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OPERADOR DE PÁ

CARREGADEIRA

SENAI DR-GO UNIDADE NIQUELÂNDIA


2015 - SENAI / DR-GO – OPERADOR DE PÁ CARREGADEIRA
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE GOIÁS
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL - SENAI
DEPARTAMENTO REGIONAL DO GOIÁS

ELABORAÇÃO
Daiana Camila Miranda Borbas
Instrutor de Educação Profissionalizante III
Unidade Integrada SESI SENAI Niquelândia/GO

Alexandre Nunes da Costa


Coordenação/ Revisão Técnica

SENAI
Departamento Regional de Goiás
Av. Brasil, Quadras 26 e 27, Conjunto Habitacional Codemin,
Jardim Atlântico, 1ª etapa CEP 76420-000 - Niquelândia-GO
Fone/Fax: (62) 3354-1802 / (62) 3354-1750
e-mail: niquelandia@sistemafieg.org.br
Diretor: Thiago Ferri
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 4
OBJETIVO................................................................................................................... 5
1. CONCEITOS BÁSICOS DE HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO ............ 6
1.1 CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO ..................................................... 12
2. LEGISLAÇÃO .................................................................................................... 14
3. PÁ CARREGADEIRA ......................................................................................... 22
3.1 PRINCIPAIS COMPONENTES ........................................................................... 23
3.1.1 Terminologia de implementos de carregadeiras ............................................... 24
3.1.2 Definições SAE para dimensões de carregadeiras .......................................... 24
3.3 PÁ CARREGADEIRA SOBRE PNEUS ............................................................... 32
3.3.1 Seleção de pás carregadeiras .......................................................................... 33
4. PREPARAÇÃO PARA OPERAÇÃO .................................................................. 34
4.1 PROCEDIMENTOS ANTES DE FUNCIONAR O MOTOR.................................. 34
4.2 DANDO PARTIDA NO MOTOR .......................................................................... 36
4.3 REGARAS GERAIS PARA OPERAÇÃO ............................................................ 36
5. DESLOCAMENTO DA MÁQUINA ..................................................................... 38
6. SEGURANÇA NA OPERAÇÃO ......................................................................... 41
7. MANUTENÇÃO E REPAROS ............................................................................ 44
7.1 MEDIDAS PARA IMPEDIR UM INCÊNDIO ........................................................ 45
7.2 CALIBRANDO OS PNEUS.................................................................................. 49
7.3 INSTRUMENTOS E CONTROLES ..................................................................... 49
8. COMO AGIR DIANTE DE UMA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA .......................... 51
9. CONCLUSÃO........................................................................................................ 52
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 53
APRESENTAÇÃO

Inaugurada no dia 5 de setembro de 2007, a Unidade Integrada SESI SENAI


em Niquelândia atende empresas e comunidade do Norte goiano, com cursos de
educação profissional, assistência técnica e tecnológica, programas de saúde, lazer,
esporte e cultura. A unidade é fruto de parceria com as mineradoras Anglo American
e Votorantim Metais, e a prefeitura local.

Formado por um centro poliesportivo, uma escola profissionalizante e uma


escola de ensino fundamental, o complexo de ensino oferece variada gama de
serviços: educação profissional, assessoria técnica e tecnológica, ensino, saúde,
esporte, lazer, responsabilidade social e cidadania.

O objetivo é qualificar e valorizar o trabalhador colaborando para a melhoria


do setor produtivo e industrial.

Nos dias de hoje, o mercado de trabalho está cada vez mais exigente em
busca de novas tecnologias e de mão de obra qualificada.

O SENAI/DR-GO oportuniza aos seus alunos cursos baseados no princípio do


―aprender fazendo‖, repassando ainda, conhecimentos teóricos / técnicos aliados a
prática, que atendem ao perfil profissional demandado pelo mercado de trabalho, na
busca constante por profissionais qualificados.

Este curso abordará, em geral, aspectos ligados quanto à segurança na


operação de pá carregadeira, abordando diversas áreas, como a relação com o
meio ambiente, segurança do trabalho, mecânica básica etc. Lembrando que os
conteúdos estão de acordo com o mercado de trabalho atual de operadores de
máquinas pesadas. Baseado na legislação vigente, principalmente no que diz
respeitos às Normas Regulamentadoras 11 (Transporte, Movimentação,
Armazenagem e Manuseio de Materiais) e 12 (Segurança no Trabalho em Máquinas
e Equipamentos).

Durante todo o treinamento, o aprendizado estará focado no aprimoramento


de profissionais que trabalham no processo de operação de pá carregadeira,
tornando-os aptos a enfrentarem novos desafios.

Bom estudo!

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OBJETIVO

O curso de operador de pá carregadeira tem por objetivo proporcionar


qualificação para os profissionais que atuarão na operação com segurança e
eficiência, de forma a evitar acidentes e a preservar as boas condições da máquina,
utilizando vários tipos de materiais, equipamentos, ferramentas e acessórios, de
acordo com suas características e aplicações, desenvolvendo qualidades pessoais,
encorajando a prática da segurança de maneira prevencionista e garantindo a
qualidade do serviço executado.

Capacitar os funcionários da empresa que operam pá carregadeira ou que


buscam qualificação para a operação a realizar as operações de transporte,
movimentação, armazenagem de materiais de forma segura e precisa, conforme a
NR – 11 evitando perdas de tempo, acidentes e custos para a empresa.

Qualificar para que o operador consiga realizar as manutenções básicas do


seu equipamento, realizando o seu check list diário e as checagens pré-operações.

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1. CONCEITOS BÁSICOS DE HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO

Antes de iniciarmos o curso sobre segurança no trabalho em altura NR -35,


iremos destacar alguns conceitos básicos de saúde e segurança e destacar a
relação entre o processo produtivo e o meio ambiente e a questão da saúde e
segurança no trabalho.

As indústrias e os negócios são à base da economia moderna. Não só


produzem os bens e serviços necessários, como também dão acesso a emprego e
renda. Mas, para atender a essas necessidades, precisam usar recursos e matérias-
primas. Os impactos no meio ambiente muito frequentemente decorrem do tipo de
indústria existente no local, do que ela produz e, principalmente, de como produz.

É preciso entender que todas as atividades humanas transformam o


ambiente. Estamos sempre retirando materiais da natureza, transformando-os para
produzir bens. É necessário fazer planos de curto e longo prazo, para diminuir os
impactos que o processo produtivo causa na natureza. Além disso, as indústrias
precisam se preocupar com a recomposição da paisagem e ter em mente a saúde
dos seus trabalhadores e da população que vive ao seu redor.

Ganha força, atualmente, a ideia de que as empresas devem ter


procedimentos éticos que considerem a preservação do ambiente como uma parte
de sua missão. Isto quer dizer que se devem adotar práticas voltadas para tal
preocupação, introduzindo processos que reduzam o uso de matérias-primas e
energia, diminuam os resíduos e impeçam a poluição. Cada indústria tem suas
próprias características. Também se sabe que a conservação de recursos é
importante. Deve haver crescente preocupação com a qualidade, durabilidade,
possibilidade de conserto e vida útil dos produtos. As empresas precisam não só
continuar reduzindo a poluição, como também buscar novas formas de economizar
energia, melhorar os efluentes, reduzir a poluição, o lixo e o uso de matérias-primas.

Reciclar e conservar energia são atitudes essenciais no mundo


contemporâneo. É difícil ter uma visão única que seja útil para
todas as empresas. Cada uma enfrenta desafios diferentes e pode
beneficiar-se de sua própria visão de futuro. Ao olhar para o futuro,
nós (o público, as empresas, as cidades e as nações) podemos

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decidir que alternativas são mais desejáveis e trabalhar com elas.
Entretanto, é verdade que tanto os indivíduos quanto as instituições
só mudarão as suas práticas quando acreditarem que seu novo
comportamento lhes trará benefícios — sejam estes financeiros,
para sua reputação ou para sua segurança.

A mudança nos hábitos não é uma coisa que possa ser imposta. Deve ser
uma escolha de pessoas bem informadas a favor de bens e serviços sustentáveis. A
tarefa é criar condições que melhorem a capacidade de as pessoas escolherem,
usarem e disporem de bens e serviços de forma sustentável. Além dos impactos
causados na natureza, diversos são os malefícios à saúde humana provocada pela
poluição do ar, dos rios e mares, assim como são inerentes aos processos
produtivos alguns riscos à saúde e segurança do trabalhador.

Atualmente, acidente do trabalho é uma questão que preocupa os


empregadores, empregados e governantes, e as consequências acabam afetando a
todos. De um lado, é necessário que os trabalhadores adotem um comportamento
seguro no trabalho, usando os equipamentos de proteção individual e coletiva; de
outro, cabe aos empregadores prover a empresa com esses equipamentos, orientar
quanto ao seu uso, fiscalizar as condições da cadeia produtiva e a adequação dos
equipamentos de proteção.

A redução do número de acidentes só será possível à


medida que cada um - trabalhador, patrão e governo -
assumam, em todas as situações, atitudes preventivas,
capazes de resguardar a segurança de todos.

