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Introdução
Essa Teoria I vai abrir um novo mundo em seus conhecimentos ⎯ o mundo da
Eletrônica.
Ela lhe ensinará o que são circuitos eletrônicos e explicará os significados de
corrente elétrica, tensão elétrica e resistência elétrica. Você também irá
conhecendo, aos poucos, os tipos mais importantes de componentes usados na
montagem de circuitos eletrônicos. Após o entendimento dessa parte teórica, veja
a parte prática relativa a esse assunto.
Vamos estudar:
Circuito de uma lanterna de mão
Corrente elétrica
Tensão elétrica
O sentido convencional da corrente elétrica
Resistência elétrica
A lei de Ohm
Uma lanterna também tem partes feitas com material não condutor de corrente
elétrica, tais como plásticos e borrachas. A cobertura de plástico dessa lanterna é
um isolante elétrico. Sua forma é importante para que se tenha um manuseio
cômodo. Sua cor a tornará mais ou menos atraente aos olhos do usuário.
Como você verá, os circuitos elétricos conterão sempre partes que conduzem e
partes que não conduzem correntes elétricas. O segredo todo, nos circuitos
elétricos, é delimitar um caminho pré planejado para a corrente.
A lâmpada incandescente e o refletor compõem o sistema óptica da lanterna. A
posição da lâmpada dentro do refletor deve ser tal que permita a obtenção de um
feixe estreito de luz.
Uma lanterna é um produto elétrico simples, mas muita gente já perdeu noites de
sono em seus projetos para que você tenha um dispositivo que trabalhe bem.
⌦ Você pode pensar em alguma outra coisa que o projetista deva levar em
consideração na produção em massa de lanternas?
Um modo "mais científico" para descrever uma lanterna implica no uso de um
diagrama de circuito. Nele, as partes relevantes da lanterna serão
representadas através de símbolos:
Corrente elétrica
I = Q : ∆t
Conversões:
1 A = 1 000 mA = 1 000 000 µA ⇒ 1 A = 103 mA = 106 µA
Tensão elétrica
⌦ No circuito da lanterna, o que provoca a circulação da corrente?
É algo produzido pelas células voltaicas (as pilhas). Esse algo, causa da corrente
elétrica, é a tensão elétrica ou diferença de potencial (d.d.p.) que surge entre
os terminais da pilha (pólo positivo e pólo negativo).
Vamos explicar isso um pouco mais: o que uma pilha realmente faz, quando em
funcionamento, é uma conversão de energia; ela converte energia química (que
está armazenada nas substâncias químicas que estão dentro dela) em energia
elétrica. Quanto de energia química é convertida em energia elétrica, e transferida
para cada coulomb de carga elétrica que é movimentado dentro dela, é o que
caracteriza a tensão elétrica nos terminais da pilha.
Essa grandeza é indicada pela letra U e é medida na unidade volt (símbolo V).
Assim, falar que a tensão U entre os terminais de uma pilha é de 1,5 V significa
dizer que ela fornece 1,5 J de energia elétrica para cada 1,0 C de carga que a
atravessa.
Se indicarmos por U a tensão nos terminais da pilha (ou bateria etc.), por Q a
quantidade de carga elétrica que a atravessa e por E a quantidade de energia que
ela fornece para essa carga, teremos:
U=E:Q
Em nosso circuito da lanterna, quando as pilhas estão novas, a tensão fornecida
por elas é total, a corrente elétrica circulante é intensa e a lâmpada brilha
vivamente. Algum tempo depois, já com mais uso, a tensão fornecida por elas
diminui, a intensidade de corrente no circuito diminui e a lâmpada brilha mais
fracamente. Eventualmente não acenderá mais; as pilhas "pifaram"!
Cada célula voltaica provê cerca de 1,5 V de tensão entre seus terminais (pólos).
Duas células conectadas uma em seguida à outra, em série, (pólo positivo de uma
encostado no pólo negativo da outra)proverão cerca de 3,0 V. Três pilhas em série
proverão cerca de 4,5 V etc.
Símbolo da pilha e pilhas conectadas em série.
⌦ Qual desses arranjos acima faria a lâmpada acender com maior brilho?
Lâmpadas incandescentes são projetadas para funcionarem com uma certa
tensão particular (e alguma tolerância) mas, usando uma mesma lâmpada
adequada, quanto maior a tensão maior será o seu brilho.
Nota: Há um código de cores nas pérolas das pequenas lâmpadas
incandescentes. A "pérola" é aquela bolinha de vidro dentro da lâmpada que
sustenta os fios que vão ao filamento.
⌦ Você já reparou nisso? De que cor é a pérola da lâmpada em sua lanterna de
duas pilhas (3 V)?
Resistência elétrica
Se interligarmos diretamente o pólo positivo de uma bateria automotiva com seu
pólo negativo mediante um grosso fio de cobre, iremos conseguir uma corrente
elétrica de enorme intensidade durante um curto intervalo de tempo. Em alguns
segundos o interior da bateria começará a ferver!
Em uma lanterna não acontece isso. Parte do circuito da lanterna limita o fluxo de
cargas, mantendo a intensidade da corrente com valores adequados. Algumas
outras partes não afetam substancialmente esse fluxo. A propriedade elétrica
dessas partes, umas dificultando o fluxo de cargas e outras não, caracterizam uma
grandeza denominada resistência elétrica.
A mola, as lâminas do interruptor e as conexões da lâmpada são feitas de metal
apropriado, de considerável espessura, oferecendo uma baixa resistência à
corrente elétrica. Por outro lado, o filamento da lâmpada é feito com outro material
(tungstênio) e de pequena espessura, oferecendo uma alta resistência à corrente
elétrica. O fluxo de cargas através desse trecho de grande resistência (o
filamento) causa um grande aquecimento que o leva ao brilho-branco, o qual
passa a emitir luz visível. No ar, esse filamento se oxidaria de imediato
(combustão) e seria volatilizado. Para impedir isso, todo ar é retirado de dentro do
bulbo da lâmpada e substituído por um outro gás não oxidante.
R = U : I = 3V : 0,3A = 10Ω
Os valores de resistências elétricas que participam de circuitos eletrônicos podem
variar desde alguns ohms, passar pelos milhares de ohms (quiloohms) e chegar
aos megaohms.
Os componentes eletrônicos projetados com o propósito de oferecerem resistência
elétrica de valores particulares são chamados de resistores.
A lei de Ohm
U : I = constante = R
Reorganizando a lei de Ohm podemos obter duas expressões adicionais:
U = R.I e I=U:R
Escrita dessa última forma, a lei de Ohm estabelece que, sob temperatura
constante, a intensidade de corrente que circula por um material é diretamente
proporcional à tensão elétrica (d.d.p.) aplicada e inversamente proporcional à sua
resistência elétrica.
Essas equações simples são fundamentais para a Eletrônica e, uma vez que você
aprenda a usá-las corretamente, verá que constituem chaves para resolução de
delicados problemas sobre circuitos elétricos.
Nota: Por motivos que será oportunamente explicado (potencial elétrico), evite
escrever a lei de Ohm sob a forma V = R.I. Sob esse prisma, será perfeitamente
válido escrever V - V'= R.I, onde V - V' indica uma diferença de potenciais elétricos
(d.d.p.).
Introdução
Assim como nos demais campos do conhecimento humano, também na
Eletrônica, devemos associar Teoria à Prática. Sua compreensão se
desenvolverá bem mais rapidamente se você começar cedo a manipular e utilizar
os diversos componentes eletrônicos.
Nesse trabalho prático que acompanha a Teoria I - Circuitos Eletrônicos - você
aprenderá a técnica da montagem de circuitos a partir de protótipos. Tais
protótipos constituem uma fase de ensaio, coordenação e análise de um projeto,
antes de sua montagem definitiva em placas de circuitos impressos. O que se
usa, via de regra, é uma matriz de contatos, mais especificamente, placa de
contatos para protótipos (protoboard).
Vamos estudar:
Placa para protótipos
Prática com circuitos
Placa para protótipos
Tópicos
Para que servem os resistores?
Resistores de valores fixos
Código de cores
Ainda sobre o código de cores
Padrões E12 e E24
Limitador de corrente
Resistores em Série e em Paralelo
Potência em resistores
Nesse circuito, o resistor limita a corrente que passa através do LED, permitindo
apenas uma intensidade suficiente para que ele possa acender. Sem esse
resistor a intensidade de corrente através do LED iria danificá-lo
permanentemente. Após esse capítulo você estará apto para calcular um valor
ôhmico satisfatório para tal resistor. Os LEDs serão discutidos, em detalhes,
num outro capítulo.
O "retângulo" com terminais é uma representação
simbólica para os resistores de valores fixos tanto na
Europa como no Reino Unido; a representação em
"linha quebrada" (zig-zag) é usada nas Américas e
Japão.
Apesar disso, nas ilustrações eletrônicas brasileiras (de revistas etc.) opta-se pelo
"retângulo", talvez por simplicidade do desenho. Nos livros de Física publicados
no Brasil, em geral, usam-se do "zig-zag" (linha quebrada).
Código de cores
⌦ Como os valores ôhmicos dos resistores podem ser reconhecidos pelas cores
das faixas em suas superfícies?
Simples, cada cor e sua posição no corpo do resistor representa um número, de
acordo com o seguinte esquema, COR ⎯ NÚMERO :
PRETO MARROM VERMELHO LARANJA AMARELO VERDE AZUL VIOLETA CINZA BRANCO
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
TOLERÂNCIA + ou – 1% + ou – 2% + ou – 5% + ou – 10%
Nosso resistor apresenta uma quarta faixa de cor OURO. Isso significa que o
valor nominal que encontramos 4 700Ω tem uma tolerância de 5% para mais ou
para menos. Ora, 5% de 4 700Ω são 235Ω então, o valor real de nosso resistor
pode ser qualquer um dentro da seguinte faixa de valores: 4 700Ω - 235Ω = 4
465Ω e 4 700Ω + 235Ω = 4 935Ω .
A ausência da quarta faixa indica uma tolerância de 20%.
Quando você for ler em voz alta um valor ôhmico de resistor (a pedido de seu
professor), procure a faixa de tolerância, normalmente prata e segure o resistor
com essa faixa mantida do lado direito. Valores de resistências podem ser lidos
rapidamente e com precisão, isso não é difícil, mas requer prática!
A cor preta (0) para a faixa do multiplicador indica que nenhum zero (0 zeros)
deve ser acrescentado aos dois dígitos já obtidos.
⌦ Qual será o código de cores para 47 ohms?
R1 = U ÷ I
Substituindo-se U e I por seus valores temos:
R1 = 7V ÷ 0,01A = 700Ω
⌦ O valor obtido, mediante cálculo, para R1 foi de 700Ω . Qual o valor mais
próximo que deve ser selecionado entre os indicados nos padrões E12 e E24?
I = Utotal / Rtotal
Substituindo:
I = 6V / 2 000Ω = 0,003A = 3 mA
A tensão elétrica sobre o resistor R2 deve ser também de 3V, uma vez que a
soma delas deve dar os 6V da fonte de alimentação.
R1 x R2
Rtotal = ⎯ ⎯ ⎯
R1 + R2
Observe que circuitos em paralelos provêm caminhos alternativos para a
circulação da corrente elétrica, sempre passando a maior intensidade pelo
caminho que oferece a menor resistência. Se as resistências do paralelo
tiverem o mesmo valor a corrente total divide-se em partes iguais.
Vejamos os cálculos do circuito acima:
1. Cálculo da resistência total:
R1 x R2 1000Ω x 1000Ω
Rtotal = ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ = ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ = 500Ω
R1 + R2 1000Ω + 1000Ω
NOTA
Uma fórmula alternativa para o cálculo da resistência total para dois resistores é:
1/Rtotal = 1/R1 + 1/R2 . Apesar de aritmeticamente ser mais trabalhosa para
cálculos mentais, ela é mais geral, pois pode ser estendida a mais de dois
resistores. Para o cálculo da resistência total de 4 resistores (iguais ou não) em
paralelo teremos:
2. U2 ou 3 = R2 ou 3 x I2 ou 3 = 1000Ω x 0,002A = 2V
Confira cuidadosamente todos os cálculos e fórmulas envolvidas. Uma
compreensão clara disso tudo ajudará enormemente.
P=U.I
Ö Usando da definição de tensão e intensidade de corrente elétrica você
conseguiria chegar a esse resultado?
Isso é importante para que você perceba que essa 'formula' não foi tirada de uma
'cartola mágica'!
Dentro da Eletrônica, para os resistores, onde a energia elétrica é convertida
exclusivamente em energia térmica (a mais degradadas das modalidade de
energia ... a mais "vagabunda", "indesejável", "inútil" etc.), essa potência passa a
ser denominada potência dissipada no resistor.
Usando o multímetro
O Laboratório que acompanha a Teoria II - Resistores, introduz a utilização do
multímetro como ferramenta indispensável para realizar medidas nos circuitos.
Quanto mais habilitado você estiver com esse aparelho de medição, mais poderá
testar circuitos, entendendo melhor como funcionam, como localizar e corrigir
falhas.
Tópicos
O que fazem os medidores?
Multímetros digitais
Multímetros analógicos
Práticas com medidas
Observe que, para a medida de uma diferença de potencial (tensão) entre dois
pontos (os terminais do resistor R2, na ilustração), o circuito não precisa ser
interrompido; o voltímetro é conectado em paralelo.
Para que a inclusão do voltímetro não altere substancialmente o valor da
resistência do trecho sob medição é preciso que a resistência própria (interna) do
medidor seja a mais alta possível. Em outras palavras, a intensidade de corrente
através do voltímetro deve ser mínima.
Multímetros digitais
Multímetros digitais são projetados por engenheiros eletrônicos e produzidos em
massa. Até mesmo os modelos mais baratos podem incluir características que
você, iniciante, provavelmente não as usará.
Tais medidores dão, como saída, uma exibição numérica normalmente através
das propriedades dos mostradores de cristais líquidos.
