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TECNOLOGIA EM PROJETOS
PROJETOS DE ESTRUTURAS AERONÁUTICAS
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Prof. Celso de Oliveira – 14/07/2018
Resistência dos Materiais
Bibliografia Básica:
BEER, F.P; JONHSTON, E. R. Resistência dos Materiais, 4ª ed. McgrawHill Interamericana,
2006.
HIBBELER R. C. Resistência dos Materiais. 7ª ed. Pearson, 2009.
MELCONIAN, Sarkis; Mecânica técnica e resistência dos materiais. Érica, 2008.
Bibliografia Complementar:
BOTELHO, M. H.C. Resistência dos Materiais. Edgard Blucher, 2008.
YOUNG, M.C.; BUDYNAS, R G. Roark’s – Formulas for Stress and Strain. Editora
McGrawHill, 2002.
Calendário.
Início das aulas: 03/08/2018.
Os exercícios em classe, de E11 a E18, e de E21 a E28 tem valor 0,5 cada.
1º
1 11 12 13 14 15 16 17 18 1
2º
2 21 22 23 24 25 26 27 28 2
1 . 0,4 2 . 0,6
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Resistência dos Materiais
1- INTRODUÇÃO.
A origem da resistência dos materiais remonta ao início do século XVII, época em que
Galileu realizou experiências para estudar os efeitos de cargas em hastes e vigas feitas de vários
materiais. Entretanto, para a compreensão adequada, foi necessário estabelecer descrições
experimentais precisas das propriedades mecânicas de um material. Os métodos para tais
descrições foram consideravelmente melhorados no início do século XVIII. Naquela época,
estudos sobre o assunto, tanto experimentais como teóricos, foram realizados principalmente na
França, por notáveis como Saint-Venant, Poisson, Lamé e Navier. Como seus estudos baseavam-
se em aplicações da mecânica a corpos materiais, eles denominaram esses estudos “resistência dos
materiais”. Atualmente, no entanto, referimo-nos a eles como “mecânica de corpos deformáveis”
ou simplesmente “mecânica dos materiais”.
Com o passar do tempo, depois que muitos dos problemas fundamentais da resistência dos
materiais foram resolvidos, tornou-se necessário usar técnicas de matemática avançada e de
computador para resolver problemas mais complexos. Como resultado, esta matéria ampliou-se
para outras disciplinas de mecânica avançada, tais como a Teoria da Elasticidade e a Teoria da
Plasticidade.
A pesquisa nesses campos está em andamento não só para satisfazer a demanda pela
resolução de problemas avançados de engenharia, como também para justificar o uso mais amplo
e as limitações em que a teoria fundamental da resistência dos materiais é baseada.
1) Ler o problema com atenção e tente relacionar a situação física com a teoria
estudada.
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Fatores de conversão.
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Um dos testes mais importantes a realizar nesse sentido é o teste de tração ou de compressão.
Para realizar o teste de tração ou compressão é feito um corpo de prova do material com formato
padronizado, que tem geralmente diâmetro d0 = ½” e comprimento de referência L0=2”.
Os dados da carga P aplicada são registrados a intervalos frequentes à medida que são lidos
no mostrador da máquina ou em um mostrador digital. Alem disso, mede-se o alongamento δ =
L - L0 entre as marcas no corpo de prova.
Algumas vezes, entretanto, essa medida não é feita, visto também ser possível obter a
deformação diretamente, a partir de um extensômetro por variação de resistência elétrica,
conforme ilustrado:
Diagrama Força-Alongamento.
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Um material dútil, como o aço doce, apresenta quatro comportamentos distintos quando está
carregado. São eles: comportamento elástico, escoamento, endurecimento por deformação e
estricção.
Para um tipo particular de aço, desde aço laminado mais mole até aço mais duro, para
ferramentas, tem aproximadamente o mesmo módulo de elasticidade, em geral aceito como Eaço =
200 GPa.
Escolhe-se normalmente uma deformação de 0,2% (0,002 mm/mm) e, desse ponto no eixo ε, é
desenhada uma reta paralela até a parte inicial do diagrama tensão-deformação. O ponto em que
essa reta intercepta a curva define a resistência ao escoamento, conforme ilustração abaixo. Em
nosso estudo, admitiremos que a resistência ao escoamento, o ponto de escoamento, o limite de
elasticidade e o limite de proporcionalidade coincidem, a menos que seja declarado o contrário.
