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Determinação do coeficiente de
difusão binário em gases
Rio de Janeiro
28-02-2014
Resumo
O coeficiente de difusão, conhecido também como difusividade mássica, é uma
propriedade de transferência de massa que mede a facilidade com que um soluto se
difunde em um determinado solvente. É de extrema importância para operações
industriais conhecer a difusividade de diversas substâncias, assim como outras
propriedades de transporte. Dessa forma, a prática realizada teve como objetivo estimar
os coeficientes de difusão de quatro espécies voláteis em ar: etanol, acetona, hexano e
ciclohexano. Para isso, utilizou-se uma célula de Stefan-Arnold e foram feitas medidas
da variação do nível de líquido durante cinco dias. O cálculo do coeficiente
experimental foi realizado por meio de duas técnicas matemáticas. Ambas indicaram
que a acetona é a substância mais volátil (com maior difusividade), seguida do hexano,
o qual foi sucedido pelo ciclohexano. Por fim, o etanol apresentou menor volatilidade,
logo correspondeu ao menor coeficiente de difusão. Os valores estimados, em m2/s,
foram 1,00 10-7, 3,48 10-8, 1,67 10-8 e 9,08 10-9, respectivamente. Para fins de
comparação, foram obtidos os coeficientes de difusão teóricos a partir de correlações
retiradas da literatura. Os valores empíricos foram muito discrepantes dos teóricos, o
que está relacionado com o fato de que as considerações teóricas não necessariamente
foram satisfeitas no experimento realizado.
Sumário
1. Fundamentação teórica................................................................................................5
1.1 Difusão e difusividade.................................................................................................5
1.2 Tubo de Stefan-Arnold................................................................................................6
1.3 Correlações teóricas para determinação do coeficiente de difusão.............................7
2. Procedimento Experimental.........................................................................................9
2.1. Materiais.....................................................................................................................9
2.2. Métodos......................................................................................................................9
3. Resultados e Discussão..............................................................................................11
4. Conclusão...................................................................................................................17
5. Referências Bibliográficas..........................................................................................18
6. Apêndice......................................................................................................................20
7. Anexo...........................................................................................................................21
Lista de Figuras
Figura 2.2.3: Marcação dos tubos de ciclohexano e hexano, da esquerda para direita,
respectivamente...............................................................................................................10
Figura 2.2.4: Marcação dos tubos de etanol e acetona, da esquerda para direita,
respectivamente...............................................................................................................10
Lista de Tabelas
1. Fundamentação Teórica
• Temperatura
• Propriedades do soluto (tamanho e forma)
• Propriedades do solvente (viscosidade)
!!!
𝑁! = − 𝐷!" !"
(1)
5
A teoria por trás da difusão de uma espécie A (fase sólida ou líquida) por meio
de uma espécie B inerte e não condensável (fase gasosa), em estado estacionário, é
descrito pela Lei de Fick e pode ser aplicado para o processo de difusão que ocorre no
tubo Stefan [11, 12].
6
Figura 1 – Representação da difusão de uma substância A através de um gás B
estagnado.
!
!
! ! !
!,!!"#$# ! ! !
!! !!
𝐷!" = !!!" ! !!
(2)
7
!!" !! !! (4)
!
= !
!
8
2. Procedimento Experimental
2.1 Materiais
2.2 Métodos
Figura 2.2.1 – Tubos dos reagentes Figura 2.2.2 – Tubo dos reagentes etanol e
ciclohexano e hexano. acetona.
9
Figura 2.2.3 – Marcação dos tubos de Figura 2.2.4 – Marcação dos tubos de
ciclohexano e hexano, da esquerda para etanol e acetona, da esquerda para direita,
direita, respectivamente. respectivamente.
10
3. Resultados e Discussão
15,0
Hexano
10,0 Ciclohexano
5,0
0,0
0
20
40
t(h)
60
80
100
Nesse gráfico, é nítido perceber que o etanol foi a substância que apresentou
menor variação de altura ao longo dos cinco dias, enquanto o líquido que mais evaporou
foi a acetona. Esse fenômeno pode ser explicado pela diferença entre a natureza química
das substâncias.
11
Compostos de peso molecular mais reduzido são mais voláteis que substâncias
pesadas. A acetona, além de ser considerada leve, é incapaz de efetuar ligações
intermoleculares fortes. Sua interação mais relevante é a ligação dipolo-dipolo, uma
ligação muito menos intensa que a ligação de hidrogênio. Por conseguinte, a acetona
correspondeu à maior variação de altura observada.
A equação (5) pode ser reescrita de forma que a diferença de alturas se torne a
variável dependente no lugar do tempo.
! !!"#$ !! !!"#$
!!!!
= − ! ! ! !!!∗!
L − L! − ! ! !!!∗!
(6)
!" !" !" !"