A ilustração a seguir mostra dois modelos de multímetro digitais. O da esquerda,
um típico, tem suas funções e alcances selecionadas mediante uma chave
(ligada a um grande botão no meio do aparelho). O da direita, mais sofisticado,
não é necessário selecionar nenhum alcance, apenas a função. Ele,
automaticamente seleciona um alcance adequado.
Multímetros analógicos
Nos medidores analógicos uma agulha movimenta-se diante de uma escala
gravada no mostrador. Multímetros analógicos com alcances chaveados
(selecionados por botão central) são mais baratos que os digitais porém, de
leituras mais difíceis para os novatos lerem com precisão, especialmente nas
escalas de resistências. O aparelho é mais delicado que os digitais e, em caso de
queda, é mais provável que se danifiquem.
Cada tipo de medidor tem suas vantagens e desvantagens. Usado como
voltímetro, um medidor digital é normalmente melhor porque sua resistência
interna é muito mais alta (1 MΩ ou 10 MΩ ) que aquela dos analógicos (200 kW )
numa faixa semelhante.
Por outro lado, é mais fácil seguir o lento movimento da agulha em determinadas
leituras de tensão que as trocas numéricas de um digital.
Usado como amperímetro, um medidor analógico passa à frente do digital;
primeiro por ter resistência interna bem menor e em segundo, por ser mais
sensível (normalmente com escalas até 50 m A). Multímetros digitais mais caros
podem igualar ou mesmo superar esse desempenho.
A maioria dos multímetros modernos é digital; os tipos analógicos tradicionais são
destinados a ficar obsoletos.
1. Medidas de tensão:
Construa o circuito mostrado abaixo usando a matriz de contatos e quatro
resistores de 10 kΩ .
Usando o multímetro digital como voltímetro, meça a tensão fornecida pela fonte
de alimentação e a seguir as tensões (d.d.p) entre os pontos [A e B] e [A e C].
Que você observa com relação a esses resultados?
Os quatro resistores estão associados em série e fazem um arranjo conhecido
como divisor de tensão. A tensão total é compartilhada (dividida) entre os quatro
resistores e, a menos da tolerância, cada resistor recebe parcelas iguais (pois
têm valores nominais iguais).
Nota: O próximo capítulo (Teoria III) dará detalhes dos divisores de tensão.
Modifique o circuito, substituindo um ou mais resistores de 10 kW por outros de 1
kW ou 100 kW . Refaça as leituras de tensão.
Os resultados são os esperados?
A ilustração a seguir mostra um circuito sensor de luz construído de modo
semelhante:
Observe que a corrente tem que circular pelo amperímetro assim como pelo
circuito. O circuito foi previamente interrompido e o amperímetro inserido.
Faça uma nova leitura de intensidade de corrente levando o "jumper" que está
ligado em A para uma nova posição B.
Qual a intensidade de corrente?
Leve o "jumper" para as posições C e D, sucessivamente e anote as novas
leituras. Não esqueça de escrever as unidades corretamente.
Calcule, separadamente, a intensidade de corrente esperada em cada caso
usando da Lei de Ohm.
(A) 1,8 kΩ
(B) 270 Ω
(C) 56 kΩ
4. Obtenha os valores máximos e mínimos de resistências dos resistores
marcados com as seguintes faixas:
(A) vermelho, vermelho, preto ----- ouro
(B) amarelo, violeta, amarelo ----- prata
RESPOSTAS ... A
1.
(a) Como limitador de intensidade de corrente em determinados componentes,
(b) como um transdutor (como parte de um subcircuito de sensor),
(c) como modificador da constante de tempo quando associado em série com um
capacitor.
2. Um componente que muda uma forma de energia em outro. No transdutor
eletrônico, uma das formas de energia deve ser elétrica.
RESPOSTAS ... B
1. Filme de carbono (carvão), filme de metal (óxidos), fio enrolado (nicromo).
2. Valores dos resistores:
(A) 1000Ω ou 1 kΩ
(B) 820Ω
(C) 3 900 000Ω ou 3,9 MΩ .
3. código de cores:
(A) marrom, cinza, vermelho
(B) vermelho, violeta, marrom
(C) verde, azul, laranja
4. ouro = ±5% è máximo: 220Ω +11Ω =231Ω mínimo: 220Ω -11Ω =209Ω
prata = 10%è máximo: mínimo:
RESPOSTAS ... C
1. valores de resistor:
(A) 33
(B) 8.2
(C) 33 000, ou 33
2. códigos de cor:
(A) marrom, preto, laranja,
(B) marrom, preto, preto, vermelho,
RESPOSTAS ... D
1. E12 valores de 4.7 e 56 estão disponíveis: 4.7 estão mais próximos.
Na E24 escala, 5.1 estão mais próximos.
RESPOSTAS ... E
1. A tensão por R1 é agora 6-4=2 V
O E12 valor mais próximo é 390, laranja de código de cor, branco, marrom.
RESPOSTAS ... F
1. resistor em série:
(A) 3
(B) 2 mA
2. resistor em paralelo:
(A) 0.67
(B) B=9 mA, C=6 mA, D=3 mA,
Os resistor conectados em paralelo têm valores diferentes e por isso as correntes
que fluem por eles serão diferentes.
RESPOSTAS ... G
Divisor de tensão
(Teoria 3)
Tópicos
O divisor de tensão
Sensores de temperatura
Ponte de Wheatstone
Sensores de som
Sinais de interruptores
Conclusão
O divisor de tensão
Você vai ficar sabendo o que é isso, mas não tenha pressa. Acompanhe
atentamente o capítulo e deixe a explicação aparecer naturalmente.
No circuito acima, o Rde cima é um resistor de 10 kΩ e o Rde baixo foi substituído por
um LDR.
Suponha que o LDR adquirido tenha resistência de 500Ω (0,5 kΩ) sob luz
brilhante e 200 kΩ na sombra (esses valores são bem razoáveis).
Quais as tensões de saída, sob iluminação e à sombra?
Façamos alguns cálculos:
a) Quando o LDR estiver sob iluminação intensa a Usaída , aplicando a fórmula,
será de:
Rde baixo 0,5
Usaída = ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ x Uentrada = ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ x 9 = 0,43 volts
Rde baixo + Rde cima 0,5 + 10
b) Quando o LDR estiver à sombra, a Usaída , aplicando a fórmula, será de:
Rde baixo 200
Usaída = ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ x Uentrada = ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ x 9 = 8,57 volts
Rde baixo + Rde cima 200 + 10
Em outras palavras, esse circuito "sensor de luz" entrega na saída uma tensão
BAIXA quando o LDR está intensamente iluminado e uma tensão ALTA quando o
LDR está na sombra. O circuito do divisor de tensão dá uma tensão de saída que
se altera com a iluminação.
Que tal pensar num circuito "sensor de escuro"?
Ele poderia ser utilizado para controlar a iluminação de um ambiente ao
escurecer ¾ acendendo as luzes¾ e apagá-las ao raiar do dia.
Talvez isso não lhe pareça terrivelmente excitante mas, fique sabendo que,
praticamente todos os circuitos sensores que você possa imaginar utiliza, de
algum modo, um divisor de tensão. A menos que você invente um outro
processo para isso!
Sensores de temperatura
Veja que esse circuito satisfaz plenamente o propósito para o detetor de incêndio.
Vejamos outro desafio:
Em países de clima bem frio é comum a formação de gelo sobre as estradas.
Como você faria um circuito sensor para detectar temperaturas abaixo dos 4oC e
com isso advertir os motoristas da possibilidade de gelo sobre a pista?
Dessa vez, queremos um circuito que entregue na saída uma ALTA tensão sob
baixas temperaturas. Para tanto devemos preparar um divisor de tensão, usando
um termístor NTC na posição Rde baixo e recolher a Usaída sobre ele. Veja o
esquema básico:
Esta última aplicação levanta uma pergunta importante:
Como saberemos que valor a Usaída vai assumir quando a temperatura chegar
aos 4°C?
Para responder a essa pergunta, você precisa calcular (ou saber de antemão) a
resistência do termístor a 4°C.
São fabricados muitos tipos de termístores, cada um com seu próprio padrão
característico de alteração da resistência em função da temperatura. Os
fabricantes publicam gráficos que mostram as curvas características desses
termístores.
A ilustração que segue mostra a curva característica de um particular termístor:
Isso significa que, selecionando-se um valor para Rde cima perto de 58,2 kΩ , fará
o divisor de tensão usado como "alarme de gelo" ficar o mais sensível possível
aos 4oC. O valor mais próximo desse valor ideal nos padrões E12/E24 é o 56 kΩ .
Esse detalhe é importante uma vez que grandes alterações em Usaída facilitam o
projeto do sensor de gelo tornando-o mais confiável para detectar temperatura
abaixo dos 4oC.
Dispositivos usados como sensores variam consideravelmente em resistência e
você poderá sempre usar dessa regra em seus divisores de tensão para torna-lo
tão sensível quanto possível no ponto crítico escolhido.
Termístores são utilizados nos lugares "mais estranhos" que você possa
imaginar. Nos projetos automotivos, por exemplo, citamos:
* injeção eletrônica de combustível, na qual, monitora-se a quantidade de ar na
mistura ar/combustível, para a concentração ideal;
* ar condicionado e controle automático de temperatura;
* indicador de temperatura do óleo, nível do óleo etc;
* controle do motor do ventilador, baseado na temperatura da água de
refrigeração;
* sensores para freezers, em relação à temperatura externa;
* etc.
Ponte de Wheatstone
Charles Wheatstone era um cientista talentoso e versátil. Ele inventou a
concertina, experimentou com a fotografia estereoscópica, inventou o
estereoscópio e teve uma participação importante no desenvolvimento das
comunicações com o telégrafo da época. Ele não reivindicou ter inventado o
circuito que mais tarde veio a receber o seu nome, mas foi certamente um dos
primeiros a explorar o circuito para fazer medidas de resistências.
Então, vamos ver como é uma ponte de Wheatstone. Esse é o circuito:
É óbvio que o circuito consiste de dois divisores de tensão.
Vamos ajustar RC até que a Usaída sobre ele fique igual à Usaída do divisor que
contém RX. Quando esses valores tornarem-se iguais, a ponte será dita "em
equilíbrio".
O "ponto de equilíbrio" (atuando-se sobre RC) pode ser visualizado, conectando-
se um voltímetro ou um amperímetro aos terminais de saída. Ambos os tipos de
medidores darão uma leitura ZERO quando o equilíbrio for alcançado.
Quando o equilíbrio for obtido, a razão RX/RA será igual à razão RB/RC.
Reorganizando:
RA x RB
RX = ⎯ ⎯ ⎯ ⎯
RC
Em outras palavras, conhecendo-se RA, RB e RC, é fácil calcular RX. Nos
instrumentos baseados na ponte de Wheatstone, RA e RB são fixos e RC é
ajustado a uma escala corrediça de tal modo que o valor de RX é lido diretamente
nessa escala móvel.
Atualmente, a ponte de Wheatstone não é mais corriqueiramente usada para a
medida de resistência, mas sim para artificiosos circuitos sensores. O variômetro,
por exemplo, que detecta mudanças na pressão do ar devido às mudanças
súbitas de altitude, muito usado em planadores, é um sensor que usa dos
recursos dessa ponte.
O circuito desses variômetros apresentam dois termístores NTC, cada um deles
medindo a temperatura do fluxo de ar que se movimenta sob a diferença de
pressão ocasionadas pela alteração da altitude.
O variômetro alerta o piloto para uma corrente térmica ascendente e, com isso,
ele pode ganhar altura e voar durante um tempo maior.
Quando o instrumento é inicialmente aferido, o resistor prefixado é ajustado para
uma tensão de saída ZERO. A vantagem da ponte de Wheatstone é que só
diferenças de temperatura entre os dois sensores colocarão a ponte fora de
equilíbrio.
A propósito, os circuitos com ponte de Wheatstone são supostos prematuramente
difíceis de entender. Isso não deve acontecer com você.
Via de regra, muito devido às aulas de Física, esse circuito é normalmente
desenhado sob a forma de um losângulo.
Sob esse formato fica menos óbvio o circuito básico de dois divisores de tensão
mas, uma vez que você sabe disso, torna-se fácil entender a ação do circuito.
Sensores de som
Talvez você conheça um sensor de som com outro nome; que tal, microfone.
Sinais de interruptores
Quando um interruptor é usado para prover uma entrada em um determinado
circuito, seu pressionamento normalmente gera um sinal de tensão. É esse sinal
de tensão que ativa o circuito propriamente dito.
Do que você precisa para fazer o interruptor gerar um sinal de tensão?
Resposta perfeita ... isso mesmo, você precisa de um divisor de tensão.
As ilustrações a seguir mostram dois caminhos possíveis:
Conclusão
Circuitos eletrônicos são construídos a partir de subcircuitos com finalidades
específicas. Cada um deles deve operar em termos de entrada, processamento,
saída. Há permanente transferência de informações entre subcircuitos. Essas
informações, sob a denominação de sinais, via de regra estão sob a forma de
tensões variáveis. Isso torna inevitável que tais circuitos incluam divisores de
tensão como parte integrante de suas estruturas.
Divisores de tensão não são apenas pequenos detalhes num circuito geral, eles
são fundamentais para a compreensão do circuito eletrônico como um todo. Uma
vez que você os entenda e saiba como procura-los você os encontrará em todos
os circuitos.
Praticando com os sensores
Tópicos
Circuitos possíveis
Medindo resistências
Circuito sensor de luz
Circuito sensor algo diferente
Conclusões
Circuitos possíveis
Há somente duas possibilidades para construir o circuito divisor de tensão, uma
com o LDR "em cima" e outra com o LDR "em baixo", como se ilustra.
Insira a ponta de prova preta no terminal marcado com COM (comum, negativo,
terra etc) e a ponta de prova vermelha no terminal marcado com V Ω mA.
O que se observa na tela quando você encosta uma ponta de prova com a outra?