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O diagrama Tensão-Deformação abaixo ilustra a característica de vários materiais que falham sem
um escoamento significante:
Materiais dúcteis: Qualquer material que possa ser submetido a grandes deformações antes
da ruptura. Frequentemente são escolhidos para o projeto porque são capazes de absorver choque
de energia e, quando sobrecarregados, exibem grande deformação antes de falhas. Uma das
maneiras de especificar a ductilidade do material do material é informar a porcentagem de
alongamento ou a porcentagem da redução de área no instante da quebra.
'()* +'$
Porcentagem de alongamento = . 100%
'$
#$ +#()*
Porcentagem de redução de área = . 100%
#$
Um material dúctil, como aço doce, apresenta quatro comportamentos distintos quando está
carregado. São eles: comportamento elástico, escoamento, endurecimento por deformação e
estricção.
Endurecimento por deformação. Quando o escoamento termina, pode-se aplicar uma carga
adicional ao corpo de prova, que resultará em uma curva que cresce continuamente, mas que torna
mais plana até que alcança a tensão máxima denominada Limite de Resistência σR. O aumento na
curva é chamado endurecimento por deformação.
Na verdade, algum calor ou energia pode ser perdido quando o corpo de prova é descarregado
de A’ e novamente carregado com a mesma tensão. O resultado é que ocorrem curvas leves nos
trajetos de A’ para O’, e de O’ para A’ durante um carregamento medido cuidadosamente.
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A área entre as duas curvas representa energia perdida e é chamada de histerese mecânica.
Embora seus efeitos não sejam considerados neste texto, a histerese deve ser levada em conta
quando se selecionam materiais para servirem como amortecedores de vibração em equipamentos
estruturais ou mecânicos.
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Materiais frágeis tais como ferro fundido, tem muito pouco ou nenhum escoamento e
rompem-se subitamente. Os materiais frágeis não apresentam uma tensão de ruptura à tração bem
definida, como resultado desse tipo de falha, uma vez que a aparência das trincas iniciais em um
corpo de prova é bastante aleatória. Em vez disso, geralmente se registra a tensão de ruptura média
observada em um conjunto de testes.
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Pode-se dizer que a maioria dos materiais exibe comportamento tanto dúctil como frágil. Por
exemplo, o aço tem comportamento frágil quando contem alto teor de carbono, e dúctil, quando o
teor de carbono é reduzido. Alem disso, torna-se mais mole e dúctil, quando a temperatura
aumenta.
Energia de deformação é a energia armazenada no material devido à sua deformação. Essa
energia por unidade de volume é chamada densidade da energia de deformação. Se medida no
limite de proporcionalidade, é denominada módulo de resiliência; se medida no ponto de ruptura,
é chamada módulo de tenacidade.
À medida que um material é deformado por uma carga externa, tende a armazenar energia
internamente ao longo de todo o seu volume. Como essa energia relaciona-se à deformação do
material, é chamada energia de deformação:
/
-. !. . -1 , onde ∆U = Energia de deformação e ∆V = Volume do elemento.
0
34 /
2 !. % , Onde u = densidade da energia de deformação.
35 0
Se o comportamento do material for linear-elástico, então a lei de Hooke se aplica, σ = E.ε, e,
portanto, podemos expressar a densidade da energia de deformação em termos da tensão uniaxial
como:
1 !²
2 .
2 2
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Módulo de tenacidade ut: Essa grandeza representa toda a área sob o diagrama tensão-
deformação e, indica a densidade de energia de deformação do material imediatamente antes da
ruptura. Essa propriedade torna-se importante quando se projetam elementos que possam ser
sobrecarregados acidentalmente. Materiais com módulos de tenacidade altos distorcem muito
devido à sobrecarga, entretanto, são preferíveis aos de baixo valor, uma vez que os materiais que
tem ut baixo podem romper-se subitamente sem dar sinais de ruptura iminente. Ligas de metais
também mudam sua resiliência e tenacidade. Os diagramas tensão-deformação ilustrado abaixo,
por exemplo, mostram como os graus de resiliência e de tenacidade podem mudar, conforme
muda a porcentagem de carbono no aço.
Quando uma carga P é aplicada a uma barra, muda o comprimento na quantidade δ e seu raio
na quantidade δ’. As deformações na direção longitudinal (ou axial) e na direção lateral (ou radial)
são respectivamente:
& &@
%:;<= e, %8>?
' 7
No século XIV o cientista francês S. D. Poisson percebeu que na faixa de elasticidade, a
razão entre essas deformações é uma constante, vista que as deformações δ e δ’ são proporcionais.
