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As políticas públicas de saúde no Brasil têm sofrido modificações ao longo dos anos, e tais mudanças
historicamente têm sido pelo menos aparentemente para adequarem-se aos contextos políticos, econômicos
e sociais. Somente com a chegada da família real, em 1808, é que algumas normas sanitárias foram impostas
para os portos, numa tentativa de impedir a entrada de doenças contagiosas que pudessem colocar em risco a
integridade da saúde da realeza. Em 1822, com a Independência do Brasil, algumas políticas débeis de saúde
foram implantadas, tais políticas eram referentes ao controle dos portos e atribuía às províncias quaisquer
decisões sobre tais questões.
Somente com a Proclamação da República, em 1889, é que as práticas de saúde em nível nacional
tiveram início. Oswaldo Cruz e Carlos Chagas que estiveram à frente da Diretoria Geral de Saúde pública
(DGSP), implementaram um modelo sanitarista visando erradicar epidemias urbanas e a criação de um novo
Código de Saúde Pública, tornando-se responsável pelos serviços sanitários e de profilaxia no país,
respectivamente.
O Estado brasileiro teve sua primeira intervenção em 1923, com a Lei Elói Chaves, através da criação
das Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAPs), que asseguravam aos trabalhadores e empresas assistência
médica, medicamentos, aposentadorias e pensões. Foram substituídas pelos Institutos de Aposentadoria e
Pensões (IAPs) passando a abranger uma quantidade maior de trabalhadores(3).
Conforme refere Figueiredo; Tonini (2007), ao extinguir os IAPs, em 1967, o Instituto Nacional de
Previdência Social (INPS) foi implantado, atendendo, também, trabalhadores rurais por meio do Fundo de
Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL) e trabalhadores com carteira assinada através do Instituto
Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS). Somente no final da década de 80 deixou de
exigir carteira de trabalho para atendimentos em hospitais, tornando a saúde menos excludente e mais
universal.
Na década de 70 surgiu o Movimento da Reforma Sanitária que tinha como objetivo conquistar a
democracia para mudar o sistema de saúde. O conceito saúde – doença bem como o processo de trabalho e a
determinação social da doença foram rediscutidos. No final da década de 80 o quadro social e político no país
era diferente, onde o movimento de redemocratização expandia-se pelos estados brasileiros e a oposição
ganhava força no Congresso Nacional.
Dentro desse contexto ocorria, em 1986, a VIII Conferência Nacional de Saúde (CNS) que tinha como
presidente Sérgio Arouca e que, pela primeira vez, foi verdadeiramente popular refletindo o momento pelo
qual o país passava. O grande marco da VIII Conferência Nacional de Saúde foi a criação do Sistema Único
Descentralizado de Saúde (SUDS), que posteriormente tornou-se Sistema Único de Saúde (SUS) além de ter
consolidado as ideias da Reforma Sanitária.
OS SERVIÇOS DE SAÚDE:
Só atendiam a pequenas parcelas da população;
Eram mal localizados;
Insuficientes;
Grande parte deles não funcionava;
Não atendia a necessidade da maioria da população;
Cuidavam mais de em curar as doenças do que evita-las;
Faltavam vacinas remédios básicos e as causas das doenças básicas da população não eram
discutidas e muito menos trabalhadas;
A 8ª Conferência Nacional de Saúde foi um marco na história do SUS por vários motivos. Foi aberta em
17 de março de 1986 por José Sarney, o primeiro presidente civil após a ditadura, e foi à primeira CNS a ser
aberta à sociedade; além disso, foi importante na propagação do movimento da Reforma Sanitária O
movimento pela Reforma Sanitária surgiu da indignação de setores da sociedade sobre o dramático quadro do
setor Saúde. Esse movimento social consolidou-se na 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986, na qual,
pela primeira vez, mais de cinco mil representantes de todos os segmentos da sociedade civil discutiram um
novo modelo de saúde para o Brasil.
