneira, o cerne da
leitura não se esclarece para o discente beneficiário dela. Por conseguinte,
sabendo ler e não mais perdendo esta oportunidade, o infante não se
predispõe forçosamente a quem lê, que este se define, em princípio, pela
assiduidade a uma instituição determinada, a literatura. (ZILBERMAN 1998,
p.16)

O docente como intermediário deve saber como introduzir um texto aos seus
alunos, explorá-los de forma enriquecedora e perceber todas as formas de
conhecimento a ser proporcionado. O infante é um ser célebre, sociável e instrutivo,
que é influenciado pelos motivos que instituem a sua constituição gregária
relacionada ao seu meio. (VYGOTSKY, 1988).
Desta forma a professora de Educação Infantil consegue facilmente formar
um aluno dotado de qualidades entendedores do mundo a sua volta, críticos do
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ambiente em que vivem e transformadores pois assimilará uma cultura que está lhe
sendo imposta. A criança é melhor assimiladora, está aberta a toda informação e
mostra-se multiplicadora de tudo aquilo que aprende.
É função primordial da escola ensinar a ler. É função essencial da escola
ampliar o domínio dos níveis de leitura e escrita e orientar a escolha dos materiais
de leitura. Cabe formalmente à escola desenvolver as relações entre leitura e
indivíduo para que desde cedo ele possa despertar seus gostos pela leitura. E, tal
trabalho só irá ocorrer se houver a presença contínua do professor que deverá atuar
como mediador.
O aprendizado da leitura envolve um aspecto muito importante na formação
da criança leitora e que muitas vezes é posto de lado durante a sua formação
escolar: o de colaborar para que a criança torne-se um leitor crítico e atento em
relação às ideias que os textos trazem.
Machado (1994) compreende os docentes como autores de considerações
deve-se conservar sempre o ambiente de encantamento, de inventividade que cerca
a literatura infantil deve ser utilizada continuamente como meio intermediário do
saber, moral, índole e deveres no cotidiano escolar. A literatura substitui o adulto, de
forma saudável quando o menor não frequenta uma classe escolar. Não estão
solitários e passeiam por diversos lugares no universo da invenção onde tudo é
permitido sem ter autorização ou interferência externa.
Uma história pode lhe proporcionar tudo que quiser todos os seus desejos
são realizadas todas as suas expectativas são superadas. Muitas vezes os
pequenos preferem recreações com fantasias do que do que ouvir a história de um
livro, isso pode ocorrer devido à maneira falha com que o narrador está fazendo esta
leitura sem prazer, sem vontade, sem dar asas à imaginação. Quase que por
obrigação, o que anula todo o sentido do texto, esconde o sentido das palavras e
aniquila a magia da história.

“Aos, professores, cabe a tarefa de criar espaços para a literatura na escola


na escola. Penso que, nessa tarefa, o que conta é a experiência de leitura
individual de cada professor, e é só a partir dela que podemos criar
atividades voltadas para o prazer e o jogo da literatura, já que as artimanhas
criadas por nós, para seduzir os alunos para o mundo do livro (...), refletem
a história pessoal de leitura de cada um para brincar com palavras, é
preciso entrar no jogo”. (MACHADO,1994, p.51.)
17

Uma das possíveis causas do precário trabalho realizado com crianças no


incentivo à leitura está ligada a também precária formação dos professores como
indivíduos leitores. É comum o uso, no segundo grau da literatura como estratégia
no ensino da gramática, dos estilos literários, etc. Lajolo (1997) chama esta
estratégia de “educar pela literatura”. Acredita-se que é necessário compreender
como a literatura infantil vem sendo utilizada em classe, e como a relação
pedagógica se estabelece para influenciar e contribuir na formação de leitores, pois
se reconhece o papel escolar na constituição do leitor. Enquanto intermediário do
conhecimento e também responsável pela formação do leitor.

