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TRANSTORNOS MENTAIS ORGÂNICOS

A principal relação entre os transtornos orgânicos é o


comprometimento orgânico.
DELIRIUM (estado confusional agudo):
Caracterizada pela alteração global das funções psíquicas. Idosos
(demência e acamado), mau prognostico.
Fisiopatologia: diminuição de acetilcolina no SNC.
Fatores de Risco: alterações da homeostase.
Causas: doença do SNC (ex.: epilepsia), doença sistêmicas (ex.:
insuf. Cardíaca), e intoxicação ou abstinência de agentes
farmacológicos ou tóxicos.
Clinica: Quadro agudo e flutuante: diminuição da atenção;
delírio/alucinação; diminuição do nível de consciência.
Diagnostico:
critérios da CAM-ICU: (1) Alterações aguda do estado mental ou
de curso flutuante e (2) Déficit de Atenção e (3) pensamentos
desorganizados e (4) alteração do nível de consciência.
Delirium = 1+2+ (3 ou 4).
Tratamento:
1- Tratar o fator desencadeante (doença de Base).
2- Antipsicóticos (ex.: Haloperidol) se agitação
3- Cuidados com o ambiente (ambiente tranquilo e sem
isolamento).
DEMÊNCIA
Caracterizada por múltiplos comprometimentos nas funções
cognitivas, sem alteração da consciência.
Memoria; linguagem; orientação, solução de problemas,
inteligência, percepção; atenção e concentração, jugamento e
habilidades sociais.
A principal causa de demência é a doença de Alzheimer (déficit de
memoria, desorientação, depender de terceiros, na fase avançada
pode haver perda do controle esfincteriano, com incontinência
urinaria, disfagia e convulsões).
Sintomas de demência: Inquietude e agitação; delírio paranoide e
alucinações visuais ou auditivas. Sintomas ansiosos e depressivos
podem fazer parte do quadro clinico.
Transtornos que podem produzir demência: Doença de
Alzheimer; demência vascular; drogas e toxinas; massas
intracranianas; transtornos metabólicos; LES.
Exames laboratoriais: hemograma completo; VHS, Glicemia, ureia
e creatinina, eletrólitos, hepatograma, hormônios tireoidianos,
dosagem de vit B12, sorologia para sífilis e HIV, TC crânio, ECG,
RNM crânio.
Diagnostico diferencial: Doença de Alzheimer (sinais neurológicos
focais); doença de pick (alterações comportamentais –
deterioração intelectual e afetiva, afasia e outras linguagem).
Demência de Huntington (demência + coreia + antecedentes
familiares).
PSEUDODEMÊNCIA DEMÊNCIA
- inicio mais facilmente - inicio insidioso
identificável - confabulação
- autor recriminação - Encobre os sintomas
- valorização dos - luta para realizar tarefas
sintomas. - despreocupados.
- Não se esforça para - afeto superficial.
realizar tarefas. - Piora noturna comum
- ansiosos quanto à sua (“efeito do por do sol”).
condição. - memoria remota mais
- Alterações afetivas. preservada que a recente.
- não há variação
noturna.
- Memoria recente e
remota igualmente
acometidas.
Classificação: subcortical ou cortical.
Subcortical → deteriorização intelectual, prejuízo cognitivo,
apatia e alterações motoras.
Cortical → amnésia, acalculia, afasia, apraxia e agnosia.
cortical subcortical
Alzheimer Biswanger
Vascular Parkinson
(menos Huntington
Biswanger) HIV
pick

Tratamento:
1- Medidas não farmacológicas: horários, higiene do sono.
2- Tratar comorbidades ou doença de base (fator causal). Ex.:
Antipsicoticos – se sintomas psicóticos Anticolinesterásico -
doenças degenerativas. Medicamentos: rivastigmina,
donepezila e galantamina.
3- Antiglutamato – memantina
DEMENCIA VADCULAR. Tto fator de risco e memantina.
DEMENCIA FRONTOTEMPORAL. Tto com Antipsicoticos atípico.
DEMENCIA DE LEWY. Tto com Anticolinesterásico e
Antipsicoticos atípico.
DEMENCIA ALCOOLICA. Tto suspender uso de bebidas e
antiglutamato (memantina).
DEMENCIA NA DOENÇA DE PARKNSON. Tto com
antiparksoniano Antipsicoticos atípico (quetiapina).
COREIA DE HUNTINGTON. Tto com anticolinergico e clozapina
( antipsicotico).
PSEUDODEMENCIA. Tto com antidepressivo.
TRANSTORNOS Mentais RELACIONADOS AO USO DE
SUSTANCIAS PSICOATIVAS
Depressoras → SNC do usuário p/ adaptação → fica estimulado
Substancias psicoativas
Estimulantes → SNC do usuário p/ adaptação → fica deprimido
A abstinência é o oposto do efeito da droga!
ALCOOL: Depressor do SNC
Intoxicação aguda: euforia, tontura, incordenação, confusão,
desorientação, disartria, anestesia, evolução clássica para estupor
e coma. Mecanismo protetor equivale a náusea e vômitos.
Abstinência: tremor (1ª manifestação), insônia, agitação (dura 5 a
10 dias). Hiperatividade simpática
➔ Delirium tremens: tremores, alucinações e ilusões,
diminuição do nível de consciência e confusão mental,
hiperatividade autonômica.
➔ Alucinose alcoólica: alucinações predominantemente
auditivas, sem rebaixamento do nível de consciência e s/
alterações autonômicas.
Transtorno amnéstico persistente;
➔ Síndrome de Wernick (SW): alteração precoce da falta de
tiamina (Vit B1); ataxia, confusão mental e alterações da
motilidade ocular extrínseca. É reversível.
➔ Síndrome de korsakoff (SK): alteração crônica da falta de
tiamina (Vit B1); pode ser uma evolução da SW; demência
com perda da memoria recente e confabulação; é
irreversível
Tratamento de ambas as síndromes é a reposição de tiamina
e benzodiazepínicos.