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A 8ª CNS resultou na implantação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), um
convênio entre o INAMPS e os governos estaduais, mas o mais importante foi ter formado as bases para a
seção "Da Saúde" da Constituição brasileira de cinco de outubro de 1988. A Constituição de 1988 foi um
marco na história da saúde pública brasileira, ao definir a saúde como "direito de todos e dever do Estado".
foi daí que definiu o conceito de saúde: “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo
mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos, e ao
acesso universal a igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação”
Artigo 196 da Constituição Federal de 1988
A implantação do SUS foi realizada de forma gradual: primeiro veio o SUDS; depois, a incorporação do
INAMPS ao Ministério da Saúde (Decreto nº 99.060, de 7 de março de 1990); e por fim a Lei Orgânica da
Saúde (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990) fundou o SUS. Em poucos meses foi lançada a Lei nº 8.142,
de 28 de dezembro de 1990, que imprimiu ao SUS uma de suas principais características: o controle social, ou
seja, a participação dos usuários (população) na gestão do serviço. O INAMPS só foi extinto em 27 de julho de
1993 pela Lei nº 8.689.
É uma nova formulação política e organizacional para o reordenamento dos serviços e ações de saúde
estabelecida pela Constituição de 1988. O SUS não é o sucessor do INAMPS e nem tampouco do SUDS. O SUS
é o novo sistema de saúde que está em construção.
De acordo com a lei Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990, Art. 4º.
“SUS é definido como: “O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições
públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo
Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS).”
Porque ele segue a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo o território
nacional, sob a responsabilidade das três esferas autônomas de governo federal, estadual e municipal. Assim,
o SUS não é um serviço ou uma instituição, mas um Sistema que significa um conjunto de unidades, de
serviços e ações que interagem para um fim comum. Esses elementos integrantes do sistema referem-se ao
mesmo tempo, às atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde.
Baseado nos preceitos constitucionais a construção do SUS se norteia pelos seguintes princípios
doutrinários:
UNIVERSALIDADE – É a garantia de atenção à saúde por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão.
Com a universalidade, o indivíduo passa a ter direito de acesso a todos os serviços públicos de saúde, assim
como àqueles contratados pelo poder público. Saúde é direito de cidadania e dever do Governo: municipal,
estadual e federal.
EQUIDADE – É assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que cada
caso requeira, more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreiras. Todo cidadão é igual perante o
SUS e será atendido conforme suas necessidades até o limite do que o sistema puder oferecer para todos.
INTEGRALIDADE - É o reconhecimento na prática dos serviços de que:
cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade;
as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam também um todo indivisível e
não podem ser compartimentalizadas;
as unidades prestadoras de serviço, com seus diversos graus de complexidade, formam
também um todo indivisível configurando um sistema capaz de prestar assistência integral.
Enfim:
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“O homem é um ser integral, biopsicossocial, e deverá ser atendido com esta visão integral por um
sistema de saúde também integral, voltado a promover, proteger e recuperar sua saúde.”
Gestores são as entidades encarregadas de fazer com que o SUS seja implantado e funcione
adequadamente dentro das diretrizes doutrinárias, da lógica organizacional e seja operacionalizado dentro
dos princípios anteriormente esclarecidos.
Haverá gestores nas três esferas do Governo, isto é, no nível municipal, estadual e federal.
QUEM SÃO OS GESTORES?
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Nas três esferas deverão participar também, representantes da população, que garantirão, através das
entidades representativas, envolvimento responsável no processo de formulação das políticas de saúde e no
controle da sua execução.
O principal responsável deve ser o município, através das suas instituições próprias ou de instituições
contratadas.
Sempre que a complexidade do problema extrapolar a capacidade do município resolvê-lo, o próprio
serviço municipal de saúde deve enviar o paciente para outro município mais próximo, capaz de fornecer a
assistência adequada, ou encaminhar o problema para suportes regionais e estaduais nas áreas de
alimentação, saneamento básico, vigilância epidemiológica e vigilância sanitária. Deverá haver, sempre que
possível, uma integração entre os municípios de uma determinada região para que sejam resolvidos os
problemas de saúde da população.
