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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

DISCIPLINA: Psicologia do Desenvolvimento da Aprendizagem

PROF. Ildete Dominici

Psicologia do Desenvolvimento da Aprendizagem

Concepções sobre Aquisições de Conhecimento

 INATISMO

1. Contextualização Histórica

A teoria inatista começou a se desenvolver na Grécia com o pensamento


Platônico de Mundo das ideias, no qual argumenta que as ideias transcendem a matéria.
Ou seja, a duas concepções de mundo para Platão: uma da matéria que nosso corpo
pode interagir, e o que está além do espaço físico, são onde são concebidas as ideias e a
formação do conhecimento.

2. Concepção da Aprendizagem X Desenvolvimento

Nesse caso, não há uma noção de aprendizagem, mas sim de relembrar aquilo
que o indivíduo já sabia em outras vidas (isso em uma concepção antiga, ninguém
aprende, apenas relembra o que já sabe.). Na visão moderna do inatismo, o aprendizado
decorre daquilo que já vem com o indivíduo, a partir de fatores das heranças biológicas.
Em outras palavras “a educação na visão teórica inatista decorre de dentro para fora”.
Em outras Palavras, o ser só desenvolve aquilo que ele já está predestinado ou
habilitado por fatores internos.

3. Conceitos Básicos

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O aprendizado é determinado por fatores inatos dos indivíduos. Ou seja, o ser
humano já nasce com propenso a uma determinada habilidade de conhecimento.

4. Utilização do Mecanismo de Aprendizagem e o papel do Educador e da Escola

É perceptível que nessa teoria o aluno recebe toda responsabilidade e cobrança


de pelo aprendizado: se aprendeu foi porque tinha que aprender, e se não aprendeu foi
porque não era capaz. A Escola fica apenas com a função de explorar ou desenvolver o
que o aluno já é capaz.

 EMPIRISMO

1. Contextualização Histórica

“Nascemos como uma folha em branco”. Como salienta John Locke, que foi um
dos grandes teóricos dessa corrente, no qual foi ganhando força ao longo do tempo.
Sendo que desde a Antiguidade Clássica, com Aristóteles, já havia m pensamento no
qual se baseia na lógica de que o conhecimento é alcançado pela experiência. O que os
ingleses fizeram foram aprimorar essa concepção e dizer que o indivíduo é formado
pelos fatores externos.

2. Concepção da Aprendizagem X Desenvolvimento

Nesse o aprendizado decorre das experiências que o indivíduo vai tendo do meio
de convivência, o qual vai sendo modelado pelos fatores externos e assim se
desenvolvendo a partir dos paramentos determinista do meio.

3. Conceitos Básicos

É a teoria que assegura que o conhecimento e formação do homem é


adquirido pela experiência que decorre do ambiente externo.

4. Utilização do Mecanismo de Aprendizagem e o papel do Educador e da Escola

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Nesse caso, os fatores externos serão os maiores responsáveis pela
aprendizagem, e a escola será esse ambiente de trocas de experiências que produzirá o
conhecimento e formará o indivíduo.

 Teoria Cognitivista de Jean Piaget

1. Contextualização Histórica

Piaget nasceu em 1896 na cidade de Neuchâtel, na Suíça. Com 10 anos de idade


publicou seu primeiro artigo cientifico sobre o pardal albino. Desde muito cedo
mostrou-se interessado em várias de conhecimento. Formou-se em Biologia da
universidade de Neuchâtel, posteriormente mudou-se para a cidade de Zurique aos 23
anos, onde iniciou sua pesquisa sobre o raciocínio da criança sob a ótica da psicologia
experimental. Já em 1924 lançou seu primeiro livro dos vários que veio a publicar que
falava sobre a Linguagem e o Pensamento na Criança. Com o decorrer de sua carreira
ocupou inúmeros cargos em universidades. Além de trabalhar no instituto Jean Jacques
Rousseau na diretoria, no mesmo período quando pode acompanhar o desenvolvimento
dos filhos que o possibilitou de formular o “ajustamento progressivo do saber”. Até o
fim de sua vida dedicou ao campo do saber e ocupando vários outros cargos em
universidades e morreu em 1980 aos 84 anos.

2. Concepção da Aprendizagem X Desenvolvimento

Na teoria de Piaget podemos identificar a concepção de como o aluno aprende a


partir da gênese do conhecimento quando começamos a conhecer e a interpretar o
ambiente que estamos inseridos, já que dependendo também de sua faixa etária ela
compreenderá certos conceitos que em outras fases não compreenderiam. Fazendo
assimilações e posteriormente acomodações. Fazendo ainda uma relação na teoria
Darwinista de que a inteligência teria como base biológica.

3. Conceitos Básicos

Assimilação: é o conhecimento que o aluno já possui, nesse caso é objeto do mundo


exterior já preexistente no mental da criança. Por exemplo: a criança tem a ideia mental

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que as aves voam, com pernas e asas então assim ao ver uma avestruz também irá
concluir que ave também voa.

Acomodação: Nesse caso é o novo conhecimento. Quando surgem as modificações por


influência do mundo externo, assim depois de aprender irá correlacionar com o antigo.
Por exemplo: perceberá assim que ver avestruz que nem toda ave voa, adaptando seu
conceito geral.

Estágios de Desenvolvimento: É o conceito essencial da epistemologia genética é o


egocentrismo, que explica o caráter mágico e pré-lógico do raciocínio infantil. No qual
existem quatros estágios básicos cognitivos: Sensório-motor de 0 a 2 anos
quando as crianças começam a administrar seus reflexos básicos para que gerem ações
prazerosas ou vantajosas; Pré-operacional que vai dos 2 aos 7 anos fase que se
caracteriza pelo surgimento da capacidade de dominar a linguagem e a representação do
mundo por meio de símbolos, porém ainda continua egocêntrica e sem capacidade
morais e de se colocar no lugar do outro. Operações Concretas dos 7 aos 11 anos
quando começa a ter um marca de aquisição de noção de reversibilidade das ações,
também surge à lógica nos processos mentais e habilidade de discriminar os objetos por
similaridades e diferenças, já tendo obtidão de dominar conceitos de tempo e número. E
por último estágio de Operações Formais de crianças por volta dos 12 anos sendo a
passagem para fazer adulta em termos cognitivos, pois passa a ter domínio do
pensamento lógico dedutivo, o que habilita à experimentação mental.

