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MÓDULO 1 – SISTEMA FINANCEIRO SIMPLES

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ÍNDICE

1- INVESTIMENTO FINANCEIRO

1.1- O Regime de Juro Simples


1.2- Taxa Equivalentes
1.3- Expressões Algébricas do Juro Simples
1.4- Contagem de tempo
1.5- Determinação Algébrica o Capital, Tempo e da Taxa
1.6- Processos Práticos para o Cálculo dos Juros
1.6.1- Processo dos Números de Divisores Fixos
1.6.2- Processo dos Multiplicadores Fixos
1.6.3- Processo dos Multiplicadores Fixos Compostos

2- CAPITALIZAÇÃO A JURO SIMPLES

2.1- Conceito de capital acumulado e dedução da fórmula


2.2- Resolução algébrica de problemas variados

3- EMPRÉSTIMO COM JURO ANTECIPADO

3.1- Taxa Nominal e Taxa Real


3.2- Determinação do Valor Actual, do Valor Nominal e do Juro Antecipado

4- REALIZAÇÃO ANTECIPADA DE EFEITOS COMERCIAIS

4.1- Operação Bancária do Desconto Comercial


4.2- Os Encargos do Desconto Comercial

5- REALIZAÇÃO DIFERIDA DO VALOR DE EFEITOS COMERCIAIS

5.1- Prática da Reforma Comercial, Total e Parcial de um Título por Outro


Título
5.2- O Valor do Novo Efeito Comercial
5.3- Prática da Reforma Racional, Total ou Parcial de um Título por outro
Título
5.4- O Valor do novo Efeito Comercial

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INVESTIMENTO FINANCEIRO

Uma certa quantia - capital monetário transforma-se em capital financeiro


quando produz juros ao ser investido em qualquer actividade económica.

Juro é pois o rendimento recebido pela pessoa que cede o direito de uso de um
capital monetário, e é sempre o resultado da aplicação de uma percentagem
sobre o valor do empréstimo.

O meio através do qual um capital financeiro produz juros num certo espaço de
tempo é designado por processo de capitalização. Os empréstimos podem
apresentar as seguintes formas:

Empréstimos

Elementar De juro não inteiro

Juro normal Juro antecipado

Juro simples Juro composto

 Empréstimo elementar - quando a amortização e os vencem-se por inteiro

 Empréstimo de juro não inteiro - quando os juros são exigidos em duas ou


mais prestações

 Empréstimo de juro normal - quando a amortização e os juros se vencem


por inteiro na data em que se expira o empréstimo

 Empréstimo de juro antecipado - quando os juros são pagos na data em


que principia o empréstimo

 Empréstimo a juro simples - o mutuário (devedor) paga ao mutuante


(credor), no fim de cada período os juros. O capital mantém-se inalterável.

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 Empréstimo a juro composto - quando no fim de cada período os juros são
adicionados ao capital financeiro, passando também a render juros (juros de
juros), nos períodos seguintes

1.1 - O REGIME DE JURO SIMPLES

A capitalização a juro simples caracteriza-se pela existência de um capital


constante, que submetido a um processo de capitalização, vence juros
periodicamente, não sendo estes juros acumuláveis ao capital considerado.

Assim, podemos dizer que:

"O juro é directamente proporcional ao capital emprestado e ao tempo de duração do


empréstimo."

Consideremos:
c- capital
j - juro produzido
n - tempo de duração do empréstimo

c 100 250
n 1 2
j 20 100
c*n 100 500

j 20 100

K= = = = 0.2
c*n 100 500

À constante K chama-se neste caso, taxa de juro, representa-se por i e é


acordada entre o mutuante (credor) e o mutuário (devedor).

1.2- TAXAS EQUIVALENTES

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O número de períodos n e a taxa de juro i deve referir-se à mesma unidade de
tempo. Geralmente utilizam-se taxas de juro anuais, mas poderão utilizar-se
outras, como por exemplo mensais, semestrais, etc.

Dizemos que duas ou mais taxas de juro são proporcionais ou equivalentes


quando, referidas a unidades de tempo diferentes, produzem o mesmo juro
com os mesmos capitais, em espaços de tempo diferentes.

Períodos de Taxas
tempo
Ano 9%
Semestre 4,5%
Trimestre 2,25%
mês 0,75%

1.3 - EXPRESSÕES ALGÉBRICAS DO JURO SIMPLES

Consideremos a fórmula fundamental do juro simples:

j=c*n*i

Já foi referido que o tempo de investimento e a taxa de juro devem referir-se à


mesma unidade de tempo.

Sendo assim, o juro produzido por um capital c, à taxa anual i, durante n dias
será:

n
j= C* *i
365

Em que n/365 representa uma fracção do ani civil, período da taxa i.

Analogamente para um empréstimo com a duração de n mês, será:

5
n
j= C* *i
12

1.4 - CONTAGEM DE TEMPO

Para a determinação do tempo de duração do empréstimo ou depósito, pode


efectuar-se uma contagem exacta ou aproximada.

EXEMPLO: Seja, por exemplo um empréstimo obtido em 21 de Fevereiro e


pagável em 21 de Agosto.

Para a contagem dos dias de duração, em termos exactos, devemos contá-los


dia a dia excluindo o primeiro dia e incluindo o último.

Fevereiro 7 dias
Março 31 dias
Abril 30 dias
Maio 31 dias
Junho 30 dias
Julho 31 dias
Agosto 21 dias
181 dias

Para facilitar esta contagem, podemos utilizar a tabela anexa, procedendo-se do


seguinte modo:

O número correspondente ao dia 21 de Agosto é de 233 e o correspondente ao


dia 21 de Fevereiro é 52.

O tempo de duração é-nos dado pela diferença:

233 - 52 = 181

Deverá utilizar-se, na contagem do tempo. O ano civil (365 dias), podendo, no


entanto, utilizar-se o ano comercial (360 dias), quando expressamente acordade
entre as partes.

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1.5 - DETERMINAÇÃO ALGÉBRICA O CAPITAL, TEMPO E DA TAXA

 CAPITAL EM FUNÇÃO DO JURO, DO TEMPO E DA TAXA

Anos Meses

j 12 j
c= c=
in in

Dias

365 j
c=
in

 TAXA EM FUNÇÃO DO JURO, DO TEMPO E DO CAPITAL

Anos Meses

j 12 j
i= i=
c*n c*n

Dias

365 j
i=
c*n

 TEMPO EM FUNÇÃO DO JURO, DA TAXA E DO CAPITAL

Anos Meses

j 12 j
n= n=
c*i c*i
7
Dias

365 j
n=
c*i

1.6 - PROCESSOS PRÁTICOS PARA O CÁLCULO DOS JUROS

Hoje em dia e com a crescente utilização da máquina de calcular, o cálculo dos


juros está extremamente simplificado. No entanto, utilizam-se ainda, dois
processos práticos para o cálculo dos juros, especialmente quando o tempo é
expresso em dias.

