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HOMICÍDIO PRIVILEGIADO
Art. 121, §1º do CP – “Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou
moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz
pode reduzir a pena de um sexto a um terço”.
Hipóteses que privilegiam
OBS: Não é qualquer motivo que é nobre, devendo o este ser relevante.
Não há requisito temporal (independem do tempo)
II - MOTIVO FÚTIL
É uma reação desproporcional a uma ação ou omissão da vítima.
Ex: Age com motivo fútil o cliente que mata o dono do bar pelo fato de este ter lhe servido cerveja quente.
OBS: A ausência de motivo em tese não qualifica o homicídio, pois viola o princípio da legalidade estrita a
equiparação com a futilidade.
Anote-se ainda que motivo fútil e motivo injusto não se confundem: todo crime é injusto, pois o sujeito
passivo não é obrigado a suportá-lo, embora nem sempre seja fútil.
V - Homicídio Finalístico
Conexão teleológica, conexão consequencial
OBS: Os crimes visados ou que visam praticar ou esconder, não necessariamente precisa ser praticado pelo
autor do homicídio.
OBS: A conexão meramente ocasional não qualifica o homicídio (não basta matar por ocasião de outro
crime, é preciso que exista uma relação entre os 2).
É irrelevante o tempo entre os crimes.
FEMINICÍDIO
VI - Contra a mulher por razões da condição de sexo feminino
O feminicídio foi criado em 2015 para coibir a violência de gênero contra a mulher.
Para configurar violência contra a mulher é preciso que exista uma relação de vulnerabilidade (relação
de submissão), no ambiente doméstico, da família ou em qualquer relação íntima de afeto,
independentemente de coabitação.
Independe de orientação sexual e o agressor não necessariamente tem de ser um homem.
Feminicídio é o homicídio doloso cometido contra a mulher por razões da condição do sexo feminino.
Art. 121, §2 – A - Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:
I- Violência doméstica familiar;
II- Menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
Participação em suicídio
. Caso não exista mortes ou lesões graves a participação em suicídio é fato atípico.
. É uma condição objetiva de punibilidade.
. Suicídio é quando alguém diretamente e conscientemente elimina a própria vida, de modo que não haverá
punição para os suicidas. (Princípio da alteridade)
. Direito penal só pune aquilo que afeta o bem jurídico de terceiro.
. O que se pune é o terceiro que concorre para o suicídio
. Bem jurídico tutelado = Vida extrauterina.
CUIDADO!
. O suicida não comete crime algum.
. Sujeito ativo = qualquer pessoa (que é autor do 122 e não participe)
. O suicida não se enquadra no crime .
. Sujeito passivo = Qualquer pessoa capaz (que tem capacidade de autodeterminação)
OBS: Não haverá crime se o induzimento for genérico destinado a pessoas incertas. CONDUTAS: (induzir,
instigar, auxiliar)
CUIDADO!
. O auxílio ele é sempre acessório.
Tipo subjetivo = Dolo
. Em regra existe dolo direto ( sendo cabível a depender do caso, dolo eventual )
. Consumação = Trata-se de crime material exige ou resultado morte ou lesão corporal grave.
Majorantes = motivo egoístico, vítima menor ou tem diminuída, por qualquer caso, a capacidade de
resistência.
. Ação Pública Incondicionada
INFANTICÍDIO
. Art. 123 do CP
. Trata se de uma forma especial de homicídio que ocorre quando a mãe sob a influência do estado puerperal
mata o próprio filho.
. Homicídio : 6 a 20 anos
. Infanticídio : 2 a 6 anos
ESTADO PUERPERAL: É um transtorno que ocorre na mulher em razão do parto provocando alterações
psíquicas e/ou físicas.
OBS: O estado puerperal deve ser provado através de perícia e a depender do grau de desequilíbrio ela
poderá ser declarada inimputável.
CUIDADO!
. Infanticídio exige um nexo de causalidade e existe um nexo temporal durante ou logo após o parto -
ESTADO PUERPERAL
. Clinicamente não a consenso sobre a duração do estado puerperal, daí por que o CP estabeleceu o nexo
temporal.
. Infanticídio é crime bipróprio - Existe uma condição própria de sujeito ativo.
. O sujeito ativo necessariamente tem que será mãe e o sujeito passivo necessariamente tem que ser o filho.
. O infantício é a destruição de uma pessoa, o aborto é a destruição de uma esperança.
. No caso da mãe que mata outra criança diferente do seu filho pensando ser ele haverá infanticídio putativo
(Não será considerada a vítima real mas sim a vítima virtual)
Tipo subjetivo = Exige Animus Necandi (dolo de matar)
E se a mãe sob influência do estado puerperal mata o neném sufocado?
Haverá homicídio culposo. Não existe infanticídio culposo de modo que caso a mãe mate culposamente o
próprio filho.
