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Doença celíaca E A NUTRIÇÃO

Ana Carolina da S. Calado S. Barbosa... 06/78465


Izabela Soares Campos ... 06/86719
Luciana Lemos ... 06/89904
Naiane Ribeiro Sano ... 06/92298

UnB - Faculdade de Ciências da Saúde


Departamento de Nutrição - Disciplina: Materno-infantil
O que é a Doença Celíaca?

 Outros nomes: Espru celíaco; Espru não-tropical;


Enteropatia sensível ao glúten; Enteropatia glúten-
induzida

 Doença crônica: resposta imunológica inapropriada,


geneticamente determinada (genes HLA), contra uma
proteína presente no trigo e a proteínas similares
presentes na cevada, centeio e aveia. NÃO É
ALERGIA ALIMENTAR!

 Frações protéicas nocivas ao celíaco: Gliadina


(glúten), aveína (aveia), secalina (centeio), hordeína
(Cevada). Malte (fermentação da cevada)
Fisiopatologia da doença
 Ataca mucosa intestinal → atrofia vilosidades →
diminui absorção de nutrientes
 Glúten → Glutenina e gliadina (tóxico para o celíaco)
Fonte: Dra. Shirley de Campos (sítio), 2003
Quadro clínico
Sintomático ou assintomático
Sintomático:
 Clássico: ↑ crianças de até 3 anos.
Queixas intestinais: diarréia crônica, falta de apetite,
desnutrição com déficit do crescimento, distensão
abdominal, dor abdominal, vômitos, glúteos atrofiados,
pernas e braços finos, apatia.
 Não clássico: crianças de 5 a 7 anos.
Queixas extra-intestinais: baixo ganho de peso e
estatura, dermatitis herpetiformis.

Fonte: BAPTISTA, 2005


Quadro clínico
Assintomático:
 Silencioso: sorologia positiva e biópsia revela
mucosa alterada, mas não apresenta
sintomas
 Lactente: sorologia positiva, porém, com a
mucosa normal, portanto, sem manifestações
da Doença (podendo aparecer só na fase
idosa)

 Aumento dos quadros assintomáticos →


dificuldade de diagnóstico
Fonte: BAPTISTA, 2005
Quadro clínico
 Conseqüências a longo prazo da DC não-
tratada:

 Anemia ferropriva
 Osteoporose precoce ou osteopenia
 Deficiência de vitamina K com risco para hemorragias
 Deficiências de outras vitaminas e minerais com danos
no sistema nervoso periférico
 Insuficiência pancreática
 Linfomas intestinais e outros tipos de câncer do TGI
 Manifestações neurológicas
 Infertilidade

Fonte: Celiac Disease Foundation


Como é feito o diagnóstico?
Requisitado para pessoas que consomem glúten!

 Observação clínica: insuficiente (casos


assintomáticos e sintomas que se confundem com
outras patologias)

 Dosagem de anticorpos: antigliadina,


antitransglutaminase, antiendomíseo

 Biópsia do Intestino Delgado (BID): da porção


duodeno-jejunal; método mais confiável x invasivo →
realizado após dosagem de anticorpos para
confirmar
Fonte: ACELBRA, 2004
Fonte: DUARTE, (ano não referido)
Como é feito o diagnóstico?

 DC: Caráter hereditário → necessidade de


testes para detecção de DC silenciosa em
parentes de celíacos sintomáticos.

 10 a 18% dos familiares sadios do celíaco


são portadores da DC assintomática

Fonte: III Congresso Nacional de Doença Celíaca, 2006


Epidemiologia
Falta de prioridade dada à DC no Brasil
Exames bioquímicos e biópsia não
são cobertos ainda pelo SUS!
Dificuldade de diagnóstico dos casos
assintomáticos
Epidemiologia
 Estudos de prevalência da DC são raros.

Estudos da população que procura o HUB (portadores


de patologias e doadores de sangue):
3,63 por mil – adultos
5,44 por mil - crianças

Aplicando esses fatores a dados do censo demográfico


de 2000: provável prevalência da DC:
252.712 – adultos
273.185 – crianças e adolescentes de 1 – 14 anos

Fonte: III Congresso Nacional de Doença Celíaca, 2006


Tratamento
 Dieta sem glúten

 Suplementação
Alternativas ao glúten
 O seguimento da dieta pelas
crianças celíacas depende
fundamentalmente do
comportamento dos familiares;

 Oferta de alimentos que não


exigem muita manipulação como
frutas, mingaus, ovos cozidos, o
que pode levar a monotonia e
anorexia, prejudicando o estado
nutricional da criança;

 Idade escolar lanche de casa


em decorrência das restrições
alimentares.
Alternativas ao glúten
 Orientação dietoterápica A farinha de trigo pode
estar presente não só como ingrediente, mas também
como espessante ou como veículo para temperos ou
mistura para homogeinização de certos produtos.
Alternativas ao glúten
 Glúten é o responsável pelas
características elásticas, viscosidade
e maciez;

 Dieta: estritamente livre de glúten por


toda a vida, retirada de qualquer
produto alimentício ou preparação à
base de trigo, centeio, cevada e seus
derivados e aqueles que na sua
elaboração industrial ou caseira
tenham sido contaminados.

