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INSTITUTO DE FÍSICA

Universidade Federal do Rio de Janeiro


Física II-A - manhã
1° período de 2009
1a Prova – 29/04/2009
1a Questão (2,5 pontos)
Um cubo de aresta a flutua dentro de um recipiente contendo mercúrio (densidade ρm),
tendo um quarto de seu volume submerso.
(a) (1,0) Se o cubo for homogêneo, qual seria sua densidade em termos da densidade
do mercúrio?
(b) (0,5) Acrescentamos água no recipiente (densidade ρa) até o cubo inteiro estar
submerso com sua face superior abaixo do nível da água. Qual é o empuxo sofrido
pelo cubo em termos da variáveis a, ρa, ρm e a aceleração da gravidade g?
(c) (1,0) Após o acréscimo da água, qual fração do volume do cubo que estará imersa
(dentro) no mercúrio?
Resposta:
(a) (1,0) ρmgV/4 = ρcubogV , donde
ρcubo = ρm/4
(b) (0,5) Como o cubo inteiro está submerso, o empuxo sofrido
pelo cubo é igual a seu peso :
E = ρcubogV = ρmga3/4
(c) (1,0) Seja α a fração dentro do mercúrio, temos αρm + (1 − α)ρa = ρm/4, donde

α=
a
2 Questão (2,5 pontos)
Uma mola de comprimento relaxado de L = 10,0 cm tem
constante elástica k = 240N/m. Ela é cortada em dois
pedaços: o primeiro de comprimento L1 = 6,0cm e o
segundo de L2 = 4,0cm. As duas molas assim obtidas são
amarradas sem deformação entre duas paredes e nos
lados opostos de um bloco de massa M que pode deslizar, sem atrito, em cima de
uma mesa horizontal ao longo do eixo Ox. Veja a figura ao lado.
(a) (1,0) As constantes elásticas, de cada uma das molas obtidas, são k1 = 5/3 k e k2 =
5/2 k. Justifique estes valores.
(b) (1,0) Para uma massa M = 100 g qual é a frequência angular de oscilação do
bloco?
(c) (0,5) Uma força externa periódica é aplicada na direção do eixo Ox com a
frequência fext = 50,0Hz. Qual deve ser o valor da massa M para que o bloco oscile
com amplitude máxima?
Resposta:
(a) (1,0) Usando o fato da constante elástica efetiva de duas molas em série ser
dada por:

verificamos que k1 = k×5/3 = 400,0 N/m e k2=k×5/2 = 600,0 N/m satisfazem esta
relação.
Um argumento mais completo consiste na consideração seguinte:
Ao dividir a mola em N = 5 partes iguais, cada parte terá uma constante N k = 5 k.
Juntando n pedaços em série, obtemos uma mola com constante elástica N k/n. No
caso, N = 5 e n = 2, 3.
(b) (1,0) A constante da mola efetiva é:
Kef = k1 + k2 = 1000 N/m
A frequência angular de oscilação do bloco é

ω= = 100rad/s
(c) (0,5) A condição de ressonância fornece ωext = 2πfext = 100πrad/s
M = Kef/ωext2 = 1000N/m/(100π rad/s)2 = 10,1 g
3a Questão (2,5 ponto)
Uma das extremidades de uma corda de 20 cm é presa a uma
parede. A outra extremidade está ligada a um anel sem massa
que pode deslizar livremente ao longo de uma haste vertical
sem atrito, conforme a figura apresentada ao lado.
(a) (1,5) Quais são os três maiores comprimentos de ondas estacionárias possíveis
nesta corda?
(b) (1,0) Esboce as ondas estacionárias correspondentes?
Resposta:
(a) (1,5) λ1 = 4L = 80,0 cm
λ2 = 4L/3 = 26, 6 cm
λ3 = 4L/5 = 16, 0 cm

(b) (1,0)
4a Questão (2,5 ponto)
Uma fonte sonora de freqüência de 100 Hz se desloca a uma velocidade de
v = 36 km/h em uma via retilínea.
(a) (1,0) Qual é a freqüência que um observador, parado na via, percebe enquanto a
fonte sonora se afasta?
(b) (1,0) A via termina em um grande muro perpendicular a ela. O som da fonte é
refletido neste muro e retorna ao observador. Qual é a frequência do som refletido no
muro que retorna ao observador?

(c) (0,5) O observador percebe, então, na superposição do som vindo diretamente da


fonte com o refletido pelo muro um batimento. Qual é a frequência do batimento?
Resposta:
Conforme a figura, a fonte se afasta do observador parado na direção do muro.
Sendo vsom = 340m/s a velocidade do som no ar parado.
A velocidade da fonte é vfonte = 36,0 km/h = 10,0m/s

(a) (1,0) fo =

= = 97Hz
(b) (1,0) A frequência do som refletido pelo muro é :

fmuro =

= = 103Hz
(c) (0,5) fbat = (103 − 97)Hz = 6 Hz
__________________________________
Formulário
vsom = 340 m/s, g=10m/s2, ρágua= 1,0x103kg/m3, sen(a) + sen(b) = 2.sen [(a+b)/2].cos[(a-b)/2]
P+½ρv2+ρgy = const., v = [F/μ]1/2, v = [B/ρ0]1/2, f' = (v±vO)/(vmvS).f, Δpm = v.ρ.ω.sm, I = ½ρvω2sm2, Pméd=
2
A(Δpm) /(2ρv), Δp(t) = [2Δpmcos[(ω1-ω2)t/2].sen[(ω1+ω2)t/2], NIS = 10 log(I/Io),
 

 
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Universidade Federal do Rio de Janeiro


Física II-A - tarde
1° período de 2009
1a Prova – 29/04/2009

1a Questão (2,0 pontos)

Uma casca esférica oca, feita de ferro, flutua quase completamente submersa na
água, conforme mostrado na figura ao lado. O diâmetro externo da esfera é de
60,0 cm e a massa específica do ferro é de 7,9 g/cm3. Determine o volume da parte
oca da esfera.

Resposta:

Em termos do diâmetro D da esfera, o seu volume é dado por:

3
4π ⎛ D ⎞ π 3
⎜ ⎟ D
V = 3 ⎝2⎠ =6

O empuxo, i.e. o peso do volume de água deslocado, que é o volume da esfera, é igual
ao peso da esfera;

ρag(π/6)D3 = ρFeg(π/6) (D3 − d3)

onde d é o diâmetro da parte oca da esfera. Logo:

ρFe − ρ a π 3
× D
Voca = (π/6) d3 = ρFe 6 ≈ 99x103cm3

2a Questão (3,0 pontos)

A figura mostra um bloco de massa M, em cima de uma mesa horizontal m


sem atrito, preso a uma mola cuja outra extremidade é fixada a uma
k
parede. Ao ser puxado e posteriormente, no instante t = 0 s, ser solto o
M
bloco oscila harmonicamente entre as posições x1 = 0,8m e x2 = 1,2m.
Algum tempo depois, um segundo bloco de massa m = 1,5 kg é colocado x
x1 x2
sobre o primeiro, quando da passagem deste por um de seus pontos de
retorno. Sabendo que o coeficiente de atrito estático entre os dois blocos é μ= 0,40,
que o sistema com apenas um bloco oscila 50 vezes em 1,0 min e o sistema composto
pelos dois blocos oscila 40 vezes neste mesmo intervalo de tempo, determine:

a) (0,5+0,5) a massa M do primeiro bloco, e a constante elástica k da mola;


b) (0,2+0,2+0,2+0,2) a função x(t), com os valores todas as constante determinadas
(posição de equilíbrio xeq, amplitude A, frequência angular ω e fase φ), que dá a
posição do primeiro bloco com o passar do tempo, antes da colocação do segundo
bloco;

c) (0,4+0,4) as velocidades máximas de oscilação v(1)max e v(2)max do sistema com o


primeiro bloco e com os dois blocos;

d) (0,4) a amplitude máxima Amax que poderia ter o movimento harmônico descrito pelo
sistema com os dois blocos sem que o bloco de cima viesse a escorregar.

Resposta:

(a) (0,5+0,5) Temos duas relações 2πf = [k/M]1/2 e 2πf' = [k/(m +M)]1/2,

onde f = 5/6 s−1 , f' = 4/6 s−1 , m = 1,5 kg.

