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Administração Pública
Auditor Fiscal de Controle Externo do TCE-SC
Teoria e exercícios comentados
Prof. Herbert Almeida – Aula 00
AULA 00: Administração Pública, do modelo
racional-legal ao paradigma pós-burocrático.
SUMÁRIO
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primeiro contato com a Administração Pública ocorreu através das Forças
Armadas. Durante sete anos, fui militar do Exército Brasileiro, exercendo
atividades de administração como Gestor Financeiro, Pregoeiro, Responsável
pela Conformidade de Registros de Gestão e Chefe de Seção. Sou professor
do Tecconcursos das disciplinas de Administração Geral e Pública,
Administração Financeira e Orçamentária e, aqui no Estratégia Concursos,
também de Direito Administrativo. Além disso, no Tribunal de Contas,
participo de atividades relacionadas com o Direito Administrativo.
Ademais, os concursos públicos em que fui aprovado exigiram diversos
conhecimentos, inclusive sobre Direito Administrativo. Ao longo de meus
estudos, resolvi diversas questões, aprendendo a forma como cada
organizadora aborda os temas previstos no edital. Assim, pretendo passar
esses conhecimentos para encurtar o seu caminho em busca de seu objetivo.
Então, de agora em diante, vamos firmar uma parceria que levará você à
aprovação no concurso público para Auditor Fiscal de Controle Externo do
TCE-SC.
O edital do concurso trouxe o seguinte conteúdo para a nossa disciplina:
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benefício e análise custo-efetividade. 10.6 Indicadores de políticas públicas. 10.7
Coleta, análise e interpretação de informações quantitativas e qualitativas para
avaliação de programas governamentais. 11 O ciclo do planejamento em organizações
(PDCA). 12 Balanced Scorecard (BSC): principais conceitos, aplicações, mapa
estratégico, perspectivas, temas estratégicos, objetivos estratégicos, relações de
causa e efeito, indicadores, metas, iniciativas estratégicas. 13 Referencial Estratégico
das Organizações. 13.1 Análise de ambiente interno e externo. 13.2 Ferramentas de
análise de ambiente: análise swot, análise de cenários, matriz GUT. 13.3 Negócio,
missão, visão de futuro, valores. 14 Indicadores de desempenho. 14.1 Tipos de
indicadores. 14.2 Variáveis componentes dos indicadores.
(PDCA).
5 Comunicação na gestão pública e gestão de redes
organizacionais. 6 Governabilidade e governança. 6.1 29/01
Aula 5
Intermediação de interesses (clientelismo, corporativismo e
neocorporativismo).
12 Balanced Scorecard (BSC): principais conceitos, aplicações,
mapa estratégico, perspectivas, temas estratégicos, objetivos
estratégicos, relações de causa e efeito, indicadores, metas, 05/02
Aula 6
iniciativas estratégicas. 13 Referencial Estratégico das
Organizações. 13.1 Análise de ambiente interno e externo.
13.2 Ferramentas de análise de ambiente: análise swot, análise
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de cenários, matriz GUT. 13.3 Negócio, missão, visão de futuro,
valores.
8 Processo de formulação e desenvolvimento de políticas:
construção de agendas, formulação de políticas,
implementação de políticas. 10.3 Avaliação de programas e 12/02
Aula 7
projetos. 10.4 Tipos e modelos de avaliação de políticas
públicas. 10.5 Análise custo benefício e análise custo-
efetividade.
9 As políticas públicas no Estado brasileiro contemporâneo. 9.1
Descentralização e democracia. 9.2 Participação, atores sociais
e controle social. 9.3 Gestão local, cidadania e equidade social. 20/02
Aula 8
9.4 Corrupção e políticas públicas: fatores que influenciam a
incidência de corrupção e fatores que promovem a qualidade
das políticas públicas.
10 Planejamento e avaliação nas políticas públicas: conceitos
básicos de planejamento. 10.1 Aspectos administrativos,
técnicos, econômicos e financeiros. 10.2 Formulação de
programas e projetos. 10.6 Indicadores de políticas públicas. 29/02
Aula 9
10.7 Coleta, análise e interpretação de informações
quantitativas e qualitativas para avaliação de programas
governamentais. 14 Indicadores de desempenho. 14.1 Tipos
de indicadores. 14.2 Variáveis componentes dos indicadores.
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AULA 00
1
Paludo, 2013, p. 51.
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impermeabilidade à participação social-privada;
endeusamento do soberano;
corrupção e nepotismo;
caráter discricionário e arbitrário das decisões;
ausência de carreiras administrativas;
desorganização do Estado e da Administração;
cargos denominados prebendas ou sinecuras;
descaso pelo cidadão e pelas demandas sociais;
poder oriundo da tradição/hereditariedade.
Contudo, no momento em que o capitalismo e a democracia se tornam
dominantes, o mercado e a sociedade civil passam a se distinguir do Estado.
Nesta nova fase histórica, a administração patrimonialista torna-se
inaceitável.
2
Maximiano, 2011, p. 39.
