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Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3

Cadernos PDE

I
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
CAMINHADA PROFISSIONAL SAUDÁVEL: PREVENÇÃO DA
SÍNDROME DE BURNOUT NO PROFESSOR

Luiza Elias da Silva Caldi1


Jussara Eliana Utida2

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi enfatizar a importância da Saúde Mental do educador, investigando os
fatores que interferem no seu ambiente de trabalho e no seu desenvolvimento emocional trazendo
prejuízos à prática pedagógica. Para atingir o objetivo proposto, vários encontros com discussões,
debates, palestras, vídeos e filmes contribuíram como forma de autoconhecimento, identificação, e
propostas de mudança de comportamento no que tange a prevenção da Síndrome de Burnout. Com
levantamentos de dados através de aplicações de questionários e/ou testes padronizados constatou-
se que à medida em que os questionamentos iam se aprofundando, vinham à tona os problemas
relacionados ao ambiente, e apesar do trabalho com pessoas com necessidades especiais exigir um
desprendimento inerente à profissão, os professores evidenciaram que as suas angústias advinham
de um processo burocrático exigido pela instituição de ensino e não só da prática pedagógica
propriamente dita. Frente essa situação, trabalhou-se a necessidade desses professores conhecer
essa Síndrome, que só se manifesta a partir do ambiente profissional, e portanto, foi necessário que
eles soubessem diferenciar os sintomas físicos e psicológicos relacionados com esse ambiente
daqueles causados por fatores externos (pessoal ou não). Concluiu-se no final que houve a
conscientização sobre a importância de proporcionar um ambiente profissional respaldado por
respeito, segurança, e bem-estar, pois a educação depende da qualidade de vida saudável dos seus
professores. E também quanto ao risco da manifestação da Síndrome de Burnout, bem como
promover medidas que contribuam para o bem estar físico e psíquico do educador, favorecendo
assim uma caminhada profissional saudável.

Palavras-chave: Saúde Mental; Professor; Burnout; Prevenção.

1. INTRODUÇÃO

De acordo com a linha de estudo escolhida “A saúde mental do professor da


Educação Especial” e considerando a experiência profissional como Técnica-
Pedagógica no Núcleo Regional de Educação, onde se vivencia através de registros
da Secretaria da Educação – Recursos Humanos - SEED/RH/PR, a apresentação
de diversos atestados médicos, licenças médicas de médio e longo prazo, atestando
1
Professora PDE-2014, mestre em Educação e professora especialista em Educação Especial e
Psicopedagoga de Santo Antônio da Platina, Núcleo Regional de Educação de Jacarezinho.
2
Orientadora. Psicóloga, mestre em Educação e professora da Universidade Estadual do Norte do
Paraná – Centro de Ciências Humanas da Saúde - CCS - Campus de Jacarezinho.
que os professores foram ou estão sendo afastados de suas funções em
decorrência de esgotamentos físicos, emocionais, estresse, pânico, depressão,
ansiedade, descontrole emocional, “medo” da sala de aula, intolerância a situações
pedagógicas, supostamente gerados por desafios no cotidiano escolar. Todos esses
problemas de saúde encontram ressonância na Síndrome de Burnout conhecida
também como Síndrome do Esgotamento Profissional uma vez que ela é inerente ao
ambiente profissional.
Frente a uma sociedade cada vez mais dinâmica, cujas demandas a escola
tem encontrado dificuldades em acompanhar, tem influenciado na saúde mental dos
seus profissionais, fatores estes que justificam uma abordagem in loco dos mesmos,
para conhecer como ocorre a prática pedagógica, os desafios e dificuldades
encontradas, os relacionamentos interpessoais, e principalmente, como eles se
vêem e se sentem nessa profissão.
Como ilustração dessas novas demandas pode-se tomar como exemplo o
rompimento dos paradigmas pedagógicos tradicionais, e com eles também se foram
a valorização social do professor frente às famílias, em que cada um representava
um papel: a escola cabia o saber, o conhecimento sistematizado; aos pais a
educação dos seus valores, e para ambos parecia ficar claro a existência desse
“contrato implícito” dessas obrigações.
Atualmente não se pode mais falar em “contrato” posto que os pais estão se
eximindo de suas responsabilidades, deixando para a escola esse papel de educar e
dar limites. Contraditoriamente quando a escola chama os pais para orientações, os
mesmos, muitas vezes, se revoltam, responsabilizando-se pela educação de seus
filhos, mas, ao mesmo tempo espera que a instituição de ensino os eduquem “sem
sofrimento” e “sem cobrança”, como se isso fosse possível. Consequentemente, isso
requer do educador um equilíbrio emocional e um fazer pedagógico com grandes
adaptações curriculares, e pedagógico inclusivo, seguro e saudável; e mesmo assim
quando os resultados esperados não se concretizam na prática, fica a sensação de
frustração, impotência, desmotivação profissional, comprometendo a sua saúde
mental, física e emocional.
Toda essa “dinâmica” que ocorre no ambiente escolar se constitui em
prováveis causas para o adoecimento do professor, mas de que forma se pode
reconhecer se as manifestações apresentadas são próprias da Síndrome de Burnout
ou problemas extra- ambiente profissional?
Têm-se como objetivos: analisar os fatores que podem prejudicar a Saúde
Mental dos professores da Educação Especial no seu ambiente de trabalho, que os
levam a desenvolver a Síndrome de Burnout; conscientizar os mesmos dos danos
causados na sua saúde mental decorrentes dessa Síndrome; identificar as
características da Síndrome de Burnout, bem como as manifestações desta no
cotidiano docente; conhecer, estudar e avaliar como medidas preventivas sugeridas
por especialistas podem concorrer para diminuir o estresse e as manifestações
desta Síndrome, como forma de melhorar a qualidade da saúde mental do professor;
sugerir medidas de intervenção com os próprios recursos da entidade, para
minimizar os possíveis danos já presentes e prevenir novos sintomas, promovendo
uma qualidade de vida e uma saúde mental saudável.

