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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

FORMAÇÃO ECONÔMICA DO MUNDO CONTEMPORÂNEO

PROCESSO DE REVOLUÇÃO INDUSTRIAL INGLÊS E ALEMÃO

ANA CAROLINA LOPES DA SILVA

JEAN CARLOS DE SOUZA SOARES BRAGA

SERGIO MONTENEGRO

RIO DE JANEIRO

2017
Esclarecimentos sobre a revolução industrial – não foi uma mera aceleração do
crescimento, mas sim uma aceleração pautada pelas transformações econômicas e sociais. O
pioneirismo britânico não se deve ao fato da Inglaterra ter começado do zero sua
industrialização, mas por ter transformado a sociedade e seus modos de produção que eram
direcionados para o lucro. Sendo pioneira não havia modelos para copiar ou fatores técnicos e
econômicos externos para utilizar.
A expropriação dos excedentes de produção dos produtores ingleses se dava por formas
diferente do restante do continente europeu, nestes a pressão se dava por meio exclusivamente
extra econômicos para citar um exemplo, meios militares. Na Inglaterra esta expropriação se
dava por meio puramente econômicos, os ingleses eram pressionados a aumentar sua produção
e reduzir os custos, ou seja, deveriam produzir através de meios mais eficientes. Isso ocorria,
pois, a Inglaterra por meio de seu estado centralizado, alcançado principalmente pela
desmilitarização da aristocracia não observava uma divisão de sua soberania, desta forma
proporcionava a ordem e a segurança da propriedade – os grandes latifúndios.
As vastas porções de terras, ao contrário de Alemanha e França onde a maior parte da
população ainda era rural, já não eram mais trabalhadas pelo camponês proprietário, mas sim
pelo arrendatário que dependia cada vez mais da produção agrícola eficiente para aumentar sua
renda. Desde tempos imemoriais existem os exploradores, os explorados e os mercados, mas
só a partir das mudanças da expropriação dos excedentes de meios extra econômicos, como
impostos, por exemplo, para meios puramente econômicos e tendo o mercado deixado de ser
um mercado suntuário e provedor de uma circulação de riquezas onde a ordem era comprar
barato e vender caro, tornando-se um mercado de bens de consumo barato para uma população
cada vez maior de não proprietários e centralizador das relações produtivas. Dependia-se do
mercado não só para comprar e vender itens, mas para comprar e vender forca de trabalho.
Este aumento de produtividade não foi obtido única e exclusivamente por intermédio do
aumento de pressão. Houve o que foi chamado de melhoramento da terra, transformando as
terras que eram privadas, mas ainda assim as pessoas tinham o direito de pastagem, catação de
lenha, coleta de sobra das lavouras, em terras exclusivas para que estas ficassem livres e
alcançassem o maior grau de produtividade e lucratividade possível – os cercamentos. John
Locke filósofo mais importante dessa nova ética deu um caráter científico aos cerceamentos. A
começar por caracterizar a terra como algo dado por Deus para todos os homens, sendo ela um
bem comum a todos, mas que sendo o homem possuidor de si e do seu trabalho e ao modificar
algo com seu trabalho aquilo passa a ser um bem privado. Sendo assim o melhoramento da terra
através de novas técnicas de cultivo tornaria esta um bem exclusivo do homem que a melhorou.
Locke em uma de suas passagens deixa claro que a apropriação do trabalho alheio não difere
em nada do trabalho produzido por alguém. Para ele terras comunais eram desertos e o fato de
cercá-las para transformar em algo produtivo agregava mais a comunidade do que prejudicava.
A população reagiu a estes casos de privação de direitos comunais, mas o Estado garantidor da
ordem e da propriedade, julgou sempre a favor dos cerceamentos. Este movimento de
melhoramento e cerceamentos levou a Inglaterra a uma produtividade diferenciada no que diz
respeito a agricultura, sendo os imperativos de mercado e da competição responsáveis por tal
feito.
Assim, o campo chamava a atenção pela ausência de um campesinato no sentido
europeu. A figura do pequeno proprietário de terra tornou-se cada vez mais incomum uma vez
que ele passa da condição de proprietário para de trabalhador assalariado. Estes pequenos
proprietários que antes dividiam seu trabalho em atividades de cultivo e atividades
manufatureiras agora passam a trabalhar em tempo integral em manufaturas. Assim aldeias se
transformam em vilas industriais e até mesmo em cidades industriais. Essa transformação de
produção fez com que diversas fábricas rudimentares surgissem no interior do país e este
esquema de industrialização rudimentar originou pólos que eram responsáveis por atender a
demanda por alimentos e outros ítens que não eram produzidos.