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Portanto, para melhor entendermos essa Teoria, precisamos
compreender os três tipos de sociedade e depois os tipos de autoridade.
Weber distingue três tipos de sociedade3:
sociedade tradicional: predominam características patriarcais
e patrimonialistas, como a família, o clã, a sociedade medieval
etc.;
sociedade carismática: predominam características místicas,
arbitrárias e personalísticas, como nos grupos revolucionários,
nos partidos políticos, nas nações em revolução etc.; e
sociedade legal, racional ou burocrática: predominam normas
impessoais e racionalidade na escolha dos meios e dos fins, como
nas grandes empresas, nos estados modernos, nos exércitos etc.
Da mesma forma, Weber descreveu três tipos puros de dominação
(ou autoridade) e obediência. Autoridade é diferente de poder. Este se refere
ao potencial de exercer influência sobre as pessoas, ou seja, é a probabilidade
de impor a própria vontade dentro de uma relação social, mesmo contra
qualquer forma de resistência e qualquer que seja o fundamento dessa
probabilidade4. Melhor dizendo, o poder envolve a capacidade que uma
pessoa tem de impor a sua vontade diante de outra pessoa,
independentemente de seu consentimento.
Por outro lado, a autoridade se refere ao poder com legitimidade,
que é a capacidade de justificar o seu exercício. A autoridade legítima é aquela
que é aceita pelo subordinado e, quando proporciona o poder, conduz a
dominação. Assim, a dominação significa que as ordens, ou exercício da
vontade, do dominador influenciam a conduta dos dominados, constituindo,
por si mesma, uma norma de conduta que deve ser seguida pelos
subordinados. Nesse contexto, vejamos as contribuições de Chiavenato 5:
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3
Chiavenato, 2011, p. 242.
4
Weber, apud Chiavenato, 2011, p. 242.
5
Chiavenato, 2011, p. 243.
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Podemos concluir, portanto, que a dominação trata do exercício de poder,
aceito como válido pelos dominados como se fosse uma norma de conduta ou
obediência. Assim, da mesma maneira como fez com os tipos de sociedade,
Weber descreveu três tipos puros de autoridade ou dominação legítima,
vejamos:
Dominação carismática
Dominação tradicional
Dominação racional
6
Maximiano, 1997, p. 36.
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A tabela abaixo resume as características dos três tipos puros de
dominação legítima descritos por Max Weber7:
BASE DA CARACTERÍSTICAS
AUTORIDADE
A obediência deve- A
autoridade está na própria pessoa do líder, que demonstra, ou os
CARISMA
seguidores acreditam que ele tem, qualidades que o tornam admirado.
Exemplo: liderança política.
A obediência deve-se ao respeito dos seguidores às orientações que
passam de geração a geração. Os seguidores obedecem porque o líder (a
TRADIÇÃO figura da autoridade) aparenta der o direito de comando segundo os usos
e costumes.
Exemplo: autoridade na família.
A obediência dos seguidores deve-se à crença no direito de dar ordens
que a figura da autoridade tem. Esse direito é estabelecido por meio de
ORGANIZAÇÃO E
normas aceitas pelos seguidores e tem limites. A figura da autoridade
NORMAS
somente pode agir dentro dos limites de seu cargo ou bureau. Todas as
(RACIONAL)
organizações formais dependem dessa base de autoridade.
Exemplo: todas as organizações burocráticas.
7
Adaptado de Maximiano, 1997, p. 35.
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O poder racional-legal, conforme destaca o Plano Diretor da Reforma do
Aparelho do Estado (PDRAE)8, apresenta como princípios: profissionalização
dos servidores públicos, existência de carreiras; sistema hierárquico
instituído; impessoalidade e mérito para o ingresso e promoção nos cargos
públicos; e o formalismo (regras, leis).
Resumidamente, como vimos acima, podemos descrever como
características das organizações burocráticas a formalidade (existência de
normas racionais); impessoalidade (escolha das pessoas é baseada em
critérios técnicos e não políticos); existência de administradores
profissionais (ao invés de lugar da nobreza, os cargos públicos passam a ser
exercidos por pessoas capacitadas, profissionalizadas e que recebem salários
em troca de seus serviços). Vejamos com mais detalhes cada uma dessas
características da burocracia:
formalidade – as burocracias são essencialmente sistemas de
normas. A autoridade é definida pela lei, tendo como objetivo a
racionalidade da coerência entre meios e fins;
impessoalidade – o sistema se fundamenta nas leis e não nas
pessoas. Assim, os membros da sociedade devem obedecer ao direito
e não à vontade de outras pessoas. Numa relação entre chefe e
subordinado, a obediência decorre de uma norma, não do carisma ou
da tradição;
profissionalismo – as burocracias são formadas por funcionários, que
trabalham em troca de uma remuneração. As pessoas desenvolvem o
trabalho porque são contratadas para tal finalidade, desenvolvendo
atribuições previstas nas normas e recebendo remuneração em troca
do serviço realizado. O profissionalismo é marcado pela existência de
cargos e carreiras dentro dos escritórios.
