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Uma brisa, uma palavra, um gesto traz-lhe exatamente o que lhe faltava.
Concebe. O criativo especialista inicia seu labor intelectual. É como uma gestação
que se põe em termos lógicos de concepção, é fecundação, é vida. É sentir em si
algo que está a gerar, é o germe da criação intelectual. Conceber é coisa tão bela
que só o ser humano é capaz de fazê-lo.
Executa. Aquele que leva a efeito, que começa e termina, chega ao fim, faz seu
trabalho com arte e técnica incomensuráveis. Imprime, pereniza sonhos e
inspirações. Transforma a ideia, o pensar, em algo concreto, palpável.
Distribuir. Nada mais é que jogar para todos os lados, entregar ou tentar entregar a
quem lhe convier. É levar o trabalho justo do estudo, da concepção e execução. É
pôr debaixo do braço todo o trabalho e tentar fazer a publicação, veiculação,
difusão, penetrar na mídia de modo geral, divulgar, após planejamento, o produto
de seu cliente ou o serviço ou, ainda, sua ideia materializada, concretizada.
A ideia, como se tem que saber, não se constitui num direito, a qualquer título que
se fale. Utilizada ela na propaganda, é “presumidamente” da agência. Ora, é
evidente que se fala de ideia materializada, lançada no mundo físico, impressa por
qualquer forma num corpo mecânico. Ninguém dela pode aproveitar-se sem que a
agência receba a remuneração adequada. A Lei no 4.680 e seu Decreto no
57.690/66, art. 9 , inciso VIII, dizem exatamente o que foi apontado. Mas não se
entenda como ideia pura inspiração sem qualquer materialização.
Direitos sobre ideias existem apenas quando elas forem materializadas pelas
pessoas físicas que a imaginaram e executaram. As agências detêm direitos quando
as obras forem coletivamente criadas.
O Contrato (verbal). A atividade publicitária é, por excelência, informal. A própria lei
prevê a necessidade da contratação. Então, a existência da formalidade garante os
direitos e sua proteção e respeito entre as partes.
Prestação de Serviços
Contrato Imagem e som de voz
Constituição Federal Art. 5o, inciso X: “X são invioláveis a intimidade, a vida
privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação.”
De início, deve-se ter em mente que a capacidade jurídica para firmar contrato é
indispensável. Se as partes não são capazes, de nada vale o contrato firmado. É
nulo. Então, agência e anunciante deverão firmar contrato de prestação de serviços
de publicidade. A agência, agindo por conta de seu cliente anunciante, irá contratar
modelos, músicos, diretores, gráficos, fotolitos, fotógrafos e até figurantes às
centenas.
É de lógica absoluta que ela, agência, saiba contratar, quem contratar. Somente
quem legalmente a represente e realmente detenha poderes para fazê-lo,
estabelecendo prazos, preços, objeto do contrato, enfim, todos os pormenores
necessários ao cumprimento de suas obrigações perante seu cliente e vice-versa.
Uma das grandes dificuldades ocorre quando chega a hora da contratação dos
direitos autorais relativos às campanhas. As agências não têm os cuidados
necessários, não se assessoram de profissionais especializados, gerando incertezas,
gerando contenciosos.
Ora, não importa o que você está a contratar; importa de forma essencial que
esteja fazendo com quem pode fazê-lo. Partes legítimas e capazes. Ser maior e
capaz significa, hoje, ter a pessoa física mais de 18 (dezoito) anos. Significa,
também, não ser interditada judicialmente, não ter problemas mentais irreversíveis
e de tal forma definidos que não causem qualquer surpresa a quem a veja, a quem
contacta com a pessoa.
Quanto à forma, para a existência e a validade de qualquer contrato, para sua plena
eficácia, no âmbito da publicidade não se exige solenidade alguma. A forma escrita,
porém, é da essência dos pactos, pois é a maneira de perenizar o que se acordou, o
que se negociou. Scripta manet. Não há forma sacramental, como se exige
solenidade para o casamento ou testamento.