Ler é um ato emancipatório, humanizador, transformador. É de extrema


relevância o contato dos alunos com diversos textos. Mas, a literatura é a
porta de entrada para o mundo. É a maneira como se consegue ver o
mundo. É a mesma linguagem da criança, por isso ela se identifica tanto. A
literatura estimula a pensar, a ver o mundo, ajuda a se conhecer porque o
momento em que ela se identifica com os personagens, vive toda a história
na perspectiva da personagem. (PAIM, 2000, p.104).

Através de obras literárias compreende-se uma efetividade vivenciada no dia


a dia nas mais diversas formas recobertas pelos véus da imaginação que possui
vastos tópicos de convívio. Percebe-se que contar histórias é de suma importância e
precisa ser uma prática habitual tanto nos espaços escolares como familiares, pois
incentiva e desenvolve nos alunos inúmeras habilidades e competências, entre elas
saber ouvir, compreender e ler imagens e palavras.
A questão de ensinar a ler e escrever, é algo que deve ter uma atenção
especial nas escolas, visto que em diversas ocasiões não acontece de forma
satisfatória, sendo de baixa qualidade. Para um maior entendimento sobre o
assunto, é preciso primeiramente salientar a relevância da compreensão do conceito
de alfabetização e letramento, bem como a diferenças, que é muito importante para
o educador, visto que é através dessa reflexão que o educador terá meios para
mediar o conhecimento levado ao educando.
Segundo Rios (2007, p. 21), no Minidicionário Escolar da Língua
Portuguesa, a palavra Alfabetizar significa “ensinar a ler e a escrever, dar instrução
primária”. Dessa forma, muitos pesquisadores e estudiosos procuraram respostas a
questões referentes ao como ensinar a ler e a escrever.
A didatização da literatura como ressalta Oswald (1997) desvia a literatura
do seu objetivo primeiro. Constata-se, portanto que no decorrer da escolarização a
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literatura vem sendo trabalhada inadequadamente. Entende-se o processo de ler