Achamos k = Mω2 = (M+m)ω'2 → M(ω2-ω'2) = mω'2 ↔ M(f2-f'2) = mf'2

f2 − f'2 16
2
m × 1,5kg
∴ M= f' = 9 = 8/3 kg ≈ 2,7 kg

k = Mω2 = M.4π2f2 = 8/3kgx4π2x(5/6Hz)2 = 73,1 N/m

(b) (0,2+0,2+0,2+0,2)

x(t) = xeq + A cos(ωt) = xeq + A sin(ωt + π/2)

xeq = (x1 + x2)/2 = 1,0 m; A = (x2 − x1)/2 = 0,2 m

ω = 2πf = 5,2 s−1; ϕ = π/2

(c) (0,4+0,4)

v1(max) = Aω = 1,0 m/s; v2(max) = Aω' = v1(1)×4/5 = 0,8 m/s


(d) (0,4) As equações de Newton para os dois blocos são :

ma = −Fat, M d2x/dt2 = −k(x − xeq) + Fat

Os dois blocos se movem juntos se d2x/dt2 = a.

Eliminando Fat, temos

(M + m) d2x/dt2 = −k(x − xeq),

com solução x(t) = xeq + A cos(ω't).

A força de atrito é :

m
kA cos(ω't )
Fat = m + M

A condição |Fat| ≤ μmg resulta em:

m+M μg
μg 2
(0,6) A ≤ k = ω' ≈ 0, 22 m

3a Questão (2,5 pontos)

Uma corda de violino de 30,0 cm de comprimento com densidade linear de massa de


0,650 g/cm é colocada próxima de um auto-falante que está conectado a um oscilador
de áudio de frequência variável. Descobre-se que a corda oscila somente nas
frequências de 880 Hz e 1320 Hz, quando a frequência do oscilador varia entre 500 Hz
e 1500 Hz. Determine:

(a) (1,0) a velocidade das ondas na corda;

(b) (0,5) a frequência do fundamental

(c) (1,0) a tensão na corda.


Resposta:

Os comprimentos de onda da corda são dados por λn = 2L/n, com n = 1, 2, 3,...

e as frequências por:

v
n
fn = v/λn = 2L

onde v é a velocidade de propagação da onda.

A corda está em ressonância com as frequências sequenciais de:

880Hz = nv/(2L) e

1320Hz = (n+1)v/(2L)

Logo:

v/(2L) = 440Hz e

(a) (1,0) v = 264m/s

(b) (0,5) A frequência do modo fundamental corresponde a n = 1:

f1 = v/(2L) = 440 Hz

(c) (1,0) Finalmente, a tensão é obtida como:

T = μv2 = 65×10−3kg/m × (264m/s)2 = 4530N


4a Questão (2,5 pontos)

Dois alto-falantes estão localizados a 20,0m e a 22,0m, respectivamente, de um


ouvinte em um auditório. Um gerador de áudio coloca os dois alto-falantes em fase
com as mesmas freqüências e com as amplitudes iguais na posição do ouvinte. As
freqüências podem ser ajustadas dentro do intervalo audível de 20 Hz a 20 kHz.

(a) (1,5) Quais são as três mais baixas freqüências para as quais o ouvinte irá ouvir
um sinal de mínimo, devido à interferência destrutiva?

(b) (1,0) Quais são as três mais baixas freqüências para as quais o ouvite ouvirá um
sinal máximo?

Resposta:

y(x,t) = y1(x,t) + y2(x,t)

= A sin(kx1 − ωt) + A sin(kx2 − ωt)

= 2A sin(k(x1 + x2)/2 − ωt) × cos(kΔx/2)

com Δx = x2 − x1 = 2,0 m.

(a) (1,5)

Teremos um sinal mínimo se kΔx/2 = (n+1/2)π, ou

vsom
(n + 1 2)
fn = Δx

∴ f0 = 85 Hz, f1 = 255 Hz, f2 = 425 Hz

(b) (1,0)

Teremos um sinal máximo se kΔx/2 = nπ, ou

vsom
n
f'n = Δx

f'1 = 170Hz, f'2 = 340Hz, f'3 = 510Hz

Formulário
vsom = 340 m/s, g=10m/s2, ρágua= 1,0x103kg/m3, sen(a) + sen(b) = 2.sen [(a+b)/2].cos[(a-b)/2]

2 1/2 1/2 2 2
P+½ρv +ρgy = const., v = [F/μ] , v = [B/ρ0] , f' = (v±vO)/(vmvS).f, Δpm = v.ρ.ω.sm, I = ½ρvω sm , Pméd=
2
A(Δpm) /(2ρv), Δp(t) = [2Δpmcos[(ω1-ω2)t/2].sen[(ω1+ω2)t/2], NIS = 10 log(I/Io),

 
INSTITUTO DE FÍSICA 

Universidade Federal do Rio de Janeiro


Física II – Turmas do horário de 10 h às 12 h
1° período de 2009
2a Prova
1a Questão (2,5 pontos)

Numa máquina térmica, o agente externo é um gás ideal diatômico  Pressão 
que executa o ciclo da figura abaixo, onde BC é uma adiabática e CA  B 
é uma isoterma. Assuma que durante todo o ciclo, apenas graus de 
liberdade de translação e de rotação são excitados no gás.

(a) (0,6) Exprima os volumes, temperaturas e pressões nos pontos B 
e  C  em  termos  dos  respectivos  valores  V0,  T0,  P0  no  ponto  A  e  da  p0   A 
razão de compressão r. 

(b) (1,4) Determine em cada etapa do ciclo (A → B), (B → C) e (C → 

A) a variação da energia interna, o calor absorvido e o trabalho feito 
V0  rV0
pelo sistema. Faça uma tabela de seus resultados.  Volume

(c) (0,5) Calcule a eficiência da máquina. Mostre que ela só depende da razão de compressão r. 

Resposta:

Como o gás é diatômico: γ = CP/CV = 7/5 = 1,4

(a) Ponto A:

pA = p0, TA = T0, VA = V0

Ponto C:

TC = TA ∴ TC = T0 (isoterma)

pCVC = pAVA = p0V0

VC = rV0 →pC = p0V0/rV0 ∴ pC = p0/r

Ponto B:

VB = VA ∴ VB = V0

pBVBγ = pCVCγ = p0/r.(rV0)γ

pB =p0 rγ-1 → pB = r2/5.p0

e TB/TA = pBVB/pAVA → TB = r(γ-1).T0 ∴ TB = r2/5.T0


Ponto Volume Temperatura Pressão

A V0 T0 p0
B V0 r2/5.T0 r2/5.p0

C rV0 T0 p0/r

(b) A→B (volume constante)

WAB = 0

ΔEintAB = nCVΔT = p0V0/RT0.5/2R.(r2/5.T0 - T0) = 5/2.p0V0.(r2/5-1)

QAB = WAB + ΔEintAB = 5/2.p0V0.(r2/5-1)

B→C (adiabática)

QBC = 0

ΔEintBC=nCVΔT=n.5/2.R.(TC-TB)=p0V0/T0.5/2.(T0–r2/5T0) =5/2.p0V0.(1- r2/5) [Obs : ΔEintBC=


-ΔEintAB]

WBC = QBC - ΔEintBC = 0 → WBC = - ΔEintBC = 5/2 p0V0.(r2/5-1)

C→A (isoterma)

∴ ΔEintCA = 0

WCA = ∫CA p.dV = ∫CA nRT0.dV/V = p0V0 ∫CAdV/V = p0V0.ln(VA/VC) ∴ WCA = -p0V0.lnr
QCA = WCA + ΔEintCA ∴ QCA = -p0V0.lnr
Etapa Q Wsist ΔEint

A→B 5/2.p0V0.(r2/5-1) 0 5/2.p0V0.(r2/5-1)

B→C 0 5/2 p0V0.(r2/5-1) 5/2.p0V0.(1-r2/5)

C→A -p0V0.lnr -p0V0.lnr 0

(c) ε = W/QQ = [0 + 5/2.p0V0.(r2/5-1) - p0V0.lnr]/[5/2.p0V0.(r2/5-1)] =

= [5/2.(r2/5-1) - lnr]/[5/2.(r2/5-1)] = 1 - [lnr / (5/2.(r2/5-1))]

2a Questão (2,5 pontos)

Um corpo de capacidade calorífica C = 50J/K na temperatura T1 = 450 K está posto em contato 
com  um  reservatório  de  temperatura  a  T2  =  300  K.  Juntos  eles  formam  um  universo 
termodinâmico. Ao atingir o equilíbrio;

(a) (0,5) calcule Q1, o calor absorvido pelo corpo, e Q2, o calor absorvido pelo reservatório. 

(b) (1,0) calcule a variação da entropia ΔS1 do corpo e ΔS2 do reservatório. 

(c) (1,0)  qual  é  a  variação  da  energia  interna  ΔEint,  e  da  entropia  ΔS,  desse  universo 
termodinâmico? 

