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EXMO. SR. DR.

DESEMBARGADOR DA CAMARA CÍVEL DO


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO.

PROCESSO DE ORIGEM Nº. 0028955-90.2012.8.19.0042

JUÍZO DE ORIGEM: 2° VARA CÍVEL DA COMARCA DE


PETRÓPOLIS.

MERCIA SILVA FERREIRA, brasileira,


divorciada, do lar, inscrita no CPF/MF sob o nº
881.571.487-15, portadora da CI nº 7.483.899,
expedida pelo IDTB, domiciliada na cidade de
Petrópolis/RJ, onde reside na Rua Cacilda
Becker n° 1097, Alto Independência, por sua
advogada, vem interpor

AGRAVO DE INSTRUMENTO

contra a decisão de fls. 29/30, proferida nos


autos da AÇÃO DE REVISÃO DE CONTRATO DE EMPRÉSTIMO
_____________________________________________________________________________
Estrada do Paraíso n° 326 – 14/201 – Castelânea – Petrópolis/RJ
Telefone: (24) 8821.8316 - Email: advocacia.carolina@gmail.com
BANCÁRIO C/C COM REPETIÇÃO DE INDÉBITO E
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS em que contende
contra BANCO ITAU S/A, instituição financeira, com
sede na Rua do Imperador n° 1060, Centro,
Petrópolis/RJ, CEP: 25.655-000, cujas razões
seguem em anexo, requerendo recebimento e remessa
para regular processamento e, ainda, em
cumprimento ao disposto no artigo 525 e seguintes,
do Código de Processo Civil, informa que está
instruindo o presente agravo com cópia da decisão
agravada, bem como, a decisão proferida em
audiência, que reabriu o prazo para manifestação e
intimou pessoalmente a patrona da autora da
decisão de fls. 29/30.

Termos em que,

Pede deferimento.

Petrópolis, 21 de Novembro de 2012.

Carolina Pereira da Costa

OAB/RJ 172.702

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Estrada do Paraíso n° 326 – 14/201 – Castelânea – Petrópolis/RJ
Telefone: (24) 8821.8316 - Email: advocacia.carolina@gmail.com
RAZÕES DA AGRAVANTE

AGRAVANTE: MÉRCIA SILVA FERREIRA

AGRAVADO: BANCO ITAU S/A

ORIGEM: AÇÃO DE REVISÃO DE CONTRATO DE EMPRÉSTIMO


BANCÁRIO, C/C COM REPETIÇÃO DE INDÉBITO E
INDENIZAQÇÃO POR DANOS MORAIS

PROCESSO: 0028955-90.2012.8.19.0042

JUÍZO: 2° VARA CIVEL DE PETRÓPOLIS

DA TEMPESTIVIDADE

A decisão de fls. 29/30, foi reconsiderada


pelo Juiz a quo em audiência realizada no dia
13/11/2012, oportunidade em que intimou a patrona
da agravante do teor da decisão, reabrindo o prazo
naquela data para manifestação.

O art. 522 de Código de Processo Civil reza


que o prazo para interposição de Agravo é de 10
dias. A doutrina dispõe que o termo a quo para
contagem do prazo é a data de intimação ou da
ciência inequívoca da decisão.

Iniciou-se o prazo no dia 13/11/2012,


sendo, portanto o término do prazo no dia
23/11/2012.

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Sendo assim, o prazo para interpor o
presente agravo encontra-se em conformidade com o
artigo 522 do Código de Processo Civil, sendo a
data de hoje, dia 21/11/2012 TEMPESTIVA.

ILUSTRE DESEMBARGADOR,

Trata-se de Ação de Revisão de Contrato de


Empréstimo Bancário c/c Repetição de Indébito e
Indenização por Danos Morais, na qual a autora,
ora agravante, requer a revisão do contrato a fim
de verificar a pratica de anatocismo.

A agravante no ano de 2009 contraiu


empréstimo nº 30400-100208966 – crediário ITAÚ
INSS PRE, junto ao agravado no valor de R$
2.290,00(dois mil e duzentos e noventa reais), a
ser pago em 48(quarenta e oito) parcelas no valor
mensal de R$ 178,67(cento e setenta e oito reais e
sessenta e sete centavos).

Ocorre Exª, que a agravante percebeu que os


juros cobrados pelo empréstimo são por demais
extorsivos e abusivos, posto que já pagou R$
7.682,81(sete mil, seiscentos e oitenta e dois
reais e oitenta e um centavos), ou seja, 43
parcelas, que corresponde a 3(três) vezes o valor
adquirido pelo empréstimo.
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No final do pagamento das 48 parcelas, a
agravante terá pago ao agravado o valor absurdo de
R$ 8.576,16(oito mil e quinhentos e setenta e seis
reais e dezesseis centavos), ou seja, quase 5
vezes o valor adquirido. Constata-se um verdadeiro
abuso na cobrança dos juros aplicados nesse
contrato de empréstimos. TOTAL ABSURDO!!!!!!!!!!!!

Com efeito, além da ilegalidade e abuso na


estipulação dos juros, a situação foi
sensivelmente agravada em razão de indisfarçável e
execrável capitalização, a prática ilegal do
ANATOCISMO, causa da elevação do saldo devedor em
progressão geométrica.

Com base nesses fatos a agravante propôs


uma ação revisional do contrato de empréstimo,
requerendo ainda a inversão do ônus da prova em
favor da agravante, tendo em vista, esta ser parte
hipossuficiente da relação.