Conforme o grau de complexidade do problema entram em ação as secretarias estaduais de saúde
e/ou o próprio Ministério da Saúde.
Quem deve controlar é a população; o poder legislativo; e cada gestor das três esferas de governo. A
população deve ter conhecimento de seus direitos e reivindicá-los ao gestor local do SUS (secretário municipal
de saúde), sempre que os mesmos não forem respeitados. O sistema deve criar mecanismos através dos quais
a população possa fazer essas reivindicações. Os Gestores devem, também, dispor de mecanismos formais de
avaliação e controle e democratizar as informações.
Os investimentos e o custeio do SUS são feitos com recursos das três esferas de governo federal,
estadual e municipal. Os recursos federais para o SUS provêm do orçamento da Seguridade Social (que
também financia a Previdência Social e a Assistência Social) acrescidos de outros de outros recursos da União,
constantes da Lei de Diretrizes Orçamentárias, aprovada anualmente pelo Congresso Nacional.
Esses recursos, geridos pelo Ministério da Saúde, são divididos em duas partes: uma é retida para o
investimento e custeio das ações federais; e a outra é repassada às secretarias de saúde, estaduais e
municipais, de acordo com critérios previamente definidos em função da população, necessidades de saúde e
rede assistencial.
Em cada estado, os recursos repassados pelo Ministério da Saúde são somados aos alocados pelo
próprio governo estadual, de suas receitas, e geridos pela respectiva secretaria de saúde, através de um fundo
estadual de saúde. Desse montante, uma parte fica retida para as ações e os serviços estaduais, enquanto
outra parte é repassada aos municípios, de acordo também com critérios específicos. Finalmente, cabe aos
próprios municípios destinar parte adequada de seu próprio Orçamento para as ações e serviços de saúde de
sua população.
O Programa Saúde da Família (PSF) foi implantado no Brasil, pelo Ministério da Saúde em 1994.
É conhecida hoje como "Estratégia de Saúde da Família", por não se tratar mais apenas de um
"programa" A Estratégia de Saúde da Família visa à reversão do modelo assistencial vigente, onde predomina
o atendimento emergencial ao doente, na maioria das vezes em grandes hospitais. A família passa a ser o
objeto de atenção, no ambiente em que vive, permitindo uma compreensão ampliada do processo
saúde/doença. O programa inclui ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de
doenças e agravos mais frequentes. No âmbito da reorganização dos serviços de saúde, a estratégia da saúde
da família vai ao encontro dos debates e análises referentes ao processo de mudança do paradigma que
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orienta o modelo de atenção à saúde vigente e que vem sendo enfrentada, desde a década de 1970, pelo
conjunto de atores e sujeitos sociais comprometidos com um novo modelo que valorize as ações de
promoção e proteção da saúde, prevenção das doenças e atenção integral às pessoas.
Estes pressupostos, tidos como capazes de produzir um impacto positivo na orientação do novo
modelo e na superação do anterior, calcado na supervalorização das práticas da assistência curativa,
especializada e hospitalar, e que induz ao excesso de procedimentos tecnológicos e medicamentosos e,
sobretudo, na fragmentação do cuidado, encontra, em relação aos recursos humanos para o Sistema Único de
Saúde (SUS), outro desafio. Tema também recorrente nos debates sobre a reforma sanitária brasileira,
verifica-se que, ao longo do tempo, tem sido unânime o reconhecimento acerca da importância de se criar um
"novo modo de fazer saúde".
Prevenção
A prevenção secundária consiste em um diagnostico precoce e tratamento imediato.
Proteção
imunizações;
saúde ocupacional;
higiene pessoal e do lar;
proteção contra acidentes;
aconselhamento genético;
controle de vetores.