Deve-se considerar, também, que cada indústria possui um


sistema produtivo próprio, e, portanto, é necessário analisá-
lo em sua especificidade, para determinar seu impacto
sobre o meio ambiente, a saúde e os riscos que o sistema
oferece à segurança dos trabalhadores, propondo
alternativas que possam levar a melhores condições de
vida para todos.

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Da conscientização, partimos para a ação, cresce, cada vez mais, o número
de países, empresas e indivíduos que, já estando conscientizados acerca desses
fatos, vêm desenvolvendo ações que contribuem para proteger o meio ambiente e
cuidar da nossa saúde. Mas isso ainda não é suficiente, faz-se necessário ampliar
tais ações, e a educação é um valioso recurso que pode e deve ser usado em tal
direção.

Para aprimorarmos vamos conhecer alguns conceitos sobre saúde e segurança no


trabalho:

A Segurança no trabalho pode ser entendida como um conjunto de ações e


medidas preventivas adotadas em um processo de trabalho e que tem como
finalidade prevenir acidentes e doenças. Promovendo melhor qualidade de vida no
ambiente laborativo.

Perigo: É qualquer situação que tenha potencial de causar um dano, lesão ou


doença ou avaria.

Risco: É a combinação da probabilidade da ocorrência de um evento perigoso e da


gravidade do dano ou prejuízos que poderão resultar, caso este evento venha a
ocorrer.

Risco = exposição ao perigo x gravidade do dano

Avaliação de Riscos: Identificar e estimar todas as situações de ―Não


conformidades‖ referentes ao processo de trabalho.

Higiene: Termo utilizado para expressar um conjunto de fatores que visam a


preservação da saúde no ambiente de trabalho. O termo higiene é utilizado no
sentido de evitar doenças. Daí ser muito comum a expressão: ―Segurança e Higiene
Ocupacional‖ ou também ―Segurança e Higiene do Trabalho‖.

Doença Profissional: São desencadeadas pelo exercício do trabalho e peculiares a


determinados ramos de atividades, conforme regulamentadas pelo Ministério da
Previdência Social.

Exemplos:
 Bissinose – causada pela fibra de algodão.

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 Dermatoses profissionais – causadas por substâncias químicas.
 Pneumoconiose – provocada por minério de carvão.
 Saturnismo – provocado pelo chumbo.
 Silicose – provocado pela poeira da sílica.
 Surdez profissional – causada por máquinas ruidosas.

Doença do Trabalho: São desencadeadas devido às condições especiais que são


relacionadas com o trabalho que está sendo executado. É necessário, portanto,
estabelecer ou comprovar o nexo causal entre a doença e o tipo de trabalho que a
originou. Ex: LER/DORT/Escoliose, etc.
Acidente de trabalho: É aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da
empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença que cause a
morte, ou a perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o
trabalho.
 Acidente causado durante a prestação espontânea de um serviço para a
empresa;
 Acidente de Trajeto – ocorrido no percurso da residência para o trabalho ou
vice-versa;
 Acidente em viagem a serviço da empresa;
 Acidente sofrido nos horários de refeição e descanso durante o horário de
trabalho.
 Acidente causado por caso fortuito ou força maior;
 Acidente durante a execução de ordem fora do local da empresa.
 Entre outros.

OBSERVAÇÕES: Não é considerado ―Acidente de Trabalho‖:


 Aquele que provoca somente danos materiais;
 A autolesão provocada pelo trabalhador com o fim de colher vantagem
pessoal;
 As doenças onde não é possível estabelecer o ―nexo causal‖ entre a doença
e o tipo de trabalho executado.
 Doenças degenerativas e as doenças típicas de determinadas regiões.
Exemplos: miopia, diabetes; cardiopatias; malária, entre outros.

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Os acidentes não acontecem por acaso, eles são previsíveis e podem
perfeitamente serem evitáveis. O acidente não é fruto da fatalidade e o
trabalhador não é infalível ao erro.
Vamos fazer nossa parte?

Riscos ocupacionais: são condições inerentes ao ambiente de trabalho ou aos


processos de trabalho e que podem ser causas de acidentes ou doenças
ocupacionais. Podendo ser:
 Físicos
 Químicos
 Biológicos
 Ergonômicos e
 Mecânicos.

Riscos físicos: São as diversas formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores em seu ambiente de trabalho.

Ruído, Vibração, Pressões anormais, Radiações Ionizantes,


Radiações não-ionizantes (laser, microondas, ultra-violeta),
Temperaturas extremas ou excessivas causadas pelo calor ou frio,
umidade.

Riscos químicos: São substâncias, produtos ou compostos químicos de natureza


tóxica que devido ao contato ou forma de exposição dos trabalhadores possam
penetrar no organismo pela via respiratória, através da pele ou por ingestão.

Gases, vapores, poeiras, fumos, névoas, neblinas, produtos


compostos ou substâncias químicas tóxicas em geral.

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Riscos Biológicos: Consideram-se agentes biológicos os vírus, bactérias,
protozoários, parasitas, bacilos, fungos e outros microorganismos causadores de
contaminações, doenças, ou comprometimentos para a saúde.

São encontrados em atividades executadas em contato com


pacientes, animais, material biológico, secreções orgânicas ou material infecto-
contagiante.
Riscos Ergonômicos: Relacionados à organização do trabalho, a forma de
execução das atividades ou ao modo como o serviço é realizado.

Trabalho físico pesado; Levantamento e transporte manual


de pesos; Postura incorreta; Trabalho em turno/ noturno;
Ritmo excessivo de trabalho; Monotonia e Repetitividade;
Jornada prolongada de trabalho; Exigência de produtividade;
Outras situações causadoras de stress físico ou psíquico.

Riscos de acidentes e/ou mecânicos: São condições deficientes e inadequadas


das instalações ou do ambiente de trabalho que poderão gerar acidentes de
trabalho.
 Arranjo físico inadequado;
 Ferramentas defeituosas;
 Máquinas e equipamentos sem proteção; armazenamento
impróprio;
 Ligações elétricas deficientes;
 E.P.I. Inadequado;
 Ausência de sinalização;
 Queda devido à altura;
 Incêndio ou explosões;

Outras condições preocupantes que podem afetar a segurança no trabalho e


acarretar má qualidade de vida:
 Alimentação precária ou deficiente;
 Estrutura familiar conflitante.
 Falta de lazer;
 Más condições de moradia;
 Transporte difícil e demorado;

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 Alcoolismo;
 Ausência de manutenção preventiva;
 Ausência de planejamento do processo produtivo;
 Desrespeito e não cumprimento das Normas de Segurança.
 Estado de saúde debilitado;
 Excesso de confiança;
 Falta de perspectiva de crescimento e realização;
 Improvisos e gambiarras;
 Medo da perda de emprego;
 Fatores psicossociais, neuroses, stress, entre outros e componentes da
personalidade, do tipo: sexo; idade; tempo de reação aos estímulos;
coordenação motora; agressividade; nível de inteligência compatível com a
tarefa; coordenação viso-motora; impulsividade; exibicionismo.

1.1 CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO

Quanto às causas, os acidentes de trabalho são classificados como ato


inseguro ou condição insegura de acordo com a NBR 14280 da ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas).

Desvio comportamental - É todo ato consciente ou não, capaz de provocar algum


dano ao trabalhador, aos seus companheiros ou a máquinas, materiais ou
equipamentos, estando diretamente relacionado à falha humana. É a maneira como
as pessoas se expõem, consciente ou inconscientemente, a riscos de acidentes.
São esses os atos responsáveis pela maioria dos acidentes de trabalho atualmente.

Situações relacionadas ao desvio comportamental:

 Brincadeiras, brigas, farras ou correria no local de trabalho;

 Fazer uso de bebidas alcoólicas, ou qualquer outra substância entorpecente


no local de trabalho.

 Trabalhador com sono operando equipamento;

 Trabalhador correndo em escadarias;

 Trabalhador que se recusa a usar EPI (equipamento de proteção individual);

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 Trabalhar operando equipamento com atenção dispersa por conversas, etc;

 Trabalhos em altura, sem o uso do cinto de segurança;

 Uso de equipamentos de forma inadequada;

Condições Inseguras - São aquelas que, presentes no ambiente de trabalho


colocam em risco a integridade física e/ou mental do trabalhador. É gerada no local
de trabalho, e geralmente acontece alheio a vontade do trabalhador.

Exemplos:

 Falta de EPI (equipamento de proteção individual);


 Falta de limpeza ou organização;
 Falta de sinalização de risco.
 Falta de treinamento;
 Fios e cabos desencapados;
 Gambiarras em máquinas, equipamentos, ferramentas, etc;
 Iluminação deficiente ou imprópria;
 Máquina sem proteção;
 Não possuir vestuário adequado ao trabalho;
 Piso estragado;

Como essas situações estão nos locais de trabalho, podemos deduzir que foram
instaladas por decisão ou mau comportamento de pessoas, que permitiram
situações de risco a aqueles que lá executam suas atividades.

Assim, iniciamos este material conversando com você sobre o meio ambiente, a
saúde e a segurança no trabalho, lembrando que, no exercício profissional diário,
você deve agir de forma harmoniosa com o ambiente, zelando também pela
segurança e saúde de todos no trabalho.