Para que um contrato tenha o caráter de exequibilidade, necessário que ele tenha
assinatura das partes e de, no mínimo, duas testemunhas, e para que ele valha
perante terceiros é indispensável que esteja registrado em cartório de títulos e
documentos. É a publicidade dos negócios jurídicos.
Há, evidentemente, contratos que exigem formalidades maiores, ora em função dos
valores envolvidos (estamos no mundo do capitalismo selvagem), ora em função da
natureza do negócio; daí ser necessário mais tecnicismo, mais cautela, mais
profissionalismo em sua composição ou feitura.
Isso, porém, não quer dizer que o normal seja a permissividade, seja a
informalidade, seja a verbalidade, ao contrário, scripta manet. O que é escrito
eterniza-se, pereniza-se, constitui-se prova primeira.
Crianças e adolescentes devem ter e têm uma proteção ética específica. Busca o
Conar tudo fazer para que todas as informações sejam adequadas e que devam ser
claras. Que as locuções, as mensagens deem a elas preferência em vez de
“letering”, pois o público infantil nem sempre tem condições de entender as
mensagens, os termos apresentados. Também que as mensagens não sejam
aliciadoras, convidativas, imperativas até.
Como a própria palavra diz, o uso indevido de direitos autorais, imagem, som de
voz, é totalmente absurdo. Os direitos devem ser objeto de transmissão, parcial ou
total, por tempo certo ou indeterminado.
Por que o Poder Judiciário quer ser administrador de bens? Por que o receio da
fiscalização externa? Aliás, alguns juízes chegam às raias do temor, do medo, do
apavoramento. O medo dá o direito de malévolas interpretações. Cuide, o poder, de
julgar e já estará cumprindo sua nobre missão. É hora de repensar: o Poder
Judiciário é maior que todos nós, sem exceções.
Contudo, há lei para punir os recalcitrantes, os que desrespeitam tão nobre
atividade, e há maravilhosos juízes que honram a toga, que honram a nobre
obrigação de julgar, de dar a cada um o que é seu. Deixemos os maus juízes e a
ineficiência da Justiça.
Dá para se admitir greve de juízes? Quem julgará sua legalidade?
As consequências civis para quem age contra a lei estão expressas no Código Civil
que prevê o ressarcimento do dano, seja ele de natureza material, patrimonial, seja
de ordem moral. As indenizações ainda são muito simplórias, sob o receio de que
não se enriqueça, sem causa, aquele que sofreu o dano moral, que foi vítima de um
dano moral. Não há dano maior. A honra não tem preço.
O uso indevido de obras intelectuais, da imagem das pessoas ou do som de suas
vozes implica ressarcir. É o famoso pretium doloris que dificulta a mensuração.
Defendemos bravamente que há um preço da dor. Preço firme, justo e perfeito,
mensurável pelo julgador que, de modo substancial, deve analisar a repercussão do
ato danoso, a influência que terá no meio social onde vivem e mourejam as partes,
de modo especial a vítima.
Quando alguém causa um dano, deve ressarcir. Os parâmetros do ressarcimento, o
valor, podem e devem ser medidos. O contexto, a repercussão, os sentimentos,
ferimentos, são a medida, são o valor. Bem medidos, bem pesados, é pedagógico.
Quem não sabe quanto pesa uma calúnia? O grau de seu nefasto resultado? A
repercussão tanto moral quanto econômica e financeira. A depressão, a doença, a
vergonha. A dor dos donos da Escola de Base, no Cambuci, São Paulo, pelas
calúnias, prisões, sevícias, manchetes de todos os órgãos da imprensa, chega quase
a não ter preço. Alguns milhões, porém, seriam suficientes à reparação para que
soerguessem outra Escola de Base, bonita, boa, alto padrão, pagassem excelente
tratamento psicológico, viajassem pelo mundo afora vendo outras culturas, outras
gentes e minorassem o sofrimento horrível pelo qual passaram. Não há uma dor
mensurável? Quanto valia sua escola?
Quanto valia a honra de cada pessoa envolvida? A mágoa, a imagem, os amigos, os
inimigos, enfim, tudo aquilo que se divulgou de forma infame, insidiosa? Onde está
sua escola? Onde estão seus alunos, o resultado de seu trabalho? Várias vidas
moralmente arrasadas não têm um preço? Fez-se justiça? Lógico que não. A título
de evitar-se o enriquecimento sem causa, não são punidos os detratores da honra e
dignidade alheias. Ó tempos! Ó costumes!
