Sei sulla pagina 1di 16

Dificuldades na interpretação de problemas que envolvem

conceitos geométricos, observados na resolução de simulados da


prova Brasil dos alunos do 9º ano da Escola Municipal Oton Gaspar
de Farias.
SILVA, Cássio Ferreira Machado1 - IFPE
SILVA, Edcarlos Amorim da2- IFPE

Resumo

O presente artigo relata a investigação realizada cujo objetivo foi analisar através do estagio
supervisionado a situação atual da aprendizagem geométrica, visto que seria as principais
dificuldades dos alunos em resolverem simulados da prova Brasil, em uma escola pública da cidade
de Carneiros-AL. Levando em consideração que a Geometria tem papel fundamental na formação do
aluno no desenvolvimento da capacidade de resolver problemas práticos do seu cotidiano.
Em conformidade com Pavanello (1989), Lorenzato (1995), Fonseca (2011), PCNS e Dante, o ensino
da Geometria vem sendo pouco explorado na sala de aula, daí a importância desta investigação. Do
ponto de vista metodológico este estudo se enquadra no modelo descrito como uma abordagem
quantitativa. Inicialmente foram feitas observações e analises por conta do estagio supervisionado de
aulas da disciplina de matemática no 9° do Ensino Fundamental II, após realizou-se um levantamento
bibliográfico e Posteriormente aplicou-se um questionário misto, com intuito de analisar os
conhecimentos geométricos dos estudantes. Com os dados coletados e organizados,
compreendemos que os discentes apresentam dificuldades nas propriedades básicas da Geometria
Plana. Com isso, concluímos que o ensino da Geometria precisa ser mais explorado na sala de aula,
com intuito de despertar o interesse do aluno, na tentativa de desenvolver habilidades como a
capacidade de abstração e resolução de problemas presentes no seu dia-a-dia.

Palavras-chave: Matemática; Geometria; Ensino de Geometria, prova Brasil.

abstract

This article reports the research carried out to analyze the current situation of geometric learning
through the supervised internship, since it would be the students' main difficulties in solving
simulations of the Brazil test in a public school in the city of Carneiros-AL. Taking into account that
Geometry plays a fundamental role in the formation of the student in the development of the ability to
solve practical problems of their daily life.
According to Pavanello (1989), Lorenzato (1995), Fonseca (2011), PCNS and Dante, the teaching of
Geometry has been little explored in the classroom, hence the importance of this research. From the
methodological point of view, this study fits the model described as a quantitative approach. Initially,
observations and analyzes were made due to the supervised placement of classes in the mathematics
discipline in 9th grade, after a bibliographic survey and later a mixed questionnaire was applied to
analyze the geometric knowledge of the students . With the data collected and organized, we
understand that the students present difficulties in the basic properties of Flat Geometry. With this, we
conclude that the teaching of Geometry needs to be more explored in the classroom, in order to
arouse the interest of the student, in the attempt to develop skills such as the abstraction and problem
solving skills present in their daily lives.

Keywords: Mathematics; Geometry; Teaching Geometry, Brazil test.

______________________
1 Graduando do curso de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Pernambuco – IFPE (cassio-2009@hotmail.com)