A leitura na tela do medidor deve mudar para:
Se o medidor indicar "restos" como ' 1 . ', a provável explicação é que o fusível
interno desse aparelho deve ter "pifado". O fusível interno protege o medidor de
descuidos ou manuseio incorretos nas ligações. Isso pode ocorrer com
freqüência se não for tomado o devido cuidado ao utilizá-lo como amperímetro ou
como ohmímetro. Se tal erro aparecer, substitua o fusível interno (normalmente
de 200 mA, tipo fusão-rápida) ou use outro aparelho.
Se você umedecer seus dedos e segurar as pontas de provas firmemente, em
cada mão, poderá medir a resistência de sua pele. Para tanto, deverá passar o
seletor de escalas para 2000 kΩ (ou seja, 2 MΩ ), para uma leitura cômoda.
Agora, meça a resistência elétrica de seu LDR, como indicamos abaixo:
Anote abaixo o valor da resistência que você obteve com o LDR exposto às luzes
do laboratório:
• ____________________________________________________
Não é necessário que o foco de luz incida diretamente na face sensível do LDR.
Se a leitura se altera quando se faz sombra sobre o medidor, que valor de
resistência você acha que o LDR está apresentando?
Anote uma estimativa média razoável:
• ____________________________________________________
Agora cubra totalmente o LDR com sua mão, de forma que ele fique no escuro. A
resistência do LDR aumentará.
Anote o valor dessa nova resistência elétrica:
• ____________________________________________________
Se a leitura começar a "flutuar", procure tirar uma média dos valores indicados.
Anote esse valor médio:
• ____________________________________________________
Tente cobrir a face sensível do LDR de um modo prático que torne fácil repetir as
situações. Com essa montagem você poderá comparar os valores ôhmicos do
LDR na "luz" e na "escuridão" no circuito básico do sensor no divisor de tensão.
Com isso você poderá verificar "no ato", qual os melhores valores do resistor fixo
que deve ser usado nesse circuito sensor de luz.
Se o LDR é colocado na completa escuridão, sua resistência elétrica aumentará
assumindo o valor de 1 MΩ ou mais. Isso não é necessário para o que
passaremos a fazer; teremos bons resultados práticos apenas sombreando o
LDR.
Circuito sensor de luz
Faça a montagem abaixo indicada para construir um circuito de teste para seu
sensor de luz:
Para começar, use um resistor de 100 kΩ como resistor de teste. Faça medidas
da Usaída primeiro com o LDR na luz e depois com o LDR na sombra. Anote seus
resultados na tabela abaixo:
Resistor fixo Usaída sob luz Usaída na sombra Diferença/Tensões
100 Ω . . .
1 kΩ . . .
10 kΩ . . .
100 kΩ . . .
1 MΩ . . .
Na coluna final da tabela anote a diferença entre a tensão de saída com LDR no
escuro e a tensão de saída com o LDR sob a luz (Uescuro - Uclaro). Esse dado vai
lhe indicar como a tensão muda ao passar de uma situação (escuro) para outra
(claro). Esse será o resultado chave para você decidir qual o melhor valor para o
resistor fixo a ser usado no divisor de tensão do circuito sensor de luz.
Repita o procedimento para cada valor do resistor fixo usado como resistor teste.
Você perceberá que alguns resistores, no teste, fornecerão leituras da Usaída
muito diferentes, na luz e na sombra.
Com esse circuito, Usaída é ALTA ou BAIXA, na luz?
• ____________________________________________________
Que resistor de teste fornece a maior alteração da Usaída entre as situações claro
e escuro?
• ____________________________________________________
Que resistor você usaria para fazer o seu sensor de luz ficar o mais sensível
possível às alterações da iluminação?
• ____________________________________________________
Observe na última coluna de sua tabela qual o maior e o menor valor encontrado.
É de se esperar que o resistor de teste que dê o melhor resultado no seu circuito
de sensor de luz tenha um valor aproximado que seja média desses extremos.
De fato, o divisor de tensão é mais sensível quando a resistência do resistor fixo
é igual à resistência do LDR.
FATO MARCANTE:
O divisor de tensão torna-se mais sensível quando Rcima e Rbaixo têm valores
iguais.
Um sensor algo diferente
Monte novamente o protótipo de seu circuito sensor mas, desta vez, coloque o
LDR no lugar do Rbaixo no divisor de tensão.
Repita todo o procedimento para esse novo divisor de tensão e anote na tabela
os valores de Usaída sob luz e à sombra.
Resistor fixo Usaída sob luz Usaída na sombra Diferença/Tensões
100 Ω . . .
1 kΩ . . .
10 kΩ . . .
100 kΩ . . .
1 MΩ . . .
• ____________________________________________________
Que resistor de teste fornece a maior diferença de tensão entre luz e sombra?
• ____________________________________________________
Que resistor de teste você usaria para construir o mais sensível sensor de luz,
com esse circuito?
• ____________________________________________________
Devemos aceitar que seria mais lógico chamar esse circuito de "sensor de
escuro", uma vez que ele fornece uma leitura ALTA para a Usaída quando o LDR
está na escuridão.
FATO MARCANTE:
Conclusões
⇒ O melhor valor para esse resistor fixo, aquele que fornece a maior alteração na
Usaída, é tal que:
Rbaixo = Rcima.
Você pode decidir como o seu circuito sensor irá trabalhar, basta optar pela
colocação do LDR no lugar do Rbaixo ou do Rcima.
Micro-Laboratório de Eletrônica
(Projetos Didáticos)
Nota: A parte de aplicações do µLAB está em fase final de construção (estou trabalhando
nas ilustrações, retiradas do Manual de Feira de Ciências - Vol. I). Quem quiser participar
do projeto, enviando sugestões para as aplicações, antecipo meus agradecimentos ... e de
todos!
Introdução
O experimentador iniciante, os cursos técnicos de eletrônica, o aluno de
eletrônica, o expositor de feiras de ciências e os hobbistas científicos em geral
que dedicam periodicamente algum de seu tempo em experimentações
eletrônicas, necessitam de algum projeto que permita desenvolver rapidamente
suas experimentações. Entre muitos projetos que cumprem essa finalidade
(alguns vendidos em forma de 'kits') propomos esse µ-Lab, cuja placa-mãe, de
produção bastante simples, permite à montagem de uma centena de outros
projetos (rápido e sem solda!). Aqui apresentaremos duas dezenas deles.
Placa-Mãe
O µ-Lab pode ser montado sobre uma base de madeira (150 x 100 x 6) mm com
4 pés de borrachas, como se ilustra:
Detalhes da montagem
01 — Os soquetes de 7 pinos, para válvulas termiônicas tem o aspecto abaixo
representado (à esquerda). Pode-se conseguir tais componentes em oficinas de
conserto de rádio e TV. Para seu uso em placa de circuito impresso, você deve
retirar a lapela metálica que o envolve a cerâmica e o tubo metálico central. Use
um canivete e alicate de corte para tal finalidade. Após essa “depenação” ficam
somente a base cerâmica e os 7 terminais que devem ser encaixados nos
orifícios do C.I. da placa-mãe (talvez tenha que usar urna broca fina para alargar
um pouco tais orifícios) . Corte parte desses terminais após soldagem na placa
do C.I. Com tais soquetes poderemos usar (encaixando adequadamente)
transistores BC, BD, BF, TIP e TIC.
Os conectores Sindal são fornecidos em forma de 'barras'. Abaixo, à direita,
temos a perspectiva e a vista de topo de uma dessas barras.
Componentes no C.I.
Alimente inicialmente com 6VCC. Encoste a ponta de prova (fio flexível) em (2) e
ajuste o potenciômetro para som agudo (ajuste trimpot para 10k) e desencoste a
ponha de prova. O som irá diminuindo até reduzir-se a zero. Encoste a ponta de
prova e o som aumentará progressivamente. O circuito ilustra dispositivo de
chamada e efeitos sonoros.
Experimentações:
a) Transfira o capacitor (100 a 470 µF) de (2), (12) para (3) e (12): ligue e
desligue (1) com (2);
b) Para injetar o “som” num amplificador use artifício abaixo:
Adaptação p/ amplificador
Década de capacitores
Nota sugestiva:
Como em várias experiências você deve substituir capacitores (poliéster) de
valores diferentes, talvez convenha construir uma “década” de capacitores. Eis
acima, à direita, seu circuito, usando uma chave seletora 1 x 10 (1 pólo, 10
posições). Associe capacitores em paralelo para obter os valores indicados ou
adquira valores próximos.
Ligações Esquema
1,2 — jump
5,6 — jump
7,8 — jump
1,11 — LED
9,12 — AF,8a
10,12 — jump
4,9 — Cx
NPN — BC 548
PNP — BC 558
Experimentações:
a) Experimente inverter as posições do AF e pot. de 100 Ω.
b) Experimente: (1), (11) — jump; (9), (12) — AF em série com pot. 100 Ω.
c) Experimente colocar 220 Ω entre (7) e (8);
d) Experimente abrir (1) e (2) e colocar resistor de 5 a 10 MΩ entre (1) e (6);
e) Experimente colocar o trimpot na posição 0 Ω.
Experimentações:
Desligue o fio do potenciômetro do conector (3).
Desligue os fios do trimpot de 47 k, substituindo-o por outro de 220 k entre (3) e
(5).
Coloque um TIP 32 no soquete (cuidado com a ordem dos terminais).
Toque o fio flexível em (2) e ajuste o trimpot e o capacitor (4 — 9) para a
simulação do mugido. Ligue e desligue o fio flexível nesse teste até chegar ao
som adequado.
Desenvolver todo o tema, explicando o funcionamento, para uma Feira de
Ciências; lembre-se que tudo isso são sugestões e não trabalhos prontos!
Aplicação µ-LAB (13): — Luz de emergência e carregador de bateria
Material Periférico Esquema
1 transformador (110 x 12) V, 500 mA
ou
(110 x 6 + 6) V, 500 mA;
2 diodos retificadores 1N4007 ou
equivalentes
1 capacitor eletrolítico 47 µF x 16V
1 resistor fio, 100 Ω x 5W
1 lâmpada de carro, 12V x 1 A
1 bateria de 12V (pode ser do tipo p/
nobreak)
a) Ajuste trimpot para 22 k;
b) Ajuste o potenciômetro até que, com tudo ligado, a lâmpada fique apagada;
desligando o transformador da rede (simulando falta de energia) a lâmpada deve
acender, alimentada pela bateria;
c) Coloque um dissipador no TIP 32 (alumínio 5 x 5cm);
d) Com tensão na rede a bateria carrega-se lentamente através do resistor de
100 Ω x 5W. O valor desse resistor determina (e limita) a corrente de carga;
ajuste-a para 300mA ou menos.
Atenção para os jumpers do circuito.
Esse projeto é um ótimo tema para Feira de Ciências, principalmente para
lugares onde a falta de energia elétrica da rede local é uma constante.
A lâmpada indicada pode ser substituída por outras de menor potência (em
paralelo) e distribuídas pelas dependências da casa.
No lugar do TIP 32 pode ser adaptado um 2N3055 (com bom dissipador) e com
isso levar a corrente total até próximo aos 5 A (72 W no total de lâmpadas).
Avaliação:
Cx em curto — LED acende com brilho máximo e permanece.
Cx com fuga — LED acende e oscila um pouco, mas não apaga.
Cx de valor baixo — LED dá uma piscada rápida e apaga.
Cx de valor alto — LED acende inicialmente com brilho máximo e depois diminui até
apagar.
Aplicação µ-LAB (17): — Pisca-fluorescente
Ligações Esquema
1,11 — jump
PNP — TIP 32 (com dissipador)
9,12 — secundário (6 + 6) do
transformador de força de
(110+110) V x (6 + 6) V
4,9 —1 a 10 µFx16V
10,12 — jump
7,8 — jump
5,6 — jump
trimpot — ajustar para 10k
Pot. — ajustar para 100k
1,2 — jump
L — lâmpada fluorescente (20 a 40W)
Montagens
Fonte de Alimentação AC/DC
Descrição
Essa é uma fonte de alimentação bastante especial, própria para: laboratórios
científicos (física, química, biologia etc.), experimentações em salas de aula e
para exposições em Feiras de Ciências.
Ela fornece tensões alternadas fixas (6VAC e 12 VAC) e continuas na faixa de 0
a 12VCC, sob corrente de intensidade até 2A. Além disso, apresenta proteção
contra eventuais curtos-circuitos quando manuseada por pessoas inexperientes
(ou curiosas).
Circuito
Conforme pode-se observar no diagrama de blocos da ilustração a seguir, essa
fonte apresenta:
Esquema geral
Na ilustração a seguir temos o circuito esquemático da fonte em questão.
Lista de componentes
CH - Chave interruptora acoplada ao potenciômetro;
F - porta-fusível e fusível para 1A;
T - transformador com primário para 110V e 220V; secundário para
(6 + 6)V, 2A;
D1, D2, D3, D4 - diodos de silício, 1N4007 ou equivalentes;
LED - LED vermelho;
R1 - resistor; 470 Ω x 1/8 W;
R2 - resistor; 1200 Ω x 1/8 W;
R3 - resistor; 1500 Ω x 1/8 W;
R4, R5 - resistores; 100 Ω x 1/8 W;
C1 - capacitor eletrolítico; 2000 µ F x 25 V;
C2 - capacitor eletrolítico; 4,7 µ F x 16 V;
Z - zener para 12 V x 400 mW;
P - potenciômetro com chave; 1k ou 2k2;
TR1 - transistor de potência; 2N3055, com dissipador;
TR2 - transistor PNP; BC558 ou equivalente;
D5, D6 - diodos; BAX17 ou BAX18;
V - voltímetro para 12 ou 15 VCC;
A - amperímetro para 2A;
B1, B2 - bornes; vermelho (+) e preto (-);
Diversos - cabo de alimentação, placa de alumínio para dissipador, conectores
"sindall", ponte de terminais, caixa para alojar a fonte, parafusos, solda etc.
Montagem
Objetivo
Construir uma fonte de alimentação linear, prática, simples e que permite
obtenção de tensões desde 1,5 até 30 VCC. Há um ajuste grosso e um ajuste fino
para essa tensão de saída.