precise ser encarado como ato que por estar relacionado ao gosto, seja
simultaneamente significativo. Na formação de leitores este ponto precisa ser
valorizado. Kramer (1995) e Oswald (1997) indicam que a construção do gosto pela
leitura tem sido negada aos professores, em virtude do caráter instrumental,
rigidamente ligado ao ensino, racionalizador, que assume em formação, seja inicial,
seja em serviço. Nesse sentido elas defendem ler deve ser entendido, tanto por
crianças quanto por professores, como prática cultural. Para que isso ocorra, Kramer
(1995) enfatiza a necessidade da escola substituir as atividades pedagógicas de
leitura por práticas reais de leitura, “práticas revestidas de significados e que se
consolidem como experiências efetivas, e não como meros exercícios para prestar
contas à contabilidade escolar e suas exigências burocráticas”.
De acordo com Breves (2000, p.58), essa preocupação no que concerne à
leitura e a dificuldade de se formar leitores, não é necessariamente culpa do
professor, ele, por meio de suas ações pedagógicas, reflete apenas uma escola cuja
concepção de construção do conhecimento considera que, para aprender a ler e ter
o desejo pela a leitura, basta apenas ler livrinhos fáceis, adequados à faixa etária, e
provar que leu por meio de mecanismos de controle, como o preenchimento de
fichas que vem como suplemento do livro. Ainda segundo Breves, a leitura é
considerada como um processo na qual o leitor participa com uma aptidão que
depende basicamente de sua capacidade de dar sentido aos sinais, compreendê-
los, e a leitura passa a ter um sentido atraente, contribuindo para povoar e
enriquecer o imaginário do leitor.
Nesta pesquisa vale ressaltar o pensamento de Ferreiro (1995), que relata
que o método de alfabetizar se caracteriza por uma sequência produtiva, de forma
reflexiva, construtiva e inovadora. Isto é, não basta apenas uma classe escolar,
professores e alunos, um quadro e um giz na mão.
Ter acesso a uma literatura de qualidade é dispor de uma informação
cultural que alimenta a imaginação e desperta o prazer pela leitura. Contar e ler
histórias devem ser uma prática constante em todas às instituições escolares, já
que, até as crianças que não sabem ler convencionalmente, pode fazê-lo por meio
da escuta da leitura do professor, ainda que não possa decifrar todas as palavras,
ouvir um texto já é uma forma de leitura.
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É preciso muito mais que isso, é preciso que o educador tenha consciência
de como alfabetizar esses alunos, procurando não somente ensiná-lo leitura e grafia,
mas também conhecer o contexto sócio- cultural do aluno, que muito contribui para
que essa alfabetização se efetive de forma satisfatória.
Nessa perspectiva de estudo ressalta-se que a alfabetização é necessária
para a própria sobrevivência, pois as pessoas precisam ser alfabetizadas para
participar das diversas práticas sociais e culturais existentes.
A Educação formal, não é o avanço de recursos referentes à apreensão,
memorização e treino de habilidades sensório-motoras: é um procedimento onde a
criança precisa resolver problemas de sentidos coerentes, para entender de que
maneira a escrevedura, em português, representa a linguagem.
Partindo dessa ideia, Piaget (1980) ressalta que o conhecimento é resultado
da atividade estruturadora por parte do sujeito. Para ele, esse conhecimento é
resultado do comportamento do sujeito, gerando esquemas de ação, através da
interação do sujeito com o agente da aprendizagem.
Assim, as ações que os sujeitos desempenham com os objetos, que
requerem criatividade e inventividade, no decorrer do seu desenvolvimento, vão se
tornando mais refletidas e compreendidas através da construção de seu
conhecimento, desencadeando novas informações e conhecimentos. Dessa forma,
Piaget considera o sujeito como o único que constrói seu próprio conhecimento.
Nesse contexto vale ressaltar o trabalho de Ferreiro (1995), que considera a
grafia como apresentação do vocabulário e não como um sinal transcrito
graficamente por unidades sonoras. Para ela, a criança é um sujeito ativo, que
interage de forma satisfatória com a alfabetização, aprendendo de forma natural e
espontânea.
A autora teve grande contribuição no ensino da leitura e escrita, visto que
iniciou os estudos sobre a psicogênese da escrita, deixando de se preocupar apenas
com a questão de como ensinar, dando maior relevância a como a criança aprende.
Assim, é possível estabelecer metas e metodologias adequadas ao ensino-
aprendizagem, valorizando as conquistas dos alunos, bem como respeitando seu
ritmo de aprendizagem.
A forma de adquirir e transmitir de conhecimentos são arcaicos quanto a
própria humanidade. Não é só na sala que se aprende ou ensina. Em casa, na rua,
no trabalho, no lazer, em contatos com produtos da tecnologia ou natureza, em
20

todos os ambientes e situações, pode-se aprender e ensinar, é a chamada


educação informal.
Uma condição importante da aprendizagem além da vontade do aprendente
e do estímulo do docente, é a maturação, a qual resulta de diversos fatores:
desenvolvimento biopsíquico, interesses, evolução social, educação, entre outros.
Ao conviver com pessoas instruídas, está sujeita a intervenções e a uma sequência
de atuações. Pois convive constantemente com pessoas que corrigem seu
vocabulário e suas maneiras continuamente’ (FERREIRO, 1991, p. 59).
Assim esse infante está inserido num mundo onde o acesso à leitura é
maior, e constantemente ela terá um fluxo maior de envolvimento com a leitura,
desenvolvendo-se satisfatoriamente para o mundo que a rodeia.

As crianças elaboram ideias não atribuídas a influência do meio ambiente.


Desde aproximadamente os quatro anos as crianças possuem sólidos
critérios para reconhecer que um símbolo ou esboço consiga ou não ser
decifrada antes de serem capazes de ler texto apresentados. (FERREIRO,
1991, p. 45).

