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Exmo Senhor
Director de Finanças MMMMM
Pressupostos pocessuais:
1º
2º
Tem por conseguinte interesse pessoal, directo e legítimo em reclamar para que seja
anulado o valor a pagar, sendo deste modo indiscutível a sua legitimidade processual.
3º
4º
5º
6º
7º
A actuação da Administração Fiscal, que num Estado de direito, se presume de boa fé,
foi com este acto decorrente de outros, no mínimo pouco razoável.
Senão vejamos:
8º
9º
10º
11º
12º
No caso em apreço, foi pedida a esta família (sujeitos passivos) um esforço económico
relacionado com o imposto demasiado elevado e não consentâneo com a realidade.
13º
14º
Quando dessa opção com a entrega da declaração, optou o contribuinte pelo regime de
tributação da contabilidade organizada.
15º
Conscientemente e porque nas repartições de finanças era essa a informação que corria,
foi convencimento do contribuinte, que a opção na altura era válida por cinco anos.
16º
Aliás, todos os contribuintes, técnicos de contas, etc, que naquela data se dirigiam às
repartições de finanças, depararam-se com as brochuras, que efectivamente diziam que
o prazo era de cinco anos.
17º
Não nos foi possível arranjar essa brochura, para que a pudéssemos anexar a esta
reclamação, mas para confirmar essa existência basta ver o ofício circulado 20050 de 10
de Setembro de 2001, que se anexa (documento 1).
18º
Para reforçar ainda mais esta tese, juntamos um ofício da APECA (documento 2), e
outro da CTOC (documento 3), que esclarecem esta pertinência em absoluto.
19º
Para além destes factos, agora até as declarações de alterações, dizem o prazo de
validade do regime, o que não acontecia então (documento 4).
20º
Este tipo de informação, quer queiramos quer não, teve influência no que a seguir se vai
descrever, ludibriando as expectativas do sujeito passivo.
21º
Julgamos que são atitudes destas que em nada dignificam o Estado Português, porque
efectivamente este “regime simplificado pretende ser uma arma apontada aos
contribuintes”.
22º
Apresentada que foi em 30 de Abril de 2003 a declaração modelo 3 (documento 5), com
o respectivo anexo C, uma vez que era convencimento do contribuinte estar no regime
da contabilidade organizada, a referida declaração (anexo C) foi rejeitada pelo sistema
informático (documento 6).
23º
Logo aí ficámos apreensivos quanto a esta situação, mas para regularizar tal situação
teve de ser apresentado o anexo B.
24º
25º
Para evitar qualquer situação, menos desagradável e porque somos pessoas de bem e
agimos de boa fé, já efectuámos o pagamento, o que obviamente não altera em nada os
meios disponíveis de defesa.
26º
Após esta explanação, que julgamos esclarecedora quanto à actuação por parte da
Administração Fiscal, actuação essa que lesou o contribuinte, solicitamos que seja
revista a notificação por julgarmos enfermar de vícios processuais, ilegalidades e
errónea quantificação da matéria colectável.
27º
Do que aqui decorre, e com os fundamentos apresentados existe matéria suficiente para
que a notificação seja anulada.
A Reclamante,
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Esta Reclamação ainda não tem decisão, mas já há no TAF de Braga uma situação
semelhante que deu razão ao contribuinte.
Nota os Artigos poderão não estar adaptados ás novas situações a reclamar.