2. TRABALHO E EDUCAÇÃO ESPECIAL

Pensar a prática docente para alunos com necessidade especiais implica ir


além da prática tradicional, “tradicional” no sentido de salas comuns. As demandas
atuais por uma sociedade igualitária busca também uma escola mais acessível e
nesse parâmetro a inclusão das pessoas com necessidades especiais tanto no
âmbito das escolas especiais como nas escolas comuns, faz parte das políticas
respaldas por leis e ninguém discute sobre a sua viabilidade. Em contrapartida, os
profissionais que trabalham com esses alunos se vêem cada vez mais estressados,
pois necessitam fazer as devidas adaptações e flexibilizações curriculares para uma
ação pedagógica efetiva, pois, se assim não o for, os objetivos pedagógicos não
serão alcançados com os alunos, havendo um fracasso escolar e frustração, por
isso muitos se sentem despreparados.
Conforme Saviane (2006, p.2) adverte: “Trabalho e educação são atividades
especificamente humanas. Isso significa que, rigorosamente falando, apenas o ser
humano trabalha e educa”. Por outro lado, ao retomar o conceito de trabalho citado
anteriormente, Aristóteles (apud SAVIANE, 2006, p.2) “[...] considerando como
próprio do homem o pensar, o contemplar, reputa o ato produtivo, o trabalho, como
uma atividade não digna de homens livres”.
Interessante observar que foi a primeira dimensão de educação que deu
origem a palavra escola, que significa “o lugar do ócio, do tempo livre, pois somente
a frequentavam quem tinha o tempo livre”. Portanto, começava a ruptura em relação
às comunidades primitivas, onde todos trabalhavam e se educavam mutuamente.
Dessa forma,

[...] a escola, desde suas origens, foi posta do lado do trabalho intelectual;
constitui-se num instrumento para a preparação dos futuros dirigentes que
se exercitavam não apenas nas funções de guerra (liderança militar), mas
também nas funções de mando (liderança política) por meio do domínio da
arte da palavra e do conhecimento dos fenômenos naturais e das regras de
convivência social. [....].(SAVIANE, 2006, p.6).

Logo, é esse compromisso com a profissão que tem levado o professor a se


perguntar se, as novas demandas sociais impostas à escola, fazem parte do seu
compromisso como professor, pois todas as definições referentes à sua prática não
comportam o que dele se exige: fazer o papel da família na transmissão de valores,
ser polivalente em conhecimentos para dar conta das interdisciplinaridades, do
multiculturalismo, das relações interpessoais, dos pais, da equipe pedagógica, da
formação continuada, das tecnologias. Codo (2006) afirma que:

A carga mental tende a aumentar mais ainda. Lembremos que o professor,


geralmente, leciona em mais de uma escola, às vezes em turnos diferentes,
tem muitos alunos de turmas distintas e disciplinas diversas. Isso faz com
que aumente o volume de trabalho e exige que o professor se adapte à
cada realidade (de cada sala, cada disciplina, cada escola), o que exige
mais dedicação, mais esforço intelectual e [...]: de controle sobre a situação,
qualidade nas relações interpessoais e investimento afetivo, e aumento da
carga mental, o que pode levar o trabalhador à desistência (real e/ou
simbólica) de seu trabalho (CODO, 2006, p. 220).

E, ante a impossibilidade de atender as demandas que dele se espera,


somando-se as suas próprias expectativas profissional, tem como consequência um
quadro de vulnerabilidade as doenças pois, nesse sentido,

[...], o trabalho pode deixar de ser fonte de prazer e mediador de saúde para
o homem e se tornar fonte de adoecimento mental e/ou físico e, devido ao
desgaste da subjetividade podendo levar ao estresse, sendo este, desde
um grau menos intenso ao mais intenso, de acordo com as pressões
sentidas pelo indivíduo, tanto no mundo externo (o ambiente em que vive e
as relações que estabelece) ou no mundo interno (a contradição entre seus
desejos e sentimentos e o que lhe é exigido na realidade), é uma luta
constante do organismo e da subjetividade para retornar ao equilíbrio de
antes. (SANTIAGO, 2010, p.7).
Assim, uma vez que, uma determinada profissão é a protagonista principal
causadora de doenças, é necessário enfrentar essa questão, e em se tratando do
magistério, é preciso estar atento sobre como ocorrem os relacionamentos
interpessoais no seu ambiente de trabalho, com seus alunos e responsáveis, os
colegas, a equipe pedagógica, para que seu trabalho se realize de maneira mais
prazerosa possível e não como um “fardo” a ser carregado até a aposentadoria
permeado por inúmeros atestados médicos

2.1 O PROFESSOR SENDO AVALIADO VIA AVALIAÇÃO DO ALUNO

A partir do momento em que as avaliações externas implementadas nas


últimas décadas como o Sistemas de Avaliação da Educação Básica – Saeb, Prova
Brasil, Provinha Brasil dentre outros3, assim como ENEM - Exame Nacional do
Ensino Médio, que não é obrigatório, o trabalho docente ganhou visibilidade e
colocou em discussão a competência do professor via classificação das escolas de
acordo com as notas de seus alunos, e nesse contexto o seu trabalho vem sendo
cada vez mais cobrado, desconsiderando outros fatores (estrutura, salário,
comprometimento dos pais e alunos, políticas educacionais) que também interferem
no resultado final. Dessa forma, a crítica que se faz passou a girar em torno da
desvalorização desses profissionais ou trabalhadores da educação, e reforçando
esse pensamento, Leão utiliza-se da seguinte argumentação:

O Brasil tem uma grande dívida com os profissionais da educação,


particularmente no que se refere à sua valorização. Para reverter essa
situação, as políticas de valorização não podem dissociar formação, salários
justos, carreira e desenvolvimento profissional. É preciso assegurar
condições de trabalho e salários justos equivalentes com outras categorias
profissionais de outras áreas que apresentam o mesmo nível de
escolaridade e o direito ao aperfeiçoamento profissional contínuo. (LEÃO,
2013, p1.).

Por outro lado, quando se vê programas que se pretende valorizar a profissão


como o Plano Nacional da Educação, ou o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação – Fundeb -- a prioridade é sempre oferecer condições de trabalho que

3
Os Estados e Municípios têm autonomia para criarem as suas próprias avaliações.
visem a “qualidade na educação” através da remuneração, local de trabalho e
formação continuada do professor.
Dessa forma, diferentemente das organizações contemporâneas, que
passaram a considerar a qualidade de vida dos seus funcionários como fator
importante para produtividade, nas instituições de ensino esse é um tema que passa
longe das discussões, e a valorização centra-se tão somente na “sua produção”
através de “boas práticas educativas” embora os afastamentos e as abstenções só
faz aumentar nas escolas. Mesmo por que:

A concepção de centralidade do trabalho, [...] sob a influência de Gramsci,


indica que é somente no interior de cada estabelecimento que se pode
exercer, de modo contínuo, eficiente, uma ação de real defesa do trabalho e
da saúde do homem. Portanto, remete também ao desenvolvimento do
sentido do trabalho por meio do reconhecimento da atuação concreta dos
trabalhadores. [...], em que a visibilidade do seu fazer, passando pelo
julgamento deste fazer - por intermédio do reconhecimento da hierarquia
(diretores de escola, por exemplo), de seus pares (colegas de trabalho) ou
da clientela (dos alunos e familiares) - conduz à retribuição de sua
contribuição ao trabalho, por meio do reconhecimento de seu esforço pela
hierarquia (diretores de escola, por exemplo), de seus pares (colegas de
trabalho) ou da clientela (dos alunos). Como afirma Dejours ‘o
reconhecimento é a forma específica da retribuição moral-simbólica dada ao
ego, como compensação por sua contribuição à eficácia da organização do
trabalho, isto é, pelo engajamento de sua subjetividade e inteligência’
(SILVA et al, 2009, p.5).