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2. LEGISLAÇÃO

Norma Regulamentadora 6 – Equipamento de Proteção Individual (NR – 6)

Estabelece e define os tipos de EPIs a que as empresas estão obrigadas a


fornecer a seus empregados, sempre que as condições de trabalho o exigir, a fim de
resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores.

A fundamentação legal, que dá embasamento jurídico, são os artigos 166 e


167 da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT – Capítulo V – Seção I
Disposições gerais.

Considera-se como Equipamento de proteção individual segundo a NR 6 –


todo dispositivo ou produto de uso individual, a ser utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.

Figura 1: Equipamentos de proteção individual

6.6 Responsabilidades do empregador. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de


dezembro de 2010).

6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;

b) exigir seu uso;

c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em


matéria de segurança e saúde no trabalho;

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d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;

e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,

g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas


ou sistema eletrônico.

(Inserida pela Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009)

6.7 Responsabilidades do trabalhador. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de


dezembro de 2010).

6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,

d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

Norma Regulamentadora 7 - Programa de Controle Médico de Saúde


Ocupacional

Esta norma define obrigações do empregador quanto à realização de exames


médicos admissionais, periódicos e demissionais, bem como ações voltadas à
saúde dos trabalhadores.

Os operadores de equipamentos deverão ser submetidos a exames


específicos de acordo com exigência do PCMSO.

Norma Regulamentadora 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

Norma que define obrigações do empregador quanto às etapas de


reconhecimento, monitoramento e controle dos riscos inerentes às atividades
desenvolvidas.

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Norma Regulamentadora 11 – Transporte, movimentação, armazenagem e
manuseio de materiais

11.1.2. Quando a cabina do elevador não estiver no nível do pavimento, a abertura


deverá estar protegida por corrimão ou outros dispositivos convenientes.

11.1.3. Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais tais como os


ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes rolantes, talhas,
empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de diferentes tipos,
serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias
de resistência e segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho.

11.1.3.1. Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas
e guinchos que deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as
suas partes defeituosas.

11.1.3.2. Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de


trabalho permitida.

11.1.6. Os operadores de equipamentos de transporte motorizados deverão ser


habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portar um cartão de
identificação, com nome e fotografia, em lugar visível.

11.1.6.1. O cartão terá a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a


revalidação, o empregado deverá passar por exame de saúde completo, por conta
do empregador.

11.1.7. Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de


advertência sonora (buzina).

11.1.8. Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados


e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser imediatamente
substituídas.

Norma Regulamentadora 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e


Equipamentos

12.3 O empregador deve adotar medidas de proteção para o trabalho em máquinas


e equipamentos, capazes de garantir a saúde e a integridade física dos

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trabalhadores, e medidas apropriadas sempre que houver pessoas com deficiência
envolvidas direta ou indiretamente no trabalho.

12.4 São consideradas medidas de proteção, a ser adotadas nessa ordem de


prioridade:

a) medidas de proteção coletiva;

b) medidas administrativas ou de organização do trabalho; e

c) medidas de proteção individual.

12.5 Na aplicação desta Norma devem-se considerar as características das


máquinas e equipamentos, do processo, a apreciação de riscos e o estado da
técnica. (Alterado pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015).

12.5A Cabe aos trabalhadores: (Item e alíneas inseridos pela Portaria MTE n.º 857,
de 25/06/2015).

a) cumprir todas as orientações relativas aos procedimentos seguros de operação,


alimentação, abastecimento, limpeza, manutenção, inspeção, transporte,
desativação, desmonte e descarte das máquinas e equipamentos;

b) não realizar qualquer tipo de alteração nas proteções mecânicas ou dispositivos


de segurança de máquinas e equipamentos, de maneira que possa colocar em risco
a sua saúde e integridade física ou de terceiros;

c) comunicar seu superior imediato se uma proteção ou dispositivo de segurança foi


removido, danificado ou se perdeu sua função;

d) participar dos treinamentos fornecidos pelo empregador para atender às


exigências/requisitos descritos nesta Norma;

e) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta


Norma.

Dispositivos de Acionamento, Partida e Parada de Máquinas e Equipamentos

12.24 Os dispositivos de partida, acionamento e parada das máquinas devem ser


projetados, selecionados e instalados de modo que:

a) não se localizem em suas zonas perigosas;

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b) possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa
que não seja o operador;

c) impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou por


qualquer outra forma acidental;

d) não acarretem riscos adicionais; e

e) não possam ser burlados.

12.25 Os comandos de partida ou acionamento das máquinas devem possuir


dispositivos que impeçam seu funcionamento automático ao serem energizadas.

12.26 Quando forem utilizados dispositivos de acionamento do tipo comando


bimanual, visando a manter as mãos do operador fora da zona de perigo, esses
devem atender aos seguintes requisitos mínimos do comando:

a) possuir atuação síncrona, ou seja, um sinal de saída deve ser gerado somente
quando os dois dispositivos de atuação do comando -botões- forem atuados com um
retardo de tempo menor ou igual a 0,5 s (meio segundo); (Retificado pela Portaria
MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013).

b) estar sob monitoramento automático por interface de segurança;

c) ter relação entre os sinais de entrada e saída, de modo que os sinais de entrada
aplicados a cada um dos dois dispositivos de atuação do comando devem juntos se
iniciar e manter o sinal de saída do dispositivo de comando bimanual somente
durante a aplicação dos dois sinais;

d) o sinal de saída deve terminar quando houver desacionamento de qualquer dos


dispositivos de atuação de comando;

e) possuir dispositivos de comando que exijam uma atuação intencional a fim de


minimizar a probabilidade de comando acidental;

f) possuir distanciamento e barreiras entre os dispositivos de atuação de comando


para dificultar a burla do efeito de proteção do dispositivo de comando bimanual; e

g) tornar possível o reinício do sinal de saída somente após a desativação dos dois
dispositivos de atuação do comando.

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12.27 Nas máquinas operadas por dois ou mais dispositivos de comando bimanuais,
a atuação síncrona é requerida somente para cada um dos dispositivos de comando
bimanuais e não entre dispositivos diferentes que devem manter simultaneidade
entre si.

12.28 Os dispositivos de comando bimanual devem ser posicionados a uma


distância segura da zona de perigo, levando em consideração:

a) a forma, a disposição e o tempo de resposta do dispositivo de comando bimanual;

b) o tempo máximo necessário para a paralisação da máquina ou para a remoção do


perigo, após o término do sinal de saída do dispositivo de comando bimanual; e

c) a utilização projetada para a máquina.

12.29 Os comandos bimanuais móveis instalados em pedestais devem:

a) manter-se estáveis em sua posição de trabalho; e

b) possuir altura compatível com o posto de trabalho para ficar ao alcance do


operador em sua posição de trabalho.

12.30 Nas máquinas e equipamentos cuja operação requeira a participação de mais


de uma pessoa, o número de dispositivos de acionamento simultâneos deve
corresponder ao número de operadores expostos aos perigos decorrentes de seu
acionamento, de modo que o nível de proteção seja o mesmo para cada trabalhador.

12.30.1 Deve haver seletor do número de dispositivos de acionamento em utilização,


com bloqueio que impeça a sua seleção por pessoas não autorizadas.

12.30.2 O circuito de acionamento deve ser projetado de modo a impedir o


funcionamento dos comandos habilitados pelo seletor enquanto os demais
comandos não habilitados não forem desconectados.

12.30.3 Os dispositivos de acionamento simultâneos, quando utilizados dois ou


mais, devem possuir sinal luminoso que indique seu funcionamento.

12.31 As máquinas ou equipamentos concebidos e fabricados para permitir a


utilização de vários modos de comando ou de funcionamento que apresentem níveis
de segurança diferentes, devem possuir um seletor que atenda aos seguintes
requisitos:

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a) bloqueio em cada posição, impedindo a sua mudança por pessoas não
autorizadas;

b) correspondência de cada posição a um único modo de comando ou de


funcionamento;

c) modo de comando selecionado com prioridade sobre todos os outros sistemas de


comando, com exceção da parada de emergência; e

d) a seleção deve ser visível, clara e facilmente identificável.

12.32 As máquinas e equipamentos, cujo acionamento por pessoas não autorizadas


possam oferecer risco à saúde ou integridade física de qualquer pessoa, devem
possuir sistema que possibilite o bloqueio de seus dispositivos de acionamento.

12.33 O acionamento e o desligamento simultâneo por um único comando de um


conjunto de máquinas e equipamentos ou de máquinas e equipamentos de grande
dimensão devem ser precedidos de sinal sonoro de alarme.

12.34 Devem ser adotadas, quando necessárias, medidas adicionais de alerta, como
sinal visual e dispositivos de telecomunicação, considerando as características do
processo produtivo e dos trabalhadores.

Dispositivos de parada de emergência

12.56 As máquinas devem ser equipadas com um ou mais dispositivos de parada de


emergência, por meio dos quais possam ser evitadas situações de perigo latentes e
existentes.

12.56.1 Os dispositivos de parada de emergência não devem ser utilizados como


dispositivos de partida ou de acionamento.

Manutenção, inspeção, preparação, ajustes e reparos.