Compreende-se assim que se necessita que o educador esteja ciente da


função social da escrita, pois não basta alfabetizar por alfabetizar, é preciso que o
educando compreenda aquilo que está aprendendo, construindo a sua escrita de
forma evolutiva, executadas com tarefas contextualizadas
Segundo Ferreiro (1991) aos 4 ou 5 anos a orientação convencional (da
esquerda para direita e de cima para baixo) raramente estão presentes, ou melhor,
quando aparece, combina com outros, com uma acentuada tendência para a
alternância. Nessa faixa etária as crianças muitas vezes apresentam dificuldades em
orientar-se durante o processo de escrita, utilizando tanto a mão esquerda como a
direita.
Nesse sentido, a alfabetização não pode acontecer de forma mecânica,
onde o professor é o único detentor do saber, é preciso que haja uma relação entre
professor e aluno amigável, onde o professor seja capaz de contribuir para favorecer
a construção da leitura e da escrita, bem como a alfabetização através da interação
do sujeito com o objeto de aprendizagem.
As crianças desde que nascem são construtoras de conhecimento. No
esforço de compreender o mundo que as rodeia, apresenta questões muito
complexas e indefinida e refere-se, por si próprias, de descobrir respostas para ele.
21

Estão implantando instrumentos relevantes de saberes e o conjunto signos gráficos


é um deles (FERREIRO, 1991).
Assim, a alfabetização é vista como um processo muito importante na vida
do sujeito, que deve ser trabalhado da melhor forma possível, respeitando os limites,
possibilidades e potencialidades dos educandos, a fim de favorecer não somente o
desenvolvimento integral do educando, mas também sua inserção no mundo social.
O letramento começa com a alfabetização, sendo continuo nas relações
humanas. Conforme destaca (Sozim et. al. 2012, p.3-4),das funções da escola é dar
condições aos estudantes de acesso à leitura e escrita, ou seja, é responsável em
formalizar o processo de alfabetização e letramento, não acontecendo de forma
simples e imediata, é lenta e complexa, pois a concepção de valores permeia a
aquisição do conhecimento e a efetivação do processo, é através do domínio dos
códigos que ocorre o processo de alfabetização e a ascensão social e cultural, ou
seja, é necessário que o processo de alfabetização ocorra numa perspectiva de
letramento.
De acordo com Perroti (1990), as instituições que são especializadas em
tornarem a leitura atividade constante na vida da criança, devem desenvolver
práticas que dissolvam a imagem negativa que ao longo dos anos tais instituições
desenvolveram sobretudo com práticas inadequadas de incentivo à leitura. Como a
coerção, o autoritarismo das práticas escolares que levam ao desinteresse de
crianças e jovens pela leitura.
A escola tem grande peso na formação do leitor, já que nela o aluno adquire
a “habilidade” na prática de leitura. Por isso a escola passa a ter o grande
compromisso de despertar o gosto o prazer do “habito” de leitura. Ela deve atuar,
segundo Perrenoud (1997), no sentido de fornecer ao seu público o acesso ao livro,
fomentando - lhe o livre descobrimento da leitura, pois a criança necessita de
liberdade para escolher os seus livros, devendo a escola colocar a sua disposição
títulos que atendam ao interesse dos seus alunos, proporcionando-lhe o despertar
para o prazer de ler.
Entende-se que a alfabetização e o letramento são práticas indissociáveis,
são resultantes das relações humanas, ou seja, duas práticas fundamentais que
preparam os estudantes para o desenvolvimento e a ascensão durante o período
escolar, que vão perdurar por toda a sua vida.
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Para Gasparin (2003, p.115), a escola é responsável em propiciar aos