Material e Esquema
O esquema elétrico abaixo ilustra bem os componentes dessa fonte. A ponte
retificadora admite equivalente para 3 ou 4 A e pode, inclusive ser substituída por
4 diodos 1N4007. Recomenda-se, para fins didáticos, a inclusão de um
voltômetro 0 -- 30 VCC em paralelo com os terminais de saída dessa fonte.
Circuitos de Relaxação
Resumo teórico
Uma tensão de 90VDC (provenientes de duas baterias de 45V em série ou de
uma fonte de tensão de estado sólido) é aplicada ao circuito série RC
(resistência-capacitância). A lâmpada néon (NE2) está ligada em paralelo com o
capacitor. Quando o capacitor se carrega (até cerca de 80V) a lâmpada néon
pisca (a tensão de ionização das pequenas lâmpadas de néon é de cerca de
80V), eliminando quase toda a carga do capacitor.
O capacitor carrega-se novamente através do resistor, e o ciclo se repete. A
lâmpada fica piscando.
1. Células solares
Nota: Diversas fontes luminosas podem ser usadas para a conversão: lâmpadas
de arco de carvão (o arco voltaico produz luz muito intensa), de faróis de
automóveis (12V) ou mesmo uma lanterna de 3 ou 4 pilhas. Luzes intensas
propiciam melhores efeitos por ficarem mais afastadas das células.
Resistividade e Resistência Elétrica
1. Resistividade
Objetivo
Para exposições em Feiras de Ciências e para 'hobbistas' em geral, o uso de
pilhas ou baterias para garantir o funcionamento de pequenos motores CC pode
tornar-se inconveniente (e caro!). Uma fonte de alimentação ajustável é a boa
solução, entretanto, em certos casos, uma fonte bem mais simples pode resolver
o problema. É o que apresentaremos nesse trabalho.
Material
D1 - diodo retificador de silício (1N4004, BY127 etc.)
C1 - capacitor eletrolítico (470 µF, 35 a 50V)
R1 - resistor de carvão (470 Ω, 1 W)
F1 - fusível de 1A (e porta-fusível)
Lâmpada de 40W (e seu soquete)
Motor elétrico CC de 50 a 400mA, de 3 a 15V
Ponte de terminais (ou barra Sindall), cordão de força etc.
Montagem
(a) - Circuito esquemático
(b) - 'Chapeado'
Breve descrição
Essa é uma interessante fonte de alimentação sem transformador, que usa uma
lâmpada incandescente comum como limitadora da intensidade de corrente, a
qual, após a devida proteção (F1), retificação (D1) e filtragem (C1) permite o
funcionamento de pequenos motores C.C.
A montagem, devido ao reduzido número de componentes (e pontos de solda),
pode ser feita ao redor de uma ponte de terminais (4 terminais isolados) ou de
um barra de 4 seções de terminais tipo Sindall (que dispensa as soldas).
A lâmpada incandescente utilizada determinará, função de sua potência, a
corrente máxima permitida na carga (motor). Para a rede domiciliar de 110V,
podemos estimar 100 mA para cada 10 W de potência (faça os cálculos: i = P/U
==> i = 10W/110V = 0,090 A = 90 mA). Para a rede de 220V, cada 10W
correspondem a cerca de 50 mA (verifique isso: i = P/U = 10W/220V = 0,045 A =
45 mA).
Você poderá observar (e chamar atenção para o fato, numa Feira) que, quando o
motor gira rapidamente, sem qualquer 'carga' acoplada ao eixo (as pás de uma
ventoinha, por exemplo), ou seja, 'sem fazer força', o brilho da lâmpada é menor
(indicando que não há energia absorvida) que quando houver uma carga ligado
ao eixo (tentar segurar com a mão, por exemplo). O aumento do brilho da
lâmpada indicará maior consumo de energia elétrica devido ao 'trabalho extra'
que o motor estará realizando.
Para inverter a rotação do motor C.C. basta inverter a ordem dos fios que vão a
seus terminais.
Na montagem, cuidado especial deve ser dado às polaridades de D1 e C1. Na
inversão de um deles, o capacitor poderá 'explodir'!
Cuidados
A devida cautela no manuseio desse circuito prevenirá 'choques' perigosos por
ocasião de algum toque acidental. Não esqueça que o motor não está isolado da
rede elétrica domiciliar; um dos dois fios que vão ao motor está ligado direto na
rede! Por isso, em ambiente de Feira, evite os toques furtivos dos visitantes;
mantenha a montagem afastada de 'dedos curiosos'.
Para as rede de 110V ou de 220V recomenda-se, para a lâmpada, uma potência
máxima de 60W.
Verificando como funciona
(O transformador, o diodo, o capacitor e a néon)
Objetivo
Aos iniciantes da eletrônica propomos esse trabalho experimental que permitirá
os primeiros contatos com componentes eletrônicos e suas funções. Observará
que um transformador tem funcionamento 'dinâmico', ou seja, só funcionará
quando a corrente elétrica que percorre seu enrolamento primário sofrer
alterações em função do tempo, em outras palavras, não funcionará com
corrente contínua e constante. Algo nela deverá variar!
Por outro lado, constatará a ação de um diodo retificador e a função básica do
capacitor; um permitindo passagem da corrente num só sentido e o outro
armazenando energia potencial elétrica.
Tudo isso, visualmente observado, mediante uma simples lampadinha néon.
Acende ou não acende?; acende ao redor das duas plaquetas internas ou
apenas ao redor de uma delas? Acende e apaga rapidamente ou permanece
acesa por breve intervalo de tempo?
Vale verificar e, como sempre, esse não é um trabalho completo, 'prontinho' para
ser copiado e usado ... você também deverá participar!
Material
D1 - diodo de silício (1N4004 ou equivalentes)
NE-1 - lâmpada néon comum
T1 - transformador redutor de tensão (usado às avessas!)
B1 - pilha ou baterias (1,5V, 3,0V e porta-pilhas)
R1 - resistor de carvão (1M a 2M2, 1/8W)
C1 - capacitor de poliéster (1µF a 2,2µF x 150V ou mais)
fios, solda, lima etc.
Montagem
(a) - Circuito esquemático
(b) - 'Chapeado'
Breve descrição
Nessa montagem experimental dispensou-se o uso da ponte de terminais; temos
apenas 5 pontos de solda. O transformador original tem primário para 110 e
220V e secundários que podem ser, para (6+6)V, para 12V ou mesmo 15V. Em
fim, qualquer transformador 'obtido' de uma fonte de alimentação para baixa
tensão servirá. Esse transformador será utilizado às avessas, ou seja, o
enrolamento de baixa tensão será utilizado como primário (e vai ser ligado à
pilha ou bateria) e o enrolamento de alta tensão (ex-220V!) será utilizado como
secundário (e vai ser ligado à carga (D1,C1 e R1+NE-1).
O capacitor de poliéster, na faixa dos 1µF a 2,2µF, deve apresentar tensão de
trabalho de 150v ou mais; quando maior a capacitância maior será o tempo que
a lâmpada permanecerá acesa. Uma técnica para a troca rápida desses
capacitores (para os diversos ensaios) pode ser pensada. Do mesmo modo se
comportará o resistor de lastro (1M a 2M2), quanto maior a sua resistência
elétrica maior será o tempo de acendimento da lâmpada néon de dois terminais
paralelos.
Um dos fios que vão à fonte de alimentação (pilha ou bateria) poderá estar
definitivamente soldado; o outro não; esse é quem providenciará o liga/desliga.
Para utilizar a montagem orientamos:
(a)- ligue o fio do transformador no topo da pilha; observe que a lâmpada só
acenderá nos instantes de ligar e desligar; ela não permanecerá acesa com o fio
encostado na pilha. No instante de ligar a corrente no 'primário' passa
rapidamente de zero ao seu valor máximo e como houve 'variação', o
transformador funciona, a lâmpada acende e logo apaga. Permanecendo a
ligação a corrente se estabiliza em seu valor máximo, não haverá mais
'variações', o transformador não funciona, a lâmpada não acende. Ao se
desencostar o fio do topo da pilha, a corrente no 'primário' cai rapidamente do
valor máximo para zero, novamente'variou', o transformador funciona, a lâmpada
acende e logo apaga.
(b)- aprimore esses liga/desliga usando uma lima. Encoste a lima no topo da
pilha e esfregue o fio de ligação nas ranhuras da lima. Haverá uma série rápida
de liga/desliga, o transformador funcionará durante maior intervalo de tempo.
Nas primeiras raspadas, ouvirá um breve ruído no transformador e depois de
algumas raspadas, quando o capacitor atingir os 80V, a lâmpada acenderá (e
assim ficará até acabar a 'carga' do capacitor).
(c)- nesses acende/apaga, observe os eletrodos (plaquetas) internos da
lâmpada. Há um brilho avermelhado em volta de ambos? Ou de apenas um?
Coloque o diodo em curto-circuito (basta para isso dobrar seus terminais e
encostar um no outro); esfregue o fio do liga/desliga na lima e observe
novamente como é o brilho da lâmpada. Recorra ao seu professor para ampliar
seus conceitos na eletrônica.
(d)- Perceba, num único liga/desliga quanto tempo a lâmpada permanece acesa.
Anule a ação do capacitor (solte um de seus terminais) e refaça o experimento.
Comece tudo de novo, usando dessa vez, a técnica da lima para ligar e desligar.
Essas são linhas gerais de procedimento. Alguma leitura deverá ser feita sobre o
tema e/ou consulta a seu professor(a). Aventure-se nesse campo!
Cuidados
Não deixe o fio do transformador ligado na pilha por muito tempo, isso
determinará o 'esgotamento' da pilha; além do que não fará a lâmpada ficar
acesa: a indução que ocorre no transformador é um processo 'dinâmico', como já
salientamos.
Bobinas de Tesla Eletrônicas
(Estado sólido)
Objetivo
Montagem de bobinas de Tesla utilizando-se de componentes eletrônicos. São
apresentadas duas versões. Recomenda-se a ajuda de um técnico em eletrônica
para orientar detalhes do projeto.
Montagem - 1
Montagem - 2
Função eletrônica
Investigar sinais que se propagam por ondas eletromagnéticas com freqüências
na faixa de 5 a 15 kHz; estudo da propagação de ondas desses comprimentos
de ondas; captação de sinais provenientes de distúrbios atmosféricos distantes;
confronto entre sons e ondas eletromagnéticas com freqüência em torno de 10
000 Hz.
Por que podemos modular ondas eletromagnéticas e não sons audíveis de
mesma freqüência?
Material
AQ — Antena de quadro conforme esquema.
Ela consome cerca de 3,70m de sarrafo de (4x3)cm, uma base de
(40x40x3)cm, 4 carretéis de plástico de 10 cm de largura (grátis em lojas
de armarinho), cerca de 650 m de fio de cobre esmaltado número 24 ou
26, um conector Sindall com 2 seções, 3 m de cabo coaxial fino, um
plugue miniatura macho, prego, cola, verniz, etc.
Montagem
Detalhes
Aplicações
Conecte a antena, o fone de cristal e ligue a chave interruptora. Se isso for feito
dentro de sua casa (o que me parece uma hipótese bastante razoável), pode
tratar de colocar pelo menos a antena do lado de fora, pois a alta sensibilidade
do receptor vai permitir captar um ronco devido ao campo eletromagnético
alternado (60 Hz) da fiação elétrica de sua casa.
Movendo a antena pode-se atenuar esse ronco (mas não todo), devido sua alta
direcionalidade. Se você tiver por perto um gerador Tesla, Ruhmkorff ou Van de
Graaff faiscando vai começar a se impressionar com a sensibilidade do aparelho
aos sinais desses raios em miniatura. Até os sons serão distintos.
Daqui para frente tudo é pesquisa, anotações, dados, leituras (um osciloscópio
vem bem a calhar) etc. Algumas observações (incompletas) podem lhe
interessar:
a) estalos e explosões podem ser captados ao nascer e ao pôr-do-Sol (oriente a
antena);
b) a aproximação de uma tempestade (a mais de 100 km) pode ser detectada
pelas descargas elétricas atmosféricas que se produzem;
c) explosões solares (variações nas manchas solares) podem ser captadas;
d) explosões nucleares (programadas, para que se saiba o horário) também
não escapam desse pequeno receptor.
Sempre é bom lembrar que quanto mais alta e em área desimpedida for
colocada a antena, melhor será a recepção de determinados sinais. Assim, um
primeiro lugar para testes é colocá-la sobre o telhado, munida de artifício
adequado para girá-la.
Para efeito de pesquisa, será interessante acoplar a saída desse receptor a um
gravador para fazer levantamentos estatísticos dos horários de maior captação e
para arquivo das intensidades e tipos de sinais. Você deve ter uma prova do que
faz!
É um bom trabalho de pesquisa, boa sorte!
E, por favor, não invente e não interprete alguns sinais estranhos como coisas
místicas do além (em outras palavras, não entre nessa de 'ufologia'). Essas
coisas do além não são científicas e, como tal, sem propósito para a Ciência. A
ciência trabalha com fatos reproduzíveis e testáveis (critério de falseabilidade)
por todos; não há a palavra da autoridade e não obedece ao senso comum.
Fotosensor - LDR
(Com indicação sonora; sensor, multivibrador e amplificador)
Objetivo
O projeto a seguir não constitui excepcional novidade para os 'macanudos' em
eletrônica. Para o aluno e o espectador médio, entretanto, é um mundo novo de
pecinhas, fios entrelaçados e esquemas intrincados.
A intenção desse projeto numa Feira de Ciências é despertar alunos e
espectadores para essa realidade eletrônica que nos cerca, levantando uma
pequena ponta do véu do mistério. O aluno pode desenvolver excelente trabalho
sobre o tema, desenvolvendo-o passo a passo, experimentando cada etapa num
verdadeiro espírito científico, diferenciando-se assim da mera função de montar o
dispositivo, incidir luz sobre o fotosensor resistivo e escutar o som emitido. Esse
alarde final, o som estridente, é realmente, o que menos interessa, pois em seu
lugar poderíamos acender uma lâmpada (ou apagá-la), acionar um motor
elétrico, desligar o TV, acender o fogão, abrir a válvula eletromagnética de uma
torneira etc; a finalidade básica do projeto não é nenhuma dessas, e sim mostrar
a função eletrônica básica nas diversas etapas.
