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DIREITO PROCESSUAL PENAL

1º aula

LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PENAL NO BRASIL

Competência da União: art. 22, I da Constituição Federal

ressalva: normas complementares e suplementares

(normas procedimentais) – Art. 24 § 2º CF


HISTÓRICO

- CPP atual: Decreto-lei nº 3.689 de 3/10/1941


- Entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 1942
Antecedentes:
Até a Constituição Republicana: Código Penal e Processual
do Império – 1832
Constituição Republicana de 1891: Competência processual
dos Estados – AM, MA, PI, CE, RN, PB, SE, BA, MG, ES, RJ, PR, SC, RS e
DF adotaram
SP, AL, MT, PA e GO não adotaram, seguindo o Código Penal do Império

Reunificação da legislação penal e processual pelas


Consolidações de 1934 e 1937, culminando com o atual CPP
COMPOSIÇÃO DOS LITÍGIOS

• Força física (autodefesa)


• Composição (autocomposição)
• Processo

O Processo como forma de composição dos litígios:


Norma de Direito Penal:
Preceito Primário;
Preceito Secundário
Conduta;
Resultado;
Nexo de causalidade;
Imputabilidade;
Causas de Exclusão de culpabilidade
Causas de Exclusão ilicitude
Sanção
O PROCESSO É O MEIO ADEQUADO PARA
AFERIR SE HOUVE VIOLAÇÃO DA NORMA
PENAL, SE EVENTUAIS CAUSAS DE EXCLUSÃO
DE ILICITUDE OU DE CULPABILIDADE ESTÃO
PRESENTES, E PROMOVER A COMPOSIÇÃO
DOS LITÍGIOS, SEM O MEIO PELO QUAL O
ESTADO EXERCE O JUS PUNIENDI, QUE É SUA
ATIVIDADE EXCLUSIVA.
INTERVENCIONISMO GARANTISMO
• Concepção autoritária pro Estado • Concepção liberal pro indivíduo
• Processo penal dominado • Processo Penal é dominado
exclusivamente pela vontade do Estado exclusivamente pela vontade do
• O processo é voltado para satisfazer a indivíduo
vontade estatal • O processo é totalmente garantista

ESTADO DE DIREITO
• Visão temperada
• Processo Penal desempenha uma visão comunitária e social
• O Estado deve esclarecer o fato criminoso, perseguir e punir o criminoso
SEMPRE EM NOME DA SOCIEDADE

Fonte: DIAS; Jorge Figueiredo “Direito Processual Penal, Editora da Univeridade de Coimbra, Coimbra, Portugal, 2006
Conclusões:

• O processo procura o equilíbrio entre o intervencionismo e o garantismo


• O processo reflete os valores sociológicos, éticos e políticos do estado, sendo,
portanto, dinâmico

“Os institutos processuais não têm conceitos definitivos, mas relativos, na


dependência, em determinado momento histórico, da predominância que
se dê ao indivíduo em confronto com o Estado ou, pelo contrário, do Estado
sobre o indivíduo” (CALAMANDREI, Giusepe - Instituições de Direito Proces-
sual Civil).

As relações entre o indivíduo e o Estado são regulamentadas pelo Estado


2ª Aula

A LIDE PENAL
Definição:
Conflito de interesse entre o Estado (vontade de punir) e o particular
(afastamento de qualquer punição – direito de liberdade)

AUTOR Réu

Decisão estatal: COMPOSIÇÃO DA LIDE

A SOLUÇÃO DA LIDE PENAL ESTÁ CONSUBSTANCIADA NO PROCESSO PENAL


Definição do direito processual penal:

“Conjunto de princípios e normas que regulam a aplicação jurisdicional do


Direito Penal, bem como as atividades persecutórias de Polícia Judiciária,
E a estruturação dos órgãos da Função Jurisdicional respectiva”
MARQUES; José Frederico “Elementos de Processo Penal”

Características:

• Ciência autônoma
• Tem finalidade
• É normativo
• É um ramo do Direito Público
Relação do Direito Processual com outros ramos do Direito e as Ciências Penais:

• Direito Constitucional

• Direito Civil

• Direito Comercial

• Direito Administrativo

• Direito Internacional

• Medicinal Legal

• Psiquiatria Forense

• Psicologia Forense

• Criminalística
SISTEMAS PROCESSUAIS

INQUSITIVO ACUSATÓRIO

• Predomina o intervencionismo • Equlíbriro entre o garantismo e o


• Processo secreto intervensionismo
• Escrito • Garantia de todos os princípios
• Sem qualquer garantia para o constitucionais
acusado • Escrito

MISTO

• Sistema acusatório formal


• Instrução inquisitiva
• Processo acusatório
Princípios constitucionais do processo:

• Estado de inocência: CF art. 5ª, LVII

• Contraditório: CF art. 5º, LV

• Devido Processo Legal “Due Process of Law): CF art. 5º, LIV

• Publicidade: CF art. 5º, LX

• Juiz Natural: CF art. 5º, LIII e XXXVII


Princípios Processuais:

• Obrigatoriedade
• Oficialidade
• Indisponibilidade
• Impulso oficial
• Identidade física do juiz
• Imparcialidade
• Igualdade das partes
• Livre convencimento do juiz
• Iniciativa das partes
• “Ne eat judex ultra petita partium”
• “Favor rei”
• Duplo grau de jurisdição
FONTES DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

Definição: DE ONDE PROVÉM ALGO, NO DIREITO O PRECEITO


JURÍDICO DE ONDE PROVEM A NORMA

Fontes:
FORMAIS
MATERIAIS
FONTES DE PRODUÇÃO
FONTES DIRETAS:
A LEI

FONTES INDIRETAS:
COSTUME (Art. 4º da L.I.C.C.)
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO (Art. 3º CPP)
TRATADOS, CONVENÇÕES E REGRAS DE DIREITO
INTERNACIONAL (Art. 1º, I do CPP)

SÚMULA VINCULANTE: ART. 103-A DA CF (Emenda Constitucional 45/2004)


FONTES SECUNDÁRIAS:
Direito Histórico
Direito Estrangeiro
Doutrina nacional e estrangeira

FONTES REMOTAS:
Ordenações do Reino
Código Criminal do Império
Código Criminal de 1841
Código de Processo Criminal de 1871
LEI PROCESSUAL NO TEMPO

Art. 2º do CPP – Princípio da eficácia imediata Tempus regit actus”

A) Atos anteriores permanecem válidos


B) As normas têm aplicação imediata:
a lei nova é “mais moderna”
C) A lei proessual penal é irretroativa
LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO

ART. 1º DO CPP: PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE


a) Território físico
b) Território por extensão (art. 5º, 1º CP
(Cf. Lei nº 8.617/93, arts. 1º e 2º)

Extraterritorialidade: art. 7º do CP
Exceções:
• território nullius
• territórito estrangeiro com autorização
• território ocupado em caso de guerra
LEI PROCESSUAL PENAL EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS

IMUNIDADES

DIPLOMÁTICAS

PARLAMENTARES

ABSOLUTAS

RELATIVAS

FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO


INQUÉRITO POLICIAL

Prática de um fato delituoso

Necessidade de apuração Indícios de autoria


Prova da materialidade

BUSCA OS MÍNIMOS ELEMENTOS LASTREADORES DA AÇÃO PENAL


INQUÉRITO POLICIAL X JUIZADO DE INSTRUÇÃO

Inquérito policial: Investigação comandada por autoridade policial

Juizado de instrução: Investigação comandada por um Magistrado (juiz


instrutor) m atua como polícia judiciário
v.g. França, Itália, Espanha, ...