12.111 As máquinas e equipamentos devem ser submetidos à manutenção


preventiva e corretiva, na forma e periodicidade determinada pelo fabricante,
conforme as normas técnicas oficiais nacionais vigentes e, na falta destas, as
normas técnicas internacionais.

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12.111.1 As manutenções preventivas com potencial de causar acidentes do
trabalho devem ser objeto de planejamento e gerenciamento efetuado por
profissional legalmente habilitado.

12.112 As manutenções preventivas e corretivas devem ser registradas em livro


próprio, ficha ou sistema informatizado, com os seguintes dados:

a) cronograma de manutenção;

b) intervenções realizadas;

c) data da realização de cada intervenção;

d) serviço realizado;

e) peças reparadas ou substituídas;

f) condições de segurança do equipamento;

g) indicação conclusiva quanto às condições de segurança da máquina; e

h) nome do responsável pela execução das intervenções.

Capacitação

12.135 A operação, manutenção, inspeção e demais intervenções em máquinas e


equipamentos devem ser realizadas por trabalhadores habilitados, qualificados,
capacitados ou autorizados para este fim.

12.136 Os trabalhadores envolvidos na operação, manutenção, inspeção e demais


intervenções em máquinas e equipamentos devem receber capacitação
providenciada pelo empregador e compatível com suas funções, que aborde os
riscos a que estão expostos e as medidas de proteção existentes e necessárias, nos
termos desta Norma, para a prevenção de acidentes e doenças.

12.137 Os operadores de máquinas e equipamentos devem ser maiores de dezoito


anos, salvo na condição de aprendiz, nos termos da legislação vigente.

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3. PÁ CARREGADEIRA

As pás-carregadeiras são máquinas de terraplenagem que realizam escavação,


mas como o próprio nome sugere, são especializadas no carregamento de
caminhões basculantes, seja em obras de terraplenagem para remoção de terra ou
em mineração carregando rocha, brita, areia, minérios em geral.

Existem diferentes tamanhos de pá-carregadeira, além de várias marcas e uma


infinidade de modelos, cada um desenvolvido para finalidades específicas de acordo
com sua aplicação. Também há pás-carregadeiras sobre rodas que podem ser
articuladas ou não e pás-carregadeiras sobre esteiras.

As pá-carregadeiras sobre rodas (ou pá-carregadeira de pneus) são destinadas a


trabalhos de terraplenagem em terrenos firmes e secos ou quando é necessária a
circulação sobre solo pavimentado em asfalto ou concreto como ruas, pátios, etc.

Pá carregadeiras de pneus, articuladas, necessitam de um amplo espaço para


manobras e não são indicadas, articuladas ou não, para terrenos muito acidentados
devido ao alto risco de tombamento do equipamento. Também não são indicadas
para trabalhos sobre entulho ou lixo devido ao risco de danos aos pneus.

Figura 2 - Pá-carregadeira sobre rodas

As pá-carregadeiras também serve para substituir em boa parte o trabalho dos


tratores de esteiras que normalmente são utilizados para abrir estradas, fazer
aterros, terreiros.

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3.1 PRINCIPAIS COMPONENTES

Sistema elétrico – É o conjunto formado pelo gerador, bateria, alguns componentes


do painel, lâmpadas, entre outros.

Sistema de alimentação – É o conjunto de peças que serve para fornecer e dosar o


combustível utilizado na alimentação do motor de combustão interna.

Sistema hidráulico – Conjunto que movimenta o óleo com pressão necessária para
elevar e inclinar a caçamba.

Transmissão – É um conjunto que permite a mudança automática das marchas


através de controles.

Bateria – Componente do sistema elétrico que armazena e fornece energia elétrica


à Pá Carregadeira.

Motor – É um conjunto de força motriz do veiculo que também movimenta as


bombas hidráulicas e a transmissão.

Lança - A lança da pá carregadeira não tem giro, nem movimento vertical a não ser
em torno do eixo transversal, podendo-se mudar a posição da caçamba para a
descarga, por meios de articulações. Assim evita-se o giro para a descarga,
podendo operar em frentes de trabalho muito estreitas.

Algumas forças atuam sobre a carregadeira, sendo, força de escavação,


capacidade de elevação do sistema hidráulico e força de tração são termos usados
com frequência quando se fala no desempenho de uma carregadeira. Mas o que
esses termos realmente significam, e como se relacionam entre si?

Um equipamento articulado é constituído por dois módulos. O módulo do


implemento (dianteiro) é formado pela caçamba, braço de elevação e articulações,
componentes hidráulicos de acionamento e uma estrutura e eixo para montagem
desses sistemas e suporte da carga. O módulo de potência (traseiro) contém o
motor, conversor de torque, transmissão, eixo traseiro e componentes hidráulicos, e
fornece potência para escavação, remoção e elevação de material, e também para
tração dos módulos dianteiro e traseiro.

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3.1.1 Terminologia de implementos de carregadeiras

Componentes associados com o braço de elevação do implemento de uma


carregadeira:

 Balancim
 Braço de elevação da caçamba
 Cilindro de elevação da caçamba
 Cilindro de inclinação da caçamba
 Haste de ligação da caçamba
 Nervuras da caçamba
 Pino de articulação da caçamba (inferior)
 Pino de articulação da caçamba (superior)
 Pino do braço de elevação

Componentes associados com as caçambas de pás carregadeiras:

 Borda cortante
 Borda lateral inferior
 Borda lateral superior
 Chapa traseira
 Dentes
 Fundo
 Proteção contra derramamento
 Suporte dos dentes

3.1.2 Definições SAE para dimensões de carregadeiras

SAE (Society of Automotive Engineers), OSHA (Occupational Safety and Health Act)
e ISO (International Standard Organization) são entidades que estabelecem, entre
outros, procedimentos e normas para determinação de dimensões de máquinas de
construção, conforme detalhado a seguir:

Altura máxima – distância vertical do solo até o ponto mais alto da máquina, com a
caçamba na elevação máxima.

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Altura de descarga – distância vertical do solo até o ponto mais baixo da borda
cortante, com o pino de articulação da caçamba (inferior) na altura máxima e a
caçamba num ângulo de descarga de 45º. Caso seja usado um ângulo diferente de
45º, deverá ser especificado.

Alcance – distância horizontal entre o ponto mais avançado da máquina (inclusive


pneus ou chassis) e o ponto mais traseiro da borda cortante da caçamba, com o
pino de articulação (inferior) na altura máxima e a caçamba numa inclinação de 45º.
Caso se use outro ângulo, deverá ser especificado.

Ângulo de descarga – ângulo máximo que a parte plana do fundo da caçamba irá
girar abaixo da horizontal, com o pino de articulação da caçamba na altura máxima.

Recuo máximo no solo – ângulo máximo de inclinação do fundo da caçamba para


trás, partindo da posição sobre o solo.

Posição de transporte – distância vertical entre o solo e a linha de centro do pino


de articulação da caçamba, num ângulo de aproximação de 15º.

Recuo máximo na posição de transporte – ângulo máximo entre a horizontal e o


fundo da caçamba na posição totalmente recuada, com o braço na posição de
transporte.

Recuo máximo na altura máxima – ângulo entre a horizontal e o fundo da


caçamba, com o braço na elevação máxima.

Profundidade de escavação – distância vertical entre o solo e a parte inferior da


borda cortante da caçamba, na posição mais baixa em que a borda permaneça na
horizontal.

Largura da caçamba – largura externa máxima da caçamba especificada.

Altura livre sobre o solo – distância vertical entre o solo e o ponto mais baixo do
equipamento situado entre os pneus, com a caçamba elevada.

Distância entre eixos – distância horizontal entre o centro da roda traseira e o


centro da roda dianteira. Dado para comparação de estabilidade.

Comprimento total – distância horizontal com a caçamba nivelada e apoiada no


solo.

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Altura do pino de articulação – Distância vertical entre o pino inferior de
articulação da caçamba e o solo, com a caçamba na elevação máxima.

Altura total com a caçamba totalmente levantada – Distância vertical entre o solo
e o ponto mais alto possível para a caçamba, com o pino de articulação na altura
máxima.

Bitola – Distância entre as linhas verticais de centro dos pneus de cada lado.
Juntamente com a distância entre eixos, define a estabilidade real do equipamento.

Largura por fora dos pneus – distância entre as bordas externas dos pneus de
cada lado. Parece não ser importante, mas se a largura dos pneus for maior que a
da caçamba, o desgaste dos pneus dianteiros será acelerado.

Capacidade da caçamba
Existem duas formas de definição da capacidade nominal:

Coroada SAE: quantidade de material que cabe na caçamba, considerando um


ângulo de repouso de 2:1. Normalmente, esse valor é indicado como sendo a
capacidade nominal básica.

Rasa SAE: volume contido pela superfície interna da caçamba e um plano que
passa através da largura da mesma.

A norma SAE J742 especifica que a adição de proteções contra


derramamento, para proteção contra queda de materiais que possam ferir o
operador, não deve fazer parte da medição da capacidade nominal. Caçambas com
bordas cortantes de formato irregular (em V) terão o plano de definição da
capacidade rasa situado a 1/3 da distância de sua parte saliente.