4. Utilização do Mecanismo de Aprendizagem e papel do Educador e da Escola

O professor poder usar desses mecanismos em sala de aula para adaptar de


forma mais clara e sem ser invasivo na hora de ensinar. Primeiramente pode iniciar por
meio de uma sondagem sobre o conhecimento que o aluno já possui para adaptar
maneira de explicar sendo a modo mais fácil de acomodação com o saber dela. Além de
que todos têm um tempo de aprender, pois cada estágio tem seu jeito de compreender a
cada situação e entendimento de conceitos e sujeitos abstratos e concretos.

 Teoria de David Ausubel

1. Contextualização Histórica

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David nasceu em 1918 após a primeira guerra mundial, sua família era judia,
pobre e imigrante da Europa central, dentro de suas condições não pode ter uma
educação boa ao ser ver, já que a mesma era baseada na opressão dos alunos com
castigos. Por ser de uma família judia sofre as pressões do período entre as guerras,
mais que foram amenizadas devido à vinda de seus pais a para o EUA onde nasceu.
Quando adulto resolve se formar em psicologia além de ser médico, psicólogo,
professor e educador com especialização em Educação com objetivo de melhorar o
mecanismo de ensino. Forma-se no Canadá. Escreveu alguns livros com foco da
educação e veio a morrer em 2008.

2. Concepção da Aprendizagem X Desenvolvimento

A noção da aprendizagem é significativa e no processo de ensino deverá fazer


com que a informação que está sendo passada tenha sentido para o aluno. Então no
decorrer do desenvolvimento desse ensino o conteúdo irá se relacionar com aquilo que o
aluno já possui de conhecimento para que o mesmo possa assimilar o novo com o velho,
através da estrutura cognitiva que parte do conhecimento do aluno.

3. Conceitos Básicos

Aprendizagem significativa- é o processo usado para transmitir uma nova


informação relacionando com o conhecimento anterior do aluno que ele já possui.

Estrutura cognitiva: são os conhecimentos que o individuo possui por meio de


suas experiências.

Aprendizagem mecânica: é o ensino baseado na pedagogia tradicional o aluno


é apenas receptor que deve armazenar conteúdo apenas memorização sem entender de
fato o assunto.

4. Utilização do Mecanismo de Aprendizagem e o papel do Educador e da Escola

A partir de Ausubel podemos ver que houve grande contribuição no campo do


ensino pela sua preocupação no ensino, pois começou a se ter um maior cuidado no
ensino onde visava aprendizagem da criança e seu entendimento, além que ela pudesse

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relacionar o seu conhecimento com aquilo qual estava sendo ensino, dentro da escola e
no papel do educador é de grande importância devido ambos terem um maior cuidado
de como iriam ensinar determinado assunto para que todos que estiverem na classe
compreendam o tema e não apenas gravem, pois o intuito da escola é conhecimento dos
alunos e não memorizadores.

 Teoria Histórico-Cultural de Vigotsky

1. Contextualização Histórica

Lev Semenovich Vigotsky (1896-1934). Nasceu na Bielo-Russia, em 5 de


novembro, graduou-se em direito pela Universidade de Moscou, dedicando-se à
pesquisa literária. Entre 1917 e 1923 atua como professor e pesquisador no campo de
Artes, Literatura e Psicologia. A partir de 1924 aprofundou sua investigação no campo
da Psicologia e Educação de Deficientes, desenvolvendo com outros cientistas estudos
nas áreas de anormalidades físicas e mentais. Com mais uma especialidade em medicina
é convidado para dirigir o Departamento de Psicologia do Instituto Soviético de
Medicina Experimental. Após seu falecimento em 1 de junho de 1934, a divulgação de
suas obras foi proibida. Apesar de ser um militante do partido comunista, ele ressaltava
o aspecto individual da formação da consciência e a ideia de uma coletividade
construída através de pessoas com singularidades próprias. Procura entender a
estagnação que a psicologia se encontrava no inicio do século XX. Através da Teoria
Histórico Cultural. Vigotsky desenvolveu estudos que demonstravam a mediação social
no desenvolvimento das funções psicológicas superiores

2. Concepção da Aprendizagem X Desenvolvimento

O desenvolvimento da criança inicia-se com a sociabilidade, é o ponto de partida


das interações sociais com o meio que o cerca, pois o ser humano não pode existir nem
experimentar o desenvolvimento de sua espécie como uma ilha isolada. Por origem e
por natureza tem necessidade de se relacionar com os demais, pois de modo isolado não
é um ser completo.

Segundo Vigotsky, já no nascimento da criança, há uma relação entre


aprendizagem e desenvolvimento. Nesse ponto concorda que o desenvolvimento é

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construído em parte pela maturação do sujeito, porém assegura que é a aprendizagem
que propicia o surgimento dos processos psicológicos internos, e que estes processos
ocorrem pela interação do individuo com o ambiente cultural.

3. Conceitos Básicos

As funções psicológicas têm um suporte biológico, pois são produtos da


atividade cerebral; O funcionamento psicológico fundamenta-se nas relações sociais
entre os indivíduos e o mundo exterior, as quais se desenvolvem num processo
histórico- cultural; A relação homem e mundo é uma relação mediada por sistemas
simbólicos; Para Vigotsky a trajetória do desenvolvimento do pensamento não vai ao
sentido do pensamento individual para o socializado, mas do pensamento socializado
para o individual.

Vigotsky compreende que o pensamento não é formado com autonomia e


independência, mas sob a mediação dos signos e dos instrumentos culturais que se
apresentam histórica e socialmente disponíveis. Desta forma o processo de mediação
por meio de instrumentos e signos, é fundamental para o desenvolvimento das funções
psicológicas superiores, diferenciando o homem de outros seres vivos.