World Gastroenterology Organisation Practice


Guidelines:Coelic disease, 2005
Alternativas ao glúten
GRUPOS PERMITIDOS PROIBIDOS
As mais indicadas: arroz,
batata, milho e mandioca

Arroz = farinha de arroz,


creme de arroz, arrozina,
arroz integral em pó e seus
TRIGO = farinha, semolina,
derivados
germe e farelo

Milho = fubá, farinha, amido


AVEIA = flocos e farinha
de milho (maisena), flocos,
Farinhas e féculas (Cereais, CENTEIO
canjica e pipoca
tubérculos e seus sub-
produtos, que encontramos em CEVADA = farinha
Batata = fécula ou farinha.
forma de pó)
MALTE
Mandioca ou aipim = fécula ou
farinha, como a tapioca,
Todos os produtos elaborados
polvilho doce ou azedo
com os cereais citados acima

Macarrão de cereais = arroz,


milho e mandioca

Cará, inhame, araruta, sagú,


trigo sarraceno.

http://www.acelbra.org.br/2004/alimentos.php
Alternativas ao glúten
Cerveja, whisky, vodka, gin, e
Sucos de frutas e vegetais
ginger-ale, Ovomaltine,
naturais, refrigerantes e
bebidas contendo malte, cafés
Bebidas chás, vinhos, champagnes,
misturados com cevada, outras
aguardentes e saquê, cafés
bebidas cuja composição não
com selo ABIC
esteja clara no rótulo
Leite em pó, esterilizados,
Leites achocolatados que
leites integrais, desnatados e
contenham malte ou extrato de
semi-desnatados, leite
malte, queijos fundidos, queijos
condensado, creme de leite,
preparados com cereais
Leites e derivados Yakult, queijos frescos, tipo
proibidos, na dúvida ou ausência
Minas, ricota, parmesão, pães
das informações corretas nas
de queijo, para iogurte e
embalagens, não adquirir o
requeijão verificar
produto
observações nas embalagens
Açúcar de cana, mel, melado,
rapadura, glicose de milho,
Açúcares malto-dextrina, dextrose,
glicose, geléias de fruta e de
Para todos os casos, verificar
Doces mocotó, doces e sorvetes
as embalagens
caseiros preparados com
Achocolatados alimentos permitidos,
achocolatados de cacau, balas
e caramelos

http://www.acelbra.org.br/2004/alimentos.php
Alternativas ao glúten
Carnes (bovina, aves, suína, Patês enlatados, embutidos
caprina, rã, etc), pescado, Todas, incluindo presunto e (salame, salaminho e algumas
ovos e vísceras (fígado, lingüiça caseira salsichas, preparações à
coração) milanesa
Manteiga, margarina, banha
de porco, gordura vegetal
Gorduras e óleos
hidrogenada, óleos vegetais,
azeite
Feijão, broto de feijão,
ervilha seca, lentilha, Extrato protéico vegetal,
Grãos amendoim, grão de bico, soja
(extrato protéico de soja, proteína vegetal hidrolizada
extrato hidrossolúvel de soja)
Hortaliças Todas
Sal, pimenta, cheiro-verde,
erva, temperos caseiros, Maionese, catchup, mostarda e
maionese caseira, vinagre temperos industrializados
Condimentos
fermentado de vinhos tinto e podem conter o glúten. Ler com
de arroz, glutamato muita atenção o rótulo.
monossódico (Ajinomoto)
Os proibidos devem ter a
QUAISQUER ALIMENTOS Leia atentamente os rótulos expressão CONTÉM GLÚTEN
nos rótulos

http://www.acelbra.org.br/2004/alimentos.php
Alternativas ao glúten
Trigo farinha de trigo
 Alimentos sem glúten
apresentam prejuízos germe de trigo
nutricionais, de textura
flocos de trigo
e consistência, e para o
paladar; trigo de quibe

farelo de trigo
 Pobres em fibras
Cevada farinha de cevada
insolúveis Centeio farinha de centeio
 Cereais e
Aveia farinha de aveia
derivados ricos em
fibras insolúveis farelo de aveia

aveia em flocos
Federation International Societies of Pediatric Gastroenterology, Hepatolofy and Nutrition Consensus Report on
Celiac Disease. Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition47: 214-219, 2008.
Alternativas ao glúten
 Geralmente, as receitas levam mais gordura, para
tentar compensar a falta do glúten.
bolo de laranja sem glúten com glúten