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Compõe-se por ações e serviços que visam atender aos principais problemas de saúde e agravos da
população, cuja pratica clinica demande disponibilidade de profissionais especializados e o uso de recursos
tecnológicos de apoio diagnóstico e terapêutico.
ATENÇÃO TERCIÁRIA
O Pólo de Capacitação é o espaço de articulação de uma ou mais entidades voltada para a formação e
educação permanente de recursos humanos em saúde. Essas entidades são vinculadas às universidades ou
instituições de ensino superior e se integram com secretarias estaduais e municipais de saúde para
implementarem programas de capacitação destinados aos profissionais de Saúde da Família.
Os Pólos de Capacitação, portanto, formam uma rede de instituições comprometidas com a
integração ensino-serviço, voltadas para atender à demanda de pessoal preparado para o desenvolvimento da
estratégia de saúde da família, no âmbito o SUS.
Os Pólos vêm possibilitando, aos profissionais de Saúde da Família, a adequação e os
desenvolvimentos de habilidades de forma a capacitá-los para a abordagem da atenção, exercida de forma
contínua, integral e coordenada.
Já estão implantados em todos os estados. Essa rede congrega, atualmente, mais de 100
instituições de ensino superior - Universidades, Faculdades e Escola de Medicina e Enfermagem - e vem
exercendo um importante papel junto aos gestores do SUS na formação operacionalização de uma agenda de
trabalho voltada para orientar a formação, capacitação e educação permanente das Equipes de Saúde da
Família.
Os Pólos vêm possibilitando, aos profissionais de Saúde da Família, a adequação e os
desenvolvimentos de habilidades de forma a capacitá-los para a abordagem da atenção, exercida de forma
contínua, integral e coordenada.
Já estão implantados em todos os estados. Essa rede congrega, atualmente, mais de 100
instituições de ensino superior - Universidades, Faculdades e Escola de Medicina e Enfermagem - e vem
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exercendo um importante papel junto aos gestores do SUS na formação operacionalização de uma agenda de
trabalho voltada para orientar a formação, capacitação e educação permanente das Equipes de Saúde da
Família.
Os Pólos oferecem um conjunto de ações, voltadas para curto, médio e longo prazo.
Curto prazo - Ofertar capacitação introdutórias, cursos de atualização destinados às
abordagens coletiva e clínica individuais (com prioridade nas áreas estratégicas da atenção básica),
objetivando a melhoria permanente da resolutividade por parte das equipes. Contribuir no processo de
acompanhamento e avaliação do desempenho dessas equipes.
Médio e logo prazo - Implantar programas de educação permanente, promover
transformações em nível de graduação, cursos de pós-graduação que envolve especialização em Saúde da
Família e residência em caráter multiprofissional.
Os recursos financeiros alocados pelo Ministério da Saúde para essas atividades são
provenientes do orçamento federal e de empréstimo internacional, por intermédio do Projeto Reforsus.
O ministério da Saúde já assinou contratos com varias instituições de ensino superior, de todo o
Brasil, para a realização, em 2002, de 70 cursos multiprofissionais (480 profissionais beneficiados).
OBS:
Academia da saúde;
Bolsa família;
Brasil sorridente;
Doenças crônicas;
SUS e atenção básica;
Suplementação de vitamina A;
Saúde na escola;
Fisioterapia;
Puericultura (atendimento da criança);
Pré-natal (atendimento da gestante);
Hiperdia ( diabete, pressão alta e hipertensão);
Visita domiciliar (VD);
Planejamento familiar;
Imunização (Vacinação);
DST (doenças sexualmente transmissíveis)
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PNI – PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO
O principal objetivo do Programa, ao longo desses 37 anos, tem sido controlar, eliminar e/ou erradicar doenças
como a poliomielite, o sarampo, a difteria, o tétano, a coqueluche, a febre amarela, a hepatite B, a rubéola
congênita e as formas graves da tuberculose, mediante a imunização sistemática da população.
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