Tratamento:
Intoxicação aguda
1- Suporte: hipoglicemia
2- Repor timina
3- Antipsicótico (se alucinação)
Síndrome de abstinência
1- Benzodiazepínico
2- Repor tiamina
3- Antipsicóticos (se alucinação)
Interrupção do Hábito:
1- Terapia cognitiva-comportamental
2- Dissufiram (aversão ao álcool). 2ª linha
✓ Bloqueia a ação do ALDH, dessa forma bloqueando a
conversão de acetaldeido à acetato.´
3- Naltrexano (antagonista opiacio – hepatotoxico) 50 a 100
mg/dia. Não se deve utilizar junto a opiacios.
4- Acamprosato (antagonista NMDA glutamato).
Cocaína
Com prevalência 2:1 homens. Derivada da folha de coca
(Erytrhoxylon coca). Metabolitos podem ser detectados na urina
em até 10 dias após o consumo.
Mecanismo de ação: inibição da receptação de dopamina/
bloqueio da receptação da noradrenalina e da serotonina.

Sintomas: EUFORIA, IRRITABILIDADE, CAPACIDADE


COMPROMETIDA PARA CONCENTRAR-SE, COMPORTAMENTO
COMPULSIVO, INSONIA SEVERA E PERDA DE PESO.
Manifestações aguda: euforia, aumento do estado de vigília, da
autoestima, melhor desempenho de atividades físicas e psíquicas,
podendo haver delírios persecultorios e alucinações. E
hiperatividade autonômica (taquicardia, hipertensão arterial,
taquipneia, hipertermia, sudorese, tremor leve de extremidades,
tiques, midríase, espasmos musculares, vasos constrição. Além de
efeito anestésico.
Intoxicação aguda e overdose: irritabilidade, sintomas maníacos,
agitação, comportamento sexual compulsivo .
Abstinência: depressão pos-intoxicação (disfonia, anedonia,
ansiedade, irritabilidade, fadiga, hipersonolencia e agitação. Pode
haver ideação suicida
Sistema cardiovascular: angina pectoris, IAM e arritmias.
Sistema nervoso central: ocorre eventos vasculares cerebrais
isquêmicos, infartos hemorrágicos e medulares.
Morte: convulsões, depressões respiratória, doença
cerebrovasculares e Infarto do miocárdio.
Gravidez: baixo peso ao nascer, abortos espontâneos e déficits
cognitivos ao recém-nascido.
Complicações psiquiátricas agudas: transtornos de humor, podem
ir desde sintomas maníacos (intoxicação), há sintomas
depressivos (abstinência). Sintomas psicóticos (delírios
psecultorios, alucinações) e agitação extremas (benzodiazepínicos
e antipsicoticos -clorpromazina).
Tratamento: intervenção psicológica e grupo de apoio.
TRANSTORNOS RELACIONADOS A CANNABIS
Sinais: euforia; analgesia, anticonvulsivante e hipnóticos.
Intoxicação com cannabis: euforia, risos imotivados,
comprometimento da coordenação, sensação de lentificação do
tempo, prejuízo na memoria de curto prazo e retraimento social.
Efeitos físicos: hiperemia conjuntival, boca seca, taquicardia,
apetite aumentado, podendo ocorrer tontura, retardo
psicomotor, hipotensão ortostática. Pode haver depressão,
aumento da percepção de cores, sons, textura e paladar,
despersonalização, desrealização e ate mesmo sintomas
psicóticos (delírios persecutórios e alucinações).
Complicações:
Agudas: ansiedade; pânico ou sintomas psicóticos.
Crônicas: síndrome amotivacional e risco respiratório semelhante
ao causado pela nicotina.
Tratamento:
1- Abstinência e apoio.
2- Ansiolíticos – em caso de ansiedade
3- Antidepressivo – Sd amotivacional.
TRANSTORNOS RELACIONADOS A OPIOIDES
Qualquer substancia similar a morfina, que atua no SNC, órgãos
periféricos e intestino. Há cinco tipos de receptores específicos:
Um, Kappa, delta, épsilon e sigma.
Sintomas: euforia, sensação de calor, constipação, alterações na
frequenciia cardíaca, pressão arterial, e temperatura corporal.
A intoxicação aguda inclui graus progressivos de miose,
sedação/inconsciência, depressão respiratória, bradicardia
acentuada, convulsões, coma. TTO: suporte de vida e naloxone
(antagonista opioide). Tríade clássica de intoxicação: coma,
pupilas em ponta de alfinete, e depressão respiratória.
Síndrome de dependência: ansiedade, fissura, sudorese, midríase,
lacrimejamento, rinorreia, náuseas e vômitos, tremor, piloereção,
diarreia, espasmos e dor muscular, taquicardia, hipertensão
arterial, febre e calafrios, insônia.
Complicações: HIV, abscessos, e ulceras, tromboflebites,
endocardite, micro-infartos pulmonares, meningite bacteriana,
crises convulsivas, e hepatite.
Tratamento:
1- Tem como objetivo a abstinência.
2- Metadona – opioide sintética, deve ser dado na fase inicial
do tratamento para evitar sintomas de abstinência.
3- Suporte
TRANSTORNOS RELACIONADOS A ANFETAMINAS: a mais
conhecida no brasil é a 3,4-metilenedioxi-metanfetamina
(MDMA).
Indicações de anfetaminas: déficit de atenção, hiperatividade,
narcolepsia, e da obesidade, com restrição. Há aumento da
atividade autonômica. complicações agudas:inquitação,
irritabilidade, tremor, ansiedade, cefaleia, calafrios, vômitos,
sudorese.
O MDMA pode causar crises hipertensivas, precordialgias,
arritmias cardíacas, hepatitestoxicas, hipertermia, convulsões,
rabdomiolise e morte. Sintomas ansiosos e psicóticos agudos
podem aparecer. Sintomas depressivos e exaustão podem
suceder períodos de uso e abuso. Tratamento medicamentoso
dos sintomas de abstinência deve ser guiado pela clinica
individual. Podem serutilizados benzodiazepínicos de ação curta.
As complicações crônicas incluem psicóticos em usuários crônicos.
Há risco de suicídio.

TRANSTORNOS RELACIONADO A ALUCINOGENOS:


Os alucinógenos causam, além de alucinações, perda de contato
e uma expansão da realidade. Alucinógenos: cogumelos, cacto, e
LSD. Tem efeitos no sistema serotoninérgicos.
A intoxicação é definida por alterações comportamentais e
perceptuais mal adaptativas e por certos sinais fisiológicos:
ansiedade ou depressão acentuada, medo de perde o juízo,
ideação paranoide, comprometimento no julgamento,
intensificação subjetiva das percepções, despersonalizações
desrealizações, ilusões, alucinações auditivas, visuais, midríase,
taquicardia, sudorese, palpitação, visão turva, tremores,
incoordenação motora.
Comportamento suicida, transtorno depressivo, e transtornos do
pânico são complicações potenciais.
Tratamento:
1- Tranquilização do usuário de que os sintomas irão cessar
com o tempo.