INQUÉRITO DIRIGIDO PELO MP

Tendência moderna: França, Itália, Portugal, Espanha, México Venezuela,


Peru, Estados Unidos, .....
Justificativa: MP é o destinatário da ação penal
Plano Prático: Corporativismo, disputa de poder
Exceção: Forças Tarefas (Task-Forces do direito americano)
OUTRAS FRORMAS DE APURAÇÃO:

Procedimento Administrativo Criminal (PCA)


Inquérito Judicial na falência: Art. 22,III c/c art. 186 da Lei nº 11.01/05
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
Inquérito Policial Militar (IPM)
Inquérito Civil : ação civil pública

AUTORIDADE POLICIAL

Art. 4º CPP: Autoridade Policial > Delegado de Polícia


“órgão estatal incumbido de zelas pela segurança pública dos cidadãos”
(Tourinho Filho)
Divisão da atuação das Autoridades Policiais:

Divisão territorial: terrestre marítima e aérea


Formas de atuação: secreta e ostensiva
Campos de atuação: Segurança Pública: Polícia Militar (Brigada Militar)
Judiciária: Apuração das infrações criminais
Administrativa: Portos, fronteiras, Rodoviária Federal.
Ferroviária (linhas férreas estatais)
Conceito de Inquérito Policial:

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, REALIZADO PELA POLÍCIA JUDICIÁRIA


INFORMATIVO, INVESTIGATÓRIO, DESTINADO A APURAÇÃO DE INFRAÇÕES
PENAIS E A SUA AUTORIA

FINALIDADE DO INQUÉRITO POLICIAL:


Apuração da ocorrência de uma infração penal e a respectiva autoria
(arts. 4º e 12 do CPP)
Colher informações sobre o fato criminoso
(exceção: art. 3º, § 2º da Lei nº 8.501/92 (Dispõe sobre a utilização de
cadáver não reclamado, para fins de estudos ou pesquisas científicas e
dá outras providências)
Características do Inquérito Policial:

Discricionário

Procedimento Escrito: (art. 9º CPP)

Competência ratione loci

EM MATÉRIA DE IP NÃO SE FALA EM NULIDADE OU IRREGULARIDADE POR


INCOMPETÊNCIA
VALOR PROBANTE DO INQUÉRITO

Instrução provisória inquisitiva


Informativo
Provas técnicas com valor absoluto
Demais provas devem ser corroboradas em juízo
Podem influenciar na decisão judicial
As decisões condenatórias não podem se fundamentar
exclusivamente no IP (art. 155 CPP)
Vícios do inquérito policial:

Inexistem Meras irregularidades formais

Exceto auto de prisão em flagrante: Nulidades relaxamento


NOTITIA CRIMINIS

Definição: CONHECIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL DE UM


FATO, APARENTEMENTE, CRIMINOSO

COGNIÇÃO DO DELITO

Definição: MANEIRA PELA QUAL A AUTORIDADE POLICIAL


TOMA CONHECIMENTO DO FATO CRIMINSO
Formas de Cognição do Delito:

COGNIÇÃO IMEDIATA OU INFORMAL:

Autoridade toma conhecimento sem qualquer provocação explícita:

Boletim de Ocorrência (B.O.)


Delatio criminis: Dar parte
Notícias da imprensa
Relatórios de investigação
Descobrimento de crime
Denúncia anônima: delatio criminis inqualificada
Comunicação obrigatória de crimes
COGNIÇÃO MEDIATA OU FORMAL

Autoridade Policial toma conhecimento do fato através de provocação expressa:

Representação do ofendido
Crimes de ação privada
Determinação de autoridades superiores
Requisição

COGNIÇÃO COERCITIVA

Conhecimento através de ato de coerção


Instauração do Inquérito a REQUERIMENTO do ofendido

(art. 5º, II CPP)

Direito de petição: art. 5º, XXXIV, CF

Formulado pelo ofendido ou seu representante legal

Para crimes de ação penal pública incondicionada

Requisitos: art. 5º, § 1º CPP


Instauração do inquérito policial nos crimes de AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA

Art. 5º, § 4º do CPP

Representação: Autorização para o MP ofecer denúncia em alguns crimes


Nat. Jurídica: CONDIÇÃO ESPECÍFICA DE PROCEDIBILIDADE

Pessoa incerta?

Ausência de representação?

Representção contra apenas um coautor?


Instauração do inquérito policial nos crimes de AÇÃO PENAL PRIVADA

Mesmo tratamento da ação penal pública condicionada


Ausência de requerimento falta de justa causa
Não há prazo: decadência
As investigações no bojo do Inquérito Policial

Art. 6º CPP

Cognição do crime

Portaria de
instauração

Diligências art. 6º CPP


Indiciamento

Ato de ofício do Delegado de Polícia

Indiciado: Suspeito submetido ao indiciamento


Indiciamento: Conjuto de atos que oficializam e
formalizam a suspeita

Sinalização da autoria: SUSPEITO


Indiciado: OFICIALMENTE SUSPEITO

Procedimento regulamentado pela Portaria DGP-18 de 25/11/1998


Conjunto de atos administrativos:

Qualificação
Interrogatório
Identificação (art. 5º, LVIII, CF)
Vida Pegressa
Classificação do delito

Reconstituição do crime (reprodução simulada)

Art. 7º CPP
Encerramento do Inquérito Policial

Relatório da Autoridade Policial


minucioso
completo
indicar pessoas que não foram ouvidas
classificação do delito: O MP não está adstrito a essa classificação

Prazos para conclusão do Inquérito Policial:

Gerais: 10dd para indiciado prezo e 30dd para indiciado solto


Epeciais:
Economia popular (Lei nº 1.521/51): 10 dd (solto ou preso)
Competência da Polícia Federal: 15 dd (preso ou solto prorrogáveis
por mais 15 (art. 66 da Lei nº 5.015/66)
Tóxicos: (Lei nº Lei nº 11.343/06, art. 51): 30dd preso; 90dd solto
OS PRAZOS PARA A CONCLUSÃO DO INQUÉRITO NÃO SE INTERROMPEM POR FERIADOS
DOMINGOS E FÉRIAS: EXCESSO DE PRAZO CONFIGURA CONSTEANGIMENTOM
ILEGAL SANAVEL HC
Dilação de prazo: art 10, § 3º do CPP

MP concorda
MP discorda
denuncia
requer diligências
arquiva

Discordância do Juiz: Correição Parcial ou art. 28 do CPP

Fatos novos: art. 18 do CPP


CLAÚSULA REBUS SIC STANTIBUS
APENAS COISA JULGADAFORMAL
DA AÇÃO PENAL

Ação: Direito de invocar a prestação jurisdicional (art. 5º, XXXV, CF)

Ação ≠ Processo:
Ação→Direito ao processo (D. subjetivo processual)
Processo →sucessão de atos des nados a solução do li gio

AÇÃO PENAL: DIREITO DE INVOCAR A PRESTAÇÃO JURISIDICIONAL


Características do Direito de Ação

Autônomo
Abstrato
Instrumental
Específico
Determinado
Subjetivo
Público
Princípios da ação penal

Princípios constitucionais gerais:

contraditório

ampla defesa

devido processo legal

juiz natural

inafastabilidade da jurisdição (Art. 5º, XXXV, CF)

INTRANCENDÊNCIA (Art. 5º, XLV, CF)

IN DUBIO PRO SOCIETATE


Lide penal

Existência de conflitos de interesse indisponíveis:

JUS PUNIENDI X PROTEÇÃO À LIBERDADE

CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL

Possibilidade jurídica do pedido

Interesse de agir

Legitimidade para agir

**Condições objetivas de punibilidade


Condições de procedibilidade

representação
ingresso no território nacional
requisição do Ministro da Justiça

Pressupostos processuais da ação penal

Inicial apta
Juiz competente
Inexistência de fatores impeditivos
litispendência
perempção
decadência
coisa julgada
Classificação das ações penais

Conhecimento
declaratória
constitutiva
condenatória

Executiva

Cautelar
Classificação das ações penais, segundo o titular da ação

Ação penal pública


condicionada
incondicionada

Ação penal privada


principal
subsidiária

Ação penal popular: HC?