Logo, não é apenas o salário, a carga horária, ou o local de trabalho de última


geração que vão resolver a questão de valorização dos professores, é preciso
pensar na Qualidade de Vida no Trabalho – QVT. Entende-se como QVT

É desenvolver e manter uma satisfação, ou seja, uma sensação de bem


estar no trabalho, o que não significa apenas salários mais altos, mas
também questões de qualidade de vida, tais como: tempo com a família,
saúde, razoabilidade quanto às horas de trabalho e cargas de trabalho,
controle sobre a carreira e sensação de segurança do emprego; a partir do
comprometimento mútuo entre colaboradores e organizações, para que a
satisfação ocorra nos dois sentidos. Corresponde a uma área de
competência relevante para as organizações, nas quais um conjunto de
programas e ações, que interferem no ambiente organizacional, deve ser
implantado, tendo, como público alvo, o cliente interno. (FERREIRA, 2011,
p.4).

Se, a primeira vista, a QVT parece estar restrita às empresas privadas, é


preciso observar que no âmbito público essa diretriz também está presente.
A administração pública deve buscar permanentemente uma melhor
Qualidade de Vida no Trabalho promovendo ações para o desenvolvimento
pessoal e profissional de seus servidores. Para tanto, as instituições
públicas devem desenvolver e implantar programas específicos que
envolvam o grau de satisfação da pessoa com o ambiente de trabalho,
melhoramento das condições ambientais gerais, promoção da saúde e
segurança, integração social e desenvolvimento das capacidades humanas,
entre outros fatores. (http://www.mma.gov.br/responsabilidade-
socioambiental/a3p/eixos-tematicos/qualidade-de-vida-no-ambiente-de-
trabalho )

A instituição escolar é um ente público, entretanto, a QVT, seguramente, não


faz parte do seu cotidiano, observando que, não raro, psicólogos fazem parte dos
seus quadros de Recursos Humanos ainda que, com funções de atendimento à
clientela externa.

3. POR QUE O ESTRESSE E A DEPRESSÃO NÃO SÃO SÍNDROME


DE BURNOUT?

Considerando que a Síndrome de Burnout é um tema relativamente novo


entre os trabalhadores, faz-se necessário uma abordagem sobre o estresse e a
depressão, sendo que a burnout também apresenta características comuns tanto a
um (estresse) quanto ao outro (depressão), entretanto, o histórico do indivíduo é que
vai determinar o diagnóstico final.
O “estresse” tornou-se um termo para explicar qualquer mal-estar, desânimo,
cansaço que o indivíduo apresente num curto período de tempo, entretanto,
segundo especialistas, ele é mais complexo do que se pensa mais ao mesmo tempo
pode ser visto como uma reação positiva do organismo uma vez que, se constitui
num sinal de alerta para alguma coisa que não esteja funcionando de maneira legal.

3.1 ESTRESSE

O médico endocrinologista canadense Hans Selye ( 1907-1982 ) foi o primeiro


a formular o conceito de estresse. Ele partiu do princípio de que, a resposta do corpo
ao perigo pode–se dividir em três estágios:
1º – alarme. Quando o corpo reconhece o agente agressor e ativa o sistema
neuroendócrino. As glândulas supra–renais passam então a libertar os hormônios do
estresse – adrenalina, noradrenalina e cortisol –, provocando aceleração do
batimento cardíaco, dilatação das pupilas, aumento da sudorose e das taxas de
açúcar no sangue, redução da digestão e do apetite sexual, contração do baço e
redução das defesas do organismo;
2º – adaptação. Quando o organismo volta–se para a reparação dos danos.
Há queda dos níveis hormonais;
3º – Se a ação dos agentes estressores continua ou se a pessoa não se livra
do estímulo que provoca essas reações, chega–se à exaustão, capaz de promover
doenças.
O estresse é considerado um desequilíbrio do organismo em respostas às
influências ambientais. O estresse temporário é um aspecto essencial da vida, uma
vez que a interação contínua entre o organismo e seu meio ambiente envolve,
freqüentemente, perdas temporárias de flexibilidade. Isso ocorre quando o indivíduo
percebe uma súbita ameaça, ou quando tem que se adaptar às súbitas mudanças
no meio ambiente, ou ainda, quando ele está sendo fortemente estimulado de
alguma outra forma. Essas fases transitórias de desequilíbrio são parte integrante do
modo como os organismos saudáveis interagem com seu meio ambiente, mas o
estresse prolongado ou crônico pode ser pernicioso e desempenha um papel
significativo no curso de muitas doenças.
Os sintomas de estresse fisiológico – garganta apertada, pescoço tenso,
respiração superficial, pulsação acelerada, etc. – são virtualmente idênticos em
animais e em seres humanos, e inteiramente independentes da fonte de estresse.
Há um consenso entre os especialistas de que existe um elemento-chave no
vínculo entre o estresse e a doença que ainda não é conhecido em todos os seus
detalhes, mas que foi verificado por numerosos estudos: é o fato de que o estresse
prolongado anula o sistema imunológico do corpo e suas defesas naturais contra
infecções e outras doenças
Assim o conceito de estresse parece ser extremamente útil para descrever o
desequilíbrio de um organismo. Embora seja relativamente novo na pesquisa
médica, firmou-se na consciência coletiva como justificativa para aquilo que não se
pode explicar de imediato.
Lipp (2008) encontram-se, resumidamente, alguns sintomas verificáveis
como características do estresse.
Sintomas do estresse. Físico: músculos tensos; dor de cabeça / cefaléias;
dores nas costas / pescoço; mãos frias; náuseas e indisposição estomacal; alteração
cardíaca; cansaço mental/ palpitações / pulso acelerado; problemas de pele;
infecções; queda de cabelo; boca seca; pupilas dilatadas; corpo elimina mais suor;
problemas respiratórios; câimbras / dormência; maior débito urinário; dores
articulares; diarréias. Emocional: ansiedade; preocupação; depressão; medo.
Síndrome pós–traumática: conjunto de sintomas apresentados após um
evento estressante extremamente violento, como sequestro e atentado terrorista.
Gera muita ansiedade, podendo levar à depressão e ao suicídio.
Os especialistas alertam que o estresse não pode servir para explicar
qualquer doença, uma vez que o termo está vulgarizado, pois há pessoas que
acreditam estarem estressadas, quando apenas estão irritadas por um problema
circunstancial. Da mesma forma que diagnosticar um sintoma como ‘apenas
estresse’ pode ter conseqüências drásticas.