Senhores dos Tribunais, a honra e a dor têm preço, sim, e muito alto.
Tudo leva a crer que se trata de ideia originária de um professor norte-americano,
que, provavelmente, a serviço de grandes empresas de comunicação espalha a
cizânia.
Aqui no Brasil, encontrou no governo cheio de “companheiros”, necessitados de
postos de mando uma brecha para a criação de órgãos fiscalizadores e
controladores.
Todos sabemos que os criativos pensam e manifestam seus pensamentos. Ora,
vamos coibir isso, dizem com certeza. Não são os valores monetários que contam.
Outros valores, por certo, buscam privar a liberdade de forma maquiavélica muito
estranha. Todos os órgãos representativos dos Autores de arte em geral, por meio
do Comitê Nacional de Cultura e Direitos Autorais estão se opondo a revogação da
Lei do Direito Autoral por razões óbvias: o Governo, estatizante, quer invadir o
universo do pensamento livre da intelectualidade.
Como? Fazendo uma lei própria, sua e dos seus “mensaleiros” de plantão. Uma
abordagem atual merece ser impressa. Há um interesse muito estranho por parte
do atual governo em revogar, alterar ou modificar fundamentalmente, o direito
autoral no Brasil.
Um projeto do M. da Cultura está sendo elaborado ou já está até pronto,
objetivando a Revogação da Lei 9.610/98.
Vejam; Lei nova, moderna, atual, começando a ser objeto de julgamentos pelos
nossos Tribunais, nela inspirados e firmando jurisprudência. Ninguém sabe, com
segurança, a razão maior. Tudo leva a crer que se trata de uma forma maliciosa
intromissão do Estado numa área especificamente de criatividade de expressão de
pensamento e sentimentos.
A impressão que se tem é que, uma enorme combinação de forças (TV, internet
grande mídia), inclusive internacionais, estão prontas para apoiar tais modificações,
pois seria a forma maior de romper as bases do direito autoral, no Brasil, como ele
é. Por que perenizar esse direito? Ora, tolher a liberdade de uso é vedar a expansão
da cultura no País, deixá-la ao alcance de todos, dizem.
Interessante: Ninguém distribui as chaves de sua casa a terceiros para que tenham
moradia saudável. O direito autoral sobrevivência dos autores nada vale. Todos
podem usá-lo sem autorização. É um retrocesso, um retorno aos primeiros do
Estado Senhor, do estado patrão.
Falar-se em uso indevido de direitos autorais sem se falar na pirataria que ocorre no
mundo editorial é esquecer aspecto de suma importância, de relevância
extraordinária.
A proteção que está prevista na Lei no 9.610/98, art. 7o, é taxativa: “Das Obras
Protegidas Art. 7o São obras intelectuais protegidas as criações do espírito,
expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou
intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como: os textos de obras
literárias, artísticas ou científicas;”
Acorda, abre a janela e prepara-se para o “bom dia”, para o primeiro olhar, o
primeiro sorriso. O que aconteceu? Lá ela não está. Sobraram folhas murchas e
pequenos galhos, imprestáveis, jogados ao chão. Alguém derrubou. A dor, a lágrima
e, por que não dizer, o ódio tomam conta de todo o seu ser. É triste. Existem meios
de ressarcir-se do prejuízo patrimonial causado. Entretanto, não é o ressarcimento o
desejo, a meta maior. A árvore está para quem a plantou como a obra intelectual
para quem a criou.
E o dano moral, o preço inestimável da dor? Já não mais verá sua árvore bela,
nascida e acariciada. Não há preço, não há reparação. Ah! E um livro? E uma obra
literária, fruto de sonhos, conhecimentos, noites indormidas, acúmulo de
conhecimentos, da arte de pensar, de despojar-se, de abrir-se para terceiros, de
antever a utilidade, deixa-se, assim, sem rigorosa proteção?