1.6.1 - PROCESSO DOS NÚMEROS DE DIVISORES FIXOS

Este processo resulta da seguinte transformação da fórmula fundamental deo


juro simples:

cn
j=
365
i

O produto cn denomina-se Número (N) e o quociente 365/i chama-se divisor


fixo ( ). Segundo este processo:

N
J=

A utilização deste processo simplifica o cálculo do juro total produzido por


vários capitais investidos durante períodos de tempo diferentes, a uma mesma
taxa, uma vez que o valor de  se encontra tabelado.

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1.6.2 - PROCESSO DOS MULTIPLICADORES FIXOS

Identicamente ao sistema anterior, este processo resulta também de uma


transformação da fórmula fundamental do juro simples:

cni i
j=  j= cn *
365 365

Vimos já que o produto cn se denomina Número. O quociente i/365 designa-se


por multiplicador fixo ( ). Temos neste caso:

j=N*

Tal como acontece para os divisores fixos, o valor de  também se encontra


tabelado.

1.6.3- PROCESSO DOS MULTIPLICADORES FIXOS COMPOSTOS

Um processo idêntico ao anterior e resulta ainda das seguintes transformações


da fórmula fundamental do juro simples:

cni ni
j=  j= c *
365 365

9
j = c * (n * )

j=cw

Neste caso não se utilizam os números N, mas sim o produto de n (número de


dias) por  (multiplicador fixo).
Este produto chama-se multiplicador fixo composto, que se encontra também
tabelado, representa-se por w.

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EXERCÍCIOS:

1- Calcular o juro produzido por um capital de 673€, investido à taxa anual de


17%, no período compreendido entre 9/4 e 21/6.

2- Um capital de 923 € foi investido em regime de juro simples à taxa


quadrimestral de 8% durante 3 meses e 5 dias. Determine a taxa anual
equivalente.

3- Determinada quantia foi investida em regime de juro simples, à taxa anual


de 12,5% desde 17/2 até 30/4 de 1996, produzindo o juro de 56.11 €.
Determine o capital investido.

4- Um capital de 4987€ foi emprestado em regime de juro simples, durante 7


meses, produzindo um juro de 698€. Determine a taxa anual de
empréstimo.

5- Um indivíduo obteve um empréstimo de 3990€ no dia 13 de Março de 2002.


Sabendo que a taxa anual foi de 18,25% e que o juro foi de 359€, determine a
data de vencimento do empréstimo.

6- Uma conta de depósitos à ordem foi aberta com o capital de 110€. Em


25/03/02, efectuou-se um depósito de 89.78. Em 05/06/02, levantaram- se50
€ e em 29/07/02 levantaram-se 150€ . Determine o juro lançado na conta em
31/12/02, sabendo que foi acordada uma taxa anual de 4%, utilizando:

a) o processo dos divisores fixos.


b) O processo dos multiplicadores fixos simples.

7- Determine pelo processo dos multiplicadores fixos compostos, o juro


produzido por um capital de 748€ investido durante 120 dias, à taxa de 20%.

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2 - CAPITALIZAÇÃO A JURO SIMPLES

Num processo de capitalização a juro simples, o mutuário tem a obrigação de


pagar no fim de cada período o capital © adicionado dos juros respectivos (j),
ou apenas estes juros se o processo se repetir por mais do que um período.

O capital acumulado ou valor acumulado por um capital, em regime de juro


simples, é igual à soma desse capital com o juro por ele produzido.

C C+j

1/1/2000 31/12/2000

C j j j C+ j

1/1/97 31/12/97 31/12/98 31/12/99 31/12/00

 CAPITAL ACUMULADO E A SUA EXPRESSÃO ALGÉBRICA

No termo do processo de capitalização, o capital inicial © transformou-se em


capital acumulado (S), resultante de uma soma dos juros produzidos (j) com o
respectivo capital inicial

S=c+j

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 CAPITAL ACUMULADO EM FUNÇÃO DO INICIAL

Anos Meses

S= c ( 1 + in )
S= c ( 1 + in)
12

Dias

S= c ( 1 + in )
365

 CAPITAL INICIAL EM FUNÇÃO DO ACUMULADO

Anos Meses

12 S
S
C=
C=
12 + in
1 + in

Dias

365 S
C=
365 + in

 CAPITAL ACUMULADO EM FUNÇÃO DO JURO

Anos Meses

S= j ( 1 + 1 ) S= j ( 12 +
in 1)
in

Dias

S= j ( 365 + 1)
in 13
 JURO EM FUNÇÃO DO CAPITAL ACUMULADO

Anos Meses

S in S in
j= j=
1 + in 12 + in

Dias

S in
j=
365 + in

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EXERCÍCIOS

1- Determine o capital acumulado num processo de capitalização a juro


simples resultante de um capital inicial de 748.2€, investido durante 73 dias
à taxa anual de 25%.

2- Determinada quantia, colocada em regime de juro simples à taxa anual de


20% durante 3 meses, produziu um capital acumulado de 1309€. Calcule o
capital inicial.

3- Um investidor recebeu 450€ de juros relativos a um empréstimo a juro


simples à taxa semestral de 9% durante 3 anos. Determine o capital
acumulado ao fim dos 3 anos.

4- Uma quantia investida em regime de juro simples durante 2 anos à taxa


anual de 22,5%, produziu um capital acumulado de 2893€. Determine:

a) o juro respectivo.
b) o capital inicial

5- Qual o valor adquirido por um capital de 973€, investido à taxa anual


de 20% durante 18 meses em regime de juro simples?

6- Qual a quantia a investir à taxa anual de 20% em regime de juro simples, de


forma a que em 210 dias se obtenha um capital acumulado de 2030€?

7- Um investidor recebeu 5197.47€ quando foi reembolsado de um empréstimo


que tinha concedido em regime de juro simples à taxa anula de 18,5%
durante 280 dias. Determine:

a) o juro produzido
b) o capital emprestado

8- Um indivíduo pagou 158€ relativos a juros de um empréstimo em regime de


juro simples durante 48 dias à taxa anual de 22%. Determine:

a) o capital recebido pelo credor.


b) o capital nominal do empréstimo.
9- Uma entidade bancária concedeu um empréstimo em regime de juro, simples

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durante 3 anos à taxa anual de 22%. Passados 5 dias concedeu um novo
empréstimo, duplo do primeiro à taxa anual de 20% durante 5 anos. A soma
os capitais acumulados é de 282€. Determine os capitais iniciais.

10- Determinado capital foi colocado em regime de juro simples à taxa anual de
19% durante 18 meses. Por sua vez o capital acumulado produzido foi
investido à mesma taxa durante 2 anos produzindo um novo capital
acumulado de 1769€. Determine o capital inicial.

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3- EMPRÉSTIMOS COM JURO ANTECIPADO

Até agora temos considerado que o juro é pago quando se vence o empréstimo.
Mas há contratos que estabelecem o pagamento antecipado dos juros.