Carga de tombamento
Peso mínimo aplicado no centro de gravidade da capacidade nominal SAE na
caçamba, que faça a máquina girar até uma posição em que as rodas traseiras
saiam do solo, nas seguintes condições:

 Caçamba totalmente inclinada para trás


 Centro de gravidade da carga na posição mais avançada do arco AB

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 Máquina com o peso de operação e os implementos e acessórios indicados
nas folhas de especificação do fabricante.

A carga de tombamento será, portanto, a mínima necessária para fazer com


que as rodas traseiras deixem o solo, com a carga na posição de alcance máximo.
Normalmente, essa carga é testada em duas posições: com a articulação alinhada e
no ângulo máximo, pois nessa posição, o peso da máquina está deslocado para um
dos lados e a distância entre eixos fica reduzida, colocando a máquina em sua
posição menos estável.

Uma fórmula simples de cálculo da carga aproximada de tombamento é o


resultado da carga sobre o eixo traseiro multiplicada pela distância entre eixos e
dividida pelo momento.

Para fins de explicação, consideraremos uma carregadeira com distância


entre eixos de 2540 mm e momento (distância entre o centro de eixo dianteiro e o
centro de gravidade da caçamba) de 2540 mm. A carga no eixo traseiro é de 4530
kg; consequentemente, a carga de tombamento em linha reta é de 4530 kg. Quando
a articulação estiver num ângulo de 35º, a distância entre eixos passa para 2311 mm
e a carga de tombamento será de (4530 kg x 2311 mm)/2540 mm = 4121 kg.

Força de desagregação

De acordo com a SAE, ―Força de Desagregação‖ é a força máxima para cima


(F1) exercida a 100 mm atrás da extremidade da borda cortante da caçamba,
girando no ponto de pivotamento indicado. É definida pela capacidade de elevar ou
girar a caçamba nas seguintes condições:

 Equipamento estacionado em uma superfície firme e nivelada, com a


transmissão em neutro.
 Todos os freios liberados.
 Equipamento com o peso operacional padrão;
 Traseira livre (não pode estar impedida de subir ou descer)
 Parte inferior da borda cortante paralela e a uma distância máxima de 25 mm
acima ou abaixo do nível do solo.

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Em carregadeiras de rodas, deve-se bloquear o eixo dianteiro para evitar que
ocorram mudanças na posição dos pinos devido á deflexão dos pneus.

Se o circuito utilizado causar elevação da traseira da máquina, o valor da força


necessária para elevar a traseira retirando-a do solo será igual à força de
desagregação.

Quando se usar caçambas que não tenham a borda reta, deve-se considerar
como extremidade da borda cortante o ponto mais dianteiro da mesma.

A definição da SAE permite diversas variações e formas de medição. As mais


comuns são as forças de desagregação da caçamba e do braço de elevação.

Para medir a força de desagregação da caçamba, seu pino de articulação deverá


estar bloqueado e será usado como ponto de alavanca (fulcro). A máquina deverá
estar com o peso operacional e a força será medida 100 mm atrás do ponto mais
avançado da borda cortante. De acordo com a SAE, a força de desagregação da
caçamba será a carga necessária para retirar do solo a traseira da máquina ou
acionar o alívio do circuito hidráulico de inclinação da caçamba.

Para o cálculo da força de desagregação do braço de elevação, o ponto de


alavanca será o eixo dianteiro, que deverá estar bloqueado para evitar a deflexão. A
força de desagregação será a carga necessária para elevar a traseira da máquina,
tirando-a do contato com o solo, ou acionar o alívio do sistema hidráulico.

Nessa situação, os pneus dianteiros têm tendência a escorregar até que o


operador acione a alavanca de elevação, o que por sua vez coloca a carga no eixo
dianteiro (F6).

Capacidade do sistema hidráulico

A capacidade de elevação do sistema hidráulico é a carga máxima que pode


ser aplicada no centro de gravidade de uma caçamba com a carga nominal SAE,
que possa ser elevada a uma altura específica (ou até a altura máxima) e ser
posicionada de modo a manter a carga máxima, com o equipamento com o peso
operacional e estacionado em superfície firme e nivelada, com a traseira presa (sem
possibilidade de subir ou descer). Corresponde, portanto, à carga máxima que a

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carregadeira pode elevar a uma determinada altura, com a traseira da máquina
presa.

É importante entender que a capacidade de elevação do sistema hidráulico é


completamente diferente da capacidade nominal da carregadeira. A capacidade de
elevação, que pode ser medida durante todo o ciclo de elevação, e pode ser lançada
em um gráfico, irá variar de acordo com as características das articulações e as
dimensões do cilindro. Um exemplo dessa aplicação são as curvas de carga das
carregadeiras.

A SAE não especifica um material padrão, mas pode-se considerar 1361


kg/m³ como um valor comum de peso específico para medição da capacidade
operacional de uma carregadeira de rodas. Assim, uma carregadeira de pneus
equipada com caçamba de 5,4 m³ terá uma capacidade operacional de: 1361 kg/m³
x 5,4 m³ = 9526 kg.

De acordo com a SAE, a capacidade operacional não pode ser superior a


50% da carga de tombamento.

Então, essa carregadeira com capacidade operacional de 9526 kg e uma


carga de tombamento de 22953 kg com a articulação máxima, terá capacidade
operacional abaixo de 50% da carga de tombamento (9526 kg/22953 kg = 42%). Se
estivesse acima de 50% dessa carga, a capacidade operacional precisaria ser
reduzida.

Força de tração

A força de tração é a força disponível nas rodas. Numa carregadeira, é


importante para o carregamento da caçamba e para a locomoção. A força de tração
usada para carregar a caçamba é chamada, normalmente, de força de escavação
(F3), que corresponde ao esforço para penetração com a caçamba em uma pilha de
material ou no local de escavação.

A força de desagregação é a força máxima que pode ser mantida de baixo


para cima num ponto situado a 100 mm para trás da extremidade da borda cortante.
É definida pela capacidade de elevar ou inclinar a caçamba em torno de um ponto
especificado, nas seguintes condições:

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 Transmissão em neutro
 Todos os freios liberados
 Unidade com o peso operacional e a traseira livre (não presa ao solo)
 Parte inferior da borda cortante paralela e a uma distância máxima de 25 mm
acima ou abaixo do nível do solo.

Quando for usado o circuito de inclinação da caçamba, o ponto especificado de


giro deverá ser o pino de articulação da caçamba, e a unidade deverá ser calçada
nesse ponto, de modo a reduzir a movimentação do braço.

Quando for usado o circuito de elevação, o ponto especificado de giro deverá ser
o ponto de articulação do braço de elevação. O eixo dianteiro deverá ser bloqueado
para eliminar a mudança de posição dos pinos devida á deflexão dos pneus.

Se os dois circuitos forem usados simultaneamente, deve-se especificar o ponto


principal de giro.

Se o circuito usado causar a elevação da traseira da máquina até que saia do


solo, a força vertical necessária para elevar a traseira será à força de desagregação.

Para caçambas de formato irregular, a extremidade da borda cortante referida


anteriormente deverá corresponder ao ponto mais avançado.

Na medição da capacidade de escavação de uma carregadeira, é preciso levar


em consideração outras forças, além da força de desagregação. O conjunto
coordenado de forças de escavação, conforme citado anteriormente, compreende:

 Força de escavação – força horizontal causada pela rotação da roda, fazendo


com que a caçamba penetre na pilha de material.
 Força de desagregação do braço – definida anteriormente
 Força de desagregação da caçamba – definida anteriormente

Todas essas forças atuam simultaneamente quando a máquina está em


operação. Embora a força de desagregação seja importante, ela é apenas um dos
fatores que afetam o desempenho da máquina como um todo.

Há quatro fatores inerentes de resistência que limitam a força e velocidade


máximas de uma pá carregadeira:

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 Atritos internos (atrito nos rolamentos, perdas de potência nas engrenagens,
arrasto do freio);
 Penetração no solo (usa-se normalmente, 2% de resistência para cada 25
mm de penetração);
 Resistência ao rolamento (resistência ao movimento da máquina dentro de
uma condição específica de trabalho, expressa como uma porcentagem da
capacidade de tração). Corresponde, normalmente, a 2% do peso total do
equipamento;
 Resistência de rampa, medida como porcentagem, dividindo-se a altura pela
distância (uma elevação de 5 m num percurso de 100 m corresponde a uma
resistência de rampa de 5%). Em descidas, ocorre uma assistência de rampa
(uma descida de 5 m em 100 m equivale a 5% de assistência de rampa. A
máquina deslizará se a assistência de rampa for maior que a resistência ao
rolamento.

3.2 PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO

A pá carregadeira foi projetada com base em princípios da fisica, dentre os


quais destacamos o princípio da hidráulica, com base na Lei de Pascal.

O enunciado da Lei de Pascal é:

―A pressão em torno de um ponto fluído contínuo, incompressível e em repouso é


igual em todas as direçoes, e ao aplicar-se uma pressão em um de seus pontos,
esta será transmitida integralmente a todos os demais pontos.‖

Na figura abaixo, com duas seringas de diâmetros diferentes, se aplicarmos


um deslocamento em um dos lados, o outro lado sofrerá um deslocamento
proporcional à relação dos diâmetros. Isso se deve à Lei de Pascal.