Resposta:
(a) Q1 = C.(T2 – T1) = 50J/K.(300K-450K) = -7,5 kJ

Q2 = -Q1 = +7,5 kJ

(b) ΔS1 = ∫T1T2dQ/T = ∫T1T2C.dT/T = C.ln(T2/T1) = C.ln(300/450) = C.ln(2/3) = C.[ln2-ln3] =

≈ 50J/K.[0,69 - 1,1] = -20,5 J/K

ΔS2 = ΔQ/T2 = Q2/T2 = 7,5kJ/300K = 25 J/K

(c) Como não há trabalho, ΔEint = Q, logo ΔEintUNIV = Q1 + Q2 = 0

ΔSUNIV = ΔS1 + ΔS2 ≈ -20,5 J/K + 25 J/K = 4,5 J/K

3a Questão (2,5 pontos)

Um  recipiente  A  contém  um  gás  ideal  a  uma  pressão  de  5,0×105Pa  e  a  uma  temperatura  de 
300K.  Ele  está  conectado  através  de  um  tubo  fino  ao  recipiente  B  que  tem  quatro  vezes  o 
volume de A. B contém o mesmo gás ideal a uma pressão de 1,0×105Pa e a uma temperatura 
de 400K. A válvula de conexão, feita de um material de condutividade térmica desprezível, é 
aberta  e  o  equilíbrio  é  atingido  a  uma  pressão  comum  enquanto  a  temperatura  de  cada 
reservatório é mantida constante no seu valor inicial.

(a) (1,0) Calcule a razão entre os números de moles nos recipientes A e B antes (nA/nB) e depois 
(nA'/nB') da abertura da válvula. 

(b) (1,5) Determine a pressão final do sistema. 

Resposta:

(a) pA = 5,0x105Pa, pA’ = pF, TA = TA’ = 300K, VA =VA’ = V0

pB = 1,0x105Pa, pB’ = pF, TB = TB’ = 400K, VB =VB’ = 4V0

nA = pAVA/RTA e nB = pBVB/RTB → nA/ nB = pAVATB/(pBVBTA) = 5x 1/4 x 4/3 =


5/3

nA’ = pA’VA’/RTA’ e nB’ = pB’VB’/RTB’ → nA’/nB’ = pFVATB/(pFVBTA) = 1/4 x 4/3 = 1/3

(b) nA - nA’ = pAVA/RTA - pA’VA’/RTA’ = (pA – pF) x V0/RTA

nB - nB’ = pBVB/RTB - pB’VB’/RTB’ = (pB – pF) x 4V0/RTB

Como ΔnA + ΔnB = 0 → (pA – pF) x V0/RTA + (pB – pF) x 4V0/RTB = 0

→ (pA/TA + 4pB/TB).V0/R = pF.(1/TA + 4/TB).V0/R


∴ pF = (pA/TA + 4pB/TB)/(1/TA + 4/TB) = (5/300 + 4x1/400)x105Pa/K / (1/300K +
4x1/400K) =

= 2,0x105Pa
4a Questão (2,5 pontos)

Uma  máquina  térmica  M  opera  entre  reservatórios  de  temperaturas  TA  =  400K  e  TB  =  300K, 
com um rendimento r de 20%. Por ciclo é utilizada uma quantidade de calor QA = 100J da fonte 
quente.

(a) (0,6) Calcule W, o trabalho feito pela máquina por ciclo, e QB, o calor cedido ao reservatório 
frio por ciclo. 

(b)  (0,6)  Para  uma  máquina  de  Carnot  M(Carnot),  operando  com  os  mesmos  reservatórios,  e 
usando a mesma quantidade de calor por ciclo QA = 100J da fonte quente, calcule W(Carnot), o 
trabalho feito por ciclo, e QB(Carnot), o calor cedido, por ciclo, ao reservatório frio. 

(c)  (0,8)  Calcule  a  variação  de  entropia,  por  ciclo,  ΔS,  da  máquina  M  e  também  ΔS(Carnot)  da 
máquina M(Carnot) de Carnot. 

(d) (0,5) Calcule a razão R entre o trabalho perdido (W(Carnot) −W) e a variação de entropia, por 
ciclo, ΔS, e ou seja, R = (W(Carnot) −W)/ΔS. 

Resposta:

(a) Máquina M:

r = W/QA → W = r.QA = 0,20x100J = 20J

QB = QA – W = 80J

(b) Máquina M(Carnot):

rCarnot = 1 – TB/TA = 1 – ¾ = 25%

→ WCarnot = rCarnot.QA = 0,25x100J = 25J

QB = QA – W = 75J

(c) Máquina M:
ΔS = -QA/TA + QB/TB = = -100J/400K + 80J/300K = 0,0167J/K

ΔSCarnot = -QA/TA + QB/TB = -100J/400K + 75J/300K = 0 (reversível)

(d) R = (25J-20J)/0,0167J/K = 300K = TB

Formulário
ln2 = 0,69, ln3 = 1,1, ln5 = 1,6, 1atm = 1,0x105Pa, 1l = 10-3m3, R = 8,3 J/mol.K

pV = nRT, pVγ = const, CV = ½.f R, CP = CV + R, r = W/QQ, K = QF/W

 
 

INSTITUTO DE FÍSICA 

Universidade Federal do Rio de Janeiro


Física II - Turmas no horário de 15h às 17h
1° período de 2009 Pressão 
a
2 Prova
a p0   A  B 
1 Questão (2,5 pontos)

Numa máquina térmica, o agente externo é um gás ideal diatômico 
que executa o ciclo da figura abaixo, onde BC é uma adiabática e CA 
é uma isoterma. Assuma que durante todo o ciclo, apenas graus de 
liberdade de translação e de rotação são excitados no gás.

(a) (0,6) Exprima os volumes, temperaturas e pressões nos pontos B  C 
e  C  em  termos  dos  respectivos  valores  V0,  T0,  P0  no  ponto  A  e  da 
V0  rV0
razão de compressão r.  Volume

(b) (1,4) Determine em cada etapa do ciclo (A → B), (B → C) e (C → A) a variação da energia 
interna, o calor absorvido e o trabalho feito pelo sistema. Faça uma tabela de seus resultados. 

(c) (0,5) Calcule a eficiência da máquina. Mostre que ela só depende da razão de compressão r. 

Resposta:

Como o gás é diatômico: γ = CP/CV = 7/5 = 1,4

(a) Ponto A:

pA = p0, TA = T0, VA = V0

Ponto C:

TC = TA ∴ TC = T0 (isoterma)

pCVC = pAVA = p0V0

VC = rV0 →pC = p0V0/rV0 ∴ pC = p0/r

Ponto B:

p B = pA ∴ p B = p0

pBVBγ = pCVCγ = p0/r.(rV0)γ

VBγ = rγ-1.V0γ = r(γ-1)/γ.V0 → VB = r2/7.V0

e TB/TA = pBVB/pAVA → TB = r(γ-1)/γ.T0 ∴ TB = r2/7.T0


Ponto Volume Temperatura Pressão

A V0 T0 p0
B r2/7.V0 r2/7.T0 p0

C rV0 T0 p0/r

(b) A→B (pressão constante)

QAB = nCPΔT = p0V0/RT0.7/2R.(r(γ-1)/γ.T0 - T0) = 7/2.p0V0.(r(γ-1)/γ-1) ∴ QAB = 7/2.p0V0.(r2/7-


1)

WAB = pA.ΔV = p0.(r(γ-1)/γ.V0 - V0) = p0V0.(r(γ-1)/γ-1) ∴ WAB = p0V0.(r2/7-1)

ΔEintAB = QAB – WAB = 7/2.p0V0.(r2/7-1) - p0V0.(r2/7-1) ∴ ΔEintAB = 5/2.p0V0.(r2/7-1)

B→C (adiabática)

QBC = 0

ΔEintBC = nCVΔT = n.5/2.R.(TC-TB) = p0V0/T0.5/2.(T0- r(γ-1)/γ.T0) = 5/2.p0V0.(1- r(γ-1)/γ)

∴ ΔEintBC = 5/2 p0V0.(1 -r2/7) [Obs : ΔEintBC = - ΔEintAB]

QBC = WBC + ΔEintBC = 0 → WBC = - ΔEintBC ∴ WBC = 5/2 p0V0.(r2/7-1)

C→A (isoterma)

∴ ΔEintCA = 0

WCA = ∫CA p.dV = ∫CA nRT0.dV/V = p0V0 ∫CAdV/V = p0V0.ln(VA/VC) ∴ WCA = -p0V0.lnr
QCA = WCA + ΔEintCA ∴ QCA = -p0V0.lnr
Etapa Q Wsist ΔEint

A→B 7/2.p0V0.(r2/7-1) p0V0.(r2/7-1) 5/2.p0V0.(r2/7-1)

B→C 0 5/2 p0V0.(r2/7-1) 5/2 p0V0.(1-r2/7)

C→A -p0V0.lnr -p0V0.lnr 0

(c) ε = W/QQ = [p0V0.(r2/7-1) + 5/2.p0V0.(r(γ-1)/γ-1) - p0V0.lnr]/[7/2.p0V0.(r(γ-1)/γ-1)] =

= [7/2.(r2/7-1) - lnr]/[ 7/2.(r2/7-1)] = 1 - [lnr / (7/2.(r2/7-1))]

2a Questão (2,5 pontos)

Um corpo de capacidade calorífica C = 50J/K na temperatura T1 = 300 K está posto em contato 
com  um  reservatório  de  temperatura  a  T2  =  450  K.  Juntos  eles  formam  um  universo 
termodinâmico. Ao atingir o equilíbrio;

(a) (0,5) calcule Q1, o calor absorvido pelo corpo, e Q2, o calor absorvido pelo reservatório. 