Assim no acto do empréstimo, o prestamista deduz logo o valor dos juros,


entregando ao mutuário apenas a quantia líquida ( capital - juros) e, no
vencimento, uma vez que os juros já haviam sido deduzidos, o mutuário
entregará ao mutuante somente o valor do empréstimo.

Esta modalidade de empréstimos verifica-se sempre que o mutuário paga ao


mutuante os juros correspondentes ao capital emprestado no dia em que o
empréstimo se inicia.

Geralmente o credor deduz imediatamente o valor dos juros ao capital a


emprestar e, no termo do prazo do empréstimo, o devedor tem a obrigação de
entregar apenas o capital pedido.

Ex: Foi feito um empréstimo; verifiquemos a que acontece numa situação de:

1- Regime de Juro Simples


2- Regime de Juros Antecipados

c= 500€
n= 1 ano
i = 20%
j= ?

REGIME DE JURO SIMPLES

Recebe C= 500€ Paga C + j = 600€

1/1/02 31/12/02

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REGIME DE JURO ANTECIPADO

Recebe C- j = 400€ Paga C = 500 €

1/1/02 31/12/02

C' = C- j

O valor recebido pelo mutuário (devedor) é a diferença entre o capital nominal


ou capital pedido ( C ) e os juros pagos ( i ) e designa-se por capital actual ( C').

3.1- TAXA NOMINAL E TAXA REAL

Como se pode verificar o devedor pediu 498€ e pagou 99.76€ de juros, podendo
portando dispor de apenas 399€. A taxa nominal acordada foi de 20%, mas esta
taxa corresponde a um empréstimo de 498€ e não a um de 99.76€.

i = j / (c*n)

i = 99.76€ / ( 399€* 1)

i= 25%

Esta taxa de 25% representa a taxa real uma vez que relaciona o juro pago com
o capital que na realidade se pode dispor.

i
i' =
1-i

Esta fórmula dá-nos a taxa real ( i') em função da taxa nominal (i). A taxa real é
sempre superior à taxa nominal, uma vez que o devedor paga juros sobre o

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capital que não recebe na totalidade, dado que lhe são imediatamente
deduzidos os juros.

i' > i

3.2 - DETERMINAÇÃO DO VALOR ACTUAL , DO VALOR NOMINAL E


DO JURO ANTECIPADO

 CAPITAL ACTUAL EM FUNÇÃO DO JURO ANTECIPADO

Anos Meses

j ( 12 - in )
j ( 1 - in )
C' =
C' =
in
in

Dias

j ( 365 - in )
C' =
in

 CAPITAL NOMINAL EM FUNÇÃO DO CAPITAL ACTUAL

Anos Meses

C' 12 C'
C= C=
1- in 12- in

Dias

365 C'
C=
365- in 19
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EXERCÍCIOS

1- Um comerciante para poder alargar a sua actividade, precisava de 1 000


4987.98€. Conseguiu que lhe emprestassem essa quantia durante 2 anos a
juro antecipado à taxa anual de 20%. Determine a taxa real do empréstimo.

2- Determinado indivíduo pagou 1496€ de juros antecipados à taxa anual de


18%, por um empréstimo com a duração de 4 meses. Determine:

a) o capital recebido (actual)


b) o Capital pedido (nominal)

3- Um comerciante recebeu 6858.47€ após lhe terem sido descontados os juros


antecipados à taxa anual de 15% por um empréstimo coma duração de 3
anos. Determine:
a) o juro descontado no acto do empréstimo.
b) O capital pedido pelo comerciante

4- Um empresário pediu um empréstimo por 2 anos e recebeu 7481.97€ após a


liquidação dos juros adiantados à taxa anual de 20%. Determine:

a) o capital pedido pelo empresário.


b) o juro pago antecipadamente.

5 - Um comerciante para ampliar o seu negócio precisava de 2394.23€, mas só


conseguia esse empréstimo com juros antecipados à taxa anual de 20%.
Sabendo que a duração do empréstimo foi de 73 dias, determine:

a) o capital pedido pelo comerciante.


b) o juro pago antecipadamente.
c) a taxa real do empréstimo.

6- Um indivíduo pagou 2992.79€ de juros antecipados, por um empréstimo


com a duração de 2 anos à taxa anual de 25%. Determine:

a) o capital recebido pelo indivíduo


b) o capital pedido pelo indivíduo

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7- Uma empresa obteve um empréstimo e pagou 6733.77€ de juros antecipados
à taxa anual de 15%. Sabendo que a duração do empréstimo foi de 3 anos,
determine:

a) o capital recebido pela empresa


b) o capital pedido pela empresa

8- Para iniciar a sua actividade como comerciante o Sr. António Costa


precisava de 6983.17€. No entanto só lhe emprestavam se pagasse
antecipadamente o juro à taxa anual de 15%. Sabendo que a duração do
empréstimo foi de 2 anos, determine:

a) o capital pedido pelo comerciante.


b) o juro pago antecipadamente.
c) A taxa real do empréstimo.

9- O Sr. Cruz emprestou ao Sr. Loureiro determinada quantia a juros


antecipados. O empréstimo efectuou-se a 1/1/03 e terminou a 11/4/03.
Sabendo que a taxa nominal do empréstimo foi de 18,25% e que o Sr. Cruz
recebeu 7481.97€ em 11/4/03, determine:

a) o capital nominal.
b) o capital actual.
c) o juro pago antecipadamente.

10- O Sr. Alberto obteve do Sr. Nunes um empréstimo de 14963.94€ de juros


antecipados, pelo período de 6 meses. No fim desse período, o Sr. Nunes
juntando ao juros antecipadamente recebidos a amortização total do
empréstimo, fez um depósito de 16460.33€ à taxa anual de 20% durante 2
anos. Determine:

a) a taxa nominal do empréstimo.


b) A taxa real do empréstimo.
c) O juro pago antecipadamente pelo Sr. Alberto.
d) O capital acumulado obtido pelo depósito a prazo.

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4 - REALIZAÇÃO ANTECIPADADA DE EFEITOS COMERCIAIS

Hoje em dia é cada vez mais frequente fazer-se um grande volume de vendas a
prazo, ou seja, de vendas em que o pagamento é realizado em data posterior à
da entrega das mercadorias. Quando tal acontece, o devedor compromete-se em
determinada data a pagar, posteriormente, a quantia que representa o valor das
mercadorias que comprou.

Uma forma usual de garantir esse pagamento é através dos títulos comerciais,
sendo os mais vulgares as letras, os extractos de factura, as livranças e os aceites
bancários.

Além de garantirem, de certa forma, o pagamento diferido de um capital, os


feitos comerciais têm ainda a vantagem de proporcionar ao credor a sua
realização antecipada, isto é: a possibilidade de dispor do capital antes que o
devedor seja obrigado a pagá-lo.