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8
O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), editado em 1995 pela Câmara da
Reforma do Estado e tendo como líder o Ministro da Administração Federal e Reforma do Estado Luiz
Carlos Bresser Pereira, é um importante documento utilizado como referência na Reforma Gerencial de
1995. O PDRAE costuma ser utilizado frequentemente na elaboração de questões pelas bancas de
concursos. Quem tiver tempo, recomendo sua leitura integral: PDRAE.
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Impessoalidade
Formalidade
Profissionalismo
Disfunções da burocracia
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Merton, 1952, apud Chiavenato, 2011.
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I. internalização das regras e apego aos regulamentos: as regras
deixam de ser os meios e passam a se tornar os fins ou o objetivo final
das ações das pessoas. Os funcionários tornam-se especialistas pelo
conhecimento dos regulamentos, independentemente do
conhecimento das tarefas que executam. Assim, as regras e os
regulamentos tomam o espaço das tarefas e dos objetivos da
organização;
II. excesso de formalismo e de papelório: a necessidade de
documentar e formalizar todas as comunicações conduzem ao excesso
de formalismo e papelório. Essa, provavelmente, é a disfunção mais
gritante da burocracia;
III. resistências às mudanças: a rotinização, padronização e
previsibilidade fazem com que as pessoas se acostumem com a forma
de fazer as coisas. Seguir as normas é uma atividade que se torna
simples, passando segurança e tranquilidade para as pessoas. Assim,
as possibilidades de mudança são interpretadas como algo
desconhecido e, portanto, indesejável;
IV. despersonalização do relacionamento: decorre de impessoalidade,
que enfatiza os cargos e não as pessoas. Assim, os funcionários deixam
de se relacionar com pessoas e passam a se relacionar com os cargos
que exercem. É comum tratar os outros pelo seu cargo e até mesmo
por números de registro, prejudicando relacionamentos
personalizados;
V. categorização como base do processo decisório: por ser pautada
em hierarquia, o indivíduo que deverá responder por qualquer assunto
– mesmo que não o domine – é o superior hierárquico mais elevado.
Quanto a categorização, é entendida como uma classificação
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VII. exibição de sinais de autoridade: por trabalhar com o sistema
hierárquico, faz-se necessário mostrar claramente quem são os
“chefes” e para tal, são utilizados símbolos para a definição de cargos
como os uniformes, placas de identificação e até mesmo tipos de
mobiliário;
VIII. dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público:
devido ao exagero de regras e normas a que o funcionário é
apresentado, seu serviço fica voltado para o interior da organização e
dificulta o atendimento ao pessoal externo que é atendido de modo
padronizado – e por muitas vezes, lento – e com descaso para
situações pontuais. Dessa forma, o público que busca “um atendimento
mais personalizado” cobra por atitudes e o funcionário que segue as
regras “a risca” acaba por interpretar essa cobrança como uma ameaça
e uma afronta ao seu trabalho.
uma forma mais flexível, eficiente e produtiva. Nesse cenário, surge um novo
debate, a administração pública gerencial.
10
Bresser-Pereira e Spink, 2006.
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aspecto econômico, somam-se outros três fatores que intensificaram a crise
do Estado pós-moderno11:
crise fiscal – após décadas de crescimento, a maioria dos
governos não tinham mais como financiar seus déficits e os
contribuintes (tax payers) estavam insatisfeitos com o aumento de
cobranças sem correspondente fornecimento de serviços;
“ingovernabilidade” – por um lado os Estados estavam
sobrecarregados de atividades sem recursos para financiá-las e,
por outro lado, os grupos de pressão beneficiários desses serviços
não queriam perder as suas ‘conquistas’;
globalização e inovações tecnológicas – o aumento do poder
das grandes multinacionais e o enfraquecimento dos governos
ensejaram uma significativa redução do poder dos Estados
nacionais de ditar políticas macroeconômicas.
Como consequência, os governos perderam recursos e aumentaram seus
déficits. A reforma do Estado passou a ser indispensável, com prioridade para
a redução de gastos e aumento da eficiência. Assim, o antigo modelo
weberiano, considerado lento e excessivamente apegado às normas, torna-se
inadequado para este novo momento.
Nesse contexto, os governos Thatcher (Grã-Bretanha) e Reagan (EUA),
nos anos 80, foram os pioneiros de um movimento que podemos chamar de
Nova Gestão Pública (NPM – new public management), que se espalhou por
todo o mundo, como forma de combater a ineficiência da máquina pública.
Fernando Abrucio apresenta um quadro que resume três visões que se
sucederam no tempo como resposta ao modelo burocrático presente na Grã-
Bretanha entre os anos 80 e 90. Para fins de concurso, entenda os modelos
como as três expressões do gerencialismo ou da Nova Gestão Pública.
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11
Abrucio, 1997.
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razoável intercâmbio entre as teorias, particularmente com as duas últimas.
Vejamos em rápidas linhas a descrição de cada uma dessas perspectivas da
Nova Gestão Pública.
Gerencialismo puro
Consumerism
12
Abrucio, 1997.