(b) (1,0) calcule a variação da entropia ΔS1 do corpo e ΔS2 do reservatório. 

(c)  (1,0)  qual  é  a  variação  da  energia  interna  ΔEint,  e  da  entropia  ΔS,  desse  universo 
termodinâmico? 
Resposta:

(a) Q1 = C.(T2 – T1) = 50J/K.(450K-300K) = +7,5 kJ

Q2 = -Q1 = -7,5 kJ

(b) ΔS1 = ∫T1T2dQ/T = ∫T1T2C.dT/T = C.ln(T2/T1) = C.ln(450/300) = C.ln(3/2) = C.[ln3-ln2] =

≈ 50J/K.[1,1 - 0,69] = +20,5 J/K

ΔS2 = ΔQ/T2 = Q2/T2 = -7,5kJ/450K = -16,7 J/K

(c) Como não há trabalho, ΔEint = Q, logo ΔEintUNIV = Q1 + Q2 = 0

ΔSUNIV = ΔS1 + ΔS2 ≈ +20,5 J/K – 16,7 J/K = 3,8 J/K

3a Questão (2,5 pontos)

Um recipiente de volume igual a 30l contém um gás perfeito à temperatura de 0,0OC. Deixa‐se 
uma parte do gás escapar para o exterior do recipiente, mantendo‐se a temperatura constante 
enquanto  que  a  pressão  no  recipiente  diminui  de  Δp  =  0,78  atm.  A  densidade  do  gás  sob 
condições normais de temperatura e pressão, isto é, T = 0,0oC e p = 1,0 atm, é igual a  ρ = 1,3 
g/l.

(a) (1,0) Calcule a variação do número de moles do gás dentro do recipiente. 

(b) (1,5) Determine a massa do gás que escapou para o exterior. 

Resposta:

(a) Vi = V0 = 30l = 3,0x10-2m3, Ti = T0 = 273K, pi = p0, ni = n0

Vf = V0, Tf = T0, pf = p0 - Δp, nf = ni-Δn (Δp = 0,78atm = 7,8x104Pa)

n0 = p0V0/RT0 nf = (p0-Δp)V0/RT0

Δn = nf - n0 = -Δp.V0/RT0 = -7,8x104Pa x 3,0x10-2m3/8,3J/mol.K/273K = -1,03 mol

(b) Na CNTP, o volume ΔV ocupado pelo gás que escapou é determinado por:

ΔV = Δn.R.T0/patm = (Δp.V0/RT0)x(R.T0/patm) = Δp/patm.V0 = 0,78atm/1atm x 30l = 23,4l

Logo: Δm = ρ.ΔV = 1,3 g/l x 23,4l = 30,4 g


4a Questão (2,5 pontos)

Um refrigerador R opera entre reservatórios de temperaturas TA = 400K e TB = 300K, com um 
coeficiente de performance ou rendimento K = 2. Queremos, em cada ciclo, tirar QB = 600 J do 
reservatório frio.

(a) (0,6) Calcule o trabalho que, por ciclo, tem que ser feito pelo refrigerador, assim como QA, 
o calor cedido por ciclo ao reservatório quente. 

(b)  (0,6)  Para  um  refrigerador  de  Carnot  R(Carnot),  operando  com  os  mesmos  reservatórios,  e 
tirando a mesma quantidade de calor QB por ciclo, calcule W(Carnot) e QA(Carnot). 

(c) (0,8) Calcule a variação de entropia, por ciclo, ΔS, do refrigerador R e também ΔS(Carnot) do 
refrigerador R(Carnot) de Carnot. 

(d) (0,5) Calcule a razão R entre o trabalho extra (W‐W(Carnot), que temos que fornecer por não 
dispor daquele refrigerador de Carnot, e a variação de entropia, por ciclo, ΔS, ou seja, R = (W‐
W(Carnot))/ΔS. 

Resposta:

(a) Refrigerador R:

K = QB/W → W = QB/K = 600J/2 = 300J

QA = QB + W = 600J + 300J = 900J

(b) Refrigerador R(Carnot):

KCarnot = TB/(TA-TB) = 300 – 100 = 3

→ WCarnot = QB/KCarnot = 600J/3 = 200J

QA = QB + W = 600J + 200J = 800J

(d) Refrigerador R:
ΔS = QA/TA - QB/TB = = 900J/400K - 600J/300K = 0,25J/K

ΔSCarnot = QA/TA - QB/TB = 800J/400K - 600J/300K = 0 (reversível)

(d) R = (300J-200J)/0,25J/K = 400K = TA

Formulário
ln2 = 0,69, ln3 = 1,1, ln5 = 1,6, 1atm = 1,0x105Pa, 1l = 10-3m3, R = 8,3 J/mol.K

pV = nRT, pVγ = const, CV = ½.f R, CP = CV + R, r = W/QQ, K = QF/W

 
INSTITUTO DE FÍSICA 

Universidade Federal do Rio de Janeiro


Física II – Turmas do horário de 10 h às 12 h 1° período de 2009
Prova Final
1a Questão (2,5 pontos):  A  água  escoa  por  um  cano  horizontal  para  a  atmosfera  a  uma 
velocidade  v1  =  15m/s  como  mostra  a  figura  ao  lado.  Os  diâmetros  das  seções  esquerda  e 

v2 d1
d2
v1 =15m/s

direita do tubo são 5,0cm e 3,0cm, respectivamente. 

(a) (0,5) Que volume de água escoa para a atmosfera durante um período de 10 minutos? 

(b) (1,0) Qual é a velocidade de escoamento da água no lado esquerdo do tubo? 

(c) (1,0) Qual é a pressão manométrica (em atmosferas) no lado esquerdo do tubo? 

Resposta:

ΔV A1.Δx π d12 4 × Δx πd12 Δx


Δt Δt Δt Δt
(a) ΔV = Δt = Δt = Δt = 4 Δt =
πd12
v1Δt
( −2
π 3,0 × 10 m ) 15m / s.600s
2

4 = 4 =
= 6,36m3

ΔV A d2 9
v1 1 = v1 12 = 15m / s.
(b) Δt = A1v1 = A2v2 → v2 = A2 d 2 25 = 5,4 m/s
(c) P1 = 1 atm
P1+½.ρv12+ρgy1 = P2+½.ρv22+ρgy2, onde y1=y2

Logo

P2 = P1 + ½.ρ[v12-v22] = 1 atm + ½.1,0x103kg/m3.[(15m/s)2-(5,4m/s)2]

= 1 atm + 97920 Pa = (1+0,98) atm

∴ P2(manométrico) = 0,98 atm

2a Questão (2,5 pontos): Uma corda de violino de 30,0 cm de comprimento com densidade 


linear  de  massa  de  0,650 g/cm  é  colocada  próxima  de  um  autofalante  que  está  conectado  a 
um  oscilador  de  áudio  de  frequência  variável.  Descobre‐se  que  a  corda  oscila  somente  nas 
frequências  de  880 Hz  e  1320 Hz,  quando  a  frequência  do  oscilador  varia  entre  500 Hz  e 
1500 Hz. Determine: 

(a) (1,0) a velocidade das ondas na corda; 

(b) (1,0) a frequência do fundamental; 

(c) (0,5) a tensão na corda. 

Resposta:

(a) λ = 2L/n onde n = 1,2,3...

v v
f = v/λ = 2L n → Δf = 2L

→ v = 2L.Δf = 2x0,30mx(1320-880)Hz = 264 m/s

v
(b) f1 = 2L .1 = Δf = 440Hz

F
(c) v = μ → F = μ.v2 = 0,650x10-3kg/(10-2m)x(264m/s)2 = 4,53 kN/m

3a Questão (2,5 pontos): Um  cilindro,  com  posição  do  eixo  horizontal,  tem  paredes 
adiabáticas e fundo diatérmico (o lado esquerdo permite a passagem de calor). O cilindro está 
fechado por um êmbolo móvel de área A, que também é adiabático. O êmbolo está ligado a 
uma mola de constante elástica k, presa à parede direita de modo que o estado relaxado da 
mola  corresponde  à  posição  do  êmbolo  no  fundo  do  cilindro  (figura  à  esquerda).  Uma 
quantidade de n moles de um gás ideal, monoatômico, é injetada no cilindro e, no equilíbrio, o 
êmbolo fica a uma distância x do fundo do cilindro (ver figura).

