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FACULDADE ANHANGUERA

ENGENHARIA MECÂNIA E CIVIL

ERGONOMIA E SEGURANÇA DO
TRABALHO

Samuel Fernandes
Luiz Fernando
Nilton Pereira
Sandro Leite
Marcos Aparecido
Marcela Ramos
Marcos Onodi

3ºA

Ribeirão Preto/ SP
2015
Sumário
1. Introdução 3
2. Fisiologia da atividade Humana 3
2.2. Metabolismo 3
2.3. Metabolismo basal 4
2.4. Sistema de energia corporal 4
2.5. Limite de gasto energético no trabalho 5
3. Biomecânica 6
4. Antropometria 8
4.1. Tipo de antropometria 8
4.2. Planos anatômicos 8
4.3. Tipos físicos 9
4.4. Posição sentada e ortostática 10
4.5. Zona de trabalho 10
4.6. Trabalho em pé 13
5. Mudança de postura 15
6. Transporte de carga 15
6.1. Técnica para levantamento de carga 16
6.2. Limite de peso para cargas manuais 17
6.3. Equação de NIOSH 17
7. Conclusão 18
8. Referencias 18
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1. Introdução

Pesquisas sobre a ergonomia, são fundamentais para conhecer as posições


adotadas pelo trabalhador na execução de suas atividades de rotina. Uma vez que as
posturas a realização do trabalho, sendo inadequadas torna-se um fator externo ao
bom desempenho da atividade laboral, provocado por inadequação do mobiliário e
alguns vícios posturais, essas posturas são considerados como responsáveis pelo
desgaste físico e mental do trabalhador.
Ao movimentar o corpo durante o trabalho, independente de qual função
exerça, realiza-se uma postura ou movimento, onde diversos músculos, ligamentos e
articulações do seu corpo são acionados. Para isto, toda a musculatura responsável
por fornecer força para a execução da função, precisa estar preparada, bem como os
seus ligamentos, pois possuem uma função auxiliar no deslocamento das partes do
corpo.
“Posturas inadequadas produzem tensões mecânicas nos músculos,
ligamentos e articulações, resultando em dores no pescoço, costas, ombros, punhos
e outras partes do sistema músculo –esquelética” - (Dul e Weerdmeester, as
(1995,17)).
A ergonomia tem bases mais sólidas quando aborda características e
necessidades do corpo humano, principalmente no que se refere:
 À fisiologia da atividade;
 Ao sistema musculo esquelético;
 À biomecânica;
 Aos tipos de antropometria.

2. Fisiologia da atividade humana


Do ponto de vista fisiológico, trabalho é a transformação de energia pelo ser
humano, podendo realizar-se enquanto se consome certas quantidades de energia
(térmica, química ou elétrica).
O ser humano é compreendido como um motor que tem certo rendimento:
introduz alimentação e ar em seu organismo, transforma-os em energia e realiza
trabalho (executa ações físicas e mentais), a partir do combustível energético
disponível.

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2.2. Metabolismo
É um conjunto de transformações que as substancias químicas sofrem no
interior dos organismos vivos. O termo “metabolismo celular” é usado em referência
ao conjunto de todas as reações químicas que ocorrem nas células. Estas reações
são responsáveis pelos processos de síntese e degradação dos nutrientes na célula
e constituem a base da vida, permitindo o crescimento e reproduções das mesmas,
mantendo as suas estruturas e adequando respostas aos seus ambientes.

2.3. Metabolismo Basal


Metabolismo basal ou taxa metabólica é a quantidade calórica ou energética
que o corpo utiliza, durante o repouso, para o funcionamento de todos os órgãos, por
exemplo, cérebro, fígado, rins.
Quando há um intenso esforço físico, realizado pelo organismo, aumenta o
ritmo cardíaco e respiratório causando assim, algumas vezes, fadiga muscular.
 Calculo do metabolismo basal:
 Para Homens
MB=1,3 x {66,4 + [(13,7 x peso(kg)) + (5 x altura(cm)) – (6,7 x
idade(anos))]}

 Para Mulheres
MB=1,3 x {655,1 + [(9,5 x peso(kg)) + (1,8 x altura(cm)) – (4,6 x
idade(anos))]}

2.4. Sistemas de Energia Corporal


O corpo humano dispõe de três tipos de sistemas principais de produção de
energia:
 O sistema fosfogênio;
 O sistema glicogênio – ácido láctico;
 O sistema aeróbico.