A função comunicativa da linguagem permite ao homem vivenciar um processo


de interlocução constante com seus semelhantes, porém, a linguagem não exerce apenas
o papel de instrumento de comunicação, ela permite ao homem formular conceitos e
abstrair e generalizar a realidade, através de atividades mentais complexas. Para ilustrar
podem-se citar dois tipos de conceitos estudados por Vigotsky: 1- conceitos cotidianos,
em que a criança em seu processo de desenvolvimento vai formulando na medida em
que utiliza a linguagem para dar nome aos objetos e fatos em sua vida e quanto mais
interage com a realidade exterior e com seus semelhantes, mais se distancia de uma fase
em que o conceito esta diretamente ligada ao concreto. Tornando cada vez mais abstrata
a forma de generalizar a realidade. Exemplo; uma criança pequena para falar de um
objeto tem de estar perto dele, mas aos poucos vai distanciando-se dessa situação em
que o nome faz parte do objeto para se referir a ele, sendo possível falar de objeto sem
estar próximo dele.

Conceitos científicos: são aqueles formados a partir da aprendizagem


sistematizada ou a partir do momento em que a criança se defronta com a tarefa escolar.

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Seriam todos aqueles que derivam de um corpo articulado de conhecimento, aparecendo
nas propostas curriculares, como fundamentais na organização de conteúdos trabalhados
em sala de aula. As crianças formulam os conceitos cotidianos, mas não conseguem
defini-los por meio de palavras, a não ser em uma fase mais adiantada de sua vida. Ela
pode utilizar o conceito de carro, mas não saberia dizer o que é um carro. A não ser a
partir de seu caráter funcional, podendo dizer que serve para passear.

Segundo Vigotsky com os conceitos científicos o processo ocorre de forma


inversa, ao iniciar seu aprendizado na escola, auxiliado por seu professor, o aluno chega
à definição dos conceitos científicos, no entanto a apropriação destes conceitos só
ocorre a partir das atividades escolares.

4. Utilização do Mecanismo de Aprendizagem e o papel do Educador e da Escola

Para Vigotsky o aprendizado adequadamente organizado resulta em


desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de desenvolvimentos
que, de outra forma seria impossível de acontecer. Segundo Vigotsky esse aprendizado
se inicia muito antes da criança entrar na escola, pois desde que nasce e depois em seus
primeiros anos de vida encontra-se em relação com diferentes sujeitos e situações que
vai permitindo-lhe dar significados a diferentes ações, vivencias e diálogos. Ao dizer
que o desenvolvimento da criança é anterior ao período escolar, Vigotsky não nega, mas
atribui um grande valor a aprendizagem na escola. Que nas suas palavras: “produz algo
fundamentalmente novo no desenvolvimento da criança”. (1987, p95).

Ao observar a zona proximal (quando alguém não conseguiu realizar sozinho


determinada tarefa, mas o faz com ajuda de outros mais experientes está nos revelando
o seu nível de desenvolvimento proximal, que já contêm aspectos e partes mais ou
menos desenvolvidas de instituições, conceitos e noções). Assim sendo o nível de
desenvolvimento mental de um aluno não pode ser avaliado apenas pelo que consegue
produzir de forma independente, é preciso conhecer aquilo que realiza, mesmo
necessitando da ajuda de outras pessoas para fazê-lo. O educador pode orientar o
aprendizado, adiantando o desenvolvimento potencial de uma criança, tornando-o real.

Desta forma o educador pode avaliar durante o processo, não só o nível de


propostas, mas também, o nível de desenvolvimento real do aluno. Chegando-se a um
conhecimento muito maior da realidade de quem aprende e tendo condições de prever o

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quanto de ajuda ainda necessita. Para Vigotsky a linguagem é a ferramenta psicológica
mais importante, pois possibilita o planejamento para apoiar esse trabalho escolar.

 Teoria Psicogenética de Henri Wallon

1. Contextualização Histórica

Nasceu em 1879, na França, onde viveu toda a sua vida até o falecimento em
1962. Trabalhou como médico, professor e psicólogo e dedicou-se a compreender o
psiquismo humano, voltando sua atenção à criança. Sua teoria é baseada na psicogênese
da pessoa completa, Wallon acreditava que conhecendo o desenvolvimento das crianças
era possível ter acesso a gênese do processo mental e comportamental.

Viveu em um período conturbado lutando em duas guerras mundiais e


trabalhando como voluntário, experiências que mudaram seu modo de pensar.

Wallon dirigiu o comitê responsável por reformular o sistema de ensino da


França. Colocando suas ideias pedagógicas nesse projeto, denominado Projeto
Langevin-Wallon, que não chegou a ser posto em pratica, e consistia em uma reforma
da educação que deveria se adequar ás necessidades da população e ás características do
individuo da época. Com o intuito de favorecer assim, o desenvolvimento das aptidões
do individuo e a formação do cidadão, a partir de justiça, dignidade e orientação.

Wallon trabalhou com crianças deficientes, havendo desenvolvido teorias neurológicas


que foram revistas após contato com combatentes de guerra que apresentavam lesões
cerebrais. Até 1931 atuou como médico em instituições psiquiátricas, se dedicando às
crianças com deficiência neurológicas e distúrbios comportamentais. Viaja para a
Rússia, passando a integrar um grupo de estudiosos, que tinha o objetivo de entender
profundamente o materialismo e estender esse referencial aos vários campos da ciência.
Manteve interlocução com a obra de Piaget, criou a revista Enfance, que serve de
instrumento de pesquisa para psicólogos e educadores.

2. Concepção da Aprendizagem X Desenvolvimento

Através do materialismo histórico-dialético como base para seus estudos, Wallon


conclui que o desenvolvimento humano também é um processo dialético, marcado por
descontinuidade, rupturas e crises, que longe de ser um problema ou patologia,

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constituem os próprios fatores dinamogênicos do mesmo: “Os conflitos podem ser
reconhecidos não como a negação, mas ao contrário, como os fundamentos do processo
que tendem ao mais completo desenvolvimento da pessoa ou do conhecimento”
(Wallon, 2008, p/09).

3. Conceitos Básicos

Sua ideia base é centrada na gênese da pessoa completa, pois para ele, a origem
da inteligência é genética e organicamente social, ou seja, o seu desenvolvimento
depende não só de suas estruturas biológicas, mas também do contato que a criança
estabelece com o meio social em que vive.