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O consumerism evoluiu em relação ao modelo anterior, porém
apresentou algumas disfunções. A competição dentro da administração
pública fez com que as organizações que alcançavam os melhores resultados
passassem a receber mais recursos. O efeito foi que as instituições com piores
desempenho recebiam cada vez menos recursos, tendo severos impactos na
equidade dos serviços públicos. Ademais, as pessoas continuavam como
sujeitos passivos e não existia a preocupação com a accountability.
13
Martins, 1997.
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Administração Pública Gerencial - Emerge na segunda metade do
século XX, como resposta, de um lado, à expansão das funções
econômicas e sociais do Estado, e, de outro, ao desenvolvimento
tecnológico e à globalização da economia mundial, uma vez que ambos
deixaram à mostra os problemas associados à adoção do modelo
anterior. A eficiência da administração pública - a necessidade de
reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços, tendo o cidadão
como beneficiário - torna-se então essencial. A reforma do aparelho
do Estado passa a ser orientada predominantemente pelos valores da
eficiência e qualidade na prestação de serviços públicos e pelo
desenvolvimento de uma cultura gerencial nas organizações. (grifos
nossos)
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O conceito de qualidade também sofre uma grande revolução. Antes, um
programa de qualidade era aquele que atendia aos regulamentos, seguindo
rigorosamente os processos administrativos. No novo paradigma, a qualidade
passa a ser entendida com o atendimento das demandas dos cidadãos-
usuários. Ou seja, na administração gerencial um programa de qualidade é
aquele que resolve os problemas da população.
Outra característica marcante é que a desconfiança prévia, tão marcante
da burocracia, dá lugar a uma confiança, ainda que limitada, para os
servidores públicos. De acordo com o PDRAE,
O paradigma gerencial contemporâneo, fundamentado nos
princípios da confiança e da descentralização da decisão, exige
formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas,
descentralização de funções, incentivos à criatividade.
Contrapõe-se à ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia
tradicional. À avaliação sistemática, à recompensa pelo desempenho, e
à capacitação permanente, que já eram características da boa
administração burocrática, acrescentam-se os princípios da orientação
para o cidadão-cliente, do controle por resultados, e da competição
administrada.
14
LORIGADOS, Wilson; LIMA, Fernanda T; SANCHEZ Alessandra, 2003 (com adaptações), apud Paludo, 2013, p. 69.
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Combate ao Patrimonialismo Combate à Burocracia (ineficiência e
Motivação
(corrupção e nepotismo) rigidez excessiva)
1ª Fase: 1930-1945 – Burocracia
1967 – Primeiro Momento com o DL
clássica
Marcos 200 CF/1988 – retrocesso Burocrático
Criação do DASP-1936/1938
Históricos 1995 – Plano Diretor de Reforma do
2ª Fase: 1945 – até a reforma gerencial
Aparelho de Estado
de 1995
Desenvolvimentista (Estado
Papel do Estado Coordenação, Regulação, Fomento
empresário)
Tipo de
Direta Indireta (atuação predominante)
Administração
Foco Autorreferida (processos e tarefas) Usuário-Cidadão
Ênfase Meios Estrutura Organizacional Fins Resultados
Descentralização: Política para Estados
Centralização Política e Administrativa e Municípios, e Descentralização
Administrativa, Delegação e Outorga
Mais autonomia para Gerentes e
Formalismo e Padronização
Servidores
Normas e Regulamentos escritos Incentivo a Inovação
Principais Estrutura Hierárquica Flexível – com
Estrutura Hierárquica Rígida
Ideias redução de níveis
Critério Técnico de Seleção – Critério Técnico de Seleção –
profissionalismo profissionalismo
Competência Técnica e Meritocracia Competência Técnica e Meritocracia
Controle a priori dos processos Controle a posteriori dos resultados
Separação de Interesses – Público x Separação de Interesses – Público x
Privado Privado
Satisfação de seus interesses: bem;
Satisfação dos interesses da
Satisfação das necessidades do
Qualidade Organização: razoavelmente;
Usuário-Cidadão
Satisfação dos interesses dos Usuários:
toleravelmente
Melhora permanente dos Processos de
acordo com as demandas da sociedade
Comparações dos Resultados com
Ações para Melhora dos Processos de acordo com
outras organizações
Qualidade decisão dos Órgãos Centrais
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Treinamento para administrar sistemas
Algum mecanismo de coordenação e tomar decisões que afetam a gestão
de RH
Pequeno grau de desconcentração Remuneração por desempenho
Emprego estável – ingresso por (teoria15), carreiras horizontais,
concurso (em regra) e promoção por capacitação continuada, realocação de
antiguidade servidores conforme necessidades
Estratégico – com desenhos de novos
processos e modelos de
Tecnologia da Componente Instrumental – na busca
relacionamento entre governos, e com
Informação – TI de eficiência e no controle
clientes, fornecedores, cidadãos e
demais agentes
Administração de sistemas de
Administração Administração da Tecnologia da
informação e administração dos
da TI Informação na Era da Informação
recursos da informação
Utilização dos recursos de TIC para
aumento da eficiência, eficácia e
efetividade de toda a natureza; para
Utilização dos recursos de TI no
Governo formulação de políticas; para prestação
aumento da eficiência e da eficácia das
Eletrônico de serviços (internet, telefone etc.);
ações internas de natureza operacional
para aumento das práticas
democráticas e do exercício da
cidadania
Estrutura Estruturas burocráticas e Estruturas menos hierarquizadas e
Organizacional hierarquizadas Estruturas em rede
Estado/Governo Estado/Governo burocrático Estado-Rede
Comunicação Instrumental Participativa
Planejamento
Centralizado Democrático
Estratégico
15
O modelo gerencial propõe a remuneração variável por desempenho. Entretanto, diversas carreiras públicas estão
implementando a remuneração por subsídio, nos termos dos §§ 4º e 8º do artigo 37 da CF/88, que deve ser pago
em parcela única, sem adicionais. Assim, podemos dizer que a remuneração variável está mais na teoria do que na
prática, ocorrendo apenas em algumas situações pontuais.