TRANSTORNOS RELACIONADOS A INALANTES


Mecanismos de ação: depressores centrais
Clinica: sensação de euforia, desinibição, associada a tinidos e
zumbidos, ataxia, risos imotivados e fala pastosa. Manifestações
de depressão do SNC: confusão mental, desorientação e possíveis
alucinações visuais e auditivas. Há diminuição do estado de alerta,
incoordenação motora, inconsciência, convulsões, com e morte.
Arritmias devido a depressão cardíaca e respiratória.
Complicações: atrofia cortical e cerebelar, com empobrecimento
cognitivo, ataxia e sintomas relacionados ao nervos cranianos,
IRC, hepatites toxicas, náusea e vômitos, dores abdominais difusa,
diarreia, pneumonites química, tosse e brroncoespasmos
Tratamento:
1- Baseia-se na abstinência.

TRANSTORNOS RELACIONADOS AOS BENZODIAZEPINICOS


Propriedades farmacológicas: sedativos, hipnóticos, ansiolíticos,
relaxantes musculares e anticonvulsivantes
Efeitos colaterais: sonolência excessiva, piora da coordenação
motora fina, piora da memoria, tonteira, zumbidos, quedas e
fraturas, risco de dependência.
Síndrome de abstinência: 2 a 10 dias após suspensão. Pode haver
tremores, sudorese, palpitação, náuseas, vômitos, cefaleia, dores
musculares, insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração,
pesadelos, prejuízos de memoria, delirium, alucinações e
convulsões.
Tratemnto:
1- Redução gradual do BZDs
2- Suporte das comorbidades
3- Suporte psicológico

TRANSTOSNOS RELACIONADOS À NICOTINA


O componente psicoativo do tabaco é a nicotina, que tem seus
efeitos no SNC, agindo como um agonista nicotínicos de
receptores de acetilcolina.
Sintomas de abstinência: perturbação psicológica (humor
disforico ou deprimido, insônia, irritabilidade, frustação ou raiva,
ansiedade; inquietação, dificuldade para concentrar-se),
perturbações físicas (frequência cardíaca diminuída, aumento do
apetite ou ganho de peso).
A avaliação do grau de dependência à nicotina pode ser feita pelo
teste de Fagerstrom.
Os métodos de tratamento de primeira linha são a terapia de
reposição de nicotina e a terapia comportamental breve em
grupo.
1- Adesivos de nicotina e a goma de mascar.
2- BUPROPIONA – tratamento da fissura (15 ou mais), Ou
Vareniclina.
3- Clonidina e a Nortriptilina (essas duas últimas consideradas
de segunda linha).
4- Terapia comportamental cognitiva.

ESQUIZOFRENIA E OUTROS TRANSTORNOS PSICOTICOS


• Esquizofrenia: causa desconhecida, sintomas psicóticos que
prejudicam significativamente o funcionamento social, com
evolução crônica, e prognostico sombrio. São distúrbios
característicos do pensamento, da percepção e do afeto.
Pode ocorre déficit cognitivo com a evolução do quadro.
▪ Etiologia: estresse-diatese.
Os fatores estressore podem ser
1- Fatores genéticos: gêmeos monozigóticos; e risco
aumentado em parentes biológicos.
2- Fatores neurobiológicos: atividade dopaminérgica
exacerbadas.
3- Fatores psicossociais:
▪ Manifestações clinicas:
1- Personalidade pré-morbida: retraimento social e
emocional, introversão, tendência ao isolamento e
comportamento desconfiado e excêntrico.
Personalidade esquizoide ou esquizotipica.
2- Sinais e sintomas:
1. Aspecto geral: desleixada, comportamento agitado
ou violento em resposta alucinatórias. Quadros
catatônicos (posturas bizarras, mutismo,
negativismo e obediência automática).
Estereotipias, maneirismo, tiques, e ecopraxia.
2. Afetividade: embotamento e inapropriação do
afeto. Perplexidade, ambivalência ou instabilidade
afetiva.
3. Sensopercepção: alucinações auditivas, alucinações
cenestésicas
4. Pensamento: Delírios (persecultorios,
autorreferentes, religiosos ou grandiosos), delírios
de influencia. Pensamento desagregado e
afrouxamento dos nexos associativos, incoerência
e tangencidade.
5. Linguagem: neologismo e ecolalia, mutismo,
mussitação.
▪ Diagnostico: fenomenológico; os Quatros As de Bleuler
(associação, afeto, autismo, e ambivalência. Sintomas
acessórios ( delírios, sintomas catatônicos e as
alterações da memoria e da atenção.
Critérios Diagnostico de Kurt Schneider: sintomas de
primeira ordem (como percepção delirante, vozes que
dialogam entre si) e sintomas de segunda ordem
(perplexidade; alterações do humor depressivas e
maníacas).
Critérios diagnósticos CID – 10:
(a) Eco, inserção, irradiação ou roubo de pensamento
(b) Delírios de controle, influencia ou passividade.
(c) Vozes de comentam ou discutem entre si.
(d) Delírios persistentes de outro tipos.
(e)Alucinações persistente de qualquer modalidade.
(f) Interceptações ou bloqueio do pensamento.
(g) Comportamento catatônico.
(h) Sintomas negativos (apatia, pobreza do discurso,
embotamento).
Presença de, no mínimo, um dos sintomas pertencentes
ao grupo de (a) a (d), ou dois sintomas pertencentes ao
grupo de (e) a (h), durante pelo menos um mês.
O diagnostico de esquizofrenia não deve ser feito na
presença de sintomas maníacos ou depressivos nítidos.
A esquizofrenia não deve ser diagnosticada na presença
de transtornos mentais orgânico ou durante estado de
transtornos de intoxicação ou abstinência.
Desse modo as formas de esquizofrenia são:
1- Esquizofrenia paranoide: + comum, inicio mais tardio
que as formas hebefrênicia e catatônica. QC: ideias
delirantes de conteúdos persecutória, grandeza ou
místico, acompanhado de alucinações auditivas
(caráter ameaçador ou de comando) e
sensopercepção.
2- Esquizofrenia Hebefrenica: inicio na infância.
inadequação ou incongruência do afeto, com risos
imotivados e maneirismo. O delírio é fragmentado e
há grave desorganização do pensamento. Discurso
incoerente. Tendência ao isolamento social,
prognostico desfavorável devido a desestruturação
psíquica e a presença de sintomas negativo
(embotamento afetivo e perda da volição).
3- Esquizofrenia catatônica: distúrbios da
psicomotricidade (estupor, posturas bizarras,
mutismo, rigidez, flexibilidade cerea, obediência
automática, negativismo e estereotipias). Episódios
de agitação violenta e impulsividade. Diagnostico
diferencial: doença infeciosa e intoxicação
(neurolepticos).
4- Esquizofrenia indiferenciada:
5- Esquizofrenia residual: presença resistente de
sintomas negativos (retardo psicomotor,
hipoatividade, embotamento afetivo, falta de
iniciativa, descuido pessoal, isolamento social e
pobreza do discurso).
6- Esquizofrenia simples: inicio insidioso e progressivo
de conduta estranha e incapacidade para atender as
exigências da sociedade com declínio global do
desempenho. Aspectos negativos (embotamento
afetivo e perda da volição).
7- Depressão pós -esquizofrênica: designa o episodio
depressivo que ocorre ao fim de uma crise
esquizofrenica. Tem alto risco de suicídio.
▪ Tratamento
1- Antipsicoticos
1. Típicos – alta potencia: HALOPERIDOL 5-15
MG/DIA; FLUFENAZINA 5-15 MG/DIA.
2. Típicos – baixa potência: CLORPROMAZINA 300-
800 MG/DIA; LEVOMEPROMAZINA 100-
300MG/DIA
3. Atípicos: RISPERIDONA 2-8 MG/DIA; OLANZAPINA 5
– 20 MG/DIA; QUETIAPINA 300-400 MG/DIA;
CLOZAPINA 200-500 MG/DIA.
2- Estratégias psicossociais.