2 Graduando do curso de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e


Tecnologia de Pernambuco – IFPE (e-mail: edcarlosxsilva@gmail.com)
2

INTRODUÇÃO

A Geometria é uma parte importante da Matemática, visto que serve de


instrumento para outras áreas de conhecimento e tem um papel fundamental na
formação do aluno, pois é intuitiva e concreta sendo possível ver seus objetos de
estudo presentes em construções, em obras de arte, em objetos da nossa casa,
enfim no nosso cotidiano, no entanto reconhecendo sua importância para vida social
de todos escolhemos esse eixo da matemática.
Ao decorrer do estágio percebemos certo grau de dificuldade dos educandos
na interpretação de problemas relacionados à geometria, e com a utilização de
simulados aplicados na turma, ficaram explicitas tais dificuldades, nos problemas
relacionados ao eixo geometria, além de notarmos outras dificuldades também
verificadas, as dificuldades relacionadas ao eixo da Geometria foram as que
exigiram maior atenção, por se tratar de um eixo pouco explorado e de conceitos
tradados de forma abstrata. Mediante tal necessidade nosso artigo trata das
dificuldades na interpretação de problemas que envolvem conceitos
geométricos.
No entanto para ter uma justificativa para o desenvolvimento deste tema
levamos em consideração que a Geometria é fundamental para o desenvolvimento
da capacidade de resolver problemas práticos do cotidiano, pois este conteúdo está
presente em diversas situações do dia-a-dia, onde o aluno desenvolve um tipo de
pensamento que lhe permite compreender, descrever e representar de forma
organizada o mundo em que vivemos. (BRASIL, 2006)
Neste contexto, as dificuldades apresentadas no processo de aprendizagem
da Geometria, podem ser compreendidas através de e experiências vivenciadas, na
prática, no cotidiano escolar. Assim, cabem as seguintes indagações acerca da
aprendizagem do aluno: se a Geometria tem vasta aplicação no cotidiano, e está
presente em diferentes ciências, o que tem ocorrido com seu ensino? Como os
alunos detêm este conhecimento geométrico? O que nos ajudará a explicar as
dificuldades encontradas no ensino da Matemática e ajudará no detalhamento do
problema em questão.
No entanto para entendermos melhor o que leva os educandos a sentirem
dificuldades na geometria, fizemos o levantamento bibliográfico, centrado nas
contribuições dos seguintes autores: Lorenzato, Pavanello, Fonseca, PCNs e Dante,
3

os mesmo reconhecem que a Geometria é pouco estudada nas escolas. Estes


estudos comprovam que o ensino da Geometria nas Escolas Públicas do Brasil, na
maioria das vezes, vem sendo trabalhada de forma superficial e sem ligação com o
cotidiano do aluno. Com isso, a relevância deste trabalho se objetiva em analisar
através do estágio supervisionado e com aplicação de simulados da prova Brasil a
situação atual da aprendizagem da geométrica, pois os alunos demostram não
entender de maneira concreta conceitos geométricos essências para resoluções de
questões do eixo geométrico, os quais são importantíssimos para uma compreensão
sólida e eficaz.
E por fim o objetivo principal será auxilia-los na aprendizagem de conceitos
geométricos, já vistos por eles, além de identificar os conhecimentos prévios dos
alunos através de questionário investigativo, pois precisaríamos para assim dar
continuidade as nossas aulas de regência, onde também no desenvolver das aulas
fomos traçando outros objetivos, por exemplo, fazer com que os educandos
reconhecessem a simetria em diferentes objetos e figuras - Diferenciar perímetro de
área. - Calcular perímetros e áreas das principais figuras planas (quadrado,
retângulo, triângulo, losango, trapézio, paralelogramo), Perceber as formas
geométricas ao seu redor, identificar características e elementos de figuras planas;
Resolver situações que requerem conhecimentos geométricos.

REFERENCIAL TEÓRICO

Atualmente o ensino da matemática, tem se voltado cada vez mais à


resolução de problemas, onde exige do educando a compreensão e domínio do
conteúdo, a capacidade de interpretar mediante uma situação problema, o conteúdo
ali trabalhado e as possíveis formas que levem a solução.

A resolução de problemas, na perspectiva indicada pelos educadores


matemáticos, possibilita aos alunos mobilizar conhecimentos e desenvolver
a capacidade para gerenciar as informações que estão ao seu alcance.
Assim os alunos terão oportunidade de ampliar seus conhecimentos acerca
de conceitos e procedimentos matemáticos bem como ampliar a visão que
têm dos problemas, da Matemática, do mundo em geral e desenvolver sua
autoconfiança (PCN ‘s, 1998, p. 40).