Não, evidentemente que não. Quem “clona” uma obra, quem a plagia, quem a
adultera, quem a copia clandestinamente merece o repúdio das pessoas de bem. É
um marginal que sangra e suga o sangue, que sacia sua sede, sua necessidade,
tirando de alguém a seiva de seu sentimento, oxigênio de sua alma, num gesto
torpe e sorrateiro de “levar vantagem” sobre o que sua vítima esboçou, criou de
mais saudável. O livro é um pedaço da alma de quem o escreve.
Roube-lhe dinheiro na rua, trombando com ele, mas não o faça de idiota copiando a
sua obra. É antiético, é desonestidade de propósito, é imoral, é ilegal. Um dia,
esperamos que a cultura do engodo, da “malandragem”, não tenha espaço entre
nós. E só depende de nós, todos nós, formadores de opinião ou meros cidadãos
corretos, honestos e justos.
A obra intelectual não pertence tão só ao autor. Transcende e passa,
filosoficamente, a ser da humanidade. Não se deve, em hipótese alguma, brincar
com o direito que é muito maior que um bem imóvel que se registra, cuja posse é
“minha”, ele está ali. A obra intelectual sublima. O autor entrega ao mundo, mas a
quer protegida. É um filho, é uma filha. Saiu de seu ventre, você não comprou.
Entretanto, você quer que a sociedade, o Estado, dê-lhe proteção e a sua arte.
A Lei do Direito Autoral ampara, pois, a obra literária, artística ou científica, punindo
aquele que dela se utiliza indevidamente. Devemos alertar: instituições voltadas
para a educação têm a obrigação de não dar guarida aos “piratas”, sobretudo
porque elas podem ser punidas pela omissão ou pela ação, inclusive criminalmente.
Há, também, punições administrativas com aplicação de multas pesadas.
Causam prejuízos aos autores e suas editoras que investem, pagam impostos,
geram empregos e são vítimas de falcatruas, de “bandidagem” mais bem vestida,
até engravatadas.
O que dizer? Precisamos ter jovens sérios, estudando em faculdades sérias, com
professores sérios. A Universidade é um templo e não um estágio de
aperfeiçoamento de criminalidade. Bastam as penitenciárias, verdadeiros cursos de
doutorado em matéria de crime. Não, ensinemos a nossos alunos que busquem,
jamais, a vantagem delituosa, a cópia ilegal, a contrafação.
Nada de cópias ilegais. Não é ético, não é legal.
Plágio
Sob o ponto de vista ético, em relação à propaganda, o plagiador, o contrafator e
demais categorias de delitos próprios do uso indevido da criação das obras
intelectuais sofrem sanções do Tribunal Ético, Conar, recomendando a suspensão de
campanhas, pedindo a retirada do ar, o que, por si só, é uma desmoralização do
infrator (pessoa física) e para sua agência, refletindo sobre o anunciante e, de modo
invulgar, sobre o produto.
Surgem os exemplos. Quem não tem essa visão das coisas é cego, não tem
qualquer sentido de vida. “Cego” figurativamente, medíocre, nada tendo a ver com
maravilhosas pessoas com deficiência visual, mas fabulosas, capazes de se
ombrearem aos luminares. O deficiente de caráter é uma laranja podre no laranjal.
Que fique a distância dos frutos bons.
O contrafator se beneficia do direito de algo que não lhe pertence. Invade o direito
patrimonial do autor, aufere vantagens pecuniárias em prejuízo do verdadeiro dono.
Cabe, pois, ao autor aproveitar-se dos benefícios originários dos direitos materiais e
morais da sua obra.
Para que não se tenham dúvidas, basta se ver o que estipula o art. 7º da Lei
9.610/98, onde claro está a relação das obras protegidas. O plagiador adultera e o
contrafator reproduz, desautorizadamente, a obra alheia. São siameses para o
crime. Então, tanto legalmente quanto eticamente o plágio é crime e imoral, fere os
princípios gerais do comportamento publicitário.
Crianças e adolescentes devem ter e têm uma proteção ética específica. Busca o
Conar tudo fazer para que todas as informações sejam adequadas o que devam ser
claras. Que as locuções, as mensagens deem a elas preferência em vez de
“letering”, pois o público infantil nem sempre tem condições de entender as
mensagens, os termos apresentados. Também que as mensagens não sejam
aliciadoras, convidativas, imperativas até.
