Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Neste tópico irei demosntrar de forma a desmistificar o que os leigos tem como
entendimento do que é a concessão dos serviços públicos e qual é a sua definição
jurídica buscando trazer luz aos menos informados e nos próximos tópicos aprofundar
me artigo mais especificamente dirigido aos transportes públicos urbanos.
Em minhas pesquisas busquei várias fontes norteadoras do tema, dentre ela uma
das que melhor conceituou o instituto da concessão dos serviços publicos que ao
contrario do que a maioria dos atendidos pelos serviços prestados à coletividade
entende, ser deprerrogativa das empresas de iniciativa privada, esse é um entendimento
equivocado.
Serviços concedidos são todos aquele que o privado realiza em seu nome por sua
conta e risco, remunerados por uma tarífa, numa forma regulamentar,m mediante
delegação contratual ou legal do Poder Público concedente.
Page | 1
II – concessão de serviço público: a
delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente,
mediante licitação, na modalidade de concorrência, à
pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco
e por prazo determinado;
Page | 2
sua realização, por sua conta e risco, de forma que o
investimento da concessionária seja remunerado e
amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra
por prazo determinado;
(...).
Page | 3
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito
Administrativo. Rio de Janeiro: Lumen Juris.
https://jus.com.br/artigos/43919/a-concessao-de-servicos-publicos-e-
caracteristicas-de-seu-regime-juridico
Carvalho Filho por sua vez interpreta a Lei n.º 8.987, no art. 2º, incisos II, III e
IV, define as modalidades de delegação:
Page | 4
Conforme definição legal, destacam-se os principais aspectos da permissão e da,
permanecendo a titularidade com o poder público; b) a prestação do serviço é por conta
e risco da permissionária, sob fiscalização do poder público; c) sempre é precedida de
licitação, sem determinação legal de uma modalidade específica; d) natureza contratual
(contrato de adesão); e) prazo determinado, com possibilidade de prorrogação nas
condições estipuladas no contrato; f) celebração com pessoa física ou jurídica, sem
previsão de permissão a consórcio de empresas; g) delegação a título precário; h)
revogabilidade unilateral do contrato pelo poder público.
Assim sendo José dos Santos Carvalho Filho, considera que a concessão e a
permissão de serviços públicos são praticamente idênticas. Assim,
Page | 5
jurídicas diversas, como as relativas à indenizabilidade, à precariedade, à estabilidade da
delegação etc.
MELO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo, São Paulo:
Malheiros, 17 ed., 2004.
http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,concessao-e-permissao-de-servico-
publico-no-ordenamento-juridico-brasileiro,50714.html
Page | 6
Se é dever do Estádo fornecer o serviço de interresse público da coletividade,
quem é responsável civilmente pelos atos e ações decorrentes da prestação desses
serviços?
O que como usuário desse tipo de serviço não consigo visualizar a obediência
desse requisitos, no qual a obrigação de fiscalizar é dos orgão do governo concedente.
No direito civil a culpa abrange o dolo, até pela própria etimologia da palavra, o dolo já
está embutido na culpa.
Page | 7
Dever de Reparar
O artigo 986 do Código Civil preceitua que “Aquele que, por ato ilícito, causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.”
Cumpre ressaltar que aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral,
comete ato ilícito.
Page | 8
A responsabilidade do transportador pode ser quanto aos seus empregados, em relação a
terceiros ou em relação aos passageiros.
Cumpre destacar que consumidor não é somente aquele que adquire produtos, mas
também contrata diversos tipos de serviços, o que também abrange o transporte.
Page | 9
Responsabilidade do Transportador
O transportador está sujeito aos horários e itinerários previstos, sob pena de responder
por perdas e danos, salvo motivo de força maior.
Page | 10
Artigos 730 a 742 do Código Civil Brasileiro.
http://www.normaslegais.com.br/guia/clientes/responsabilidade-civil-relacoes-
consumo-contrato-transporte.htm
Ao contrário do Direito Penal, aqui, não há, em regra, uma tipicidade fechada, ou seja, a
lei não prevê as hipóteses infracionais e as possíveis sanções a serem aplicadas, não
determinando qual sanção aplicar para cada caso, deixando esta margem de liberdade
para o administrador, baseado no caso concreto, aplicar a sanção que melhor atenda à
situação.
Page | 11
Assim, quando da aplicação da sanção administrativa, o administrador deve atuar
pautado nos princípios da proporcionalidade e razoabilidade, aplicando a pena de
acordo com a gravidade da infração e ainda, seguindo os parâmetros traçados no editou
e no próprio contrato, conforme ensinamento de Lucas Rocha Furtado:
Trata-se de um rol taxativo, sendo vedado inovar, no edital ou no contrato, com novas
punições, além daquelas previstas no art. 87 da Lei de Licitações, como bem observou
Jesse Torres Pereira Junior: "Poderia o contrato ampliar ou diversificar tal elenco: Não,
porque o poder de punir há de ter fundamento legal; só a lei pode estabelecer as sanções
que a Administração estará autorizada a aplicar".