• Transtornos do movimentos induzidos por antipsicoticos:


▪ Acatisia aguda: transtorno do movimento caracterizado
por sensação subjetiva de inquietude interna e
irritabilidade ou disforia, que pode ser intensas.
Observam-se sensação física e objetiva de desconforto e
movimento alternados dos pes ou balanço alternado das
pernas quando sentado. Sintomas são motores e não
podem ser controlados pela vontade do paciente.
Tratamento: antipsicoticos ou betabloqueadores
(porpanolol 40-120mg/dia – VO) ou benzodiazepínicos
(clonazepam 2-6 mg/dia).
▪ Distonia aguda: são movimentos involuntários
provocados por contrações ou espasmos musculares
lentos e contidos. O tratamento: anticolinérgicos IM –
biperideno 4mg.
▪ Parknsonismo: transtornos do movimentos caracterizado
pela tríade: tremor, rigidez e bradicinesia. Tratamento:
antipsicoticos + biperideno 2-6 mg/dia.
▪ Discinesia tardia: movimentos tardios, irregulares,
involuntários, coreoatetoides e repetitivos. Sintomas
exarcebados ao extresse e cessados ao sono. Evolução
crônica de inicio insidioso. Tratamento: antipsicoticos.
▪ Sd neuroleptica maligna: é uma complicação muito grave
da terapia antipsicotica. Sintomas motores: acinesia,
mutismo, agitação, distonia e alterações do nível de
consciência. Sintomas autonômicos: febre alta, elevação
da PA, taquicardia e sudorese. Achados laboratorias:
aumento de CPK e leucocitose.
Tratamento:
1- redução ou retirada de antipsicoticos
2- suporte para monitorar equilíbrio hidroeletrolítico e
da função renal.
3- Agonistas dopaminérgicos (bromocripitina 2,5-10 mg,
VO, 3xdia). Associado a relaxantes musculares
(daltrolene 1-3 mg/4x dias, VO).
▪ Transtornos delirantes persistente: ideia delirante fixa e
inabalável. Delírios persecutórios, grandiosos, de ciúmes,
erotomaniacos. Isolamento social. Transtorno tende a ser
crônico e sem remissões.
Tratamento:
1- Antipsicoticos em baixas doses (pimozida)
2- E psicoterapia
▪ Transtornos esquizofreniformes: quadro idêntico ao da
esquizofrenia,com duração menor que um mês. Tratamento
com antipsicoticos.
▪ Transtornos esquizoafetivo: afeto e esquifrenia são iguais.
1- Antidepressivos
2- Estabilizadores do humor
3- Antipsicoticos p/ controle a curto prazo.
▪ Transtorno psicótico leve: é caracterizado por sintomas
que duram menos que um mês e ocorrem após um
estresse evidente na vida do paciente. A duração deve ser
maior que um dia e menor que um mês. Causa orgânicas
devem ser descartadas. Tratamento: benzodiazepínicos.
▪ Transtorno esquizotípico: inapropriação de afeto, com
tendência ao retraimento social, com comportamento
excêntrico e ideias bizarras.
TRANSTONOS DO HUMOR
Etiologia: fatores genéticos (a incidência nas famílias é maior do
que na população geral, e a concordância entre gêmeos
monozigoticos é maior do que nos dizigoticos). Fatores biológicos
(noradrenalina e a serotonina, dopamina, sistema gaba e
peptídeos neuroativos). Fatores psicossociais.
Manifestações clinicas:
▪ Síndromes depressivas: humor entristecido
1- Sintomas afetivos: tristeza, melancolia, choro e/ou apatia,
falta de sentimento, incapacidade de sentir prazer, tedio e
aborrecimento crônico, irritabilidade aumentada, angustia
ou ansiedade, desespero.
2- Alterações físicas: fadiga, cansaço, fácil e constante,
distúrbios do sono, perda aumentada do apetite/peso,
constipação, indigestão, distúrbios sexuais, palidez,
alterações na menstruaçao, cefaleia.
3- Distúrbios do pensamento: ideação negativa, pessimismo,
ideias de arrependimento e culpa, ideias de abandono e
autopunição, ideias de morte, desejo de desaparecer,
ideação, planos ou tentativas suicidas.
4- Alterações da autovaloração: sentimento de baixa
autoestima e desvalia, sentimento de vergonha,
autodepreciação e autoacusação.
5- Alterações da psicomotricidade e volição: aumento da
latência entre perguntas e respostas, lentififcação
psicomotora, diminuição do discurso, redução do tom de
voz, fala lentificada, mutismo, negativismo, ausência de
planos e perspectivas.
6- Alterações cognitivas: dificuldade de concentração e
esquecimento, dificuldade para tomar decisões (auditivas),
com conteúdos depressivos,
7- Exame Fisico: deprimido, cansado, preocupado, fraco
contato visual. Humo (triste e irritável), pouco cuidados com
a aparência e maior tendência ao choro, fala (monossilábica,
sem espontaneidade, monótona e com longas pausas),
pensamento (depressivo, hipocondríaco, menosvalia,
inferioridade e culpa), falta de energia e tendência ao
isolamento.
▪ Síndromes maníacas: euforia, alegria patológica.
Taquipsiquismo.
Aumento da autoestima; Intensa satisfação pessoal e bem-
estar exagerado; Elação; Sintomas vegetativos; Logorreia;
Pressão para falar; Distraibilidade; Irritabilidade e
arrogância; Agitação psicomotora e heteroagressividade;
Desinibição social e sexual; Hipersensualidade e
promiscuidade; Tendência exagerada a gastos excessivos,
descontrole dos impulsos; Delírios de grandeza ou de poder,
que podem estar associados a alucinações auditivas.
Diagnostico: fenomenológico