Ação Penal Pública

Condicionada
Incondicionada

Princípios da ação penal pública

Obrigatoriedade
Indisponibilidade
Oficialidade
Indivisibilidade
Ação Penal Pública

Ação Penal Pública incondicionada: regra geral


Ação Penal Pública condicionada: depende de uma condição de procedibilidade

Princípios da ação penal pública:

Obrigatoriedade
indisponibilidade
Oficialidade
Indivisibilidade
DA REPRESENTAÇÃO:

Definição: “autorização” , prevista em lei, dada pelo ofendido para a


propositura ação penal pública

Titularidade:
Ofendido
Representante legal
Sucessores: artigo 1829 do Código Civil

Retratação da representação

Renúncia ao D. de representação

Prazo: artigo: 38 do CPP


Ação Penal Privada:

Definição: ação penal cuja titularidade, por determinação legal,


é exercida pelo particular

Divisão:
Exclusivamente privada
Subsidiária da pública

Princípios:
Oportunidade ou conveniência
Disponibilidade
Indivisibilidade: artigo 48 do CPP

Titularidade do direito de queixa: artigo 30 do CPP


Ação Penal Privada Subsidiária da Pública:

Previsão legal: art. 5º, LIX, CF; art. 29, CPP e art. 100 § 3º CP

Princípios:
Oportunidade e conveniência
Indisponibidilidade
Indivisibilidade

Titularidade: art. 30 CPP


Prazo: o mesmo da queixa
Desistência: não é possível
Atitudes do MP em face da Ação Penal Privada Subsidiária da Pública:

Oferecida a
queixa

No prazo de Pede o
Adita a
três dias prosseguimento ou
queixa
silencia

Repudia a queixa e “Custos legis"


oferece denúncia
substitutiva Titular da ação
Reversão de titularidade: art. 29, in fine, CPP
JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA

Juridição: “juris dictio” dicção do direito: declara a


normaaplicável ao caso
concreto apra a solução do
litígio

“Jurisdição é o poder, função e atividade de aplicar o direito a um fato


concreto, pelos órgãos públicos destinados a tal, obtendo-se a justa com-
posição da lide”
(Vicente Grecco Filho – “Manual de Direito Processual Civil”)
Função típica do Poder Judiciário: arts. 92 a 126 da CF

Jurisdição é:

Função: incumbência de aplicar a lei ao caso concreto

Atividade: gama de atos praticados pelos juízes no processo

Dever: deve o juiz decidir de acordo com a analogia, os costumes


e os princípios gerais do direito se a lei for omissa
JURISDIÇÃO: exercício da atividade jurisdicional

LEGISLAÇÃO: produção normativa do Estado

ADMINISTRAÇÃO: prática de atos dministrativois próprios da administração pública

JURISDIÇÃO PENAL X JURISDIÇÃO CIVIL


PRINCÍPIOS DA JURISIDIÇÃO

Inércia ou iniciativa das partes


Universalidade ou inafastabilidade: CF, art 5º, XXXV E LXXIV
Indeclinabilidade: art. 4º da LICC e art. 126 do CPC
Investidura
Imparcialidade do juiz
Indelegabilidade da jusrisdição
Unidade (ou unicidade)
Inevitabilidade (ou irrecusabilidade)
Devido processo legal (due process of law)
Improrrogabilidade
Juiz natural
“Perpetuatio jurisdictionis”
Identidade física do juiz
Substitutividade
Complementaridade
Definitividade
Duplo grau de jurisidição
DA DENÚNCIA E DA QUEIXA

Art. 41 do CPP

Denúncia: exordial, vestibular, preambular, dilucular, proemial, isogoge,


prodrômica, peça madrugadora, …

PETIÇÃO INICIAL DA AÇÃO PENAL PÚBLICA

Forma: escrita
oral (art. 77 da Lei nº 9.099/950
Denúncia inexistente:

falta de sujeito ativo:


oferecida por quem não é Promotor de Justiça (art. 129 § 2º CF)
Promotor de Justiça sem atribuição
Apócrifa

falta de objeto

Queixa inexistente:

falta de sujeito ativo


firmada por Advogado sem procuração
suspenso pela OAB
firmada pelo ofendido que não seja Advogado
Requisitos da denúncia

Imputação fática

ausência: inépcia

Observações:

denúncia concisa
Aptidão e ampla defesa
“A DENÚNCIA É UMA EXPOSIÇÃO NARRATIVA E DEMONSTRATIVA”
(in Processo Criminal Brasil;eiro – João Mendes Júnior)

Aristóteles Sete “W”de Ouro da


(Ética do Nicômaco) Criminalística Alemã

QUIS WER QUEM?

QUID WAS QUE?

UBI WO ONDE?

QUIBUS AUXILIUS WOMIT COM QUEM?

CUR WARUM POR QUE?

QUO MODO WIE DE QIUE MODO?

QUANDO WANN QUANDO?


Aditamento à denúncia

Correção de erros materiais, e art. 383 do CPP


(ADITAMENTO IMPRÓPRIO DE RETIFICAÇÃO)

Inclusão de fatos novos (espontâneos) – art. 569 CPP

Fatos novos decorrentes da instrução da causa – art. 384 CPP


(ADITAMENTO PRÓPRIO)
Acusação no caso do concurso de pessoas

Descrição da conduta de cada agente

concurso homogêneo: coautoria

concurso heterogêneo: participação

Concurso necessário

A DENÚNCIA PODE SER ACEITA OU REJEITADA EM RELAÇÃO A QUALQUER UM DOS


AGENTES
Denúncia genérica nos crimes societários: Polêmica

Sistema Financeiro (Lei nº 4595/64)


Crimes Contra a Ordem Tributária e Econômica (Lei nº 8137/90
Código de Defesa do Consumidor
Crimes Ambientais (Lei nº 9605/98)
Crimes de Lavagem de Dinheiro (Lei nº 9613/98)
Crimes Contra a Previdência Social ( Lei nº 8212/91)

Possível: STF, STJ, TRF’s (Provar-se-á no curso da instrução)


Impossível: STF, STJ, TJSP (Inépta: viola o princípio da ampla defesa)
Imputação Alternativa (ou denúncia genérica):

Plano objetivo: imputação de um fato alternativo ao agente

Plano subjetivo: fato único a mais de uma pessoa

Impossibilidade (Ada Pelegrini Grignover, Antonio Scarance Fernandes, Antonio


Magalhães Gomes Filho): denúncia inepta e viola a ampla defesa

Possibilidade: (José Frederico Marques, Mirabete, Vicente Grecco Filho, Afrânio


Silva Jardim): Estado de dúvida que se resolve pro societate.
Aprimoramento na instrução e aplicação do art. 384 do CPP
Prazos para o oferecimento da denúncia:

Gerais: 5 dias réu preso


15 dias réu solto

Especiais:
Lei Antidrogas (Lei nº 11343/06): prazo único de 10 dias
Crimes Eleitorais (Código Eleitoral): 10 dias
Crimes Contra a Economia Popular (Lei nº 1521/51): 2 dias
Crimes de Abuso de Autoridade (Lei nº 4898/65): 48 horas
Crimes Falimentares: (Lei nº 11101/06) prazos gerais do CPP ou
15 dias após a entrega da exposição circuns-
tanciadas dos fatos apresentada pelo adm.
judicial
Lei de Imprensa (Lei nº 5250/67) 10 dias
Individualização do acusado:

Art. 41 do CPP: resposta ao “quis?”

qualificação: identificação social

identificação: identidade física

Classificação do crime:

Fundamento jurídico da denúncia


Do recebimento da denúncia ou da queixa

Ato formal e personalíssimo do juiz

Verifica:

Condições genéricas de procedibilidade

Justa causa

Tipicidade da conduta
Punibilidade da infração
Viabilidade da acusação
Legitimidade

Condições específicas de procedibilidade

Regra da não fundamentação: Polêmica

Duplo recebimento?