4.1 - OPERAÇÃO BANCÁRIA DO DESCONTO COMERCIAL

De todos os títulos comerciais, o mais usual é a letra. Uma letra é um título de


crédito emitido pelo sacador (credor) que indica ao sacado (devedor), a quantia
a pagar e a data de pagamento.

Quando o sacador pretende obter, antes da data de vencimento, o valor


representado pela letra, pode apresentá-la a desconto, ou seja, negociar num
banco a antecipação do seu pagamento.

Logicamente, esta antecipação de pagamento não é isenta de encargos, motivo


pelo qual , o valor recebido pelo sacador não é idêntico ao valor nominal da
letra.

A operação de desconto é vantajosa para os dois intervenientes. O banco, ao


cobrar uma taxa de juro superior à que paga aos depósitos, tem neste tipo de
operações uma importante fonte de rendimentos.

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Por outro lado, o sacador disporá do capital ante do prazo inicialmente
previsto. A operação de desconto consiste pois na transmissão , por endosso, de
um direito, ficando o devedor obrigado, na data de vencimento, a pagar o valor
da letra ao banco. Nos casos em que o pagamento não é satisfeito pelo sacado, o
banco nada tem a perder, uma vez que tanto o sacador como o sacado são
solidariamente responsáveis pelo pagamento integral da letra na data do seu
vencimento (Lei Uniforme das Letras e Livranças)

Ao desconto comercial costuma chamar-se desconto por fora.

4.2 - OS ENCARGOS DO DESCONTO COMERCIAL

Como já foi referido, o sacador, ao efectuaro desconto, não recebe a totalidade


do valor nominal, porque lhe são descontados os encarhos relativos à
antecipação efectuada.

Estes encargos subdividem-se em:

1- Encargos bancários
- juro do valor nominal da letra correspondente aos dias de antecipação;
- prémio de local sobre o valor nominal das letras quando estas têm local de
pagamento diferentes do de desconto.

2- Encargos fiscais
- imposto que incide sobre a totalidade dos encargos bancários.

3- Encargos eventuais
- portes de correio;
- telefone;
- etc.

O total dos encargos a deduzir será portanto dado pela seguinte igualdade:

Encargos = Enc. bancários + Enc. fiscais + Enc. eventuais

 O VALOR ACTUAL COMERCIAL

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Deduzindo ao valor nominal da letra o juro pago pelo recebimento antecipado
da mesma, determinamos a seu valor actual comercial.

c' = c ( 1 - in )

 O VALOR LÍQUIDO DE TODOS OS ENCARGOS

Deduzindo ao valor actual comercial os restantes encargos (bancários, fiscais e


eventuais) determinamos o seu valor líquido, que representa a quantia que o
sacador recebe ao descontar a letra no banco.

Valor líquido = Valor actual - Encargos

 O DESCONTO RACIONAL

Este tipo de desconto difere do anterior (desconto comercial) pelo facto de o


juro a deduzir incidir sobre o valor actual de uma letra e não sobre o seu valor
nominal.

c
c'=
1 + in

Este tipo de desconto designa-se também por desconto por dentro.

EXERCÍCIOS:

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1- Uma empresa descontou em 27/10/01, no BPA um letra de 910.31€, que se
vencia em 16/10/02. A taxa de juro aplicada foi de 18%. Calcule o valor
actual comercial.

2- Um armazenista de tecidos descontou no BTA da praça de Guimarães, uma


letra de 2992.79€, domiciliada em Amarante., 71 dias antes do seu
vencimento. Os encargos foram calculados às seguintes taxas:

 Juros a 18%
 Comissões de cobrança a 0,5%
 Fundo cambial de risco a 0,5%
 Imposto de selo de 6%
 Despesas de 0.2

a) Determine o total dos encargos.


b) Determine o valor líquido creditado na conta da empresa.

3- Uma letra com o valor nominal de 764.16€ foi descontada por dentro à taxa
de 20% quando faltavam 88 dias para o seu vencimento. Determine o valor
do desconto efectuado.

4- Uma letra de valor nominal de 1020.04€ foi descontada por dentro 218 dias
antes do seu vencimento à taxa de 20%. Determine o seu valor actual
racional.

5- Calcule o valor actual do capital igual a 997.6€ vencível daqui a 9 anos,


sabendo que a taxa de juro é semestral igual a 8% no regime de juro simples
e que se utiliza o desconto por dentro.

6- Uma empresa descontou uma letra de 3641.22€ à taxa de 20% e 0,5% para o
fundo cambial de risco. A comissão de cobrança foi de 1 o/oo, o imposto de
6% e os portes 0.2. O valor líquido recebido pela empresa foi de 3438.01€.
Calcule o número de dias que faltavam para o vencimento da letra.

5- REALIZAÇÃO DIFERIDA DO VALOR DE EFEITOS


COMERCIAIS

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Como já anteriormente foi referido é prática comercial diária o recurso à
utilização de letras.

Acontece, por vezes, que, na data do seu vencimento o sacado está


impossibilitado de cumprir essa obrigação, por não possuir os fundos
suficientes.

Nesta situação é frequente a negociação com o sacador, ou como portador da


letra, com vista à sua substituição por outra letra com vencimento posterior.

Neste caso, está-se perante uma realização diferida do valor de um efeito


comercial, a que vulgarmente chamamos reforma.

A reforma pode assumir duas formas:

1- quando uma letra é substituída por outra na data do seu vencimento, sem
ter sido feita qualquer amortização da dívida, estamos perante uma reforma
total;

2- a reforma diz-se parcial quando, na data do vencimento da letra, se


amortiza uma parte da dívida, incidindo a nova letra apenas sobre o valor
não amortizado.

5.1- PRÁTICA DA REFORMA COMERCIAL, TOTAL E PARCIAL DE


UMTÍTULO POR OUTRO TÍTULO

No caso da reforma de uma letra, o sacador compromete-se a esperar mais


algum tempo (prazo de diferimento) para poder dispor do seu capital.

 OS ENCARGOS DA REFORMA

Os encargos a suportar pelo aceitante no caso da reforma são os chamados juros


de mora.

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Estes juros incidem sobre o valor em dívida no caso da reforma parcial, ou
sobre o valor nominal da letra reformada no caso da reforma total.

O prazo a considerar para a determinação desses juros é o prazo da nova letra, e


a taxa a aplicar é acordada entre o sacador e o sacado.

5.2 - O VALOR DO NOVO EFEITO COMERCIAL

O novo efeito comercial tem um valor nominal superior à parte não amortizada.

Usualmente o valor nominal da letra reformada é acrescido de juros de mora,


sendo este total o valor nominal da nova letra.

c' = c ( 1 + in )

Analogamente ao que já sucedera no desconto, quando os juros incidem sobre o


valor nominal da letra vencida ou sobre a totalidade da parte em dívida,
dizemos que a reforma é comercial.

5.3 - PRÁTICA DA REFORMA RACIONAL, TOTAL OU PARCIAL DE UM


TÍTULO POR OUTRO TÍTULO

Uma reforma diz-se racional quando os juros incidem sobre o valor actual da
letra reformada ou da parte não amortizada, na nova data de vencimento, ou
seja, sobre o valor nominal da nova letra.