3.2 DEPRESSÃO

De acordo com a Organização Mundial de Saúde – OMS- a depressão ocupa


o segundo lugar dentre as doenças que causam incapacidade no trabalho, e a
projeção é que até 2020 ela esteja no topo da lista. Ainda segundo a OMS, a média
de falta no trabalho de um indivíduo com depressão é de sete dias por mês,
enquanto a média geral é uma vez a cada 30 dias. Mas, afinal, no que consiste a
depressão?

Depressão é uma doença que se caracteriza por afetar o estado de humor


da pessoa, deixando-a com um predomínio anormal de tristeza. Todas as
pessoas, homens e mulheres, de qualquer faixa etária, podem ser atingidas,
porém mulheres são duas vezes mais afetadas que os homens. Em
crianças e idosos a doença tem características particulares, sendo a sua
ocorrência em ambos os grupos também frequente. (GALVÃO; ABACHAIM,
2014, p.1)

As características presentes na pessoa com depressão pode ser observada


através do sentimento de tristeza e desesperança, desânimo, abatimento, "baixo-
astral ".
Muitas pessoas com depressão, contudo, negam a existência de tais
sentimentos, que podem aparecer de outras maneiras, como por um
sentimento de raiva persistente, ataques de ira ou tentativas constantes de
culpar os outros, ou mesmo ainda com inúmeras dores pelo corpo, sem
outras causas médicas que as justifiquem. Pode ocorrer também uma perda
de interesse por atividades que antes eram capazes de dar prazer à
pessoa, como atividades recreativas, passatempos, encontros sociais e
prática de esportes. Tais eventos deixam de ser agradáveis. Geralmente o
sono e a alimentação estão também alterados, podendo haver diminuição
do apetite, ou mesmo o oposto, seu aumento, havendo perda ou ganho de
peso. Em relação ao sono pode ocorrer insônia, com a pessoa tendo
dificuldade para começar a dormir, ou acordando no meio da noite ou
mesmo mais cedo que o seu habitual, não conseguindo voltar a dormir. São
comuns ainda a sensação de diminuição de energia, cansaço e fadiga,
injustificáveis por algum outro problema físico. (GALVÃO; ABUCHAIM,
2014, p1.)

Dessa forma, será possível observar que o estresse e a depressão têm


características distintas da Síndrome de Burnout que será abordada em seguida
posto que, num primeiro momento suas características poderão remeter as duas
primeiras.

4. SÍNDROME DE BURNOUT

Apesar dos educadores serem apontados como um grupo profissional


propenso a desenvolver a Síndrome de Burnout, poucos a conhecem e, portanto, se
previnem quanto a possibilidade de virem a sofrer seus efeitos. Por outro lado,
mesmo configurando como doença do trabalho conforme Legislação da Previdência
Social brasileira não há nenhuma orientação sobre protocolo de atendimento como
normalmente acontece com as demais doenças.
Segundo Benevides-Pereira (2002), a Burnout é um termo bastante antigo:
burn out é um termo do idioma inglês que significa o ponto de limite a partir do qual
algo parou ou se acabou por absoluta falta de energia, algo que se tornou
inoperante pelo seu uso, ou seja, uma metáfora para significar aquilo, ou aquele,
que, chegou ao seu limite e por falta de energia, não tem mais condições de
desempenho físico ou mental, ou ainda, “combustão completa”, “perder o fogo” ou
“perder a energia”, isso visualiza claramente a essência em que se apresenta o
professor adoecido. Credita-se ao médico psiquiatra alemão Herbert J.
Freudenberger (1926-1999) como o primeiro a utilizar esta denominação,
descrevendo este fenômeno como um sentimento de fracasso e exaustão causado
por um excessivo desgaste de energia e recursos. Freudenberger consolidou seus
estudos sobre.essas observações em 1975 e 1977
Na definição corrente dos psicólogos e professores que dedicaram-se a este
tema como pesquisadores das Universidades da Califórnia- EUA, Utrecht – Holanda,
e Acadia Wolfiville, respectivamente, Maslach4, Schaufeli e Leiter (apud
BENEVIDES-PEREIRA, 2010) burnout é descrita como uma síndrome psicossocial
surgida como uma resposta crônica aos estressores interpessoais ocorridos na
situação de trabalho, em virtude de um processo desencadeado por fatores relativos
à organização do trabalho, do ambiente e das relações laborais, facilitados por
algumas características individuais, com consequências tanto pessoais quanto
sociais, interferindo no âmbito do trabalho e trazendo implicações familiares.
Segundo o Dr. Drauzio Varela (2014) o diagnóstico deve ser feito a partir do
levantamento da história e envolvimento da pessoa com o seu ambiente de trabalho.

[...] Para o diagnóstico, existem quatro concepções teóricas baseadas na


possível etiologia da síndrome: clínica, sociopsicológica, organizacional,
sociohistórica (Murofuse et al., 2005). A mais utilizada nos estudos atuais é
a concepção sociopsicológica. Nela, as características individuais
associadas às do ambiente e às do trabalho propiciariam o aparecimento
dos fatores multidimensionais da síndrome: exaustão emocional (EE),
distanciamento afetivo (despersonalização – DE), baixa realização
profissional (RP) (Cherniss, 1980b; World Health Organization, 1998).
(TRIGO; TENG; HALLAK, 2007, p.225).

Portanto, saber diferenciar, as diferenças existentes entre o estresse,


depressão e burnout contribuirá para que os profissionais possam diagnosticar e
orientar com mais segurança as pessoas acometidas pelos sintomas, como ou
tenham melhores condições para se prevenirem, mediante situações que venham a
desencadear um quadro de Burnout.

