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Dicas ao planejar as aulas de Filosofia com Crianças, Adolescentes e

Jovens...
Luiz Antonio Burim – Coordenador da Disciplina de Filosofia – NRE de Apucarana

Retirado do Site: http://www.centro-filos.org.br/alunos/?action=artigos&codigo=28

O Centro de Filosofia Educação para o Pensar, com seu Programa


filosófico-pedagógico, construído em 18 anos de história vive um momento
particular dentro da educação brasileira. Nesse tempo de realizações, produções,
experiências, projetos, construímos um crescimento fecundo e aprendemos muito
com cada professor, colégio e realizações. Por isso somos hoje uma liderança no
ensino-aprendizagem reflexivo, crítico e filosófico.
Descobrimos em nossa história dentro da educação, em todos os
segmentos e no dia a dia escolar que, para termos uma escola com qualidade
precisamos de três fatores que devem estar conectados:
1. Bons educadores com espírito aberto para aprenderem sempre, em formação
permanente.
2. Metodologia avançada e condizente com a realidade.
3. Material didático de qualidade e interdisciplinar, que leve alunos e professores a
estarem aprendendo, investigando, construindo saberes.

Questões iniciais:
O Programa Filosófico-pedagógico Educar para o Pensar: Filosofia com Crianças,
Adolescentes e Jovens quer contribuir com uma Educação para a autonomia e
para o auto-conhecimento, de forma que devemos estar atentos para a
interdisciplinaridade, evitando a fragmentação e o reducionismo disciplinar.
Portanto:
• Procure sempre fazer um registro ao final de suas aulas relatando situações que
lhe desafiaram, idéias relevantes de seus alunos, enfim, comentários de
experiências que poderão ser compartilhadas (Portal da Filosofia, aulas portal
diaadia) e que, certamente, contribuirão para o enriquecimento dos seus trabalhos
futuros e dos demais professores do Brasil;
• Esteja atenta(o) as datas comemorativas de grande relevância educativa como
Semana Santa, Semana da Pátria, Semana da Criança, Semana da Filosofia, etc,
e proponha atividades especiais;
• Observar outras aulas para trabalhar melhor os Momentos de Avaliação do seu
trabalho reflexivo e sistemático, dentro do Programa filosófico-pedagógico;
• Organizar no início do ano, na metade ou mesmo no final um grande evento em
sua classe ou na escola pelo trabalho filosófico (sugestão: aproveite o dia da
Filosofia 21/11 para realizar esse evento);
• Usar materiais didáticos diversos como jogos, brincadeiras, histórias infantis,
sucatas, músicas, vídeos, dinâmicas...
• Trabalhar com os alunos dando ênfase ao PROCESSO e não buscando um
PRODUTO.
Portanto precisamos respeitar o ritmo de cada um e de cada turma,
sabendo que há ummomento de maturação, do famoso "clic";
• Lembre-se que a criatividade é fundamental para a elaboração dos seus planos
de aulas, assim, dê asas para suas criações e idéias observando no mundo a
sua volta, não apenas dentro da sala de aula, mas em todos os lugares e
momentos, novas formas de tornar prazerosa a aprendizagem. Aproveite para
fazer, junto com uma reflexão séria, um espaço de inovações, criações.
Comunique e partilhe com todos as suas descobertas e acertos.
.
Ressignificar o Planejamento
Com a intenção de construir uma Educação com bases sólidas, é
necessário recorrer a algum elemento teórico - um suporte reflexivo para que se
possa atingir amplamente os objetivos.
Necessário se faz que o Educador exerça um pensar crítico sobre o planejamento,
buscando nesse momento reavaliar constantemente a sua prática, se permitir
inovar, re-criar, "querendo, desejando, acreditando" nas possibilidades - princípios
efetivos da esperançã de concretizar as transformações educacionais que o
momento exige.
Relembrando Paulo Freire, ousamos afirmar que uma "Educação sem
esperançã não é Educação" e por esse motivo, ano após ano, vem se buscando
inovar a metodologia, visto se considerar que um livro escrito não é uma obra
pronta e acabada é, tão somente, uma forma de se conduzir um trabalho
sequenciado, que vai adquirindo vida a partir das atividades criativas que são
produzidas pelos professores e seus alunos no trabalho com o material e então
construir o roteiro, o planejamento.
Portanto o planejamento das aulas de filosofia com deve seguir algumas
etapas e conteúdos, mas esses nunca devem vir antes da alegria e vontade de
aprender que os alunos têm, sendo sempre motivados e conduzidos pelos
professores, os quais devem cultivar a inventividade e a inovação com
atividades que despertem o amor pela aprendizagem, pois é muito bom aprender
e buscar o conhecimento constantemente!
A importância de começar bem: Aula Inaugural
É no primeiro contato que muito do que se pretende é colocado. A Aula
Inaugural ou a primeira aula de filosofia é a porta de entrada de um novo ano, é o
início de uma trajetória que será e deve ser percorrida de mão dadas, e que
somente assim trará seus bons frutos para todos.
Sempre começamos, em qualquer caminhada, pelo primeiro passo. Esse
primeiro passo pode ser o precedente de muitas alegrias, aprendizagens,
amizades, evolução e conquistas, basta ser na direção certa, e para isso, é
fundamental uma orientação do rumo que queremos tomar.
O professor é como o capitão de um navio. Ele é quem dará e mostrará a
direção a seguir, sempre escutando o que os tripulantes têm a dizer, aceitando
sugestões, e ressaltando a importância de cada um ali presente, pois quão tediosa
seria essa viagem sem companheiros.
A Aula Inaugural de Filosofia é como quando o capitão apresenta aos seus
tripulantes o mapa, fala das suas estratégias, quando atribui e reconhece a
importância de cada um dos que estarão no navio, e demonstra toda esperança e
fé presente em seu coração para que a viagem seja bem sucedida. O principal
sentido dessa viagem não é o local de chegada, mas a viagem em si, a aventura,
as descobertas, o estar juntos aprendendo e desenvolvendo-se mutuamente.
A Aula Inaugural é um momento como que para preparar a terra onde serão
cultivadas as sementes. Sementes essas, que no caso da aula de Filosofia, são
de reflexão, de uma educação para o pensar, para o bem pensar, que aflorarão
em autonomia nas pessoas que participam dessa turma que irá construir uma
Comunidade de Aprendizagem Investigativa. É o primeiro contato em círculo, ou
no "olho no olho", que se formará o elo entre os integrantes da comunidade. É um
momento de deixar claro os objetivos das aulas e estabelecer os critérios de
verdade, bondade e necessidade que devem estar presentes no diálogo, sempre
levando em consideração a aprendizagem que a investigação filosófica
proporciona.
Portanto professores, ao pensarem nas suas aulas inaugurais dentro das
aulas de Filosofia devemos ter, muita criatividade, alegria, esperanças e
possibilidades de fazer relações com a sua caminhada reflexiva desejada, outras
disciplinas e, tendo presente o Projeto Político Pedagógico da sua escola.