PARA 100G: 8,5G DE GORDURAS TOTAIS


320 KCAL
Substitutos do glúten
 Fécula de batata;
 Polvilho;
 farinha de milho;
 polvilho doce;
 fécula de mandioca
 farinha de arroz.
Preços de mercado
Sem glúten Com glúten
400g R$ 6,60 400g  R$ 2,55

100gR$ 14,00 110g R$ 2,79

12g 1,50 10g R$ 0,30

Fontes: www.alergoshop.com.br /
www.paodeacucar.com.br
Regulamentação
 A lei n° 10.674, de 16 de maio de 2003
obriga que os produtos alimentícios informem
sobre a presença ou não de glúten. A
advertência deve ser impressa em rótulos,
embalagens, cartazes e materiais de
divulgação em caracteres nítidos e de fácil
compreensão (ANVISA).
Regulamentação
 A propaganda de alimentos e a proteção da
saúde dos portadores de doença celíaca
(STRINGHETA et al, 2006)

Distribuição de peças publicitárias de produtos alimentícios em relação ao cumprimento da Lei n°


10.674/2003, que determina a utilização de advertência: “Contém Glúten” ou “Não Contém Glúten”

Total de N. De % de N. % de amostras
amostras amostras amostras Desacordo em desacordo
analisadas de acordo de acordo com a com a
a com a legislação legislação
legislação legislação

226 5 2,2 221 97,8


Regulamentação
 226 propagandas  apenas 2,2% de acordo
com lei.
 Especificações contraditórias;
 “glúten free” ou “não contém glúten” em
alimentos que não continham e ausência
nos que continham.

 Fiscalização, interesse da empresas em


adequar  proteção Jurídica e Física.
Introdução do glúten
 Quanto mais cedo a exposição maior o risco
de desenvolvimento da doença (HILL et al, 2005).

 Exposição nos primeiros três meses  risco


5 vezes maior que crianças expostas entre 4
e 6 meses (HOFFENBERG et al, 2005).
Aleitamento materno

 Efeito protetor do leite


materno contra a
Doença Celíaca.

 Risco reduzido em
48% quando a
introdução do glúten é
acompanhada do leite
materno

(Akobeng et al, 2006.)


Aleitamento Materno
 Crianças menores de 2 anos:
 Risco reduzido de DC quando
introdução do glúten
acompanha aleitamento
materno.

 Risco ainda menor quando


aleitamento prolonga-se após a
introdução do glúten.

 Risco aumentado quando glúten


é introduzido em grandes
quantidades

(Ivarsson et al, 2002)


Orientações nutricionais – Risco de
contaminação
 Rótulos

 Alimentação fora de casa


 Frituras
 Empanados
 Alimentos espessados
 Assadeiras
 Temperos

 Esponjas para lavar louça

 Medicamentos (comprimidos e cápsulas)


Insegurança Alimentar e Nutricional
 Alimentação Escolar

 Cardápios que priorizam preparações com


glúten

 Falta de capacitação dos manipuladores


Conclusão
 Número reduzido de publicação referentes à
DC no Brasil.

 Promover divulgação do assunto e reduzir


tempo de diagnóstico

 Organização social na garantia na segurança


alimentar e nutricional sustentável para o
grupo.
Referências bibliográficas
 ACELBRA – Associação dos Celíacos do Brasil.
Disponível em: http://www.acelbra.org.br
 Celiac Disease Foundation. Disponível em:
http://www.celiac.org/
 Gastronet. Disponível em:
http://www.gastronet.com.br/doenceliaca.htm
 III Congresso Nacional de Doença Celíaca, 2006.
Disponível em: http://www.acelbramg.com.br/a-
doenca.html
 Dra. Shirley de Campos. Disponível em:
www.drashirleydecampos.com.br/noticias/6171
Referências bibliográficas
 BAPTISTA, M.L. Doença celíaca: uma visão contemporânea.
Revista de Pediatria, v. 28, n. 4, p. 262-271. 2006
 DUARTE, F.; VAREDA, T. Doenças predominantemente
associadas à Doença Celíaca. In: Grupo de estudo e Apoio ao
Doente celíaco. Disponível em: http://www.uff.br/geac.
 GALVÃO, L.C.; BRANDÃO, J.M.M. Apresentação clínica de
Doença Celíaca em Crianças Durante Dois Períodos, em
Serviço Universitário Especializado. Gastroenterologia
Pediátrica, v.41, n.4, p.234-238. 2004.
 STRINGHETA, Paulo César et al. A propaganda de
alimentos e a proteção da saúde dos portadores de
doença celíaca. HU Rev. Juiz de Fora, v.32, n.2,
p.43-46, abr./jun. 2006. Disponível em: <
http://www.aps.ufjf.br/ojs/index.php/hurevista/article/v
iewFile/15/10>. Acesso em: 11 maio de 2009

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