Assim, a experiência do estágio supervisionado, nos permitiu diagnosticar


dificuldades relacionadas à interpretação de problemas, relacionados à Geometria.
4

Por se tratar de um eixo pouco explorado e de conceitos tradados de forma abstrata.


Mediante tal necessidade este artigo trata das dificuldades na interpretação de
problemas que envolvem conceitos geométricos.
Os parâmetros curriculares nacionais (PCN, 1998, p.122), apontam que:

No entanto, a Geometria tem tido pouco destaque nas aulas de Matemática


e, muitas vezes, confunde-se seu ensino com o das medidas. Em que pese
seu abandono, ela desempenha um papel fundamental no currículo, na
medida em que possibilita ao aluno desenvolver um tipo de pensamento
particular para compreender, descrever e representar, de forma organizada,
o mundo em que vive. Também é fato que as questões geométricas
costumam despertar o interesse dos adolescentes e jovens de modo natural
e espontâneo.

É importante destacarmos que as atuais avaliações produzidas pelo INEP


(Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), dentre elas a Prova
Brasil, permitem traçar um panorama sobre as habilidades e competências dos
alunos, bem como, um acompanhamento das características das escolas e dos
docentes que contribuem para a qualidade da educação, e foi por isso que
procuramos analisar quais as principais dificuldades que os alunos estavam
encontrando em resolver simulados da prova Brasil, os quais entre outros conteúdos
exigiam deles certo conhecimento em torno do eixo geometria.
Esta pesquisa foi realizada nos moldes de uma pesquisa bibliográfica e
descritiva, participaram da mesma, a turma do 9º ano, num total de 25 alunos, 15 do
sexo masculino e 10 do sexo feminino da Escola Municipal de Ensino Fundamental
Oton Gaspar de Farias, que atende principalmente crianças da zona rural e bairros
vizinhos, durante 5 encontros, no período do estágio.
As dificuldades foram observadas, ao analisarmos simulados preparatórios
para prova Brasil, em questões relacionadas aos eixos geométricos do ensino
fundamental II, pois seria o tema da Matriz de Referência, onde a mesma apresenta
os objetos de avaliações e é formada por um conjunto de descritores que mostram
as habilidades que são esperadas dos alunos em diferentes etapas de
escolarização, as quais são aplicadas em testes padronizados de desempenho.
Concorda-se com os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (BRASIL,
1998, p. 51) quando afirma que:

O estudo da Geometria é um campo fértil para trabalhar com situações-


problema e é um tema pelo qual os alunos costumam se interessar
5

naturalmente. O trabalho com noções geométricas contribui para a


aprendizagem de números e medidas, pois estimula o aluno a observar,
perceber semelhanças e diferenças, identificar regularidades etc.