(a) (0,5) Em função desses dados (A, x, k, n) e de constantes universais, determine a pressão e a
temperatura do gás.

Em um segundo processo, certa quantidade de calor Q é fornecida ao gás lentamente de forma


que o êmbolo fica agora até uma distância 3x/2. Neste processo, determine:

(b) (0,5) o trabalho realizado pelo gás;

(c) (0,5) a variação de sua energia interna ΔEint;

(d) (0,5) o calor absorvido Q;

(e) (0,5) a variação de entropia no processo.


 . . . . . . . . . .
 . . . . . . . . . .
Q  . . . . . . . . . .
gás
 . . . . . . . . . .
vácuo vácuo
x
Resposta:

(a) A força que o gás exerce sobre o êmbolo é igual a que a mola faz do outro
lado. Logo:

kx
p.A = kx → p = A

pV kx ⋅ Ax kx 2
V = A.x → T(x) = nR = A ⋅ nR = nR

Vf xf
kx
∫ p ⋅ dV ∫ A
.Adx xf
2 xi 2
5 2
kx
2
(b) Wgás = Vi = xi = ½.kx = ½k.[(3x/2) -x ] = 8

3 ⎛⎜ k (3 x 2) kx 2 ⎞⎟ 15
2
3 −
n R (T (3 x 2) − T (x )) n R
2 ⎜⎝ nR nR ⎟⎠ kx 2
(c) ΔEint = nCVΔT = 2 = = 8

5 2 15 2 5 2
kx kx kx
(d) Q = Wgás + ΔEint = 8 + 8 =2

f f f f f f
dW dE pdV nC dT nRT dV 3 dT
f
∫i
dQ
∫ T ∫ Tint ∫ T ∫ TV ∫ V T ∫n 2R T
(e) ΔS = T = i + i = i +i = i +i =

⎡ 3 k (3 x / 2 ) ⎤
2

⎤ nR ⎢ln 2 xA + 3 ln nR ⎥
Vf T
dV 3 f
dT ⎡ V 3 T
nR ∫ nR ∫ nR ⎢ln f + ln f ⎥ kx 2
V 2 T ⎣ Vi 2 Ti ⎦= ⎢⎣ xA 2 nR ⎥⎦
= V i + Ti = =

⎡ 3 ⎛ 9 ⎞ 2⎤
1

nR ⎢ln + 3 ln⎜ ⎟ ⎥ ⎡ 3 3⎤ 3
⎢ 2 ⎝ 4 ⎠ ⎥ nR ⎢ln + 3 ln ⎥ 4nR ln
= ⎣ ⎦= ⎣ 2 2 ⎦= 2
4a Questão (2,5 pontos): Um gás ideal, diatômico, ocupa um volume V1 = 2,5l, a pressão p1 
=  1,0bar  =  1,0x105Pa  e  à  temperatura  T1  =  300K.  Ele  é  submetido  aos  seguintes  processos 
reversíveis: (1 ⇒ 2) um aquecimento isovolumétrico até a sua pressão quintuplicar, depois (2 
⇒  3)  uma  expansão  isotérmica  até  a  pressão  original  e,  finalmente,  (3  ⇒  1)  uma 
transformação isobárica voltando ao estado inicial.

(a)  (0,5)  Desenhe  o  ciclo  do  gás  no  diagrama  de  Boyle‐Clapeyron  (p  versus  V),  indicando  a 
escala das unidades. 

(b)  (1,5)  Calcule,  em  joules,  o  calor  Q  que  ele  absorve,  o  trabalho  W  feito  pelo  gás  e  a  sua 
variação de energia interna ΔEint em cada etapa do ciclo. Construa uma tabela com os valores 
de Q, W e ΔEint para os três processos. 

(c) (0,5) O rendimento da máquina operando segundo este ciclo. 

Resposta:

p (a)
5p1 2

p1
1 3
V1 V

(b)

1 ⇒ 2:

W12 = 0,

p1V1 p2V2 5 p1V1


= =
T1 T2 T2 ∴ T = 5T
2 1

p1V1 5
⋅ R ⋅ 4T1
→ ΔEint,12 = n.CV.ΔT = RT1 2 = 10.p1V1 = 10x1,0x105Pax2,5x10-3m3 = 2,5
kJ
Q12 = W12 + ΔEint,12 = 2,5 kJ

2 ⇒ 3:

T3 = T2 = 5T1

→ ΔEint,23 = 0

Vf Vf
nRT Vf
∫ p.dV ∫ V
.dV ln
W23 = Vi = Vi = nRT . Vi .

Como T = T2 = const. piVi = pfVf → Vf = pi/pf.Vi = 5p1/p1.V1 → Vf = 5.V1 e Vi = V1


p1V1 5V
⋅ T2R ⋅ ln 1
∴ W23 = RT1 V1 = p1V1 ⋅ 5 ln 5 = 1,0 × 10 5 Pa × 2,5 × 10 −3 m 3 5 ln 5 = 2,0 kJ

Q23 = W23 + ΔEint,23 = 2,0 kJ

3 ⇒ 1:

W31 = p.ΔV = p1.(V1-V3) = p1.(V1-5V1) = - 4.p1V1 = -


5 −3 3
4 × 1,0 × 10 Pa × 2,5 × 10 m = -1,0 kJ

p1V1 7
⋅ R ⋅ (− 4T1 ) 5 −3 3
Q31 = n.CP.ΔT = RT1 2 = - 14.p1V1 = − 14 × 1,0 × 10 Pa × 2,5 × 10 m =
-3,5 kJ

p1V1 5
⋅ R ⋅ (− 4T1 )
ΔEint,31 = n.CV.ΔT = RT1 2 = -10.p1V1 = -10x1,0x105Pax2,5x10-3m3 =
-2,5 kJ

ou ΔEint,31 = Q31 - W31 = -3,5 kJ + 1,0 kJ

ou Q31 = W31 + ΔEint,31 = -1,0 kJ - 2,5 kJ = - 3,5 kJ

Q (kJ) W (kJ) ΔEint (kJ)

1⇒2 2,5 0 2,5

2⇒3 2,0 2,0 0

3⇒1 -3,5 -1,0 -2,5

W W12 + W23 + W31 0 + 2,0kJ − 1,0kJ


Q
(c) ε = Q = Q12 + Q23 = 2,5kJ + 2,0kJ = 22%

Formulário
2 3 5 -3 3
vsom = 340 m/s, g=10m/s , ρágua= 1,0x10 kg/m3, 1atm = 1,0x10 Pa, 1l = 10 m , R = 8,3 J/mol.K

P+½ρv2+ρgy = const., v = [F/μ]1/2, f' = (v±vO)/(vmvS).f, Δp(t) = [2Δpmcos[(ω1-ω2)t/2].sen[(ω1+ω2)t/2],


NIS = 10 log(I/Io),pV = nRT, pVγ = const, CV = ½.f R, CP = CV + R, ε = W/QQ, K = QF/W

 
 

INSTITUTO DE FÍSICA 

Universidade Federal do Rio de Janeiro


Física II - Turmas no horário de 15h às 17h
1° período de 2009
Prova Final
a
1 Questão (2,5 pontos)

Dois  tubos  cilíndricos  A  e  B,  de  seção  reta  transversal  de  área 
igual a 40,0 cm2 estão conectados por meio de um terceiro tubo 
cilindrico C, de seção reta de área igual a 10,0 cm2. Os três tubos  C
têm  o  mesmo  eixo  de  simetria,  estão  na  horizontal  e  água  flui  A  B
através deles a uma vazão volumétrica de 6,00x103 cm3/s.

(a) Determine a velocidade de escoamento na parte mais larga e na constrição. 

(b) Determine as diferenças de pressão entre os tubos A, B e C. 

Resposta:

(a) ΔV = v.A → v = 1 ΔV
Δt A Δt

3 3
∴ vA = 1 ΔV = 6,00 × 10 cm / s = 150 cm/s
AA Δt 40,0cm 2

vAAA = vBAB = vCAC → vB = vA = 150 cm/s

2
→ vC = vA. A A = 150 cm/s. 40cm = 600 cm/s
AB 10cm 2

(b) PA +½ρvA2+ρgyA = PB +½ρvB2+ρgyB = PC +½ρvC2+ρgyC

Como y = constante:

PA +½ρvA2 = PB +½ρvB2 = PC +½ρvC2

De (a) temos que vA = vB → PA = PB ou seja,

ΔPAB =0

e PA - PC = ½ρvC2 - ½ρvA2 = ½ρ (vC2-vA2) = ½.1,0x103kg/m3x[(6,00m/s)2-


(1,50m/s)2]

∴ ΔPAC = 1,69 x104Pa


2a Questão (2,5 pontos)
L
Uma  das  extremidades  de  uma  corda  de  comprimento  L  é  presa  a  uma  parede.  A 
outra extremidade está ligada a um anel sem massa que pode deslizar livremente ao 
longo de uma haste vertical sem atrito, conforme a figura apresentada ao lado.

