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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

PRÓ-REITORIA DE ENSINO E GRADUAÇÃO


CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SANTANA
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

PEDRO EUCLIDES BARBOSA DE ALMEIDA

RESENHA DO ARTIGO – A governamentalização de ‘almas’ católicas: igreja e


educação no século XIX

SANTANA – AP
2016
PEDRO EUCLIDES BARBOSA DE ALMEIDA

RESENHA DO ARTIGO - A governamentalização de ‘almas’ católicas: igreja e


educação no século XIX

Trabalho apresentado à Disciplina Historia


Geral da Educação do Curso de Lic.
Plena em Pedagogia da Universidade
Federal do Amapá como requisito de
avaliação de aprendizagem dos
conteúdos programáticos.
Professor: Raimundo Erundino S. Diniz.

SANTANA – AP
2016
PIRES, Carlos M. Pimenta. A governamentalização de ‘almas’ católicas: igreja e
educação no século XIX. Revista brasileira da história da Educação. Maringá-PR,
v. 15, n. 1 (37), p. 23-50, jan./ abr. 2015.
Doutor em História da Educação pela Universidade de Lisboa. Mestre em Educação
pela Universidade de São Paulo. Bacharel e Licenciado em História pela
Universidade de São Paulo. Especialista em estudos da história do pensamento
pedagógico e das instituições de ensino.

O texto de Carlos Manoel Pimenta Pires, foi executado com o objetivo de


analisar as encíclicas papais do século XIX, onde o autor tenta mostrar que as
práticas da Igreja Católica, no que se refere à educação, buscou dar destaque para
a transmissão de conhecimentos voltados para a evangelização. Esta forma de
educar torna-se de fundamental importância para a manutenção da ordem na
formação das classes sociais daquele período, pois em seu processo de educação
voltada para a religiosidade era transmitida a ideia de que todo fato ocorrido na vida
do ser humano é de vontade divina. Entretanto, por ser um período de muitas
transformações, havia a necessidade de reafirmação do poder que a igreja estava
deixando de exercer na sociedade.
O texto está dividido em quatro partes: A primeira parte trata da preocupação
da igreja em reconquistar sua hegemonia no campo da educação. A segunda mostra
que quando a educação deixa de ser dominada pela igreja passando a u plano
secundário, o papado preocupa-se em manter sua soberania. O autor utiliza
GREGÓRIO XVI (1999c, p. 27), como fundamento de suas ideias. A terceira, exibe a
articulação existente entre governo, pastorado e disciplina na organização de uma
nova forma do poder eclesiástico, como argumentos o autor usa encíclicas de PIO
IX (1999d, p. 97). Na quarta e última parte o autor, fundamentando-se na encíclica
Qui Pluribus de PIO IX (1999d, p. 89), trata da disciplinarização direta do indivíduo.
Segundo o autor, a faixa temporal de seu estudo foi um período de muita
controvérsia política, religiosa e científica, citando AUBERT (1975), BUCHBERG
(2005) e COUSIN (1991), ele procura mostrar a crise institucional vivida pela igreja
naquela época. Usando HOBSBAW (1994, p. 24), trata dos movimentos racionais
que, apesar de serem fomentados por uma minoria da sociedade, tiveram uma
grande importância. Expõe ainda, a proibição da igreja de administrar qualquer
instituição educacional na França. Isso tudo dentro de uma proposta com intuito de
demonstrar os recursos utilizados pela igreja na tentativa de superar o momento de
crise e manter-se exercendo seu poder no seio da sociedade.
Para justificar seu posicionamento, o autor usa VARELA (1983, P. 265-266),
CARON (1996), quando trata da principal atitude tomada pela igreja para manter-se
influente, que foi assumir a educação dos filhos dos nobres e da extinção da
Companhia de Jesus, respectivamente. Fazendo uso da encíclica Mirari Vos
(GREGÓRIO XVI, 1999c, p. 27), o autor trata da atitude tomada pela igreja em
relação aos movimentos sociais que vinham acontecendo naquele período na
tentativa de reassumir o controle e o domínio da sociedade, dentre estas, pode-se
citar, o combate à publicação da bíblia traduzida nos mais diversos idiomas e a sua
livre interpretação, com o discurso de que tudo era falso, pois a verdade era o que a
igreja afirmava.
Em face a esta situação, a cúpula administrativa da igreja muda radicalmente
seu modo de agir, segundo o autor, e passa a buscar o apoio de todos aqueles que
pudessem auxiliar com o retorno da influência da igreja dentro da sociedade. O
autor, com auxílio de AUBERT (1975), explica que os membros da igreja começam a
buscar nas cidades pessoas que exercessem, ou tivessem exercido, influências com
suas ações no meio social para transformá-los em santos e, assim, chamar atenção
das populações locais para a religiosidade pela crença em seus santos. Citando
CHÂTELLIER (1994, p. 236), o autor fala da mudança que houve na atitude do
corpo gestor da igreja, nesta transformação o padre não assumia mais a posição de
salvador, mas sim, transformava-se em uma pessoa que procurava compartilhar
com os fiéis a salvação.
Do exposto têm-se que as mudanças ocorridas trouxeram uma evolução
indiscutível na busca incansável pela manutenção do poder no meio social por parte
da igreja. Dentre estas destaca-se a descentralização deste tão almejado poder, pois
a partir daí foram feitas novas composições na administração. E todas as instituições
que faziam parte da igreja, tais como paróquias, colégios, seminários, monastérios,
etc. passaram a ter representatividade com isto tinham autonomia e governança.
Com esta atitude tomada, houve receio de que se instalasse um clima de
insegurança na sociedade. Então o autor, citando BAUMAN (2000), explica que o
passado é algo a ser superado sempre e o futuro é sempre duvidoso, portanto,
deve-se paralisar o presente, prendendo o sujeito na sua intimidade através do
bloqueio de suas ações.

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