A geometria está presente no dia-a-dia, nas embalagens dos produtos, na


arquitetura das casas e edifícios, na planta de terrenos, no artesanato, entre outros.
Sobre a importância da Geometria, Lorenzato (1995) diz que esta tem função
essencial na formação dos indivíduos, pois possibilita uma interpretação mais
completa do mundo, uma comunicação mais abrangente de ideias e uma visão mais
equilibrada da Matemática.
De acordo com Pavanello (1989), fazendo uma análise dos currículos e
programas escolares observa-se que, nas primeiras séries escolares, os conteúdos
trabalhados em Matemática, são predominantemente relativos à aritmética,
enquanto os conteúdos das séries finais do Ensino Fundamental são
preferencialmente de álgebra, estendendo-se também pelas séries do Ensino Médio.
É importante destacamos que a Geometria já está sendo trabalhada de maneira
diferenciada, onde novas metodologias estão sendo aplicadas em sala de aula e
deixando de lado métodos tradicionais.
Então, fica fácil entender o porquê dos alunos sentir tanta dificuldade em
resolver questões relacionados a geometria, pois segundo os pesquisadores como
Pavanello (1989), Lorenzato (1995), a geometria é vista de maneira muito sucinta,
resultando assim uma aprendizagem muito precária, impossibilitando, bons
resultados em prova e simulados que testão a proficiência dos alunos como por
exemplo, o Enem(Exame Nacional do Ensino Médio), ANA(avaliação nacional de
alfabetização), prova Brasil, etc.
E também se analisarmos os resultados das avaliações do ENEM, SAEB
(Sistema de Avaliação da Educação Básica de Responsabilidade) e INAF (indicador
de alfabetismo funcional), nas quais a geometria está presente como um dos
componentes específicos da área de matemática, verifica-se um rendimento muito
abaixo do esperado (SAEB – Brasil – 1995-2016).
Devemos destacar que existem pesquisas em busca da melhoria no ensino
da matemática, pois segundo Lorenzato (2006), o LEM (Laboratório de Ensino e
Aprendizagem da Matemática) pode ser inicialmente um depósito de instrumentos,
livros, materiais manipuláveis, entre outros, mas posteriormente, poderá ser um
espaço organizado com a colaboração de educandos e educadores.
6

E por consequência de muitas falhas no ensino da matemática desde as


ultimas décadas, onde umas delas seriam a falta de qualificação de docentes
podemos destacar que em muitas salas de aula a abordagem da geométrica é
pouca, sendo essa ‘omissão’ deste ramo da matemática geralmente causada por
dois principais motivos.
Um deles seria o caso do professor não dominar os conhecimentos
geométricos necessários para realização de suas práticas pedagógicas, em muitos
casos porque também não estudou geometria de uma maneira satisfatória enquanto
aluno. O outro seria o fato de o professor seguir à risca a sequência de conteúdos
do livro didático, onde geralmente, os conteúdos de geometria estão entre os últimos
do livro, logo, devido à falta de tempo, a geometria não é apresentada aos alunos de
maneira profunda e concisa.
Sabemos que em muitos casos, os professores não tem material suficiente
para se trabalhar a geometria de maneira mais prática, então um método alternativo
seria trabalhar com questões do cotidiano dos educandos.
É o que acredita Lorenzato (1995. p.4):

[...] a Geometria quase sempre é apresentada na última parte do livro,


aumentando a probabilidade dela não vir a ser estudada por falta de tempo
letivo. Assim, apresentada aridamente, desligada da realidade, não
integrada com as outras disciplinas do currículo e até mesmo não integrada
com as outras partes da própria Matemática, a Geometria, a mais bela
página do livro dos saberes matemáticos, tem recebido efetiva contribuição
por parte dos livros didáticos para que ela seja realmente preterida na sala
de aula.

Já para Pavanello (1993), o abandono do ensino da geometria nas salas de


aula pode ser explicado devido ao contexto histórico-político do problema. A autora
assegura que apesar do abandono da geometria no ensino ser uma tendência geral,
era um problema mais evidente no ensino público que foi agravado após a
promulgação da Lei 5692/71 (BRASIL, 1971), que permitia ao professor elaborar seu
programa de acordo com a necessidade de seus alunos. Essa liberdade concedida
pela lei possibilitou que muitos professores de matemática, sentindo-se inseguros
para trabalhar com a geometria, deixassem de incluí-la em sua programação ou a
colocavam no final do ano letivo, usando a falta de tempo como pretexto para não
abordá-la.
7

Contudo percebendo o abandono da geometria através de contexto histórico-


político e de leis ultrapassadas que não garantiam o ensino-aprendizagem de
qualidade, em 1998, foi criado pelo MEC, os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN) de 5ª(6º) à 8ª(9º) série (ano) para ajudar o professor a preparar os seus
alunos para um mundo competitivo.