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Burocrático Gerencial
Patrimonial
(a partir de
(até 1930) (1930-1995) 1995)
As datas marcadas acima não significam que os modelos foram abruptamente
superados, mas sim que ocorreram eventos que fizeram com que o modelo
subsequente passasse a ser implementado. Com efeito, nos dias atuais,
predomina o modelo gerencial, porém ainda persistem fortes características do
modelo patrimonial (como o nepotismo) e burocrático (como os controles de
processos).
Ademais, o modelo patrimonial existiu em diversos países, mas foi sendo
superado pela burocracia à medida que a industrialização e a ascensão da
burguesia passam a exigir um modelo mais organizado de Estado.
Por fim, sabe-se que a característica marcante do patrimonialismo era a
confusão do patrimônio público e privado do rei. Portanto, o item está correto.
Gabarito: correto.
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6. (Cespe – ATA/MDIC/2014) Desde 1930, têm sido desenvolvidas ações na
administração pública para que o modelo patrimonialista de gestão seja adotado pelo
Estado brasileiro.
Comentário: o modelo patrimonialista era o que predominava até a década de
1930. A partir daí, tentou-se implementar o modelo burocrático de gestão,
pautado no profissionalismo, impessoalidade e formalidade. Depois disso,
ocorreram tentativas de se superar o modelo burocrático, mas foi com o Plano
Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, em 1995, que de fato se iniciou a
reformulação da Administração para o modelo gerencial. Todavia, é possível
dizer que alguns resquícios do patrimonialismo sobrevivem até hoje, mas desde
a década de 1930 são desenvolvidas ações para superá-lo.
Gabarito: errado.
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d) No modelo de administração patrimonialista, em sua forma desorganizada, havia
clara distinção entre bens públicos e particulares.
e) Um aspecto fundamental que contribuiu para a melhoria da administração
patrimonialista foi o desenvolvimento de ferramentas para o controle dos abusos e da
pessoalidade.
Comentário: vamos analisar diretamente cada alternativa:
a) para Weber, o fundamento de tudo deveria estar na lei. Logo, não se poderia
excluir a legitimidade dos atos de gestão com base na lei, pois esta deveria ser
justamente a fonte de legitimidade dos atos de gestão – ERRADA;
b) essa é uma alternativa que pode causar muita confusão. Em tese, o primeiro
modelo de gestão de Estado foi o patrimonialismo. Todavia, o patrimonialismo
era marcado pela confusão do patrimônio público e privado do rei, não existindo
uma organização da administração pública. Assim, pode-se dizer que o primeiro
modelo organizado de administração do Estado foi o burocrático. Logo, essa
opção (também) estaria correta. Contudo, a banca deu o item como errado.
Vamos analisar, logo abaixo, que há uma alternativa “melhor” que essa. Porém,
se ela fosse aplicada em uma prova de verdadeiro ou falso, certamente eu
também a marcaria como correta. Porém, para a prova, devemos considerar que
o Cespe entende que o modelo burocrático não é o primeiro modelo organizado
de Estado – logo, devemos deduzir que o primeiro modelo organizado seria o
patrimonialismo – ERRADA;
c) essa alternativa reflete justamente as características do modelo burocrático:
ideia de carreira, hierarquia funcional, impessoalidade, formalismo e
desenvolvimento da profissionalização. Essa alternativa é “melhor” que a
anterior, por isso constitui o nosso gabarito – CORRETA;
d) no patrimonialismo, não havia distinção entre o bem público e o privado –
ERRADA;
e) o controle de abusos e da pessoalidade (que deveria ser substituída pela
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d) burocrático.
e) neoliberal
Comentário: vamos começar pelos ensinamentos de Bresser-Pereira e Motta16
ao falarem do modelo de administração burocrática:
São três as características básicas que traduzem o seu caráter
racional: são sistemas sociais (1) formais, (2) impessoais, (3)
dirigidos por administradores profissionais, que tendem a
controla-las cada vez mais completamente.