 OS ENCARGOS DA REFORMA

No caso da reforma racional os encargos são também constituídos pelos juros


de mora.

28
5.4- O VALOR DO NOVO EFEITO COMERCIAL

O valor do novo efeito comercial será igual à soma da parte em dívida com os
juros de mora respectivos.

c
c' =
1 - in

29
EXERCÍCIOS:

1- O aceitante de uma letra de 623.5€ que se vence hoje, na impossibilidade de


a pagar na sua totalidade, propõe ao sacador a amortização de 124.7€ e o
aceite de uma nova letra pelo restante, pelo prazo de 146 dias, e incluindo
juros de mora à taxa anual de 20%. Determine o valor da nova letra.

2- Na data do pagamento de uma letra de 399.04€, o, aceitante propôs ao


sacador a sua substituição por uma nova letra, pelo prazo de 80 dias com
juros incluídos.
Foi acordado entre o sacador e aceitante que a taxa a aplicar seria de 22% e
que se faria uma reforma racional. Determine o valor nominal da nova letra.

3- Na data do vencimento, uma letra foi substituída por outra, com vencimento
a 73 dias. A taxa de juro foi de 20% ao ano.
Sabendo que a diferença entre o valor actual racional e o valor actual
comercial é de 4.99€, determine:

a) O valor nominal da letra reformada.


b) O valor nominal do novo aceite (reforma comercial).
c) O valor nominal do novo aceite (reforma racional).

4- Uma empresa tem uma letra em carteira no valor de 2244.59€, a receber no


prazo de 2 meses. O aceitante da letra não podendo efectuar o seu
pagamento, propôs ao sacador substituí-la por duas outras de valores
iguais, com vencimentos a 4 e a 6 meses, respectivamente. Sabendo que a
proposta foi aceite e que foi acordada a taxa de juro de 16,5%, determine o
valor nominal das novas letras.

5- Um comerciante tem uma letra a receber dentro de 2 meses, cujo valor


nominal é de 1296.87€. O aceitante desta letra propôs-lhe substituí-la por
duas outras, com vencimento daqui a 4 e a 6 meses, sendo o valor nominal
da segunda das novas letras nove terços em relação ao valor da primeira.
Sabendo que foi acordada a taxa de juro de 18%, determine o valor nominal
das novas letras.

30
BIBLIOGRAFIA

Costa, Maria Fernanda (1987), Cálculo Financeiro, Lisboa, Plátano Editora.


Fernandes, L. Santos (1985), Noções Fundamentais de Cálculo Financeiro,
Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, E. P.
Rodrigues, José (2003), Elementos de Cálculo Financeiro, 7ª Ed., Lisboa, Áreas
Editora.
Sanches Brito, Fernando e Rui Bento (1982), Exercícios de Cálculo Financeiro,
Porto, Porto Editora.
Santos, Rui (1990), Cálculo Financeiro: Noções e Exercícios, Lisboa, Edições Asa.
Simões, António Ferreira e Marcos José Rodrigues (1988), Cálculo Financeiro,
Lisboa, Plátano Editora.

Entradas na Internet

Banco de Portugal – WWW.bp.pt


Banco Português de Investimento – WWW.bpi.pt
Caixa Geral de Depósitos – WWW.cgd.pt
Instituto Nacional de Estatísticas – WWW.ine.pt

31
6- A EQUIVALÊNCIA DOS VALORES ACUMULADOS E
DOS VALORES ACTUAIS DE UM CAPITAL ACTIVO

Qualquer capital activo tem diferentes valores, consoante o momento de


tempo considerado.
No caso do desconto de letras, esse valor actual é inferior ao valor nominal,
uma vez que esta se reporta à data do vencimento do título e aquele se
reporta a uma data anterior.
Podemos pois afirmar, que o valor actual e o valor nominal são
equivalentes, isto é, representam a mesma quantia, quando reportados a um
mesmo momento (data de desconto ou data de vencimento).

C’ = c (1-in)

No caso da reforma, o valor actual do título reformado é também


equivalente ao valor nominal do novo título. Neste caso, o valor actual é
superior ao valor do título reformado uma vez que se trata de um
pagamento diferido (prolongado no tempo).

C’ = c (1+in)

32
6.1- AS EQUAÇÕES GERAIS DE EQUIVALÊNCIA DOS VALORES
COMERCIAIS DOS VALORES COMERCIAIS E RACIONAIS, DE
UM CAPITAL ACTIVO

 Equação geral de equivalência de um capital a um conjunto de


capitais

Já anteriormente referimos que o valor actual e o valor nominal de um


determinado capital activo são equivalentes, por representarem a mesma
quantia quando reportados a um mesmo momento.

Analogamente podemos concluir que dois capitais são equivalentes numa


dada data, quando nessa data os seus valores actuais são iguais:

EQUAÇÃO GERAL DE EQUIVALÊNCIA DE DOIS CAPITAIS

VALOR ACTUAL COMERCIAL

c₁ ( 1-in₁) = c₂( 1-in₂)

VALOR ACTUAL RACIONAL

c₁ = c₂
1+in₁ 1+in₂

33
Consideremos agora vários capitais e tentemos substituí-los por um único que seja
equivalente:

EQUAÇÃO DE EQUIVALÊNCIA DE UM CAPITAL A UM


CONJUNTO DE CAPITAIS


C (1-in) = ∑ cr (1-inr)
r=1

 Substituição de dois ou mais efeitos comerciais por


outro, de valor nominal a determinar

Quando se pretende substituir um conjunto de capitais por um único, com


vencimento determinado, calcularemos o seu valor nominal da seguinte
forma:


∑ cr (1-inr)
C = r=1
1 - in

34
 Substituição de dois ou mais efeitos comerciais por
outro, de vencimento a determinar

Neste caso, pretende-se a substituição de um conjunto de capitais por


único capital a vencer em dada a determinar.
Para determinar essa data, basta-nos resolver a equação geral de
equivalência de um capital a um conjunto de capitais, em ordem a n ( prazo
de vencimento do novo efeito comercial).


C - ∑ cr (1-inr)
n = r=1
c * i

 Substituição de um efeito comercial por dois ou mais


efeitos, de valores iguais ou proporcionais a determinar

Inversamente ao caso anterior, pretende-se agora substituir um único efeito


comercial por um conjunto de capitais.


∑ cr (1-inr) = C (1-in)
r=1

A resolução de problemas deste tipo só é possível quando se pretende que

35
os valores nominais dos vários efeitos comerciais a obter sejam iguais, ou
exista entre eles uma determinada relação. Neste caso teríamos.

C (1-in)
c₁=

∑ cr (1-inr)
r=1

36
Exercícios de aplicação

1- Considere duas letras cujos valores nominais são 825,512€ e 857,545€


que se vencem daqui a 73 e 146 dias respectivamente. Determine a taxa de
juro segundo a qual são equivalentes hoje.