Problemática do artigo 399 do CPP


Efeitos do recebimento da denúncia

Estabelece a lide penal


Interrompe a prescrição (art. 117, I CP)
Formaliza a acusação

Recursos:

Contra o recebimento: NÃO HÁ (EXCETO HC)


Contra rejeição:
Recurso em sentido estrito (art. 581, I CPP)
Agravo regimental
DA COMPETÊNCIA

Jurisdução: “É O PODER E A ATIVIDADE DE APLICAÇÃO DO DIREITO


A UM FATO CONCRETO, PELOS ÓRGÃOS PÚBLICOS
DESTINADOS A TAL, OBTENDO-SE A JUSTA COMPOSIÇÃO
DA LIDE”(Chiovenda, citado por Grecco)

Função Típica do Poder Judiciário (CF arts. 92 a 127)

Poder: Soberania
Função: Incumbência de aplicar a lei
Atividade: Gama de atos praticados pelo P. Judiciário
Dever: Obrigatoiriede de julgar
Elementos da Jurisdição

“Notio” (conhecimento)
“Vocatio” (chamamento)
“Coertio” (coerção)
“Judicium”(julgamento)
Ëxecutio”(execução)
Competência é a parcela da Jurisidição

“Porção pessoal (ratione personae), material (ratione materiae) ou local (ratione


loci), dentro da qual o juiz exerce validademente o poder jurisicional” (Magno)

CRITÉRIOS PARA A FIXAÇÃO DA COMPETÊNCIA

(Ordem lógico jurídica de precedência)

1) Foro privativo por prerrogetiva de função (ratione personae)


2) Razão da matéria (ratione materiae)
3) Local da infração (ratione loci)
4) Normas de organização judiciária
DAS QUESTÕES PREJUDICIAIS

Uma das formas de defesa processual, nos termos do art. 396-A do CPP
“pre iudicare”
Conceito: questões de fato e de dereito que, pela lógica processual, devem ser
decididas antes do julgamento do mérito da causa (relação com a tipicidade):
Insere-se no tipo penal (elementar do tipo penal)

Elementos:

Anterioridade
Necessidade lógica
Autonomia
Diferenças entre questões prejudiciais e preliminares:

Questão Prejudicial Questão Preliminar


Penal ou extra penal Processual
Ligada ao D. Material Ligada ao D. Processual
Ligada ao mérito da infração Ligada a existência de pressupostos
processuais
Autônoma Vinculada
Decidadida pelo juízo penal ou Sempre decidida pelo juízo penal
extrapenal

Fonte: MAGNO, Levy -”Curso de Processo Penal Didático, p. 363, Atlas, São Paulo, 2013
Classificação das Questões Prejudicias:

Total
Parcial

Homogênea
Heretogênea

Facultativa
Obrigatória

Devolutiva
Não devolutiva
DAS EXCEÇÕES

Conceito: DEFESAS PROCESSUAIS QUE BUSCAM A EXTINÇÃO DO PROCESSO


SEM JULGAMENTO DO MÉRITO, OU A SUA DILAÇÃO

ESPÉCIES

Peremptórias: têm por escopo a extinção do processo


Dilatórias: têm por escopo “retardar “ o curso do processo, corrigindo-o

Previsão legal: art. 95 do CPP


Exceção de suspeição:

Tipo: DILATÓRIA

Objetivo: RECUSA DO JUIZ (JURADO)

Motivo: IMPARCIALIDADE OU ISENÇÃO

Formas de declaração: EX OFFICIO ou PELA (S) PARTE(S)

Hipóteses: art. 254 CPP

PRECEDE TODAS AS DEMAIS EXCEÇÕES


Formas de arguição:

Art. 97 do CPP

A SUSPEIÇÃO É DO JUIZ E NÃO DO JUÍZO

EFEITO: AFASTAMENTO DO JUIZ

Suspeição de outros atores do processo:

Tribunais

Ministério Públco (art. 258 CPP)

Jurados (art. 448 CPP)

Peritos (art.280 CPP)

Auxiliares da justiça
Efeitos

Afastamento do órgão jurisidicional ou do ator

Nulidade absoluta do processo (juiz) ou do ato (demais atores)

Observações

1) Não há suspeição de Autoridade Policia (art. 107 CPP)


2)Formas em que a imparcialidade é afetada:

2.1) Suspeição (sentido estrito): vinculo do juiz com a parte


2.2) Impedimento (interesse): proibição de exercer a jurisdição
2.3)Incompatibilidade: por exclusão (foro íntimo): Res nº 82/2009 CNJ
Das outras exceções

Ilegitimidade de parte (dilatória)

Litispendência (peremptória)

Coisa julgada (perempetória)


DAS MEDIDAS ASSECURATÓRIAS

Natureza: Medidas cautelares reais


Objetivo: Garantir a ação civil ex delicto e evitar o enriquecimento
sem causa

Espécies

Sequestro (art. 132 CPP)


Hipoteca legal (art. 134 CPP)
Arresto (art. 137 CPP)
Alienação antecipada de bens (art. 144-A CPP)
Do Sequestro

Definição
Abrangência: Proventos da infração (imóveis)
Objetivos: ressarcimento ex delicto, evitar o enriquecimento sem causa
Peculiaridade: Direito de sequela

Pressuposto: indícios VEEMENTES de procedência ilícita dos bens

Procedimento:
De ofício ou a requerimento do MP, ou do ofendido, ou da Autoridade
Policial
Direito erga omnes: Registro imediato ma matrícula do imóvel
Direito de defesa: embargos (art. 130 CPP)
Levantamento: art. 131 CPP
Hipoteca Legal
Recai sobre o patrimônio imobiliário do réu
Na fase processual (conhecimento ou execução)
Finalidade: Garantir a ação civil ex delicto
Certeza da infração e indícios suficientes de autoria
Avalição do(s) bem(s) no valor da indenização (cabe contraditório)
Inscrição

Arresto
Recai sobre o patrimônio do acusado
Preparatório para a hipoteca legal ou na ausência ou valor insuficiente
sobre os bens móveis
Indícios da infração
Da Restituição de Coisas Apreendidas

Artigos 6º, II e 240 § 1º CPP

(Instrumentos do crime, objetos de valor probatório e produto


direto ou imediato do crime)

CONFISCO:
Art. 91, II do CP
Insturmentos ilícitos e produtos ou proveitos do crime
Inutilização: art. 124 CPP

Tratamento especial:

Armas ( art. 25 da Lei nº 10.826/2005 – Estatutodo Desarmamamento)


Drogas (art. 60 e ss da Lei nº 11.343/2006 – Lei Antidrogas)

RESTITUIÇÃO:

Art. 120 §§, CPP


`
INCIDENTE DE FALSIDADE

Falsidade documental (arts. 145/148 CPP)