estudantes uma aprendizagem que consiga fazer relação entre os conceitos do
cotidiano com os conceitos científicos.
A escola é um espaço privilegiado para produzir conhecimentos, onde os
professores assumem uma postura de mediadores do conhecimento, utilizando
diferentes recursos como ferramentas motivadoras e diversificadas, que atendam a
diversidade dos estudantes em sala de aula, criando possibilidades de
aprendizagem.
É por intermédio da escola que normalmente acontece à iniciação do leitor,
já que para a grande maioria dos brasileiros, o contato com os livros só é possível
exclusivamente por meio dela. Por isso é tão importante que a escola selecione
bons livros e os faça chegar até os alunos, desenvolvendo trabalhos de aproximação
da criança com a leitura, pois de maneira geral os textos literários para crianças,
narrativas ou poesias que vêm sendo usados na escola, apresentam uma tradição
utilitária, com finalidades didáticas e moralizantes, o encontro da criança com o livro
é imprescindível pelo efeito enriquecedor que desencadeia, e por isso, esse
encontro deve ocorrer sem qualquer intenção de atividade de análise, discussão de
textos ou entrega de fichas de leituras, é de fundamental importância que o encontro
da criança com o livro aconteça pelo simples prazer que a leitura deve propiciar,
sem que ele seja coagido a prestar contas de sua leitura.

A escola pode aproximar os alunos da literatura, desenvolvendo atividades


com leituras descompromissadas, feita pelo simples prazer de ler. “A leitura
não deve vir acompanhada da noção de dever, de tarefa a ser cumprida,
mas de prazer, deleite, de descoberta e encantamentos” (ABRAMOVICH,
1999, p.143).

Cabe às instituições escolares resgatarem o repertório de histórias que as


crianças ouvem em casa, e nos ambientes que frequentam, já que elas representam
uma rica fonte de informações sobre a forma como a sua comunidade se constituiu.
De acordo com Perroti (1990), as instituições que são especializadas em
tornarem a leitura atividade constante na vida da criança, devem desenvolver
práticas que dissolvam a imagem negativa que ao longo dos anos tais instituições
desenvolveram sobretudo com práticas inadequadas de incentivo à leitura. Como a
coerção, o autoritarismo das práticas escolares que levam ao desinteresse de
crianças e jovens pela leitura.
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Ter acesso a uma literatura de qualidade é dispor de uma informação


cultural que alimenta a imaginação e desperta o prazer pela leitura. Contar e ler
histórias devem ser uma prática constante em todas às instituições escolares, já
que, até as crianças que não sabem ler convencionalmente, pode fazê-lo por meio
da escuta da leitura do professor, ainda que não possa decifrar todas as palavras,
ouvir um texto já é uma forma de leitura.
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4 . A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS EM FAMÍLIA

Os contos são importantes para as crianças que ainda não conseguem


entender o significado da ética e princípios complexos. Falam diretamente ao pré-
consciente, consciente e inconsciente da criança lidando com todos os possíveis
problemas das pessoas que são do seu conhecimento e as afligem.

”Contar histórias sempre foi à arte de contá-las de novo e elas se perdem


quando as histórias não são mais conservadas. Ela se perde porque
ninguém mais fia ou tece quando ouve a história. Quanto mais o ouvinte se
esquece se esquece de si mesmo mais se grava nele o que é ouvido (...)
Assim se teceu a rede em que está guardado o dom narrativo. E assim esta
rede se desfaz hoje por todos os lados, depois de ter sido tecida, há
milênios em torno das mais antigas formas de trabalho manual”
(BENJAMIN, 1993, p. 205).