Material
TR1 e TR4 — BC558 ou equivalentes;
TR2 e TR3 — BC548 ou equivalentes;
TR5 — BD135 ou equivalentes;
R1 — 10 kΩ (ver texto);
R2 — LDR, redondo, pequeno;
R3 — 12kΩ, 1/4W, 5%;
R4 — 3,3kΩ, 1/4W, 5%;
R5 — 15kΩ, 1/4W, 5%;
R6 e R9 — 5,6kΩ, 1/4W, 5%;
R7e R8 —56kΩ, 1/4W, 5%;
R10 — 100kΩ, 1/4W, 5%;
R11 —220 Ω, 1/4W, 5%;
R12 — 2,2kΩ, 1/4W, 5%;
Cl e C2 — 0,039µF, 250V, poliéster metalizado;
C3 — 1µF, 40V, eletrolítico;
C4 — 0,1µF, 250V, poliéster metalizado;
Fte — alto falante pequeno, 8ohms;
CHI - interruptor simples; porta-pilhas, placa para CI, solda etc.
Montagem
O projeto em questão foi dividido em 3 partes didáticas e, em cada uma delas o
aluno pode (e deve) efetuar medições, alterações, ajustes, etc. Essas partes são:
o sensor de luz (LDR - Líght Dependent Resistor), o multivibrador e o
amplificador de potência. Cada uma dessas partes pode ser desenvolvida
separadamente e ao final, acoplá-las num projeto único.
Nas figuras a seguir mostramos, á esquerda, o circuito esquemático do sensor
de luz, onde R2 é o LDR (de preferência montado no fundo de um tubo opaco),
no centro, em tamanho natural, a pequena plaqueta do circuito impresso para o
fotosensor, vista pela face cobreada e, á direita, a disposição dos componentes
na plaqueta, vista pela face não cobreada.
Objetivo
Estudo da carga do capacitor e sua aplicação em temporizadores.
O dispositivo em questão, de montagem bastante simples, fundamenta-se na
“carga lenta” de um capacitor eletrolítico, em série com um resistor. Você deve
desenvolver esse tema, estudando o capacitor e sua carga (gráfico, leis etc),
baseado na montagem básica ilustrada:
Material
4 transistores NPN — BC548
1 resistor 15K, 1/8W
1 resistor 100K, 1/8W
1 resistor 10K, 1/8W
1 resistor 2K2, 1/4W
1 resistor 100 Ω, 1W
1 resistor 12K, 1/8W
3 diodos retificadores 1N4002
2 capacitores eletrolíticos 1000 µF x 25V
1 LED vermelho
1potenciômetro de 6M6 ou 2 potenciômetros 3M3 (ligados em série) (*)
1 transformador 110VAC x 12VAC (300 mA)
1 relé 12V, duplo contato
1 “push-botton”
Montagem
Apertando-se o botão P o dispositivo liga o aparelho sobre controle (TV, rádio,
lâmpada etc.) e após determinado tempo (selecionado pelo potenciômetro de
6M6) o aparelho desliga automaticamente.
O LDR e as leis da intensidade luminosa
(Equipamento básico)
Objetivo
O LDR é um resistor cuja resistência varia com a intensidade da luz incidente
(fotoresistor). Uma montagem eletrônica simples (e recomendável) permite a
obtenção de um sensor de luz útil em várias experimentações. Os dois próximos
projetos irão se utilizar desse equipamento.
Eis os preparativos para desenvolver projetos relativos á intensidade luminosa:
Material
Fonte de alimentação de 5 a 9 VCC; miliamperímetro 0 ⎯ 200 mA; transistor
NPN - BC548; LDR pequeno; potenciômetro de 220k; resistor 330 ohms, 1/8W;
tubo opaco etc.
Montagem
Objetivo
Aplicar o equipamento do projeto anterior [18- LDR e leis fotométricas] para
analisar a distribuição da energia luminosa nas várias faixas de freqüência do
espectro visível.
Inicialmente a luz proveniente de uma fonte colimada é decomposta mediante o
uso de um prisma óptico. O LDR, ligado ao equipamento em destaque,
percorrerá (encostado na tela) as várias cores da decomposição e indicará
(leituras no miliamperômetro) a correspondente intensidade luminosa.
Material
Equipamento do projeto anterior (18); fonte de luz colimada; prisma óptico e tela
de projeção.
Montagem
Objetivo
Aplicar o equipamento do projeto anterior [18- LDR e leis fotométricas] para
analisar a distribuição da energia luminosa irradiada por uma lâmpada
incandescente.
A luz proveniente da lâmpada incandescente, montada de modo que o seu
filamento coincida com o centro do disco graduado, ilumina todo o disco. O LDR,
ligado ao equipamento em destaque, percorrerá toda a periferia do disco e
indicará (leituras no miliamperômetro) a correspondente intensidade luminosa.
Material
Equipamento do projeto (18) dessa Sala; lâmpada incandescente e seu soquete;
'dimmer' para controlar a potência elétrica entregue á lâmpada (ver projeto do
'dimmer' na Sala 03); disco de 'duratex' com borda graduada em graus; tubo
opaco para acomodar o LDR sobre a borda do disco.
Montagem
Objetivo
Mostrar a descarga de um eletrômetro ligado a uma placa de zinco, sob ação da
luz proveniente de uma lâmpada de vapor de mercúrio.
Material
Fonte colimada contendo lâmpada de vapor de mercúrio; eletrômetro de Braun;
bastão de isopor e folha de plástico (ou pequena máquina eletrostática).
Montagem
Objetivo
Utilizar da bobina de Rumkorff ou outro dispositivo produtor de altas tensões e
altas freqüências para a irradiação de ondas eletromagnéticas amortecidas. O
dispositivo é cópia dos primeiros transmissores de faíscas utilizados para a
comunicação mediante ondas eletromagnéticas.
Material
Bobina de Rumkorff ou equipamento equivalente; bobina de fio de cobre grosso
(80 espiras de fio de cobre esmaltado 16 em forma de PVC de 10 cm de
diâmetro); centelhador e antena.
Montagem
Objetivo
Na eletrônica, um ramo excitante é o do radioamadorismo, do qual o autor
participou ativamente por longo tempo, época em que se montava o
transmissor, no capricho, desde a usinagem do “chassi” até a antena. Para
quem se inicia na R.B.R, eis um modelo simples, transistorizado, para
transmissão na faixa dos 80 ou 40 metros.
Para Feira de Ciências é o modelo ideal para explicar os vários estágios de um
equipamento de transmissão, as freqüências permitidas, os regulamentos
oficiais etc. Dois desses transmissores e dois pequenos rádios transistorizados,
que sintonizem ondas curtas, permitirá que o expectador participe, na Feira, de
um bom bate-papo via rádio-freqüência. Desde que haja um operador
credenciado, essas transmissões demonstrativas são permitidas.
Em sua casa, dotando o equipamento de um sistema irradiante (antena)
adequado para este QRP, lhe permitirá contatos com todos os outros
radioamadores.
Material
Semicondutores
TRI — BF254 ou equivalente : TR2 — BD135 ou equivalente : D1, D2 —
1N4004 ou equivalente.
Resistores (1/4W, ± 1.0%, salvo menção contrária)
R1, R4, R5 —27kΩ; R2 — 1,8kΩ; R3 —1kΩ, 1/2W; R6 — 100Ω, 1/2W.
Capacitores
C1 — 6OpF, “styroflex”; C2 — 270pF, “styroflex”; C3, C4 e C6 — 0,01 µF, 250V,
poliéster metalizado; C5 e C9 — 0,001 µF, 250V, poliéster metalizado; C7e C8
— 365pF, capacitor variável; C10 — 2200 µF, 25V eletrolítico.
Diversos
T1 — Transformador de alimentação [primário, tensão da rede local; secundário,
18V—0— 18V, 200mA (mínimo)]; XRF1, XRF2 — Reator de filtro, 1 mH, 50mA;
Xtal — Cristal para freqüência na faixa de 40 ou 80m.
Bobinas
L1 — Em 80m: 47 espiras de fio de cobre esmaltado com 0,5mm de diâmetro
(24 AWG), sobre forma com 25,4mm (1”) de diâmetro; espiras unidas. Em 40m:
56 espiras unidas de cobre esmaltado, com 0,4mm de diâmetro (26 AWG),
sobre forma com 16 mm de diâmetro.
Montagem
A figura acima, á direita, apresenta uma sugestão para uma pequena carga não-
irradiante que pode ser usada para ajustar (pelo brilho máximo de LP) o tanque
de saída do transmissor.
As figuras, a seguir, são sugestões práticas para a montagem em pontes de
terminais (um circuito impresso, sem dúvida, pode ser elaborado pelo aluno-
expositor).
Alguns comentários:
(a) O primeiro estágio do projeto, o oscilador, é do tipo Pierce, cuja primeira
vantagem é sua saída (via C9) ser praticamente isenta de harmônicos. Isso
dispensa a presença de um circuito sintonizado acoplando esse estágio ao
seguinte, simplificando o projeto e ao mesmo tempo reduzindo a possibilidade
de TVI (irradiação espúria causando interferência nos televisores vizinhos).
0 transistor nesse estágio é o BC254 (original), podendo, entretanto ser
substituído por equivalentes mais modernos, NPN para RF. O mantenedor das
oscilações nesse estágio é um cristal com valor de freqüência á sua escolha, o
mais facilmente encontrado é um cristal para TV a cores, que tem freqüência de
3575,611 kHz. Para se obter freqüência variável, constituindo assim um V.F.O.,
altere o estágio para inclusão de um varicap estável.
Apresentação
Descrevemos a montagem de uma fonte de referência de tensão de alta
precisão, capaz de fornecer qualquer valor entre 0 V e 5,0 Vcc. Funciona com
bateria comum de 9 V. Sua baixa resistência de saída, tipicamente 500 ohms,
garante excelente estabilidade e imunidade a ruídos. Um exemplo de aplicação é
como referência para registradores X - Y.
Objetivo
Equipamentos eletrônicos capazes de fornecer potenciais constantes pré-
selecionados são muito comuns nos laboratórios de eletroquímica e são
genericamente denominados potenciostatos. Um exemplo de construção de um
potenciostato/galvanostato (fonte de corrente constante), para fins de
eletrossíntese orgânica. foi por nós publicado há alguns anos. Esses aparelhos
são projetados para manterem um determinado potencial constante entre um
eletrodo de trabalho e um eletrodo de referência, fazendo uso de um terceiro
eletrodo (auxiliar) através do qual o instrumento aplica uma tensão de magnitude
tal que garanta a estabilidade do potencial do eletrodo de trabalho.
Entretanto, em algumas aplicações, especialmente as que envolvem calibração
de equipamentos, tais como conversores analógico-digitais, registradores X-Y
etc., faz-se necessário o emprego de uma fonte de tensão de referência,
permitindo ajuste preciso da tensão de saída e alta estabilidade da mesma.
Nos experimentos de voltametria cíclica, empregamos um registrador X-Y (PAR
modelo RE0074) que apresenta uma chave seletora para cada eixo coordenado,
possibilitando através de suas 5 posições, selecionar o ganho do amplificador
interno, de modo que se possa registrar o voltamograma com um número de
mV/cm conhecido. No entanto, como o fator de multiplicação entre as diversas
posições é de uma ordem de grandeza, muitas vezes o registro se apresenta
com tamanho menor que o desejado, e a mudança de escala não é factível, urna
vez que nesse caso o registro ultrapassa os limites do papel.
Apesar de o registrador oferecer uma opção de ganho variável, permitindo o livre
ajuste do tamanho do voltamograma através de um potenciômetro, perde-se
nessa modalidade o valor da escala utilizada. Esse valor é muitas vezes
importante para a determinação de certos parâmetros eletroquímicos.
Achamos de interesse projetar e construir uma fonte de referência de tensão
portátil que seria empregada para permitir a determinação da escala (número de
mV/cm),. sempre que o registrador fosse utilizado nestas circunstâncias.
Assim, após o registro do voltamograma, o operador pode aplicar uma tensão
precisamente conhecida, tanto nos terminais de entrada do amplificador X como
Y, registrando no canto do papel dois segmentos ortogonais que permitirão
facilmente determinar as escalas dos eixos coordenados.
A Figura, a seguir, ilustra um esboço de um voltamograma genérico
acompanhado do registro dos segmentos correspondentes a uma tensão de 200
mV aplicada nos eixos X e Y.
A conversão para corrente (eixo Y) pode ser calculada através da lei de Ohm (i =
U/R). sabendo-se o valor da resistência interna do gerador de onda triangular.
Circuito esquemático completo da fonte de referência
Material
Resistores (Ω, 1/3 W, 1 %)
R1 ⎯ 68
R2 ⎯ 270
R3 ⎯ 500: trimpot, 15 voltas
R4 ⎯ 500: potenciômetro 10 voltas
R5, R6 ⎯ 10k
R7, R8 ⎯ 470
Semicondutores
Q1 ⎯ LM 317A
Q2, Q3 ⎯ BC558
D1 ⎯ 1N4001
D2/D3 ⎯ LED bicolor
Z1 ⎯ diodo zener 6,1 V
Z2 ⎯ diodo zener 3,1 V
Capacitores (tântalo)
C1 ⎯ 10 µF/16V
C2 ⎯ 1 µF/16V
Diversos
CH1 ⎯ interruptor de pressão normalmente aberto
B1 ⎯ bateria de 9 V
Montagem
O aparelho foi montado sobre uma placa de circuito impresso padrão e alojado
num gabinete plástico de (7 x 8,5 x 5) cm.