4.1 PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS

De acordo com psicanalista e psicopedagogo Chafic Jbeile (2008), foi


identificado quatro estágios sequenciais que ocorrem na Síndrome de Burnout: 1º
estágio, a vontade em ir ao trabalho fica comprometida, com ausência crescente e

4
O Modelo teórico desenvolvido por esta pesquisadora tornou-se padrão entre os psicólogos
para avaliar a presença da Síndrome de Burnout.
gradual de ânimo ou prazer em relação às atividades laborais; fazendo surgir dores
genéricas e imprecisas nas costas e na região do pescoço e coluna. E na sequência,
o profissional não se sente bem, mas não saber dizer exatamente o que possa ser.
A evolução para o 2º estágio atinge as relações com parceiros e colegas de
trabalho quando surgem pensamentos neuróticos de perseguição e boicote por parte
do chefe ou colegas de trabalho, fazendo com que a pessoa pense em mudar de
setor e até emprego; as faltas começam a ficar frequentes e as licenças médicas
são recorrentes. Tem início o absenteísmo.
No momento do 3º estágio as habilidades e capacidades ficam
comprometidas; os erros operacionais são mais frequentes e a atenção fica dispersa
ou difusa; doenças psicossomáticas como alergia e picos de pressão arterial
começam a surgir e a auto medicação é observada; inicia-se ou eleva-se a ingestão
de bebidas alcoólicas como paliativo para amenizar a angústia e o desprazer
vivencial.Neste momento fica claro a despersonalização, ou seja, a pessoa fica
indiferente em suas relações de trabalho culminando em cinismo e sarcasmo.
O 4º estágio é o auge do comportamento, pois o alcoolismo já está presente
como forma de fuga, soma-se a isso o de drogas ilícitas; enfatizam-se os
pensamentos de auto destruição e suicídio. A prática laboral fica comprometida e o
afastamento do trabalho é inevitável.
Observa-se que, até o terceiro estágio existe uma dificuldade em se atribuir
ao Burnout os sintomas encontrados, sendo necessária por isso uma avaliação ou
orientação profissional especializada para que possa evitar ou minimizar agravantes
e consequentemente o sofrimento da pessoa.

4.1.1 Consequências

Vale transcrever as consequências mencionadas por Trigo, Teng, Hallak


(2006, p. 230-231) em relação à Síndrome de Burnout.
Para a organização. A instituição tem um aumento em seus gastos (tempo,
dinheiro) com a consequente rotatividade de funcionários acometidos pelo burnout,
assim como o absenteísmo destes.
Segundo Maslach e Leiter (apud (TRIGO; TENG; HALLAK, 2006, p.230):
[...] os indivíduos que estão neste processo de desgaste estão sujeitos a
largar o emprego, tanto psicológica quanto fisicamente. Eles investem
menos tempo e energia no trabalho, fazendo somente o que é
absolutamente necessário e faltam com mais freqüência. Além de
trabalharem menos, não trabalham tão bem. Trabalho de alta qualidade
requer tempo e esforço, compromisso e criatividade, mas o indivíduo
desgastado já não está disposto a oferecer isso espontaneamente. A queda
na qualidade e na quantidade de trabalho produzido é o resultado
profissional do desgaste.

Para o indivíduo. O indivíduo pode apresentar fadiga constante e


progressiva dores musculares ou osteomusculares (na nuca e ombros; na região da
coluna cervical e lombar); distúrbios do sono; cefaléias, enxaquecas; perturbações
gastrointestinais (gastrites até úlceras); imunodeficiência com resfriados ou gripes
constantes, com afecções na pele (pruridos, alergias, queda de cabelo, aumento de
cabelos brancos); transtornos cardiovasculares (hipertensão arterial, infartos, entre
outros); distúrbios do sistema respiratório (suspiros profundos, bronquite, asma);
disfunções sexuais como diminuição do desejo sexual, dispareunia/anorgasmia, e
alterações menstruais em mulheres; ejaculação precoce ou impotência nos homens.
Pode ocorrer o surgimento de agressividade, dificuldade para relaxar e aceitar
mudanças; perda de iniciativa; consumo de substâncias (álcool, café, fumo,
tranqüilizantes, substâncias ilícitas); comportamento de alto risco até suicídio.
Para o trabalho. Ocorre diminuição na qualidade do trabalho por mau
atendimento, procedimentos equivocados, negligência e imprudência [...]. A
predisposição a acidentes. aumenta devido a falta de atenção e concentração.
O abandono psicológico e físico do trabalho pelo indivíduo acometido por
burnout leva a prejuízos de tempo e dinheiro para o próprio indivíduo e para a
instituição que tem sua produção comprometida [...]
Em relação ao psiquismo, pode apresentar: falta de concentração; alterações
de memória (evocativa e de fixação); lentificação do pensamento; sentimento de
solidão; impaciência; sentimento de impotência; labilidade emocional; baixa auto-
estima; desânimo [...].
Para a sociedade. O indivíduo acometido por burnout pode provocar
distanciamento dos familiares, até filhos e cônjuge [...]. Já os clientes mal atendidos
arcam com prejuízos emocionais, físicos e financeiros que podem se estender aos
seus familiares e até ao seu ambiente de trabalho.
Dessa forma, trata-se de comportamentos observáveis que pode servir até
mesmo de parâmetros que possa identificar um profissional que esteja sofrendo com
a Síndrome de Burnout.

4.1.2 Tratamento, Prevenção ou Estratégias de Enfrentamento

Como ficou explicitado pelos especialistas citados anteriormente, é forte a


presença do um transtorno mental nas pessoas acometidas portanto o tratamento
sugerido ou as orientações para os casos apresentados deverão ser realizados
através de psicoterapia, e se apesar disso o problema persistir em relação ao
mesmo ambiente de trabalho, a recomendação é que se mude de atividade e/ou de
ambiente uma vez que sendo ela a causa do burnout, é preciso eliminá-lo. Como
recomendações, o Dr. Drauzio Varela (2014) sugere exercícios físicos, vivenciar
momentos de descontração, evitar o consumo de bebidas alcoólicas ou outras
drogas apropriadas para depressão e ficar atento caso observe que o ambiente de
trabalho é que está afetando a saúde física e mental, quando descartada outras
possibilidades (estresse, depressão).

4.2 A SÍNDROME DE BURNOUT NO CONTEXTO DOS PROFISSIONAIS DA


EDUCAÇÃO

Apesar dos educadores serem apontados como um grupo propenso a


desenvolve esta síndrome, poucos a conhecem. Considerando que, o professor tem
inúmeras atividades, além de preparar e ministrar suas aulas; atender seus alunos
em suas particularidades; corrigir cadernos e provas; manter os diários de classe
atualizados e preencher os relatórios bimestrais e individuais; manter-se
constantemente atualizados através de cursos em nível da própria escola e fora, na
sua disciplina; dominar as tecnologias; jornada de trabalho excessivas; alunos sem
limites comportamentais; falta de comprometimento dos pais em relação a educação
dos filhos; despreparo e falta de experiência profissional no atendimento das
demandas educacionais no advento da inclusão dentre outros.
Frente a tantas atividades profissionais, não raro a vida pessoal e/ou familiar
desse profissional pode ficar comprometida. Somando e somatizando isso, os
professores enquanto categoria profissional se destacam como potenciais vítimas da
Síndrome de Burnout, comprometendo gravemente a sua saúde Até mesmo o
Ministério da Saúde, já incluiu no CID, a Síndrome de Burnout, também denominada
Síndrome de Esgotamento Profissional, como:

resposta prolongada a estressores emocionais e interpessoais crônicos no


trabalho. Tem sido descrita como resultante da vivência profissional em um
contexto de relações sociais complexas, envolvendo a representação que a
pessoa tem de si e dos outros. O trabalhador que antes era muito envolvido
afetivamente com seus clientes, com os seus pacientes ou com o trabalho
em si, desgasta-se e, em um dado momento, desiste, perde a energia ou se
“queima” completamente. O trabalhador perde o sentido de sua relação com
o trabalho, desinteressa-se e qualquer esforço lhe parece inútil. (CID-10,
1996 apud BRASIL. Ministério da Saúde, 2001, p. 191).