DA DECISÃO AGRAVADA

A decisão de fls. 29/30, foi a seguinte:

“...Indefiro o pedido de inversão do ônus da


prova, eis que não restaram devidamente
demonstrados os requisitos elencados no art. 6º,
VIII, da Lei 8078/90, notadamente, no que se

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refere à hipossuficiência técnica da parte autora
na presente hipótese. Ressaltamos que a inversão
do ônus da prova não é medida automática, ainda
que se trate de relação de consumo, tendo a mesma
por escopo, garantir o equilíbrio de armas entre
as partes do processo, possibilitando igual
oportunidade de influenciar no seu destino e na
prestação jurisdicional justa e efetiva, ocorrendo
por valoração discricionária do Juízo no caso
concreto.”

DOS MOTIVOS PELOS QUAIS A R. DECISÃO DE PRIMEIRO


GRAU DEVE SER REFORMADA

Foi proferida decisão pelo Douto juiz em


fls. 29/30, a qual indeferiu a inversão do ônus da
prova a autora, ora agravante.

Tal decisão merece reforma, uma vez que


trata-se de ação regida pelo Código de Defesa do
Consumidor, o qual garante a inversão do ônus da
prova para os consumidores hipossuficientes, que é
o caso da agravante.

No âmbito do CDC, o art. 6º, VIII, prevê


como direito básico do consumidor "a facilitação
da defesa de seus direitos, inclusive com a
inversão do ônus da prova, a seu favor, no
processo civil, quando, a critério do juiz, for
verossímil a alegação ou quando for ele
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiência".
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Busca-se, assim, assegurar a igualdade
material entre fornecedor e consumidor no processo
em razão da reconhecida posição de vulnerabilidade
ocupada pelo consumidor (CDC 4º, I).

Essa regra se desdobra ainda naquelas


contidas no CDC 12, §3º e 14, §3º – onde se
determina que cabe ao fornecedor provar que não
colocou o produto no mercado, ou que o produto ou
o serviço não é defeituoso, ou ainda que o dano
ocorreu por culpa exclusiva do consumidor –, e no
CDC 38 – prevendo que o patrocinador da informação
ou comunicação publicitária tem o ônus de provar a
sua veracidade e correção.

Nos art. 12, §3º; 14, §3º; e 38 está


prevista a inversão legal do ônus da prova em
desfavor do fornecedor nos casos de fato do
produto/serviço e de publicidade enganosa. Não se
trata de mera limitação das matérias de defesa
alegáveis pelo fornecedor – a lei criou
verdadeiras hipóteses de presunção da existência
do ato antijurídico e de seu nexo causal com o
dano.

Assim, a inversão judicial somente se


mostra necessária nos casos de VÍCIO DO
PRODUTO/SERVIÇO, RESPONSABILIDADE DO COMERCIANTE
PELO FATO DO PRODUTO/SERVIÇO, PROPAGANDA ABUSIVA,
e na proteção das PRÁTICAS COMERCIAIS, inclusive
quanto à existência de CLÁUSULAS ABUSIVAS, bem
como em relação à EXISTÊNCIA DE CULPA DO
PROFISSIONAL LIBERAL na responsabilidade pelo fato
do serviço/produto. Somente nessas hipóteses
caberá ao consumidor provar os fatos constitutivos
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de seu direito, podendo ser beneficiado, no caso
de não o fazer, pela aplicação da inversão
judicial do ônus da prova nas hipóteses previstas
na lei.

Sendo assim, os requisitos para inversão do


ônus da prova, se mostram no caso dos autos, uma
vez que há uma relação de consumo, e a inversão do
ônus da prova deverá ser deferida em favor da
autora, ora agravante, tendo em vista que esta é
parte hipossuficiente para provar que há pratica
de anatocismo, no contrato de empréstimo firmado
entre a agravante e agravado.

CUMPRIMENTO DO ART. 524, INC. III DO CPC

Em cumprimento ao disposto no art. 524,


inc. III do CPC, informa a agravante, os nomes e
endereço completo da patrona da Autora/Agravante:

 AGRAVANTE: CAROLINA PEREIRA DA COSTA, OAB/RJ


172.702, Estrada do Paraíso n° 326 – 14/201 -
Castelanea, Petrópolis – RJ, Cep.: 25635-412 –
Tel: (24) 8821.8316, (PROCURAÇÃO OUTORGADA ÀS
FLS. XX e SUBSTABELECIMENTO SEM RESERVA ÀS
FLS.XX).

 AGRAVADA: BANCO ITAU S/A, com endereço na Rua


do Imperador n° 1060, Centro, Petrópolis/RJ –
CEP: 25.655-000.

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DA DECLARAÇÃO DE AUTENTICIDADE DAS PEÇAS

Em atenção ao disposto no artigo 544 do


Código de Processo Civil, com a nova redação
introduzida pela Lei 10.352 de 26/12/2001, declara
a advogada da Agravante, sob responsabilidade, que
as cópias apresentadas são autênticas e conferem
com os originais constantes do processo.

DA CONCLUSÃO E PEDIDOS

Por todo exposto, requer a Agravante ao


Eminente Des. Relator, que reforme a decisão
interlocutória de fls. 29/30, determinando que
seja deferido para a autora, ora agravante, a
inversão do ônus da prova.

Requer por fim, a agravante que seja


determinada, sob pena de nulidade, a anotação do
nome da advogada: Carolina Pereira da Costa,
OAB/RJ 172.702 na capa do presente processo e nas
demais anotações cartorárias, tudo para os fins
previstos no artigo 39, I e II, do CPC.

Pede Deferimento.

Petrópolis/RJ, 21 de Novembro de 2012.


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Carolina Pereira da Costa

OAB/RJ 172.702

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