Classificação:
1- Transtornos depressivos:
1. Episodio depressivo: + 2 semanas. Episodio dura 3- 12
meses. Classificado na Cid 10: leve, moderado ou grave
2. Depressão endógena ou melancolia: anedonia, culpa
excessiva, piora pela manha, insônia terminal e
lentificação psicomotora.
3. Depressão atípica: ganho de peso, hiperfagia, aumento
do apetite, hipersonia e sensação de corpo muito
pesado. TTO: IMAO.
4. Depressão sazonal
5. Depressão pós-parto: inicio 4 semanas. Insônia
acentuada, instabilidade e fadiga ao suicídio.
6. Depressão psicótica: depressão grave, humor
congruentes, conteúdo incongruente com o humor,
delírios de perseguição, autorreferentes, paranoides.
7. Estupor depressivo: prevalece o negativismo. Ausência
de respostas ambientais, recusa alimentar e
permanência no leito por dias. Episodio depressivo
catatônico.
8. Pseudodemencia: transtorno depressivo maior que se
apresenta como disfunção cognitiva semelhante a
demência. Variação diurna, autorreprovação, agitação
psicomotora, valorização de sintomas.
9. Depressão dupla: paciente distimicos que
desenvolvem transtonor depressivo maior sobreposto.
Episódios maníacos
1- Episodio maníaco grave: taquipsiquismo, agitação
psicomotora, heteroagressividade, fuga de ideias e delírios
de grandeza.
2- Episodio maníaco irritado ou disforico: irritabilidade, mau
humor, hostilidade, heteroagressividade e destruição de
objetos.
3- Episodio maníaco: sintomas maníacos e depressivos.
4- Estupor maníaco: episódios depressivos; catatônicos:
maneirismo, ecolalia ou ecopraxia, negativismo.
5- Hipomania:
Transtorno bipolar
1- Transtorno bipolar tipo 1: episódios depressivos leves e
graves, intercalados com fase de normalidade e fases
maníacas bem caracterizadas.
2- Transtorno bipolar tipo 2: episódios depressivos leves e
graves, intercalados com fase de normalidade e seguidos de
fase hipomaniacas.
3- Transtorno bipolar de ciclagem rápida: episódios maníacos e
depressivos alternados, com intervalos de 48-72 horas.
4- Tratamento:
1. Olanzepina – mania aguda
2. Clonazepam e antipsicoticos
3. Carbonato de lítio: 1ª linha no tratamento e profilaxia do
transtorno bipolar, os níveis recomendado estão entre
0,6 e 1,2 mEq/l, dose inicial de 300 mg/dia e aumentando
gradativamente até manter a faixa terapêutica. Solicitar
exames laboratoriais antes de iniciar o tratamento.
Efeitos colaterais mais comuns: sede e poliúria,
alterações de memoria, tremores, ganho de peso,
sonolência, náuseas e diarreia. E hipotireoidismo.
Tratamento da intoxicação por lítio: monitorização da
litemia, manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico, uso
de diuréticos osmóticos e dialise.
4. Anticonvulsivante: valproato e carbamazepina
5. Antipsicoticos:
6. Clonazepam: se agitação ou insônia.
Tratamento
1- Hospitalização: necessidades de procedimentos
diagnósticos, risco de suicídio e homicídios e capacidade
reduzida de cuidados básicos.
2- Farmacoterapia:
1. Se não houver historia previa, deve-se utilizar como 1ª
escolha um ISRS ou tricíclico e monitorar por 2-3
semanas.
2. Depressão bipolar: lítio 1ª escolha.
3. Potencializar o efeito antidepressivo: L-triioditironina,
carbonato de lítio e 1-triptofano.
4. Trazodana (200-600mg/dia): depressão + insônia.
5. Venlafaxina (75-375 mg/dia): depressão ansiosa.
6. Mirtazapina (15-45 mg/dia): depressão em idosos.
7. Inibidores da MAO: tranilcipromina, moclobemida
(depressão atípica).
3- A eletroconvulsoterapia fica reservada aos casos de
transtorno depressivo grave com sintomas psicóticos e
refratário ao uso de antidepressivos.
Classe de antidepressivos e algumas drogas disponíveis:
1- Tricíclicos: amtriptilina (75-300), imipramina (150-300),
clomipramina , nortriptilina.
2- Inibidores da MAO: tranilcipromina, moclobemida.
3- ISRS: fluoxetina, paroxetina, sertralina, citalopram.
4- Outros: mirtazapina, venlafaxina, trazodana
Transtorno distimico: depressão leve de intensidade duradoura e
inicio insidioso. Amis comum em mulheres, frequente em pessoas
com historia de estresse prolongado ou perda súbita.
Compromete o desempenho e o relacionamento social.
Tratamento: antidepressivo e psicoterapia.
Transtorno ciclotimico: instabilidade do humor com alternância
de inúmeros períodos distimico ou de falta de interesse e prazer,
com episódios hipomaníacos. É uma condição crônica. As
mudanças de humor recorrentes podem provocar dificuldades
sociais e profissionais. Tratamento: estabilizadores de humor
(litio, carbamazepina e valproato) e psicoterapia.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE, DISSOCIATIVOS E SOMATOFORMES
A ansiedade é caracterizada por um sentimento vago, difuso e
desagradável de apreensão.
Sinais e sintomas:
Físicos: autonômicos (taquicardia, vasoconstricção, sudorese,
aumento do peristaltismo, náusea, midríase, piloereção,
vertigem). Musculares (doresm contraturas, tremor, tensão).
Cinestesicos (parestesias, calafrios, ondas de calor). Respiratórios
(sensação de sufocamento e asfixia).
Psíquicos: nervosismo, apreensão, insegurança, dificuldade de
concentração, sensação de estranheza, despersonalização e
desrealização.
I. Transtorno de pânico: ocorrência espontânea,
inesperada de ataques de pânico, de forma recorrente.
São ataques agudos e graves de ansiedade, de curta
duração. Pode ser acompanhado por agorafobia.
Mulheres (2:1) inicio médio aos 25 anos.
Etiologia: dióxido de carbono, bicarbonato e lactato,
atrofia temporal direito e fatores genéticos.
Diagnostico: Cid 10 exige que haja três ataques em três
semanas ou quatro ataques em quatro semanas.
Diagnostico de agoragobia: medo de surgimento de
sintomas incapacitantes ou constrangedores, ansiedade.
Características clinicas: primeiro ataque de pânico pode
ocorrer de forma espontânea, pode ter inicio após
exercícios físicos, trauma emocional, atividade sexual, ou
uso de substancias, com cafeína, álcool e outras. duração
de 20 a 30 mim.
Sintomas psíquicos: extremo medo e sensação de morte
e catástrofe iminentes; desrealização e
despersonalização.
Sintomas físicos: palpitações, sudorese, tremores , boca
seca, calafrios ou sensações de calor, sensação de falta de
ar ou de asfixia, dor ou desconforto torácico, náusea ou
dor abdominal, tontura e parestesias.
Tratamento:
1- antidepressivo – inibidores de receptação de
serotonina (paroxetina e sertralina) em doses mais
baixas.
2- Tricíclicos e benzodiazepínicos de ação curta
(alprozolam) – pode ser usados.
3- Psicoterapia.
II. Transtorno obsessivo compulsivo: existência de
pensamento obsessivos e comportamento compulsivo.
Etiologia: neurotransmissor envolvido é a serotonina.
Áreas acometidos é o córtex frontal, gânglios basais, e o
cíngulo. Mecanismos de defesa são, isolamento, anulação
e formação reativa.
Características clinicas: classicamente coexistem
sintomas obsessivos simultâneos as compulsões. Os
sintomas obsessivos são pensamento , impulsos ou
imagens recorrentes estereotipadas e de difícil
resistência, que levam a ansiedade. Compulsões
configuram comportamento ou atos mentais repetitivos,
que o individuo se sente compelido a executar como
resposta a um pensamento obsessivo, ou tentativa de
reduzir a angustia
Diagnostico: são baseados na presença dos pensamento
obsessivos recorrentes, e que causem ansiedade
significativa, ou sintomas compulsivos, executados na
tentativa de neutralizar os sintomas obsessivos.
Diagnostico diferencial: síndrome de tourette,
transtornos de tiques, epilepsia do lobo temporal,
esquizofrenia, fobias e transtornos depressivos.
Curso crônico.
Tratamento:
1- Antidepressivos: Clomipramina e ISRS – em doses
elevadas
2- Haloperidol e risperidona – antipsicoticos podem ser
usadas associadas aos antidepressivos
3- Psicoterapia cognitiva-comportamental.

TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA


Consiste em uma preocupação excessiva e abrangente,
acompanhada por uma variedade de sintomas somáticos, que
causam comprometimento significativo no funcional sócio –
ocupacional ou acentuado sofrimento.
Etiologia: neurotransmissor serotoninérgicos e gabaérgicos. Lobo
occipital, sistema límbico e o córtex frontal.
Características clinicas: ansiedade generalizada e persistente,
acompanhada de queixas que envolvem três áreas principais:
1- Tensão motora: tremor, abalos, tensão musculares,
inquietação, fadiga facial e dores.
2- Hiperatividade autonômica: palpitações, sensação de
asfixia, sudorese, mãos frias e úmidas, dificuldade de
deglutir, sensação de nó na garganta.
3- Vigilância: impaciência, sobressaltos, sensação de
incapacidade, dificuldade de concentração, insônia,
irritabilidade, lapso de memoria.
Diagnostico: ansiedade + preocupação excessiva por pelo menos
seis meses.
Curso é crônico e flutuante.
Tratamento:
1- Casos leves: somente psicoterapia e orientações gerais.
2- Antidepressivos tricíclicos que podem ser associados aos
benzodiazepínicos (diazepam)
3- Buspirona e ISRS também podem ser usados
FOBIA SOCIAL E ESPECIFICA
Etiologia: interação de fatores biológicos, genéticos e
ambientais. O sintoma fóbico estaria relacionado a expressão
consciência de conflitos inconscientes. O deslocamento é um
mecanismo de defesa.
Características clinicas: severa ansiedade, ataques de pânico.
Fobia social: circunscrita ou generalizada. Pode haver ansiedade
antecipatória.
Diagnostico: ocorrência de medo acentuado e persistente,
revelado pela presença ou antecipação do objeto ou situação
fóbica. Ataque de pânico e prejuízo social significativo.
Tratamento:
1- Psicoterápico
2- Fobia especifica: B-BQS
3- Fobia social:
1. Antidepressivos (ISRS e venlafaxina).
2. Betabloqueadores (atenolol e propranolol)
3. Benzodiazepínicos (Clonazepam e alprazolam)
TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS – TRAUMATICO (TEPTE).
Paciente pode apresentar sistemas de culpa, rejeição e
humilhação; comprometimento da memoria e atenção, revivencia
dolorosa do evento traumático, comportamento de esquiva ou
agressivo. Pode ocorrer ideação suicida. O curso é flutuante e
pode haver recuperação completa
Tratamento:
1- Antidepressivos (ISRS, principalmente a fluoxetina e
tricíclicos)
2- Psicoterapia.
TRANSTORNO MISTO DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO
Definido pela presença de sintomas depressivos e ansiosos
simultaneamente.
Tratamento: antidepressivos
TRANSTORNO DE AJUSTAMENTO
São estados de angustia, perturbações emocionais, alterações do
funcionamento e desempenho sociais que surgem em um período
de adaptação a uma mudança de vida ou em consequência de um
evento de vida estressante.
Sintomas: ansiedade, humor deprimido, perturbações de conduta
ou forma mista.
Tem bom prognostico
Tratamento:
1- Psicoterapia
2- Antidepressivos e ansiolíticos.
TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS OU CONVERSIVOS
Caracteriza -se por uma perda parcial ou completa da integração
normal entre as memorias do passado, da consciência de
identidade e sensações imediatas e controle dos movimentos
corporais.
1. Amnesia dissociativa: incapacidade de recordar informações
já armazenadas.
Tratamento:
1- Benzodiazepínico intravenoso
2- Psicoterapia
2. Fuga dissociativa: incapacidade de recordar informações já
armazenadas, acompanhado de uma afastamento físico de
seus lares, locais de trabalho, mantendo os cuidados, e
frequentemente assumindo nova identidade e ocupação.
Tratamento:
1- Benzodiazepínico intravenoso
2- Psicoterapia
3. Transtornos dissociativo de identidade ou transtorno de
personalidade múltipla: é crônico. Causa é um evento
traumático, abuso físico ou sexual na infância. Duas ou mais
identidades. É o mais grave dos transtornos dissociativos.
Como piora do quadro, as demais personalidade podem
apresentar perturbações distintas, como transtornos de
humor, de personalidade.
Tratamento: hipnose e psicoterapia.
4. Estupor dissociativo: bom prognósticos.
5. Transtornos de transe e possessão: pausa temporária tanto
do senso de identidade pessoal quanto da consciência plena
do ambiente. O individuo age como que tomado por uma
personalidade, espirito ou divindade. A atenção e
consciência litam-se aos aspectos do ambiente imediato,
ocorrendo, as vezes, repetidos movimentos, posições e
expressões vocais.
6. Transtornos dissociativos de movimentos e sensação
7. Síndrome de Ganser: consiste em uma produção voluntaria
de uma sintomatologia psiquiátrica grave. O paciente
produz respostas errôneas e falas despropositadas
8. Convulsão dissociativas ou pseudiconvulsoes: podem imitar
ataques epilépticos nos movimentos.
TRANSTORNOS SOMATOFORMES
1. Transtorno de somatização: múltiplos sintomas somáticos.
São queixas variadas e múltiplos sistemas orgânicos são
afetados, é um transtorno crônicos de evolução flutuante,
mulheres 20:1. Diagnostico: 2 anos de sintomas