A preocupação em resgatar o ensino da geometria como uma das áreas


fundamentais da matemática tem levado muitos professores e
pesquisadores a se dedicarem à reflexão e à elaboração, implementação e
avaliação de alternativas, que busquem superar as dificuldades não raro
encontradas na abordagem desse tema, na escola básica ou em níveis
superiores de ensino. (FONSECA, 2001, p. 91)

Como diz Dante (2007, p. 18).

A matemática é, antes de tudo, um modo de pensar. Quanto antes esse


modo de pensar for trabalhado com as crianças, mais efetivamente os
alicerces de uma aprendizagem significativa desta disciplina se solidificarão.
A pré-escola é o momento para alicerçar a construção dos conceitos
matemáticos.

Portanto fazendo uma analise do discurso teórico entre os autores e doutores


em educação a geometria é parte essencial da matemática, sua importância é
inquestionável tanto pelo ponto de vista prático quanto pelo aspecto instrumental na
organização do pensamento lógico, na construção da cidadania, na medida em que
a sociedade cada vez mais se utiliza de conhecimentos científicos e recursos
tecnológicos, dos quais os cidadãos devem se aprimorar.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa foi realizada em uma escola pública da cidade de Carneiros-AL,


comtemplando, um universo de 25 estudantes de uma turma do 9° ano do Ensino
Fundamental II.
Foi observado que, os alunos desta turma são bastante inquietos e alguns
não demonstram interesses nas atividades propostas, além daqueles alunos menos
participativos.
8

No entanto o direcionamento da pesquisa foi à preparação dos alunos para


prova Brasil, com o objetivo de ajuda-los a compreender conceitos geométricos
básicos.
Após as fases de observação e participação na referida turma, analisamos
que a mesma tinham dificuldades em responder problemas que envolviam conceitos
geométricos, no entanto como iriamos dar continuidade a resoluções de simulados
da prova Brasil, começamos a nos planejar e procurar métodos mais dinâmicos e
eficazes.
Esta pesquisa teve como referências os estudos de Lorenzato, Pavanello,
Fonseca, PCNs e Dante, este estudo subdividiu em três etapas:
Na Primeira etapa, inicialmente foram feitas observações durante as aulas da
disciplina de matemática, posteriormente foi aplicado um questionário misto, a fim de
averiguar os conhecimentos geométricos prévios dos alunos, e finalizando iniciou-se
uma sequência didática sobre os principais conceitos geométricos que são cobrados
na prova Brasil.
Após as correções dos questionários aplicados aos alunos, analisamos suas
dificuldades, e elaboramos planos de aula a ser utilizado na intervenção, durante 5
encontros no período de estágio. Foram utilizados métodos de modelagem sobre o
tema em questão, onde esses métodos de ensino aproxima a Matemática do
cotidiano dos alunos, pois essa metodologia é uma forma de interagir o aluno com a
matemática tendo o professor como o mediador do processo.
Reconhecendo a importância da prova Brasil pra educação e considerando
que a mesma tem como principal meta identificar o desempenho das escolas
públicas e suas respectivas turmas de alunos, onde através desses resultados
poderão ser criadas politicas públicas que auxiliem na melhoria do ensino, o
ideal é que todos os educadores que estejam envolvidos nessa missão
dediquem-se ao estudo da avaliação originada em 2005, constatando o que e
por que o aluno não aprendeu. (MEC 2009)
Então fizemos uma análise dos descritores em que a geometria estava
inserida no 9º ano, os quais se dividem em dois blocos, o primeiro seria espaço e
forma, o qual é composto de 11 descritores e ou outro seria grandezas e medidas, o
mesmo é divido em 4 descritores.
9