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3.3 PÁ CARREGADEIRA SOBRE PNEUS

A utilização das pás carregadoras, de forma generalizada, fez com que esse
tipo de equipamento evoluísse de uma forma muito rápida, existindo hoje, pás
carregadoras de grande capacidade.

As pás carregadoras montadas sobre pneus apresentam certas vantagens e


certas deficiências de operação, se comparadas as de esteira.

A vantagem reside na velocidade de deslocamento da máquina, o que resulta


em grande mobilidade, bem como a possibilidade de o equipamento se deslocar a
grandes distâncias pelas suas próprias forças, eliminando-se o custo elevado e as
dificuldades inerentes ao transporte em carretas, exigidos pelas máquinas de
esteiras.

Por outro lado a tração sobre pneus revela-se deficiente, especialmente na


fase da escavação, pois, em consequência dos elevados esforços a serem vencidos
pelas rodas motrizes, há o risco permanente do seu partimento.

Além disso, os terrenos fracos, de baixa capacidade de suporte, ou seu


umedecimento excessivo, devido às chuvas, causam ainda maiores problemas,
chegando, mesmo, a impedir o trabalho das máquinas de pneus. Nesse sentido, as
máquinas de esteiras são menos afetadas que as de pneus.

Em qualquer caso, contudo, as pás carregadeiras, por trabalharem,


diretamente sobre as superfícies são mais recomendadas para terrenos secos e

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duros, pois desta forma as esteiras ou rodas não causam danos à superfície
acabada.

3.3.1 Seleção de pás carregadeiras

Para selecionar a máquina indicada para um determinado serviço temos que


considerar as seguintes questões:

 Determinar a produção desejada;


 Determinar o tempo do ciclo da pá carregadeira e o número de ciclos por
hora. Um ciclo deve ser entendido pelo tempo que uma máquina demora a
carregar o material, transporta-lo, descarrega-lo e voltar ao ponto inicial.

Na ação de carregar o material levamos em conta condições em que esse


material se encontra:

 Material solto
 Material compactado
 Material compactado duro
 Material muito duro. Esse fator influencia o tempo de enchimento do balde.

Na ação de transporte, consideramos a distância e as condições do piso. Na


ação de descarga nunca podemos esquecer a altura necessária para executar esta
operação. Uma máquina pode ter a produção desejada, mas não poder descarregar
à altura pretendida.

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4. PREPARAÇÃO PARA OPERAÇÃO

 Antes de operar a máquina, leia


e entenda este manual.
 Nunca opere a máquina
enquanto estiver sob efeito de
bebida alcoólica, medicamento
ou outras drogas.
 Se vista adequadamente para
evitar situações perigosas.
 Conheça a área de trabalho e
as regras de segurança da
empresa.

4.1 PROCEDIMENTOS ANTES DE FUNCIONAR O MOTOR

ALERTA

Ao subir ou descer da máquina, sempre faça-o de frente para a mesma e utlize


os degraus e corrimãos. Sempre use as mãos e um pé ou ambos os pés e uma
mão. Não solte.

I. Faça primeiramente uma inspeção


visual da carregadeira e seus
compontentes. Dê uma volta ao
redor da máquina e anote as falhas
óbvias que possam ter ocorrido no
último turno, tais como peças
soltas, vazamentos. Os defeitos
devem ser corrigidos antes de dar
partida no motor.
II. As verificações e a manutenção diária devem ser concluídas.

NOTA:

Efetue as verificações e a manutenção numa sequencia que evite a você, subir


e descer da máquina repetidamente.

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Em adição à inspeção visual ao redor da máquina e execução das
verificações e manutenção diária, faça também as seguintes verificações:

 Trava da articulação central dos chassis na posição ―Destravado‖


 Calço das rodas removidos
 Chave desconectadora da bateria na posição ―Conecta‖
 Freio de estacinamento aplicado
 Alavanca de frente/ré na posição ―Neutro‖
 Alavancas de controle da caçamba e do braço na posição ―Neutro‖, estando a
caçamba apoiada no solo
 Assento ajustado e cinto de segurança afivelado.
 Teste as lâmpadas de advertência antes de dar partida no motor, girando a
chave de contato até a posição ―Ligada‖.

NOTA: Se alguma lâmpada de advertência não acender, a máqina não deve ser
colocada em operação até que a origem do problema seja identidica e corrigida.

Figura 3 : Painel de Instrumentos Pá Carregadeira Caterpillar 966M

Fonte: http://www.terraplenagem.net/analises/maquinas/pas-carregadeiras/caterpillar-966m/

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Quando verificar os níveis dos fluidos, a máquina deverá estar em solo plano.
Os níveis devem ser verificados de manhã, quando o fluido está frio e drenado nos
rescpectivos reservatórios. Isso não se aplica para a transmissão.

Leia o manual da máquina. Planeje o serviço a fim de evitar danos na


máquina. Registre os serviços executados. Reporte qualquer coisa / não
conformidade que necessite atenção.

4.2 DANDO PARTIDA NO MOTOR

ALERTA

Conheça as regras de seguraça de sua Empresa quanto à procedimentos especiais


que podem ser utilizados para alertas pessoas que estejam ao redor da máquina, da
sua inteção de dar partida no motor.

 Antes de dar partida, certifique-se de que a área ao redor da máquina está


limpa.
 Posicione a alavanca de controle direcional (frente/ré) em ―Neutro‖.
 Acione o botão da buzina.
 Gire a chave de contato para a posição II, sem acelerar o motor.

Obs: se o motor não começar a funcionar após cerca de 5 segundos, acione


lentamente o acelerador até o fim de curso. Assim que o motor começar a funcionar,
solte imediatamente a chave de contato e o acelerador, retornando-o à posição de
―marcha lenta‖, permitindo o inicio de atuação do encosto de débito máximo da
bomba injetora.

 Acelere levemente o motor.

4.3 REGARAS GERAIS PARA OPERAÇÃO

O conteúdo das páginas a seguir, tem a finalidade de fornecer informações,


as quais constituem um conjunto de regras para um deslocamento e operações
seguros da máquina. No entanto, estas regras não isentam o operador de obedecer
aos regulamentos locais ou outra legislação Nacional, referente à segurança de
trânsito.

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Estar alerta, bom sendo e respeito
pelos regulamentos de segurança que
se aplicam a diferentes tipos de locais
de trabalho, e aos regulamentos de
tráfego, são fatores que tornam
possível evitar riscos de acidentes e
que possibilitam uma operação segura
da máquina.

DEVERES DO OPERADOR

O operador deve conhecer e prestar atençao aos requisitos específicos e os


riscos nos locais de trabalho e quando estiver dirigindo sobre estrada pública. Isto
deve ser discutido com a chefia do local de trabalho. O operador, portanto, deve
estudar as regras abaixo, para ficar ciente de como evitar ferimentos e danos.

Ao deslocar-se em vias públicas, é aconselhável prender uma placa de


veículo de deslocamento lento em um local claramente visível, na traseira da
máquina.

Apenas pessoas treinadas devem dirigir e operar máquina.

Ao deslocar-se em vias públicas, o operador deve ser portador de carteira de


habilitação plena, conforme leis e regulamentos Nacionais. Ele deve estar
familizarizado com a operação e a manutenção da máquina. O operador não deve
operar a máquina se estiver se sentindo doente ou fadigado.

Permite-se acompanhantes, apenas se a máquina possuir assento para


passageiros, aprovado pela diretoria. Ninguém portanto, pode estar sentado ou de
pé em um local inadequado da máquina, isto é, sobre implementos (caçamba, garra
para tora, etc) ou outro implemento qualquer.

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5. DESLOCAMENTO DA MÁQUINA

ALERTA

Ao entrar e sair da máquina, utilize-se da escada e do corrimão. NUNCA PULE.

 Lave a máquina completamente, retoque a pintura onde necessário, para


evitar oxidação.
 Tampe a abertura do tubo de escape.
 Verifique todos os níveis de fluidos (hidráulicos, transmissão, eixos, óleo do
motor, radiador).
 Complete o tangue de combustível e o reservatório hidráulico.
 Aplique/ ajuste o freio de estacionamento.
 Proteja com graxa todas as superfícies de metal que não são pintadas
(hastes dos cilindros, entalhes dos eixos, cardans, articuladores, olhais da
válvula de comando da transmissão, etc.).
 Estacione a máquina numa posição que permita movimentos da mesma para
frente e para trás (para manutenção de máquinas estocadas).
 A chave desconectadora das baterias deve estar na posição ―Desconectada‖,
para proteção adicional, remova os cabos ―terra‖ das baterias.
 Calibre os pneus.
 Verifique o filtro de ar e linhas.
 Instale painéis laterais, no caso de estacioanr em área descoberta.
 As portas da cabine devem permanecer fechadas. Caso a cabine seja do tipo
abertura, utilize tampas protetoras impermeáveis.
 Remova todas as chaves.