Possibilidade: 1a e 2a Instâncias

Efeito imediato: Suspensão do processo

Conceito de documento:

Amplo:

Restrito
Classificação:

Originário

Eventual

Conteúdo da falsidade:

Material

Ideológica

Falso grosseiro
Arguição:

De ofício

Pela parte

Processamento:

Instauração

Instrução

Provas cabíveis

Natureza da decisão

Recurso
Incidente de insanidade mental

Fundamento: arts. 145 a 154 CPP

Imputabilidade

Inimputabilidade

Semi imputabilidade

Procedimento

Efeitos
DA PRISÃO

- Forma de medida cautelar: CAUTELAR PESSOAL ou SUBJETIVA

- Exceção ao princípio da não culpabilidade (princípio da inocência)

Fundamento Constitucional: Art. 5º, LXI

Espécies de Prisão

1) Prisões Cautelares:
1.1) Prisão temporária
1.2) Prisão em flagrante delito
1.3) Prisão Preventiva

2) Prisão em razão de senteça condenatória transitada em


julgado (prisão pena)
Da Prisão em flagrante

Conceito: (prisão visual, prisão da certeza)

Sujeito Ativo: qualquer do povo (art. 301 do CPP)

Sujeito passivo: acusado

Espeçies de Flagrante:

Flagrante próprio: (art. 302, I e II do CPP)

Quase flagrante: (art. 302, III do CPP)

Flagrante presumido: (art. 302, IV do CPP)

Flagrante Preparado

Flagrante esperado
Lavratura ao auto de prisão em flagrante

Comunicação da prisão em flagrante ao Juiz, Ministério Público e Defensoria

Conversão do Flagrante em prisão preventiva

Imposição de Medidas diversas da prisão preventiva (art. 319 CPP)

Relaxamento da prisão em flagrante


Da Prisão Preventiva

Natureza: Forma de Prisão Cautelar


Objetivo: Proteção da persecução penal
Cabimento:
- em qualquer momento do processo ou do inquérito policial
(pode também ser decretada pelos Tribunais (inclusive os Tribunais Superiores)
- como conversão da prisão em flagrante (quando não cabível outras
medidas cautelares
- em substituição às medidas cautelares impostas e não cumpridas
Pressupostos:

- Garantia da ordem pública

"Ordem pública será uma situação de pacífica convivência social, isenta de ameaça
de violência ou de sublevação que tenha produzido ou que supostamente possa
produzir, a curto prazo, a prática de crimes" (José Afonso da Silva in, “Curso de
Direito Constitucional Positivo”, Malheiros Editores, 8ª Edição, pág 657/658 )

- Garantia da ordem econômica


(incluída pela Lei nº 8.884 de 11/07/1994 – Lei Antitruste)

- Conveniência da instrução criminal

- Aplicação da lei penal


Requisitos fáticos

- prova da existência do crime

- indícios suficientes de autoria

Requisitos normativos (ex leggem):

art. 313 CPP

Exceções:

inciso I: - crimes de formação de quadrilha, sequestro e cárcere privado


(exegese da Lei nº 12.403/11

- pode ser decretada se a somatória dos delitos, mesmo que


individualmente for inferior a quatro anos, tal resultar do
concurso de crimes (formal, material e continuado)

- art. 20 da Lei nº 11.340/06 (Lei Maria da Penha)


Não se aplica às contravenções penais

Não se aplica se verificadas, de plano, causas de exclusão de ilicitude (art. 23 do CP)

Decisão deve ser sempre motiva (art. 315 CPP)

Regida pela cláusula rebus sic stantibus

Não pode ser realizada no período eleitoral (art. 236 do Código Eleitoral – Lei nº 4737/65

Pode ser decretada ex officio

Decisão passiva de recurso: recurso em sentido estrito (art. 581, V do CPP)

Substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar (arts. 317 e 318 do CPP)
Da Liberdade Provisória:

Sistemática atual

Prisão em Medidas
flagrante cautelares

Sem Liberdade Com


fiança Provisória fiança
Fundamento Constitucional: art.5º, LXVI da CF

Histórico: Menagem (CPPM)


Cartas de Seguro
Fiança (Ordenações Afonsinas
Graça dos fiéis carcereiros (garantia de terceiro)

Requisitos:
ausência do periculum in mora
requisitos objetivos
requisitos subjetivos

DIREITO SUBJETIVO DO ACUSADO


Liberdade provisória ≠ Relaxamento do flagrante

Liberdede
Liberdade formal: vício de
processual forma:
obrigatório (CF
art. 5º LXV)

Vedação Legal: Estatuto do Desarmamento, Lei Antidrogas, Organizações


Criminosas, Lavagem de Capitais, Crimes Contra o Sistema Financeiro
STF vetou
Liberdade provisória em fiança: (art. 323 CPP – Hipótese legais)
Crimes de racismo (CF, art. 5º, XLII)
Crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins,
terrorismo e crimes hediondos
Crimes cometidos pro grupos armados, civis ou militares, contra
ordem constitucional e o Estado Democrático (Lei nº
12.403/2011)
Hipóteses processuais:
Quebra de fiança (violação das hipóteses dos arts. 327, 328 e 341 CPP)
Prisão Civil
Hipótese de prisão preventiva
Arbitramento: (art. 322 CPP)
a qualquer momento do inquérito ou do processo
pelo delegado (pena máxima até 4 anos)
pelo juiz (pena máxima acima de 4 anos)

Valor da fiança: arts. 325 e 326 CPP


Real ou fidejussória
Quebra de fiança (violação das hipóteses dos arts. 327, 328 e 341 CPP)
Cassação da fiança: arts. 338 e 339 CPP
Reforço da fiança : art. 340 CPP
Perdimento da fiança: art. 344 CPP (50%, art. 343 CPP)
Recursos: RSE (art. 581, V e VII do CPP)
Destino: Restituição (abs)
Pagamento das custas processuais da indenização civil ex delicto
Da Comunicação dos Atos Processuais

Corolários:
• Publicidade das formas
• Ampla Defesa
• Contraditório

Conceitos:
“Chamamento doacusado ao processo para ter conhecimento da
imputação, e para dela se defender”

“Chamamento oficial das partes ao processo"


Ato formal essencial: ausência acarreta nulidade absoluta: art. 564, III, “e” CPP

Classificação:

Real (ou pessoal):


mandado
requisição
carta precatória
carta rogatória
carta de ordem

Ficta (ou presumida):


hora certa
edital
Efeitos da citação:

conhecimento oficial da acusação

oportunidade de defesa

completa a relação processual

ESTADO

(denúncia) (CITAÇÃO)

AUTOR RÉU
Citação por mandado

Citação por carta

Citação por hora certa

Citação por edital

Intimação

Notificação
DA PROVA NO PROCESSO PENAL

Prova como Direito Constitucional:

Direito subjetivo das partes: expressão dos princípios constitucionais da


ampla defesa, contraditório e igualdade das partes

Conceito: meio de busca da certeza através do convencimento


“o termo prova origina-se do latim ‘probatio’ que significa ensaio,
verificação, inspeção, argumento, razão, aprovação ou confirma-
ção. Dele deriva o verbo ‘probare’, significando ensaiar, verificar
examinar, reconhecer por experiência, a provar, estar satisfeito
com algo, persuadir alguém a alguma coisa ou d emonstrar”
(NUCCI, Guilherme de Souza, “Provas no Processo Penal, 2009,
p. 13, apud MAGNO).
Prova como ato das partes

Prova como ato de terceiros

Prova como ato Judicial


Objeto da prova:

