Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Cadernos PDE
I
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
CAMINHADA PROFISSIONAL SAUDÁVEL: PREVENÇÃO DA
SÍNDROME DE BURNOUT NO PROFESSOR
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi enfatizar a importância da Saúde Mental do educador, investigando os
fatores que interferem no seu ambiente de trabalho e no seu desenvolvimento emocional trazendo
prejuízos à prática pedagógica. Para atingir o objetivo proposto, vários encontros com discussões,
debates, palestras, vídeos e filmes contribuíram como forma de autoconhecimento, identificação, e
propostas de mudança de comportamento no que tange a prevenção da Síndrome de Burnout. Com
levantamentos de dados através de aplicações de questionários e/ou testes padronizados constatou-
se que à medida em que os questionamentos iam se aprofundando, vinham à tona os problemas
relacionados ao ambiente, e apesar do trabalho com pessoas com necessidades especiais exigir um
desprendimento inerente à profissão, os professores evidenciaram que as suas angústias advinham
de um processo burocrático exigido pela instituição de ensino e não só da prática pedagógica
propriamente dita. Frente essa situação, trabalhou-se a necessidade desses professores conhecer
essa Síndrome, que só se manifesta a partir do ambiente profissional, e portanto, foi necessário que
eles soubessem diferenciar os sintomas físicos e psicológicos relacionados com esse ambiente
daqueles causados por fatores externos (pessoal ou não). Concluiu-se no final que houve a
conscientização sobre a importância de proporcionar um ambiente profissional respaldado por
respeito, segurança, e bem-estar, pois a educação depende da qualidade de vida saudável dos seus
professores. E também quanto ao risco da manifestação da Síndrome de Burnout, bem como
promover medidas que contribuam para o bem estar físico e psíquico do educador, favorecendo
assim uma caminhada profissional saudável.
1. INTRODUÇÃO
[...] a escola, desde suas origens, foi posta do lado do trabalho intelectual;
constitui-se num instrumento para a preparação dos futuros dirigentes que
se exercitavam não apenas nas funções de guerra (liderança militar), mas
também nas funções de mando (liderança política) por meio do domínio da
arte da palavra e do conhecimento dos fenômenos naturais e das regras de
convivência social. [....].(SAVIANE, 2006, p.6).
[...], o trabalho pode deixar de ser fonte de prazer e mediador de saúde para
o homem e se tornar fonte de adoecimento mental e/ou físico e, devido ao
desgaste da subjetividade podendo levar ao estresse, sendo este, desde
um grau menos intenso ao mais intenso, de acordo com as pressões
sentidas pelo indivíduo, tanto no mundo externo (o ambiente em que vive e
as relações que estabelece) ou no mundo interno (a contradição entre seus
desejos e sentimentos e o que lhe é exigido na realidade), é uma luta
constante do organismo e da subjetividade para retornar ao equilíbrio de
antes. (SANTIAGO, 2010, p.7).
Assim, uma vez que, uma determinada profissão é a protagonista principal
causadora de doenças, é necessário enfrentar essa questão, e em se tratando do
magistério, é preciso estar atento sobre como ocorrem os relacionamentos
interpessoais no seu ambiente de trabalho, com seus alunos e responsáveis, os
colegas, a equipe pedagógica, para que seu trabalho se realize de maneira mais
prazerosa possível e não como um “fardo” a ser carregado até a aposentadoria
permeado por inúmeros atestados médicos
3
Os Estados e Municípios têm autonomia para criarem as suas próprias avaliações.
visem a “qualidade na educação” através da remuneração, local de trabalho e
formação continuada do professor.
Dessa forma, diferentemente das organizações contemporâneas, que
passaram a considerar a qualidade de vida dos seus funcionários como fator
importante para produtividade, nas instituições de ensino esse é um tema que passa
longe das discussões, e a valorização centra-se tão somente na “sua produção”
através de “boas práticas educativas” embora os afastamentos e as abstenções só
faz aumentar nas escolas. Mesmo por que:
3.1 ESTRESSE
3.2 DEPRESSÃO
4. SÍNDROME DE BURNOUT
4
O Modelo teórico desenvolvido por esta pesquisadora tornou-se padrão entre os psicólogos
para avaliar a presença da Síndrome de Burnout.
gradual de ânimo ou prazer em relação às atividades laborais; fazendo surgir dores
genéricas e imprecisas nas costas e na região do pescoço e coluna. E na sequência,
o profissional não se sente bem, mas não saber dizer exatamente o que possa ser.