16
Bresser-Pereira e Motta, 2004.
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público deve ter autonomia para gerir os recursos humanos, materiais e financeiros
colocados à sua disposição, a fim de que os objetivos contratados e a finalidade
pública sejam atingidos.
Comentário: no gerencialismo, entende-se que os gestores devem receber,
ainda que de forma limitada, um grau de confiança, permitindo que atuem com
maior autonomia para gerir os recursos em troca do compromisso de atingir os
resultados pactuados.
Gabarito: errado.
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Gabarito: correto.
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18. (Cespe – Técnico/MC/2013) Uma das características da administração pública
patrimonialista é a ausência de carreiras administrativas definidas em sua estrutura
organizacional.
Comentário: no patrimonialismo, não existiam carreiras profissionais. Os cargos
públicos eram ocupados por amigos do rei, sendo considerados prebendas ou
sinecuras.
Gabarito: correto.
17
Paludo, 2012, p. 64.
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perder de vista a obrigação de utilizar os recursos de forma eficiente. Assim,
embora o modelo gerencial incorpore mecanismos típicos do setor privado, não
são exatamente os mesmos pressupostos.
Gabarito: errado.
b) burocrática.
c) sistêmica.
d) científica.
e) das relações humanas.
Comentário: são características da burocracia segundo Max Weber18:
caráter legal das normas e regulamentos;
caráter formal das comunicações;
18
Chiavenato, 2012.
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caráter racional das comunicações;
impessoalidade nas relações;
hierarquia de autoridade;
rotinas e procedimentos padronizados;
competência técnica e meritocracia;
especialização da administração;
profissionalização dos participantes; e
completa previsibilidade do funcionamento.
Tais características, por excessividade e pouca flexibilidade, não consideram
aspectos como a remuneração variável (baseada no desempenho) e também não
leva em conta as diversidades do ambiente em que se insere.
Vejamos um pouco sobre as demais alternativas:
a) errada: o modelo contingencial salienta que não há nada de absoluto nas
organizações, tudo varia de acordo com as situações.
c) errada: a abordagem sistêmica se baseia na compreensão da dependência
recíproca de todas as disciplinas, ou seja, a integração sistemática entre
diversas disciplinas.
d) errada: a administração científica surgiu dos ensinamentos de Taylor como
uma forma de diminuir os desperdícios e aumentar a eficiência a partir das
tarefas (nível operacional). Tinha como princípio a divisão do trabalho dos
operários (especialização).
e) errada: a teoria das relações humanas surge da necessidade de corrigir a
tendência à desumanização do trabalho advinda dos princípios da
Administração Científica. Nesse contexto, esta teoria aplica os novos conceitos
das ciências humanas aplicadas às organizações industriais.
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Gabarito: alternativa B.
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administração. No momento em que o capitalismo e a democracia se
tornam dominantes, o mercado e a sociedade civil passam a se
distinguir do Estado. Neste novo momento histórico, a administração
patrimonialista torna-se uma excrescência inaceitável.
Percebam que, nesse modelo, o “gestor” não age em prol da sociedade, pois o
patrimônio público é confundido com o patrimônio do Rei, que atua no interesse
próprio e de pequenos grupos que o apoiam.
Por esse motivo, o modelo patrimonialista foi substituído (em tese) pela
administração burocrática weberiana.
Gabarito: errado.
Gabarito: correto.
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Paludo, 2013.
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dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se
claramente o nível de direção do de execução;
da Administração Federal para a das unidades federadas, quando
estiverem devidamente aparelhadas e mediante convênio; e
da Administração Federal para o setor privada, mediante contratos ou
concessões.
Ainda nesse sentido, o Estado deve diminuir sua intervenção direta na
economia, aumentando a participação da sociedade e do mercado.
Gabarito: errado.
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35. (Cespe - AJ/CNJ/2013) De acordo com a nova gestão pública, o governo deve
adotar, além de técnicas de gestão de negócios, valores relativos aos negócios, dos
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quais derivam práticas que foram propostas desde a gestão científica até a gestão da
qualidade total.
Comentário: a administração gerencial incorporou mecanismos típicos do setor
privado como as técnicas e valores relativos aos negócios. Até aqui está fácil. A
segunda parte fala que dos valores relativos aos negócios derivam práticas que
foram propostas desde a gestão científica (de Frederick Taylor) até a gestão da
qualidade total. A administração é uma ciência só, apenas apresenta algumas
divergências entre os setores público e privado. Assim, diversas práticas foram
incorporadas na gestão de negócios desde Taylor até a qualidade total. O item
está perfeito.
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Gabarito: correto.
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40. (Cespe – Agente Administrativo/TCE-RO/2013) O controle dos abusos contra o
patrimônio público é uma das características almejadas pela administração pública
burocrática.
Comentário: a administração pública burocrática substituiu o patrimonialismo e
almejou acabar com a confusão entre o patrimônio público e o privado. Assim,
pode-se afirmar que o controle dos abusos contra o patrimônio público é uma
das características desejadas pela burocracia weberiana.