inexplicáveis.
Tratamento:
1- Psicoterapia
2- Ansiolíticos ou antidepressivos – com o surgimento dos
sintomas.
2. Transtorno conversivo: define-se pela presença de um ou
mais sintomas neurológicos. Mulheres 2:1
Tratamento:
1- Psicoterapia: insight e terapia comportamental.
2- Hipnose e ansiolítico
3. Transtorno hipocondríaco: tem relação entre exacerbação
dos sintomas e estressores psicossociais. Interpretação
errônea de sintomas.
Tratamento:
1- Psicoterapia
2- Antidepressivos e ansiolíticos – quando transtornos
estiverem presentes.
4. Transtorno doloroso somatoforme persistente: a queixa
predominate é a dorm grave, persistente e angustiante. A
dor está associada a um conflito emocional ou psicossocial.
Mulher 2:1, quarta e quinta década de vida, comum em
trabalhadores braçais, muito comumente associados com
transtornos depressivos e ansiosos. Etiologia: serotonina.
Prognostico variável.
Tratamento:
1- Psicoterapia
2- Antidepressivos.
5. Transtorno dismorfico corporal: compreende -se em uma
preocupação com um defeito corporal imaginário ou uma
distorção exagerada de um defeito mínimo ou sem
importância. Curso crônico.
Tratamento:
1- Psicoterapia
2- Drogas serotonérgicas especificas.
6. Transtorno factícios (síndrome de munchausen): produzem
sinais de doença físicas ou mentais e apresentam de forma
enganosa sua historias. Tem como objetivo primário assumir
papel de paciente. Prognostico ruim.
TRANSTORNOS DA PERSONALIZADA
1. Transtornos de personalidade: definido como um conjunto
de traços emocionais e comportamentais que caracterizam
o individuo em sua vida cotidiana.
2. Transtornos da personalidade paranoide: sensibilidade
excessiva a contratempos e rejeições; tendência a guarda
rancores persistentemente, recusa a perdoas; desconfiança
e uma tendência a distorcer e interpretar erroneamente
ações neutra ou amistosas com hostis ou desonrosas; uma
suspeita recorrente, sem justificativa, sobre a fidelidade de
seu companheiro; tendência a explicações conspiratórias,
sem fundamento, de eventos ocorrendo próximo ao
individuo.
Tratamento:
1- Psicoterapia
2- Antipsicoticos e benzodiazepínicos – se agitação e
ansiedade.
3. Transtorno da personalidade esquizoide: poucas atividade
produzem prazer; frieza emocional, afeto distante ou
embotamento; capacidade limitada de expressar
sentimentos; preferencias por atividades solitárias; falta de
amigos ou de relacionamentos; comportamento
introspectivo e fantasioso.
Tratamento:
1- Psicoterapia
2- Antipsicoticos e antidepressivos
4. Transtorno da personalidade esquizotipica: crenças bizarras,
pensamento mágicos; experiências perceptivas incomuns,
incluindo ilusões; pensamento e discurso extravagantes;
desconfiança ou indicação paranoide.
Tratamento:
1- Psicoterapia
2- Antipsicoticos
5. Transtornos de personalidade antissocial: indiferença e
instabilidade pelos sentimentos alheios; irresponsabilidade
e desrespeito por normas, regras e obrigações sociais;
incapacidade de manter relacionamentos, embora não haja
dificuldade em estabelece-los; muito baixa tolerância à
frustações , com respostas agressivas, muitas vezes com
violência; incapacidade de experimentar culpa e apreder
com a experiência; propensão marcante em culpar os outros
e oferecer explicações racionais aos seus comportamentos.
Tratamento: psicoterapia.
6. Transtornos de personalidade emocional instável
(borderline): esforço frenético para evitar o abandono real
ou imaginado; comportamento suicida ou automutilante;
perturbação da identidade, autoimagem; relacionamentos
pessoais intensos e instáveis; forte impulsividade;
instabilidade afetiva; sentimentos crônicos de vazio;
dificuldade de controlar a raiva; ideação paranoide; severos
sintomas dissociativos. Curso estável.
Tratamento:
1- Psicoterapia
2- Antidepressivos e antipsicoticos – controle da raiva.
3- Anticonvulsivantes – para instabilidade emocional e
impulsividade.
7. Transtorno da personalidade histrionica: dramatização,
teatralidade, expressão exagerada das emoções;
sugestionabilidade; afetividade superficial e labil; procura
constante para ser o centro das atenções; comportamento
sedutor, inapropriado; preocupação excessiva com a
aparência.
Tratamento: psicoterapia
8. Transtorno da personalidade narcisista: sentimento
grandiosos da própria importância; preocupação com
fantasias de ilimitado sucesso, poder, inteligência ou beleza;
crença em ser especial, único; exigência de admiração
excessiva; é explorador de relacionamentos interpessoais,
tirando vantagens dos outros para atingir seus objetivos;
ausência de empatia, comportamento e atitudes arrogantes;
frequentemente sente inveja e se diz invejado por outros.
Tratamento:
1- Psicoterapia
2- Litio – quando há grande variação de humor.
9. Transtornos da personalidade anancastica (obsessivo-
compulsiva): sentimentos de duvida e cautela excessiva;
preocupação com regras, listas, ordem e organização;
perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas;
consciencioso em excesso; édantismo e aderência excessiva