Essa difusão de manufaturas fez com que os grandes proprietários de terras
despertassem o seu interesse pelas minas que ali existissem. Consequentemente passaram a
investir em transporte terrestre e fluvial para que pudessem ser escoadas as produções das
manufaturas e das minas e também para melhor o acesso destas regiões aos produtos agrícolas.
Porém a atividade inglesa mais prospera era sem dúvidas o comércio. A produção não
contemplava mais do que 25% do total sendo o restante proveniente de suas colônias e das
atividades de comércio de sua população. Esta nação dita de comerciantes tinham forte
favorecimento do governo, pois o comércio fez surgir uma classe média que enriqueceu através
dele, e essa riqueza os tornou livres e essa liberdade fê-lo expandir ainda mais. Em suma a
Inglaterra impressionava seus visitantes por ser um país rico e próspero e esta riqueza se deve
ao comércio e a iniciativa da sua população. Um outro fator é a marinha que era ao mesmo
tempo utilizado para fins comerciais e bélicos.
Tendo em vista a difusão manufatureira pelo interior a Inglaterra que era uma nação de
comerciantes começou a dividir os interesses com os manufatureiros. Ainda que a classe dos
comerciantes fosse a mais rica, estes não conseguiam mobilizar tanto poder quanto as
manufaturas, estas sim protegiam o mercado interno e aumentavam o mercado externo, um
exemplo deste poder foi a proibição da importação de tecidos de algodão estrangeiros. Assim o
setor têxtil pode crescer até que tivesse forca para atingir o mercado de outros países.
Esta prosperidade seja da indústria ou do comércio não seria possível não fosse o sistema
político inglês, não era um estado burguês, mas sim uma oligarquia aristocrática latifundiária –
os whig. Eles eram uma elite pós revolucionária e se diferenciavam das hierarquias feudais e
absolutistas, pois seu poder dependia da disposição para ganhar dinheiro seja através do
comércio e/ou indústria.
A Europa do século XVII dividiu-se em partes adiantadas e partes atrasadas. Sendo as
adiantadas a economia mundial dos estados marítimos e as atrasadas as colônias(américa) e
pontos de comercio e dominação (oriente). Soma-se a isto o fato de que a iniciativa privada só
buscará a inovação caso possa obter lucro, caso contrário não o fará. O mercado é composto
pelos ricos que consomem poucos bens de luxo, mas com altas margens de lucro e pelos pobres
que possuem pouco dinheiro disponível para o consumo ou não tem acesso aos produtos. Assim
faz mais sentido produzir um número pequeno de relógios cravejados de pedras preciosas do
que produzir em massa relógios baratos para a população. O mercado dita as regras de produção.
Levantadas estas contradições dentro de muitas outras, deve-se levar em consideração
três fatores que suscitaram a revolução industrial: Mercado interno, mercado externo e governo.
O mercado interno – qualquer empresário seria capaz de perceber que o mais pobre
cidadão inglês, consome roupas, alimentos e bebidas. Assim as manufaturas de alimentos e
têxteis fixam o ritmo da industrialização. E estas manufaturas pressionavam para que
ocorressem um investimento em transportes quais sejam, estradas de rodagem, canais e rios,
pois era muito dispendioso movimentar cargas pela Inglaterra. O mercado interno também era
grande consumidor de bens ditos de capital como o carvão, por exemplo, que era largamente
utilizado nas residências britânicas. O mercado interno favoreceu o crescimento econômico,
pois ele consistia de um grande número de consumidores e estes eram constantes e protegia as
atividades de exportação contra as flutuações.
O mercado externo – Crescia em ritmo extremamente acelerado de forma que aquele
que conseguisse acompanhar suas flutuações poderia fazer fortunas. Entre 1700 e 1750 as
exportações cresceram 70% e entre 1750 e 1770 cresceram 80%. O mercado externo era
conquistado por meios de guerra e da colonização, o que demandava uma economia capaz de
explorar estes novos mercados e um governo que fosse orientado para questões econômicas.
Essa foi a forma que a Inglaterra explorou durante o século XVIII, pois um país que conseguisse
concentrar o mercado de exportação da maior parte do mercado mundial conseguiria expandir
suas exportações de forma que a industrialização seria o único caminho para atender a demanda
de produção e como já foi dito, o mercado é quem determina o que será produzido.
Governo – O governo britânico subordinava toda a sua política externa a interesses
econômicos. Sendo que as guerras travadas pela Inglaterra tinham objetivos quase que
exclusivamente econômicos – comercias e navais. De acordo com Hobsbawm (2000, p.48)