O bloco espaço e forma são constituídos pelos seguintes descritores: D1, D2,
D3, D4, D5, D6, D7, D8, D9, D10 e D11.
É importante destacar que os descritores tem a finalidade de verificar as
habilidades dos alunos em identificar os conteúdos de acordo com cada série que o
mesmo está inserido. Onde avaliamos tais habilidades por meio de situações-
problema contextualizadas, por exemplo, o direcionamento dos navios e aviões, a
distância de uma escada inclinada ate a parte superior de uma parede, são métodos
práticos que poderão despertar o interesse do educando.
O outro bloco seria o de Grandezas e medidas, com os seguintes descritores:
D12, D13, D14 e D15, onde esses também são importantíssimos, pois através deles
também, temos como resolver problemas comuns do nosso dia-a-dia.
Foram analisadas provas anteriores, e também o caderno preparatório de
atividades para prova Brasil, o qual o professor estava trabalhando em sala de aula,
observamos que cerca de um terço das 72 questões do caderno de atividades,
eram problemas que envolviam a geometria, então antes de dar continuidade a
resolução e explicações das questões, aplicamos um questionário com situações
problemas, os quais iriam exigir da turma conhecimentos sobre alguns conceitos
geométricos.
Após analisarmos as respostas dos alunos, os quais não obtiveram êxito, pois
não tinham o conhecimento geométrico estruturado e suficiente pra interpreta-los.
Elaboramos uma sequência didática, além de planos de aula, direcionados as
questões que normalmente são aplicadas na prova Brasil, e à medida que íamos
resolvendo as questões, sempre mostrávamos a turma os conteúdos que os
mesmos precisariam pra responder aquela questão, além de trazer questões
similares do cotidiano, pois tínhamos como objetivos demostrar a importância da
geometria em suas vidas e também fazer com que eles tenham um bom
desempenho na prova Brasil, já que isso seria o principal motivo, pois o tema em
questão para o nosso artigo seria as dificuldades na interpretação de problemas
que envolvem conceitos geométricos.
Após concluirmos todo o caderno de atividades, reaplicamos os questionários,
para analisarmos se houve uma evolução na aprendizagem dos alunos.
Onde o próximo passo será a sintetização dos resultados na analise de
dados.
10

AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

A escolha do questionário que aplicamos para a turma do 9º ano, fizemos


com base em análises feitas previamente no período de estágios, onde o professor
supervisor estava preparando os alunos para a prova Brasil. Após essas análises,
fizemos um levantamento do último simulado da prova Brasil e escolhemos questões
que envolviam conceitos Geométricos, os simulados foram encontrados do site do
MEC (Ministério da Educação).
Na elaboração dos questionários, utilizamos 10 (dez) questões, as quatros (4)
primeiras, o intuito seria analisar a afinidade que os educando tinham com a
matemática e seus conceitos, e da quinta (5) questão até décima (10), tínhamos a
finalidade de analisarmos os conhecimentos prévios dos educandos na geometria.
Da questão 1 (um) até 4 (quarta), todos os alunos conseguiram responder,
pois eram questões, as quais eles iriam expor suas opiniões, como todos
responderam, consideramos como válida a resposta.
Questões de 1 a 4

1- Você gosta de estudar Matemática? 2- O que é Geometria?

( ) Sim ( ) Não (a) É o estudo dos astros

(b) É o estudo das formas e medidas

(c) É o estudo dos fatos históricos

3- O que você se lembra de ter estudado em Geometria? 4- Você gosta de estudar Geometria?

Imagem 1
Na 5ª (quinta) questão apenas 2 (dois) alunos fizeram uma resolução válida, 4
(quatro) parcialmente e 19 (dezenove) não responderam corretamente, nesta
questão eles teriam que dominar os conceitos do descritor D13.
D13 (Resolver problema envolvendo área de figuras planas).

Imagem 2
11

Na 6ª (sexta) questão apenas 4 (quatro) alunos conseguiram compreender o


problema, 7 (sete) acertaram parcialmente e os demais não conseguiram chegar à
resolução válida, então podemos perceber que pra resolver tal questão o aluno
precisará compreender conceitos relacionados ao descritor D01.
D01 (Identificar a localização/movimentação de objeto em mapas, croquis e
outras representações gráficas).