No painel frontal foram fixados o potenciômetro de 10 voltas com o ‘dial’ de
precisão, o interruptor de pressão e o LED bicolor.
No painel lateral, a saída foi feita via dois conectores do tipo ‘banana’.
Aferição do aparelho
Foram medidas com um multímetro digital Beckman modelo 3050 as tensões de
saída para 11 posições diferentes no ‘dial’, começando com 0,00 e
incrementando uma volta de cada vez até totalizar 10,00 voltas.
Os resultados dos testes de aferição indicaram que as tensões de saída
apresentaram um desvio máximo de ± 0.001V com relação ao valor selecionado
no ‘dial’ conforme ilustrado na tabela abaixo.
Esse desvio reflete a precisão do aparelho, uma vez que a menor divisão do ‘dial’
(0,02 voltas) corresponde a 0,002 V.
Introdução
Nos últimos sessenta anos, nossas vidas foram acentuadamente afetadas por
novos tipos de dispositivos elétricos que usam componentes eletrônicos, tais
como os transistores, os sensores etc. Dispositivos eletrônicos simples são
bastante fáceis de se fazer e proporcionam substancial diversão no seu uso.
A vela mágica que descrevemos neste trabalho elementar, além de lhe adicionar
úteis conhecimentos teóricos e práticos, poderá impressionar seus colegas e
expectadores quando você acender uma lâmpada usando um simples fósforo e
apagá-la através de um sopro.
Material
Para a montagem de sua vela você precisará de:
dois resistores (veja ilustração abaixo, no item Resistores);
um transistor AC 108 ou equivalente mais moderno (veja ilustração abaixo no item
Transistores);
resistor dependente da luz - LDR (veja ilustração no item LDR );
uma lâmpada (e seu soquete) para 6V/0,06 A;
tubo de papelão;
um bujão plástico com alça
uma bateria de 6 V (veja nota) e
cerca de 1m de fio #22 encapado com plástico (cabinho 22).
Resistor
Todo sucesso da eletrônica reside no fato de poder controlar o fluxo de corrente
elétrica nas várias partes de um circuito. Resistor, como o nome desse
componente sugere, permite o controle da corrente oferecendo maior ou menor
dificuldade ao seu fluxo num dado circuito. Um resistor, fisicamente, lembra um
pequeno cilindro, com um fio em cada extremidade. As faixas coloridas sobre
seu corpo formam um código que permite saber qual o valor de sua resistência,
que é medida em ohms (Ω).
Os dois resistores utilizados na vela mágica têm a finalidade de definir
quantidades diferentes de corrente em partes diferentes do circuito.
Usando um transistor
Transistores desempenham funções importante em muitos dispositivos
eletrônicos. Eles são muitas vezes usados como interruptores eletricamente-
controlados (chaves eletrônicas). Na vela mágica um transistor é usado como
chave eletrônica para ligar/desligar a corrente na lâmpada em duas situações
distintas.
Transistores é facilmente danificado, assim, deve ser tratado com cuidado. É vital
usar uma lâmpada que acenda com corrente de baixa intensidade (0,06 A), no
circuito que contém o transistor indicado; caso contrário o transistor aquecerá
demais e se danificará permanentemente.
Um transistor tem três terminais, ou pernas, conhecidas como o emissor, o
coletor e a base. Tome cuidado para não romper estas pernas e tenha certeza
que você as identificará corretamente. No transistor indicado procure uma
etiqueta pequena ou uma mancha de tinta próximo a uma das pernas. Essa
marca é para identificar o terminal do emissor. Nesses tipos de transistores,
como é o caso do indicado nesse trabalho --- tipo NPN -- deve-se ligar essa
perna do emissor ao terminal negativo da bateria.
O modo mais fácil para conectar um transistor ao circuito (sem usar de soldas) é
usar um fino tubo plástico, como mostramos acima, á direita (nas loja de
eletrônica eles são conhecidos como 'espagetti'). Alternativamente, peça ajuda a
um adulto para soldar as conexões. Nesse caso, tome bastante cuidado para
não aquecer demais o transistor; o uso do alicate de bico é de grande ajuda
nessas soldas delicadas.
Esse transistor AC 108, NPN de germânio, é bastante antigo é pode ser
substituído por equivalente mais moderno como o BC 548, NPN de uso geral.
Dificuldades?
Uma das possíveis dificuldades poderá ser a obtenção dessa lâmpada de 0,06 A
em 6 V, o que lhe confere uma potência de 0,36 W (essa lâmpada foi tirada do
farol de um carrinho de brinquedo). Não é uma lâmpada fácil de ser encontrada;
uma lâmpada comum de lanterna tem potência entre 2 e 5 W.
Para o uso de uma lâmpada comum de lanterna para 6 V (4 pilhas em série)
pode-se experimentar trocar o transistor BC por um TIP120, TIP121, TIP122 ou
algum FET como o IRF540, IRFZ44.
Outra sugestão é trocar a 'tal lâmpada difícil' por um LED de alto brilho em série
com um resistor de 330 ohms; o LED deverá estar bem 'apontado' para o LDR.
Inversor multiuso
Apresentação
Para quem aprecia as delícias dos camping, acampamentos e ranchos e querem
desfrutar das comodidades da televisão, da lâmpada fluorescente, do estéreo, do
liquidificador, do ventilador etc., esse inversor deverá resolver os problemas.
Ele funciona a partir de uma fonte de 12 VDC, ou seja, uma bateria de
automóvel, fornecendo a tensão nominal de 120 VAC; uma tensão alternada
como a da rede domiciliar de sua casa. A potência elétrica desse inversor (uma
característica elétrica de suma importância) irá depender dos transistores usados
para Q1 e Q2 (veja esquema a seguir) e do transformador a ser usado em T1.
Dependendo dessas escolhas para Q1, Q2 e T1 o inversor poderá ter potência
de 1 a 1 000 W (de 0,001 a 1 kW).
Circuito esquemático
Material
Componentes Descrições
C1, C2 68 µf, 25 V - Capacitor de tântalo
R1, R2 10 Ohm, 5 Watt - Resistor
R3, R4 180 Ohm, 1 Watt - Resistor
D1, D2 HEP 154 - Diodo de silício
Q1, Q2 2N3055 NPN - Transistor (ver Notas)
T1 12 +12V, Transformador com C.T. (ver Notas)
Miscelânea fios, dissipadores, tomada de saída etc.
Notas
1- Q1 e Q2, assim como T1, como dissemos, determinam a potência elétrica
disponível desse inversor. Se Q1 = Q2 = 2N3055 e com T1 para 15 A, esse
inversor terá potência de cerca de 300 watts. Transformadores e transistores
mais 'parrudos' fornecerão maior potência.
2- O caminho recomendável para adquirir um bom T1 é reaproveitar um velho
transformador para microondas. Tais transformadores são projetados para cerca
de 1kW e são excelentes. Uma loja de conserto de TV ou de utilitários
eletrodomésticos devem ter na sucata tais transformadores que foram
substituídos. Procure o transformador de maior potência. Após remover com todo
cuidado o capacitor que o acompanha (cuidado, pois pode ainda estar
'carregado'!) leve, a seguir, tal transformador, para uma casa de enrolamentos de
transformadores e motores. Combine com o técnico que o atender para que
remova o velho secundário de 2 000 V (com cuidado para não danificar o
enrolamento primário) e o substitua por um enrolamento de 24 espiras com
terminal central [enrolar 12 espiras, deixar uma argola para fora (terminal central)
e enrolar mais 12 espiras]. Da espessura do fio utilizado dependerá quanto de
intensidade de corrente você poderá usar. Tais intensidades de corrente devem
ser compatíveis com os transistores escolhidos para Q1 e Q2. Lembre-se que os
2N3055 suportam no máximo 15 A cada.
3- Não se esqueça que, solicitando altas correntes da bateria (para conseguir as
altas potências do inversor) seu tempo útil de operação diminui ... cuidado ao
usar a bateria do próprio carro!
4- Uma vez que esse inversor fornece os 120 VAC, convém colocar fusíveis
protetores em sua saída adequados a cada fim que se destina.
5- Você deve usar capacitores de tântalo para C1 e C2. Eletrolíticos comuns se
aquecerão demasiadamente e uma explosão será iminente. Esses capacitores
da lista, de valores 68 µf x 25V, não admitem substituições.
6- Substituições indevidas poderão impedir o correto funcionamento desse
inversor.
Tabela de fios
(cobre, esmaltado)
Capacitores
Alguns capacitores apresentam uma codificação que é um tanto estranha,
mesmo para os técnicos experientes, e muito difícil de compreender para o
técnico novato. Observemos o exemplo abaixo:
O valor do capacitor,"B", é de 3300 pF
(picofarad = 10-12 F) ou 3,3 nF (nanofarad = 10-9
F) ou 0,0033 µF (microfarad = 10-6 F). No
capacitor "A", devemos acrescentar mais 4
zeros após os dois primeiros algarismos. O
valor do capacitor, que se lê 104, é de 100000
pF ou 100 nF ou 0,1µF.
B
±0,1pF
C
±0,25pF
D
±0,5pF
F
±1,0pF ±1%
G
±2%
H
±3%
J
±5%
K
±10%
M
±20%
S -50% -20%
Z +80% -20%
ou
+100% -20%
P +100% -0%
PRETO 0 0 - ± 20% -
MARROM 1 1 0 - -
VERMELHO 2 2 00 - 250V
LARANJA 3 3 000 - -
VERDE 5 5 00000 - -
AZUL 6 6 - - 630V
VIOLETA 7 7 - - -
CINZA 8 8 - - -
BRANCO 9 9 - ± 10% -
Transmissor-Receptor com infravermelho
Esquemas
Comentários
A seção transmissora deste Tx/Rx infravermelho é notadamente simples mas
funciona bem. Os pulsos provenientes do LED infra-vermelhos têm freqüência de
160 Hz e seu alcance, com nosso receptor, está entre 2 e 4 m dependendo do
transformador de áudio usado e do ajuste do potenciômetro de 100k. Com outros
tipos de receptores pode alcançar até cerca de 15m, sem qualquer lente
focalizadora, mas com um alinhamento perfeito entre Tx e Rx.
A seção receptora usa um foto-transistor para infra-vermelho (BP103B3 ou
equivalente) e um emissor infra-vermelho adicional (LD271); este é colocado
perto do foto-transistor para proporcionar uma luz de polarização, melhorando
assim a sua sensibilidade. O potenciômetro de 100k também afetará a
sensibilidade, ao ajustar o devido ponto de operação para o transistor.
A fonte de alimentação de 12 V deve ser bem regulada para evitar auto-
oscilações. O transformador de áudio é um pequeno transformador de saída
recuperado de um antigo rádio transistorizado. O relé colocado na saída do
receptor poderá comandar 'cargas' compatíveis com seus contatos.
Como sempre, recomendamos aos alunos do ensino médio e iniciantes de
eletrônica, que consultem um técnico em eletrônica local para explicar aqueles
'pequenos' detalhes, cujas descrições, tornariam esse texto muito longo (código
de cores de resistores, equivalentes dos transistores, diodos etc., código para
capacitores, circuito impresso, fonte de alimentação etc.).
Transmissor/Receptor Mínimo
Objetivo
Esse é um projeto didático onde pretendemos, a partir de material bem simples,
estudar a produção, transmissão e recepção de ondas eletromagnéticas. Ele
incorpora uma série de experimentos escolares. Os projetos iniciais produzirão
trens de ondas amortecidas que serão recebidos em rádios AM comuns. Depois
da análise das descargas oscilantes no circuito L-C, evoluímos para um projeto
sintonizado para transmissão e recepção. Estuda-se a sintonia e a ressonância
elétrica.
Transmissor Elementar 1
A produção de sinais de rádio (ondas eletromagnéticas), que se propagam pelo
espaço e levam informações, é tão simples que poucos sabem que pode ser
conseguida com apenas três componentes improvisados. Essa possibilidade
pode ser explorada em demonstrações, como trabalhos escolares e em Feiras
de Ciências.
Os sinais produzidos por esse transmissor elementar 1, atravessam obstáculos
como tábuas e paredes, e podem ser captados num rádio portátil, AM,
transistorizado.
Experimentalmente, o aluno pode demonstrar os efeitos citados, mas como
montagem de uso prático, ela serve para transmitir sinais em código (Morse, por
exemplo) para um amigo que está num ambiente adjacente, através da parede.
O transmissor é extremamente simples, como dissemos, e como receptor pode
ser usado qualquer rádio portátil.
Comentários
Interrupções muito rápidas de corrente elétrica podem gerar oscilações de
cargas elétricas num circuito as quais, por sua vez, produzem ondas de rádio, ou
seja, ondas eletromagnéticas de altas freqüências que se propagam pelo
espaço.
Podemos produzir tais “vibrações” de uma maneira muito simples, esfregando
um fio ligado a uma pilha, numa lima comum. Como “carga” indutiva para
reforçar as oscilações, ou seja, produzir os sinais desejados, temos uma bobina
enrolada num bastão de ferrite. Eis, portanto, nosso transmissor: uma bobina
enrolada num bastão de ferrite, uma pilha comum e uma lima.
Na realidade, este circuito não gera um sinal de freqüência fixa. Seus sinais se
espalham numa ampla faixa de freqüências, produzindo assim um “ruído
radioelétrico”. Sua operação como transmissor para longo alcance é proibida,
pois interfere em muitos tipos de aparelhos de comunicação.
No entanto, foram aparelhos iguais a este, os primeiros a serem usados por
Marconi e outros pesquisadores que acabaram por inventar o rádio.
Em nosso circuito, usaremos como antena um simples pedaço de fio de uns 50
cm de comprimento e, para demonstrações com alcances pequenos, nem
mesmo isso será necessário, pois os sinais não irão além de alguns metros. Com
este procedimento evitamos que ocorram interferências em rádios e televisores
estejam ligados pelas proximidades.
Nosso projeto trata-se, evidentemente, de um aparelho indicado apenas para
demonstrações em sala de aula e Feiras de Ciências, onde transmissor e
receptor se encontram à curta distância.