as convenções sociais; rigidez e teimosia; intrusão de
pensamento ou impulsos insistentes e inoportunos. Curso
variável.
Tratamento:
1- Psicoterapia
2- Benzodiazepínicos e antidepressivos.
10. Transtorno da personalidade ansiosa, esquiva ou de
evitação: sentimento persistentes e invasivos de tensãoe
apreensão; crenças em ser socialmente inepto,
pessoalmente desisteressante ou inferior aos outros;
preocupação excessiva em ser criticado ou rejeitado em
situações sociais; relutância em se envolver com pessoas,
baixa autoestima; restrição no estilo de vida devido a
necessidade de segurança física; evitação de atividade
sociais e ocupacionais que envolvem atividades
interpessoais, por medo de criticas, desaprovação ou
rejeição.
Tratamento:
1- Psicoterapia
2- Antidepressivos e ansiolíticos para alivio dos sintomas.
11. Transtorno de personalidade dependente: deixar para
os outros tomarem a maioria das decisões em sua vida;
medos exagerados de incapacidade de se autocuidar;
capacidade limitada de tomar decisões cotidianas sem um
excesso de conselhos dos outros; preocupaçãoes com
medos de ser abandonado por uma pessoa com a qual tem
relacionamento intimo.
Tratamento:
1- Psicoterapia
2- Ansiolítico e antidepressivos – se sintomas de ansiedade
e depressão.
TRANSTORNOS ALIMENTARES
I. Anorexia nervosa: profunda perturbação da imagem
corporal e busca incessante da magreza, frequentemente
ao ponto de inanição.
Etiologia: fatores biológicos, psicológicos e ambientais
implicam a etiologia da anorexia nervosa.
Diagnostico e características clinicas: 10-30 anos.
Recusam ´se a comer (familiares ou públicos), perdem
peso por uma redução drástica, indução de vômitos,
abusam de laxantes e mesmo de diuréticos,
comportamento obsessivo -compulsivo, depressão e
ansiedade, tendência a ser rígidos e perfeccionistas.
Queixas somática: desconforto epigástrico. Furtos
compulsivos, perda do interesse sexual, história pre
mórbida de promiscuidade e abuso de drogas ou ambos.
Sinais físicos: hiportermia, bradicardia, hipotensão e
lanugem, e ocorre uma variedade de alterações
metabólicas. Algumas pacientes chegam a atenção
medica devido a amenorreia. Preocupar-se sempre com a
alcalose hipolemica, e observa comprometimento na
diurese.
Critérios diagnósticos para anorexia nervosa: recusa em
manter o peso ≥ à normalidade; medo intenso de ganhar
peso ou de se tornar gordo, mesmo estando com peso
abaixo do normal; perturbação no modo de vivenciar o
peso ou a forma do corpo; na mulher pós menarca,
amenorreia.
Especificar tipo:
1- Tipo restritivo
2- Tipo compulsivo periódica/purgativa.
Diagnostico diferencial: bulimia nervosa.
Curso e prognostico: curso varia de flutuante e
deterioração gradual. Em geral tem com prognostico.
Tratamento:
1- Hospitalização – se necessário
2- Terapia – individual e familiar
3- ISRS – em doses altas. Fluoxetina (60 mg/dia)
II. Bulimia nervosa: consiste de episódios recorrentes do
consumo de grandes quantidades de alimentos
acompanhado por um sentimento de perda de controle.
O individuo tem comportamento compensatório
recorrentes – como purgação, jejum, ou exercício
excessivo para evitar o ganho de peso.
Etiologia: biológica (neurotransmissores), sociais, e
psicológicas.
Diagnostico e características clinicas: episódios
recorrentes de complusão periódica; sentimento de falta
de controle; vômitos autoinduzidos, uso de laxantes ou
diuréticos; regimes rígidos; jejum ou exercícios vigorosos.
Preocupam – se com imagem corporal e com a aparência
acerca do modo como os outros os veem, e com a
atratividade sexual. Hipocalemia, alcalose hipocloremica,
fissuras gástricas ou esofagias. Transtornos de ansiedade,
transtorno bipolar I e transtorno dissociativos e historias
de abuso sexual.
Tem melhor prognostico do que a anorexia nervosa.
Tratamento:
1- Psicoterapia individual de enfoque cognitivo –
comportamental, terapia de grupo, familiar.
2- Antidepressivo: ISRS (fluoxetina > 60 mg/dia).
III. Transtorno de compulsão alimentar periódica
Critérios para pesquisas para transtorno de compulsão
periodica:
a- Episodio recorrentes de compulsão periodica: Ingestão
de alimentos em um período de tempo em
quantidades > que o normal; um sentimento de falta
de controle sobre o consumo alimentar durante o
episodio.
b- Os episódios de compulsão periodica estão associados
com três ou mais dos seguintes critérios: comer muito
rapidamente do que o normal; comer ate sentir-se
demasiadamente repleto; comer grandes quantidades
de alimento, quando não esta fisicamente faminto;
comer sozinho, em razão do embaraço pela
quantidade de alimentos que consome; sentir repulsa
por si mesmo, depressão ou demasiada culpa após
comer excessivamente.
c- Acentuada angustia relativamente à compulsão
periodica.
d- A compulsão periodica ocorre, em média, pelo menos
dois dias por semana, por seis meses.
e- A compulsão periódica não esta associada com o uso
de comportamento compensatórios inadequados.

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