As exportações, apoiadas pelo auxilio sistemático e agressivo do governo,


proporcionaram a centelha e constituíram – juntamente com a produção têxtil de
algodão – o “setor básico” da industrialização. Além disso, conduziram a importantes
melhorias no transporte marítimo. O mercado interno proporcionou a base geral para
uma economia industrializada em grande escala (através do processo de urbanização)
incentivou grandes melhorias no transporte terrestre, uma importante base para o
carvão e para algumas importantes inovações tecnológicas. O governo dava apoio
sistemático a comerciantes e manufatureiros, além de incentivos de modo algum
desprezíveis para a inovação técnica e para o desenvolvimento de indústrias de bens
de capital.

A Alemanha pré-industrial era um país que ainda preservava práticas feudais dentro de
suas trinta regiões administrativas, cada uma com sistemas próprios de leis, pesos e medidas,
tarifas alfandegárias e também seu próprio dinheiro. Essa conjuntura fazia da Alemanha um
sistema de pequenas economias locais isoladas, fazendo com que ela ficasse economicamente
fechada em si mesma.
Diferente da Inglaterra os meios de expropriação eram extra econômicos, sendo
utilizados meios jurídicos ou militares. Neste modelo, a Alemanha que era praticamente um
país rural tinha, na parte oriental, suas terras cultivadas por servos camponeses num sistema de
trabalho compulsivo e na parte ocidental os camponeses pagavam obrigações em dinheiro aos
senhores. Como os imperativos de mercado estavam ausentes a agricultura apresentava um
baixo nível de produtividade. A soberania do país também era dividida e devia atender a
interesse de diferentes classes como, por exemplo, os Junkers que eram a casta rural e militar
alemã. A aristocracia autocrática governava em um modelo semelhante ao feudal – a monarquia
Hohenzollern – e a eles interessava mais a preservação das relações sociais existentes do que o
estabelecimento de uma economia de mercado. Contribui também para o atraso alemão devido
a fragmentação política a guerra dos 30 anos.
Em virtude da não existência de uma iniciativa privada, houve um indicativo do Estado
no sentido de promover um alicerce industrial a partir da abertura de algumas empresas
industriais em alguns setores, mas o ideário liberal não era adotado em sua totalidade, mas sim
adaptado de acordo com as necessidades administrativas. A presença forte do estado significava
um atraso para a industrialização. No campo houve um indicativo de mudanças no sentido de
uma reforma agrária em virtude da ocupação francesa durante o período napoleônico que
promoveu ao longo do século XIX a destruição do que restava dos traços do feudalismo.
As mudanças promovidas buscaram dar exclusividade as terras que antes eram
comunais, fornecendo vantagens aos Junkers e ao camponês mais abastado, os outros
camponeses foram aos poucos perdendo totalmente ou partes significativas de suas terras. A
Alemanha observou dessa forma um processo de melhoramento de suas terras onde os
proprietários aplicavam novas e melhores técnicas de cultivo. Aliado a isso ocorreu um aumento
da demanda por alimentos tanto interna quanto externamente e isso fez com que a agricultura
aumentasse sua produtividade alinhada as necessidades do mercado, ainda que tenha havido
uma crise de abastecimento devido ao aumento populacional.
Apesar da ocorrência de transformações nenhuma dessas foi suficiente para emplacar
uma industrialização. A não unificação alemã ainda significava um enorme entrave visto que
diversas tarifas alfandegarias eram aplicadas no território. Porém a guinada veio em 1834 com
o Zollverein - com fortes influências da Prússia de Bismark - que transformava a maior parte
do continente alemão em uma área de livre comercio e ainda alargou os limites legais do
mercado. A partir do Zollverein foram implantadas melhorias nos transportes para que se
barateasse o transporte de cargas e dentro deste contexto iniciou-se a construção de ferrovias.
As ferrovias constituíram a base para o estabelecimento da indústria alemã. No princípio
foram aplicadas as tecnologias britânicas e à medida que foi se desenvolvendo foi promovendo