Consumação = Trata se de crime material e crime de tentativa.
Não confunda artigo 123 com o artigo 133 do CP.
Aborto
. Aplicável apenas aos artigos 125 e 126, pois autolesão pelo princípio da alteridade não é punível para
gestantes.
. Aplicada somente para os terceiros (seja aquele que praticou com ou sem o consentimento da gestante)
. Ambos os resultados devem advir de culpa, de modo que a qualificadora é preterdolosa (Dolo no
antecedente e culpa no conseqüente).
. Se houver dolo de matar ou lesionar haverá concurso entre aborto sem a qualificadora com homicídio ou
lesão.
. Partícipes do artigo 124 não se enquadram no artigo 127, pois não há prática nem ato executório.
CUIDADO!
. A qualificadora não exige que o aborto se consume, mas sim que a gestante sofra lesão grave ou morte em
razão dos meios empregados para praticar o aborto.
Ex: Uma pessoa se dirige a uma clínica clandestina e no meio do procedimento rompe uma veia da
paciente, ela começa a sangrar, ele liga para o samu, a vítima morreu e o feto sobreviveu.
O cara vai responder por tentativa de aborto qualificado pela morte da gestante. Ele não teve dolo de praticar
a morte da gestante.
ARTIGO 128
I- Aborto necessário
Aquele em que o aborto é essencial para salvar a vida da gestante.
Sacrificou um bem menor para salvar um bem maior.
Deve ser necessariamente praticado por um médico, independentemente, do consentimento da gestante
ou autorização judicial, devendo ficar claro para o médico que há perigo de vida para a gestante e não há
outro meio para salvá-la.
Não pode haver recusa do médico em fazer o aborto
Lesão corporal é toda e qualquer ofensa capaz de provocar danos no funcionamento do corpo humano,
abrangendo tanto a saúde corporal, fisiológica e mental.
Não confundir a agressão que não causa qualquer dando à incolumidade física da vítima que configura
vias de fato com lesão corporal.
Lesão corporal absorve vias de fato.
Lesão corporal tem sangue.
O dolo da lesão é ofender a integridade física de alguém.
Lesão corporal seguida de morte é um crime preterdoloso.
Enquanto a vida é um bem jurídico indispensável, a integridade física é relativamente dispensável, daí
porquê pequenas lesões podem ser consentidas.
Pequenas lesões não configuram lesão corporal.
Sujeito ativo = Qualquer pessoa, não se punindo a autolesão.
Conduta = A lesão é simples sempre que não ocorrer resultados que a qualifique. Precisa de um
resultado naturalístico.
O que qualifica a lesão é sempre o resultado; A dor influencia na dosimetria da pena, assim como a
pluralidade de ferimentos.
Tipo subjetivo = animus vulnerandi (dolo de ofender a integridade física de alguém)
. O estado necessidade de terceiros exclui o crime.
. O exercício regular de direito (excludente de ilicitude) permite a realização de cirurgias, desde que haja
consentimento, lesões decorrentes de práticas esportivas (desde que não haja abuso) e também de doação de
órgãos.
. Em todos esses casos se ficar comprovado inobservância de regra técnica haverá lesão culposa.
. Se a lesão tiver por finalidade humilhar a vítima será crime de injúria real (art 140,§2º)
. Injúria real absorve lesão corporal a depender do dolo.
Ex: Dedadas no menino em Missão Velha.
Consumação = Trata-se de crime material exige resultado naturalístico.
. Precisa de um exame de corpo de delito.
. Ausentes os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir a falta
. Arts. 158 e 167 do CPP
. Nos crimes cometidos com violência o artigo 129 será absolvido por conta do bis in idem.
QUALIFICADORAS
CUIDADO!
V- Aborto
. Trata se de qualificadora preterdolosa.
. O cara tem que ter ciência que a mulher se encontra grávida.
Tem que ter dolo.
I.Aplicável apenas quando a lesão for leve. Permite a substituição da pena por multa, devendo ser observado
se houve legítima defesa.
II. Lesões recíprocas.
. Ambos se ferem e é comprovado que um deles agiu em legitima defesa e o outro condenado com a
substituição.
. Os 2 se ferem e não é legitima defesa, logo, os 2 serão condenados com a substituição.
. Trata-se da qualificadora que somente se aplica a lesão corporal dolosa leve quando envolver os familiares
ou pessoas que convivem no mesmo ambiente doméstico.
CUIDADO!
. Tal qualificadora protege tanto homens quanto mulheres, desde que seja no ambiente familiar ou
doméstico. Em havendo qualquer das hipóteses de lesão corporal grave ou gravíssima o §9º deverá ser
utilizado como agravante do artigo 61 do CP.
. Enquanto no homicídio o caráter funcional qualifica na lesão corporal se trata de majorante. . Se a lesão
corporal for gravíssima ou seguida de morte haverá crime hediondo.
Ação Penal