Material
- 1 pilha grande
- 1 lima
- Bobina - ver texto
- Terminal antena/terra, fio esmaltado, fios, solda etc.
Montagem
Nas ilustrações abaixo, à esquerda temos o diagrama completo desse
transmissor elementar 1 e à direita, o aspecto físico geral da montagem:
Detalhes
A bobina é enrolada num bastão de ferrite (que pode ser aproveitado de qualquer
rádio transistorizado fora de uso) que tanto pode ser cilíndrico como chato. Esta
bobina leva um enrolamento (L1) formado por aproximadamente 40 voltas de fio
comum ou esmaltado de qualquer espessura (qualquer fio de cobre esmaltado
desde #22 até #32) e outro enrolamento (L2) com 5 voltas do mesmo fio.
Os fios de conexão à pilha são soldados diretamente nos seus terminais. Se
forem usados fios esmaltados, eles devem ser raspados no ponto de soldagem.
Procedimento
A operação do transmissor é bastante simples:
Ligue nas proximidades (1 a 2 metros do transmissor) um rádio AM, fora de
estação, em qualquer ponto da faixa.
Raspe a ponta solta do fio X na lima. Deve ser transmitido um sinal que será
captado como um ruído no rádio.
O aluno observará que estes sinais podem atravessar obstáculos, pois se o rádio
estiver do outro lado de uma parede, eles ainda serão captados.
A codificação dos sinais pode ser feita em Morse. Nesta codificação uma
“raspada” de curta duração significa um ponto e uma raspada mais longa, um
traço. Pontos e traços são combinados e formam letras e números.
Para uma operação com um alcance um pouco maior, a antena será um pedaço
de fio comum de aproximadamente 50 cm a 1 metro. A ligação à terra pode ser
feita em qualquer objeto de metal de maior porte.
Conforme explicamos, este transmissor não emite sinais de freqüência fixa, mas
sim um ruído. Desta forma, não o ligue à antenas externas ou longas.
Fora de uso, não deixe o fio encostado na lima, pois além de não haver emissão,
a pilha irá gastar-se rapidamente pelo excesso de corrente.
Transmissor/Receptor Elementar 2
Nesse projeto, mais indicado para salas de aula, temos efetivamente um
transmissor e um receptor. Agora, tanto um quanto o outro são sintonizáveis, ou
seja, há um circuito oscilante L-C em cada um deles. Para uma dada 'abertura'
do capacitor variável, no transmissor, há uma estreita faixa de freqüência
irradiada, a qual, só será recebida no receptor com o devido ajuste do seu
próprio capacitor variável.
O indicador de sinal detetado e recebido será uma pequena lâmpada néon, tipo
NE-2.
Material
- 1 pilha grande e porta pilhas
- 1 roda dentada e lâmina flexível
- Bobina - ver texto
- 2 capacitores variáveis de 410 pf
- 1 lâmpada néon NE-2
- 2 bases de madeira, tubos de papelão,
- Fio de cobre esmaltado #22, fio comum, solda etc.
Esquema - circuito elétrico
Montagem
Comentários
As bobinas L1 e L2 foram enroladas, com 80 espiras juntas de fio de cobre
esmaltado #22, num pedaço de tubo de papelão (obtido em lojas de armarinho,
para enrolar tecido) de diâmetro 10 cm. Os capacitores variáveis de 410 pF, 1
seção, não são tão fáceis de serem obtidos, mas podem ser substituídos por
capacitores variáveis de duas seções, típicos para rádios valvulados (obtido em
oficina de conserto de rádios e TV). Na verdade, dois capacitores variáveis iguais
de rádios antigos irão funcionar bem. Os tamanhos 'grandes' dos componentes
foram selecionados de propósito para permitirem um bom visual para todos os
alunos da sala de aula.
A lima usada no experimento 1 foi substituída por uma roda dentada metálica
munida de uma manivela, cujos dentes raspam numa lâmina flexível (usei lâmina
de bronze fosforoso). Eis, abaixo, algumas fotos de minha montagem:
Fotos/ilustrações
Procedimento
Operar o equipamento é bastante simples.
- Comece conectando o terminal (jacaré) da bateria na lâmina flexível (esse é na
verdade um interruptor improvisado do circuito --- obviamente pode ser
substituído por um interruptor tradicional).
- Dê uma abertura média no capacitor variável do transmissor.
- Coloque o receptor próximo do transmissor (veja última foto).
- Gire a manivela e ajuste o variável do receptor até que a lâmpada néon acenda,
acusando o recebimento das ondas emitidas pelo transmissor.
Os jornais diariamente nos informam, e nos alertam, sobre invasões de lares. A polícia
sempre destaca os cuidados mínimos que devem ser tomados. A negligência pode levar a
perdas de bens adquiridos, com sacrifício, durante anos de trabalho. Recomendação
básica: é essencial dispor de um eficiente sistema de alarme. No entanto, sistemas
sofisticados de alarme ou segurança, além de muito caros, nem sempre apresentam
resultados satisfatórios, principalmente porque passam a ser bem conhecidos dos
intrusos, que acabam por desativá-los. Um sistema que seja só seu, não comercial, pode
ser a solução; é o que descrevemos neste trabalho.
Material
K1 — MC2RC1 ou equivalente — micro-relé de 6V com dois contatos (Metaltex)
B1 — 4 pilhas pequenas
F1 — 1A — fusível
S1 — interruptor simples
Diversos: fios, caixa para montagem, cigarras ou buzina, cabo de alimentação, suporte de
4 pilhas etc.
Como funciona
Um simples relé é o coração do alarme. Este relé está ligado aos sensores e a
uma fonte de alimentação, formada por 4 ou 6 pilhas comuns. Os sensores
podem ser de diversos tipos, como por exemplo pêndulos que estejam montados
próximos a argolas (veja figura 6) ou então um fio longo desencapado que passe
por uma seqüência de argolas, conforme mostra a figura 1.
Montagem
Na figura 4 temos o diagrama geral, em que o sensor é do tipo "argola com
peso".
Instalação
A prova de funcionamento é simples: basta encostar um fio (x) no outro (x) da
saída do sensor que o relé deve travar e assim permanecer. Para desligar o
alarme e re-armar devemos atuar sobre S1 (interruptor geral), desligando-o e
ligando-o novamente.
Na figura 8 temos um exemplo de instalação, observando-se que diversos
sensores de proteção podem ser ligados em paralelo para maior proteção de um
patrimônio. Todos os fios marcados com xx são interligados ao circuito. Feita a
instalação, verifique a atuação, ativando os sensores.
Com todos os sensores funcionando bem, para usar o alarme, basta ligá-lo
atuando sobre S1, lembrando que, na condição de espera, não há consumo de
energia.
Transmissão - Recepção
Rádio Galena
Iniciação aos fenômenos ondulatórios
[Recomendado para 8a série]
Introdução
É rara a apresentação, em Feira de Ciências, de um trabalho e/ou experimento
sobre a produção de ondas eletromagnéticas. A apresentação, por sua vez, de
rádios-galena (ou outros receptores de ondas eletromagnéticas) não é nada rara,
e isso é muito bom! O que não é bom é que tais apresentações, no geral, são
feitas sem o respaldo de qualquer base teórica mínima para o entendimento do
tema. O aluno ou grupo responsável pelo trabalho, via de regra, não sabe o que
é transmissão, portadora, modulação, AM, FM, detecção e coisas do gênero. A
finalidade desse trabalho é tentar minimizar essa falha. Espero contar com a
ajuda dos professores para a complementação desse trabalho. Escrevam-me
apresentando suas sugestões/comentários.
No instante t, o ponto P é atingido por uma onda periódica. Enquanto esta onda
se propaga, para a direita, o ponto P vai descrevendo um movimento oscilatório.
De acordo com a própria definição de período, no instante t + T, o ponto P estará
completando exatamente uma oscilação. Nesse intervalo de tempo, a onda terá
percorrido uma distância d mostrada na figura acima. Tendo em vista a definição,
essa distância d será o comprimento de onda d = λ.
Tipos de ondas
Até aqui vimos um tipo de onda, muito simples, facilmente observável, aquela
que se estabelece ao longo da corda. Mas, praticamente tudo o que aprendemos
em relação a ela, poderá ser estendido para qualquer outro tipo de onda.
Enfatizemos que em toda onda existe basicamente uma transmissão de energia
através de um meio. Assim, existe uma classe de ondas em que a energia
envolvida é uma energia mecânica. A esta classe pertencem as chamadas ondas
mecânicas. O exemplo típico de onda mecânica é o som; como toda onda
mecânica, ele exige um meio material para se propagar; ele não se propaga no
vácuo.
Há uma outra classe de ondas, em que a energia envolvida é de natureza
eletromagnética e a sua propagação não exige um meio material. É a classe de
ondas eletromagnéticas. Pertencem à classe das ondas eletromagnéticas: as
radiações gama, as radiações X, as ultra violetas, as infra-vermelhas, as micro-
ondas, as ondas de TV e as ondas de rádio.
As ondas são caracterizadas pelos valores das suas freqüências. Assim, as
ondas eletromagnéticas de freqüências mais elevadas são as radiações gama;
seguem-lhes, na ordem decrescente das freqüências, as radiações X, as ultra-
violetas, as ondas visíveis (luz), as infra vermelhas, as micro-ondas, as ondas de
TV e as ondas de radiodifusão.
Um fato realmente importante é que, todas as ondas eletromagnéticas, quaisquer
que sejam as suas freqüências, apresentam, no meio vácuo, sempre a mesma
velocidade de propagação; é ela c = 300.000 km/s.
O transmissor e o receptor
Não vamos explicar aqui, como funcionam detalhadamente o transmissor e o
receptor. Queremos apenas enfatizar alguns fatos importantes que neles
acontecem. Tomemos, para exemplificar, o caso da transmissão/recepção
radiofônica. Para tanto, examine o diagrama extremamente simplificado que
damos a seguir.
No microfone, as vibrações sonoras são convertidas em vibrações de corrente
elétrica. As vibrações da corrente elétrica, agora na antena do transmissor,
geram as ondas eletromagnéticas que se propagam através do meio (ar, no
caso) com a velocidade de 300 000 km/s. Na antena do receptor, a onda
eletromagnética captada origina vibrações da corrente elétrica, qualitativamente
idênticas àquelas que deram origem à onda, na antena transmissora. No alto
falante, uma das partes do receptor, essas vibrações da corrente elétrica são
convertidas em vibrações sonoras, qualitativamente idênticas àquelas recebidas
pelo microfone.
Nota: Microfone e alto falante são transdutores; o primeiro converte energia
sonora em energia elétrica e o segundo faz exatamente o inverso.
Assim, a palavra ALÔ dita no microfone do transmissor, poderá ser reproduzida
no alto falante do receptor, após ter envolvido uma série de energias de
naturezas diferentes.
Veja, no diagrama abaixo, a palavra ALÔ passando por várias formas diferentes,
ao ser transportada do microfone ao alto falante.
Parte C - O transmissor
Uma fumaça “contínua”, poderá indicar, no máximo, que existe algum índio, do
outro lado, querendo dizer alguma coisa. Não poderá contudo transmitir
mensagem nenhuma. Esta fumaça contínua é comparável à onda portadora do
rádio transmissor. Agora, interrompendo o fluxo de fumaça, periodicamente,
segundo um certo código, previamente conhecido, a fumaça poderá estar
transmitindo alguma mensagem; pelo menos, haverá condições para que isto
esteja sendo feito.
A fumaça 'fragmentada' contendo informações é comparável à onda modulada
da rádio transmissão.
Parte D - O receptor
O circuito oscilante
Infelizmente, nessa primeira etapa de compreensão, não podemos detalhar o
funcionamento do chamado circuito oscilante, constituído pela bobina e pelo
capacitor. Mas saiba que, tanto o transmissor, como o receptor, possui um
circuito oscilante, e que, para cada par bobina-capacitor existe uma determinada
freqüência característica.
Com o capacitor carregado, e a chave K desligada, toda a energia encontra-se
no campo elétrico que se estabelece no interior do capacitor. Ligando a chave K,
uma corrente elétrica passará a fluir através da bobina, e como conseqüência,
aparecerá um campo magnético. O campo elétrico diminui no capacitor, à
medida que a corrente elétrica, e portanto o campo magnético, aumenta na
bobina. Haverá um momento em que a carga será nula no capacitor e a corrente
máxima na bobina. Nesse momento toda a energia estará no campo magnético
da bobina.
A seguir, a corrente começará a diminuir, enquanto que o capacitor passará a
eletrizar-se (carregar-se) com sinal oposto: o que era positivo torna-se negativo e
o que era negativo torna-se positivo. Haverá um instante em que a eletrização no
capacitor atinge um máximo e a corrente na bobina torna-se nula.
A seguir, a corrente começará a fluir em sentido oposto ao anterior; torna-se
máxima, nesse novo sentido, enquanto a carga no capacitor se anula. A corrente
torna a diminuir e o capacitor a carregar-se. Assim sucessivamente, entre o
capacitor e a bobina estabelece-se uma corrente variável, que tem ora, um
sentido, ora, outro. Dizemos que o circuito é percorrido por uma corrente
oscilante. Ora, corrente oscilante apresenta carga elétrica em aceleração e em
desaceleração. Como tal, compreende-se que um circuito oscilante possa emitir
onda eletromagnética.
O processo inverso é também verdadeiro; uma onda eletromagnética atingindo
um circuito oscilante, poderá produzir (induzir) neste, uma corrente elétrica
oscilante. É isto o que acontece no circuito oscilante de um receptor. Nas figuras
abaixo procuramos mostrar o circuito oscilante em diferentes momentos,
descritos acima.
No receptor, para sintonizar as diferentes freqüências (as diferentes estações),
deveremos variar, ou a sua bobina (normalmente através de um cursor que
altera o número de espiras), ou então, o seu capacitor (normalmente usando um
capacitor variável). E isto porque, para cada par bobina-capacitor existe uma
determinada freqüência característica.