TRANSLADO DA MÁQUINA SOBRE OUTRO VEÍCULO

Sempre embarque ou desembarque sobre uma superfície plana. Utilize


correntes adequadas, blocos, cabos, etc. para fixar a máquina no veículo
transportador. Verifique se a altura e a largura total da máquina permitirá transito
livre pelo percurso todo. Caso haja excesso de altura a cabine pode ser removida.

NOTA: É importante que você conheça a altura, largura e peso, quando for
transportar a máquina.

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Quando trafegando com a máquina de um local ou praça de trabalho para
outro local, são necessários cuidados especiais a fim de diminuir a possibilidade de
danos nos pneus e em outros componentes da máquina.

DESLOCAMENTO

 Certifique-se de que parabrisa e as janelas laterais estão limpas.


 Verifique a pressão no sistema de freio.
 Certifique-se de que todos os implementos soltos estão seguramente
ancorados.
 Feche as portas da cabine.
 Afivele o cinto de segurança.
 Mantenha a caçamba (ou implemento) inclinada totalmente para trás.
 Ajuste a velocidade de acordo com as condições da estrada.
 Lembre-se, é sua responsabilidade conhecer e seguir as leis e regulamentos
de trânsito.

É muito importante manter em mente, que a máquina, em comparação com o


resto do tráfego, é um veículo largo, de deslocamento, que pode causar obstruções.
Mantenha isto em mente, preste atenção ao tráfego atrás de você e facilite sua
ultrapassagem.

Ao trafegar sobre uma estrada pública, o implemento deve estar vazio e


abaixado na posição de transporte (30 a 40 cm) (12 a 16 pol) acima do solo.

Adapte a velocidade às condições da estrada, visibilidade e à carga. Note que a


reação da direção é afetada pela rotação do motor. Portanto, adapte a rotação do
motor de antemão, antes de fazer uma curva fechada.

Não acelere ou freie ao fazer uma curva em alta velocidade, pois a máquina
pode capotar (virar) ou a carga pode cair.

Cuidadosamente, siga as instruções aplicáveis para a mudança de sentido de


deslocamento, isto é, de frente para ré e vice-versa, de tal forma que a máquina não
dê tranco.

Não transite muito próximo à borda de um cais, rampa ou local similar. Tome
cuidado ao transitar por áreas identificadas como perigosas.

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Não passe sobre uma rampa sem antes certificar-se de que a mesma é larga o
suficiente, que suportará a carga e que está bem fixa.

Nunca desça uma ladeira com a alavanca de controle direcional em ―Neutro‖.


Reduza a marcha, ainda quando esta se aproximando da ladeira e diminua a
velocidade de tal forma que a máquina possa ser conduzida com segurança, sob
todas as circunstâncias. Ao subir ou descer uma ladeira íngreme, certifique-se de
que a carga esta voltada sempre para cima (caçamba inclinada para trás), em
direção ao topo da ladeira. Inclinações laterais acima de 16 graus devem ser
evitadas.

CARREGANDO E DESCARREGANDO

O operador é responsável pelo controle da máquina.

Transporte à carga, apenas se a mesma estiver segura. Não pode haver


nenhum risco da carga cair enquanto em trânsito. O operador tem o direito e o dever
de recusar uma carga que constitua uma ameaça óbvia à segurança.

OPERAÇÃO EM ÁREA COBERTA

A máquina somente poderá operar em áreas cobertas quando não houver


risco de existir uma concentração perigosa de gases de exaustão e se o edifício foi
aprovado pela diretoria para tal uso.

CARGA

Não exceda a carga máxima permissível sobre o solo.

A capacidade de carga máxima especificada da máquina não deve ser


excedida, preste atenção ao efeito das diferentes distâncias ao centro de gravidade
e a influencia que cada implemento pode ter sobre a estabilidade da máquina.

CONSIDERAÇÕES PARA TERCEIROS

Nenhuma pessoa pode entrar na área de trabalho da máquina quando em


operação, sem avisar o operador. Se uma pessoa entrar na área, para que possa
executar um determinado serviço, ele deve tomar cuidado e não passar atrás da
máquina desnecessariamente ou aparecer na área de perigo (sob uma carga
suspensa ou elevada).

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6. SEGURANÇA NA OPERAÇÃO
Toda pá carregadeira e/ou similar deve possuir:
 Sinal sonoro de Ré.
 Cinto de segurança.
 Sinal luminoso quando em locais com galpões.
 Quando em galpões fechados ser movida por gás veicular.
 Possuir extintor PQS.
 Quando em trabalho a céu aberto possuir teto de fibra ou metal.
 Possuir proteção frontal de vidro ou acrílico.

PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA:
 Fazer check list diário Para verificar condições do equipamento.
 Não manter a Pá carregada e suspensa quando o equipamento estiver
parado.
 Ao parar o equipamento certificar-se que o freio está acionado e o
equipamento esta em local plano com a Pá abaixada
 Usar os EPIs corretamente.
 Ao abastecer o equipamento durante o trabalho mantê-lo desligado e
preferencialmente afastar-se do equipamento.
 Pedir para o motorista do caminhão a ser carregado que saia da cabine e se
afaste.
 Somente pessoas Habilitadas e identificadas poderão operar a Pá
carregadeira.
 É proibido carona.
 Não transportar ou suspender pessoas com o auxilio da Pá.
 Qualquer alteração no seu funcionamento deverá ser comunicado ao superior
imediatamente.

QUANTO AOS EPIs


De ordem geral: De uso especifico:
Protetor auditivo. Óculos de proteção.
Luvas de raspa ou vaqueta. Capacete
Calçado de segurança.

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QUANTO A MOVIMENTAÇÃO

A força máxima e real da Pá carregadeira é no movimento de empurrar o


material com a pá abaixada. Porque é quando seu centro de gravidade está mais
bem apoiado.

A Pá carregadeira perde 40% de sua força de Sustentação quando esta no


movimento lateral, ou seja, se sua carga real é de 5000 k no movimento lateral essa
Carga cai para 3000 k porque seu centro de gravidade está deslocado.

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RISCOS DA OPERAÇÃO

A operação de Pás carregadeiras em terrenos muito inclinados pode provocar


o seu tombamento, pois o centro de gravidade dessas máquinas é muito alto. Outros
cuidados que o operador deve ter ao operar em terrenos inclinados são:

UTILIZAÇÃO

 A utilização correta das marchas ajuda os freios a conter o equipamento em


descida, principalmente quando engatado de implemento, carreta, etc.
 Ao desengatar máquinas e implementos do equipamento, principalmente em
subida, verifique se os mesmos estão corretamente calçados;
 Nunca use o ponto morto, principalmente em descidas;
 Utilize a embreagem de forma suave e devagar, especialmente em subidas;
 Não passe a marcha durante uma subida ou descida, mas sim antes de iniciá-
las;
 Calce e freie o equipamento, quando estiver parado, tanto em descidas como
em subidas;
 No caso de choque ou tombamento, desligue, imediatamente, o motor. Caso
contrário, poderá haver início de incêndio;
 Não trabalhe próximo a barrancos ou valas profundas. Se tiver de fazê-lo,
mantenha uma distância de, pelo menos, a altura do barranco ou vala, entre o
equipamento e o início da ribanceira.

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7. MANUTENÇÃO E REPAROS

Nenhum serviço deve ser executado na máquina até que você tenha adquirido o
conhecimento necessário.
Serviço de manutenção que não for
executado de forma correta podem
ocasionar situações perigosas. Tenha
certeza de que você tem
conhecimento suficiente, informações,
ferramentas e equipamentos corretos,
para desenvolver a manutenção de
forma segura. Repare ou substitua
ferramentas e equipamentos
quebrados.
Leia todas as placas e instruções localizadas na máquina e indicadas no
Manual do Operador, antes de começar a trabalhar na máquina. Cada uma das
instruções contém informações importantes sobre a operação e a manutenção.
Não use roupas folgadas ou soltas, ou adornos quando estiver operando ou
executando atividade de manutenção na máquina.

Sempre use capacete, óculos de segurança,


luvas, botina de segurança e outros
equipamentos de proteção individual, quando
necessário.

Quando for trabalhar perto da articulação dos chassis, a mesma deve estar
sempre travada. E quando o trabalho for sob os braços de elevação erguidos, os
braços devem ser mecanicamente bloqueados ou com a caçamba inclinada para
frente e apoiada no solo para impedir que os mesmos abaixem repentinamente.

Desligue o motor sempre que estiver efetivando serviços de manutenção na


máquina, a não ser que seja necessário o motor ligado, nessa situação se atente as
instruções do manual e dos procedimentos internos de segurança da empresa.
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Quando trocar o óleo do motor, do sistema hidráulico ou da transmissão, lembre-
se que o óleo poderá estar quente e causar queimaduras.

Todos os dispositivos de içamento devem obedecer às normas nacionais para


dispositivos de içamento.

Antes de remover tampas de cobertura de motor ou similares, desligue o motor.

Tenha certeza que nenhuma ferramenta ou outros objetos que possam causar
danos sejam esquecidos na máquina.

Alivie gratuitamente a pressão do sistema hidráulico antes de iniciar os trabalhos.

Todos os componentes pressurizados devem ser abertos cuidadosamente.

Quando procurar por vazamentos, use um pedaço de papel ou madeira, não use
a mão.