Sistema Fosfogênio: Armazena energia para atividade com gasto intenso e


curta duração, entre 10 e 15 segundos, constituindo o suprimento imediato para a
contração muscular. Está é a fonte para esforços intensos e rápidos, ou com súbita
transição do nível de atividade muscular.
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Sistema glicogênio – ácido láctico: Libera energia pela conversão do


glicogênio em ácido láctico. Em sistema tem cerca da metade da eficiência do sistema
fosfogenio e pode sustentar a contração muscular máxima em períodos de 30 a 40
segundos, sem oxigênio.
Esses dois sistemas são considerados, sistemas anaeróbio, sem a presença
de oxigênio, ou seja, não o utilizam como substrato ou cofator.
Ambos sistemas tem duração limitada, pois o acumulo de ácido láctico no
sangue pode diminuir o pH do sangue em um nível que interfira com ação enzimática,
levando a fadiga.
Alguns sintomas e fatores que desencadeiam a fadiga muscular:
 Dor intensa;
 Sensação de cansaço;
 Peso e formigamentos dos membros superiores;
 Trabalho repetitivo;
 Trabalho muscular estático;
 Posturas críticas com movimentos de flexão e rotação do tronco.

2.5. Limite de gasto energético no trabalho


Em qualquer atividade ou trabalho, pode-se passar um longo período sem que
haja fadiga muscular pelo esgotamento de energia.
Alguns estudos trazem o limite máximo de esforço que se pode ter em um dia
para determinados trabalhos. Mas deve-se lembrar que temos a suscetibilidade
individual, em que fatores como idade, tempo de exposição, intensidade.
Segundo Dual e Weerdmeester, (2012), o máximo de energia que devemos
consumir é de 250Watts, em caso superior é necessário introduzir pausas durante o
trabalho para que haja a recuperação. Dessa forma o nível da atividade deve ser
reduzido para que gasto médio energético não ultrapasse os 250Watts durante a
jornada de trabalho.
Para Viña, S. e E. Gregory, 1990 a capacidade máxima para trabalho físico
equivale à 30% da potência aeróbia máxima do trabalhador.
Este critério é insuficiente quando o trabalho supõe a atividade de poucos
músculos ou com um componente estático, ou onde os músculos podem ser
sobrecarregados sem que o gasto energético seja elevado.

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Figura 1 Exemplo de atividades e gastos energéticos

3. Biomecânica
É o estudo dos movimentos humanos sob a luz da mecânica.
Todas as vezes que colocamos interagindo um segmento rígido, girando sobe
um ponto de apoio ou fulcro, submetido à ação de uma força ou potência que age
contra uma resistência, temos uma alavanca.
Em biomecânica, são descritos 3 tipos de alavancas:
Interfixa ou de 1º grau: O ponto de apoio está localizado entre a potência e a
resistência.
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Inter-resistente ou de 2º grau: A resistência localiza-se entre a potência e o


fulcro e o braço de resistência é maior do que o braço de potência.
Alavanca interpotente ou de 3º grau: A força aplicada (potencia) localiza-se
entre o fulcro e a resistência. A sua característica básica é que o braço de potência é
sempre menor que o braço de resistência.
Este tipo de alavanca é frequente no corpo humano.

Figura 2 Alavanca - Corpo humano

Situações em que o trabalhador tenha que fazer grande força física é sempre
inadequado e ante ergonômico.
Todas as situações em que, ao fazer um esforço físico, a distância da potência
ao ponto de apoio esteja muito pequena e a distância da resistência ao ponto de apoio
esteja muito longa, são biomecanicamente incorretas.
Outra ação incorreta, é de desagregação do esforço muscular, isto é, quando
o indivíduo tem que fazer um esforço lento, sob controle, de sentido contrário ao que
seria a ação motora natural, por exemplo, colocar uma caixa no chão de forma lenta.