D01

Imagem 3

Já na 7ª (sétima) questão, houve certa discursão sobre a resposta, onde 12


alunos acertaram e 13 erraram, pois, foi verificado que eles estavam trocando os
conceitos de perímetro e área. Nesta questão foi trabalhado o descritor D3.
D03 (Identificar propriedades de triângulos pela comparação de medidas de
lados e ângulos).

Imagem 4

Na 8ª (oitava) questão, 15 (quinze) alunos acertaram e 10 (dez) erraram, onde


os que erraram não estavam compreendendo bem como fazer os cálculos, pois para
eles responderem corretamente precisariam dominar o descritor D14.
D14 (Resolver problema envolvendo noções de volume).
12

Imagem 5

Na 9ª (nona) questão, 7 (sete) alunos responderam corretamente, 9 (nove) de


maneira parcial e os demais erraram, onde os que acertaram parcialmente,
utilizaram o teorema de Pitágoras corretamente, mas na hora de compreender o
restante do problema erraram. Nessa questão eles tinham que dominar o descritor
D10.
D10 (Resolver problema utilizando razões trigonométricas no triângulo
retângulo).

Imagem 6

Na ultima questão, 5 (cinco) alunos acertaram, 9 (nove) apenas uma parte da


questão e os restante não conseguiram resolver, pois não lembravam os conceitos
de triângulos, e quando comentamos que 9 acertaram parte da questão, foi pelo
motivo de reconhecerem o símbolo de 90° dentro do triângulo, porém não estava
lembrados qual a soma total dos ângulos de um triângulo. Nesta questão será
necessário conhecer e se habituar ao que o descritor D3 nos orienta.
D03 (Identificar propriedades de triângulos pela comparação de medidas de lados e
ângulos).
13

Imagem 7

Representação gráfica da resolução de problemas antes da intervenção com


a turma do 9º ano com 25 alunos da Escola Municipal Oton Gaspar de Farias. Acerto
total (AT), acerto parcial (AP), erro (ER).

25
20
15
10
AT
5
AP
0
ER

Gráfico 1

Notamos que os alunos que acertam, utilizaram alguns conceitos para


calcular, por exemplo, a área e o perímetro, onde alguns deles estavam esquecidos
da fórmula para calcular estes objetos geométricos, mais com o auxilio do livro
didático encontram e conseguiram resolver facilmente.
Já os demais que erraram sentiam dificuldades em compreender o problema,
pois não compreendiam na prática o que eram tais termos e conceitos de área e
perímetro, teorema de Pitágoras, relações métricas dos triângulos, plano
caraterizado, entre outros.
É importante reconhecermos que as dificuldades de muitos alunos em
resolver problemas que contem conceitos geométricos, ainda são reflexos de
14

ensino-aprendizagem tradicionais e mecânicos, fazendo com os educando não


tenham uma aprendizagem sólida e eficaz, mesmo com a implantação de
metodologias inovadoras, muitos educadores e educandos ainda não se adaptarão
as novas realidades, pois através da leitura de artigos e livros científicos,
percebemos que diversos fatores contribuem para isso.
E por fim com resultado, não tão satisfatório das resoluções de atividades na
turma do 9º ano, planejamos e elaboramos sequências didáticas, e planos de aula,
todos voltados para eixo da geometria, e temos como intuito em ajudar esses alunos
superar tais dificuldades e por fim fazer com que eles tenham uma aprendizagem
mais sólida e eficaz, além de terem um bom resultado na prova Brasil.
Por tanto após as aulas de intervenção reaplicamos os questionários, é
notamos que houve uma melhoria razoável.
De acordo com Fonseca,

A preocupação em resgatar o ensino da geometria como uma das áreas


fundamentais da matemática tem levado muitos professores e
pesquisadores a se dedicarem à reflexão e à elaboração, implementação e
avaliação de alternativas, que busquem superar as dificuldades não raro
encontradas na abordagem desse tema, na escola básica ou em níveis
superiores de ensino. (FONSECA, 2001, p. 91)