Wallon observa que desde o nascimento o individuo procura relacionar-se com o


outro. Enfatiza o papel da emoção no desenvolvimento humano, pois todo o contato que
a criança estabelece com as pessoas que cuidam dela desde o nascimento, é feitos de
emoções e não apenas cognições. Para Wallon não se pode dissociar o biológico do
social no homem. Considera que não é possível selecionar um único aspecto do ser
humano e vê o desenvolvimento nos vários campos funcionais, nos quais se atribui a
atividade infantil (afetivo motor e cognitivo).

4. Utilização do Mecanismo de Aprendizagem e o papel do Educador e da Escola

Para Wallon a escola assume um papel muito importante na formação do


individuo, pois ela é entendida como um meio funcional na sociedade. Assim o sistema
educacional deve adequar seus objetivos e métodos a fim de atender as necessidades
infantis, e obter uma educação de maior qualidade para todos. Educando a pessoa
completa, em seus aspectos afetivo, cognitivo e motor pode-se promover o
desenvolvimento da pessoa em todas as suas dimensões. Com uma educação de maior
qualidade teremos cidadãos melhor preparados para enfrentar a vida em sociedade.

Para Wallon o mérito da Educação é desenvolver ao máximo as potencialidades


de cada individuo. Proporcionando possibilidades de superação e equilíbrio funcionais.
[Cabe ao educador buscar o equilíbrio entre o intelecto e emocional, Na sala de aula,
deve-se planejar o desenvolvimento da inteligência e da aprendizagem, sem deixar de
desenvolver a afetividade e o psicomotor do educando.]

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 Teoria Psicanalítica de Sigmund Freud

1. Contextualização Histórica

Sigmund Freud (1856-1939) nascido no antigo Império Austríaco é autor e pai


da psicanálise, uma ciência que estuda a Psique humana; se formou em medicina e logo
começou a se dedica em estudos sobre a hipnose, o que contribuiu para desenvolver o
conceito de inconsciente, o que seria uma das bases de sua teoria. Com o
desenvolvimento dos estudos da psicanálise Freud passou a foca mais nos estudos sobre
o desenvolvimento da criança, pois para ele essa era a fase primordial, e que mesmo o
adulto continuava tendo ações que faziam parte de sua infância.

2. Concepção da Aprendizagem X Desenvolvimento

Para Freud a fase da criança é crucial para a formação do indivíduo, dessa forma
o aprendizado passa pelo período em que a criança está se conhecendo e ainda está
naquela fase entre o “eu quero” (Id) e o “eu devo”? (Ego). O que consequentemente o
desenvolvimento da criança será pelo seu aprendizado do que deve e o que não deve.
Ou seja, a concepção entre o aprendizado e o desenvolvimento do indivíduo passa pelo
pressuposto de tentar lhe formar a partir do equilíbrio entre o satisfazer suas vontades e
ensinar o que pode e o que não pode.

3. Conceitos Básicos

Segundo Freud, O indivíduo é composto por desejos. A vida é a busca de


satisfação dos mesmos, que se baseiam a partir da estrutura de personalidade:

Prazer, emoção representado pelo Id; psicológico, razão, representado pelo Ego;
social, Moralidade, representado pelo Superego.

4. Utilização do Mecanismo de Aprendizagem e o papel do Educador e da


Escola

Nesse caso, a psicanálise e a teoria de Freud e sua utilização para educação


se dá por meio da busca de tentar conciliar essas três estruturas da personalidade

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humana, o que é o maior desafio para a educação. Já que a escola enquanto instituição
trabalha apenas o superego do indivíduo, e o reprime por meio da disciplina e controle
do estudante, sobretudo da criança, colocando-a horas sentadas em uma sala quente
junto com outras as obrigando a escrever e repetir até aprender. O educador tem um
papel fundamental em tentar passar conhecimento e ajudar no desenvolvimento do (a)
aluno (a) por meio de estimular esse desenvolvimento por meio do equilíbrio.

 Teoria da Adolescência normal de Mauricio Knobel

1. Contextualização Histórica

Maurício Knobel, nascido na Argentina, foi naturalizado brasileiro, sendo um


dos grandes nomes da psiquiatria na América Latina. Sua área de foco na pesquisa são
as crianças e os adolescentes, no qual desenvolveu uma teoria de “fases” em cada etapa
do indivíduo para formar sua personalidade

2. Concepção da Aprendizagem X Desenvolvimento

O aprendizado e o desenvolvimento estão intrinsecamente ligados, já que o


adolescente passa por diversas experiências que o possibilitam a aprender e a se
desenvolver.

3. Conceitos Básicos

Formação de identidade até a maturidade, no qual passa por perdas: “Perda


do corpo infantil”, que é caracterizado por mudanças biológicas em seu corpo
devido a alterações e aumento hormonais, o que vai lhe garantido um amor
conhecimento sobre si; Perda dos pais da infância, nesta fase há uma relação
conflituosa entre o adolescente e os pais, este primeiro tenta buscar novas figuras de
exemplos fora da família. Os pais tentam superproteger os adolescentes e eles
querem correr os riscos; Perda da identidade e do papel infantil, nesta fase o
adolescente não se ver mais como criança, mas ainda não é um adulto, começa os
conflitos internos: “quem eu sou”? “O que estou fazendo aqui”? Tais questões o

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foram ele tentar buscar respostas por diversos meios e caminhos até chegar a uma
maturidade e formar sua identidade.

4. Utilização do Mecanismo de Aprendizagem e o papel do Educador e da


Escola

Essa teoria é focada no adolescente que está em processo de formação de


identidade e tentando chegar à fase adulta. Por isso, entender esse indivíduo seus gostos
e suas práticas são cruciais para ajudá-lo na sua formação. Pois virmos que não é apenas
um processo social externo, mas implica em algo que envolve o externo, o social
histórico, o biológico e o psicológico. Trabalhar a arte, a cultura, a música, é crucial
para seu desenvolvimento. O que cabe ao educador (a) e a escola conhecer esse
indivíduo que está na fase de busca de identidade e maturidade, e a escola é um
ambiente que pode favorece nessa busca, por isso é importante um trabalho educativo
que respeite o desenvolvimento do aluno (a) e suas limitações, ajudando-lhes a buscar
boas referências para formação adulta: seja no campo cientifico educacional, social e
cultural.