Com estas considerações iniciais, a próxima etapa do estudo será analisar os contornos
de cada sanção em espécie. Vou elencar algumas delas abaixo:
ADVERTÊNCIA:
Page | 12
...a advertência cabe em faltas leves, assim entendidas aquelas que não acarretam
prejuízo de monta ao interesse do serviço, o qual, a despeito delas, será atendido;
prevenir que a falta venha a inviabilizar a execução do contrato ou obrigue a
Administração a rescindi-lo é a prioridade da advertência.[iv]
MULTA:
Isso porque, como já observado no tópico “1” deste estudo, a legislação não
estabelece tipicidade fechada, logo, a ausência de cláusula contratual listando as
infrações e a correspondente sanção pecuniária, impossibilitará uma futura punição ao
contratato, pois a Administração Pública não terá parâmetros a serem seguidos.
De acordo coma Lei 8.666/93, a multa pode ser aplicada em duas situações. Pelo atraso
em executar o contrato ou pela inexecução do contrato
SUSPENSÃO TEMPORÁRIA:
Deve ser utilizada quando apurada falta grave do contratado, assim entendidas por Jessé
Torres: “capaz de deixar pendente, total ou parcialmente, a prestação acordada, com
prejuízo ao interesse do serviço”
Page | 13
Em face da gravidade dos fatos que ensejam a aplicação desta sanção, normalmente, o
contrato também é rescindido unilateralmente.
Page | 14
BRASIL. Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988. Disponível em:
<htpp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituição/constituição.htm>Acesso: 28 ago.
2013.
BRASIL. Lei 8666, de 21 de Junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI da
Constituição Federal, instituiu normas para licitações e contratos da Administração
Pública e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm> Acesso: 27 ago. 2013.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 16ª Edição,
Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2006.
http:///jus.com.br/artigos/25512/sancoes-administrativas-em-contratos-publicos
Page | 15
Cria o Fundo de Mobilidade Urbana Sustentável do Rio de Janeiro e dá outras
providências.
O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
Art. 1º Fica criado o Fundo Municipal de Mobilidade Urbana Sustentável, tendo por
objetivo criar condições financeiras e gerenciar os recursos destinados ao
desenvolvimento das ações de controle, fiscalização e policiamento do trânsito e
tráfego, nas vias, estradas e logradouros do Município, dando suporte financeiro às
políticas públicas municipais de melhoria da mobilidade urbana, a fim de proporcionar
o acesso amplo e democrático ao espaço de forma segura, socialmente inclusiva e
sustentável, priorizando a implementação de sistemas de transportes coletivos, dos
meios não motorizados, da integração entre diversas modalidades de transportes, bem
como implementação do conceito de acessibilidade universal para garantir a mobilidade
de idosos, pessoas com deficiências ou restrição de mobilidade.
Parágrafo único. O Fundo de que trata o "caput" deste artigo tem natureza orçamentária,
sem personalidade jurídica, rege-se pela legislação pertinente e se vincula à Secretaria
Municipal de Transportes.
Page | 16
Art. 3º Os recursos do Fundo serão aplicados nas seguintes finalidades:
Page | 17
VII - realização de publicidade institucional, campanhas educativas, pesquisas,
realização e participação em palestras, cursos, seminários e eventos relacionados à
acessibilidade, mobilidade, prevenção ao assédio sexual nos transportes públicos,
transportes e trânsito, formação e qualificação de profissionais, formação de agentes
multiplicadores;
VIII - aquisição de bens móveis e imóveis relacionados à acessibilidade, mobilidade e
transporte, mediante o competente procedimento licitatório;
IX - custeio de despesas com trânsito que visem à otimização do sistema viário do
Município;
X - cooperação com organismos vinculados ao Estado e à União no que compete a
fiscalização de trânsito e do transporte no Município;
XI - seleção de valores humanos que se dediquem à Engenharia de Tráfego e promover
o seu aperfeiçoamento, observado o art. 37, II, da Constituição Federal;
XII - financiamento da participação de servidores em cursos, palestras, seminários e
encontros cujo tema seja relacionado ao trânsito, engenharia de tráfego, transporte e
demais temas relacionados à mobilidade urbana;
XIII - promoção de palestras, seminários e encontros sobre temas relacionados ao
trânsito e ao transporte;
XIV - custeio de projetos relacionados ao trânsito, ao sistema viário e ao transporte
público;
XV - aquisição e implantação de infraestrutura para operação de trânsito e de transporte;
XVI - aquisição e implantação de equipamento de auxílio ao controle e fiscalização do
trânsito e do transporte;
XVII - VETADO;
XVIII - VETADO.
Art. 4º Os recursos do Fundo serão depositados em conta especial, que será aberta pela
Secretaria Municipal de Fazenda.
§ 1º Os recursos destinados ao Fundo de Mobilidade Urbana do Município do Rio de
Janeiro serão automaticamente transferidos, depositados ou recolhidos em conta única,
aberta em estabelecimento bancário oficial.