Produz na criança o poder de entendimento e de tomada de decisão assim


como promovem a esperança de dias melhores e de finais felizes. A Criança que é
familiarizada com o conto quando chega à escola apresenta-se bem mais acessível
ao aprendizado, pois normalmente é uma criança feliz, saudável física e
psicologicamente com uma infância “normal”, onde os pais estão presentes na
educação. O que prova que trazer os contos para a vida da criança desde cedo é
também uma prova de amor.
Lajolo (2008) demonstra seu entendimento com as obras literárias como
uma entidade mágica, de uma programação em conflito ou como algo irrelevante,
em razão da carência no que diz respeito à formação docente de língua materna e a
incumbência da Instituição. É importante a escolha pela história e pelos livros, pois
se o texto é atrativo, com algo que chame a atenção do aluno ou do leitor, a leitura
se torna mais interessante. Entende-se, nessa situação, a necessidade de
compreensão a partir da leitura realizada, pois em seu processo de criação do hábito
de leitura o leitor (aluno), precisa compreender o que lê e nesse momento a
presença e auxílio do professor é fundamental.
Despertar na criança o prazer da leitura é proporcionar-lhe novos caminhos
para se descobrir no mundo. Por isso faz-se necessário que as leituras destinadas
às crianças sejam na sua maior parte obras adequadas aos interesses e às
experiências delas, que tragam temas que permeiem a fantasia e a realidade do seu
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dia-a-dia. “Há tantos jeitos de a criança ler, de conviver com a literatura de modo
próximo, sem achar que é algo do outro mundo, remoto.
Para Rubin e Jordão (2015, p.46), para ensinar a ler é preciso gostar de ler.
E quando o educador não gosta ou não busca novos caminhos para aperfeiçoar sua
prática leitora, a chance de seu aluno se interessar pelo tema diminui.
A literatura direcionada ao público infantil funciona como um “remédio” para
quase todos os males uma vez que alimenta seus sonhos, desenvolve o seu
intelecto, a prepara para as boas e más situações da vida e mostra sempre que o
final pode ser feliz e que o bem vence o mal.
“Cultura é ter bibliotecas, ler, estudar. No dia em que todas as cidades do
Brasil tiverem a sua biblioteca infantil, o Brasil estará a salvo de todos os males,
porque todos os males do Brasil têm uma única causa: a ignorância dos adultos,
justamente porque não lhes foi despertado o amor pela leitura quando crianças.
(LOBATO, 1990).
Estudiosos da literatura infantil vem mostrando uma enorme preocupação
com os rumos que esta literatura vem tomando na escola, e em casa.
Principalmente porque esse gênero além de ser prazeroso, é um tipo de arte que
mistura palavras e ilustração que por ser feito por um adulto possui cunho
moralizante e doutrinador o que termina por esconder sob esse véu sua voz e sua
verdadeira forma de expressão.
A literatura infantil aproxima-se da escola com o objetivo educativo,
moralizante e em alguns casos com um forte apelo nacionalista, procurando trazer
nessas obras mensagens de amor à pátria, o culto ao trabalho e a família.
Hoje, se sabe que a criança como todo ser humano é um ser social e
histórico faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma
determinada cultura, em um determinado momento histórico.
A criança tem na família biológica ou não, um ponto de referência, elas
possuem natureza singular, que as caracteriza como seres que sentem e pensam o
mundo de um jeito muito próprio. Nas interações que estabelecem desde cedo com
as pessoas que lhes são próximas e com o meio ao qual pertencem. No processo de
construção do conhecimento, as crianças utilizam as mais diferentes formas de
linguagens e significados e cabe aqui perguntar, como a escola vem trabalhando no
sentido de desenvolver nas crianças em especial naquelas que tem na escola a
única momento de contato com os livros o gosto pela leitura, se a escola tem
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formado leitores ou se ao longo desses anos ela tem contribuído para promover o
distanciamento entre a criança e o livro, com suas práticas didatizantes de leitura
sem significado que aparecem nas cartilhas, nos livros didáticos que acabam por
retirar da criança o prazer que a leitura pode proporcionar.
O livro segundo Amarilha (1997), pode ser um suporte fascinante para as
informações fundamentais da nossa cultura, e de culturas vizinhas ou distantes da
nossa, mas ele corre o risco de cair em mãos de quem não vê necessidade em ler,
nem tão pouco encontra prazer nesta ação e isto pode ser fatal. As políticas públicas
que hoje ocorrem no Brasil para o incentivo à leitura devem esta ancoradas em
condições que considerem à leitura vinculada ao quadro geral do leitor e seu
contexto cultural. Estas políticas devem vê a leitura a partir de novas diretrizes para
repensar sua promoção, colocando-a em consonância com novas perspectivas
culturais para a infância.
O conto de fadas é um gênero literário, uma forma especial de se narrar
histórias, nas quais certo elemento se mantém: acontecem em lugares distantes,
sem nome, obviamente imaginário, são contados por um narrador anônimo que
jamais se apresenta ao leitor, seus protagonistas são vilões claramente
caracterizados (uma linda princesa, uma terrível bruxa...) e terminam, a maior parte
das vezes, com final feliz.