A evolução para o 2º estágio atinge as relações com parceiros e colegas de
trabalho quando surgem pensamentos neuróticos de perseguição e boicote por parte
do chefe ou colegas de trabalho, fazendo com que a pessoa pense em mudar de
setor e até emprego; as faltas começam a ficar frequentes e as licenças médicas
são recorrentes. Tem início o absenteísmo.
No momento do 3º estágio as habilidades e capacidades ficam
comprometidas; os erros operacionais são mais frequentes e a atenção fica dispersa
ou difusa; doenças psicossomáticas como alergia e picos de pressão arterial
começam a surgir e a auto medicação é observada; inicia-se ou eleva-se a ingestão
de bebidas alcoólicas como paliativo para amenizar a angústia e o desprazer
vivencial.Neste momento fica claro a despersonalização, ou seja, a pessoa fica
indiferente em suas relações de trabalho culminando em cinismo e sarcasmo.
O 4º estágio é o auge do comportamento, pois o alcoolismo já está presente
como forma de fuga, soma-se a isso o de drogas ilícitas; enfatizam-se os
pensamentos de auto destruição e suicídio. A prática laboral fica comprometida e o
afastamento do trabalho é inevitável.
Observa-se que, até o terceiro estágio existe uma dificuldade em se atribuir
ao Burnout os sintomas encontrados, sendo necessária por isso uma avaliação ou
orientação profissional especializada para que possa evitar ou minimizar agravantes
e consequentemente o sofrimento da pessoa.
4.1.1 Consequências
5 METODOLOGIA
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
GRÁFICO 1
Identificando o nível de Burnout dos professores.
Identificação Preliminar
7,70%00
12-nenhum indício
1-há possibilidade de
ter
92,30%
GRÁFICO 2
Como os professores consideram o seu estado emocional no ambiente de
trabalho.
Síndrome de Exaustão
6-modo saudável
15,39%;
5-está complicando
GRÁFICO 3
Identificando o nível de estresse.
2-nível altíssimo
63,64%
GRÁFICO 4
Nível de exaustão emocional.
Exaustão Emocional
0-nunca
GRÁFICO 5
Envolvimento pessoal no ambiente de trabalho.
Envolvimento Pessoal
6,67% 2-uma vez ao mês ou
6,67% menos
3-algumas vezes no
13,33% mês
33,33%
4-uma vez por
40% semana
5-algumas vezes por
semana
Pode ser observado que o número de professores que se envolvem com mais
afinco no trabalho representam a maioria (11- 73,33%) e dessa forma estariam mais
sujeitas a desenvolverem características que possam a vir em determinado
momento fatores prejudiciais à sua saúde.
GRÁFICO 6
Despersonalização
Despersonalização
6,67% 0 0-nunca
13,33% 2-uma vez no mês ou menos
6-todos os dias
80%
GRÁFICO 7
Identificação preliminar da burnout nos professores
Identificação de Burnout
0
23,09%
30,76%
4-nenhum indício
6-há possibilidade de
desenvolver
3-está se instalando
46,15%
Síndrome da Exaustão
00
9-modo saudável
5-está complicando
35,72%
64,28%
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
GALVÃO, Ana Luiza; ABUCHAIM, Cláudio Mooje. Depressão (2014). Disponível em:
<https://www.abcdasaude.com.br/psiquiatria/depressao > Acesso em: 14 dez. 2014.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5.ed. São Paulo: Atlas,
2010.
LIPP, Marilda Novaes. (org). O stress do professor. 6.ed. Campinas (SP): Papirus,
2008.
SILVA, Edil Ferreira et. A promoção da saúde a partir das situações de trabalho,
considerações referenciadas em uma experiência com trabalhadores de
escolas públicas. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-
32832009000300010&script=sci_arttext> Acesso em: 14 nov. 2014.
TRIGO, Telma ramos; TENG, Chei Tung; HALLAK, Jaime Eduardo Cecílio.
Síndrome de burnout ou estafa profissional e os transtornos psiquiátricos.
(2007) Disponível em: < http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol34/n5/pdf/223.pdf>
Acesso em: 15 nov. 2014.