Essa constante é denominada coeficiente de Poisson, e tem valor numérico exclusivo para um
material em particular que seja tanto homogêneo como isotrópico. Matematicamente, o coeficiente
é expresso por:
%8>?
A B
%8CDE
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O coeficiente de Poisson é adimensional e, para a maioria dos sólidos não porosos, tem valor
entre ¼ e 1/3. Em particular, um material ideal que não tenha movimento lateral quando tracionado
ou comprimido terá υ = 0.
Fluência. Quando um material tem de suportar uma carga por um período muito longo,
continua a deformar-se até que ocorre ruptura súbita. Essa deformação permanente que depende
do tempo é conhecida como fluência. É a deformação de um material relacionada com o tempo,
para a qual a tensão e/ou a temperatura desempenham papel importante.
Os elementos são projetados para resistir aos efeitos da fluência com base em seu limite de
fluência, isto é, a maior tensão inicial que o material pode resistir durante um período de tempo
especificado sem provocar uma deformação por fluência especificada.
Em geral, a fluência é considerada quando metais e cerâmicas são usados para membros
estruturais ou peças mecânicas sujeitas a temperaturas altas. Entretanto, para alguns materiais, tais
como polímeros e materiais compostos, a temperatura não é um fator importante, mas ainda assim,
a fluência ocorre estritamente devido ao longo tempo de aplicação da carga.
Existem vários métodos para determinar o limite de fluência admissível de um material. Um
dos mais simples consiste em testar diversos corpos de prova simultaneamente sob temperatura
constante, mas cada submetido a uma tensão axial diferente. Medindo-se o tempo necessário para
produzir tanto a deformação admissível como a deformação de ruptura para cada corpo de prova,
monta-se a curva de tensão versus tempo. Normalmente, tais testes são conduzidos para um
máximo de mil horas. Uma vez determinada a resistência à fluência, deve-se aplicar um fator de
segurança para obter a tensão admissível apropriada para o projeto.
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τ=Gγ
Nesse caso G é denominado módulo de elasticidade ao cisalhamento, ou módulo de rigidez.
GH*
Seu valor é medido pelo declive da reta do diagrama τ-γ, ou seja, F
IH*
Observe que as unidades de medida de G são as mesmas que as de E (Pa), vista que γ é
medido em radianos, uma grandeza adimensional.
F
2J1 AK
Como E e G são conhecidos, o valor de υ pode ser determinado por essa equação em vez de
por medição experimental.
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Exemplo: A haste de alumínio mostrada abaixo tem seção transversal circular e está submetida a
uma carga axial de 10 kN. Se o material apresentou um diagrama tensão-deformação conforme
ilustração, determinar o alongamento aproximado da haste quando a carga é aplicada. Se a carga
for removida, qual será o alongamento permanente da haste? Eal = 70 GPa.
" /L MN " /L MN
σAB = # = 31,8 MPa σBC = # = 56,6 MPa
O . JL,L/L PK² O . JL,LLQR PK²
Na região BC a deformação é plástica (σBC > σε ), o diagrama mostra para σ = 56,6 MPa uma
deformação %SU V 0,0450 /
O alongamento na haste é:
δ = 0,000455 x 600 mm + 0,0450 x 400 mm = 18,3 mm
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Pontos importantes:
• A tensão e a deformação de engenharia são calculados por meio da área da seção transversal
original e do comprimento de referência do corpo de prova.
• Um material dútil, como o aço doce, apresenta quatro comportamentos distintos quando está
carregado. São eles: comportamento elástico, escoamento, endurecimento por deformação e
estricção.
• Materiais frágeis, tais como o ferro fundido, tem muito pouco ou nenhum escoamento e
rompem-se subitamente.
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Exercícios.
1) Foi realizado um teste de tensão em um corpo de prova com diâmetro original de 12,5 mm e
comprimento de referência de 50 mm. Os dados estão na tabela mostrada no exercício 2.
Construir o diagrama tensão-deformação e determinar o módulo de elasticidade, o limite de
resistência, a tensão de ruptura e o módulo de resiliência. Usar as escalas de 20 mm = 50 MPa
e 20 mm = 0,05 mm/mm. Detalhar a região linear-elástica usando a mesma escala de tensão,
porém com escala de 20 mm = 0,001 mm/mm para a deformação.
3) Os seguintes dados foram obtidos em um ensaio de tração em um corpo de prova com 14,0
mm e comprimento de referência de 50,0 mm. Construir o diagrama tensão-deformação e
determinar o módulo de elasticidade, o limite de resistência, a tensão de ruptura e o módulo
de resiliência.
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