Sugestão para uma Aula Inaugural de Filosofia (em qualquer série)


As três peneiras
(Sócrates)
Um rapaz procurou Sócrates e disse que precisava contar-lhe algo. Sócrates
ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:
- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?
- Três peneiras?
- Sim. A primeira peneira é a VERDADE.
O que você quer contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido contar, a coisa
deve morrer aí mesmo. Suponhamos então que seja verdade.
Deve então passar pela segunda peneira: a BONDADE.
O que você vai contar é coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a
fama do próximo?
Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar pela terceira
peneira: a NECESSIDADE.
Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o
planeta? E, arremata Sócrates:
- Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, você e seu irmão nos
beneficiaremos.
Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar
o ambiente e levar discórdia entre irmãos, colegas do planeta. Devemos ser
sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz.
Atividades:
1o momento: Ler atentamente o texto. (Cada participante lê uma frase).
2o momento: Vamos Pensar...
1) Quem é Sócrates e o que ele quis ensinar com esse texto?
2) Qual o sentido das "peneiras", na leitura?
3) As pessoas que conhecemos, costumam ter esse comportamento? Quando
ficam sabendo
de algum fato, logo querem ser os primeiros a contar? Você já procedeu assim
alguma vez?
Conhece alguém que age ou agiu desta maneira?
4) Em caso afirmativo houve consequências? Enumere-as.
5) Um fato merece ser contado quando...
6) Como posso avaliar se o que vou falar é verdadeiro, bom e necessário?
7) É fácil ou difícil tomar conhecimento de alguma história, guardar segredo ou
simplesmente esquecer que ouviu, sem maiores comentários.
8) Você já foi atingido por um mal-entendido assim? Em caso positivo, como se
sentiu? Gostaria que algum amigo (a) passasse por uma situação constrangedora
por conta de uma "fofoca", assim?
9) É sempre bom ter-se em mente a seguinte máxima: "Fazer aos outros, somente
aquilo que queremos que façam a nós". Como você pode interpretar essa
máxima?
- Pensando e desenvolvendo a criatividade...
a) Construir um trabalho interpretativo sobre o que mais lhe chamou a atenção no
texto:
através de um desenho, de um texto, de recorte e colagem, em forma de poesia,
ou outra forma na qual melhor conseguir se expressar;
b) Fazer um comentário em mais ou menos quinze linhas sobre as questões que
envolvem...
Verdade - Bondade - Necessidade, existentes no texto.
Parte Prática:
Que sugestões podemos deixar, neste início de ano letivo, para todas as turmas
do nosso Colégio, com o objetivo de contribuir para a eficácia do texto - "As três
peneiras" de Sócrates - que acabamos de ler?
Após o término da aula inaugural, afixar em mural da Escola o resultado do
trabalho interpretativo e durante o semestre, reforçar e lembrar as idéias do texto.
Refletindo.
Quando nossos educandos exprimem pensamentos ou sentimentos, a tarefa do
professor é criar uma imagem verbal do que a criança disse. Pode-se fazer isso
usando um dos seguintes processos criados por Raths, e apresentados sob a
denominação geral de "Técnicas de esclarecimento de valor":
• Repita o que o educando disse;
• Faça uma paráfrase da afirmação do educando;
• Deforme ou procure a afirmação do educando;
• Peça exemplos;
• Peça a definição de um termo;
• Peça a outra pessoa para explicar o que foi dito;
• Peça à criança para resumir o que disse;
• Pergunte se existe alguma incoerência;
• Pergunte se algo foi suposto, revele as suposições;
• Pergunte a que levará o que foi dito.
a) Quais as suas consequências?
b) O que vem depois?
• Pergunte se todos devem acreditar na afirmação
• Pergunte se a afirmação é uma boa afirmação;
• Pergunte: "como lhe ocorreu essa idéia?"
• Pergunte se existe alguma coisa de que o educando goste muito;
• Pergunte se o educando já pensou muito a respeito disso;
• Pergunte se o educando faz isso muitas vezes;
• Pergunte se isso é o que ele acredita;
• Pergunte como isso influi na vidas pessoas.
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1RATHS, Louis E. Aprender a pensar. São Paulo: EPU, pág. 77

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