Gabarito: correto.
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Bresser-Pereira, 2006.
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No Brasil, a percepção da natureza da crise e, em seguida, da
necessidade imperiosa de reformar o Estado ocorreu de forma
acidentada e contraditória, em meio ao desenrolar da própria crise.
Entre 1979 e 1994 o Brasil viveu um período de estagnação da renda
per capita e de alta inflação sem precedentes. Em 1994, finalmente,
estabilizaram-se os preços através do Plano Real, criando-se as
condições para a retomada do crescimento. A causa fundamental
da crise econômica foi a crise do Estado – uma crise que ainda
não está plenamente superada, apesar de todas as reformas já
realizadas. Crise que se desencadeou em 1979, com o segundo
choque do petróleo.
Os anos 70, 80 e 90 foram marcados por intensas crises, tendo como causa
fundamental a ineficiência do Estado.
Gabarito: correto.
Tendo em vista que a administração pública é uma matéria essencial para a efetivação
das políticas públicas e para a gestão governamental, julgue o item a seguir.
44. (Cespe – AJ/TRT-10/2013) A moderna gestão pública trata essencialmente da
eficiência e da eficácia do sistema de administração governamental.
Comentário: a moderna gestão pública vai além da eficiência e da eficácia, trata
da efetividade da ação governamental. Basicamente, a eficiência é a relação
entre insumos (recursos) consumidos e produtos gerados. A eficácia é o alcance
de metas e objetivos. A efetividade representa os impactos ou resultados na
população alvo. Essa última avalia o quanto os programas de governo mudaram
a qualidade de vida da população.
Gabarito: errado.
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47. (Cespe – Técnico/MPU/2013) Segundo a concepção burocrática de
administração pública, o modo mais seguro de evitar o nepotismo e a corrupção no
serviço público é por meio do controle rígido dos processos e procedimentos.
Comentário: para a concepção burocrática o combate ao nepotismo e a
corrupção só pode ocorrer através de rigorosos instrumentos de controle de
processos e procedimentos, realizados a priori.
Gabarito: correto.
Concluímos por hoje. Este será o modelo de nossas aulas. Espero que
tenham gostado de nossa metodologia.
No próximo encontro, iremos estudar a evolução da administração
pública brasileira.
Espero por vocês!
Bons estudos.
HERBERT ALMEIDA.
http://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorProfessor/herbert-almeida-3314/
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4. (Cespe – ATA/Suframa/2014) No Estado patrimonial, a estrutura pública é tida
como extensão do poder do soberano, de modo que seus servidores possuem status de
nobreza.
5. (Cespe – Agente Administrativo/Suframa/2014) O modelo burocrático de
organização, em que predominam as rotinas e procedimentos estabelecidos nos cargos,
constitui referencial de gestão em que as pessoas fazem o que lhes é imposto e não o
que preferem.
6. (Cespe – ATA/MDIC/2014) Desde 1930, têm sido desenvolvidas ações na
administração pública para que o modelo patrimonialista de gestão seja adotado pelo
Estado brasileiro.
7. (Cespe – Técnico/ICMBio/2014) As teorias das organizações, além de contribuírem
para o modelo brasileiro de administração pública, especialmente a teoria da burocracia,
ajudaram a despertar novos enfoques sobre a motivação humana. A respeito desse
assunto, julgue o item subsecutivo.
A administração pública burocrática se preocupa com o processo legalmente definido
por meio de normativos; a administração pública gerencial é orientada mais para
resultados.
8. (Cespe – Técnico Judiciário/TJ-CE/2014) Com relação aos modelos de gestão
pública patrimonialista, burocrático e gerencial, assinale a opção correta.
a) A organização dos sistemas para o gerenciamento da administração pública
fundamenta-se na teoria desenvolvida por Max Weber, excluindo-se, ainda conforme a
teoria de Weber, a legitimidade para a prática dos atos de gestão com base na lei.
b) O modelo de administração burocrático é considerado o primeiro modelo organizado
de administração do Estado.
c) A ideia de carreira, a hierarquia funcional, a impessoalidade, o formalismo e o
desenvolvimento da profissionalização constituem princípios orientadores da
administração burocrática. 00000000000
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d) burocrático.
e) neoliberal
10. (Cespe – Técnico/TJ/2012) A respeito das reformas administrativas e da nova
gestão pública, assinale a opção correta.
a) A nova gestão pública reúne características positivas dos modelos patrimonial e
gerencial de administração pública.
b) A última reforma administrativa que se têm notícia no Brasil foi aquela baseada nos
princípios burocráticos estabelecidos pelo presidente Vargas.
c) A administração pública gerencial é multifuncional, define indicadores, mede e analisa
resultados, foca no cidadão e procura flexibilizar as relações de trabalho.
d) O modelo de administração pública burocrático é orientado para resultado, concentra-
se no processo, controla procedimentos e possui alta especialização.
e) A reforma administrativa resultante da independência do Brasil apresentou o
patrimonialismo como modelo de administração pública, que, apesar de superado, ainda
revela grande importância no governo do país.