- É o que deve ser demonstrado: fatos relevantes

- Independem de prova
fatos axiomáticos
fatos notórios
fatos presumidos
presunção absoluta (juris et de jure)
presunção relativa (juris tantum)
Matéria de Direito

- Dependem de prova:
fatos incontroversos
direito estrangeiro
direito Estadual ou Municipal
Classificação da prova:

- direta
-indireta

- plena
- não plena

-real
-pessoal
Destinatário da Prova: ÓRGÃO JURISDICIONAL

Ônus da prova

Obrigação processual de quem deve demonstrar algo

Autor: fatos constitutivos do direito

Réu: fatos impeditivos


fatos modificativos
fatos extintivos
Sistemas de apreciação das provas:

Religioso (ditames religiosos)

Étnico (empirismo)

Legal (ex leggem)

Intima convicção (liberdade plena)

Livre convencimento (justificaticada)


Princípios da apreciação das provas

Contraditório

Comunhão das provas

Concentração nas audiências (identidade física do juiz)

Publicidade (segredo de justiça)


Das Provas Ilícitas

Fundamento Constitucional: art. 5º, LVI, CF


Fundamento legal: art. 157, caput, CPP

“ SÃO INADMISSÍVIES, NO PROCESSO, AS PROVAS OBTIDAS POR MEIOS


ILÍCITOS”

Visa garantir:
o controle da atividade estatal na produção da prova
direitos individuais: intimidade, privacidade, imagem, domicílio (sigilo
telefônico, fiscal, bancário, escuta ambiental, infiltração controlada)
qualidade da prova produzida
Meio de prova
Ilícito
eleito

Uso Prova
Lícito ilícita
ilícito

Prova Uso Prova


ilícita Lícito lícita
Teoria dos frutos da árvore envenenada

“fruits of the poisonous tree theory”

Princípio da comunicação da ilicitude


Teoria da exclusão

Limitações à Teoria:

Teoria da fonte independente (Independent source)

Teoria da descoberta inevitável (Inevitable discovery)

Encontro fortuito de provas

Vd art. 157 e §§ do CPP


Pode a prova ilícita ser aproveitada?

DIREITO INDIVIDUAL X INTERESSE PÚBLICO

- aproveitamento e exclusão de ilicitude

- princípio da proporcionalidade

- pro reo

- pro societate
Instrução da causa

Fazer no processo a prova do alegado

Oitiva das Oitiva das


Oitiva da Esclarecimeto
test. testemunhas
vítima dos peritos
acusação de defesa
Testemunha (ART. 202 CPP)

TESTEMUNHA X INFORMANTE

Compromisso

Falso Testemunho: Art. 342 CP

Escusa de consciência: art. 206 CPP

Impedimento: Art. 207 CPP

Deveres

Testemunha numerária : Art. 402 CPP

Testemunha extra numerária

referida

juízo
Contradita/ Defeito

Depoimento na ausêndia do réu (art. 217)

Testemunha surda, muda, surda/muda

Obrigatoriedade do depoimento: condução coercitiva

Antecipação da oitiva (prova cautelar)

Depoimento de autoridades (art. 221 CPP)

Oitiva de testemunha por carta

Sisitema de oitiva: cross examination (art. 212 CPP)


Das Perícias em Geral

Meio de prova

Apreciação técnica de um fato

Perito (técnico): auxiliar da Justiça (arts. 275, 276 e 280 CPP)

Peritos Oficiais: art. 159 CPP

Das perícias em espécie:

Necroscopia

Lesões corporais

Perinecrsocópico

Reconstituição
Acareação

Reconhecimento de pessoas e coisas

Busca e apreensão (art. 244)

Interceptação telefônica

Interceptação ambiental (Lei nº 12.850 de 2/8/13


– organizações criminosas)

Quebra de sigilo fiscal (LC nº 105/2001)


DO INTERROGATÓRIO

Características:
Ato judicial
Meio de prova
Meio de defesa (autodefesa)
Ato personalíssimo
Art. 185 CPP:

- Pode ser realizado a qualquer tempo


- Pode ser realizado várias vezes
- Pode ser feito mediante carta
- Deve ser precedido de entrevista prévia entre o réu e o advogado

Direito ao silêncio ( art. 5º , LXIII, CF)


- Efeitos e proibições

Direito à mentira: perjúrio


Formas e locais do interrogatório:

Perguntas diretas pelo juiz e reperguntas pelas partes (ordinário)

Perguntas diretas pelo juiz e reperguntas diretas pelas partes (júri)

Réu solto: sede do juízo

Réu preso: presídio (art. 185, § 1º CPP)

Videoconferência (Lei nº 11.900/09)

Art. 185, § 2º CPP


Finalidades do interrogatório:

Meio de prova e de defesa

Conhecimento do carater e personalidade do acusado pelo julgador

Trasnmissão ao julgador da versão dos fatos

Verificar as reações do acusado quando confrontado com as provas dos autos

Art. 187: Sistemática do interrogatório


DA CONFISSÃO

Def.: Reconhecimento pelo réu da imputação, perante o juízo

Classificação:
Simples
Complexa
Qualificada
Delação

Formas:
Judicial
Extra judicial
Espécies:
Expressa
Tácita

Requisitos:
Verossimilhança
Certeza
Persistência
Coincidência com outras provas

Tempo:

Retratável: (art. 200 CPP)

Divisível
Delação premiada

Requisitos:

Ocorrência de crime
Admissão por parte do réu
Identificação de outros agentes

Hipóteses Legais no D. Brasileiro:

Extorsão mediante sequestro (art. 159 CP)


Quadrilha ou bando (art. 288 CP)
Organizações Criminosas (Lei nº 12.850/13)
Crimes contra o Sistema Financeiro (Lei nº 7.492/95
Lei de Sonegação Fiscal (Lei nº 8.137/90)
Lei deLavagem de Capitais (Lei nº 9.613/98)
Lei de Proteção à Tesstemunha (Lei nº 9.807/99)
Lei Antidrogas (Lei nº 11.343/06)
Das Diligências Complementares

Artigo 402 do CPP

Fundamento: Indispensáveis à busca da verdade real

Complementação da prova produzida durante a instrução

NÃO SE ADMITE A PRODUÇÃO DE PROVA NOVA

Não há Preliminar em
Indeferimento da
recurso Alegações finais ou
diligência
Apelação

HC ou Mandado de
Segurança
Das Alegações Finais

Art. 403 CPP: não houve requerimento de diligências complementares

Art. 405, Parágrafo único CPP: Cumpridas as diligências complementares

Em audiência: Orais (art. 403 CPP)

Após as diligências: Memoriais escritos (art. 405 CPP)

Conteúdo: Preliminares (nulidades ou irregularidades processuais)


Exposição de toda a matéria de fato e de direito

Ausência: Nulidade
- MP: artigo 28 do CPP por analogia + falta funcional
- Defesa: réu declarado indefeso, nomeação de outro ADV

Alegações Deficientes: Réu indefeso, nomeação de ADV


Da Sentença

Conceito: Prestação jurisdicional do Estado que compõe a lide penal

Efeito: Esgotamento da atividade jurisdicional

Divisão:

Condenatória

Absolutória

Própria

Imprópria
Natureza Jurídica:

Condenatória

Declaratória

Constitutiva

Sentenças quanto ao conteúdo:


Materiais

Formais

Sentenças quanto ao órgão prolator:

Subjetivamente simples

Subjetivamente complexa
Requisitos da sentença: artigo 381 CPP

Embargos de declaração: artigo 382 CPP

Princípio da correlação:

Proibição do julgamento

“citra petita”
“extra petita”
“ultra petita”