Logo, se a realidade aponta para a Síndrome de Burnout como nocivo, é


imprescindível insistir no fato de que é necessário conhecê-la e preveni-la nesse
ambiente de trabalho, para evitar constantes afastamentos, altos índices de
absenteísmo; abandono da profissão; problemas no convívio interpessoal com
colegas, gestores e alunos; baixa produtividade em sala de aula e tantas outras
variáveis que podem ser identificadas sobre a incapacidade do professor em lidar
com os sintomas inerentes à mesma.

4.2.1 Sintomas Comportamentais no Ambiente Escolar

A forma como os profissionais se comportam no ambiente de trabalho não


passa despercebido entre os professores que, na maioria das vezes, desconhecem
saberem estar diante de um quadro de Burnout, observa-se que eles evitam os
alunos; evitam fazer contato visual; fazem uso de adjetivos depreciativos; dão
explicações breves e superficiais aos alunos; transferem responsabilidades; fazem
contratransferências, ou seja, reagem às provocações em papéis distintos do papel
de educador; e quando se vêem frente a necessidade de usar tecnologias, novos
método de ensino, cursos, são os primeiro a resistir, a mostrar-se pessimistas,
ressaltadas pela apatia ou cinismo nos diálogos; dificuldade em desempenhar
papeis; diminuição dos contatos sociais; desvalorização do lazer; negligência nos
cuidados pessoais; auto medicação (agravando o quadro); e não consideram que
precisam de ajuda.
Em outras palavras, a saúde do professor deve ser olhada com muita atenção
em função das consequências que trazem para a comunidade escolar
principalmente para os seus alunos.

5 METODOLOGIA

Para investigar o conhecimento do professor sobre a Síndrome Burnout


realizou-se uma pesquisa de campo, através das etapas que se seguem.
A pesquisa foi de caráter descritiva, uma vez que:

objetiva descrever as características de certa população ou fenômeno, ou


estabelecer relações entre variáveis; envolvem técnicas de coleta de dados
padronizadas (questionário, observação); assume em geral a forma de
levantamento. (GIL, 2010, p.27).

Assim, considera-se importante que, os professores da Educação Especial


tenham à disposição maiores conhecimentos sobre o burnout para que possam
reconhecer os sintomas e procurarem se prevenirem e/ou minimizarem suas
consequências, e quanto aos procedimentos técnicos foram contemplados a
pesquisa bibliográfica uma vez que oferece maiores conhecimentos sobre o assunto
abordado, possibilitando diversos pontos de vistas de especialistas dessa área;
pesquisa participante desenvolvida pela interação entre a pesquisadora e os
professores das situações investigadas.
O universo da pesquisa de campo compreendeu os professores – em
número de 13 – da Escola Renascer, Modalidade da Educação Especial de Santo
Antônio da Platina –PR, no período de abril a dezembro 2015.
O instrumento de coleta de dados foram, Testes distintos padronizados –
elaborados por especialistas, com perguntas fechadas (sim/não e números). Dessa
forma, conseguiu-se o maior número possível de informações sobre as dificuldades
em reconhecer a Síndrome de Burnout, e servindo de parâmetros para responder ao
problema levantado e os objetivos elencados. Para a discussão final aplicou-se um
questionário elaborado pela pesquisadora com perguntas abertas.
Dessa forma, na sequência compreendeu as aplicações dos testes, a análise
e discussão. E a partir daí, desenvolveu-se todas as demais atividades com o intuito
de subsidiar o conhecimento do professor sobre a Síndrome de Burnout.
Observa-se também que dois testes foram aplicados a 14 professores dos
mais diferentes Núcleos Regionais de Educação do Paraná, participantes do Grupo
de Trabalho em Rede – GTR, modalidade de educação à distância, em que, esses
professores puderam contribuir para o andamento da pesquisa.

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Amostragem dos testes formais que foram aplicados em 13 professores


durante a Implementação do PDE, na Escola Renascer, Modalidade Educação
Especial.
Primeiro momento: foi aplicado o “Questionário Jbeili para identificação
preliminar da Burnout” composto de 20 “Características psicofísicas em relação ao
trabalho” em que o pesquisado deveria marca um X num quadro numerado de 1 a 5,
sendo que a quantidade de números assinalados constituem os resultados divididos
em cinco pontuações a saber: de 0 a 20 pontos: nenhum indício da Burnout; de 21 a
40 pontos: possibilidade de desenvolver Burnout...; de 41 a 60 pontos: fase inicial da
Burnout...; de 61 a 80 pontos: a Burnout começa a se instalar...; de 81 a 100 pontos:
você pode estar em uma fase considerável da Burnout.

GRÁFICO 1
Identificando o nível de Burnout dos professores.

Identificação Preliminar
7,70%00
12-nenhum indício

1-há possibilidade de
ter

92,30%

Fonte: professora PDE

Visualizando o gráfico 1 observa-se que apenas duas “características” foram


consideradas sendo que, 12 professoras não apresentaram nenhum indício da
Burnout; e apenas uma professora: apresentou possibilidade de desenvolver
Burnout, e portanto as recomendações são de que deve trabalhar a prevenção da
Síndrome.
Segundo momento: aplicação do 2º teste sob o título de “Síndrome da
Exaustão no Trabalho” com 25 perguntas fechadas (sim/não), tinha como objetivo
detectar o estado emocional do pesquisado. Os resultados consistiam em somar 1
ponto para o Sim e zero para o Não, sendo que, de 0 a 8 pontos (sim): você está
conseguindo enfrentar de modo saudável seu trabalho...; de 09 a 17 pontos (sim):
sua vida está ficando complicada...; de 18 a 25 pontos (sim) é necessário mudar
muito o comportamento diante do trabalho e da vida.

GRÁFICO 2
Como os professores consideram o seu estado emocional no ambiente de
trabalho.