(a) (1,0)  Esboce  as  ondas  estacionárias  correspondentes  aos  três  maiores  comprimentos  de 
ondas? 

(b) (1,5)  Quais  são  estes  três  maiores  comprimentos  de  ondas  estacionárias  possíveis  nesta 
corda?  

Resposta:

(a)
L  L L

(b) λ1 = 4L

λ2 = 4 L
3

λ3 = 4 L
5

3a Questão (2,5 pontos)

Um mol de um gás ideal, monoatômico, à temperatura T1 = 300K é submetido aos seguintes 
processos reversíveis: (1 ⇒ 2) um aquecimento isovolumétrico até a sua temperatura dobrar 
T2 = 600K, depois (2 ⇒ 3) uma expansão adiabática até o estado 3, onde a pressão é igual à 
pressão inicial: p3 = p1 e, finalmente, uma transformação isobárica (3 ⇒ 1).

(a) (0,5) Represente o ciclo em um diagrama {p, V}. 

(b) (1,5) Calcule a temperatura T3 e, em joules, o trabalho feito W pelo gás, o calor trocado Q e 
a  sua  variação  de  energia  interna  ΔEint  em  cada  etapa  do  ciclo.  Construa  uma  tabela  com  os 
valores de Q, W e ΔEint nos três processos. 

(c) (1,0) Se p1 = 1,0x105Pa, calcule {V1, V3}. 

Numerologia : 20,4 = 1,32 ; 20,5 = 1,41 ; 20,6 = 1,52 ; 20,7 = 1,62. 
Resposta:

(a)
p
2

p1
1 3

V1 V

(b) 1 ⇒ 2:

p1 p 2 p2
= = → p2 = 2p1
T1 T2 2 × T1

W12 = 0 (volume constante)

3 3
1× R × (T2 − T1 ) 8,3J /(mol .K ) × (600K − 300K )
ΔEint,12 = n.CV.ΔT = 2 = 2 =
3,735 kJ

Q12 = ΔEint,12 + W12 = 3,735 kJ

2 ⇒ 3:

2 p1V1γ
p2V2γ = p3V3γ onde γ = 5/3, V2 = V1, p2 = 2p1 e p3 = p1 → V3γ = → V3 =
p1
23/5V1

T3 = p3V3 = 2 0,6 p1V1 = 2 0,6 T1 = 455K


nR nR

∴ ΔEint,23 = nCVΔT23 = 1x3/2x8,3J/(mol.K)x(455K-600K) = -1,805 kJ

e Q23 = 0 = ΔEint,23 + W23

→ W23 = -ΔEint,23 = +1,805 kJ

3 ⇒ 1:

Q31 = nCP (T1-T3) = 1x5/2x8,3J/(mol.K)x(300K-455K) = -3,216 kJ

ΔEint,31 = nCV.(T1-T3) = 1x3/2x8,3J/(mol.K)x(300K-455K) = -1,930 kJ


W31 = Q31 -ΔEint,31 = -3,216 kJ + 1,930 kJ = - 1,286 kJ

Q (kJ) W (kJ) ΔEint(kJ)

1⇒2 3,7 0 3,7

2⇒3 0 1,8 -1,8

3⇒1 -3,2 -1,3 -1,9

(c) V1 = nRT1 = 1× 8,3J /( mol .K ) × 300K = 0,0249m3 ≈ 25 l


p1 5
1,0 × 10 Pa

p1V1 pV T 455K
= 3 3 → V3 = 3 V1 = 25l ≈ 38 l
nRT1 nRT3 T1 300K

4a Questão (2,5 pontos)

Um motor térmico funciona entre dois reservatórios térmicos, um na temperatura de 600 K e 
o outro a 350 K. A cada ciclo o motor retira 900 J de energia da fonte quente e produz um 
trabalho útil de 150 J.

(a) (1,0) Qual a variação de entropia do universo num ciclo de funcionamento desse motor? 

(b) (0,5) Qual o coeficiente de rendimento de um refrigerador de Carnot que opere entre esses 
mesmos reservatórios térmicos? 

(c) (1,0) Qual seria o trabalho realizado a cada ciclo por um motor ideal de Carnot, que 
funcionasse entre esses mesmos reservatórios térmicos e retirasse a mesma energia (900 J) da 
fonte quente a cada ciclo? 

Resposta:
TQ
(a)TQ = 600K, ⏐QQ⏐= 900J
QQ
TF = 350K, ⏐QF⏐= ⏐QQ⏐- W = 900J – 150J = 750J

QF ΔSU = ΔSQ + ΔSM + ΔSF

ΔSM = 0 (Motor opera em ciclo fechado)


TF
ΔSQ = -⏐QQ⏐/TQ = -900J/600K = -1,50 J/K

(negativo pois o calor sai do reservatório quente)

ΔSF = +⏐QF⏐/TF = 750J/350K = 2,14 J/K

(positivo pois o calor entra no reservatório frio)

ΔSU = -1,50 J/K + 0 + 2,14 J/K = 0,64 J/K 1,0 pto


(b) Rendimento de Carnot: KCar= TF = 350K = 1,4
TQ − TF 600K − 350K

Q − QF
(c) Eficiência de Carnot: εCar= TQ − TF = Q = W
TQ QQ QQ

∴ W = QQ TQ − TF = 900J . 250J = 375J


TQ 600J

Formulário
2 3 5 -3 3
vsom = 340 m/s, g=10m/s , ρágua= 1,0x10 kg/m3, 1atm = 1,0x10 Pa, 1l = 10 m , R = 8,3 J/mol.K

2 1/2
P+½ρv +ρgy = const., v = [F/μ] , f' = (v±vO)/(vmvS).f, Δp(t) = [2Δpmcos[(ω1-ω2)t/2].sen[(ω1+ω2)t/2],
γ
NIS = 10 log(I/Io),pV = nRT, pV = const, CV = ½.f R, CP = CV + R, ε = W/QQ, K = QF/W

 
 

INSTITUTO DE FÍSICA 

Universidade Federal do Rio de Janeiro


Física II – Turmas do horário de 10 h às 12 h 1° período de 2009

Prova de 2a Chamada

1a Questão (2,5 pontos):

Uma mola de massa desprezível e constante elástica k = 400 N/m está suspensa verticalmente 
e um prato de massa m = 0,200 kg está suspenso em repouso na sua extremidade inferior. O 
açougeiro  deixa  cair  sobre  o  prato  de  uma  altura  de  h =  0,40 m  uma  posta  de  carne  de  M = 
2,2 kg.  A  posta  de  carne  produz  uma  colisão  completamente  inelástica  com  o  prato  e  faz  o 
sistema executar um MHS. Calcule: 

(a) (1,0) a velocidade do prato e da carne logo após a colisão; 

(b) (1,0) a amplitude da oscilação subsequente; 

(c) (0,5) o período da oscilação. 

Resposta:

(a) (1,0) No momento do impacto a velocidade da carne é v = 2gh e a conservação do


momento implica na velocidade do conjunto, logo após a colisão:

V0 = M
2gh = 2,59 m/s.
M +m

(b) (1,0) A posição do prato antes do choque, a partir da posição relaxada da mola, é
dada por

x0 = mg = 0,5cm.
k

A equação de Newton :

2
(M + m ) d x = -kx+(M+m) g = −k (x−x ),
2
1
dt
com x1 = (M+m) g = 5,5 cm, resulta em
k

x − x1 = a senωt + b cosωt, com ω = k = 12,9 s−1.


M +m

As condições iniciais fornecem

V0
b = x0 − x1 = −5,0 cm e a = = 20, 1 cm.
ω

A amplitude é:

A= a 2 + b 2 = 20,7 cm.

O mesmo resultado pode ser obtido usando a conservação da energia após o choque
inelástico.

(c) (0,5) T = 2π = 0,49 s.