12
60,0
Etanol
50,0
40,0
t/(L-‐L0)
[h/cm]
30,0
y
=
8,4148x
+
32,896
20,0
10,0
0,0
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
(L-‐L0)
[cm]
4,5
Acetona
4,0
3,5
3,0
t/(L-‐L0)
[h/cm]
2,5
y
=
0,064x
+
2,4965
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
(L-‐L0)
[cm]
13
8,0
Hexano
7,0
6,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
0,0
5,0
10,0
15,0
(L-‐L0)
[cm]
18,0
Ciclohexano
16,0
14,0
12,0
t/(L-‐L0)
[h/cm]
10,0
8,0
y
=
1,3387x
+
7,6513
6,0
4,0
2,0
0,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
(L-‐L0)
[cm]
14
40,0
Acetona
t/(L-‐L0)
[h/cm]
Hexano
30,0
Ciclohexano
20,0
10,0
0,0
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
L-‐L0
[cm]
DAB [m²/s]
Etanol Acetona Hexano Ciclohexano
Equação (5) 9.08E-09 1.00E-07 3.48E-08 1.67E-08
Equação (6) 9.69E-09 2.23E-07 2.19E-08 1.89E-08
Teórico 1.16E-05 9.94E-06 7.45E-06 7.55E-06
15
valores experimentais. Tendo em mente que as relações teóricas para o cálculo de DAB
são em grande parte empíricas, e baseadas em hipóteses específicas, conclui-se que o
valor experimental obtido é mais confiável que o teórico, dado que não se tem a garantia
de que as hipóteses das relações teóricas foram satisfeitas no experimento em questão.
16
4. Conclusão
17
5. Referências Bibliográficas
[1] Welty, J. R.; Wicks C.E. & Wilson, R.E. – Fundamentals of Momemtum, Heat and
Mass Transfer , John Wiley & Sons, 3th Edition , 1986.
[2] Bird, R. B.; Stewart, W. E.; Lightfoot, E. N. – Transport. Phenomena. New York:
John Wiley & Sons, 1960.
[3] Stefan, J. Uber Einige Probleme der Theorie der Warmeleitung. S.-B. Wien-Akad.
Mat. Natur. 1889, 98, 473.
[6] Nirdosh, I., Garred, L.J. and Baird, M.H.I., Low-cost mass transfer experiments.
Chem. Eng. Education, 2000, 158-161.
[7] Caldwell, L., Diffusion coefficient of naphthalene in air and hydrogen. J. Chem.
Eng. Data 29, 1984, 60-62.
[8] Whitaker, Velocity Profile in the Stefan Diffusion Tube. Ind. Eng. Chem. Fund.
1967, 6, 467.
[11] Nirdosh, I., Garred, L.J. and Baird, M.H.I., Low-cost mass transfer experiments.
Chem. Eng. Education, 2000, 158-161.
[12] Caldwell, L., Diffusion coefficient of naphthalene in air and hydrogen. J. Chem.
Eng. Data 29, 1984, 60-62.
[13] Lee, C.Y. and Wilke, C.R., Measurements of vapour diffusion coefficient. Ind Eng.
Chem. 46, 1954, 2381-2387.
18
[14] Goldstein, R.J. and Cho, H.H., A review of mass measurements using napthtalene
sublimation. Experimental Thermal and Fluid Science 10, 1995, 416-434.
[15] Fuller, E.N., Schettler, P.D. and Giddings, J.C., A new method for prediction of
binary gas-phase diffusion coefficients. Ind. Eng. Chem. 58, No.5, 1966, 19-27.
[16] Geankoplis, C.J., Transport processes and unit operations, 3rd edition, Prentice Hall
International, 1993.
[17] http://gestis-‐en.itrust.de/nxt/gateway.dll/gestis_en/011230.xml?f=templates
$fn=default.htm$3.0
19
6. Apêndice A
Condições:
Fluxo:
𝑑𝑦! 𝑑𝑦!
𝑁! = − 𝐶𝐷!" + 𝑦! 𝑁! + 𝑁! = − 𝐶𝐷!" + 𝑦! 𝑁!
𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝛿 !!"
𝑑𝑦! (−𝑑𝑦! )
𝑁! 1 − 𝑦! = − 𝐶𝐷!" → 𝑁! 𝑑𝑥 = 𝐶𝐷!"
𝑑𝑥 0 !!! 1 − 𝑦!
Balanço de massa:
!!!" ! ! !"
!
ln !!!!!
− 0 = !! !"
!
Onde:
L0
=
distância
entre
a
superfície
do
líquido
e
o
topo
do
! !
𝐶𝐷!" 𝑀𝑀! 1 tubo,
no
início.
ln 𝑑𝑡 = 𝛿𝑑𝛿
𝜌 1 − 𝑦!! ! !! L
=
distância
entre
a
superfície
do
líquido
e
o
topo,
no
final
(após
a
evaporação
de
A).
!!!" !!! ! !! !!!!
ln 𝑡=
! !!!!! !
20
7. Anexo 1
Tabela 1: Pressão de saturação e fração molar (na condição de saturação) das diferentes
substâncias. (Calculadas usando o programa Thermosolver®)
Substância Etanol Acetona Hexano Ciclohexano
Psat (KPa) 6,9547 27,934 18,357 11,802
yA* 0,069 0,276 0,181 0,117
Anexo 2
21