Síndrome de Exaustão
6-modo saudável
15,39%;
5-está complicando

2-é necessário mudar o


comportamento
46,15%;
38,46%;

Fonte: professora PDE

De acordo com o gráfico 2, o resultado mostrou que seis professoras estão


conseguindo enfrentar de modo saudável seu trabalho, isso significa que elas
apresentam probabilidade de sucesso profissional e que suas atitudes diárias são
benéficas para a saúde; cinco professoras se enquadra o item “Sua vida está
ficando complicada”, ou seja, o trabalho pode não estar trazendo satisfações, sendo
necessário planejar melhor as atividades de maneira que possa conciliar trabalho e
lazer; e para duas professoras “É necessário mudar muito o comportamento diante
do trabalho e da vida”, pois estas podem estar encontrando dificuldades para
enfrentar situações no ambiente de trabalho, sendo um sinal para procurar ajuda
profissional.
Terceiro momento: o 3º teste elaborado por Nádia Lipp sobre o estresse
consta de 10 perguntas que deveria ser assinalada caso se o pesquisado
concordasse com a assertiva. Tendo como respostas para sim, de 1 a 3 perguntas, “
a vida pode estar um pouco estressante para você...”; de 4 a 8, “seu nível de
estresse está alto...”, e mais de, o nível de estresse está altíssimo...”.

GRÁFICO 3
Identificando o nível de estresse.

Sintomas para o Estresse


0
18,18% 18,18% 2-tem sinais com
f requência
7-nível alto

2-nível altíssimo
63,64%

Fonte: professora PDE

Observa-se que duas professoras concordaram que têm tido sinais de


estresse com frequência, e portanto “A vida pode estar estressante para você”,
exigindo que as mesmas avaliem o que está acontecendo, se os comportamentos
apresentados são conseqüências de fatores externos ou interno do trabalho. Para
sete professoras o “nível de estresse está alto”, isso significa que estão atuando
profissionalmente, no seu limite, e portanto devem rever o próprio estilo de vida,
incluindo comportamento, alimentação, relações pessoais, lazer. Outras duas
professoras estão com “nível de estresse altíssimo”, é sinal que precisar procurar
ajuda de profissionais como um psicólogo, pois esse desconforto é a soma de vários
fatores estressantes e por isso merece uma atenção maior.
Quarto momento: a 4ª aplicação do teste foi a Escala de Maslach,
Participaram 15 profissionais, sendo 12 professores, a diretora, a vice-diretora
e a coordenadora, observado que, essas participaram apenas nesse momento.
Esse teste é composto por 3 fatores – exaustão emocional com 9 itens;
envolvimento pessoal no trabalho com 8 itens; e despersonalização com 5 itens.
Para cada uma das questões são apresentados os sintomas dos fatores.
Diferentemente do teste anterior, neste as questões são afirmativas e que foram
assinaladas a partir da escala:
 0: nunca
 1: uma vez ao ano ou menos
 2: uma vez ao mês ou menos
 3: algumas vezes no mês
 4: uma vez por semana
 5: algumas vezes por semana
 6: todos os dias

GRÁFICO 4
Nível de exaustão emocional.

Exaustão Emocional
0-nunca

1-uma vez ao ano


mais ou menos
6,67%
6,67% 2-uma vaz ao mês
26,66% mais ou menos
6,67%
3-alguma vez no
6,67% mês
20% 4-uma vez na
semana
26,66% 5-algumas vezes na
semana
6-todos os dias

Fonte: professora PDE

Dessa forma para a Exaustão Emocional foram constatados os seguintes


resultados:
 0: nunca – 26,66%
 1: uma vez ao ano ou menos – 20%
 2: uma vez ao mês ou menos – 26,66%
 3: algumas vezes no mês – 6,67%
 4: uma vez por semana – 6,67%
 5: algumas vezes por semana – 6,67%
 6: todos os dias – 6,67%

GRÁFICO 5
Envolvimento pessoal no ambiente de trabalho.

Envolvimento Pessoal
6,67% 2-uma vez ao mês ou
6,67% menos
3-algumas vezes no
13,33% mês
33,33%
4-uma vez por
40% semana
5-algumas vezes por
semana

Fonte: professora PDE

Envolvimento Pessoal no Trabalho:


 2: uma vez ao mês ou menos – 6,67%
 3: algumas vezes no mês – 6,67%
 4: uma vez por semana – 13,33%
 5: algumas vezes por semana – 40%
 6: todos os dias – 33,33%

Pode ser observado que o número de professores que se envolvem com mais
afinco no trabalho representam a maioria (11- 73,33%) e dessa forma estariam mais
sujeitas a desenvolverem características que possam a vir em determinado
momento fatores prejudiciais à sua saúde.
GRÁFICO 6
Despersonalização

Despersonalização
6,67% 0 0-nunca
13,33% 2-uma vez no mês ou menos
6-todos os dias

80%

Fonte: professora PDE


Despersonalização
 0: nunca - 80%
 2: uma vez ao mês ou menos – 13,33%
 6: todos os dias – 6,67%

A grosso modo, e considerando os conceitos sobre a Síndrome de Burnout


pode-se constatar que estes professores não podem ser considerados como
propensos a terem a Síndrome uma vez os percentuais apresentados não são tão
significativos.

PROFESSORES DO GRUPO DE TRABALHO EM REDE – GTR

Durante o período de Implementação das atividades presenciais relacionadas


ao PDE, simultaneamente o professores do GTR também participavam, e para eles
foram selecionados e aplicados dois testes.
A 1ª aplicação foi o “Questionário Jbeili para identificação preliminar da
Burnout”.

GRÁFICO 7
Identificação preliminar da burnout nos professores

Identificação de Burnout
0
23,09%
30,76%
4-nenhum indício

6-há possibilidade de
desenvolver
3-está se instalando
46,15%

Fonte: professora PDE

Observa-se através do gráfico 7 que quatro professores apresentaram


“Nenhum indício da Burnout”; enquanto seis têm “Possibilidade de desenvolver
Burnout”, a recomendação é que, uma vez que tenham conhecimento sobre a
referida síndrome, comecem a se prevenirem para que ela não venha se
desenvolver, e para três “A Burnout começa a se instalar”, necessitando de ajuda
profissional para prevenir o agravamento dos sintomas já apresentados, (um
professor não deu retorno).
A 2ª aplicação foi o teste “Síndrome da Exaustão no Trabalho”
GRÁFICO 8
Como os professores consideram o seu estado emocional no ambiente de
trabalho.