a substituição de importações, aumento da exploração das minas de carvão e desenvolvimento
da engenharia. A construção do caminho de ferro alavancou o desenvolvimento da indústria
pesada – metalúrgica - e teve como base o capital externo e enorme apoio estatal já que esta
mudança não era bem vista pelos nacionais possuidores de capital. Porém estas barreiras
antimudanças foram rapidamente quebradas uma vez que o caminho de ferro significava
aumento de mercado para a produção interna.
Mesmo com esse significativo desenvolvimento esta não foi uma mudança que alcançou
o território alemão em sua totalidade uma vez que o processo de industrialização se deu de
forma irregular não só ali, mas em toda a Europa. O motivo dessa ocorrência foi o fracasso da
classe média na tentativa de impor um Estado liberal unificado, assim sendo a aristocracia
autocrática que governava através das velhas práticas pode se restabelecer e a dinastia
Hohenzollern continuava no poder. Com o advento das ferrovias houve crescimento econômico
e mudanças sociais na Alemanha e classe média desistiu de suas aspirações políticas e passou
a almejar o sucesso financeiro buscando assim a cooperação com os conservadores.
Passado algum tempo a incerteza foi sendo superada e os banqueiros alemães,
principalmente da Renânia, começaram a investir pesadamente na indústria fazendo altos
investimentos de longo prazo, abrindo créditos e liberando empréstimos se aproximando
também das necessidades do comercio. Houve também uma substituição do fator humano no
sentido de que a presença do estrangeiro foi sendo substituído pelo nacional, seja o banqueiro,
engenheiro entre outros. O governo percebeu a necessidade do investimento em educação e o
fez, promovendo desenvolvimento cientifico e tecnológico.
O rápido crescimento industrial alemão aumentou a dependência por mercados externos,
desta forma os industriais buscavam proteção tarifaria para que pudessem proteger sua
produção e defendiam uma política de expansão colonial. As investidas na expansão colonial
alemã implicaram em uma solução para o alto potencial de produção da indústria pesada com
a construção de uma frota naval e armamento para essa marinha nascente. Um casamento
perfeito para a política do Estado alemão que era pautada no conservadorismo agrário e militar.
Alguns pontos de comparação entre os processos inglês e alemão devem ser postos em
pauta.
O campesinato – Na Inglaterra houve a destruição do mesmo em virtude dos imperativos
do mercado e assim promoveu a formação do capitalismo agrário e, por conseguinte a
industrialização. Na Alemanha o campesinato sobreviveu de forma que ainda em 1914
aproximadamente 35% da sua população ainda trabalhavam na agricultura. Este fato provocou,
resguardadas as proporções, um certo atraso no desenvolvimento industrial alemão.
A seguridade social da população da população trabalhadora implantada pelo Estado
alemão ainda que objetivando a diminuição de influência do partido Social-Democrata.
Enquanto isso ao oficial fiandeiro inglês não era permitida a troca voluntária de trabalho
buscando melhores salário e condições de trabalho, pois existiam um acordo entre os mestres
que visavam punir este tipo de prática.
RESENHA DA PEÇA MARX BAIXOU EM MIM – UMA COMÉDIA INDIGNADA

A peça Marx baixou em mim – uma comédia indignada relata a vinda de Karl Marx a Terra
após conseguir uma liberação dos chefes do mundo espiritual, numa tentativa de explicar
pessoalmente suas ideologias aos presentes habitantes uma vez que não somos seus
contemporâneos.

Antes de mais nada, Marx era apenas mais um cidadão explorado pelo sistema capitalista cuja
renda que obtinha escrevendo artigos para o jornal – Gazeta Renana mal davam para sustentar
sua esposa e filha. Sua inquietação perante a sociedade talvez tenha tido início durante o período
de cercamentos quando presencia a prisão de uma camponesa por catar lenha em terras que
antes eram comunais, sendo o cercamento possivelmente uma das principais mudanças nas
relações sociais que vieram a alterar os modos de produção da sociedade, que agora começavam
a ser direcionadas única e exclusivamente para o lucro.