Sendo assim o professor deve utilizar métodos de ensino dinâmicos e que


sejam capazes de estimular o interesse de seus alunos, e deixando pra traz aquela
matemática totalmente mecânica, e assim os discentes entenderam que essa
ciência é fundamental para o cotidiano de todos.
Representação gráfica da resolução de problemas depois da intervenção
com a turma do 9º ano da Escola Municipal Oton Gaspar de Farias. Acerto total
(AT), acerto parcial (AP), erro (ER).

25
20
15
10 AT
5 AP
0
ER
.

Gráfico 2
15

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora a Geometria exista há muito tempo e esta disciplina esteja totalmente


interligada ao mundo físico, ainda existem muitas dificuldades relacionadas ao seu
ensino e aprendizagem. Nós, como estagiários, concordamos que para conseguir
um bom ensino e uma boa aprendizagem na geometria é preciso repensar vários
fatores, como a formação inicial e continuada dos professores de matemática.
Contudo, entendemos que uma boa formação não garante a inserção dessas
matérias em sala de aula de matemática, tem outras implicações como as
concepções, crenças, interligadas a cada professor.
O conhecimento geométrico é de fundamental importância, com uma vasta
aplicabilidade. Entretanto, nota-se que existem enigmas relacionados com seu
ensino e sua aprendizagem, para tanto se faz necessário investigar quais problemas
são estes, se estão relacionados com os docentes de Matemática ou na efetiva
compreensão por parte dos discentes sobre os conceitos, que são introduzidos de
forma isolada, sem relação com outras áreas de conhecimento, para que o
raciocínio lógico dedutivo possam transcender as diferentes fases do
desenvolvimento.
Dessa maneira, recomenda-se explorar mais as aulas de geometria, dando
uma atenção especial nos trabalhos desenvolvidos na escola que permita o aluno
trabalhar a sua capacidade de abstração e resolução de problemas práticos do
cotidiano.
Desta forma, acreditamos que a atividade desenvolvida junto com os alunos
surtiu os efeitos esperados. Abrimos um parêntese também ressaltar as importantes
contribuições que o estágio supervisionado traz à formação inicial de futuros
professores de Matemática, uma vez que este insere o estudante de Licenciatura no
ambiente escolar, convivendo no cotidiano da escola com alunos, professores e
funcionários, promovendo uma interação entre educação superior e educação
básica, sendo possível fazer uma relação entre teoria e prática.
Com esta experiência podemos observar uma maior interação entre os alunos
para a realização das atividades propostas e foi possível compreender a importância
do trabalho com abordagens diferenciadas para o ensino e aprendizagem da
Matemática, em particular de conteúdos geométricos.
16

REFERÊNCIAS

PAVANELLO, R. N. O abandono do ensino da geometria no Brasil: causas e


consequências. Revista Zetetiké, ano 1, n. 1, p. 7-17. UNICAMP, 1993.

LORENZATO, S. Por que não ensinar Geometria? Educação em Revista –


Sociedade Brasileira de Educação Matemática – SBM, ano 3, n. 4 – 13, 1º sem.
1995.

LORENZATO, Sérgio. Laboratório de Ensino de Matemática na formação de


professores. Campinas: Autores Associados, 2006. p. 113-134.

DANTE, Luís R. Criatividade e Resolução de problemas na Prática Educativa


Matemática, Tese de Livre – Docência, UNESP, Rio Claro, 1988.

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares


Nacionais. Brasília: Mec/SEF, 1998.

FONSECA, Maria da Conceição F. R. et al. O Ensino de Geometria na Escola


Fundamental: Três Questões para a Formação do Professor dos Ciclos Iniciais.
2.ed. Belo Horizonte: Ed. Autêntica, 2002.

Potrebbero piacerti anche