2- Considere duas letras de valores nominais de 837,981€ e 1356,731€ com


prazos de vencimento a 1 e 2 anos respectivamente, e uma terceira de
2120,39€ vencível daqui a 1,5 ano. Determine a taxa de juro em função da
qual as duas primeiras letras são equivalentes à ultima.

3- Uma empresa possui em carteira duas letras a pagar ao mesmo


fornecedor cujos valores nominais são 910,31€ e 1274,43€e que se vencem
daqui a 50 e a 40 dias respectivamente. Sabendo que a empresa se propôs
antecipar o pagamento de duas letras, liquidando-as imediatamente, e que a
taxa de juro considerada é de 18%, determine a quantia a pagar.

4- Uma empresa pretende substituir duas letras de 546,185€ e 1092,37€


com vencimento a 160 e 120 dias, respectivamente, por uma única letra de
1808,143€. Considerando a taxa der juro de 20% determine o prazo de
vencimento da nova letra.

5- O aceitante de três letras cujos valores nominais são 349,16€, 648,44€ e


498,8€ e que se vencem daqui a 60, 90 e 120 dias respectivamente, propôs
ao sacador substitui-las por uma 1488,4€ . Sabendo que o sacador aceitou a
proposta. Determine o prazo de vencimento da nova letra.

6- Uma empresa tem em carteira uma letra de1616,11€, a pagar no prazo de


2 meses. Não podendo efectuar o pagamento, a referida empresa propôs ao
sacador a sua substituição por duas outras de valores iguais, que se vencem
daqui a 3 e 5 meses, o que este aceitou, tendo sido acordado, a taxa de juro
de 18%. Determine o valor nominal das novas letras.

37
MÓDULO 2 SISTEMA FINANCEIRO COMPOSTO

18 HORAS

38
7 - REGIME DE JURO COMPOSTO

NOÇÕES GERAIS

No regime de capitalização a juros compostos, o juro produzido durante o


período considerado adiciona-se ao capital inicial, para produzir novos
juros.
Existe, portanto, uma situação em que se produzem juros dos juros.
Deve notar-se que este regime se distingue do regime de capitalização a
juros simples, apenas a partir do fim do primeiro período a considerar, e
que o facto de os juros produzirem novamente juros no período seguinte
conduz a juros totais superiores.

CAPITALIZAÇÃO A JUROS COMPOSTOS

 CAPITAL ACUMULADO EM FUNÇÃO DO CAPITAL INICIAL

Podemos pois afirmar que o capital acumulado (Sn), por um capital inicial c, ao fim de
n períodos da taxa i, é-nos dado pela seguinte expressão:

n
Sn = c(1+i)

 CAPITAL INICIAL EM FUNÇÃO DO ACUMULADO

-n
C = Sn (1 + i )

 JURO EM FUNÇÃO DO CAPITAL INICIAL

39
n
j= c[( 1 + i) - 1]

 JURO EM FUNÇÃO DO CAPITAL ACUMULADO

-n
j= Sn [ 1 - ( 1 + i) ]

 TAXA E TEMPO EM FUNÇÃO DO CAPITAL ACUMULAADO, DO CAPITAL


INICIAL E DO NÚMERO DE PER’IODOS INTEIROS DE CAPITALIZAÇÃO

n Sn
( 1+ i) =
c

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

40
1- Determine o capital acumulado produzido por 598,56€ em regime de
juro composto, durante 3 anos à taxa anual de 10%.

2- Determine o capital inicial colocado em regime de juro composto, à taxa


semestral de 7,5%, produz em 5 anos o capital acumulado de 20560,76€.

3- Determine o juro composto produzido por um capital inicial de 498,8€ à


taxa semestral de 20%, durante 2 anos.

4- Determine o juro correspondente a um capital acumulado de 4987,98€


produzido em regime de juro composto, durante 2 anos à taxa anual de 5%.

5- Determine a taxa anual que, aplicada a um capital de 498,8€ produzido


em regime de juro composto, durante dois anos um capital de 648,24€.

6- Determinado indivíduo concedeu um empréstimo de 1246,99€ em


regime de juro composto à taxa quadrimestral de 20%. No términos do
empréstimo recebeu 2154,81€. Determine em anos, o tempo de duração do
empréstimo.

7- Um capital de 648,44€ foi investido em regime de juro composto


durante 3 anos à taxa anual de 20%. Determine o capital acumulado
produzido.

8- Determinada quantia foi investida em regime de juros compostos


durante 18 meses, à taxa trimestral de 8%, produzindo um capital
acumulado de 7915,30€. Calcule o capital investido.

41
MÓDULO 3 ESTATÍSTICA APLICADA

18 HORAS

42
I - CÁLCULO COMERCIAL E FINANCEIRO

1- MÉDIAS ARITMÉTICAS

1.1- MÉDIAS ARITMÉTICAS SIMPLES

A média aritmética é a resultante de um esforço de condensação de um elevado


número de dados, numa medida que caracterize e evidencie o que de mais
significativo exista nos dados em análise.

Observemos as seguintes classificações obtidas por um aluno do Curso de


Técnicos de Gestão

Português 14
Francês 11
Filosofia 13
Economia 16
Matemática 14
Inglês 13
Contabilidade 15
Cálculo Financeiro 16

Se quisermos caracterizar o nível geral do aluno, poderemos traduzi-lo pela sua


média aritmética

Média aritmética = 14 + 11 + 13 + 16 + 14 + 13 + 15 + 16

=112 = 14
8

A média aritmética simples de um determinado conjunto de números ={x1,


x2, ..., xn} é pois, por definição, o quociente entre a soma desses números pelo
cardinal do conjunto.

n
 xi
M= X1 + x2 + ... + xn = i=1
n n

43
1.2- MÉDIA ARITMÉTICA PONDERADA

Em vez de um único aluno, vamos agora considerar a globalidade de uma


pauta de uma turma . Observemos então a seguinte pauta:

Nº de Cálculo
Portug. Francês Filosofia Economia Matemát. Inglês Contabilid.
alunos Financeiro
1 10 8 12 10 14 11 13 12
2 14 11 13 16 14 13 15 16
3 8 10 9 8 10 10 12 12
4 7 7 8 9 9 10 9 8
5 9 10 10 10 7 11 10 7
6 14 12 16 16 15 14 16 17
7 8 8 8 10 7 8 8 8
8 13 12 12 14 13 11 14 14
9 9 7 12 12 12 11 10 12
10 10 11 9 8 7 10 12 10

Pela análise da pauta , verifica-se que as notas se repetem com maior ou com
menor frequência.