Descrição sucinta:
(1) A onda modulada em amplitude (AM) atingindo a antena de um receptor.
(2) A corrente elétrica induzida no circuito oscila da mesma forma que a onda
modulada. Note que o modo de variação da amplitude traduz a mensagem
transmitida.
(3) O diodo deixa passar apenas a corrente elétrica que tem um determinado
sentido. Como conseqüência, passa para o fone apenas uma metade da corrente
oscilante pulsando de acordo com a mensagem.
(4) No fone, a corrente variando segundo (3) faz vibrar a membrana, produzindo
uma onda sonora idêntica àquela captada pelo microfone do transmissor. Ali a
energia elétrica é convertida em energia térmica e sonora.
Parte Experimental
Nas partes anteriores vimos de modo bastante simples de que modo podem ser
produzidas as ondas eletromagnéticas e sua propagação pelo espaço. Nada
melhor para fixar este aprendizado do que realizar algumas experiências simples
com ondas de rádio, tanto na transmissão como na recepção.
Iniciamos com dois projetos bastante elementares de transmissores, servindo
inclusive de base para Trabalhos Escolares e Feira de Ciências.
Introdução
Antes de existirem transistores ou válvulas, as ondas de rádio eram produzidas
por técnicas que, à primeira vista, pode parecer estranhos aos alunos/leitores.
Um deles era a bobina de centelha ou Bobina de Rumkorff, cujo aspecto é
mostrado a seguir, em (a) e seu circuito esquemático, em (b):
Projeto 1
Transmissor de faíscas
O projeto que apresentamos é puramente experimental/didático, de modo que
seu alcance não ultrapassa alguns metros, e sua freqüência não é bem
controlada, o que significa que não deve ser aplicado em qualquer tipo de
comunicação a longa distância. Abaixo segue o circuito esquemático:
O “centelhador” é na realidade um vibrador que rapidamente interrompe e
estabelece a corrente que circula pelo circuito. Esta corrente excita a bobina e o
capacitor que formam o circuito “ressonante”, produzindo assim a oscilação que
se propaga pelo espaço na forma de ondas eletromagnéticas.
O manipulador nada mais é do que um interruptor (botão de campainha) que
permite ligar e desligar a corrente no circuito, de modo a se enviar mensagens
em código telegráfico (Morse). Para experimentações a 'técnica da lima'
(substituir o interruptor por um fio esfregando numa lima) funciona muito bem.
A bobina L1 consiste de 100 voltas de fio comum (cabinho 22) num bastão de
ferrite, e o capacitor variável é do tipo comum (1 secção) aproveitado de algum
velho rádio.
Para colocar em funcionamento, ligue nas proximidades do transmissor um rádio
de AM sintonizado em freqüência livre.
Aperte o manipulador e ajuste o vibrador para que ele entre em funcionamento
(vibração) produzindo uma pequena centelha entre seus contatos. Neste ponto,
um forte zumbido deve ser ouvido no rádio colocado nas proximidades,
atestando seu funcionamento. Ajuste CV para a melhor recepção.
Nota: Observe que o sinal “se espalha” por boa parte da faixa de ondas médias.
Este problema é que impede que o transmissor tenha aplicações diferentes das
experimentais, pois interferiria em outras emissões.
Projeto 2
Microtransmissor transistorizado
Uma versão moderna, de freqüência estável, pode ser montada com apenas um
transistor, conforme a esquematização a seguir:
A montagem, em ponte de terminais, é a ilustrada abaixo.
Lista de material
Q1 - BC548 ou equivalente - transistor de uso geral
L1 - descrita acima
CV - descrito acima
C1 - 22 nF - capacitor cerâmico
C2 - 100 nF - capacitor cerâmico
R1 - 10k, 1/8W - resistor (marrom, preto, laranja)
S1 - Manipulador ou interruptor de pressão
B1 - 3V ou 6V - 2 ou 4 pilhas pequenas
Diversos: fios, bastão de ferrite, suporte de pilhas, ponte de terminais, base de montagem
etc.
Projeto 3
Como construir um rádio "galena"
Os elementos necessários para a montagem de um rádio galena (seguindo o
circuito da figura anterior) são simples e fáceis de serem encontrados nas lojas
especializadas. São basicamente os seguintes:
1. Fio de cobre esmaltado para o enrolamento da bobina. Vamos precisar de 20
metros de fio # 24 (lojas de enrolamentos e consertos de motores);
2. Um tubo de PVC, ou mesmo, de papelão duro, para enrolar a bobina. Para se
ter uma idéia grosseira desse tubo, basta dizer, que é possível substituí-lo pelo
tubo de papelão no qual vem enrolando o papel higiênico. Esse tubo de material
bom isolante elétrico tem comprimento de 10 a 12 cm e diâmetro entre 2,5 e 3,0
cm.
3. Um capacitor fixo. Seu valor é algo como 78 pF (leia 78 picofarad), disco ou
cerâmico.
4. Um diodo de germânio para RF. Serve o tipo OA-90 ou equivalente (1N34 etc.)
5. Um fone de ouvido (cristal). Obtido de antigos rádios à pilha (os atuais fones
de 8 ohms não servem!).
6. Fios longos para serem usados como antena e como “Fio-terra’’. Uns 20
metros de cabinho # 22 devem ser suficientes.
É claro, necessitamos das especificações técnicas de cada um destes
elementos, pois do contrário, nenhuma loja poderá nos fornecer o material
adequado. Damos estas especificações, acima, junto com a lista dos materiais. É
possível que você não entenda exatamente o que elas significam; mas, pode
estar certo de que, o homem da loja, ao ler a especificação, saberá, com
exatidão, o que está sendo pedido.
Em linhas gerais, a montagem de um rádio galena pode ser resumida nos itens
abaixo.
1. Enrolar o fio esmaltado #24, no tubo, para obter uma bobina com núcleo de ar.
Deixar 15 cm livre em cada extremidade e lixar essas extremidades para retirar o
esmalte protetor (detalhe acima à esquerda).
2. A seguir, os diferentes elementos deverão ser ligados como mostra a figura
acima. Seu professor ou um amigo técnico em eletrônica poderá auxilia-lo nessa
etapa.
Eis uma montagem caseira:
Projeto 4
Transmissor e Receptor Mínimos
Esse projeto já se encontra descrito na Sala 15 - Eletrônica sob o título:
Transmissor/Receptor Elementar 2. Para se transferir para lá, clique aqui.
Projeto 5
Galena - versão 2
Como se sabe, um rádio galena (também denominado 'receptor de germânio',
pelo fato do diodo de germânio substituir o cristal de galena) não necessita de
fonte de alimentação própria para seu funcionamento; uma simples antena e
uma boa tomada de terra asseguram seu rendimento.
A antena pode ter um comprimento de 20 a 30 m, dependendo de quão afastado
você está da emissora de 'broadcasting'; ela poderá ser do tipo L ou T. A tomada
de terra pode ser a torneira do cavalete do 'relógio da água' que faz parte da
canalização urbana; também poderá ser realizada enterrando-se uma vareta
revestida de cobre (obtida em casas especializadas de material elétrico) em local
bem umedecido.
A bobina de sintonia pode ser feita com um tubo de PVC de 3,0 cm de diâmetro.
Para sintonizar as rádios de ondas médias (tradicional OM), o enrolamento L1
comportará 40 espiras juntas e L2 com 120 espiras juntas, com tomada na 45a
espira a contar da extremidade de terra. L1 e L2 são enrolados no mesmo
sentido e o espaçamento entre os dois enrolamentos deve ser de 3 mm. Ambos
os enrolamentos usam fio de cobre esmaltado de diâmetro 0,2 mm.
Para receber ondas longas, L1 terá 80 espiras e L2 terá 220 espiras, com
tomada na 80a contadas a partir da extremidade que vai ligada em terra.
O capacitor variável (CV) poderá estar compreendido entre 400 pF e 500 pF;
podendo-se usar tanto o tipo de dielétrico de ar como o de mica. O capacitor (C1)
que vai em paralelo com os fones de ouvido (filtro para a rádio-freqüência) é de
1500 pF, cerâmico.
O diodo (D1) é do tipo de germânio e poderá ser um OA79, OA85, 1N34 etc. Os
fones de ouvido devem ser de alta impedância; 2000 ohms ou mais.
A seletividade desse receptor não é muito alta, mas atende perfeitamente nossos
motivos didáticos.
Module/Móbile
'Module' a luz ou ponha o boneco prá dançar
Objetivo
Modular a intensidade luminosa de uma lâmpada incandescente ou visualizar o
movimento de um boneco em concordância com o ritmo da música ou som.
Aplicação de um SCR. Montagem didática para o ensino da Eletrônica.
Circuito esquemático
Você liga este aparelho na saída de seu equipamento de som (que pode ser um
simples radinho portátil) e uma lâmpada começa a variar seu brilho ou
(dependendo da posição da chave CH) um boneco passa a dançar segundo o
ritmo da música.
O transformador de áudio T1, tem 'primário' de 8 ohms (entrada de áudio) e
'secundário' de 5000 ohms; é um transformador de saída de um rádio valvulado à
base de uma 6AQ5. Praticamente qualquer transformador de áudio de
equipamento valvulado servirá; aqui funcionará como acoplador de impedâncias.
Na falta de um desses transformadores poderá ser experimentado um
transformador abaixador de tensão de 110/220 VAC para 6,0 , 7,5, 9,0 ou 12
VAC, usado ao 'contrário', com o enrolamento de baixa tensão recebendo o sinal
de áudio do equipamento de som.
O circuito tem por base um SCR, que aciona uma bobina (que é aproveitada de
um transformador) ou uma lâmpada incandescente, conforme a posição da
chave CH. No caso da bobina, o campo magnético criado atrai o bastão de ferro
ou ferrite que movimenta o boneco de papelão (usei um bonequinho de plástico)
preso por duas molas. O boneco articulado é suspenso por duas molas (veja
detalhe na figura abaixo) e parte do bastão de ferro fica dentro da bobina.
O bastão de ferro ou ferrite deve ter uns 5cm de comprimento, e o transformador,
de onde tiramos L1, é um transformador de força com primário de 110V ou 220V
com secundário de 6, 9 ou 12V x 200 a 500 mA. O transformador foi desmontado
dispensando-se o núcleo de ferro silício e o secundário de baixa tensão; usamos
apenas o enrolamento de 110 ou 220 VAC.
O ajuste de sensibilidade e ponto de funcionamento é feito em P1, conforme a
intensidade do som.
R(*), que pode ser de 1/2 W comum, deve ser selecionado de acordo com a
potência de seu aparelho de som, conforme tabela:
Potência do amplificador valor do R*
0 a 5 watts 10 ohms
5 a 25 watts 47 ohms
25 a 50 watts 100 ohms
acima de 50 watts 220 ohms
A ligação dos fios A e B é feita na saída para os alto-falantes do aparelho de
som.
Veja que os fios usados em L1 são o marrom/preto (110V) ou preto/vermelho
(220V), ou seja, o enrolamento de fio fino, de 110 ou 220 VAC.
Circuito chapeado
Material
SCR - MCR1O6 ou TIC1O6 para 110 ou 220V
D1 - 1N4002 - diodo de silício
P1 - 10k - potenciômetro
L1 - Ver texto; CH - chave 1 pólo duas posições.
C1 - 2n2 - capacitor cerâmico
R1 - 10k x 1/8W - resistor (marrom, preto, laranja)
R2 - 2k2 x 1/8W - resistor (vermelho, vermelho, vermelho)
F1 - 1 A - fusível
Diversos: ponte de terminais, transformador para L1, soquete para L2, lâmpada
incandescente até 100 W, fios, solda, ferrite, boneco, cabo de alimentação etc.
Introdução
Esse projeto evidencia o fenômeno de partículas carregadas e certas
propriedades, tais como, eletrizar os objetos que se encontrar à distâncias ,
pessoas, eletroscópios etc. Na parte final desse trabalho há 11 experimentos
para serem realizados em sala de aula.
Para constatar esse efeito é necessário produzir altos potenciais elétricos (em
relação à Terra) e, por conseguinte, todo cuidado e prevenções contra choques
devem ser tomados. Recomenda-se a presença de professor e/ou adulto
habilitado em tais equipamentos.
Para a montagem recomendamos, também, a consulta a um técnico em
eletrônica pois, apesar de tratar-se de um circuito bastante simples, há pequenos
detalhes de montagem que pode tornarem-se embaraçosos para o iniciante; o
que é coisa do dia-a-dia para o técnico pode parecer muito complicado para o
aluno (marcas de diodos, polaridades de capacitores, código de resistores,
montagem de transistor com pasta térmica, nomenclatura dos transistores etc.).
Embora o equipamento possa também ser operado com bateria, ainda assim
deve ser tratado com precaução. Tenha discrição ao usa-lo pois, operadores
isolados do solo mediante sapatos com sola de borracha, podem acumular carga
elétrica suficiente para receber um bom choque quando tocar um objeto aterrado.
O efeito pode causar irritação e mesmo certas injúrias em uma pessoa de fracas
condições físicas. Tais efeitos dependem de muitos parâmetros, entre os quais
incluímos umidade, formato e tipos de objetos, proximidade etc.
Projetos
Iniciemos a fase de montagem apresentando o esquema geral do projeto
"Emissor de íons", com fonte de alimentação através da rede domiciliar. A seguir,
o mesmo esquema adaptado para o uso de pilhas em série ou baterias; a essa
adaptação chamaremos de "disparador de íons".
a) configuração básica
4) Motor iônico
5) Descarga em faísca - Teste de isolantes
8) Descarga sob faíscas - demonstrando a diferença das faíscas por pontas e por superfícies
esféricas.
9) Carga remota entre esferas - demonstrando a transmissão de energia via íons ejetados.
Trata-se de condutores 'arredondados' colocados sobre suportes isolantes (jarros de vidro); um
dos condutores é aterrado. O condutor isolado e carregado pelos íons ejetados do disparador
descarrega-se sob a forma de faíscas sobre o condutor aterrado.
10) Carregando uma pessoa