§ 2º Os recursos incorporados ao Fundo com destinação mais específica do que os
previstos no art. 3º desta Lei serão depositados em contas individualizadas, vinculadas
Page | 18
aos respectivos projetos.
§ 3º O órgão gestor do Fundo diligenciará para assegurar que os recursos mencionados
no § 2º sejam utilizados de acordo com a legislação aplicável, especificamente no caso
das multas de trânsito e demais recursos com destinação específica.
§ 4º Fica destinada a importância de cinco por cento sobre o total da arrecadação mensal
proveniente das multas de trânsito ao Fundo Nacional de Segurança e Educação de
Trânsito - FUNSET, conforme dispõe o art. 320, parágrafo único, da Lei nº 9.503, de 23
de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro e respectiva Resolução
CONTRAN nº 263, de 14 de dezembro de 2007.
§ 5º Os saldos porventura existentes ao término de um exercício financeiro constituirão
parcela de receita subsequente, até sua integral aplicação.
§ 6º Fica expressamente vedada a utilização dos recursos financeiros do Fundo de
Mobilidade Urbana Sustentável do Município do Rio de Janeiro em finalidades
estranhas às atividades diversas das de trânsito e transporte, bem como o
remanejamento para outros fins.
§ 7º Toda movimentação financeira do Fundo Municipal de Mobilidade Urbana
Sustentável será divulgada através de página específica no Portal da Prefeitura na Rede
Mundial de Computadores, com atualização mensal, indicando a origem dos depósitos e
a destinação das aplicações.
Art. 5º Fica criado, sem aumento de despesa, na estrutura básica da Secretaria
Municipal Transportes, o Conselho do Fundo Municipal de Mobilidade Urbana
Sustentável, órgão incumbido das seguintes atribuições:
I - estabelecer diretrizes e normas para gestão do Fundo Municipal de Mobilidade
Urbana Sustentável;
II - coordenar as ações e projetos que tenham por finalidade específica as políticas de
mobilidade urbana;
III - convocar audiências públicas para tratar de temas e discussões relacionadas às
políticas públicas de mobilidade urbana;
IV - opinar, sugerir, orientar, fiscalizar e acompanhar os planos, programas e projetos
financiados com recursos do Fundo Municipal de Mobilidade Urbana Sustentável;
V - elaborar o Orçamento e o Plano de Aplicação dos Recursos do Fundo, a ser
submetido à apreciação do Chefe do Poder Executivo Municipal;
Page | 19
VI - submeter anualmente à apreciação do Chefe do Poder Executivo relatório das
atividades desenvolvidas pelo Fundo Municipal de Mobilidade Urbana;
VII - opinar, sugerir, orientar, fiscalizar e acompanhar os atos e procedimentos
necessários à gestão do Fundo Municipal de Mobilidade Urbana.
§ 1º O Conselho do Fundo Municipal de Mobilidade Urbana será integrado pelo:
I - Secretário Municipal de Transportes, que o presidirá;
II - Chefe de Gabinete do Prefeito;
III - Secretário Municipal de Fazenda;
IV - Secretário Municipal de Conservação e Meio Ambiente;
V - Secretário Municipal de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação;
VI - Procurador Geral do Município;
VII - Diretor Presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro -
CET RIO;
VIII - um representante da Câmara Municipal;
IX - um representante de entidades civis que atendam aos pressupostos do inciso V do
art. 5º da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985; e
X - um representante indicado pelo Ministério Público Estadual, em atendimento ao
disposto no art. 13 da Lei nº 7.347/1985.
§ 2º As despesas correntes necessárias à administração do Fundo com pessoal, material
de consumo e outros não poderão ser realizadas com recursos do Fundo, devendo estar
vinculadas ao orçamento do órgão da Administração Pública Municipal que o gerencia.
§ 3º Fica proibido aos membros do Conselho do Fundo Municipal de Mobilidade
Urbana o recebimento de retribuição pecuniária através de jeton.
Art. 6º O Conselho do Fundo Municipal de Mobilidade Urbana elaborará, anualmente,
o Orçamento e o Plano de Aplicação de Recursos do Fundo, aprovando a aplicação dos
recursos para posterior aprovação definitiva do Chefe do Poder Executivo.
Art. 7º O Fundo Municipal de Mobilidade Urbana Sustentável poderá ser utilizado para
implementação de campanha permanente de conscientização e enfrentamento ao assédio
e à violência sexual nos transportes públicos do Município do Rio de Janeiro.
Art. 8º O Poder Executivo, mediante Decreto, regulamentará as normas
complementares e necessárias ao bom funcionamento do Fundo Municipal de
Page | 20
Mobilidade Urbana e do Conselho do Fundo Municipal de Mobilidade Urbana.
Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
https://leismunicipais.com.br/a/rj/r/rio-de-janeiro/lei-ordinaria/2018/632/6320/lei-
ordinaria-n-6320-2018-cria-o-fundo-de-mobilidade-urbana-sustentavel-do-rio-de-
janeiro-e-da-outras-providencias
Page | 21