Figura 3 Situação Incorreta Figura 4 Situação Correta

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Para se ter uma adequada situação biomecânica:


 Mantenha as articulações em posição neutra;
 Conserve os pesos próximos ao corpo;
 Evite curvar-se para frente;
 Evite torções do tronco;
 Evite movimentos bruscos que produzem picos de tensão;
 Alterne posturas e movimentos;
 Restrinja a duração do esforço muscular continuo;
 Previna a exaustão muscular;
 Faça pausas curtas e frequentes.

4. Antropometria
Ciência de medida do tamanho corporal (NASA, 1978).
É um ramo das ciências biológicas que tem como objetivo o estudo dos
caracteres mensuráveis da morfologia humana.
“O método antropométrico baseia-se na mensuração sistemática e na análise
quantitativa das variações dimensionais do corpo humano” – Sobral, 1985.
A antropometria procura estipular medidas que sejam representativas de
parcelas estatisticamente significativas de comunidades humanas.

4.1. Tipos de Antropometria


Antropometria estática: refere-se a medidas ferais de segmentos corporais,
estando o indivíduo em posição estática;
Antropometria dinâmica: refere-se aos pequenos movimentos realizados
pelos segmentos corporais nos três planos de secções anatômicas.
Antropometria funcional: refere-se a análise dos movimentos específicos de
uma atividade considerando os três planos de secção e delimitações anatômicas de
um posto de trabalho.

4.2. Planos Anatômicos


Plano Sagital: É vertical e se estende da frente para trás, derivando seu nome
da direção da sutura sagital do crânio. Esse plano divide o corpo em metades direita
e esquerda.
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Plano Coronal: É vertical e se estende de um lado para outro, derivando seu


nome da direção da sutura coronal do crânio. Ele divide o corpo em uma parte anterior
e uma parte posterior.
Plano Transversal: É horizontal e divide o corpo em porções superior (cranial)
e inferior (caudal).

4.3. Tipos físicos


Endomorfo: Individuo de formas arredondas e macias, com grande deposito
de gordura. A sua forma externa é semelhante a uma pera (estreita em cima e larga
embaixo). O abdômen é grande e cheio e o tórax parece ser relativamente pequeno.
Mesoformo: Individuo musculoso, de formas angulosas, ombros e peito largo,
um abdômen pequeno, os membro são musculosos e fortes. Possui pouca gordura
subcutânea.
Ectomorfo: Individuo de corpo e membros finos, com um mínimo de gordura
e músculos, pescoço é fino, o rosto é magro, queixo recuado e testa alta, tórax e
abdômen estreitos e finos.

Endomorfo Mesomorfo Ectomorfo

Figura 5 Tipos físicos

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4.4. Posição Sentada e Ortostática


O esforço postural e as solicitações sobre as articulações são mais limitados
nas posturas sentadas. Essa, permite melhor controle dos movimentos pois o esforço
de equilíbrio é reduzido e é a melhor postura para trabalhos que exijam precisão.
As vantagens dessa posição são:
 Baixa solicitação da musculatura dos membros inferiores, reduzindo a
sensação de desconforto e cansaço;
 Possibilidade de evitar posições forçadas do corpo;
 Menor consumo de energia;
 Facilitação de circulação sanguínea pelos membros inferiores.
Já as desvantagens:
 Pequena atividade física geral (sedentarismo);
 Adoção de posturas desfavoráveis: lordose ou cifose excessivas;
 Estase sanguínea nos membros inferiores, situação agravada quando
há compressão da face posterior das coxas ou da panturrilha contra a
cadeira, se esta estiver mal posicionada.

4.5. Zona de Trabalho

Figura 6 Zona de trabalho

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 Altura do cotovelo: distância do piso até o cotovelo e verifica a altura das


bancadas no trabalho.
 Altura dos olhos a partir do assento: corresponde a distância do assento
com a parte lateral dos olhos. Relaciona a linha de visão com qualquer
ponto.
 Comprimento nádega poplítea: distancia horizontal entre a nádega e a
fossa poplítea. Detecta a profundidade dos assentos.
 Estatura: distância entre o pé e o local mais alto da cabeça. Determina
a altura mínima para as passagens.