Nunca regule uma válvula de alivio para uma pressão maior do que aquela
recomendada pelo fabricante.

Antes de funcionar o motor em ambiente fechado certifique-se de que a


ventilação é suficiente para dar conta dos gases de exaustão.

Não fique atrás da máquina com o motor em funcionamento.

7.1 MEDIDAS PARA IMPEDIR UM INCÊNDIO

Sempre haverá risco de incêndio em veículos, equipamentos, máquinas,


contudo, saiba qual tipo de extintor usar, onde ele fica guardado na máquina e
principalmente, saiba usá-lo caso seja necessário diante de um princípio de
incêndio.
Por que o extintor é obrigatório em veículos?
Assim como o cinto de segurança, o encosto de cabeça, o retrovisor direito e
outros itens de segurança, o extintor de incêndio pode salvar vidas. Por este motivo,
ele é um item obrigatório desde 1968.

Nesse ano de 2015 entrou em vigor a alteração dada pela redação em 11 de


Novembro de 2009, pelo Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, onde foi
publicado a RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 333, DE 06-11-2009 que restabeleceu a
vigência da RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 157, DE 22-04-2004 dando nova redação

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ao artigo 8º que fixou especificações para os extintores de incêndio, sendo
equipamentos de uso obrigatório nos veículos automotores, elétricos, reboque e
semi-reboque, de acordo com o artigo 105 do Código de Trânsito Brasileiro a
Resolução do CONTRAN garante o fim das recargas de extintores veiculares.

O extintor do tipo ABC substitui os equipamentos com um ano de validade,


em todos os veículos brasileiros. A resolução 333/2009 do CONTRAN já está em
vigor. A medida garante o fim das recargas e obriga a troca do extintor no prazo de
cinco anos, conforme sua validade ou uso. Ficou definido que o extintor de incêndio
com carga de pó do tipo BC deve ser substituído, por extintor de incêndio novo com
carga de pó do tipo ABC, obedecendo as especificações da tabela 2 do anexo da
resolução em questão.

Esta alteração no pó do extintor foi realizada tendo em vista o tipo de


materiais os quais os veículos são fabricados. Num veículo existem líquidos
inflamáveis – gasolina, álcool – (classe B), equipamentos elétricos energizados –
bateria, parte elétrica – (classe C), mas também materiais sólidos – plásticos,
tecidos, borrachas, estofamentos – (classe A).

Mas o que é extintor ABC?

Um incêndio se caracteriza pelo tipo de material em combustão e pelo estágio


em que se encontra. Existem 3 classes de incêndio mais comuns, identificadas pelas
letras ―A‖, ―B‖ e ―C‖.

O novo tipo de extintor, com pó ABC apaga os três tipos de incêndio, com ele,
você não precisa identificar a classe do fogo antes de utilizar o equipamento.

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Qual a vantagem do Extintor ABC?

a) O pó ABC apaga todos os tipos de incêndio em carros com mais eficiência.


Ele é capaz de apagar chamas de até 2 metros (1-A) em sólidos, e 4 metros (5-B)
em líquidos inflamáveis.

b) Validade de 5 anos.

DICA: Observe a figura abaixo e aprenda como apagar o principio de incêndio em


veículos e/ ou máquinas.

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 Ao menor sinal de incêndio, e se o tempo permitir proceda conforme segue:
 Leve a máquina para longe da área de perigo;
 Abaixe o braço de elevação até o solo;
 Desligue o motor através do estrangulador e a seguir a chave de contato;
 Saia da cabine;

 Desligue a chave desconectadora das baterias;


 Inicie o combate ao incêndio e se necessário, chame os
bombeiros;

 Óleo diesel é inflamável e não deve ser usado para limpeza, ao invés, use um
solvente apropriado.
 Não fume ou acenda uma chama próximo a uma máquina durante o
abastecimento ou quando o sistema de combustível estiver desmontado.

Lembre-se de que alguns solventes podem causar irritações na pele e são


geralmente inflamáveis. Não aspire vapores dos solventes.

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7.2 CALIBRANDO OS PNEUS

 A máquina deve estar sem carga, quando calibrar os pneus;


 Quando encher um pneu equipado com aro bi-partido, fique ao lado do pneu.
Rodas equipadas com tal aro podem estourar, causando ferimentos e morte;
 Use um bico auto-travante com mangueira suficientemente longa para permitir
que você fique fora da trajetória quando encher um pneu com ar;
 Pneu sobressalente devem ser enchidos apenas com a pressão suficiente
para manter o anel de trava no lugar;
 Um pneu cheio pode desmontar-se quando não montado na máquina (isto se
aplica a alguns tipos de aros);
 Use sempre cabos ou correntes de segurança quando encher um pneu;
 Não corte ou solde o aro de uma roda quando o pneu estiver cheio. Caso
contrário, poderá ocorrer uma explosão, causando ferimentos e até mesmo a
morte;
 Não use rodas trincadas, amassadas ou recuperadas e ainda parte de rodas
de tamanhos diferentes, para evitar possíveis acidentes.

7.3 INSTRUMENTOS E CONTROLES

Importante:
 Não utilize a máquina enquanto você não estiver completamente familiarizado
com a posição e a função dos vários controles e instrumentos.
 Leia todo o material cuidadosamente.
 Olhe para os instrumentos frequentemente. Quaisquer leituras anormais
serão percebidas em tempo hábil e você poderá agir conforme necessário
para evitar a ocorrência de danos sérios.

Se qualquer lâmpada vermelha se acendeu ou permanece acessa, a máquina


deve ser parada imediatamente e a falha identificada e eliminada. Lembre-se que as
lâmpadas vermelhas existem por razões de segurança.
Se qualquer lâmpada amarela se acende ou permanece acessa, uma ação
corretiva será necessária, pois elas indicam operação anormal.

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A chave desconectadora da bateria e a chave de contato devem estar nas
posições ―ligada‖ quando estiver verificando a função dos controles e instrumentos
do painel.

INFORMAÇÕES GERAIS –
Para que a máquina trabalhe da forma mais econômica possível, é necessário
seguir criteriosamente o programa de manutenção preventiva, o qual inclui
lubrificação e várias verificações e ajustes.
Os intervalos recomendados para lubrificação e manutenção consideram
condições de trabalho e ambientes normais.
A maior parte dos serviços de manutenção é de simples execução e não
requerem explicações adicionais.
No entanto, em alguns casos, serão necessárias instruções mais detalhadas.

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8. COMO AGIR DIANTE DE UMA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Na ocorrência de um acidente na empresa, seja emergência de pequeno, médio


ou grande porte, a Brigada de Emergência deverá ser comunicada para que sejam
tomadas as medidas de controle da emergência, podendo ser prestação de
primeiros socorros e/ou combate a incêndio.

 Ter boa descrição do possível cenário do acidente e/ou vitima a partir da


análise de risco;
 Acionar a Brigada de Emergência para que a equipe responsável pela
execução das medidas de resgate e primeiros socorros entrem em ação;
 Ter conhecimento de primeiros socorros, conhecer os meios de salvamento;
 Recolher o máximo de informação acerca do local onde vai ser realizado o
salvamento.
 Verificar todas as condições e natureza do ambiente;
 Verificar todos os requisitos de segurança e também as condições
atmosféricas, (o ar).

EM CASO DE INCENDIO NA PÁ CARREGADEIRA, COMO AGIR?

Os incêndios podem ser:


 Fogo nos óleos e graxas;
 Fogo nas instalações e equipamentos elétricos.

Ao primeiro indicio de incêndio, acione a brigada de emergência como descrito


acima.
Para combater o fogo o operador deve conhecer o equipamento adequado e
saber manuseá-lo. Geralmente o extintor utilizado é o de Pó Químico Seco (PQS)
ABC que pode ser usado nas três classes de incêndios que envolvem a máquina
como já mencionado.

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9. CONCLUSÃO

O Curso de OPERADOR DE PÁ CARREGADEIRA ministrado pelo


SENAI/DR-GO procurou, em todo seu desenvolvimento, repassar conteúdos
teóricos e práticos de suma importância na formação de um profissional,
qualificando-o no que há de mais moderno no mercado e oportunizando a sua
inserção nele. O SENAI/DR-GO, através dos serviços prestados em qualificação de
mão de obra para a indústria, cumpre a sua missão, tornando as empresas goianas
mais competitivas, oportunizando ao seu aluno geração de renda e,
consequentemente, melhoria de qualidade de vida.

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REFERÊNCIAS

BRASIL, Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora 06 –


Equipamento de Proteção Individual. Disponível <
http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm> acessado em
25/08/2015 às 14:30.

_______Norma Regulamentadora 11 – Transporte, movimentação, armazenagem e


manuseio de materiais. Disponível < http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-
regulamentadoras-1.htm> acessado em 25/08/2015 às 15:45.

_______ Norma Regulamentadora 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e


Equipamentos Disponível < http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-
regulamentadoras-1.htm> acessado em 28/08/2015 às 16:30.

CONEJO, Gilson – Segurança na Operação de Pá Carregadeira e Tratores.


Disponível < http://www.prevencaonline.net/> acessado em 27/08/2015 às 22:45.

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