ω

2a Questão (2,5 pontos): 


3
Uma  onda  transversal  harmônica  simples 
2
propaga‐se ao longo de uma corda no sentido do 
1
eixo  x  negativo  (‐x).  A  figura  ao  lado  mostra  um 
y(cm)

0
gráfico do deslocamento como função da posição  -1
em um instante t = 0. A intensidade da força de  -2
tração  na  corda  é  de  3,6 N  e  a  massa  específica  -3
linear é de 25 g/m. Determine: 0 20 40 60 80 100
x(cm)

(a) (0,5) a amplitude, 

(b) (0,5) o comprimento de onda, 

(c) (0,5) a velocidade da onda, 

(d) (0,5) a frequência, 

(e) (0,5) e uma equação y(x,t) que descreva a propagação da onda. 

Resposta:
(a) (0,5) A = 3,0 cm

(b) (0,5) λ = 50 cm

(c) (0,5) v = F = 3,6N = 12 m/s


μ 25 × 10 −3 kg / m

(d) (0,5) f = v = 12m / s = 24 Hz


λ 0,5m

(e) (0,5) y(x,t) = A.sen(kx+ωt+δ) (onda se propagando no sentido -x), onde:

k = 2π = 4π rad/m
λ

ω = 2π.f = 48π rad/s

e, para t = 0, y(0,0) = A.sen(δ) ≈ 2,5 cm, sendo que:

v(0,0) = ∂y ( x , t ) = ωA.cos(kx+ωt+δ)⎪x,t=0 = ωA.cos(δ) e, pelo gráfico v(0,0) <0


∂t x ,t =0

→ 3π/2 >δ > π/2

Logo:

o
δ = arcsen⎛⎜ 2,5 ⎞⎟ ≈ 56,5 o → δ = 123,5o ≈ 0,686π rad
⎝ 3,0 ⎠ 123,5

3a Questão (2,5 pontos):

Dentro  de  um  calorímetro,  isolado  adiabaticamente,  de  capacidade  calorífica  desprezível, 
coloca‐se Mgelo = 0,5 kg de gelo a temperatura de Tgelo= ‐10,0oC e Mágua= 1,0 kg de água a Tágua= 
30,0oC.

(a) (0,5) Qual é a temperatura de equilíbrio? (Verifique se é possível derreter todo o gelo.) 
(b) (1,0) Qual é a quantidade de água líquida no estado de equilíbrio? 

(c)  (1,0)  Calcule  neste  processo  a  variação  da  entropia  do  universo  termodinâmico  formado 
pelo calorímetro e seu conteúdo. 

Resposta:

(a) (0,5) ΔQgelo + ΔQágua=0:

Para levar o gelo até 0oC são necessários:

ΔQgelo(Tg→0oC) = Mgelo.c(gelo). (0oC-Tgelo) = 0,5kg x 2220J x 10oC = 1,110x104J

Já para conseguir derreter todo o gelo:

ΔQgelo→água = ΔQgelo(Tg→0oC) + Mgelo.Lfusão(gelo) = 1,110x104J + 0,5kg x 333x103J


= 1,776x105J

Se toda água esfriasse até 0oC o calor liberado seria de:

ΔQágua = Mágua.c(água).(Tf - Tágua) = 1,0kg x 4190J/(kg.oC) x 30,0oC = 1,257x105J

Ou seja,

ΔQgelo(Tg→0oC) < ΔQágua < ΔQgelo→água ⇔ não dá para derreter todo o gelo mas
ele chega até 00C!

∴ Tf = 0oC = 273 K

(b)(1,0) O calor cedido pela água será utilizado para aquecer o gelo até 0oC e derreter
parte dele. Portanto, o calor a ser utilizado para o derretimento do gelo será de:
ΔQderretimento = mgelo.Lf,gelo = ΔQágua - ΔQgelo(Tg→0oC) = 1,257x105J - 1,110x104J =
1,146x105J

Logo a massa de gelo derretida é de:

mgelo =
(
ΔQa − ΔQg Tg → 0o C ) = 1,1146 × 10 J = 0,344kg
5

Lf 333 × 103 J

∴ Mágua(final)= Mágua + mgelo = 1,344 kg, com Tf = 273K.

Tf Tf
dQ gelo M g cg dT mg Lf Tf mg Lf
(c)(1,0) ΔSgelo = ∫ = ∫ + = Mg cf ln + =
Tg
T Tg
T Tf Tg Tf

3
= 0,5kg × 2220J / (kg .K ) × ln 273K + 0,344kg × 333 x10 J / kg = 461 J/K
263K 273K

Tf Tf
dQ água MacadT = T 273K = -
ΔSágua = ∫ = ∫ Maca ln f = 1,0kg × 4190 J / (kg .K ) × ln
Ta
T Ta
T Ta 303K
437 J/K

∴ ΔSuniverso = 24 J/K.

4a Questão (2,5 pontos):

Nesse problema dispomos de três reservatórios térmicos RA, RB, RC com temperaturas TA > TB > 
TC. 

(a)  (0,5)  Numa  primeira  operação  transferimos,  por  condução  através  de  um  condutor  de 
calor,  certa  quantidade  de  calor  Q  do  reservatório  RA  até  o  reservatório  RB.  Calcule,  nessa 
operação,  a  variação  de  entropia  ΔSa  do  sistema  constituido  pelos  dois  reservatórios  e  o 
condutor e calor. 

(b)  (1,0)  Acoplamos  o  sistema  acima  a  uma  máquina  de  Carnot  CBC  operando  entre  RB  e  RC. 
Calcule o trabalho produzido W1 usando a quantidade de calor Q disponível no reservatório RB. 
(c) (1,0) Seja agora uma maquina de Carnot CAC operando diretamente entre RA e RC. Calcule o 
trabalho  W2  produzido  por  essa  máquina  de  Carnot  usando  a  mesma  quantidade  de  calor  Q 
extraída do RA. 

Resposta:

⎛ ⎞
(a) (0,5) ΔSa = ΔSA + ΔSB = −Q + Q = Q ⋅ ⎜ 1 − 1 ⎟
T A TB ⎜ ⎟
⎝ TB T A ⎠

TC W
(b) (1,0) εCarnot = 1− = 1
TB Q

⎛ T ⎞
∴ W1 = Q⎜1 − C ⎟⎟
⎜ T
⎝ B ⎠

TC W
(c) (1,0) εCarnot = 1− = 2
TA Q

⎛ T ⎞
∴ W2 = Q⎜1 − C ⎟⎟
⎜ T
⎝ A ⎠

Formulário
2 3 o o
vsom=340 m/s, g=10m/s , ρágua=1,0x10 kg/m3, R=8,3J/mol.K, c(gelo)=2220J/(kg. C), c(água)=4190J/(kg. C),
-3 3 5
Lfusao(gelo)=333kJ/kg, 1l=10 m , 1atm=1,0x10 Pa.

2 1/2
P+½ρv +ρgy = const., v = [F/μ] , f' = (v±vO)/(vmvS).f, Δp(t) = [2Δpmcos[(ω1-ω2)t/2].sen[(ω1+ω2)t/2],
γ
NIS = 10 log(I/Io),pV = nRT, pV = const, CV = ½.f R, CP = CV + R, ε = W/QQ, K = QF/W

 
 

INSTITUTO DE FÍSICA 

Universidade Federal do Rio de Janeiro


Física II – Turmas do horário de 15 h às 17 h 1° período de 2009
Prova de 2a Chamada
1a Questão (2,5 pontos): 

O volante de um relógio mecânico oscila com amplitude angular máxima de π rad e com
período T = 0,50 s. Determine:

(a) (0,5) sua velocidade angular máxima;

(b) (1,0) a velocidade angular quando o deslocamento angular for de π/2 rad.

(c) (1,0) a aceleração angular, quando seu deslocamento for de π/4 rad.

Resposta:

⎛ 2π ⎞ dθ(t ) 2π ⎛ 2π ⎞
θ(t ) = π ⋅ cos ⎜ t + δ⎟ , = −π ⋅ sen ⎜ t + δ⎟ ,
⎝T ⎠ dt T ⎝T ⎠
d 2 θ(t )
2 2
⎛ 2π ⎞ ⎛ 2π ⎞ ⎛ 2π ⎞
= −π⎜ ⎟ ⋅ cos ⎜ t + δ ⎟ = −⎜ ⎟ θ(t )
dt 2 ⎝T ⎠ ⎝T ⎠ ⎝T ⎠

dθ(t ) 2π 2 = 79 rad/s
(a) (0,5) =
dt máx T

(b) (1,0) Quando θ = π/2, o cosseno de ⎛⎜ 2πt + δ ⎞⎟ vale 0,5 e o seno ± 3 , logo:
⎝ T ⎠ 2

dθ(t )
= m4π2 3 rad / s ≈ m 34,2 rad/s
dt

(c) (1,0) d θ(t ) = −⎛⎜ 2π ⎞⎟ ⋅ π = - 2π3 rad/s2 ≈ -124 rad/s2


2 2

dt 2 ⎝T ⎠ 4

2a Questão (2,5 pontos): L1  L2


Um fio de alumínio de comprimento L1 = 60,0cm e área de seção transversal A = 1,00x10‐2cm2 
é conectado a um fio de aço com mesma área de seção transversal. O fio composto, carregado 
com um bloco m de massa 10,0 kg, é disposto conforme indicado na figura ao lado a fim de 
que  a  distância  L2  da  junção  até  a  polia  de  suporte  seja  de  86,6 cm.  Ondas  transversais  são 
induzidas no fio usando‐se uma fonte externa de frequência variável. 