A encenação busca relatar de forma sucinta sua vida particular com sua esposa Jenny que era
oriunda de uma família aristocrática e abriu mão do luxo e do conforto para viver ao lado de
Marx, pois compartilhava dos mesmos ideais de liberdade para o proletariado. É relatada
também a angústia de Marx em tentar mudar o sistema do qual era vítima e sua luta na difusão
dos ideais comunistas retratando paralelamente suas constantes dificuldades financeiras,
situação esta que o obrigava a penhorar todos os bens de valor que possuía.

O começo de sua história revolucionária, por assim dizer, no jornal e a censura por parte do
governo alemão que após fecharem o jornal para o qual trabalhava o deportam para Paris. Já
em Paris trabalhando para um novo jornal e cada vez mais imbuído contra a exploração do
trabalhador ele inicia uma relação de profunda amizade com Engels que passa a ser um parceiro
fiel e ferrenho colaborador. Ainda em Paris conhece Proudhon, Bakunin entre outros
intelectuais que versavam sobre a expropriação do proletariado e contra o modelo de exploração
capitalista, porém cada um seguia uma linha de pensamento.

Novamente seu trabalho foi malvisto, agora pelo governo francês que em contato com o
governo alemão decide por deportar Karl Marx e sua família que desta vez foi para Bruxelas –
Bélgica. Lá Marx por conta de toda dificuldade que a cada dia se agravava tenta conseguir
emprego, uma vez que não conseguia sustentar sua família com o pagamento que recebia pelos
artigos que escrevia. Porém, por não possuir caligrafia legível o emprego lhe é negado. Aqui
vale mencionar que Engels além de parceiro intelectual era uma espécie de patrocinador de
Marx, pois sempre lhe enviava um desafogo financeiro e/ou itens materiais que remetiam a um
certo luxo, como lagosta, champanhe entre outros.

Engels era filho de um industrial inglês, porém era contra a prática de exploração contra os
homens e mulheres que labutavam em suas fábricas, lá conhece Mary, irlandesa por quem se
apaixona e soma forças na luta contra o sistema.

A peça dá a entender que após passar pela Bélgica Marx enfim vai morar na Inglaterra, no Soho.
É lá sua morada final e onde acompanha bem de perto os estragos que a Revolução Industrial e
a consolidação do modelo de exploração capitalista produziram. Miséria e fome nas ruas,
assaltantes e prostitutas fazendo tudo que é possível para sobreviver, e o trabalhador vivendo
em condições de subsistência, pois não possuíam o mínimo de infraestrutura necessária, como
saúde, saneamento e pavimentação. Neste apartamentinho na Inglaterra – como o ator se refere
diversas vezes – viu falecer três de seus filhos ainda muito novos, e diante desta situação mostra
mais uma vez a falta de dignidade que lhe é imposta, pois foi necessário pedir emprestado o
dinheiro necessário para pagar o enterro.

A peça cita os mais importantes trabalhos de Marx – O manifesto comunista que é desenvolvido
juntamente a Engels como uma espécie de cartilha dos ideais comunista e sua obra-prima O
Capital que é uma obra de análise econômica. Porém os fatos que recebem um maior destaque
durante a narrativa é a presença de Marx na primeira Internacional onde, como convidado,
discursou para os trabalhadores de diversos países e a Comuna de Paris movimento opositor a
ocupação da França pela Prússia que deu origem ao primeiro governo da história liderado por
trabalhadores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

WOOD, Ellen M. “A origem agrária do capitalismo” e “Do capitalismo agrário ao capitalismo


industrial: esboço sucinto” in: id. A origem do Capitalismo (trad.). Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2001 [1999], pp. 75-112

HOBSBAWM, Eric J. Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo. Rio de Janeiro:


Forense Universitária, 1983. (caps. 1, 2 e 3)

THOMPSON, E. P. “Exploração” in: id. A Formação da Classe Operária Inglesa: vol. II: a
maldição de Adão. (trad.). Rio de Janeiro: Paz & Terra, 1987 [1963], pp. 11-38.

KEMP, Tom. A Revolução Industrial na Europa do Século XIX. Lisboa: Edições 70, 1987

O JOVEM karl marx. Direção: Raoul Peck. Disponível em: <


https://www.youtube.com/watch?v=QAkAw5fHAaw>. Acesso em: 31 out. 2017

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