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Tribunal do Júri
Data: 18/09/2018
Local: Auditório da Faculdade La Salle
Juiz (a): Daniele Ferreira
Advogado de defesa:
Ré: Nádia
Vítima: Sthefani
O presente júri tem como objetivo absolver ou condenar a ré acima citada, pelo crime de
homicídio tentado qualificado (Art. 121, § 2 c/c Art. 14, Inciso II, Ambos do CP) contra a vítima Sthefani. A
tentativa foi por motivo de discussão entre a a ré e a vítima em um bar. O crime ocorreu no dia 04/02/2012
na Avenida Brasil, Bairro Alvorada.
A primeira testemunha ouvida foi o policial militar Jarlis, que atendeu a ocorrência em um bar, tendo em
vista perfurações por arma branca efetuadas na vítima pela proprietária do estabelecimento a ré sra.
Nádia, a vítima foi deslocada até o hospital São Lucas.
A defesa enfatizou que no momento da chegada da testemunha ao local da ocorrência, o bar estava
fechado, não sendo possível testemunhar a respeito da briga que antecedeu o crime.
A segunda testemunha sra. Larissa Rauber, na data dos fatos a vítima estava em um bar próximo ao local
do ocorrido, e reconheceu um conhecido, decidiu ir até o bar da ré a fim de cumprimenta-lo. Ao chegar
ao estabelecimento, iniciou-se uma discussão entre as partes por motivos desconhecidos, em seguida a
ré atacou a vítima desferindo-lhe golpes de faca. A sra. Larissa prestou socorro levando a vítima ao
hospital. A defesa alega que a testemunha não acompanhou a discussão, apenas prestou socorro no
momento do crime.
A terceira testemunha possui grau de parentesco com a ré, sendo seu filho sr. Eder. O mesmo informou
que trabalhava junto a mãe no bar, e que a relação entre as partes sempre foi normal, visto que a vítima
Sra. Sthefani trabalhava meses antes dos fatos ocorridos no bar da ré Sra. Nádia. Afirmou categoricamente
que sua mãe tinha conhecimento da orientação sexual de Sthefani, porém isso não alterava em nada o
bom relacionamento entre as duas. Sobre o motivo da dispensa da vítima do trabalho ocorrida meses
antes dos fatos, seria por que a mesma saia durante os fins de semana e não comparecia ao horário de
expediente sem dar satisfações. Durante o crime a testemunha informou que estava assistindo TV, e teria
escutado barulho de garrafas sendo quebradas no bar, porém não presenciou a briga nem as vias de fato.
A quarta testemunha também possui grau de parentesco com a ré, sendo seu filho sr. Evandro. Segundo
o mesmo, no momento dos fatos estaria jogando bola em um ginásio, recebeu uma ligação de sua tia
informando o ocorrido. De acordo com as informações recebidas, a vítima sentou-se na mesa de bar e
começou proferir palavras de baixo calão em relação à ré. A ré pediu que a mesma parasse com aquilo
Pois estaria incomodando os demais clientes do estabelecimento, e sendo ela a dona do local, precisa de
respeito. A vítima então teria empurrado a ré e puxando-lhe o cabelo com força, inclusive arrancando
muitos fios, então a ré utilizou de arma branca (faca) para defender-se dos ataques. Informou que ao
chegar ao bar o mesmo já estava fechado.
Observado o fato que no inquérito policial a testemunha outrora citada não informa das lesões
corporais sofridas pela ré.
A ré Sra. Nádia foi ouvida, confirmou que realmente houve a discussão, ela esfaqueou Sthefani, mas que
agiu em legítima defesa pois a mesma conforme as testemunhas relataram, machucou-a puxando seus
cabelos. Confirmou também o bom relacionamento que havia entre a mesma e a vítima, e que demitiu-
a por assuntos estritamente profissionais. A ré possui bons antecedentes, boa índole, residência fixa.
SENTENÇA:
Para a juiza singular da comarca, o crime tipificou-se no artigo 129 do CP, lesão corporal de natureza
leve e não tentativa de homicídio qualificado (Art. 121, § 2 c/c Art. 14, Inciso II, Ambos do CP).
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