 Teoria Comportamentalista de Skinner

1. Contextualização Histórica

Skinner nasceu na Cidade de Susquehanna, no norte-americano da Pensilvânia


no ano de 1904. Dentro de seu lá teve uma educação bem disciplinada, foi um estudante
rebelde, no período da adolescência tinha interesse em poesia e a filosofia, Formou-se
em Língua inglesa na Universidade de Nova York antes de direcionar a carreira para
área de psicologia onde cursou em Harvard quando entrou em contato com
behaviorismo e logo em seguida começou a se dedicar a experiência com ratos e
pombos, além da produção de livros. Devido os experimentos com animais em lugares
fechados sua teoria ficou conhecida com a caixa de Skinner. Quando sua filha nasceu,
ele criou um berço climatizado, surgindo boatos que experiências tinha sido feitas em
laboratório semelhante. 1948 aceitou um convite para ser professor em Harvard onde
ficou até o fim de sua vida, vindo a falecer no ano de 1990.

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2. Concepção da Aprendizagem X Desenvolvimento

Por meio do behaviorismo que é estudo do comportamento Skinner faz analise


mediante a aprendizagem por meio do comportamento dos alunos em seu lugar como
agente externo. Dessa maneira a concepção de desenvolver aprendizagem está dentro
dos limites comportamentais que devem ser estimulados ou reprimidos para o sujeito
aprender, além da prática de repetição para memorização.

3. Conceitos Básicos

Condicionamento Operante: é o mecanismo que premia uma determinada


resposta de um individuo até ele ficar condicionado a associar a necessidade à ação,
pois é um retorno do estimulo externo. Nesse caso é quando alguém é estimulado
aprender por meio de ganhar recompensas ou punições em caso de erro.

4. Utilização do Mecanismo de Aprendizagem e o papel do Educador e da Escola

A partir da visão de Skinner o ensino basea-se no comportamento do aluno no


espaço que esta inserido, dessa maneira o papel do professor é criar ou modificar
comportamentos para que o aluno faça aquilo que o professor deseja.

 Relação Família- Escola

A escola e a família, assim como outras instituições, vêm passando por


profundas mudanças ao longo da história. Estas mudanças acabam por influenciar na
estrutura familiar e na dinâmica escolar de maneira que a família, em vista das
circunstâncias, entre elas o fato de os pais ou responsáveis terem de trabalhar para
ajudar no sustento da casa, tem transferido para a escola, tarefas educativas que
deveriam ser suas. O que não deixa de ser um desafio para ambos, de procura ruma
ligação mais próxima entre si. Sendo que os pais não devem se omitir do papel também
de educar sob qualquer pretexto. Essa atitude. Leva a uma troca de informação mútua
que acaba resultando em ajuda recíproca e em aperfeiçoamento dos métodos. Ao
aproximar a escola com a vida familiar e suas preocupações cotidianas, gera-se uma
relação de interesse pelas coisas que às sustentam e às ligam proporcionando com essa
interação uma divisão de responsabilidades. A relação família e escola deve estar

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presente em qualquer trabalho educativo que tenha como principal alvo, o aluno. A
escola deve também exercer sua função educativa junto aos pais, discutindo,
informando, orientando sobre os mais variados assuntos, para que em reciprocidade,
escola e família possam proporcionar um bom desempenho escolar e social aos
educados. Para Piaget: “Se toda pessoa tem direito à educação, é evidente que
os pais também possuem o direito de serem, senão educados, ao menos, informados no
tocante à melhor educação a ser proporcionada os seus filhos”. (PIAGET, 2007, p. 50)
É importante que a família esteja comprometida no processo ensino aprendizagem. Pois
tende a favorecer o desempenho escolar, visto que o convívio da criança com a família é
muito maior do que o convívio com a escola. Estudos mostram que o ser humano
durante toda sua vida é influenciado pelo ambiente em que vivem, assim, fatores
sociais, econômicos, psicológicos e culturais têm contribuído para o seu
desenvolvimento. Desta maneira entende-se que, assim como o desenvolvimento, a
aprendizagem acontece sob a influência de muitos elementos.

Aprendizagem é um processo de mudança, de comportamento adquirido através da


experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais.
Piaget diz que o indivíduo está constantemente interagindo com o meio ambiente e
dessa interação resulta uma mudança contínua, a qual ele denomina adaptação.
Enquanto Piaget se interessava em como se constrói o conhecimento e como essa
construção ocorre na mente do indivíduo, Vygotsky estava interessado em como fatores
sociais e culturais influenciam o desenvolvimento intelectual, valorizando sempre o
papel do ambiente social para o desenvolvimento e a aprendizagem. Piaget diz que a
aprendizagem se dá através da interação do indivíduo com os outros objetos da
realidade e que esta relação vai gerar o desenvolvimento dos esquemas mentais.
Vygotsky destaca ainda o conceito de mediação no processo de aprendizagem das
crianças realizado sempre por um adulto. A mediação de Vygotsky está relacionada à
Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), ou seja, a criança precisa ser mediada por
alguém, para que pouco a pouco consiga resolver seus problemas de modo
independente, chegando assim ao nível de desenvolvimento real. (NDR). Assim, a
aprendizagem pode ser encarada como um processo dinâmico, não sendo unilateral,
necessita de uma dinâmica educacional em que família e escola estejam ativamente
integradas, no qual o individuo absorva constantemente experiências com o grupo no