(a) (1,0) Quais são as velocidades de propagação de uma onda nas duas cordas em função das 
variáveis m, ρ1, ρ2, A e da aceleração gravitacional g? 

(b)  (1,0)  Qual  é  a  menor  frequência  de  excitação  em  que  ocorrem  ondas  estacionárias  e  em 
que a junção dos dois fios é um nó da onda? 

(c)  0,5)  Qual  é  o  número  total  de  nós  observado  nessa  frequência,  excluindo‐se  os  nós  nas 
duas extremidades do fio? 

Obs: A massa específica ρ1 do alumínio é 2,60 g/cm3 e a do aço ρ2 é de 7,80 g/cm3. 

Resposta:

(a) (1,0) v1 = F = mg = mg = mg = mg e v2 =
μ m1 ρ 1 ⋅ V1 ρ1 ⋅ A1 ⋅ L1 ρ1 A
L1 L1 L1

mg
ρ2 A

(b) (1,0) λ1 = 2L1 → f = v1 = v 1 n1 = v 2 n 2


n1 λ1 2L1 2L2

∴ n2 L v L ρ2 = 86,6cm 7,80g / cm 3 = 2,5


= 2 1= 2
n1 L1v 2 L1 ρ1 60,0cm 2,60g / cm 3

A menor frequência implica em menor valor de n, logo

n 2 = 5 e n1 = 2

v1 mg 2
→f = n1 = =
2L1 ρ1A 2L1

10,0kg × 10m / s 2 1 = 323 Hz


3 3 −6 2 0,60m
2,60 x10 kg / m × 1,00 × 10 m
(c) (0,5) No fio 1 temos 2 nós (excluída a extremidade esquerda) e no fio 2
temos 5 nós (excluída a extremidade direita), sendo um nó comum aos dois fios
(junção). Logo o número total de nós é de:

n = n1 + n2 - 1 = 6 nós

3a Questão (2,5 pontos):

Dentro  de  um  calorímetro,  isolado  adiabaticamente,  de  capacidade  calorífica  desprezível, 
coloca‐se Mgelo= 2,0 kg de gelo a temperatura de  Tgelo = ‐20,0oC e Magua = 0,500 kg de água a 
Tagua = 30,0oC.

(a) (0,5) Qual é a temperatura de equilíbrio? (Verifique se o gelo chega a derreter.) 

(b) (1,0) Qual é a quantidade de água líquida neste estado de equilíbrio? 

(c)  (1,0)  Calcule  neste  processo  a  variação  da  entropia  do  universo  termodinâmico  formado 
pelo calorímetro e seu conteúdo. 

Resposta:

(a) (0,5) ΔQgelo + ΔQágua=0

Para levar o gelo até 0oC são necessários:

ΔQgelo(Tg→0oC) = Mgelo.c(gelo). (0oC-Tgelo) = 2,0kg x 2220J/(kg.oC)x20oC =


4
8,880x10 J

Se toda água esfriasse até 0oC o calor liberado seria de:

- ΔQágua = - Mágua.c(água).(Tf - Tágua) = 0,500kg x 4190J/(kg.oC) x 30,0oC =


4
6,285x10 J

O que é insuficiente para levar o gelo até 0oC. Logo, parte da água vai congelar e o calor
liberado será utilizado para aquecer o restante do gelo.
ΔQágua→gelo + ΔQágua + ΔQgelo(Tg→0oC) = 0

→ -ΔQágua→gelo = máguaLfusão = ΔQgelo(Tg→0oC)+ΔQágua = 8,880x104J - 6,285x104J =


2,595x104J

Ou seja, a massa de água que irá congelar será:

∴ magua= [ΔQgelo(Tg→0oC) - ΔQágua]/Lfusão = 2,595x104J/(333x103J/kg) = 0,078 kg <


0,500kg

Portanto, nem toda água congela e a temperatura final fica em

Tf = 0oC

(b)(1,0) A água líquida que sobra é

ΔMágua = Mágua - magua = 0,500 kg - 0,078 kg = 0,422 kg

Tf Tf
dQ gelo M g c g dT Tf
(c)(1,0) ΔSgelo = ∫ = ∫ = M g c f ln =
Tg
T Tg
T Tg

= 2,0kg × 2220 J 273K = 338 J/K


× ln
kg ⋅ K 253K

Tf Tf
dQ água M a c a dT ΔQf −m a Lf
ΔSágua = ∫ = ∫ + = Maca ln Tf + =
Ta
T Ta
T Tf Ta Tf

3
= 0,500kg × 4190J / (kg .K ) × ln 273K - 0,078kg × 333 × 10 J / kg = -314
303K 273K
J/K
∴ ΔSuniverso = +24 J/K.

4a Questão (2,5 pontos):

Um corpo de capacidade térmica C e temperatura Ti é colocado dentro do compartimento frio 
de um refrigerador de Carnot, operando com reservatórios térmicos de temperaturas TA e TB 
respectivamente. Supõe‐se que TA > Ti > TB. No processo de resfriamento até a temperatura TB, 
o  corpo  cede  certa  quantidade  de  calor  QB  à  fonte  fria,  que  por  sua  vez  cede  essa  mesma 
quantidade  de  calor  ao  sistema  refrigerante  que  opera  em  ciclo,  gastando  uma  energia  W  e 
transferindo o calor QA à fonte quente. Em função dos dados do corpo {Ti,C} e do refrigerador 
de Carnot {TA, TB}, determine:

(a) (0,5) o calor QB, a energia W gasta no processo e a quantidade de calor QA cedida à fonte 
quente; 

(b) (1,5) a variação de entropia ΔSC do corpo, ΔSS do sistema refrigerante operando em ciclo e, 
finalmente, ΔSA e ΔSB dos reservatórios térmicos. 

(c) (0,5) Calcule ΔSUNIVERSO e explique, fisicamente, por que não pode se anular? 

Resposta:

(a) (0,5) QB = C (T i − TB )

QB
RCarnot = = TB
W TA − TB

T A − TB
→ W = QB TA − TB = C (T i − TB )
TB TB

QA = W + QB =
T A − TB ⎡T − T B ⎤ T
C (T i − T B ) + C (T i − TB ) = C (T i − TB )⎢ A + 1⎥ = C (T i − TB ) A
TB ⎣ T B ⎦ TB

TB
dQC TB dTC T T
(b) (1,5) ΔSC = ∫ = ∫C = C ln B = − C ln i
Ti
TC T
TC Ti TB
i

ΔSS = SS(f) - SS(i) = 0 (estado final igual ao estado inicial no ciclo)


ΔQ A C (T i − TB ) T A C (T i − T B )
ΔSA = = =
TA TA TB TB

ΔSB = ΔQB . Como a fonte fria recebe QB do corpo e cede a mesma


TB
quantidade de calor QB para a fonte quente, ΔQB = 0, logo:

ΔSB = 0

Ti C (T i − T B )
(c) (0,5) ΔSUNIVERSO = ΔSC + ΔSS + ΔSA +ΔSB = − C ln +0+ +0=
TB TB
⎡ (T − TB ) T ⎤
C⎢ i − ln i ⎥
⎣ TB TB ⎦

Para ΔSU se anular o processo tem de ser reversível. Como parte do processo é
irreversível (a do corpo C entrar em equilíbrio térmico com o reservatório B), então ΔSU >
0.

Matematicamente:

Ti
Se fizermos x = >1, então ΔSU = C [(x − 1) − ln x ] . Mas [(x − 1) − ln x ] > 0 para x > 1, →
TB
ΔSU > 0

Formulário
2 3 o o
vsom=340 m/s, g=10m/s , ρágua=1,0x10 kg/m3, R=8,3J/mol.K, c(gelo)=2220J/(kg. C), c(água)=4190J/(kg. C),
-3 3 5
Lfusao(gelo)=333kJ/kg, 1l=10 m , 1atm=1,0x10 Pa.

2 1/2
P+½ρv +ρgy = const., v = [F/μ] , f' = (v±vO)/(vmvS).f, Δp(t) = [2Δpmcos[(ω1-ω2)t/2].sen[(ω1+ω2)t/2],
γ
NIS = 10 log(I/Io),pV = nRT, pV = const, CV = ½.f R, CP = CV + R, ε = W/QQ, K = QF/W

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