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CASO SEMANA 11 14/06/2018

Disciplina: Prática Simulada III – CCJ0149 Página: 1/2


Aluno: TORRES
MATRICULA: 201300000000
1.

Apelação - Procedimento Comum Ordinário

EXCELENTÍSSIMO SEBHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DO MUNICÍPIO DO


RIO DE JANEIRO/RJ.

Processo n° xxx

BRAD NORONHA, já qualificado nos autos do Processo em referência, que lhe move o Ministério Público, por seu
advogado regularmente constituído conforme procuração anexa, vem à presença de Vossa Excelência para, inconformado com a
sentença condenatória proferida, interpor RECURSO DE APELAÇÃO, o que faz tempestivamente, com fundamento no artigo
593, I do Código de Processo Penal.
Requer, assim, que após recebida, com as razões anexas, ouvida a parte contrária, sejam os autos encaminhados ao Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado do xxx, onde deverá ser processado o presente recurso e, ao final, provido.

Rio de Janeiro 25/03/2018

Advogado

OAB

RAZÕES DE APELAÇÃO

Processo N° xxx

Apelante: BRAD NORONHA

Apelado: Ministério Público

Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro

Colenda Câmara Criminal

I – DOS FATOS

O Apelante f oi condenado como incurso nas penas do artigo 157, parágrafo segundo, inciso I do Código Penal
– roubo majorado pelo emprego de arma – à pena de reclusão de 8 (oito) anos e 6 (seis) meses, a ser cumprida,
inicialmente, no regime fechado.
Conforme o descrito nos autos, o Apelante, durante o Inquérito Policial teria sido reconhecido pela vítima,
através de um procedimento de reconhecimento visual, por um pequeno orifício, da sala onde se encontrava o Apelante.
Durante a instrução criminal, a vítima não confirmou ter escutado disparos de arma de fogo, tampouco as
testemunhas ouvidas confirmaram os tiros, embora afirmassem que o autor era portador de uma arma.
A arma supracitada não foi apreendida, ainda, não houve qualquer perícia. Ouvidos em juízo os policiais,
afirmaram que ao ouvirem gritos de ‘pega ladrão’, perseguiram o acusado. Relatando que durante a perseguição o
acusado f oi apontado por transeuntes que viram o acusado jogando algo no córrego próximo, imaginando assim ser uma
arma. Durante interrogatório, o acusado, ora Apelante, exerceu o seu direito de ficar em silêncio, tendo o juízo ‘a quo’
considerado, para a condenação e fixação da pena, tão somente os depoimentos das testemunhas e o reconhecimento feito
pela vítima em sede policial.
A decisão condenatória, contudo, merece ser reformada, senão vejamos.

II – DAS PRELIMINARES

Destaque-se, inicialmente, que a inobservância do disposto no artigo 226, II, do Código de Processo Penal, que
impõe condições para o procedimento de reconhecimento de pessoas e, por isso mesmo, impõe se reconheça a nulidade
processual, nos termos do artigo 564, IV do CPP.
CASO SEMANA 11 14/06/2018

Disciplina: Prática Simulada III – CCJ0149 Página: 2/2


Aluno: TORRES
MATRICULA: 201300000000
III – DO DIREITO

Evidentemente, observando os autos, merece o Apelante ser absolvido da imputação que lhe é feita através da
denúncia. Não há qualquer prova de ter o acusado, ora Apelante, concorrido para a prática do crime de roubo, eis que não
comprovada a autoria.
Concretamente o que existe nos autos não serve para apontar autoria. A vítima reconheceu o acusado, ora
Apelante, em procedimento totalmente impróprio e inadequado, já que ‘espiou’ por um pequeno orifício de porta em direção a
sala onde se encontrava o réu. Assim procedendo, não observou a autoridade as condições impostas pela legislação
penal para o reconhecimento de pessoas, expressamente dispostas no artigo 226, II do Código de Processo Penal.
Assim, procedendo, incorreu, inclusive, em prova ilícita, contrariando, também, o contido no artigo 157 do CPP.
Ressalta-se ainda, que a coleta da prova, irregular e ilícita, feita em sede policial, não tendo sido judicializada e,
por isso mesmo, não pode ser usada para sustentar a condenação do acusado, ora Apelante.
Além disso, há apontada nulidade, conforme explicitado em preliminar, já que o acusado deveria ter sido colocado
em sala própria, ao lado de outras pessoas, a fim de que pudesse ser, verdadeiramente, identificado pela vítima.
Assim, não há como se sustentar esteja provada a autoria, impondo- se, não reconhecida a nulidade, a absolvição,
por ausência de prova da autoria.
Alternativamente, há se de apontar para a ausência de comprovação da utilização de arma – se por hipótese, e
por mera argumentação, aceitar -se tenha o agente sido o autor do delito. A arma não foi apreendida e, se ela existisse,
deveria ter sido alcançada pois que os policiais afirmam ter sido a m esma jogada em um córrego. Embora a afirmação,
não houve qualquer empenho na busca da suposta arma. Assim, apenas para argumentar, tivesse sido o agente autor de
algum delito, esse não poderia ser de roubo majorado pelo emprego de arma. Não poderia, sequer , ser considerado crime de
roubo, eis que não há prova, nos autos, do emprego de violência ou grave ameaça contra pessoa. Assim, se alguma
condenação deva pesar sobre o ora Apelante, essa deverá se constituir pela prática de furto, mas não de roubo.

Neste termos, espera provimento

Rio de Janeiro 25/03/2018

Advogado

OAB

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