4.1. EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA

Projeto: ‘‘Leitura’’
Objetivos: desenvolver o intelecto da criança, a linguagem oral, estimular a
linguagem visual, criativa, imaginária e curiosa, trabalhar sons, noções de mundo,
socialização, interação.
O projeto sobre leitura na educação infantil surgiu devido ao fato de que os
alunos estejam familiarizados com os livros desde pequenos, para que possam se
tornar futuros leitores.
A infância é a parte da vida onde semeia-se para o futuro que está por vir,
sendo assim esse projeto foi planejado e direcionado para crianças de 1 ano e meio
a 2 anos e meio, aonde professoras do berçário 2 confeccionaram sacolas de
tecidos e toda sexta - feira é escolhido quatro alunos dois meninos e duas meninas
que levaram para suas casas a sacolinha da leitura, com o livro e um folheto
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explicativo sobre a importância da leitura na educação infantil. Para que os pais


contem para eles a historinha no fim de semana.
Na segunda – feira, devolvem a sacola e o livro para que outras crianças
também possam levar para casa. Com esse projeto da sacola da leitura também
envolvemos os pais na vida escolar e no desenvolvimento do seu filho na educação
infantil.
Já foi possível notar uma grande diferença no desenvolvimento das crianças
tanto intelectual quanto na parte da linguagem, depois que os livros começaram a
fazer parte do dia a dia deles no CMEI Santa Maria. E uma vez por semana é
escolhido um livro pela professora e contada a história na sala para as crianças elas
gostam bastante. A professora também leva sempre que possível um livro para cada
um, olhar e manusear é uma maneira da criança estar lendo o livro a seu modo,
despertando assim novos saberes acompanhados de novas experiências que
refletirá daqui alguns anos na vida escolar desse aluno.
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5. CONCLUSÃO

A contribuição do presente trabalho foi mostrar a obra e reflexão dos


escritores mencionados para clarear o trabalho docente e estimular o professor para
a concepção de ideias didáticas que tem como resultado o prazer pelo hábito de ler
e exploração da realidade de vida do leitor e os familiares para realizarem a leitura
no aconchego do lar com as crianças. Por parte dos familiares, esta magia ocorre, a
medida que se deixam assentar com os filhos, ler o livro com eles e estimulá-los a
compreender a história.
A literatura infantil está presente na pré-escola e nas séries iniciais, e a
maioria dos professores que atuam nessa área tem consciência da importância da
leitura e do contato com o livro tanto para as crianças que já concluíram, ou ainda
estão iniciando o seu processo de letramento.
Este estudo gira em torno de um ser maravilhoso chamado criança, que vê e
sente o mundo através dos contos e das brincadeiras e, em torno dos quais, há uma
dialética impossível de ser destituída, pois não se pode pensar em criança sem ligá-
la aos brinquedos e às brincadeiras e, ao mesmo tempo, não seria lógico - pelo
menos do ponto de vista cultural atual - pensar brinquedos ou brincadeiras sem que
esse raciocínio estivesse voltado à criança. Almejar uma educação saudável desde
o berço dando continuidade na vida escolar é algo que se julga quase “impossível”
na realidade atual onde a criança em sua maioria não está tendo sua infância
respeitada devido aos sérios problemas estruturais que sua família muitas vezes
enfrenta.
A literatura direcionada ao público infantil funciona como um “remédio” para
quase todos os males uma vez que alimenta seus sonhos, desenvolve o seu
intelecto, a prepara para as boas e más situações da vida e mostra sempre que o
final pode ser feliz e que o bem vence o mal. Podendo assim ser um valioso
instrumento a ser utilizado pelos educadores em sala de aula, tornando suas aulas
mais agradáveis fazendo com seus objetivos sejam cumpridos à medida que o aluno
vai entender sempre o que se pede na medida em que a aprendizagem irá ocorrer
de forma natural.
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