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qual está inserido alternadamente, sendo que essa absorção de conhecimento seja
proveitosa e favorável como fonte de experiências. Diversos fatores podem interferir no
processo de desenvolvimento e também na aprendizagem, entretanto, o ambiente
familiar tem forte influência para o desenvolvimento e aprendizado na escola, assim
como a escola exerce papel fundamental para o desenvolvimento intelectual e social do
aluno. Desse modo, o ambiente escolar e familiar no qual o aluno está inserido pode ser
favorável ou não, vai depender de estímulos, incentivo ou condições de ensino. Ao se
falar em desempenho escolar, o ambiente familiar não deve ser relegado o segundo
plano, mesmo quando se trata da educação formal, função considerada especificamente
da escola, pois como se sabe o aprendizado tem início muito antes da vida escolar e
sabe-se também que ao chegar à escola, a criança já traz consigo um considerável
conjunto de conhecimentos, mesmo que diferenciados em função do meio no qual vive.
Influenciando-se por Piaget e Vygotsky, considera-se que aprender é resultado da
interação do indivíduo com o outro, por meio da maturação biológica, hereditariedade,
gênero, cultura Pode-se então concluir que experiências familiares aliadas ao trabalho
escolar resultam numa melhora eficaz no aprendizado, a relação familiar é tão
importante quanto às atividades educacionais, pois ambas igualmente motivadoras e
estimulantes, beneficiam a aprendizagem rica em significados para o educando. A
cultura da família e da sociedade é igualmente um fator de ensino que vai redundar na
escola. Pois desenvolvimento e aprendizagem andam juntos e são simultâneos, assim
como família e escola têm que caminhar juntos.
A família é vista como a base da sociedade, porém diante das mudanças econômicas,
políticas e, sobretudo sociais, as teorias têm que se adequar ao núcleo familiar
diferentemente estruturado de anos atrás. O antigo padrão familiar, antes constituído de
pai, mãe e filhos e outros membros, cujo comando centrava-se no patriarca e/ou
matriarca, deixa de existir e em seu lugar surgem novas composições familiares. Ou
seja, famílias constituídas sob as mais diversas formas, desde as mais simples, formadas
apenas por pais e filhos, outras formadas por casais oriundos de outras relações, até
famílias composta por homossexuais e famílias apenas composta por avós e netos.
Significa que essa interação exige um desafio muito mais elaborado por parte da escola.
Além disso, os atropelos da vida moderna que acarretam a falta de tempo dos pais para
uma boa convivência com os filhos, a velocidade com que essas transformações têm
ocorrido (desde a Revolução Industrial) o grande número de separações de casais, a
inclusão de indivíduos especiais Essas mudanças e o aumento da expectativa de vida, a

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diminuição do índice de mortalidade, o aumento de mulheres ingressando no mercado
de trabalho. Mudanças sócio-político-econômico das últimas décadas vêm
influenciando na dinâmica e na estrutura familiar, acarretando mudanças em seu padrão
tradicional de organização. Assim, não se pode falar em família, mas sim famílias, por
conta da diversidade de relações existentes em nossa sociedade. As mudanças pelas
quais a sociedade tem passado atualmente em decorrência de grande carga de
informação, dos avanços tecnológicos e tantos outros fatores, têm repercutido na
estruturação da família e consequentemente na estrutura da escola. Portanto, faz-se
necessário voltar atenção para a escola que, apesar das mudanças, continua exercendo a
função de mediadora de conhecimentos científicos. Não existe uma fórmula mágica
para se efetivar a relação família/escola, pois, cada família, cada escola, vive uma
realidade diferente. Nesse sentido, esta interação se faz necessário para que família e
escola conheçam suas realidades e construam coletivamente uma relação de diálogo
mútuo, procurando meios para que se concretize essa convivência, apesar das
dificuldades e diversidades que as envolvem. O diálogo è primordial para um equilíbrio
no desempenho escolar dos alunos.

Sem deixar de lembrar o saudoso Paulo Freire que costumava dizer que: “Não há
educação sem amor.”

 Violência na Escola

A violência protagonizada pelos jovens nas escolas é uma realidade inegável. A


sociedade terá que se organizar e insurgir-se ativamente contra este fenômeno. De igual
modo, a escola terá que ajustar os seus conteúdos programáticos e acercar-se mais às
crianças. Devido às exigências, as famílias muitas vezes destituem-se da sua função
educativa, delegando-a a escola. No meio de toda esta confusão, estão as crianças, que,
atuam conforme aquilo que observam e agem consoante os estímulos do meio. Meio
esse que por vezes oferece modelos de conduta e referências positivas questionáveis.

Nota-se que cada vez mais os alunos demonstram comportamentos e atitudes


agressivos, ferindo tanto a integridade física, quanto psicológica de colegas e
professores. Por esse motivo, faz-se necessária uma investigação mais consistente das

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causas dessa violência, bem como, as possíveis alternativas para compreender e
modificar essa situação.

Sabemos que o tema violência escolar não é recente, vários autores e reportagens de
jornais expõem o lado frágil das escolas e o número cada vez maior de ocorrências
policiais, estão despertando nas escolas e na mídia em geral para o termo “bullying”,
que no Brasil ainda é novo, mas nos países de primeiro mundo tem estudos a mais de
vinte anos.

A escola está enfrentando o problema da violência, porém o educador trabalha


pouco este tema em sala de aula, sendo que muitas vezes está despreparado na
construção de instrumentos para conscientizar os educados intervir e atuar de forma
preventiva ministrando o assunto de forma interdisciplinar e de forma sistemática.

É importante trabalhar este tema para construir junto com os alunos uma
reflexão sobre relações sociais, compreendendo melhor a dinâmica da sociedade em que
vivem os problemas do seu tempo, agindo, reagindo e interpretando de maneira crítica
todos os assuntos que condizem com a realidade de seu cotidiano. Entendendo a
importância de uma tomada de decisão que podem ajudar a mudar o rumo de suas vidas

A violência é hoje uma das principais preocupações da sociedade. Ela atinge a


vida e a integridade física das pessoas. É um produto de modelos de desenvolvimento
que tem suas raízes na história.

A definição de violência se faz necessária para uma maior compreensão da


violência escolar. É uma transgressão da ordem e das regras da vida em sociedade. É o
atentado direto, físico contra a pessoa cuja vida, saúde e integridade física ou liberdade
individual correm perigo a partir da ação de outros. É importante refletirmos a diferença
entre agressividade, crime e violência.

Atualmente, a violência escolar se expressa de muitas maneiras, incorporando-se


à rotina da instituição e assumindo proporções preocupantes. A violência pode ser
associada a três dimensões: a degradação do ambiente escolar, a violência que se origina
de fora para dentro das escolas e aquela gerada por componentes internos dessas
instituições.

A violência, assim, pode traduzir-se em ações diversas que vão desde a agressão
física, o furto, o roubo (em geral contra o patrimônio da própria escola), o porte de
armas, o tráfico de drogas, até ofensas verbais, aparentemente menos graves, mas que

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revelam atitudes discriminatórias, segregatórias e humilhatórias, cujas consequências
são dificilmente mensuradas ou percebidas. Este último caso, bastante frequente nas
escolas, é conhecido como Bullying.