Síndrome da Exaustão
00
9-modo saudável
5-está complicando
35,72%

64,28%

Fonte: professora PDE

Nessa abordagem nove professores “Estão conseguindo enfrentar de modo


saudável seu trabalho”, e para cinco professores “A vida está ficando complicada”,
cujos significados já foram citados anteriormente.
Após a amostragem de cada teste, era seguido de uma discussão proposta
pelos próprios autores das questões levantadas, colocando os professores frente a
essa realidade dos fatores que podem levar à Síndrome de Burnout, situações a
serem evitadas, estratégias a serem adotadas. Palestras, filmes e vídeos sobre o
assunto foram compartilhados durante os encontros online.
Portanto percebeu-se que, tanto os professores da Escola Renascer , quanto
os do curso Online do GTR, não tinham conhecimento aprofundado da Síndrome de
Burnout e nem do mal silencioso que a mesma estava acarretando em sua saúde
mental.
Para concluir este momento de discussão e sugestões sobre os trabalhos
desenvolvidos na instituição de ensino foi aplicado também com os 13 professores
um questionário elaborado pela pesquisadora com 4 questões a saber:
1. Qual é a pedra que empurramos morro acima, ou seja, qual é o fardo que
se interpõe entre nós, que impede um trabalho produtivo e gratificante?
2. Quais condições afetam negativamente nosso trabalho e,
consequentemente nossa saúde mental?
3. Esses encontros da Implementação, trouxe alguma mudança para a sua
vida pessoal e profissional? Comente
4. Você teria alguma sugestão para o enfrentamento de um possível
adoecimento no seu trabalho?
. Análise das respostas:
A maioria dos profissionais estão insatisfeitos com a escola vinculada a uma
federação; os mesmos gostariam que fossem desvinculados, pois geram em alguns
profissionais um “sentimento de posse”. Outro fator seria a mudança da
nomenclatura educação básica, burocratizando o ensino na educação especial,
tendo muitas cobranças e não atendendo as peculiaridades do alunado,
descaracterizando um currículo especializado.
Ainda apontam para problemas enfrentados no dia-a-dia como falta de
comprometimento da família em todas as esferas; muitos alunos necessitam de
atendimentos médicos, psicológicos, fonoaudiológicos, que por vezes demoram para
serem atendidos; é priorizado a valorização por parte da coordenação em cobranças
técnicas e não tão pedagógicas, burocratizando o ensino, não querem dizer que não
seja importante, mas sobressai sobre o pedagógico, sufocando demais, muitas
vezes aborrecendo e gerando ansiedade.
Houve um consenso de que esses encontros foram preciosos demais, pois
ajudou a entender certos sentimentos, maneiras corretas de agir diariamente e lutar
pelos seus direitos sem medo de magoar as pessoas; alguns encontros foram vistos
como “terapias”, pois consideraram que aprenderam com alegria e descontração,
sem deixar de lado a essência do conhecimento. Ajudou-os a tomar consciência da
importância da saúde mental, aprendendo a valorizar a necessidade de cuidar mais
do nosso corpo, da mente, do psicológico e que a nossa Vida é única. E que a
Síndrome de Burnout é um mal silencioso, e que se não for prevenida pode
desencadear uma doença.
Os encontros mostraram que é possível haver reuniões mais vezes, seja para
trocas de experiências, discutir sobre o trabalho pedagógico, e também que haja
mais grupos de estudos. Foram momentos realizados de maneira simples, sem
atrapalhar o andamento organizacional da escola, momentos prazerosos, onde os
professores puderam ter liberdade de expressão, aprendendo sobre algo que pouco
se discutia na escola, um tema polêmico, real e necessário, discutido através de
muita descontração, rodas de conversas, onde aprendeu-se alegremente e podendo
desabafar sem nenhuma pressão.
Foi proposto a mudança de ritmo de vida como praticar atividades físicas, se
alimentar e dormir bem, evitar o consumo de álcool como fuga dos problemas,
reservar momentos de lazer que tragam satisfação pessoal, pensar que a sua
atividade profissional é muito importante para os seus alunos e suas famílias e
portanto uma pessoa com auto-estima consegue interagir no seu ambiente com
segurança e comprometimento. É importante assumir seus limites e se conscientizar
que os problemas e as soluções devem ser resolvidos em grupo e não fazer da sua
casa uma extensão do trabalho.
Outra sugestão seria, nesses encontros, trazer profissionais específicos,
como foi realizado pela professora PDE, como: psicólogos, médicos, educador
físico, nutricionistas, para compartilhar e orientar sobre a saúde física e mental.
Se a direção da instituição de ensino estiver consciente destes fatores e sua
responsabilidade em desenvolver medidas que estejam ao seu alcance para reduzir
os problemas destacados, sensibilizando-se com as queixas dos professores,
teremos a certeza que tudo vai caminhar e fluir melhor, prevenindo e/ou amenizando
os sintomas deste mal silencioso.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Realização Profissional está atrelada com o bem-estar físico e emocional,


uma gestão democrática eficiente, benefícios e políticas organizacionais, além do
conteúdo do trabalho pedagógico. Esse conjunto de fatores bem harmoniosos,
sinaliza elementos importantes e, conseqüentemente, podem ser entendidos como
meios de proteção à Síndrome de Burnout.
Sob este aspecto, este trabalho alcançou os objetivos pretendidos ao auxiliar
estes professores na conscientização de sua prática docente, demonstrando que o
acúmulo de situações estressoras no seu ambiente de trabalho pode levá-lo a
desenvolver este mal, gerando o seu adoecimento. Ao divulgar a Síndrome de
Burnout, procurou-se alertá-los, para que quando se sentirem acometidos,
prevenirem-se, buscando ajuda de profissionais especializados bem como
realizarem uma auto-reflexão sobre sua vida profissional e pessoal, pois a partir do
momento em que eles têm mais informações sobre esta síndrome, maior a
possibilidade de estarem atentos aos seus sintomas.
Indubitavelmente acreditamos que o estudo realizado trouxe resultados
significativos, pois esclareceu e demonstrou que preservar a saúde mental do
professor em sua caminhada profissional, depende de um conjunto de variáveis,
tanto pessoais quanto às referentes ao seu ambiente de trabalho. Foram sugeridas
ações de intervenção, visando propiciar o autoconhecimento, identificação, e
propostas de mudança de comportamento no que tange a prevenção da Síndrome
de Burnout.
Portanto, a expectativa é de que a partir da realização destas atividades,
esses professores possam efetivamente melhorar a dinâmica do seu ambiente
profissional, suas relações interpessoais, proporcionando um espaço saudável,
aliada a uma gestão democrática que possibilite torná-lo prazeroso, resultando no
bem-estar físico e psíquico, favorecendo assim uma caminhada profissional
saudável.

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