Figura 7 Posto de trabalho

 Postura e Posição São Importantes


Mantenha boa postura quando usar o teclado. Use uma cadeira que tenha suporte para
as costas.
Mantenha seus pés apoiados no chão ou em um suporte apropriados para apoiar os
pés. Isso ajuda a reduzir a pressão sobre as costas.
Evite girar ou inclinar o tronco ou o pescoço ao trabalhar. Itens de uso frequente devem
ser posicionados diretamente a sua frente em um anteparo para cópias.

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Mantenha seus ombros relaxados, com os cotovelos junto ao corpo.


Evite apoiar seus cotovelos em superfície dura ou na mesa. Use pequenas almofadas
se necessário
O antebraço deve ficar alinhado em angulo de 100 a 110 graus com o teclado de modo
a ficar em posição relaxada. Isso requer que o teclado fique em posição inclinada (a parte de
trás do teclado, que fica mais próxima a você deve ficar mais alta que a parte da frente, isto é,
a que fica mais próxima ao monitor) durante o trabalho.
Os pulsos devem ficar em posição neutra ou reta ao digitar ou se usar algum
dispositivo de apontamento ou calculadora. Movimente seus braços sobre o teclado e os
apoios para os pulsos enquanto digita. Evite permanecer com os cotovelos sobre a mesa ou os
apoios. Isso evita que os pulsos sejam forçados a assumir posições para cima, para baixo e
para os lados.
 Ritmo de Trabalho
Trabalhe em ritmo razoável.
Faça pausas frequentes durante o dia. Estas pausas podem ser breves e incluir
alongamento para otimizar os resultados. Se possível, dê 1 ou 2 minutos de pausa a cada 15 ou
20 minutos e 5 minutos a cada hora. A cada duas ou três horas levante-se, de uma volta e faça
uma atividade alternativa.

 Técnica de Trabalho

Diminua o número de movimentos repetitivos. Isto pode ser feito com auxílio de teclas
de atalho e com o uso de programas especiais para esse fim. O uso de combinações de teclas
também em muito contribui para reduzir o uso do mouse e de cliques.
Altere as tarefas a fim de não permanecer com o corpo na mesma posição, por tempos
prolongados, durante o trabalho.
Mantenha seus dedos e articulações relaxadas enquanto digita.
Nunca segure caneta ou lápis nas mãos enquanto estiver digitando.
Evite bater no teclado com muita força. Suas mãos devem ficar relaxadas. Estudos
mostram que a maioria dos usuários bate no teclado com força 4 vezes maior que o necessário
Descanse seus olhos olhando, de vez em quando, para objetos diferentes enquanto
trabalha.

 Ambiente de Trabalho

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Evite perder tempo procurando coisas enquanto digita. Seus apontamentos, arquivos e
telefones devem estar em lugar de fácil acesso.
Use um apoio para o teclado e para o mouse de modo a posicioná-los corretamente.
Para facilitar a cópia de textos use um anteparo de prender folhas.
Quando você estiver escrevendo algo no computador, evite procurar coisas sobre o
teclado ou outros materiais. Um anteparo para colocar o material a ser copiado ajudar bastante.
Ajuste e posicione o monitor de modo que ao olhar para ele seu pescoço fique em
posição nutra ou reta. O monitor deve ficar diretamente a sua frente. A parte superior da tela
deve estar diretamente à frente de seus olhos de modo que ao olhar para ela você olhe
levemente para baixo.
Regule o monitor de modo a evitar brilho excessivo. Evite também reflexos de janelas e
outras fontes luminosas.
Personifique seu computador. O tipo de letra, o contraste, a velocidade e tamanho do
ponteiro do mouse e as cores da tela podem ser configuradas para melhor conforto e eficiência.

4.6. Trabalho em Pé

Os músculos que sustentam o tronco, contra a força gravitacional, não são muito adequados
para manter a postura em pé. Eles são mais eficazes na produção dos movimentos necessários às
principais mudanças de postura.
A posição em pé ideal não é usualmente mantida por longos períodos, as pessoas tendem a
utilizar alternadamente a perna direita e esquerda como apoio, para provavelmente facilitar a circulação
sanguínea ou reduzir as compressões sobre as articulações. Para se estar em pé confortavelmente deve-
se ter os pés ligeiramente afastados, as mesas ou bancadas precisam de espaço para os pés se
projetarem de baixo com estabilidade.
O tronco deve ficar direito, ligeiramente fletido para frente visto que temos de olhar para o
trabalho que está sendo executado.