Mitos e equívocos sobre a violência

 A política da escola deve ser para prevenir e não apenas para combater.
 A criança que conta que alguém que está praticando bullying com ele é delator.
 A criança que sofre bullying deve retaliar (lei das selvas)
 Passar pelo bullying torna a criança mais forte e preparada para a vida.
 A criança deve resolver o problema do bullying por si própria.
 A violência escolar é uma situação inevitável, você deve aceitar.

Consequência da violência escolar para a vítima

As consequências da violência escolar são muitas e profundas. Para a vítima da


violência, as consequências se notam em uma evidente baixa auto-estima, atitudes
passivas, transtornos emocionais, problemas psicossomáticos, depressão, ansiedade,
pensamentos suicidas, etc. Somando-se a isso, a perda de interesse pelas questões
relativas aos estudos, o qual pode desencadear uma situação de fracasso escolar, assim
como o aparecimento de transtornos fóbicos de difícil resolução.

Pode-se detectar a uma vítima de violência escolar por apresentar um constante


aspecto contrariado, triste, deprimido ou aflito, por faltar frequentemente e ter medo das
aulas, ou por ter baixo rendimento escolar. Além disso, também atinge o plano físico,
apresentando dificuldade para conciliar o sono, dores no estômago, no peito, dores de
cabeça, náuseas e vômitos, choro constante, etc. No entanto, isso não quer dizer que
todas as crianças que apresentam esse quadro estejam sofrendo violência escolar. Antes
de dar um diagnóstico ao problema, é necessário que antes se investigue e se observe
mais a criança.

Consequência da violência escolar para o agressor

Quanto aos efeitos do bullying sobre os próprios agressores, alguns estudos


indicam que estes podem encontrar-se “às portas das condutas criminais”. Também os
espectadores, a massa silenciosa de companheiros que, de um modo ou de outro,
sentem-se amedrontados pela violência que testemunham, são afetados, podendo
provocar certa sensação de que nenhum esforço vale a pena na construção de relações

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positivas. Para o agressor, o bullying dificulta a convivência com as demais crianças, e o
faz agir de forma autoritária e violenta, chegando a muitos casos a converter-se em um
delinquente. Normalmente, o agressor se comporta de uma forma irritada, impulsiva e
intolerante. Não sabem perder, necessitam impor-se através do poder, da força e
ameaça, metem-se em discussões, pegam o material do seu colega sem o seu
consentimento, e exteriorizam constantemente uma autoridade exagerada.

Como a violência interfere na qualidade do ensino e no projeto pedagógico?

A violência interfere na qualidade do ensino e no projeto pedagógico, devido a:


Gerar indisciplina, prejudicando o clima indispensável à realização do processo ensino-
aprendizagem; afastar alunos e professores dos projetos extraclasses; tomar muito
tempo útil da direção e dos professores; danificar o material didático, prejudicando o
desenvolvimento das aulas e dos projetos; consumir verbas que poderiam ter melhor
aplicação e que acabam sendo gastas em consertos do patrimônio escolar ou recompras
de material pedagógico. Causar nos alunos: ansiedade, insegurança, queda na auto-
estima, desinteresse, desmotivação, reação de autodefesa, apatia, agressividade,
dificuldade de relacionamento.

Causar nos docentes: estresse, medo, ansiedade, angústia, insegurança,


desmotivação, sentimento de impotência.

Levar alunos à evasão e à repetência, estimular a falta às aulas, gerar intrigas e


desrespeito, criar situações vexaminosas e constrangedoras para os alunos. Prejudicar o
relacionamento aluno/aluno, aluno/professor, aluno/direção e escola/comunidade.

Prejudicar as Horas de Trabalho Pedagógico Coletivas, pois essas reuniões


acabam virando debates sobre indisciplina e violência na unidade escolar, ao invés de
servirem para aperfeiçoar a execução do projeto pedagógico.

Sugestões das escolas para solucionar/minimizarem o problema da


violência.

 Projetos de conscientização e valorização da escola envolvendo pais, alunos e


comunidade em geral.
 Contratação de psicólogos para as escolas.
 Punições para os alunos infratores.
 Redução do n.º de alunos por classe.

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 Exigir maior presença e responsabilidade dos pais na escola.
 Instituir projetos extracurriculares (com remuneração dos profissionais) para
manter os alunos ocupados.
 Aulas sobre valores humanos.

CONCLUSÃO

A violência surge em contextos e em situações bem conhecidos. Torna-se


imprescindível uma intervenção educativa, não só dirigida aos jovens, mas a todos os
cidadãos, pois todos somos responsáveis e devermos ser chamados a intervir para
contribuirmos para uma sociedade mais justa e igualitária.

É, portanto, de suma importância não esquecer a transmissão de conteúdos da


formação ética dos educados. É necessário que o professor e a escola, de uma forma
geral, não deixem das questões disciplinares de seus membros, e não abdiquem de
promover a reflexão e o debate no que diz respeito à violência ou violências que estão
presentes no nosso cotidiano. Pode-se dizer então que, se a escola, como outras
instituições sociais, muito podem fazer para incentivar a compreensão por parte dos
alunos dos valores realmente humanos, livres de qualquer afetação moralista, capazes
de fornecer razões para não optar pelo uso da violência no intuito de viver uma
sociabilidade humana, ela tem também que repensar sua função numa sociedade em
constante mudança. E retenção escolar no país.

 Tecnologia da Informação e Educação

A tecnologia educacional é o estudo e prática ética da facilitação do aprendizado


e a melhoria da desempenho através da criação, uso e organização de processos e
recursos tecnológicos.