7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
7 8 9 10 11 12 13 14 16
7 8 9 10 11 12 13 14 16
7 8 9 10 11 12 13 14 16
7 8 9 10 11 12 14
7 8 9 10 12 14
8 10 12 14
8 10 12
8 10 12
8 10 12
8 10 12
10
10
10

44
A partir deste quadro, cuja de frequências é a de rol de frequências, podemos
observar a sua frequência, construindo então uma tabela de frequências:

Valores (xi) Frequência (fi)


7 7
8 12
9 7
10 15
11 6
12 12
13 5
14 8
15 2
16 5
17 1

Neste exemplo, justifica-se a utilização de uma média aritmética ponderada,


que é dada pelo quociente entre a soma dos produtos dos valores (xi) pelas
respectivas frequências (fi) e a soma das frequências.

n
 xi fi
Map= i=1
n
 fi
i=1

EXERCÍCIOS:

45
1) Uma pequena empresa de panificação tem 5 empregados, que auferem as
seguintes remunerações: 499 €, 399€, 623 €, 624€, 699 € e 9474€. Determine o
salário médio pago na referida empresa.

2) Do inquérito realizado numa rua de Porto de Mós, relativo ao número de


filhos de cada agregado familiar, extraiu-se o seguinte resultado:

5 2 3 4 5 6 7 3 4 5
4 0 1 4 1 4 2 3 5 0
0 2 6 3 0 3 2 2 1 3

a) Elabore a respectiva tabela de frequências.

b) Determine o número médio de filhos por agregado familiar.

3) Numa fábrica um operário especializado ganhava em Janeiro 441€, em Março


foi aumentado para 599€, e em Julho para 748€. Um novo contrato colectivo
celebrado aumentou em Outubro para 848€ e em Novembro para 898€.Sabendo
que o referido operário gozou férias em Setembro pretende-se:

a) A elaboração da tabela de frequências das remunerações auferidas.

b) A determinação do salário mensal no ano considerado.

4) Durante uma semana a biblioteca de uma escola de Alverca, registou a


seguinte frequência de alunos:
2ª feira: 25 alunos
3ª feira: 85 alunos
4ª feira: 170 alunos
5ª feira: 145 alunos
6ª feira: 102 alunos
Sábado: 33 alunos

a) Determine a frequência média diária da biblioteca.

1.3- Preço Médio

46
Sendo q1, q2, q3,..., qn as quantidades de cada uma das substâncias numa
mistura e sendo p1, p2, p3p,...pn os respectivos preços. O preços médio da
mistura será:

p1*q1+p2*q2+p3*q3+...pn*qn
Pm=
q1+q2+q3+…+qn

Exercícios :

1- A secção de frutaria de um supermercado vendeu na semana passada as


seguintes quantidades de pêras:
100Kg – 0.42
120Kg – 0.75
180KGg – 1.25

Qual foi o, preço médio de venda dos quilos das pêras?

2- Uma empresa adquiriu as seguintes quantidades de areia:


7000Kg – 5.39€/t
9000Kg – 7.98€/t
24000Kg – 15€/t

Pagou de despesas de transporte as seguintes quantias:


1ª carga:5.59
2ª carga:9.48
3ª carga:14.86

Determine:
a) O preço médio da tonelada comprada
b) O preço médio do custo de cada tonelada.

1.4- O VENCIMENTO MÉDIO

Sendo:
l1, l2 ,l3,...,ln – os capitais emprestados
n1, n2, n3, ...,nn – os prazos do empréstimo

O vencimento médio calcula-se as seguinte forma:

(l1*n1) + (l2*n2) + (l3*n3)+ ... + (ln*nn)

47
N=
l1 +l2+ l3+ ...+ ln

Calcule o vencimento médio dos seguintes capitais:


l1-998 - n1 = 6 meses
l2- 1247 - n2 = 12 meses
l3- 1995 - n3 = 10 meses

1.5- DESVIOS EM RELAÇÃO À MÉDIA

O desvio em relação à média é a diferença entre os valores dados e o valor


da média encontrada.

PROPRIEDADE DE MÉDOIA ARITMÉTICA

- é nula a soma aritmética dos desvios em relação à média.

 ( xi - x ) =0

EXERCÍCIOS:

Considere o seguinte conjunto:

A= 14, 20, 21, 23, 27

a) Calcule a média.
b) Prove que é nula a soma algébrica dos desvios em relação à média.

2 - FUNÇÕES DE PROPORCIONALIDADE E SUAS


APLICAÇÕES

2.1- PROPORCIONALIDADE DIRECTA

48
F: A B
y = 2x

DIAGRAMA SAGITAL
A B

1 2
2 4
3 6

Conjunto de partida A= { 1,2,3 }

Conjunto de chegada B={ 2,4,6 }

Domínio {1,2,3}

Contradomínio {2,4,6}

Objectos {1,2,3}

Imagens {2,4,6}

Grafo da Aplicação

g = { ( 1 , 2 ) ; ( 2 , 4 ) ; ( 3 , 6) }

Par Conjunto Conjunto


Ordenado Partida Chegada

Podemos encontrar três tipos de aplicações:

 Sobrejectiva - quando o conjunto de partida coincide com o conjunto de


chegada

 Injectiva - quando a objectos diferentes correspondem imagens diferentes

49
 Bijectiva - quando a aplicação é sobrejectiva e injectiva simultaneamente

Existe uma relação de Proporcionalidade


Directa quando a aplicação é bijectiva e o
quociente doa pares ordenados é constante

f: A B
y = 3x

A B

1 3
3 9
5 15
7 21
9 27

- Função Bijectiva

- Constante de Proporcionalidade

K = b/a
=3

 K-1 = a/b se f-1:B A

Se for feita a representação gráfica, a relação de proporcionalidade directa


observar-se-á através de uma recta que passa pela origem das coordenadas.

50
2.1.1- PROPRIEDADES DA PROPORCIONALIDADE DIRECTA

Analisemos os seguintes conjuntos:

A -1 1 2
B -2 2 4
C -6 6 12

A partir da análise feita, podemos concluir a veracidade dos seguintes


teoremas:

1- " Dada a função bijectiva f: A B e verificando-se que há uma relação de


proporcionalidade directa entre os elementos de A e de B, com os elementos
dos pares ordenados f C A*B, constituem-se proporções"

2- " A relação de proporcionalidade directa é uma relação de equivalência"


2.1- É reflexiva
2.2- É simétrica
2.3- É transitiva

3- " A relação de proporcionalidade directa entre os elementos de dois


conjuntos A e B não se altera quando se multiplicam ou dividem os elementos
de A e de B pelo mesmo números finito diferente de zero"

4- " Quando na aplicação f: A B existe proporcionalidade directa, o quociente


da soma de qualquer números de termos de B pela soma dos termos homólogos
de A é constante e igual à razão de proporcionalidade."

EXERCÍCIOS

1- São dados dois conjuntos A= { 3,4,5,14} e B= {-6,-8,-10,-28} e a aplicação

bijectiva em que g: A B em que g (x) = -2x

a) Construa o diagrama sagital.

51
b) Escreva o grafo da aplicação.