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Desvantagens do trabalho em pé:


 Tendência à acumulação do sangue nas pernas, o que predispõe ao
aparecimento de insuficiência valvular venosa nos membros inferiores,
resultando em varizes e sensação de peso;
 Sensação dolorosa nas superfícies de conto articulares que suportam o
peso do corpo (pés, joelhos, quadris);
 A tensão muscular permanentemente desenvolvida para manter o
equilíbrio dificulta a execução de tarefas de precisão;
 A penalidade da posição em pé pode ser reforçada se o trabalhador
tiver ainda que manter posturas inadequadas dos braços (acima do
ombro, por exemplo), inclinação ou torção do tronco.

A escolha da postura em pé:


 Se a tarefa exigir deslocamento continuo;
 Exigir manipulação de cargas com peso igual ou superior a 4,5 Kg;
 Exigir alcances amplos e frequentes, para cima, para frente ou para
baixo;
 Deve-se tentar reduzir a amplitude destes alcances para que se possa
trabalhar sentado ou apoiado;

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 Se a tarefa exige a aplicação de força para baixo, como em


empacotamento.

5. Mudanças de Postura
Para aliviar os problemas causados por posturas prolongada, incluindo
maneiras de variar as tarefas e atividades, construções de postos de trabalho que
permitam alternar as posturas sentadas e em pé o uso de um selim para apoiar as
nádegas em postura em pé.
Se a tarefa exigir longa duração, o posto de trabalho pode ser projetado para
que a atividade seja exercida inicialmente em pé, em seguida providencia-se uma
cadeira alta, que permita realizar o trabalho sentado. Nesta postura, deve haver local
para acomodar as pernas abaixo da superfície de trabalho.
O mesmo ocorre para posição sentado, em longas jornadas, é recomendado
que o colaborador fique em pé e caminhe.
Para ferramentas manuais, é sempre importante manter braços, mãos e
ombros retos evitando inflamações de nervos. Para isso é necessário aliviar o peso
de ferramentas, aumentar cabos, usar apoios para trabalhos em escritórios.

Figura 8 Cadeira para trabalho em pé

6. Transporte de Cargas
O transporte manual de cargas é uma das formas de trabalho mais antigas e
comuns, sendo responsável por um grande número de lesões e acidentes do trabalho.
Estas lesões, em sua grande maioria, afetam a coluna vertebral, mas também podem
causar outros males como, por exemplo, a hérnia escrotal.
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Esse tipo de trabalho é caro, ineficaz (o rendimento útil para operações de


levantamento é da ordem de 8 a 10%), penosa (provoca fadiga intensa) e causa
inúmeros acidentes. Portanto, sempre que possível, deve ser evitada ou minimizada.
A mecanização das atividades pode ser feita com o emprego de: polias,
transportadores de correia, talhas empilhadeiras, carrinhos de transporte, elevadores,
guindastes, pontes-rolantes.
Não são só as costas que podem ficar lesionadas. Outros grupos
musculares ou articulações, tais como ombros, braços e pernas são igualmente
envolvidos no transporte manual de cargas e também podem ser alvo de lesões,
devido a uma má técnica no manuseio de cargas. Ele responsável por grande parte
dos traumas musculares entre os trabalhadores. Aproximadamente 60% dos
problemas musculares são causados por levantamento de cargas, e 20% puxando
ou as empurrando.
Isto tem ocorrido principalmente devido à grande variação individual das
capacidades físicas, treinamentos insuficientes e frequentes substituições de
trabalhadores homens por mulheres.

6.1. Técnicas para levantar cargas


 Mantenha a coluna reta e use a musculatura das pernas;
 Mantenha a carga o mais próximo possível do corpo;
 Procure manter cargas simétricas dividindo-as e usando as duas mãos
para evitar a criação de movimentos em torno do corpo;
 A carga deve estar a 40cm acima do piso. Se estiver abaixo, o
carregamento deve ser feito em duas etapas. Coloque inicialmente
sobre uma plataforma com cerca de 100cm de altura e depois pegue-a
definitivo;
 Antes de levantar um peso, remova todos os obstáculos ao redor, que
possam atrapalhar os movimentos.