As mudanças provocadas pelo uso das tecnologias educacionais geram a


necessidade de competências que até então não eram necessárias, mas que neste novo
contexto deverão ser desenvolvidas pelos indivíduos. Neste contexto, a tecnologia
educacional é o meio e não o fim do processo educativo e como tal deve ser inserida nas
atividades de sala de aula como companheira e não apenas como uma forma de
automatizar processos antes realizados, pois assim assume-se a produção de novos
conhecimentos e não apenas a reprodução. Atualmente, o meio em que vivemos está

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permeado pelo uso de técnicas e recursos tecnológicos, fazendo do computador uma
ferramenta que vem auxiliar o processo ensino/aprendizagem nas questões do cotidiano,
trazidas até a sala de aula. É muito importante o compromisso do docente e a escola
deve por em questão e discutir os aspectos da informática dentro da evolução da
sociedade, juntando nesse processo as transformações às vezes não percebidas. É
importante que educador e educando aprendam a selecionar as informações apropriadas,
verificando e identificando suas possibilidades de uso na sala de aula.

Assim torna-se necessário relacionar teoria e prática para que possamos perceber
nos mais diversos meios das tecnologias a importância de um avanço enquanto
educadores e educandos. Dessa forma, o uso da tecnologia vem proporcionar a todos
uma nova forma de pensar e de se posicionar diante desse novo mundo globalizado.

A nossa sociedade passa por momentos de transformações. Estas mudanças


Ocorrem devido às novas tecnologias de informação e comunicação, que aos
Poucos, vão se interligando a atividade educativa. A revolução da informática trouxe
consigo inúmeros impactos que, por sua vez, atingiram diversas áreas sociais. A
educação não escapa dessa mudança. Cada vez mais a tecnologia se faz presente na
escola e no aprendizado do aluno, seja pelo uso de equipamentos tecnológicos seja por
meio de projetos envolvendo educação e tecnologia.
Diante das mudanças que a sociedade passou e vem passando nos últimos
Anos, a educação foi umas das que mais sofreu com essas transformações. A anexação
do computador e da Internet na vida dos alunos, trouxe uma avalanche de
Informações que as escolas e os professores muitas vezes, não estais preparados
Para absorver. A adaptação das escolas ao uso das Tecnologias da Informação e
Comunicação (TIC), ainda é um desafio para alguns educadores, pois muitos não
Possuem domínio das ferramentas tecnológicas.
No entanto utilização de recursos tecnológicos no processo de ensino é cada vez,
mas necessária, pois torna a aula mais atrativa, proporcionando aos alunos uma forma
Diferenciada de ensino. Para que isso se concretize de maneira que todos os envolvidos
sintam-se beneficiados, a questão das acesso à informação deve estar bem consolidada.
A forma de ensinar e aprender podem ser beneficiados por essas tecnologias,
como por exemplo, a Internet, que traz uma diversidade de informações, mídias e
softwares, que auxiliam nessa aprendizagem.
Perante a inevitabilidade de se conviver com as TIC na educação, faz-se
Necessário analisar e refletir sobre os benefícios, as mudanças e os conhecimentos
tendo em vista que de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (Brasil, 1997),
o computador é, ao mesmo tempo, ferramenta e instrumento de mediação. Ferramenta,
porque permite ao usuário realizar atividades que, sem ele (computador) seria muito
difícil ou até mesmo impossível. Com o uso do computador é possível construir objetos

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virtuais, fazer simulações, realizar cálculos complexos com rapidez e eficiência, editar
textos, possibilita a interação e a produção de conhecimento no espaço e no tempo, além
de diferentes formas de comunicação, via Internet. Por outro lado, é também um
instrumento de mediação porque possibilita o estabelecimento de novas relações para a
construção do conhecimento e novas formas de atividade mental que possibilitam
horizontes no sentido da inclusão social. Neste contexto a questão da utilização desses
recursos, particularmente na educação, ocupa uma posição central, e por isso é
importante refletir sobre as mudanças educacionais provocadas por essas tecnologias,
propondo novas práticas docentes e buscando proporcionar experiências de
aprendizagem significativa para os alunos. Para que o uso das tecnologias seja eficaz no
processo ensino-aprendizagem da escola se faz necessário que os professores estejam
adequadamente capacitados para a utilização na sala de aula. Dessa forma, Kenski
(2012, pag. 78) afirma que os professores treinados insuficientemente, o aproveitamento
também será mínimo e como resultado será a insatisfação de ambas as partes
(professores e alunos) e um sentimento de impossibilidade de uso dessas tecnologias
para (essas) atividades de Ensino. A presença das tecnologias, principalmente do
computador, requer das instituições de ensino e do professor novas posturas frente ao
processo de ensino e de aprendizagem. Com o uso das tecnologias nosso sistema de
ensino estimulará a criatividade e a dinâmica no processo de ensino-aprendizagem dos
alunos na prática escolar, tornando assim o ambiente escolar mais estimulante e
interativo. O desenvolvimento do ambiente escolar da sociedade depende, hoje, da
capacidade de gerar, transmitir, processar, armazenar e recuperar informações de
maneira eficiente. Por isso, a escola precisa buscar oportunidades de acesso á esses
instrumentos, adquirindo capacidade para produzir e desenvolver conhecimentos
utilizando a TIC. O processo de ensino-aprendizagem trata-se do saber, lidar, buscar
informações, construir seus próprios conhecimentos, ou seja, fazer uso desses recursos
com criatividade.

Bibliografia

 A Teoria cultural de Vigotsky-Arquivo A Teoria Histórico... www.ebah.com.br

 A Teoria de Psicogenética de Henri Wallon/ Vieira/ Anais da jornada de pesquisa,


Pós... www.anais.weg.br Psicologia do Desenvolvimento da Aprendizagem

 Piaget, Jean. Para onde vai à educação. Rio de Janeiro. José Olímpio, 2007
Monografias.brasilescola.uol.com.br/educação/interação
www.diadiaeducacao.pr.gov.bracessado em 20 de julho de 2017

 www.editorarealize.com.br meuartigo.brasilescola.uol.com.br acessado em 2017

 ADOLESCÊNCIA NORMAL - COMPONENTE PSICOLÓGICO


SÍNDROME DA ADOLESCÊNCIANORMAL. Prof. Dr. Maurício Knobel.
Disponível em: http://www.reocities.com/HotSprings/Villa/7340/adonorm.html.

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 Link. https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/freud-e-a-
psicanalise-psicologia-da-educacao/37939.

 http://www.infoescola.com/pedagogia/teoria-de-aprendizagem-de-skinner/

 https://novaescola.org.br/conteudo/1917/b-f-skinner-o-cientista-do-comportamento-
e-do-aprendizado

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