“Emendatio Libelli”: art. 383 CPP

“Mutatio Libelli”: arr. 384 CPP

Súmula 453 STF


Da Sentença Absolutória

Definição: Julgam improcedente o pedido formulado (afastam a pretensão


punitiva)

Natureza: declaratória negativa

Hipóteses: artigo 386 CPP

Juízo de certeza: alíneas “a”, “c”, “d” e “f”


Dubitativas (in dubio pro reo ou favor rei): “b”, “c”, “f”e “g”

Sentença absolutória própria X Sentença absolutória imprópria

Sentença absolutória sumária (art. 397 CPP) X Sentença absolutória a termo

Efeitos da sentença absolutória:

Colocação do réu em liberdade


Levantamento das pedidas cautelares pessoais
Levantamento das medidas cautelares patrimoniais
Início do mcumprimento da medida de segurança
Da Sentença Penal Condenatória

Definição: Pronunciamento judicial sobre a existência do fato e a sua autoria


(julga procedente o pedido inicial e acolhe a pretensão punitiva)

Elementos essencias da sentença: artigo 387 CPP

Efeitos da sentença:

Imediatos:
interrupção da prescrição
manutenção ou decretação da PP ou medidas cautelas pessoais

Mediatos:
Perda da primariedade
Torna certa a obrigação de reparar o dano
Dá iníco à execução da pena
Lançamento do nome do réu no rol dos culpados
Impede a naturalização (CF, art. 12, II, “b”)
Suspende os direitos políticos (CF, art. 15, III)
Julga indigno o militar (CF, art. 142, § 3º, VII)
Revoga o susis e o livramento condicional
Suspensão da licença para dirigir
Da Intimação da Sentença

Intimação do réu
Réu preso Intimação pessoal
Réu solto presente ao Intimação pessoal
processo
Réu solto mediante fiança em Intimação pessoal ou através
crime afiançável do advogado
Réu foragido, com defensor Intimação exclusiva na pessoa
constituído do advogado
Réu foragido com defensor Intimação or edital
dativo ou Defensor Público

Fonte: MAGNO, Levy Emanoel - “Curso de Processo Penal Didático”, pag.


734, 1ª edição, Editora Atlas, São Paulo, 2013
Da Coisa Julgada

Definição: Imutabilidade da decisão judicial e de todos os seus efeitos

Princípios: Segurança jurídica


Segurança social

Espécies:
Coisa julgada Formal: imutabilidade da decisão dentro do processo

Coisa julgada Material: imutabilidade da decisão fora do processo

Fundamento constitucional: art. 5º, XXXVI (exceção: Revisão Criminal): relativa

Limite objetivo da coisa julgada: Parte decisória da sentença (análise fática)

Limite subjetivo da coisa julgada: intra-partes


DO PROCEDIMENTO DO JÚRI

Origens:
• Grécia – heliastas
• Roma
• Inglaterra: Carta Magna de 1215
• Países de “Commom Law”
• França, após a Revolução Francesa

No Brasil
• Ordenações do Reino
• Decreto Imperial de 18/06/1822 para os crimes políticos
• Constituição de 1824
• Constituição de 1891
• Constituição de 1937 não previu, mas foi instituído pelo Decreto nº 167 de 5/01/1937
que não reconhecia a soberania: previa revisão do mérito
• Constituição de 1945: crimes dolosos contra a vida e crimes contra a economia
popular
• Emenda Constitucional nº 1 de 17/10/1969: exclusivo para os crimes dolosos contra
a vida
Tratamento Constitucional:

Art. 5º, inciso XXXVIII: exclusivo para os crimes dolosos contra a vida (arts. 121,
122,123 e 124 a 126 CP)
Crimes conexos: art. 76 CPP
Cláusula pétrea: art. 60, § 4º, IV da CF

Integra o Poder Judiciário: Competências Federal e Estadual

Composição:

Sistema francês: Escabinato – Juízes do Fato (leigos) + Juiz de Direito (togado)

Brasil: 7 juízes de fato (povo) + 1 juiz de direito (juiz de carreira)


Princípios Constitucionais do Tribunal do Júri

CF art. 5º, XXXVIII, alíneas “a”, “b” e “c”

Da Plenitude de Defesa (alínea “a”):


Acepção extremada do princípio da ampla defesa

Do Sigilo das Votações (alínea “b”):


Sistema da íntima convicção
Incomunicabilidade
“Sala Especial”
Vedação ao veredito unânimes (art. 483 CPP)

Da Soberania dos Vereditos (alínea “c”):


Apelação restrita (art. 593, III, d, CPP)
Sistema do Júri do Brasil:

Sistema bifásico

Procedimento Comum Ordinário

1ª Fase do Júri
“judicium accusationis
1ª Fase (Sumário de culpa):

Segue o mesmo rito do procedimento comum ordinário

Citação
Resposta
Início da instrução

Artigo 397 CPP X Art. 415 CPP (Absolvição sumária)

Impronúncia Audiência una Absolvição


sumária

PRONÚNCIA
2º fase Desclassificação
“judicium causae”
Da Pronúncia:

Decisão interlocutória mista:

Terminativa em relação a 1ª fase do júri


Declaratória:
declara a viabilidade da acusação
declara a competência do júri

“Sentença” ???

Termo impróprio porque não faz coisa julgada material


Ocorre a preclusão “pro judicato”

Vigora o princípio “in dubio pro societatis”

Proibição de discussão do mérito, comedimento dos termos

Não podem ser reconhecidas agravantes, atenuantes nem regras do


concurso de crimes
Conteúdo da pronúncia:

Crimes doloso contra a vida + conexos (obrigatoriedade ???)

Decisão sobre a prisão preventiva e/ou a adoção de medidas cautelares

Efeitos da pronúncia:

Interrompe a prescrição

Submete o réu a julgamento

Fixa os limites da acusação no plenário

Recurso:

Recurso em sentido estrito: art. 581, IV, CPP


Da Impronúncia:

Decisão interlocutória mista terminativa:

Terminativa a relação processual, sem julgamento do mérito

Hipóteses: art. 414 do CPP

Faz coisa julgada formal

Crimes conexos são encaminhados ao juiz competente

Recurso: apelação (art. 416 CPP)


Da absolvição sumária

- Difere da absolvição sumária do art. 397 do CPP

- Juízo de certeza

- Juiz singular analisa o mérito

- Hipóteses do artigo 415 CPP

- Decisão atacada por Apelação (art. 416 CPP)


Da desclassificação:

- Também chamada de “absolvição própria”

- Análise sobre o mérito do crime doloso contra a vida

- Reconhece a inexistência do crime doloso contra a vida

- Encaminha para “o juiz competente”

- Não deve o juiz indicar para qual delito desclassifica


(atribuição do juízo para onde for o criem desclassificado)

- Decisão atacada por Recurso em Sentido Estrito (art. 581, II, CPP)

- Declara a incompetência do Tribunal do Júri “ratione materiae”

- Comporta o conflito negativo de competência


DO JULGAMENTO PELO TRIBUNAL DO JÚRI

- Preclusão da decisão de pronúncia

- Fase do artigo 422 CPP

- requerimento de diligências
- requerimento de provas para apresentar no plenário
- apresentação do rol de testemunhas

- Art. 423 CPP

- deferimento das provas

- relatório do processo (art. 423, II, CPP)

- inclusão do processo na pauta de julgamentos


Das reuniões periódicas do Tribunal do Júri

- Estabelecidas na Lei de Organização Judiciária dos Estados e da Justiça Federal