Sanções Civis
Várias são as sanções que se aplicam aos que não cumprem as regras emanadas
pelos órgãos vigilantes da atividade e pela Lei. As sanções éticas estão previstas
nos códigos, nas normas que disciplinam a atividade. Vejamos: retirada do ar da
peça publicitária por recomendação do Conar. Não há sanção ética maior. Multa
aplicada pelo departamento geral do trabalho, recomendação de alterações,
divulgação da posição tomada pelo Conar, por meio de veículos de comunicação
pelo não-acatamento das medidas preconizadas pelo órgão julgador.
São várias e todas elas sem prejuízo das judiciais cabíveis de competência exclusiva
da parte interessada. O Conar só atua ex officio quando uma peça seja tão antiética
que fira a sociedade como um todo à luz do órgão fiscalizador, sem qualquer
dúvida.
Tais campanhas, tais imagens, não vendem nada, a não ser algumas vitaminas para
jovens púberes que se desgastam nos enlevos sexuais próprios da idade.
É mediocridade, pensam estar vendendo cervejas mas, em verdade, vendem
Biotônico Fontoura ou o elixir “Óleo de Fígado de Bacalhau”. É falta de imaginação,
é disseminação da bobagem, é desperdício de recursos que poderiam ser bem
melhor aproveitados em campanhas formidáveis.
Por outro lado, aparecem, em verdade, atentados ao pudor e até mesmo crimes
contra a honra. São eles: calúnia, difamação e injúria. Há peças que, hoje, chegam
ao patamar da prática delituosa. Sem rodeios. Promovem a indecência, as práticas
sexuais incestuosas, o preconceito, entre outras coisas que já não mais se pode
combater.
Ao se atribuir, em textos mal elaborados, fatos definidos e previstos como crimes na
Lei Penal Brasileira (lato sensu) a alguém, ou qualquer coisa que invada a honra, a
dignidade, o decoro das pessoas, o comunicador está cometendo delito contra a
honra, delito passível de privação da liberdade pessoal e de reparações civis.
Apresentadores que são, também, mensageiros de campanhas publicitárias são
verdadeiros ofensores de dignidade. Nunca se deve esquecer que há uma
solidariedade entre a agência, o anunciante e, por regresso, o criativo, o criador e
produtor da peça antiética imoral, enfim, feridora da lei e dos princípios gerais da
ética.
É dever, entre os deveres, divulgar a verdade. Quem assim procede, normalmente,
tem êxito definitivo. O outro, o oposto, é fogo fátuo. Não é concorrente. Acende e
apaga como o vagalume e só tem êxito na escuridão da noite. O profissional ético
tem qualidade e seu progresso é duradouro. É lembrado. Ele é marca famosa.
Como agora o assunto é, realmente, a ética na publicidade, nada mais justo que
iniciarmos com a transcrição, na íntegra, do Código de Auto-Regulamentação.
O Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitário (Conar), em seu 3º
Congresso em 1978, em São Paulo, resolveu, por seus pares, dar um basta à total
informalidade ética que assombrava a atividade. Autoproclamou-se legislador e
procurou dar regras à atividade.
Então, os luminares da publicidade resolveram estabelecer normas, critérios,
princípios articulados de procedimentos básicos para maior estratificação e alicerce
de comportamento da categoria. Fazer o Direito.
Vejamos que não é norma imperativa emanada do Poder Legislativo brasileiro em
qualquer plano hierárquico. É norma corporativa, sendo que os próprios
interessados, a própria atividade se sentiu na obrigação de se impor critérios de
comportamento e sanções.
Analisem, de modo especial, os jovens acadêmicos, as diferenças entre leis
federais, estaduais, municipais e as normas éticas existentes, suas razões de ser,
sua necessidade de atuação no equilíbrio da sociedade a que se destinam. As
regras emanadas do Conar e passíveis de aplicação em julgamento do Tribunal de
Ética estão condensadas em artigos que estabelecem as respectivas sanções.