2- O Sr. António investiu 1197 numa empresa, recebendo anualmente 215 de


juros.

a) Determine a taxa de rendimentos do investimento.


b) Calcule o rendimento que obteria se investisse 1496.
c) Determine o investimento que teria de fazer para obter um rendimento de
449.

2.2 - PROPORCIONALIDADE INVERSA

Observe atentamente os seguintes conjuntos, existindo entre eles a seguinte


aplicação:

g: C D

C g G

-2 8
4 -4
8 -2
-16 1

g-1

Entre os conjuntos C e D existe uma relação de proporcionalidade inversa,


porque:

 se verifica a existência de uma bijecção;


 é constante o produto dos pares ordenados de C e D.

K= c * d  K-1 = d * c  K = K-1

52
Analisemos os seguintes conjuntos:

A 8 4 12
B 3 6 2
C 4 2 6

A partir da análise feita, podemos também concluir a veracidade dos seguintes


teoremas:

1- " Dados os conjuntos de números reais A e B e a aplicação bijectiva f: A B e


se entre os elementos de A e de B houver uma relação de proporcionalidade
inversa, podem formar-se proporções com os elementos dos pares ordenados g
CA*B"

3- " A relação de proporcionalidade inversa é uma relação de equivalência"


2.1- É anti-reflexiva
2.2- É simétrica
2.3- É não transitiva

3- " A relação de proporcionalidade inversa entre os elementos de dois


conjuntos A e B não se altera se multiplicarmos os elementos de A e dividirmos
os de B pelo mesmo números finito diferente de zero"

4- " Quando na aplicação f: A B existe proporcionalidade directa, o quociente


da soma de qualquer números de termos de B pela soma dos termos homólogos
de A é constante e igual à razão de proporcionalidade."

53
EXERCÍCIOS:

Considere dois conjuntos X e Y e a função bijectiva f: X Y

X f Y

4 1/8
3 1/6
1/10 5
1/2 1

f-1

a) Prove a existência de proporcionalidade inversa.


b) Determine o valor das constantes K e K-1.

2- No quadro seguinte substitua as incógnitas, sabendo que entre os conjuntos


M e N existe uma relação de proporcionalidade inversa com K= - 1/4

M -2/3 m2 5/6 m4
N n1 0.2 n3 -1

54
MÓDULO 4 RENDAS

36 HORAS

55
9- RENDAS

A um conjunto de capitais vencíveis em momentos equidistantes no tempo,


chama-se Renda.

C1 C2 C3 ... Cn-1 Cn

0 1 2 3 ... n-1 n

Cada um destes capitais toma o nome e Termo de renda , e o espaço de


tempo que medeia entre tais termos consecutivos designa-se por Período da
Renda.
O termo da renda pode tomar a designação de anuidade, mensalidade,
semestralidade, etc., consoante o período da renda for, respectivamente, o
ano, o mês, o semestre, etc.

 CLASSIFICAÇÃO DAS RENDAS

1- Quanto à disponibilidade:

Certas - se o vencimento dos seus termos não depende de qualquer


acontecimento aleatório;
Incertas ou Aleatórias – se o vencimento dos seus termos depende de
acontecimentos incontroláveis;

56
2- Quanto ao período:
Inteiras – se o período da renda coincide com o período da taxa de juro;
Fraccionadas- se o período da renda é inferior ao período da taxa de
juro;

3- Quanto aos termos:


Constantes- se os termos são todos iguais;
Variáveis – se os termos não são todos iguais;

4- Quanto ao vencimento:
Normais ou postcipadas – se o vencimento dos termos coincide com o
final do período respectivo;
Antecipadas – se o vencimento dos termos coincide com o início do
período respectivo;

5- Quanto à duração:
Temporárias – se o número dos seus períodos é limitado ou finito;
Perpétuas – se o número dos seus períodos é ilimitado ou infinito

6- Quanto ao momento de referência:


Imediatas – se o momento de referência coincide com o inicio do
primeiro período;
Diferidas – se o momento de referência é anterior ao inicio do primeiro
período.

57
 RENDAS INTEIRAS DE TERMOS CONSTANTES

Rendas Imediatas de Termos Normais

Valor actual e valor acumulado

Considere a seguinte renda:

C1 C2 ... Cn-2 Cn-1 Cn

0 1 2 ... n-2 n-1 n

Como o conjunto de capitais com vencimentos diferentes, o valor da


renda obtém-se reportando todos os seus termos a um mesmo momento
de referência.
Se o momento de referência for o momento 0, o valor da renda toma o

nome de Valor actual da Renda e representa-se por an.


No caso de se considerar como momento de referência, o momento n, o
valor da renda designa-se por valor acumulado da Renda, e representa-

se por Sn.

Valor Actual

-n

an = 1–(1+i)
*C
i

58
Valor Acumulado

Sn = (1+i) - 1
*C
i

Valor Actual em Função do Valor Acumulado

-n
an = (1+i) * Sn

Valor Acumulado em Função do Valor Actual

Sn = an * (1+i)

Rendas Imediatas de Termos Antecipados

Valor actual e valor acumulado

Como vimos anteriormente, os termos destas rendas vencem-se no início


do período. Assim:

C1=1 C2=1 C3=1 ... Cn= 1

0 1 2 ... n-1 n

59
Valor Actual

än = 1 + an-1

Valor Acumulado

..
Sn = (1+ i)* Sn

Rendas Diferidas de Termos Normais

Valor actual

-t
t\ an = (1+i) * an

Valor acumulado

t\ Sn = Sn

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Rendas Diferidas de Termos Antecipados

Valor actual

-t
t\ än = (1+i) * än

Valor acumulado

.. ..
t\ Sn = Sn

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

1- Determine o valor do capital acumulado por uma unidade de 498,8€


durante 10 anos à taxa de 10%.

2- Determine o valor actual de uma renda de 249,40€, depositada à taxa


de 7,5% durante 20 anos.

3- Determine a taxa de uma renda anual de 498,8€ que, durante 30 anos


se transforma no capital acumulado de 90223,31€.

4- Determine o período de investimento de uma renda anual de 299,28€


que à taxa anula de 20% tem o valor actual de 1254,72€.

5- Determine o valor actual de um renda antecipada de 74,82€ à taxa de


15% durante 15 anos.

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6- Calcule o valor acumulado de uma renda antecipada de 99,76€, à
taxa de 20% durante 20 anos.

7- Considere uma renda de 25 termos mensais de 49,88€ cada, cujo


primeiro vencimento se dá em 1/1/05. Determine o valor actual a
1/1/03 considerando uma taxa de 20%.

8- Uma firma de consultores económicos foi contactada por um dos


seus clientes a quem haviam sido apresentadas três propostas
seguintes para a venda de um imóvel:

1ª - 249398,95€ a pronto pagamento;


2ª - 99759,58€ a pronto e cinco prestações anuais de 49879,79€;
3ª - 149639,37€ a pronto e três prestações anuais de 49879,79€.

Se fosse um dos consultores económicos, por qual das hipóteses


aconselharia o seu cliente a optar.

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