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A idade média foi um período onde se pode afirmar que houve uma
estagnação, ou até mesmo regressão, nas estratégias de drenagem e
saneamento, onde a higiene e limpeza eram completamente ignoradas. Na
Europa medieval a via era projetada em função do pedestre. O perfil de via
neste período era na maioria das vezes em forma de "V" e o escoamento das
águas acontecia no centro. O uso de escadarias, no sistema de drenagem,
apresentava dupla função: além de vencer declives, era capaz de dissipar
energia e diminuir a velocidade da água. Em grandes centros como Paris,
Londres, Amsterdam e outros, se propagou o sistema unitário, a partir do
século XVIII, que implicava em grandes galerias e dificultava, quando não
impedia, o tratamento da água servida. A drenagem urbana só foi conhecer
avanços realmente vantajosos e encorajadores a partir do século XIX, um
século após o início da Revolução Industrial, a Inglaterra promoveu uma
grande transformação no jeito que se via o tratamento de água e saneamento
básico na época, construindo-se a primeira estação de tratamento de água em
Londres, no ano de 1829, que filtrava a água do Rio Tâmisa com areia.
Contudo este avanço não impediu que em 1854 ocorresse um grave surto de
cólera em uma área restrita de Londres, matando diversas pessoas, até que
um médico chamado John Snow suspeitou que o surto viesse da presença de
um parasita encontrado normalmente nas fezes humanas, na água
contaminada, entrando a partir dela, no trato digestivo das pessoas assim que
elas bebiam da água. Somente no fim desse século foi feita a adição do cloro
no tratamento da água e muitos anos depois, apenas em 1951, o flúor, um
importante agente no combate às caries e outras infecções, passou a ser
regularmente usado nas estações de tratamento. Outros países como Estados
Unidos e Paris, inspirados pela Inglaterra, iniciaram reformar sanitárias, e
assim grandes cidades como Nova York e Boston, por exemplo, que
enfrentavam grandes problemas de insalubridade e moradia, começaram a
implementar as melhorias no seus sistemas de saneamento básico.
Conceitos e Definições
Contaminação de Aquíferos
As contaminações de aquíferos principais são devidas ao seguinte:
Aterros sanitários contaminam as águas subterrâneas pelo processo natural
de precipitação e infiltração. Deve-se evitar que sejam construídos aterros
sanitários em áreas de recarga e deve-se procurar escolher as áreas com
baixa permeabilidade. Os efeitos da contaminação nas águas subterrâneas
devem ser examinados quando da escolha do local do aterro;
Grande parte das cidades brasileiras utilizam fossas sépticas como destino
final do esgoto. Esse conjunto tende a contaminar a parte superior do aquífero.
Consequentemente essa contaminação pode comprometer o abastecimento de
água urbana quando existe comunicação entre diferentes camadas dos
aquíferos através de filtrações e perfuração inadequada dos poços artesianos.
5. RECARGA DE AQUÍFEROS
Um aquífero pode ser entendido como todo material geológico passível de
armazenar e circular água, seja na zona saturada do solo ou nos poros,
fraturas/fissuras ou carstes das rochas. Pode ser livre, quando o nível
piezométrico é igual ao nível da água, ou confinado quando está limitado
superior e inferiormente por formações impermeáveis ou praticamente
impermeáveis e o nível piezométrico se encontra acima do nível da água. A
recarga natural de um aqüífero ocorre com a infiltração natural da água pluvial
em áreas permeáveis, sendo posteriormente, armazenada no solo ou nas
rochas.
Embora haja o consenso da importância dos recursos hídricos subterrâneos,
principalmente, no que tange o abastecimento urbano, industrial e agrícola
ainda existem atividades humanas que causam impactos negativos sobre eles.
A falta de políticas de zoneamento, planejamento e ordenamento territorial
causam a impermeabilização das áreas naturais de recarga e concentram o
fluxo superficial da água gerando problemas como enchentes e inundações.
Associado a falta de recarga, causada pela impermeabilização, encontramos a
sobre-explotação da água subterrânea que pode causar o esgotamento do
recurso inviabilizando-o para posterior utilização.
A recarga artificial pode ser tanto intencional quanto acidental. A recarga
acidental ocorre com a incorreta disposição de efluentes em fossas sépticas
não impermeabilizadas, infiltração em aterros sanitários e campos
excessivamente irrigados, escoamento superficial de áreas urbanas, rupturas
em sistemas de abastecimento de água e esgotos ou demais vazamentos.
A recarga intencional refere-se à introdução de água para o interior do
aqüífero, seja diretamente através de poços de injeção ou indiretamente
através de bacias ou caixas de infiltração. Tem como objetivo aumentar a
disponibilidade dos recursos hídricos subterrâneos, melhorar a qualidade da
água, restabelecer o nível freático e novas condições de equilíbrio e diminuir o
escoamento superficial. Pode-se utilizar água de rios e lagos, água residual
resultantes de estações de tratamento, água dessalinizada e água da chuva e
de escoamento superficial.