11. (Cespe – Técnico/TJ/2012) Assinale a opção que corresponde ao modelo de
administração pública cujo clientelismo é característica predominante.
a) neoliberal
b) patrimonial
c) ditatorial
d) democrático
e) gerencial
12. (Cespe – Analista/ANAC/2012) De acordo com o modelo patrimonialista, o gestor
público deve ter autonomia para gerir os recursos humanos, materiais e financeiros
colocados à sua disposição, a fim de que os objetivos contratados e a finalidade pública
sejam atingidos.
13. (Cespe – Analista/ANAC/2012) O modelo gerencial compreende a implementação
de conceitos como o de accountability na administração pública.
14. (Cespe – Analista/ANAC/2012) O modelo burocrático adotado no Brasil
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mecanismos de controle e de preservação do uso indevido dos bens do Estado pelos
servidores.
18. (Cespe – Técnico/MC/2013) Uma das características da administração pública
patrimonialista é a ausência de carreiras administrativas definidas em sua estrutura
organizacional.
19. (Cespe – Técnico/MC/2013) Uma organização pública com base no modelo
patrimonialista apresenta grande permeabilidade à participação social-privada na
instituição.
20. (Cespe – Técnico/MC/2013) Uma organização pública que adota os pressupostos
da administração burocrática busca combater o nepotismo na instituição.
b) burocrática.
c) sistêmica.
d) científica.
e) das relações humanas.
26. (Cespe – Técnico/TRE/2011) O gestor público que se pauta pelo modelo
patrimonialista age de acordo com o princípio que preconiza ser o Estado aparelho que
funciona em prol da sociedade.
27. (Cespe – Analista/TRE/2011) No modelo gerencial, a governança constitui
importante ação governamental, visto que propõe a ampliação do papel da sociedade
civil organizada e a diminuição do tamanho do Estado.
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28. (Cespe – Analista/TRE/2011) As principais tendências do modelo gerencialista de
administração pública incluem centralização administrativa e política e manutenção de
funções do Estado, sem qualquer autonomia para o mercado e a sociedade.
29. (Cespe – Analista/TRE/2011) Enquanto o modelo burocrático utiliza o controle
rígido para combater a corrupção, o modelo pós-burocrático adota meios como
indicadores de desempenho e controle de resultados.
30. (Cespe – Analista/TRE/2011) Depois da reforma gerencial do Estado, adotou-se o
controle por resultados nos serviços públicos, fato que acarretou aumento do grau de
centralização das atividades exclusivas do Estado.
31. (Cespe – Analista/TRE/2011) O estado de bem-estar, que considera como foco da
gestão pública o atendimento ao cidadão-cliente, deve evitar intervir nos mecanismos de
mercado, mesmo se o objetivo da intervenção for proteger determinados grupos.
32. (Cespe – TJ/CNJ/2013) A administração pública burocrática é orientada para a
racionalidade absoluta e prevê o controle rígido dos processos e procedimentos como o
meio mais seguro para evitar o nepotismo e a corrupção.
33. (Cespe – TJ/CNJ/2013) De acordo com a administração pública gerencial, o servidor
público trabalha para atender aos cidadãos, considerados consumidores e clientes,
mediante a descentralização da decisão e das funções.
qualidade total.
36. (Cespe - AJ/CNJ/2013) A administração pública gerencial, estimulada pela crise
fiscal da década de 70 do século passado, segue fundamentos do racionalismo
econômico, como medidas de austeridade fiscal e o evitamento de privatizações e
terceirizações.
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38. (Cespe - TJ/TRT/2013) Preservando a ideologia do formalismo e do rigor técnico da
burocracia tradicional, a administração pública gerencial proporcionou um sistema de
gestão e controle centrado em resultados.
39. (Cespe – Agente Administrativo/TCE-RO/2013) Uma organização pública que,
para evitar a hierarquização, busque maior flexibilidade deverá adotar o modelo da
administração pública burocrática que, apesar de lento, é simples e não privilegia
maiores formalismos.
40. (Cespe – Agente Administrativo/TCE-RO/2013) O controle dos abusos contra o
patrimônio público é uma das características almejadas pela administração pública
burocrática.
Tendo em vista que a administração pública é uma matéria essencial para a efetivação
das políticas públicas e para a gestão governamental, julgue o item a seguir.
44. (Cespe – AJ/TRT-10/2013) A moderna gestão pública trata essencialmente da
eficiência e da eficácia do sistema de administração governamental.
45. (Cespe – AJ/TRT-10/2013) A perspectiva da nova gestão pública ressalta que o
interesse público é uma representação da agregação de interesses individuais.
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GABARITO
REFERÊNCIAS
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Do Estado patrimonial ao gerencial. São Paulo: Cia das Letras,
2001.
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos; SPINK, Peter Kevin. Reforma do Estado e administração pública
gerencial. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 8ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2011.
política e administração. Brasília: Revista do Serviço Público, 1997 (Ano 48, nº 1, p. 42-78).
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Fundamentos de Administração. São Paulo: Atlas, 2011.
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