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CAPÍTULO 01
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Capítulo 01
LÂMPADAS E COMANDOS
1.1 Introdução
Neste capítulo inicial, faz-se uma breve revisão dos conceitos da
luminotécnica: grandezas importantes e suas unidades. Em seguida, descreve-se o
princípio de funcionamento dos principais tipos de lâmpadas de vapor de alta
pressão, aplicações, acessórios necessários para o acionamento, vida útil e outras
características técnicas.
1.2 Luminotécnica
Luz e cores
Uma fonte de radiação emite ondas eletromagnéticas. Elas possuem
diferentes comprimentos de onda, e o olho humano é sensível a somente a alguns.
Luz é, portanto, a radiação eletromagnética capaz de produzir uma sensação visual.
Há uma tendência em se pensar que os objetos já possuem cores definidas.
Na verdade, a aparência de um objeto é resultado da iluminação incidente sobre o
mesmo. Sob uma luz branca, a maçã aparenta ser de cor vermelha, pois ela tende a
refletir a porção do vermelho do espectro de radiação absorvendo a luz nos outros
comprimentos de onda. Se utilizássemos um filtro para remover a porção do
vermelho da fonte de luz, a maçã refletiria muito pouca luz parecendo totalmente
negra. Podemos ver que a luz é composta por três cores primárias.
As lâmpadas incandescentes, por exemplo, tendem a reproduzir com maior
fidelidade as cores vermelha e amarela do que as cores verde e azul, aparentando
ter uma luz mais “quente”.
Aqui se definem alguns índices que são usados para avaliar o desempenho
de uma lâmpada e fazer estudos de luminotécnica em um dado ambiente.
Intensidade Luminosa
Simbolo: I
Unidade: candela (cd)
É a quantidade de luz que uma fonte emite por unidade de ângulo sólido
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Fluxo Luminoso
Simbolo:
Unidade: lúmen (lm)
= 4.π.r2 = 12.57 lm
Iluminância (Iluminamento)
Simbolo: E
Unidade: lux (lx)
É o fluxo luminoso que incide sobre uma superfície situada a uma certa
distância da fonte, ou seja, é a quantidade de luz que está chegando em um ponto.
Esta relação é dada entre a intensidade luminosa e o quadrado da distância, ou
ainda, entre o fluxo luminoso e a área da superfície. Na prática, é a quantidade de
luz dentro de um ambiente.
E
A
A iluminância pode ser medida por um luxímetro, porém, não pode ser vista.
O que é visível são as diferenças na reflexão da luz. A iluminância também é
conhecida como nível de iluminação.
Eficiência energética
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Reprodução de cores
Em aspecto visual, admite-se que é bastante difícil a avaliação comparativa
entre a sensação de Tonalidade de Cor de diversas lâmpadas. Para estipular um
parâmetro, foi definido o critério Temperatura de Cor (Kelvin) para classificar a luz.
Assim como um corpo metálico que, em seu aquecimento, passa desde o vermelho
até o branco, quanto mais claro o branco (semelhante à luz diurna ao meio-dia),
maior é a Temperatura de Cor (aproximadamente 6500 K). A luz amarelada, como
de uma lâmpada incandescente, está em torno de 2700 K. É importante destacar
que a cor da luz em nada interfere na Eficiência Energética da lâmpada, não sendo
válida a impressão de que quanto mais clara, mais potente é a lâmpada. Objetos
iluminados podem parecer diferentes, mesmo se as fontes de luz tiverem idêntica
tonalidade. As variações de cor dos objetos iluminados sob fontes de luz diferentes
podem ser identificadas através de um outro conceito, Reprodução de Cores, e de
sua escala qualitativa Índice de Reprodução de Cores (Ra ou IRC).
O mesmo metal sólido, quando aquecido até irradiar luz, foi utilizado como
referência para se estabelecer níveis de Reprodução de Cor. Define-se que o IRC
neste caso seria um número ideal = 100. Sua função é como dar uma nota (de 1 a
100) para o desempenho de outras fontes de luz em relação a este padrão.
Portanto, quanto maior a diferença na aparência de cor do objeto iluminado em
relação ao padrão (sob a radiação do metal sólido) menor é seu IRC. Com isso,
explica-se o fato de lâmpadas de mesma Temperatura de Cor possuir Índice de
Reprodução de Cores diferentes, Figura 1.4.