Figura 9 Levantamento de carga

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6.2. Limite de peso para cargas manuais


OIT (1988) recomenda no máximo 55 Kg.
A critério da NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health),
que determina o “Limite de Peso Recomendado”(LPR); ou seja, 23Kg é o valor de
peso para situações de trabalho que mais de 90% dos homens e mais de 75% das
mulheres conseguem levantar sem lesão.
BRASIL: Artigo 198 da CLT (2005) é de 60 kg o peso máximo que um
empregado pode remover individualmente, ressalvadas as disposições especiais
relativas ao trabalho do menor e da mulher.
NR 17: 17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de
cargas, por um trabalhador, cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou
sua segurança; 17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados
para o transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser
nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer sua
saúde e segurança”.
FUNDACENTRO: apresenta os procedimentos corretos para o levantamento
e transporte manual de pesos, ao mesmo tempo limitando a quantidade de carga de
acordo com a idade:
 Adultos 18 a 35 anos, homens 40Kg, mulheres 20Kg;
 De 16 a 18 anos, homem, 16Kg, mulher, 8 Kg;
 Menos de 16 anos, proibido o levantamento de carga;
 Entre 16 e 18 anos recomenda-se que o levantamento seja no máximo
40% do peso indicado para adultos;
 Para as mulheres que o valor máximo de levantamento seja de 50% do
valor indicado para o homem.

6.3. Equação de NIOSH


Foi desenvolvida em 1981 e revisada em 1991, para calcular o peso limite
recomendável em tarefas repetitivas de levantamento de cargas.
Ela refere-se apenas à tarefas de apanhar uma carga e desloca-la em outro
nível, usando as duas mãos, através do estudo de critérios biomecânicos, fisiológicos
e psicofisilogicos.

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Tem como objetivo criar uma ferramenta para poder identificar os riscos de
lombalgias associados à carga física e que estava submetido o trabalhador e
recomendar um limite de peso adequado para tarefa em questão.
A equação estabelece um valor de 23Kg que corresponde à capacidade de
levantamento no plano sagital, de uma altura de 75cm do solo, para um deslocamento
vertical de 25cm, segurando uma carga a 25cm do corpo.
Essa será a carga aceitável para 99% dos homens e 75% das mulheres, sem
provocar nenhum dano físico, em trabalho repetitivo.
LPR= LC x HM x VM x DM x AM x FM x CM

LPR= Limite de peso recomendado;

LC= Constante de carga;

HM= Fator de distância horizontal;

VM= Fator de altura;

DM= Fator de deslocamento vertical;

AM= Fator de assimetria;

FM= fator de frequência;

CM= Fator de pega.

7. Conclusão
Em todo posto de trabalho deve ser feito um levantamento de dados, em que
consiste na pesquisa de variáveis relacionadas as atividades desenvolvidas.
Identificar o tipo de intervenção ergonômica e as diversas áreas envolvidas,
os processos operacionais, os trabalhadores, estruturas geral de maquinas, para que
se possa ter a melhor qualidade e garantir a saúde física e psíquica do colaborar em
seu trabalho. Garantindo que seus postos de trabalho estejam adequados.

8. Referencias

Ergonomia prática – Dul, Weerdmeester / São Paulo, 2012.

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Milena Serrano – Fisioterapeuta, Especialista em Ergonomia e Posturologia, Perita


em Dort e Consultora em Higiene Ocupacional.

9. Trabalho realizado por:

Aluno RA Curso
Samuel Fernandes Oliveira 2917607406 Engenharia Civil
Luís Fernando da Silva 2973576337 Engenharia Civil
Nilton Pereira de Souza 2978574564 Engenharia Civil
Sandro Leite do Amaral 8072824912 Engenharia Civil
Marcos Aparecido 2995573691 Engenharia Civil
Marcela de Paula Ramos 1310365311 Engenharia Mecânica
Marcos Onodi 2951594259 Engenharia Mecânica

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