- Alistamento dos Jurados:


arts. 425 e 426 CPP

Lista Geral: Publicada até 10 de outubro

Impugnações: cabe recurso Recurso em Sentido Estrito (art. 581, XIV)


prazo diferenciado (art. 586, parágrafo único)

Lista Definitiva: publicada até 10 de novembro

- Sorteio dos jurados: arts. 432 e 433 CPP


Desaforamento:

- Conceito: mudança do foro

- Pressupostos:

- interesse da ordem pública


- dúvida sobre a imparcialidade do júri
- garantia da segurança pessoal do réu
- comprovado excesso de serviço (art. 428 CPP)

- Legitimidade:

- Juiz: de ofício

- Requerimento:
- partes
- assistente
- acusado

- Julgamento pelo Tribunal de Justiça


Função do jurado

- art. 436 CPP

- proibição da escusa de consciência (art. 438 CPP)

- Isenção do serviço (art. 437 CPP)

- Serviço público relevante (Art. 439 CPP)

- Servidor público por equiparação (art. 445 CPP)

Impedimentos, suspeições e incompatibilidade dos jurados:

- arts. 448 e 449 CPP


Da sessão de julgamento:

- da instalação da sessão
- quorum mínimo: 15 jurados (nulidade absoluta – art. 564, III, “i” CPP
- possibilidade do julgamento à revelia (art. 457 CPP)
- testemunhas arroladas em carácter de imprescindibilidade

- do Pregão:
- nulidades: art. 571, V CPP

- da formação do conselho de sentença


- recusas peremptórias
- recusas motivadas
- compromisso dos jurados (art. 472 CPP): ato solene

do julgamento: art. 469- do desmembramento


Da instrução da causa em plenário:

- incomunicabilidade das testemunhas: art. 460 CPP


- inquirição direta pelas partes
1º) Juiz
2º) Ministério Público
3º) Assistente
4ª) Querelante
5º) Defensor
6º) JURADOS (através do Juiz Presidente)
- inquirição dos peritos
- leitura de peças (somente de Cartas Precatórias e Rogatórias, e
cautelares antecipatórias não repetitíveis)
- interrogatório do acusado: inquirição segue a ordem das testemunhas
e é feita nos moldes do art. 185 CPP)

- apresentação de outras provas: imagens, sons, animações, etc.


Dos debates:

- Manifestação suprema do princípio da oralidade

- Duração:
- um único réu: 1h e 30 para cada parte
1h para a réplica e 1h para a tréplica

- mais de um réu: 2h e 30 para cada parte


2h para réplica e tréplica

(no caso de mais de um defensor caberá a eles a divisão


do tempo. Em não havendo acordo o Juiz dividirá matematicamente)
Regulamentação dos debates:

- a acusação está limitada à pronúncia

- a defesa não pode inovar na tréplica

- proibida a leitura ou apresentação de documentos não juntados nos termos


do art. 479 CPP

- proibições do art. 478 do CPP


- referência ao silêncio do réu e ao uso de algemas
- uso do argumento de autoridade

- apartes: art. 497, XII CPP

- obrigação da indicação nos autos daquilo ao que se está referindo (art. 480 CPP)
Dos questionários

- elaborado privativamente pelo Juiz

- individual, seriado e articulado

- proposições afirmativas, simples e distintas (art. 482, parágrafo único CPP)

- quesitos seguem obrigatoriamente a ordem do art. 483 do CPP

- concordância das partes (omissões, ambiguidades, defeitos, ...)

Da votação:

- sala especial

- respostas por maioria

- quesito: “O jurado absolve o acusado?”. Polêmica


Da decisão:

O JUIZ ESTÁ OBRIGADO A SENTENCIAR DE ACORDO COM A DECISÃO DOS JURADOS

Absolvição Terminada a votação Desclassificação

Sentença Juiz julga de forma


Condenação
absolutória pelo plena
Juiz DESCLASSIFICAÇÃO
IMPRÓPRIA

Sentença
condenatória pelo
Juiz
Da sentença:

- requisitos do artigo 492 CPP

- leitura em plenário

- intimação pessoal e oral das partes

- publicidade geral

Da ata de julgamento:

- art. 495 CPP

Atribuições do Juiz Presidente:

- art. 497 CPP


DAS NULIDADES

Definição: SANÇÕES POR VIOLAÇÕES DAS REGRAS PROCESSUAIS

Graus de violações das regras processuais:

ALTÍSSIMO: ATO INEXISTENTE (NÃO ATO)


ALTO: ATINGE O INTERESSE PÚBLICO c NULIDADES ABSOLUTAS
MÉDIO: ATINGE O INTERESSE DA PARTE NULIDADES RELATIVAS
BAIXO: MERAS IRREGULARIDADES FORMAIS
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E INEFICÁCIA DOS ATOS

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS COM RELÂNCIA PROCESSUAL:


NORMAS GARANTIDORAS
SISTEMA DAS NULIDADES
NECESSIDADE DE DECLARAÇÃO JUDICIAL

“INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS”

“SISTEMA LEGAL”
PRINCÍPIOS DAS NULIDADES

1) PREJUÍZO: “PAS DE NULLITÈ SANS GRIEF”

PREJUÍZO EVIDENTE

PREJUÍZO DEMONSTRADO

2) CAUSALIDADE

3) INTERESSE

4) CONVALIDAÇÃO

Convalidação especial: arts. 568, 569 e 570 CPP


GRUPOS DE NULIDADES

JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA

AÇÃO

DEFESA

INSTRUÇÃO DA CAUSA

COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS

PROVA

ALEGAÇÕES FINAIS

SENTENÇA

RECURSOS
DOS RECURSOS EM ESPÉCIE

Do Recurso em Sentido Estrito

Função básica: impugnação das decisões interlocutórias

Classificação:
Instrumento
Nos autos

Pró e contra
Secundum eventus litis

Voluntário
Ex offcio
Requisitos de admissibilidade:

decisões definitivas latu sensu: VIII e X

decisões não terminativas: I, II, IV, XV, XVIIIV, e VII

decisões interlocutórias simples: XIII , XVI

Medidas de segurança/execução penal:


XI, XII, XVII, XIX, XXI, XXII, XXIII, XXIV
(revogados pelo Art. 197 da Lei nº 7.810/84 (LEP)

Lista de jurados: XIV

DESPACHO É IRRECORRÍVEL: DECISÃO IMPRÓPRIA


Legitimidade:

MP

Réu

Defensor

Querelante

Procurador

Ofendido

Qualquer do povo

Interesse:

Sucumbência
Pressupostos :

regularidade formal

cabimento

Competência:

Tribunal

Procedimento:

Interposição: 5 dias

Razões/contrarrazões: 2 dias

Juízo de retratação

Tribunal

Efeitos: Regra geral DEVOLUTIVO

Exceção: SUSPENSIVO (art. 584 e MS)


DA APELAÇÃO

- Recurso ordinário
- Sentenças que não tenham transitado em julgado
- Sem vinculação

Classificação:

Plena
Parcial

Ordinária
Sumária

Principal
Subsidiária
habilitado: prazo comum
não habilitado: 15 dias após o término do prazo do MP
Requisitos de admissibilidade:

artigo 593:

-I

- II

- III

Legitimidade:

- Partes
- Curador
- Defensor
- Ofendido

Efeitos:

- Suspensivo
- Devolutivo
Procedimento:

- Interposição:
- petição
- termo nos autos

- Prazo: 5 dias

- Razões e contrarrazões: 8 dias


art. 600 § 2º CPP

Tribunal:
- procedimento ordinário
- procedimento sumário

COLÉGIO RECURSAL (Lei nº 9.099/95)

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