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Vida Útil
A vida útil de uma lâmpada é definida pela média aritmética do tempo de
duração de cada lâmpada ensaiada em uma determinada amostragem, sendo dada
em horas, Figura 1.5. Pode-se notar que a lâmpada incandescente possui uma vida
útil muito baixa em comparação a outros tipos freqüentemente usados.
Espelhos dicróicos
Devido ao seu volume reduzido, as lâmpadas halógenas são utilizadas em
iluminação direcionada ("spot light"), porém a irradiação térmica emitida é bastante
elevada. Por esta razão, certos tipos de lâmpadas são providos de um refletor
espelhado especial, chamado dicróico, que reflete a radiação visível e absorve a
radiação infravermelha. Com este tipo de espelho, consegue-se uma redução da
ordem de 70% na radiação infravermelha, resultando um feixe de luz emergente
"frio" ("cold light beam"), ou seja, que não aquece o ambiente.
designados por uma letra T (de tubular) seguida de um número que indica o seu
diâmetro máximo em oitavos de polegada. Por exemplo, T12 significa um bulbo
tubular com diâmetro de 12/8 polegadas. Portanto, 12/8*(25,4mm)=38mm.
Funcionamento
O tubo de vidro é recoberto com um material à base de fósforo e quando
excitado com radiação ultravioleta gerada pela ionização dos gases produz luz
visível. Internamente são carregadas com gases inertes à baixa pressão, mais
comumente o argônio. Além da cobertura de fósforo, existem eletrodos em forma de
filamentos nas suas extremidades. Sua função é pré aquecer seu interior para
reduzir a tensão elétrica necessária à ionização, dando a partida no processo de
bombardeio por íons positivos dos gases internos ao bulbo.
Quando a composição interna for à base de vapor de mercúrio, portanto não
condutiva, deve ser aplicado um gradiente de tensão de algumas centenas de volts
ao mesmo tempo em que as extremidades são aquecidas. Acontecendo a descarga
iônica, portanto, a emissão de luz U.V. e esta, excitando o fósforo da parede do tubo
de vidro, não há mais a necessidade de alta tensão entre os extremos do bulbo,
sendo reduzida para menos de cem volts, no caso de lâmpadas de baixa potência e
no máximo 175 V em caso de lâmpadas de alta potência.
A intensidade de corrente elétrica que passa através dos gases de baixa
pressão emite grande quantidade de radiação U.V. no comprimento de onda de
emissão do vapor de mercúrio. Esta é convertida em luz visível pela camada de
fósforo, que dependendo da mistura aplicada dará a tonalidade da coloração
emitida.
O diagrama da Figura 1.7 mostra a estrutura interna de uma lâmpada
fluorescente tubular e ilustra o seu princípio de funcionamento.
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Operação
As lâmpadas fluorescentes devem operar em conjunto com reatores que tem
como função proporcionar as condições ideais de funcionamento das lâmpadas
(corrente, tensão). No caso das fluorescentes comuns, elas são consideradas
universais, ou seja, funcionam em reatores eletromagnéticos partida convencional
com starter, partida rápida ou reatores eletrônicos.
Até um tempo atrás, as fluorescentes utilizavam em seu funcionamento
reatores eletromagnéticos, que trabalham em 60 ciclos/segundo (ou hertz),
provocando o efeito estroboscópico e de cintilação da luz. Esses efeitos são
realmente prejudiciais a visão, pois causam cansaço visual, pela intermitência da
luz, que pode não ser visível aos nossos olhos, mas são captados por nosso
cérebro, o que vem causar esse desconforto.
Modernamente, funcionando com reatores eletrônicos de alta freqüência, na
faixa de 35.000 ciclos/segundo (35 KHz), esse efeito é eliminado. Desta forma,
afirma-se que lâmpadas fluorescentes, quando operam com reator eletrônico, não
fazem mal à visão.
Reator
O reator deve realizar basicamente três funções:
a) possibilitar a ignição da lâmpada;
b) estabilizar a corrente da lâmpada no seu valor nominal de operação;
c) atender às especificações da forma de onda normalizadas para a corrente
da lâmpada.
Figura 1.8 - (a) Reator com pré-aquecimento. (b) Reator de partida rápida.
1.6 Interuptores
(a) (b)